A CULTURA SURDA E SUA COMUNIDADE SURDA

Começo aqui a fazer um relato sobre as pessoas surdas. Tomando como

referência o meu colega de classe, na Faculdade dos Guararapes, Amaurí com quem
tenho grande apreço e admiração. Nunca antes na minha vida tive um contato com o
surdo por não entender os gestos que dizem respeito a linguagem de libras. Hoje,
estou tendo essa oportunidade de comunicação através do meu companheiro de sala
de aula, do curso de Pedagogia, e professor no curso de Libras.

Graças ao Amaurí, é que muitos dos nossos colegas de sala vêm demonstrando
interesse e desenvoltura no Curso de Líbras. Esse curso nos dar não só o conhecimento
da linguagem específica dos surdos como também nos dar mais segurança na
comunicação. Quando nós ouvintes passamos a entender a cultura surda e a sua língua
de sinais, e encaramos os surdos como capacitados, todos se beneficiam.

Entendo que os surdos são pessoas iguais a qualquer outras, são cidadãos com
direitos e deveres de participação na sociedade, apenas tem como diferença a sua
deficiência da surdez. Os surdos devem continuar buscando o seu espaço junto a
comunidade dos ouvintes a fim de compartilharem os mesmos interesses comuns. Por
sua vez, os ouvintes devem dar uma atenção especial ao conversar com o surdo sem
demonstrar constrangimento ou ignorá-lo. Entendo que esses comportamentos por
parte dos ouvintes, às vezes, se devem a falta de conhecimento da Língua de Líbras e
não por discriminação. Todos nós gostaríamos de ser compreendidos. Muitos surdos
têm capacidade de comunicar-se entre si e possui um bom desempenho acadêmico.
Infelizmente, alguns surdos por sofrerem discriminação passam a duvidar dos
ouvintes.

Acredito que uma boa solução para esse caso seria a formação de professores
ouvintes com o conhecimento da Língua de Líbras, assim como formar professores
surdos com conhecimento da língua portuguesa. Assim teremos uma interação cada
vez melhor entre as duas culturas.