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Externato Luís de Camões

14/10/2010

Beatriz Costa
Índice
1. Introdução ............................................................................................................................ 3
2. Ergonomia e o seu objectivo prático .................................................................................. 4
3. Ergonomia e um pouco de história ..................................................................................... 4
4. Ergonomia, as suas áreas, aplicabilidade e domínios de especialização........................... 4
5. Ergonomia e as empresas .................................................................................................... 6
6. Outras aplicações desta disciplina....................................................................................... 6
7. Alguns cuidados de postura a ter em conta quando se utiliza um computador .............. 6
Cuidados a ter em relação à posição ....................................................................................... 7
Cuidados a ter em relação ao ambiente ................................................................................. 7
Outros cuidados ....................................................................................................................... 8
8. Conclusão ............................................................................................................................. 9
1. Introdução

A Ergonomia é considerada por alguns autores como ciência, enquanto geradora de


conhecimentos. Outros autores enquadram-na como tecnologia, pelo seu carácter
aplicativo de transformação.
A vocação da Ergonomia evoluiu e ao longo das últimas cinco décadas tem sido objecto de
reflexão e de debate.
Até aos anos 70, a intervenção ergonómica centrava-se sobre o trabalho penoso, o trabalho
nocivo, características da maioria das situações industriais.
A partir da década de 70, com a evolução tecnológica e, consequentemente, das condições
de trabalho, tem-se vindo a observar uma profunda alteração das exigências do trabalho.
Este período pode considerar-se marcado essencialmente por três tipos de evolução: uma
evolução técnica, uma evolução da organização do trabalho e uma evolução do pessoal.
A evolução técnica é caracterizada pela maior eficiência das máquinas, pela miniaturização
de certos produtos, por uma informatização cada vez mais difundida e por uma
automatização.
Estes aspectos estão cada vez mais presentes em certos ramos da indústria, mas também,
em muitos outros sectores de actividade.
Quanto à evolução da organização do trabalho podemos dizer que ela se verificou
essencialmente a partir de novas modalidades de repartição de tarefas, criando exigências
notáveis devido ao carácter parcelar destas e á frequente sujeição a ritmos de
funcionamento técnico.
No que respeita à evolução do pessoal, pode dizer-se que foi essencialmente marcada pelo
prolongamento da escolaridade e pela formação técnica e profissional o que conduziu
naturalmente a diferentes expectativas em relação ao trabalho e a uma inadequação dos
modelos de gestão tradicionais.
Sintetizando, pode dizer-se que este desenvolvimento provocou, inevitavelmente, uma
alteração na paisagem laboral, verificando-se uma imposição da mecanização,
desencadeando novos agentes agressores frequentemente presentes nos locais de
trabalho, uma progressiva abolição do trabalho físico dinâmico (através das ajudas
mecânicas, o que acarretou, em certa medida, uma degradação biológica do Homem) e
uma implementação de um trabalho estático, prolongado, utilizando pequenos grupos
musculares, geralmente numa posição fixa, com um ritmo de trabalho intenso e
requerendo, por vezes, um elevado grau de precisão.
A nível dos operadores estas consequências reflectem-se, normalmente, no seu estado de
saúde, não só no que respeita às já consideradas doenças profissionais, mas a tantas outras
identificadas com a situação de trabalho.
A nível do sistema produtivo, estas consequências podem ser objectivadas pelo aumento
do absentismo, pelo aumento do número de acidentes, pela necessidade de recolocação
profissional e, consequentemente, pela diminuição da produtividade, do ponto de vista
qualitativo e quantitativo.
2. Ergonomia e o seu objectivo prático

A palavra “Ergonomia” vem de duas palavras Gregas: “ergon” que significa trabalho, e
“nomos” que significa leis. Hoje em dia, a palavra é usada para descrever a ciência de
“conceber uma tarefa que se adapte ao trabalhador, e não forçar o trabalhador a adaptar-
se à tarefa”. É também chamada de Engenharia dos Factores Humanos. A Ergonomia é a
aplicação de conhecimentos científicos relativos ao Homem para conceber objectos,
sistemas e envolvimentos adequados.
O objectivo prático da Ergonomia é a adaptação do posto de trabalho, dos instrumentos,
das máquinas, dos horários, do meio ambiente às exigências do homem, para que este
trabalhe sem tanto esforço e consequentemente com maior produtividade.

3. Ergonomia e um pouco de história

O médico italiano Bernardino Ramazzini (1633-1714) foi o primeiro a escrever sobre doenças
e lesões relacionadas ao trabalho, na sua publicação de 1700 "De Morbis Artificum"
(Doenças ocupacionais).
As doenças relacionadas com a não aplicação da técnica ergonómica estão classificadas
como Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e, mais modernamente, como Distúrbios
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT)
Através da aplicação desta técnica poder-se-á evitar as lesões ósteo-musculares dos
membros superiores por esforços repetitivos atribuídos ao trabalho.
Mais tarde, em 1857 Jastrezebowisky publicou um artigo intitulado "ensaios de ergonomia
ou ciência do trabalho". O tema é retomado quase cem anos depois, quando em 1949 um
grupo de cientistas e pesquisadores se reúnem, interessados em formalizar a existência
desse novo ramo de aplicação interdisciplinar da ciência.
Em 1950, durante a segunda reunião deste grupo, foi proposto o neologismo
"ERGONOMIA”. Funda-se assim no início da década de '50, na Inglaterra, a Ergonomics
Research Society.
Em 1955, é publicada a obra "Análise do Trabalho" de Obredane & Faverge, que se torna
decisiva para a evolução da metodologia ergonómica. Nesta publicação é apresentada de
forma clara a importância da observação das situações reais de trabalho para a melhoria
dos meios, métodos e ambiente do trabalho.

4. Ergonomia, as suas áreas, aplicabilidade e domínios de


especialização

A Ergonomia actua em todas as frentes de qualquer situação de trabalho ou lazer, desde os


stresses físicos nas articulações, músculos, nervos, tendões, ossos, etc., até aos factores
ambientais que possam afectar a audição, visão, conforto e principalmente a saúde.
Alguns exemplos das áreas de actuação da ergonomia:
 No desenho de equipamentos e sistemas computorizados, de modo a que sejam
mais fáceis de utilizar e que haja menor probabilidade de ocorrência de erros
durante a sua operação – particularmente importante nas salas de controlo, onde
existe uma elevada carga de stress.
 Na definição de tarefas de modo a que sejam eficientes e tenham em conta as
necessidades humanas, tais como, pausas para descanso e turnos de trabalho
sensíveis, bem como outros factores, tais como recompensas intrínsecas do
trabalho em si.
 No desenho de equipamentos e organização do trabalho de modo a melhorar a
postura e aliviar a carga de trabalho no corpo, reduzindo assim as Lesões Músculo-
Esqueléticas do Membro Superior e as Lesões resultantes de Trabalho Repetitivo.
 Na arquitectura da informação, de modo a que a interpretação e uso de guias,
sinais, e ecrãs seja mais fácil e sem ocorrência de erros.
 Na criação de acções de formação para que todos os aspectos do trabalho sejam
compreendidos pelos trabalhadores.
 No desenho de equipamento militar e espacial – casos extremos de resistência do
corpo humano.
 Na concepção de ambientes de trabalho, incluindo a iluminação e a temperatura
ambiente, de modo a satisfazer as necessidades dos utilizadores e das tarefas
executadas. Onde seja necessário, na concepção de equipamentos de protecção
individual para o trabalho em ambientes hostis.
 Nos países em desenvolvimento, a aceitação e eficiência do uso de tecnologia
básica pode ser melhorado significativamente.

É uma ciência multi-disciplinar que usa conhecimentos de várias ciências, tais como:
anatomia, antropometria, biomecânica fisiologia, psicologia, etc…
A ergonomia tem vários campos de aplicabilidade, sendo eles:
 Ergonomia de produção ou produto.
 Intervenção de concepção (projecto) ou correcção.
 Ergonomia dos erros ou da epidemiologia
 Estudo do ambiente e da comunicação
 Interface homem - computador ou de sistemas.

A Associação Internacional de Ergonomia divide a ergonomia em três domínios de


especialização:
 Ergonomia Física: que lida com as respostas do corpo humano à carga física e
psicológica. Tópicos relevantes incluem manipulação de materiais, arranjo físico de
estações de trabalho, demandas do trabalho e factores tais como repetição,
vibração, força e postura estática, relacionada com lesões músculo-esqueléticas.
 Ergonomia Cognitiva: também conhecida engenharia psicológica, refere-se aos
processos mentais, tais como percepção, atenção, cognição, controle motor e
armazenamento e recuperação de memória, como eles afectam as interacções
entre seres humanos e outros elementos de um sistema. Tópicos relevantes
incluem carga mental de trabalho, vigilância, tomada de decisão, desempenho de
habilidades, erro humano, interacção humano-computador e treino.
 Ergonomia Organizacional (ou macroergonomia): relacionada com a optimização
dos sistemas sócio-técnicos, incluindo sua estrutura organizacional, políticas e
processos. Tópicos relevantes incluem trabalho em turnos, programação de
trabalho, satisfação no trabalho, teoria motivacional, supervisão, trabalho em
equipa, trabalho à distância e ética.

5. Ergonomia e as empresas

Hoje em dia pode-se dizer que praticamente 99% das empresas de países industrializados,
são obrigados por lei a cumprir com estas técnicas ergonómicas, como por exemplo a
Google, a Portugal Telecom, etc. Apenas umas quantas empresas, (na maior parte delas
familiares) poderão não cumprir com tais normas.

6. Outras aplicações desta disciplina

Mas a ergonomia não se aplica somente à parte física, actualmente este conceito também
se encontra na parte não palpável do nosso dia-a-dia.
Um software pode também ser ergonómico, permitindo uma facilidade de aprendizagem e
memorização elevada. Como tal, denota-se um maior bem-estar e eficiência por parte do
utilizador. Por exemplo, a evolução do sistema operativo da Microsoft que passou do MS-
DOS, (apenas utilizado na perfeição por grandes mentes) para o Windows (utilizado na
perfeição por qualquer tipo de utilizador).

7. Alguns cuidados de postura a ter em conta quando se utiliza


um computador

As imagens seguintes representam o modelo de utilização correcto de um computador.


Cuidados a ter em relação à posição:
 A posição do monitor é importante para evitar problemas de coluna e de fadiga
ocular. Ele deve estar a uma distância de aproximadamente 70 centímetros da face
do utilizador, ao nível dos olhos ou um pouco abaixo deles. Se a secretária não
permitir esta disposição, coloque alguns livros sob o monitor.
 As dores de coluna estão, muitas vezes, relacionadas com o mau posicionamento da
cabeça e do pescoço. Para reduzir este tipo de lesões, evite torcê-los ou sacudi-los
de forma repetitiva. Utilize, também, um suporte de papéis para eliminar
movimentos laterais com a cabeça.
 Compre uma cadeira confortável, pois é um óptimo acessório para minimizar o
stress do corpo. Deve ter um encosto ajustável (para frente e para trás), que
permita uma reclinação de até 30 graus e altura do assento deve ser abaixo da
rótula. Prefira encostos altos, pois garantem maior apoio para as costas,
diminuindo a tensão localizada. Verifique se a cadeira oferece suporte para a região
lombar, descanso de braço com almofadas e uma base com cinco pernas para
reduzir o risco de quedas. Mantenha os ombros e quadris alinhados.
 Pés cruzados ou apoiados na ponta dos dedos favorecem dores na parte inferior da
coluna. Apoie a planta dos pés no chão, permitindo que eles fiquem rectos. Se a
cadeira for muito alta, coloque livros ou outro tipo de apoio sob os pés. Lembre-se
ainda de manter os joelhos flexionados num ângulo de 90 graus e directamente
abaixo do quadril.
 Não se empolgue com a bela aparência dos teclados. Prefira os modelos
ergonómicos com suporte de pulso, que deve ser grosso e almofadado e estar no
mesmo nível físico do teclado - nunca abaixo.
 Evite realizar o mesmo movimento com as mãos durante muito tempo, procure
realizar uma digitação suave, com os braços formando um ângulo de 90 graus. Isso
é importante para garantir a boa circulação sanguínea nos membros superiores.
 Uma mesa de trabalho inadequada pode causar dores na nuca, nas costas e na
cabeça. Considere a utilização de um móvel que permita bom espaço para
movimentação das pernas e ofereça altura suficiente para posicionar o teclado de
forma correcta - aproximadamente 70 centímetros do chão e de frente para o
utilizador.
 Quando utiliza o rato, movimenta os músculos mais fortes do ombro e dos braços.
Por isso, tenha cautela ao manusear o periférico. Não use força ao clicar ou mover e
mantenha-o próximo e ao mesmo nível do teclado; mantenha o pulso numa
posição neutra (nunca dobrar); altere a postura das mãos durante o trabalho.

Cuidados a ter em relação ao ambiente:


 Quanto menores o brilho e os reflexos na tela do monitor, maior o conforto para
os olhos.
 Ao trabalhar, evite o excesso de luz ambiente externa e o brilho nas paredes
próximas ao computador. A iluminação precisa de ser controlada para não se
sobrepor à tela ou produzir reflexos indesejados. Confira se a luminosidade está
adequada: olhe para a tela do micro - não pode haver pontos de luz notáveis atrás
ou ao redor dela.
 A luzes do tecto devem-se encontrar paralelas ao computador.
 O ambiente de trabalho deve possuir o mínimo de ruído possível.

Outros cuidados:
 Quando está de pé, o seu peso é distribuído pela coluna lombar, favorecendo o
equilíbrio do corpo. Permanecendo horas sentado, a sua coluna recebe uma dose
de esforço extra. Nesse caso, procure manter a curva natural das costas (em
formato de S). Uma boa dica: coloque uma almofada na parte inferior da coluna
para ajustar a curva lombar.
 Por mais correcta que seja sua postura, a pressão sobre os discos lombares
aumenta em até 30% quando você está sentado. Para evitar esta pressão é
aconselhável levantar-se de vez em quando.
 Distancie seus olhos do monitor a cada 10 minutos, focalizando-os o mais longe
possível durante 5 segundos. Esse procedimento minimiza a fadiga ocular.

A imagem acima mostra alguns comportamentos errados relativamente à postura em


frente a um computador.
8. Conclusão

Ergonomia é um conjunto de ciência e tecnologia que procura a adaptação confortável e


produtiva entre o ser humano e seu trabalho.
É ainda um trunfo importantíssimo na actualidade, uma medida de prevenção de lesões e
acidentes, assumindo, cada vez mais, um papel de extrema importância dentro das
empresas, quando inter-relaciona a qualidade do produto e dos processos a um aumento
de produtividade e melhoria nas condições de trabalho.
O seu campo de aplicação e crescimento é amplo, pois a evolução técnica do trabalho tem
sido um factor decisivo no desenvolvimento desta ciência. A cada dia que passa, a
tecnologia das máquinas alcança maior perfeição e complexidade, com menores custos.
Essas novas tecnologias devem adaptar-se ao ser humano, e não o ser humano "ser
obrigado" a adaptar-se a essas novas tecnologias.
É importante lembrar que, ao desenvolver-se essas novas tecnologias, especificamente
novas máquinas ou equipamentos para o sistema produtivo, as novas condições de
trabalho devem atender ao ser humano em todos os aspectos, e serem melhores que as
condições anteriores.
Com isso podemos entender que o processo de aprendizagem da preservação do homem
somente terá continuidade se este for livre, se tiver suas condições naturais de operação
respeitadas. Para isto a antropocentricidade dos conceitos ergonómicos poderá ser uma
alavanca, e os processos participativos serão uma decorrência natural da necessidade da
aplicação de sua inteligência e estabelecimento de estratégias.
Mudando o ambiente e sofrendo as modificações deste, o homem será o protagonista dos
grandes acontecimentos da sua preservação.

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