Ivaiporã
2011
Antígona e as relações Sociais na Sociedade Antiga.
Peça Grega escrita por Sófocles a mais ou menos V antes de Cristo. Que
retrata o sofrimento de Antígone por não poder enterrar o irmão Polinice que
teria morrido ao atacar a cidade, e que por isso o rei Creonte determinara que
ele devesse ficar sem sepultura, depois de tentar convencer sua Irma Ismenia
a lhe ajudar, ela acaba por enterrá-lo sozinho, o rei Creonte ao ficar sabendo
disso a prende e a julga, acusando de desobedecer a uma ordem do rei, ela
questiona que a lei de honrar aos mortos embora não seja concebida por
nenhuma autoridade é uma tradição que vem desde a antiguidade que deve
ser respeitada, acima de um edito real, o rei fica revoltado com a quebra de sua
autoridade e a condena a morrer enterrada viva, seu filho e noivo de Antígone
ainda tenta convencer o rei a não puni-la. Mas Creonte irredutível não lhe da
ouvido e encerra Antígone em uma caverna, Um mensageiro do oráculo
comparece na presença do rei e avisa que o mesmo está cometendo pesados
erros, e que seu exemplo esta sendo seguido por outras cidades e os deuses
se vingaram do mesmo. O rei neste momento fica temeroso e após consultar
os seus súditos, resolve ir soltar Antígone, mas quando chega é tarde demais,
Antígone tinha se suicidado, e seu noivo ao ver a cena também se suicida com
sua espada na frente de seu pai, se não bastasse Creonte ao chegar com o
corpo do filho no seu palácio, a sua esposa ao ver seu filho morto, também se
suicida com uma punhalada no peito, o rei ferido pela dor se da conta de
quanto fizera errado de impedir a sepultura de Polinice implora pela morte
porem tem que aguardar o comprimento do seu destino.
Mais abaixo em parte da fala de sua Irma Ismenia, fica ressaltado o autoridade
masculina vigente na época em que a mulher não tinha direitos assegurados,
nem em sua casa, nem na cidade, essa tradição vem do começo da
organização social da idade antiga e que naquela obra ainda prendia as
mulheres:
“Convêm não esquecer ainda que sejam mulheres, e,
como tal não pode lutar contra Homens”,
Ainda na fala anterior fica evidente o poder real que era uma mudança na
característica da autoridade do estado perante a sociedade, Acompanhe “Visto
que sou obrigada, obedecer aos que estão no poder”.
Antígone ainda exalta sua recompensa por seguir a tradição e alerta sua Irma
quanto a não obedecer às leis divinas. E nesse momento mais uma vez
evidencia a divisão da nova sociedade entre as leis divinas e leis da cidade
nessa fala:
“não as Desprezo, (lei divina); mas não tenho força de agir
contra as Leis da cidade”.
A autoridade real, imutável e questionada pelo Seu filho Hermon, que começa
de uma maneira branda, a exortar o pai quanto ao fato de o povo ver a atitude
de Antígone de enterrar seu irmão, mas a autoridade do soberano naquele
momento era o ponto principal, a sensatez da decisão nem era a questão e sim
a autoridade real, e prevalece a decisão do rei. Sendo condenada Antígone a
ser enterrada viva.
O rei Cleonte ainda é orientado pelo oráculo, que o exorta a cumprir a lei
primitiva, ao invés de através de sua arbitrariedade fazer o inverso ao impedir
o sepultamento de um morto e para castigar ainda enterra viva uma outra
pessoa. Mas uma vez tem o peso poder centralizado do rei ao invés dos
preceitos antigos.
Diante disso a obra caminha para a tragédia que o suicídio do filho do Rei, bem
como o de sua esposa. Restando ao rei apenas lidar com seus infortúnios,
pois não é chegada ainda a sua morte.
Eclitomm@hotmail.com