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Genética

DNA – ácido desoxirribonucleico


DNA é um polímero formado por monômeros chamados nucleotídeos. Cada nucleotídeo é
formado por 3 moléculas diferentes:
Fosfato – responsável pela transferência de energia entre as células
Açúcar – desoxirribose, possui 1 oxigênio a mais
Bases nitrogenadas
Adenina, Guanina, Timina e Citosina

Adenina e Guanina são purinas e Timina e Citosina são pirimidinas.


As duas cadeias do DNA estão ligadas por estas bases. Sempre uma base pirimidina se liga a
uma purina.
É mais fácil quebrar a ligação entre A e T pois só á uma dupla ligação, enquanto na ligação
entre C e G há uma tripla ligação.
Cada molécula do DNA é um cromossomo.
As terminações assimétricas das cadeias de DNA são designadas terminais 5' (cinco linha) e 3'
(três linha).
Uma cadeia vai do 3’ para o 5’ e a outra do 5’ para o 3’.

DNA –transcrição-> RNA –tradução-> PROTEÍNAS


Replicação é a duplicação do DNA. Divisão celular.
RNA – ácido ribonucleico
O RNA só possui uma cadeia, enquanto o DNA possui 2. No RNA a base T é substituída pela
base Uracila: A=U CΞG
Uracila é uma pirimidina

Gene é um trecho organizado de nucleotídeos. O gene funcional é um trecho de uma molécula


de DNA que tem a capacidade de fazer transcrição e tradução.
Todos os genes funcionais da mesma molécula devem ter as regiões:

Promotor – operador – região codificante

Tanto em eucariotos quanto em procariotos, quando houver a sequência ATAT (e do outro lado
TATA) indica que é sua região de promotor, permitindo saber onde começa a molécula.
A região codificante é a região a partir de onde se formará o RNA
O gene funcional é um trecho de uma molécula de DNA que possui regiões específicas em
termos de organização de nucleotídeos que podem gerar polipeptídio ou proteína.

O controle da funcionalidade do gene está nas regiões de promotor e operador. Se o gene for
modificado nessas regiões, ele pode ser inativado e perder sua funcionalidade. Se for
modificado na região codificante, a funcionalidade do gene não será prejudicada e a proteína
formada terá uma função diferente.
Procariotos - não têm núcleo. Têm somente 1 cromossomo. Os genes que estão no complexo
gênico são sequenciais. 1 gene = 1 bactéria.
Exs: cianofíceas, algas azuis, bactérias (tem um material genético que possui 1 único
cromossomo circular, fechado)

Eucariotos – todos os outros organismos. Possuem núcleo. O numero de cromossomos


depende da espécie. Cromossomos são lineares, os genes são espalhados pelo genoma. 1
gene pode produzir varias proteínas diferentes.

Enzimas:
DNA polimerase copia moléculas de DNA
RNA polimerase gera RNA a partir do DNA

Para tradução das proteínas, só são utilizadas as regiões exônicas.


Diferentes RNAs podem ser traduzidos em diferentes regiões exônicas.

Cromossomos homólogos são aqueles que têm a mesma distribuição de genes.


Alelos são as diferentes formas de um mesmo gene. Nos cromossomos homólogos, os genes
do pai e da mãe são distribuídos da mesma forma, mas as proteínas formadas são diferentes.
As bases da região codificante têm sequencias diferentes.
Ex: o cromossomo 3 só funciona se o 2 funcionar. O cromossomo 6 só funciona se o 3
funcionar... e assim por diante. Um gene pode depender do outro para desenvolver suas
funções. Se o gene antecessor não funcionar, o outro que depende dele pode ter problemas.
1 gene pode definir diferentes características porque no gene o DNA é traduzido em RNA, e
esse RNA pode gerar diferentes proteínas. Com isso, a proteína X pode ser responsável por
uma característica e a Y, responsável por outra.

TRANSCRIÇÃO
A transcrição é o processo de formação do RNAm a partir da cadeia de DNA.
A transcrição só pode ocorrer se a molécula de DNA estiver descompactada, desenovelada,
solta.

Divisão celular começa a partir da citocinese. Na fase G1, ocorre a maior parte da transcrição.
Começa a partir da divisão celular. Nessa parte a célula cresce, produz proteínas, aumenta o
número de organelas, realiza suas funções.

A enzima RNA polimerase tem que se ligar ao seu sítio de ligação (que é a região promotora)
para formar o RNA. Para isso o DNA deve estar exposto.
5’ para 3’ – codificador
3’ para 5’ – molde

Regulação gênica:
Está relacionada ao controle de transcrição. A lactose é um exemplo:
A lactose é quebrada pela lactase em glicose. Se tiver uma sustância repressora em uma
região operadora, ela impede a associação do RNA polimerase na região codificante para
formar o RNA. Impede a transcrição, ou seja, a proteína.
Substâncias repressoras: pode ser o próprio substrato (ex: lactose), pode ser um outro RNA
que veio de um gene qualquer, ou pode ser uma proteína que foi produzida no 1º gene, ou
também hormônios. Essas moléculas podem reprimir ou ativar a transcrição gênica.

Operon
Séries de genes que codificam para produtos específicos e os elementos reguladores que
controlam esses genes.
Grupos de genes que trabalham associados para promover um determinado metabolismo.

Lac operon – é um dos exemplos. Sua função é o metabolismo da lactose. Ele degrada o
açúcar do leite. É o segmento de DNA necessário para a produção de enzimas responsáveis
pelo metabolismo da lactose (a lactase).

Nos procariotos os genes se encontram de forma segmentada.


Nos eucariotos os genes estão distribuídos nos cromossomos e agem entre si.

A regulação gênica ocorre na diferenciação celular, para que o zigoto forme as células para
constituir um ser vivo.
Operador – substância repressora. Segmento do DNA ao qual se liga uma proteína inibidora
que bloqueia a transcrição.
Promotor – segmento do DNA reconhecido pela RNA polimerase e que promove a transcrição.
Genes estruturais – genes que codificam para polipeptídios específicos.
Operon lac – genes estruturais para o metabolismo da lactose são expressos apenas quando a
lactose está presente no meio de incubação da bactéria.
O operon controla a expressão dps genes através de:
Repressão
Substancia repressora – essa substância fica grudada na região operadora, não deixando
ocorrer a transcrição. Essa substância é uma proteína tetramétrica que vem de um gene
antecessor ao operon. Este gene não está dentro do operon.
Quando existe lactose, ela se liga à essa substância repressora.
Quando a lactose está ausente:
- uma proteína repressora se liga ao DNA na sequência do operador
- impede a ligação da RNA polimerase ao DNA
- não ocorre transcrição das enzimas que metabolizam a lactose
O controle da transcrição é devido ao gene regulador que codifica para a produção da proteína
(tetramétrica) repressora.

Ativação
Inicio da transcrição ocorre com a retirada da proteína repressora pela lactose [alolactose
(glicose + galactose)].
Quando a lactose está presente:
- lactose liga-se à proteína repressora no operador
- a proteína repressora liga-se ao DNA
- o RNA polimerase pode iniciar a transcrição dos genes estruturais
- lactose é o indutor do operon, pois sua presença resulta na indução da expressão dos genes.

Transcrição e tradução

TIPOS DE RNA
- RNA mensageiro (mRNA) contem a informação genética para a seqüência de aas de
peptídeos e proteínas. Serão utilizados na tradução direta das proteínas. É a informação do
DNA.
- RNA transportador (tRNA) identifica e transporta os aas ate o ribossomo. coleta Aas q estão
no citoplasma para o conjunto ribossomo e RNA mensageiro.
- RNA ribossômico (rRNA) constituinte dos ribossomos. Constrói os ribossomos. Montam
subunidade menor do ribossomo.
Transcrição é a montagem de moléculas de RNA a partir de moléculas de DNA.
cada ribossomo tem 2 subunidades.

Cistron - local de onde saem proteínas


Em procarioto a transcrição é policistronica (mesma região promotora e reguladora permitem a
transcrição e tradução de 3 proteínas diferentes)
No eucarioto ha mais regiões reguladoras e mais substancias ativadoras para RNA polimerase
encaixar no gene.
Em procariotos só existe uma RNA polimerase para fazer transcrição. Ela sempre trabalha com
apenas uma substancia ativadora
Em eucariotos pode haver mais de uma substancia ativadora para a polimerase e ha diferentes
tipos de RNA polimerase que tem funções especificas.

Outra diferença entre procariotos e eucariotos é em relação ao RNA


Nos procariotos, de cada trecho da região codificante, uma proteína é traduzida. 1 gene= 1
proteína. O RNA já sai pronto.
Em eucariotos a região codificante é dividida em introns em exons. Os introns não são
traduzidas nos polipeptídios. Por isso são chamados de espaçadores. A região funcional esta
somente nos exons. O processo nos eucariotos é chamando de splicing alternativo ou recorte
alternativo.
Endonucleases são enzimas que trabalham dentro d núcleo e picotam ácidos nucléicos em
pontos e locais específicos.

Transcrição se divide em iniciação, alongamento e terminação.


Iniciação é. Engate da polimerase no inicio do DNA para o inicio da transcrição.
Fase de alongamento é quando a leitura esta sendo feita e a polimerase esta sendo feita e
nucleotídeos sendo adicionados
No final da parte codificante há diferentes sistemas de terminação que indicam que chegou ao
final do trecho do DNA. Destacamento da molécula de RNA transcrita do DNA.

Tradução
Os ribossomos prontos atravessam os poros nucleares e vão para o citoplasma. No citoplasma
ha ribossomos livres ou associados ao reticulo endoplasmático rugoso.
Fase de iniciação , associação dos códons do RNA mensageiro com os do RNA transportador.
Subunidade menor engata no RNA mensageiro. O 1o transportador se encaixa no códon de
inicio . A subunidade maior utiliza este sinal para se encaixar corretamente no sitio de iniciação.
Fase de alongamento , subunidades trabalhando juntas movem se pelo RNA mensageiro e
adicionam aminoácidos a medida q o ribossomo le o mrna.
Fase de terminação no final do mrna há um códon de finalização que destaca o ultimo aa e
libera a proteína. ribossomo atinge o stop códon e o fator de desacoplamento libera o
polipeptídio pronto.
Um mesmo mRNA pode ser traduzido por vários ribossomos diferentes ao mesmo tempo. Isso
é importante na velocidade da produção de proteínas.

Ciclo e divisão celular


Replicação e empacotamento do cromossomo eucariótico

Ciclo celular foi concebido com base em microscopia ótica.


A grande parte da vida da célula foi dado o nome de interfase. O núcleo é chamado interfásico.
A interfase é subdividida em g1, S e g2.
G (gap - período)1 - fase de grande ativação do material genético celular para que a célula
cresça, ative o material celular e faça suas atividades normais. Ocorre transcrição e tradução.
S - célula esta em pleno funcionamento e começa a se preparar para se dividir. S de síntese de
DNA. É a fase onde ha replicação de todos os cromossomos daquela determinada espécie.
G2 - cromossomos estão duplicados e continuam soltos. As moléculas de DNA estão lineares e
não condensadas. Histonas e a e b tubulinas são produzidas e estão relacionadas à divisão
celular.
Depois destas fases concluídas, a célula entra em divisão.

Na fase S ha um aumento considerável de DNA polimerase e RNA. Ocorre a replicação do


DNA.
Topoesomerase é a enzima que distorce a cadeia para que ela se abra. Helicase mantém a
cadeia aberta. As proteínas de ligação mantêm a forquilha de ligação aberta para que as outras
enzimas possam fazer a replicação.
A enzima que copia o DNA é a DNA polimerase. Ela le a cadeia de DNA de 3' para 5' e vai
adicionando nucleotídeos e completando a fita de 5 para 3'. Essa é a ordem direta. Na ordem
direta a enzima vai do começo ao fim do cromossomo de uma só vez.
Na ordem indireta ela le o DNA de 5' para 3', e volta montando a fita, para sempre montar de 5'
para 3'. A cópia na fita indireta é feita em pedacinhos, chamados fragmentos de okazaki. A fita
indireta tem vários pontos de replicação, para que a enzima possa se ligar.

Para a DNA polimerase engatar na fita direta ou indireta, ela precisa de uma substancia
ativadora. Essa substancia é o RNA iniciador (ou primer). A DNA primase monta e direciona o
RNA iniciador.
Na fita indireta, entre os trechos de okasaki, existem trechos de RNA. E o RNA tem uracila, que
não pode ficar numa fita de DNA. Estes trechos dos iniciadores devem ser removidos. Quem os
remove é a DNA polimerase I, que depois de tirar os nucleotídeos do RNA, completa os
buracos com nucleotídeos de DNA.
A DNA ligase liga as extremidades dos trechos que a polimerase mudou e não ligou.
Na fita de ordem direta, existem muito menos primers comparado à fita de ordem indireta.
A enzima que constrói o DNA é a DNA polimerase III.

Replissomo - conjunto de enzimas trabalhando juntas:


Topoisomerase e helicase - distorção e separação das cadeias de nucleotídeos
Proteínas complementares de ligação - prevenção da reunião das cadeias de nucleotídeos e
reespiralização da molécula de DNA
Associação dos iniciadores (primers) que foram sintetizados pela primase (tipo de RNApol)
DNA polimerase III- alongamento, construção do DNA
DNA polimerase I - retira os RNAs iniciadores (primers) e completa os gaps dos fragmentos de
okasaki com DNA
DNA ligase - faz união dos fragmentos de okasaki

Velocidade da replicação
Erro menor que 1/1010, pois polimerase I e polimerase III tem atividade de exonuclease
Erro = mutação
Eucariotos: cromossomos lineares, muitos pontos de origem de replicação, prossegue em
ambas direções a partir de cada um desses pontos.

Fases da condensação - G2 e prófase


Mitose se divide em prófase, metáfase, anáfase e telófase
1) espiral em nucleossomos - de aproximadamente de 10nm de diâmetro e 1 octamero de
histonas
2) estrutura de solenóide - um segundo nível de espiralamento, produzindo uma fibra de 30nm
3) "loops" de solenóides - ligados a um esqueleto central protéico. Esta estrutura tem aprox
300nm de diâmetro
4) "loops" do esqueleto protéico - formando uma estrutura gigante, super enrolada, com 700nm
5) máxima condensação - a cromátide cromossômica conta com cerca de 1400nm de diâmetro

Centrômero é uma estrutura aderida à molécula de DNA feita de proteínas e indicam a posição
do cromossomo. Nos centrômeros ha os cinetócoros, que tem atividade enzimática e corta fora
alfa e beta tubulina, fazendo com que o cromossomo se aproxime mais rapidamente dos
centríolos na divisão celular.
Cada "lado" do cromossomo é uma cromátide.
Na metáfase, todos os cromossomos são empurrados para o meio de célula, e até que isso
aconteça, não ocorre a divisão. Quando todos chegarem no centro, (placa equatorial) passa
para a próxima fase da divisão, a anáfase.
Na anáfase as cromátides irmãs serão separadas. Quando os lotes chegam nos pólos
celulares, passa para a telófase.
Na telófase ocorre a descondensação e os cromossomos voltam à sua forma filamentosa
Citocinese é a separação das células filhas. A citocinese só ocorre depois que a carioteca de
cada grupo estiver formada.
Cada célula formada passará por todo este processo e assim sucessivamente.

Meiose
Uma célula que vai entrar em g2 para meiose, já passou pela fase S, onde ha replicação. A
meiose consiste em duas divisões seqüenciais. Forma gametas
Fases da meiose
Meiose I: prófase I, metáfase I, anáfase I, telófase I
Meiose II: prófase II, metáfase II, anáfase II, telófase II

Prófase I - leptoteno, zigoteno, paquiteno, dipoteno, diacinese.


Permuta, ou crossing over, é a geração de variabilidade genética. E isso ocorre na prófase I.
Os pontos onde ocorre crossing over são chamados quiasmas.

O crossing over é um fenômeno que envolve cromátides homólogas. Consiste na quebra


dessas cromátides em certos pontos, seguida de uma troca de pedaços correspondentes entre
elas.
As trocas provocam o surgimento de novas seqüências de genes ao longo dos cromossomos.
A meiose I é reducional pois é a separação dos cromossomos homólogos. Não separa as
cromátides de cada cromossomo. E por isso não pode mais haver crossing over.

Na meiose II as cromátides são separadas, formando finalmente os gametas


Quanto mais células entrarem em meiose, maior a variação genética.
A variabilidade genética é criada em vários níveis diferentes:
- Sorteio de cromossomos nos gametas
- Permuta ou crossing over
- O processo de ovogênese
- Sorteio dos gametas masculinos durante o processo de fertilização
- Diferentes gametas produzidos em diferentes ciclos reprodutivos -> diferentes descendentes

Mutações do DNA

As alterações hereditárias do material genético de um organismo, decorrentes de erros de


replicação antes da divisão celular e não causadas por recombinação ou segregação, são
denominadas mutações.
Podem ocorrer naturalmente, por transformação química de bases, erros na replicação do DNA
ou ainda serem causadas por agentes mutagênicos (radiação, substancias químicas, etc)

Erros d replicação
Tautômeros de base do DNA - erros de pareamento. Base codificada quimicamente que aceita
base diferente para parear. Pode ocorrer por radicais livres, nucleotídeos soltos, agentes
mutagênicos.
Ex: A-C , T-G. Na hora da replicação, quando a fita é aberta, o agente tautomérico age
causando a alteração nas ligações químicas das bases nitrogenadas.

Ionização (radiação) de bases - erro d pareamento mais freqüente que tautômeros.


Os dois casos descritos acima levam a mudanças de base do tipo transacional.

Mutações de ponto
São as modificações hereditárias que ocorrem num loco gênico especifico. Elas podem
envolver a substituição de uma única base.
Alteram o códon, que pode levar à alteração de um único aminoácido na proteína. A atividade
da proteína pode ser reduzida, mas geralmente não é totalmente abolida.

Classes de mutações de ponto I


Substituições:
Transcricionais - uma base é trocada por outra de mesma classe química, ex. purina ACG ->
GCG
Transversionais - uma base é trocada por outra de diferente classe química, ex purina por
pirimidina AAG -> ACG
purinas: Adenina e Guanina
Pirimidinas: Citosina e Timina
Conseqüências:
Mutações de sentido trocado - quando a substituição de uma base leva à troca de aminoácido
(missense)
Mutações sem sentido - quando a substituição de uma base leva ao surgimento de um dos três
códons do termino de tradução (nonsense)

Classes de mutações de ponto II (geralmente tem conseqüências muito mais graves na


transcrição e tradução e formação de proteínas)
Inserções: adição de bases na seqüência original de DNA
Deleções: remoção de bases na seqüência original de DNA
podem alterar a leitura do código genético (frameshift). Em geral a proteína traduzida perde a
função. É mais freqüente em procariotos.
Inserções ou deleções de 3 bases (códon) adjacentes ou múltiplos destas - perda ou adição de
aminoácidos na proteína sem alteração da matriz de leitura.

Exemplo em homo sapiens: anemia falciforme. Hemoglobina modificada. Eritrócitos adquirem


forma de foice, bloqueando a circulação nos capilares. Efeito pleiotrópico é a cascata de efeitos
decorrente da obstrução dos vasos, que pode levar à falência de todo o organismo. Confere o
efeito adaptativo em heterozigotos que são imunes à malaria.

Classificando mutações segundo seus efeitos:


Diretas - as substituições de bases que resultam na troca do aminoácido original para
um novo aminoácido. Ex: UUU (fenilalanina) -> UUA (leucina)
Reversas - fazem com que a seqüência volte ao seu estado original. Ex: UUA (leucina)
-> UUU (fenilalanina)
Silenciosas - quando a alteração implica em um códon sinônimo. Ex: UUU (fenilalanina)
-> UUC (fenilalanina)
Neutras - quando a substituição de base resulta em troca de aminoácido, mas sem
afetar a funcionalidade da proteína.

Mutações e evolução
Somáticas:
Maiores prejuízos para o individuo.
Em adultos, quando atingem células em divisão, podem causar tumores ou lesões
degenerativas.
Em zigotos, embriões e fetos, podem levar ao mosaicismo.
Em células germinativas primordiais podem causar redução de fertilidade e transmitir o dano
para as futuras gerações.

Genéticas ou germinativas:
Ocorrem exclusivamente nas células da linhagem germinativa
Podem ser transmitidas às futuras gerações.
Em geral não causam dano ao individuo. Em certos casos pode haver redução de fertilidade.

Resumindo: mutação é matéria prima da evolução.

Agentes mutagênicos e sistemas de reparo do DNA


Agentes mutagênicos podem ser subdivididos em:
- Agentes físicos - radiações ionizantes. Raios ultravioletas (UVA, UVB)
- Agentes químicos - análogos de bases. Compostos com ação direta. Agentes alquilantes.
Corantes de acridina.

Radiações ionizantes agem sobre qualquer molécula e essas poderão ser alteradas e também
secundariamente causar problemas do DNA.

Agentes mutagênicos físicos:


As radiações ionizantes são radiações de alta energia (freqüência) e pequeno comprimento de
onda, e por isso têm capacidade de romper a ligação entre os átomos das moléculas. São
chamadas ionizantes pois geram partículas eletricamente carregadas (íons - cátions e anions)
que passam a ionizar outras moléculas adjacentes.
As radiações ultravioletas são menos energéticas e tem maior comprimento de onda que as
anteriores

Efeitos
As radiações ionizantes atravessam a parede celular (alfa tem baixo poder de penetração)
As radiações ionizantes "arrancam" elétrons tornando as moléculas instáveis e suscetíveis a
reações químicas (íons)
Algumas substancias novas formadas combinam-se com o DNA (tautomeros de bases),
causando erros no pareamento de bases durante o processo de replicação
Outras substancias rompem as ligações açúcar-fosfato gerando quebras cromossômicas

Efeitos sobre o DNA


Com doses superiores a 1000 rad (10 gy):
- Quebra de pontes de hidrogênio
- Quebra de cadeias
- Cross linking (gruda dois cromossomos que deveriam ser individuais. Ligação cruzada. Estes
cromossomos não são replicados)
- Quebra do esqueleto de açúcar
- Dano nas bases
- Deixa de funcionar como template ou molde
- Quebra simples mais freqüente.

Ligações químicas do DNA


Menos importantes: quebras de pontes de hidrogênio, facilmente repostas, somente relevante
se o número for elevado (abertura da cadeia, pode se fechar novamente)
Mais importante: quebras das ligações açúcar-fosfato (quebra da fita no comprimento, não tem
volta)
Conseqüências da radiolise de moléculas: alem de interagir com as moléculas em solução, os
radicais livres resultantes da radiolise podem sofrer recombinação originando novos
compostos.

Observações importantes
A dose de radiação é expressa em relação à quantidade recebida pelas gônadas.
Ha uma relação linear entre a dose de radiação e a taxa de mutações induzidas.
Para uma determinada dose de radiação, uma exposição lenta causa menor numero de
mutações (os sistemas de reparo são capazes de acompanhar o "ritmo")
A taxa de mutação é diretamente proporcional a taxa de radiação. Quanto maior a exposição a
radiação, maior a mutação.
Não existe dose segura para exposição a radiação. Não existe uma dose limiar de radiação
abaixo da qual não sejam induzidas mutações.
As doses de radiação têm efeito cumulativo no organismo (limite de raios x no ano)
A suscetibilidade às mutações varia com o tipo de célula, loco gênico, sexo, fatores ambientais.
Os cromossomos são mais suscetíveis aos efeitos da radiação do que o gene em si. Ex:
mesmo doses mínimas a longo prazo causam um aumento na freqüência de cromossomos
acêntricos e dicêntricos.

Radiações ultravioletas
Seu principal efeito mutagênico está na formação de ligações entre moléculas adjacentes de
timina, impedindo seu pareamento com a adenina.
Essas radiações causam mutações pontuais, mas poucos defeitos estruturais
Não são prejudiciais às gônadas
São absorvidas pela epiderme (gera mutações). Somáticas (câncer de pele).

Agentes mutagênicos químicos:


Análogos de base: são substancias cuja estrutura química é tão semelhante à das bases que
podem ser incorporadas ao DNA durante sua replicação. E a polimerase se engana na hora da
replicação. Podem aparecer em solventes orgânicos.
Compostos de ação direta: não são incorporados ao DNA, mas modificam diretamente a
estrutura de bases.
Agentes alquilantes: são os mais potentes mutagênicos conhecidos. Chamadas mostardas
nitrogenadas. Enfraquecem a ligação das bases guanina com a desoxirribose - substituição por
qualquer outra base nitrogenada.
Corantes de acridina: ligam-se ao DNA, inserindo-se entre as bases adjacentes. Causam
distorção da hélice e alteração da matriz de leitura durante a replicação -> adições e deleções
de nucleotídeos. Ao invés de a polimerase adicionar as bases correspondentes, ela pode
adicionar nucleotídeos a mais ou pular uma base que estava na fita, alterando os códons.

Prevenção dos erros : Sistemas enzimáticos neutralizam compostos potencialmente danosos


antes que eles reajam com o DNA. Ex: detoxicação de radicais superoxido (radicais livres)
Redundância do código genético (mais de uma trinca codificando um mesmo aminoácido)
Alterações de terceira posição são geralmente do tipo "silenciosa"
Alterações de segunda posição são geralmente "neutras"
Posição do aminoácido trocado na proteína pode ocupar região que não afete sua atividade.
Mutação de efeito condicional afeta o fenótipo dependendo do ambiente.

Reparos pré-replicação: reversão direta do erro. Existem sistemas enzimáticos que ficam
procurando prováveis defeitos. As bases originais são restauradas. Dependendo do caso isso
não é possível.
Reparos por excisão: corte de nucleotídeos. O trecho com defeito é removido e reconstituído
corrigido.
Quebra das ligações fosfodiester em ambas extremidades (3' e 5') da seqüência de DNA com
problemas. O espaço deixado é preenchido pela "síntese d reparo". A enzima ligase fecha as
quebras.
Procariontes - 12 ou 13 nucleotídeos são removidos por excisão
Eucariontes - 27 a 29 nucleotídeos são removidos por excisão

Reparos pós-replicação: sistema d reparo de malpareamento


Reconhece os erros de pareamento de bases
Determina qual das bases, no pareamento, é a incorreta
Excisa a base incorreta e faz síntese de reparo
Pressuposto: a base errada seria a que está na fita recém sintetizada
Fator: a fita recém sintetizada pode ser reconhecida, porque ainda não passou pelo processo
de metilação pós replicação da seqüência. Metilação é o processo de estabilização da cadeia.

Replicação propensa a erro: a enzima ignora o trecho errado e o sitio se mantém assim,
errado. Se mantém um sitio de freqüentes pareamentos errados.
O gene pode perder a funcionalidade ou a proteína gerada vai ser cada vez diferente e perde
funcionalidade no organismo.

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