Há que se ressaltar alguns pontos sobre a Virada Cultural 2011.
Pra quem foi e curtiu, beleza. Principalmente as novidades, tipo os shows de humor stand-up, e as performances de pole-dance. Isso deixa claro que tem espaço pra todo mundo – ou quase.
Os pontos que eu quero ressaltar são:
Sujeira – Os paulistanos (e os brasileiros no geral, em destaque
os cariocas) ainda fazem questão de sujar os locais por onde passa, deixando um rastro de 140 toneladas de lixo para um exército de garis limpar depois. É o trabalho dos garis? É. Mas dás pra jogar o lixo em lixeiras, ou trazer de volta pra casa, ou exigir mais lixeiras, e mostrar que a prefeitura ainda não dá essa estrutura.
Artistas – Com raras exceções, são sempre os mesmos. São
bons artistas? São. Mas há uma leva de novos artistas querendo divulgar seu trabalho (até de graça), e os palcos da prefeitura seriam ideais pra isso. Todos os “medalhões” receberam altos cachês para se apresentarem; e são os mesmos que infestam os SESCs, ou entulham o ministério da “cultura”, com pedidos de verbas, através da lei Rouanet, ou pior, através de apadrinhamentos.
E por fim, a qualidade do som – como músico eu fico
escandalizado com a falta de qualidade, ou pior, de comprometimentos desses “técnicos de som”, que entendem de qualquer coisa, menos de som – e olha que não é tão difícil assim!
Enfim, o evento tem se mantido firme por atender anseios da
população e prova que pode, sim, chegar a ser uma referência. Pena que esbarra em problemas que têm a ver com a falta de...huumm... como dizer...? Cultura.