problemáticos. Hoje, porém, a questão se tornou crítica como nunca, tanto por conta da
necessidade crescente de agilidade no uso dos recursos de TI quanto pela forte
tendência de terceirização das atividades de desenvolvimento e manutenção de sistemas.
Uma empresa que utiliza sistemas terceirizados, onde se pesem as vantagens que
o outsourcing possa trazer, cria-se uma necessidade emergencial de que as solicitações
sejam perfeitamente entendidas e documentadas. Caso contrário, na medida em que os
desenvolvedores não conhecem a fundo nem a cultura nem o negócio da empresa, e,
além disso, estão afastados fisicamente dos usuários do sistema, erros de entendimento
tendem a demorar mais para serem descobertos e, portanto, a custarem mais para serem
corrigidos, tanto em termos financeiros quanto de tempo.
Essa é uma das circunstâncias que faz com que o papel de Analista de Processos se
torne tão importante. Embora o papel possa ter nomes diferentes em cada empresa
(Analista de Processos, Analista de Negócios ou ainda de Analista de O&M (Organização e
Métodos)), estamos tratando daquela pessoa cuja função é fazer a “ponte” entre os
usuários de TI, ou seja, o pessoal de negócios, e a TI propriamente dita, no papel de
provedora de soluções tecnológicas e de sistemas.
Características do Analista de Negócios:
Domínio de técnicas. Além de todas as competências já citadas, é claro que este profissional precisa
ainda dominar as diversas técnicas necessárias para entender, modelar, analisar e documentar
processos de negócio e requisitos de sistemas. Precisa ser fluente nos métodos, linguagens e notações
usados na empresa, sejam eles padrões de mercado – como o BPMN, IDEF ou a UML – sejam
específicos da organização.
Visão pragmática da tecnologia. Por fim, é fundamental que o analista de processos tenha uma ampla
compreensão das possibilidades oferecidas pela tecnologia disponível, seja internamente, seja no
mercado. Sem precisar ser um expert tecnológico, ele deve entender o que existe dentro e fora da
empresa e como essas tecnologias podem ser empregadas para resolver os problemas de seus clientes
internos. Deve estar atento às novidades tecnológicas de modo a ser capaz de sugerir a adoção de novas
tecnologias, sem perder de vista a forma como tais novidades podem ser integradas ao ambiente
tecnológico atual da organização. Deve também ser inovador no uso de tecnologias já bem estabelecidas
na organização, criando novas soluções para os problemas que surgem sem necessariamente ter que
recorrer a tecnologias de ponta.
Ainda é muito frequente vermos pessoas dedicadas serem “jogadas aos leões” ao
assumirem esse papel, sem estarem totalmente preparadas para tanto. Isto é
especialmente verdadeiro quando essas pessoas vêm da área de TI, têm formação
tecnológica e passaram a vida trabalhando como desenvolvedores. Embora este seja o
caso mais comum, as empresas precisam ter claro que não basta mudar a descrição de
cargo do colaborador. É fundamental que ele receba a formação necessária, cobrindo as
lacunas que possa ter. De outro modo, o risco de problemas de comunicação, atritos e
mesmo desmotivação por parte deles é imenso, o que fará da empresa a primeira e mais
prejudicada.
- Criar meios para que as informações sejam transmitidas com rapidez e qualidade, com
um mínimo de ruído possível e otimizar o uso das comunicações na empresa;