DOCUMENTO DE TRABAJO FLACSO

Noviembre de 1 9 7 7

E l orden d e l c o t i d i a n o , la sociedad
disciplinaria y l o s r e c u r s o s d e l
poder.

J. J. Brunner
Esta serie "Documentos de Trabajo" es editada por la Facultad
Latinoamericana de Ciencias Sociales (FLACSO). Las opiniones
que en los documentos se presentan, así como la información,
análisis e interpretaciones que en ellos se contienen, son de
la responsabilidad exclusiva de sus autores y no reflejan
necesariamente los puntos de vista de la Facultad.
 I N D I C E

Página

INTRODUCCION
1. EL MUNDO DE GOFFMAN: INTERACCIONES, ENCUENTROS Y
OCASIONES o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Los protagonistas: white collars interactivos .......... 1
Los protagonistas en acción: comportamientos, encuentros
y ocasiones ........................................ 3
La pertenencia en la difusa organización social del
cotidiano .............................................. 6
El minimo normativo cotidiano: el reconocimiento social. 10
El idioma de los envolvimientos ........................ 14
La organización social de los encuentros ............... 23
Pertenecer y adaptarse para sobrevivir interactivamente. 33

GOFFMAN O LOS PRINCIPIOS DEL ORDEN COTIDIANO .......... 38

El principio del contrato social ...................... 39
El principio de la solidaridad colectiva o comunidad
de sentimientos ....................................... 46
El principio de la normafividad del cotidiano ......... 51
El principio de la intencionalidad del actor .......... 57
El principio de la definición de situaciones .......... 64

LA SOCIEDAD DISCIPLINARIA Y LA ORGANIZACION DEL

COTIDIANO ............................................. 69
El carácter moderno de los procedimientos discipli-
narios ................................................ 69
Sobre el carácter de las disciplinas en la tradición
de la sociología (Weber y Durkheim, un breve comen-
tario)................................................ 75
El orden en la sociedad disciplinaria:................ 80
1. La represi6n disciplinaria......................... 82
2. La privatización política.......................... 89
3. La trivialización cotidiana........................ 95
........................ 98
4. La desigualación integrativa
 I N T R O D U C C I O N

E l p r e s e n t e e s un ensayo de e x p l o r a c i ó n s o b r e l a o r g a -
n i z a c i ó n s o c i a l d e l c o t i d i a n o e n una s o c i e d a d d i s ~ i p l i n a r i a , ~
"'/
emprendido a p r o p ó s i t o d e un t e x t o d e E.Goffman.-

E l t r a b a j o se d i v i d e en t r e s p a r t e s p r i n c i p a l e s .

En l a p r i m e r a s e h a c e una p r e s e n t a c i ó n y p u e s t a e n es-
c e n a d e l mundo d e Goffman.

En l a segunda se o f r e c e una i n t e r p r e t a c i ó n de l o s p r i n -
c i p i o s que Goffman pone en juego p a r a e x p l i c a r l a o r g a n i z a c i ó n
de e s e mundo.

La p a r t e f i n a l e x p l o r a a l g u n o s d e l o s r a s g o s b á s i c o s de
la o r g a n i z a c i ó n d e l a p r á c t i c a c o t i d i a n a e n una s o c i e d a d d i s -
ciplinaria.

Estas tres p a r t e s s e encuentran estrechamente relaciona-

d a s e n t r e s í . L a s d o s p r i m e r a s forman una u n i d a d y se p r o l o n -
gan l u e g o e n l a Ú l t i m a , que e s l a m á s i m p o r t a n t e de l a s t r e s .

Nuestro i n t e r é s a l o l a r g o d e t o d o e l t r a b a j o se o r i e n t a
pues e n función de l a sociedad d i s c i p l i n a r i a .

S i hemos e l e g i d o a Goffman p a r a m o t i v a r e s t a s n o t a s e l l o
e s porque s u s e s t u d i o s p r o p o r c i o n a n un buen ejemplo s o b r e l o
que ha s i d o h a s t a e l p r e s e n t e e l a n a l i s i s de s i t u a c i o n e s c o t i -
dianas. Fuede s e r que muchos d e l o s c o n c e p t o s que u s a s e a n
p e r f e c t a m e n t e i n ú t i l e s , y aún que t o d o s u marco d e r e f e r e n c i a
r e s u l t e i n a p r o p i a d o p a r a l o s e f e c t o s d e n u e s t r o i n t e r é s de

* / E.Goffman, Behavior i n P u b l i c P l a c e s , Notes on t h e S o c i a l

--
O r g a n i z a t i o n of G a t h e r i n g s , 1963, The F r e e P r e s s , 1966.
gumentos goffmanianos, s e g u i r l o s d e c e r c a en su o p e r a c i ó n y
s o m e t e r i n s a &a c r í t i c a sistems.tica, p u e s t o que a t r a v é s
d e e l l o s s e puede d e s c u b r i r &m0 una c i e r t a forma d e o r g a n i -
zación s o c i a l del ~ 0 t í G . i busca v a l i d a r s e i n t e l e c t u a l m e n t e
y e x p r e s a r s e de manera o r & i c - 9 tra"&s d e l a s o c i o l o g í a .

E l t r a b a j o , en suma, s e mueve e n dos planos ~ ~ I I I u % L & ~ ~ -

mente: uno d e d e s c r i p c i ó n y c r í t i c a de una t e o r í a , y o t r o de

i n t e r p- r e t a c i ó n de algunos c a r a c t e r e s b á s i c o s de l a sociedad
d i s c i p l i n a r i a . Ambos p l a n o s s e a r t i c u l a n de manera e s t r e c h a
en t o r n o d e l a i n v e s t i g a c i ó n d e l a s formas a t r a v é s d e l a s
c u a l e s una s o c i e d a d c r e a , mantiene y t r a n s f o r m a la o r g a n i z a -
ción s o c i a l de l a s prácticas cotidianas.
 1. - INTERACCIONES, SNCUENTROS Y OCASIONES.
EL MUNDO DE GOFFMAPJ:

Los p r o t a g o n i s t a s : w h i t e c o l l a r s i n t e r a c t i v o s .
*
A l p r i m e r d e s p l i e g u e d e una mirada c u r i o s a e l mundo de
I Goffman se nos p r e s e n t a como un c u a d r o p l a g a d o d e imsgenes fa-
3 m i l i a r e s . En él hay g e n t e s , s o b r e t o d o miembros de l a "nueva
6 clase media" que e s como l a llamó C.Wright M i l l s -
l/
, i n v o l u c r a-
S
d a s en l a s m i l a c t i v i d a d e s que forman e l c o t i d i a n o y r e l a t i v a -
Y
mente ordenado t r á f i c o humano de e s o s grupos s o c i a l e s . -
Por do
q u i e r veremos a p a r e c e r p u e s a l o s w h i t e c o l l a r s de una s o c i e d a d
que consume. Hombres y m u j e r e s v e s t i d o s d e c u e l l o y c o r b a t a
que e n l o p r i n c i p a l p r e s t a n s e r v i c i o s y l o s compran 2': emplea-

1/ C .Wripht M i l l s , White
-- Collar, 1951, Oxford U n i v e r s i ~Press, 1956.
2/
- El tip de función que d e s r e~s a l t~a r aquí ~ es e1 de los servicios ,a$
tividad sobre la cual precisamente se articula socialniente e l crecimien-
t o de l a s clases medias. Cmo dice D.Bel.1, "um sociedad pst-idus-
trial se basa en l o s ser.vicios. Por l o mimo e s un juego entre p e s o -
nasi7, pr oposición a una sociedad pre-industrial donde la myor parte
de la fuerza de trabajo e s t a a ~ r o m e t i d aen la industria extractiva.
Aquí l a vida e s , esencialmente, un juego contra l a naturaleza. Agrega
D. Bell: l o que cuenta en ese nuevo tip de sociedad "no e s e l crudo p-
der muscular, o energía, sino l a i n f o m c i o n . La fi,gura central. e s la
.
d e l prof esiolaal" En seguida, observa que o-sí sano UM sociedad indus-
t r i a l e s definida por la cantidad de bienes que configura un d e t e h a -
do nivel de vida, " ' l a sociedad p o s t - i ~ d u s t r i a lse d e f h pr l a calidad
de la vida medida se& los servicios y menidades -salud, recreación,
educacion y l a s artes- que ahora son cmsiderados deseables y posibles
.
para cada m' La evolución de los servicios sique a su vez UM línea
inmunentalista. "-Al cmienzo, p r e l propio desarrollo de la industria,
hay una necesama emansión del -h?ansparte y los servicios pUblicos co-
mo auxiliams para e l movimiento de bienes y e l uso creciente de ener-
d a . v un aumento en la fuerza de -trabajo - no dedicada a la mmufactura
L , a

.
pero que es a h bl ue-collar f orce Luego, con e l consumo masivo de bie-
nes y e l crecimiento de la poblaci6n sobreviene un crecimiento en la
dis-h?ibuci6n (mayorista y a l d e t a l l e ) , las finanzas, e l comercio de p m -
piedades y segwos, que son los centros tradicionales de empleo de l o s
white collars. A l f i n , cuando e l i n p e s o nacional crece, s e observa
m que la cantidad de dimm dedicada a l a alimentación en el hogar
empieza a decrecer, y l o s incremen-tos margimles (de ingreso) son usa-

go --
dos mimero en b i e ~ e sdurables (vestimenta ,vivierda ,automóviles ) y lue-
luxury items, recreación y semejantes. A s í &npieza a d e k o l l a r
se un sector terciario de servicios personales: restoranes, Fioteles, a u Z
to-servicios , turjsmo, recreación, depwtes , en la misma medida que e l
horizonte d e - l a gente se exprde y que nuevas necesidades y gustos s e
generan.''
k i s e , D .Be11, The Caming of Post-Industrial Fociety, A venture in
social forecasting, 1973, Basic Books, 1976, pp. 126-29.
d o s , p r o f e s i o n a l e s , pro£ e s o r e s , t s c n i c o s , vendedores, p e r o
también r e c e p c i o n i s t a s , p o l i c í a s , s a c e r d o t e s , enfermeros.
J u n t o a e l l o s encontraremos, menos prominentes, a l g u n o s s e -
r e s m a r g i n a l e s , p s i c Ó t i c o s , homosexuales, c a r t e r i s t a s , i n v á -
l i d o s , enanos. Dispersamente o t r a s f i g u r a s más o menos h a b i -
t u a l e s : a s c e n s o r i s t a s , b a ñ i s t a s , mesoneros, t r a n s e u n t e s , v i a -
jeros, estudiantes, niños, prisioneros.

Conspicuamente a u s e n t e s d e e s t e mundo e s t á n l o s o b r e r o s
y p r o p i e t a r i o s de l o s medios d e p r o d u c c i ó n , e n g e n e r a l , l o s
hombres e n c u a n t o p r o d u c t o r e s , s i t u a d o s p o r l o t a n t o e n unas
r e l a c i o n e s d e producción determinadas , desempeñando l a s fun-
c i o n e s que l e s corresponde d e n t r o d e l a d i v i s i ó n s o c i a l d e l
trabajo .
E f e c t i v a m e n t e , l o s p e r s o n a j es que c i r c u l a n por e l c o t i -
d i a n o d e e s t e mundo l o hacen en s u s h o r a s l i b r e s . Goffman
l o s e s t u d i a en l a s c a l l e s y p a r q u e s , en l o s r e s t o r a n e s , a l a
e n t r a d a de un c i n e o e n una i g l e s i a , p a r t i c i p a n d o de una r e u -
n i 6 n s o c i a l o e n un f u n e r a l , como a s i s t e n t e s a una s e s i ó n de
t e r a p i a g r u p a 1 o conversando e n l a sala d e e s p e r a d e un con-
s u l t o r i o médico. O v i a j a n d o a r r i b a de un a v i ó n , compartiendo
un a s i e n t o en e l t r e n o d e p i e j u n t o a o t r a s e n un c a r r o d e l
metro. Son l o s e n c u e n t r o s m á s o menos f u g a c e s y l o s hombres
y mujeres que en e l l o s p a r t i c i p a n l o s que p r o t a g o n i z a n s o b r e
e l - e s c e n a r i o d e e s t e mundo.

N i zoon p o - l i t i k o n ni homo f a b e r : w h i t e c o l l a r s interacti-

vos p u e s t o s e n s i t u a c i o n e s p ú b l i c a s o s e m i - p ú b l i c a s cotidia-
n a s , p a r t i c i p a n d o de e s a s o c a s i o n e s que completan e l tiempo,
v a s t a zona i n t e r s t i c i a l s u s p e n d i d a e n t r e e l t r a b a j o y e l sue-
ño *
 Los p r o t a g o n i s t a s e n a c c i ó n : comportamientos, e n c u e n t r o s y
ocasiones.

S i nos adentramos un poco más en e l mundo d e Goffman v e r e -

mos de c e r c a cómo b u l l e y se a g i t a en l a s u p e r f i c i e .

La g e n t e que observamos p a s a r p o r las p á g i n a s s e d e s p l a z a ,

s a l u d a , s e congrega, c o n v e r s a , toma a s i e n t o e n un b a r , s a l e d e
p i c n i c e l d í a domingo, a s i s t e a e s c u c h a r la banda d e l E j é r c i t o
d e S a l v a c i ó n , e n t r a a un n e g o c i o , compra, se d e s p i d e , llama
p o r t e l é f o n o y se enferma.

Hay q u i e n caminando p o r l a a v e n i d a 42 se e n c u e n t r a con un

c o n o c i d o , y q u i e n con s u f a m i l i a juega en e l parque un sábado
p o r l a t a r d e . Aquel s e d e t i e n e p a r a p r e g u n t a r a l p o l i c í a por?
l a u b i c a c i ó n de una c a l l e , a q u e l o t r o s e s i e n t a s o l o a una me-
s a , o r d e n a e l menú d e l d í a y e n s e g u i d a s e a b s o r b e p o r e n t e r o
en l a l e c t u r a d e una n o v e l a de Bellaw. Un hombre que va de p i e
e n e l m e t r o a p a r e n t a e s c u c h a r l o que d i c e s u mujer m i e n t r a s se
empeña p o r o i r l a c o n v e r s a c i ó n d e una p a r e j a que e s t á c e r c a d e
é l , sentada a s u espalda.

E s un mundo de comportamientos h a b i t u a l e s , de e n c u e n t r o s
c o t i d i a n o s , d e ocasiones conocidas.

"Sobre l a a t e s t a d a p l a t a f o r m a de l a e s t a c i ó n Grand
C e n t r a l (Herzog) a b r i ó e l pesado Times con s u s b o r -
d e s h i l a c h e n t o s , y puso l a m a l e t a j u n t o a s u s p i e s .
Los s i l e n c i o s o s c a r r o s electrices pasaban f r e n t e a
e l c a r g a d o s con l a s b o l s a s de l a c o r r e s p o n d e n c i a .
(. .. ) Vio v e i n t e p a s o s m a s a l l á e l p á l i d o y su'sue
r o s t r o d e una mujer d e a s p e c t o i n d e p e n d i e n t e , t o c a -
d a p o r un sombrero de b r i l l a n t e p a j a n e g r a que man-
t e n í a s u c a b e z a e n l a p r o f u n d i d a d , y cuya mirada
-aún e n medio de e s a o s c u r i d a d de puntos s i n s i g n o s -
l e a l c a n z a b a con una f u e r z a d e l a que e l l a jamas
podría t e n e r conciencia. Aquellos o j o s podían s e r
a z u l e s , t a l vez v e r d e s , o aún g r i s e s : é l j a m h p o d r í a
s a b e r l o . Pero e r a n o j o s d e hembra', c i e r t a m e n t e . Ex-
p r e s a b a n una e s p e c i e d e a r r o g a n c i a femenina, l a que
e j e r c í a una i n m e d i a t a a t r a c c i ó n s e x u a l s o b r e 61. L a
experimentó de nuevo e n a q u e l p r e c i s o momento -una
c a r a r e d o n d a , l a c l a r a m i r a d a d e unos p á l i d o s o j o s
d e hembra, un p a r d e p i e r n a s o r g u l l o s a s " . - 3/
-
3./S,Bellow, Herzog,l964,
--- Penguin, 1975, p.40.
 Menos p u e s que un comportamiento y un e n c u e n t r o a v e c e s .
Un i n s t a n t e . Una f u g a c i d a d . Una i m p u t a c i ó n . La mera r e t ó r i -
ca de l o s c u e r p o s .

Un joven que h a b l a y g e s t i c u l a en un monólogo solemne.

E l p r o f e s o r q u e l l a n a l a a t e n c i ó n a s u s alumnos y l e s i n v i t a
a c o m p o r t a r s e apropiadamente. A l g u i e n que g o l p e a l a p u e r t a y
e n t r a . Un c í r c u l o d e c o n v e r s a c i 6 n que s e desbanda, o t r o que
se forma.

Y así p o r d e l a n t e .

Son pequeños comportamientos d i a r i o s l o s que vamos d e s c u -

b r i e n d o o c u r r i r f r e n t e a n o s o t r o s en e s t e mundo s i n m u l t i t u -
d e s , s i n s o r p r e s a s , s i n h é r o e s , s i n i n s t i t u c i o n e s : un mundo
denso p e r o t r a n s i t i v o , s i n mayor p r o f u n d i d a d que l a p r o p o r c i o -
nada p o r l a s p e r s p e c t i v a s de s u s u p e r f i c i e . C e s t o s p r e v i s i -
b l e s , a c t i t u d e s r u t i n a r i a s , modales m i n ú s c u l o s , m i n u c i o s a s r e -
l a c i o n e s , l e v e s r i t o s , ceremonias p a s a j e r a s . Un mundo hecho
d e l m a t e r i a l c o t i d i a n o " l i b r e " , a q u e l que no e s t á p o r n e c e s i -
dad l i g a d o a l a e x i s t e n c i a de l o s p r o d u c t o r e s o a l a s r e l a -
c i o n e s en que & t o s i n e v i t a b l e m e n t e e n t r a n en s u c a l i d a d d e
tales.

Un mundo d e s p o j a d o p o r l o mismo d e a c c i o n e s r e s a l t a n t e s ,
d e e p i s o d i o s e j e m p l a r e s , s a l v o p o r unos pocos que i n t e r r u m p e n
un i n a + a n t e e l c o n t i n u o y r e l a t i v a m e n t e armónico t r á f i c o hu-
mano. E l agudo g r i t o de a l g u i e n que p i d e ayuda en medio de l a
c a l l e ; un o p e r a t i v o d e l a p o l i c í a que i n t e r r u m p e una v e l a d a
c o n v i v i a l ; un joven embriagado que i n c r e p a o s t e n s i b l e m e n t e a
una a n c i a n a ; e l e x h i b i - c i o n i s t a d e l p a r q u e ; un n i ñ o a u t i s t a en
un cumpleaños; e l c a b a l l e r o que a b o r d a a las g e n t e s e n l a ca-
l l e , d i a r i a m e n t e , p a r a s o l i c i t a r que l e cambien b i l l e t e s p o r
monedas, e t c . Hechos menores que se v u e l v e n l l a m a t i v o s por-
que o c u r r e n f u e r a d e l u g a r y d e t i e m p o , o q u i z á s porque no se
 conforman a l a s e x p e c t a t i v a s g e n e r a l i z a d a s r e s p e c t o a l normal
d e s e n v o l v i m i e n t o d e l c o t i d i a n o , en f i n , que d e s o r d e n a n una
f r a c c i ó n d e l d í a compartido y d e l e s p c c i o usado en común.

Un mundo nada de a r t i f i c i a l , s i n embargo, p u e s t o que s e

o r g a n i z a a p a r t i r de t r a n s a c c i o n e s humanas e f e c t i v a s , de ocu-
r r e n c i a c o t i d i a n a , a t r a v e s a n d o -con s u s p a r t i c u l a r i d a d e s e n
cada caso- l a experiencia de l o s individuos pertenecientes a
l a s d i v e r s a s clases y g r u p o s , comunidades y v e c i n d a r i o s , s e x o s
y e d a d e s . Que Goffman a t i e n d a s o l a m e n t e a l a e x p e r i e n c i a de
c i e r t o s g r u p o s que v i v e n e n r e g i o n e s d e t e r m i n a d a s d e un d e t e r -
minado p a í s e s o t r a c u e s t i ó n y , p a r a e l c a s o , como veremos a
l o l a r g o d e e s t e e s t u d i o , una c u e s t i ó n que no es d e c i s i v a .
Salvo que a alguno i n t e r e s a r a imputar s u concepci6n d e l c o t i -
d i a n o a l a i d e o l o g í a de l a nueva cla.se media y a n k i , imputa-
c i ó n que e n t o n c e s h a b r í a que argumentar y que no e s , d e c u a l -
q u i e r modo, un p r o p 6 s i t o de e s t e e s t u d i a h a c e r .

Un mundo, e n f i n , que formado como e s t 5 p o r comportamien-

t o s i n f i n i t o s en l a p o s i b i l i d a d d e s u a c t u a c i ó n y en l a s í n -
f i m a s v a r i a c i o n e s que é s t o s pueden e r p e r i m e n t a r con c a d a nueva
o c u r r e n c i a e s s i n e m b a r ~ o- y l o e s s o b r e t o d a o t r a c o n s i d e r a -
c i 6 n - un mundo en e q u i l l b n i o , f l u í d o aún e n s u s nudos y d e t e n -
c i o n e s , a p a r e n t e m e n t e una " i n t e r i n i n a b l e cadena de r e i t e r a c i o -
n e s ( q u e ) l e t r a n q u i l i z a n a uno e l 'animo" ( S . B e c k e t t ) . Mundo
o r d e n a d o d e l c o t i d i a n o donde cada a c c i 8 n p a r e c i e r a i m b r i c a r s e
con l a s i g u i e n t e y a s í siempre h a s t a p r o d u c i r e s a imagen de
una f a m i l i a r i d a d a b s o l u t a , de l o a b s o l u t a m e n t e c o n o c i d o ; mun-
a do d e l s e n t i d o comGn p o r e x c e l m c i a ; muiido d e n t r o d e l c u a l ca-
d a uno, a p o r t a n d o ~ 6 1 0un minimo de e s f u e r z o i n v e r t i d o e n l a s
buenas maneras, se t r a n s f o r m a en p r o t a g o n i s t a y a l a v e z e n
i n s t r u m e n t o de un o r d e n cuyo a n á l i s i s Goffman mejoF que o t r o s
nos puede f a c i l i t a r .
 L a pertenencia en l a d i f u s a organización s o c i a l d e l
c-o-
t-
idiano.

La l i t e r a t u r a s o c i o l ó g i c a que usualmente c i r c u l a e n t r e
l o s que c i r c u l a un documento de t r a b a j o como é s t e nos h a ha-
b i t u a d o a un v o c a b u l a r i o d e g r a n d e s unidades de a n á l i s i s : e l
E s t a d o b u r o c r á t i c o a u t o r i t a r i o , l a s o c i e d a d c i v i l , las c l a s e s
s o c i a l e s , e l bloque h i s t ó r i c o en e l poder, e l período 1970-73,
l a s f u e r z a s d e l a n e g a c i ó n , los e s t i l o s d e d e s a r r o l l o , l a m a -
sa m a r g i n a l , e l mundo d e v i d a s o c i o - c u l t u r a l , y a s í p o r d e l a n -
te.

En e s e v o c a b u l a r i o , d e l i b e r a d a m e n t e o p o r c o n s e c u e n c i a no
buscada, s e t i e n d e a d e s c a r t a r p o r s u p e r f l u o o no s i g n i f i c a n t e
t o d o l o que es i n t e r s t i c i a l e n l a s o c i e d a d , l o pequeño y r u t i -
m a r i o , l o s comportamientos e l e m e n t a l e s , l o s minúsculos r e c u r -
s o s de p o d e r , e l d e t a l l e s o c i a l , l o s m i t o s apenas i n s i n u a d o s
d e l c o t i d i a n o , l a e s t r a t i f i c a c i ó n s o c i a l generada e n y a t r a -
vés d e interacciones situadas , l a i n s t i t u c i o n a l i d a d efímera
de l o s e n c u e n t r o s , l a r e l a c i ó n e n t r e p r s c t i c a c o t i d i a n a y s e n -
t i d o comGn d e o r d e n , l o s d i s c u r s o s i n a r t i c u l a d o s e i n e s p e c t a -
c u l a r e s d i c h o s en c u a l q u i e r e s q u i n a , l a a c c i ó n s o c i a l o r i e n t a -
da p o r l a o c a s i ó n , e t c .

P a r a e n t r a r en e l mundo d e Goffman s e r á n e c e s a r i o pues

que p o r un momento quememos l o que siempre hemos adorado.

En efecto, Goffman estudia l a o r g a n i z a c i 6 n d e l a v i d a so-

c i a l adoptando como punto de p a r t i d a j u s t a m e n t e e l o p u e s t o de
a q u e l que l a s o c i o l o g í a d e las g r a n d e s u n i d a d e s d e a n á l i s i s nos
h a h a b i t u a d o a c o n s i d e r a r como e l í h i c o p o s i b l e o a l menos e l
más r i c o en p o s i b i l i d a d e s d e comprensi6n t e ó r i c a . Para d e c i r -
l o metafóricamente: no l o s modos d e producción s i no que l a
producción de l o s modos de comportamiento, h e a h í l o que i n t e -
resa estudiar.
 En e l c a s o d e l l i b r o que hemos e l e g i d o como b a s e d e este
e s t u d i o e l o b j e t o d e a n a l i s i s e s '"la o r g a n i z a c i ó n s o c i a l d e
q
l o s e n c u e n t r o s ' ' o , n á s ampliamente, e l a n h l i s i s d e l o s compor-
t a m i e n t o s y l a s i n t e r a c c i o n e s e n l u g a r e s p í i b l i c o s y semi-pÚ-
blicos.

¿Por qué e l e g i r p r e c i s a m e n t e e s t e área p a r t i c u l a r d e l a

v i d a s o c i a l como o b j e t o d e a n á l i s i s ?

Responde Goffman: p u e s t o que l a s r e g l a s d e c o n d u c t a que

r e g u l a n las i n t e r a c c i o n e s que o c u r r e n e n l a s c a l l e s , p a r q u e s ,
t e a t r o s , r e s t o r a n e s , l o c a l e s c o m e r c i a l e s , s a l a s de b a i l e y d e
c o n f e r e n c i a , y e n o t r o s l u g a r e s d e e n c u e n t r o de c u a l q u i e r a co-
munidad e x p r e s a n mucho s o b r e s u s formas mas d i f u s a s d e o r g a n i -
zaciOn s o c i a l - 4/
.
Más a d e l a n t e a g r e g a : e l i n d i v i d u o , m & s que p e r t e n e c e r a
c u a l q u i e r a f a m i l i a o c l u b , c l a s e o s e x o , m 5 s que a c u a l q u i e r a
n a c i h , p e r t e n e c e a l o s e n c u e n t r o s de l o s que p a p t i c i p a , y ha-
r á b i e n e n m o s t r a r s o c i a l m e n t e que e s un p a r t i c i p a n t e que se
h a l l a en buena forma (good -s-t-a-n d i n g ) s i d e s e a i n t e g r a r s e e n l a
o r g a n i z a c i ó n d e l c o t i d i a n o y s e r a c e p t a d o como un i g u a l p o r
10s o t r o s -.5 / .
Detengámos p o r un momento e n esa d o b l e c l a v e : p e r t e n e n c i a
-
en y d i f u s i v i-
d a d-d e l a o r g a n i z a c i ó n s o c i a l .

D e e n t r a d a p a r e c i e r a t r a t a r s e de una combinación que ya

b i e n es i r r e l e v a n t e O , e n e l p c 3 r de l o s c a s o s , d i r e c t a m e n t e
c o n t r a d i c t o r i a . En e f e c t o : que i m p o r t a n c i a puede t e n e r l a
p e r t e n e n c i a en l o d i f u s o . ¿Acaso n o sabemos que l a p e r t e n e n c i a
a d q u i e r e i n t e r é s s o c i o l Ó g i c o j u s t a m e n t e d e s p u é s d e c r u z a d o ese
umbral de l o d i f u s o o r g a n i z a c i o n a l , t r á t e s e d e una i n s t i t u c i ó n
o d e u n grupo i n f o r m a l ?

-
4/ E. Goffmn, op.cit., pp.3-4
5/ ibid p.248.
-
 Y s i n embargo no s e r t e q u i e r e p e n s a r demasiado intensamen-
t e p a r a c o n s t a t a r , cono hecho e l e m e n t a l d e l a p r o p i a e x p e r i e n -
cia p e r s o n a l d e c a d a uno, que afin en o r g a n i - z a c i o n e s fuertemen-
t e f o r m a l e s e s i n i c i a l-..-m e n t e s o b r e l a b a s e d e l a s r e l a c i o n e s e
i n t e r a c c i o n e s menos f o r m a l e s - l a s más s u e l t a s o l á b i l e s - que
se c o n s t r u y e un s e n t i d o de p e r t e n e n c i a o i n c l u s i ó n m á s g e n e r a l ,
y que es p r i m a r i a m e n t e a t r a v e s de e s a s r e l a c i o n e s que d i c h o
s e n t i d o se m a n t i e n e y t r a n s f o r m a e i n c r e m e n t a . Como d i c e Ho-
mans o: ''la r e l a c i ó n e n t r e a s o c i a c i ó n y a m i s t a d c o n s t i t u y e
uno de e s o s hechos de o b s e r v a c i ó n c o r r i e n t e que u t i l i z a m o s d e
c o n t í n u o como g u í a p a r a l a a c c i ó n e n l o s a s u n t o s p r á c t i c o s ,
p e r o que pocas v e c e s r e p r e s e n t a una h i p ó t e s i s e x p l í c i t a de l a
sociología". L a c i t a p o d r í a g e n e r a l i z a r s e a un c o n j u n t o de
i n t e r a c c i o n e s y r e l a c i o n e s que normalmente llamaríamos d i f u s a s
d e s d e e l punto d e v i s t a de l a s o r p a n i z a c i o n e s , y l a h i p ó t e s i s
n o s e r í a p o r e l l o menos e x a c t a y n e c e s a r i a .

Es p u e s , p o r a s í d e c i r l o , d e s d e l o s márgenes o r g a n i z a c i o -
n a l e s de l a o r g a n i z a c i ó n d e l c o t i d i a n o , d e s d e a l l í donde e l l o s
se p r e s e n t a n mhs d i f u s o s y d é b i l e s y ~ e r m e a b l e sque l a o r g a n i -
z a c i ó n t r a b a j a en l o s i n d i v i d u o s s u i n c l u s i ó n y p o r ende s u
subordinación a l o s l í m i t e s i n t e r n o s m á s f u e r t e s y formales.

De ahí que Goffman proponga e s t u d i a r e s a s i n s t a n c i a s d i -

f u s a s de o r g a n i z a c i ó n d e l a ~ r & t i c a c o t i d i a n a que son l a s
i n t e r a c c i o n e s s i t u a d a s , l o s e n c u e n t r o s y las o c a s i o n e s s o c i a -
l e s . Pues supone y a v e c e s s u g i e r e que l a p e r t e n e n c i a y ad-
hesidn a ellas e s demostrativa d e pertenencias y adhesiones
más i n c l u s i v a s , y que l o c o n t r a r i o también puede a f i r m a r s e .
Y supone t a n t o como s u g i e r e , además, que l a c a n t i d a d y c a l i d a d
de e s a s p e r t e n e n c i a s m á s i n c l u s i v a s , s e a en l a f a m i l i a , l a e s -
cuela, e l vecindario, e l wupo y la clase social, resultan

-6 / G.C. Homans, E l Grupo Humano, 1 9 5 0 , EUDEBA,

p r e c i s a m e n t e de l a c a n t i d a d y c a l i d a d de l a s i n t e r a c c i o n e s y
e n c u e n t r o s e n que e l i n d i v i d u o p a r t i c i p a . E s como s i Goffman,
retomando e l d i c h o p o p u l a r , a f i r m a s e : dime d6nde y con q u i é n e s
i n t e r a c t ú a s y t e e n c u e n t r a s y t e d i r é a qué p e r t e n e c e s .

L a f u e r z a d e l a s i t u a c i ó n p a r a moldear comportamientos
- p u e s t o que es a e s o a l o que e n Ú l t i m a i n s t a n c i a s e r e f i e r e
Goffman- no es un heclio d e s c o n o c i d o p a r a l a p s i c o l o g í a s o c i a l .
Los. e f e c t o s d e conformidad y o b e d i e n c i a e s t u d i a d o s r e s p e c t i v a -
mente p o r Asch y p o r Milgram y Rosenhan pueden s e r i n t e r p r e t a -
d o s , como l o h a c e Zimbardo TI,
p r e c i s a m e n t e en e s a p e r s p e c t i -
v a , l a de l a " d e t e r m i n a c i ó n p o r l a s i t u a c i ó n q T :

"Estamos g e n e r a l m e n t e p e r s u a d i d o s d e que no cederíamos

a l a mayoría s i e l t e s t i m o n i o de nues-: - -c: s e n t i d o s
e s t u v i e r a p r e s e r v a d o , y que no causaríamos m a l a un
desconocido i n o c e n t e s i s e nos o r d e n a r a .
¿Cómo podemos e n t o n c e s e x p l i c a r n o s que una t e r c e r a
p a r t e d e l o s s u j e t o s d e Asch havan e l e g i d o l a c o n f o r -
midad? ¿Cómo e x p l i c a r que l o s dos t e r c i o s de l o s d e
M i l g r a n ( y e l 8 5 % d e l o s s u j e t o s en e l e x p e r i m e n t o
re; idado p o r Rosenhan, 1969) o b e d e c i e r a n h a s t a e l
punto de a d m i n i s t r a r l o que c r e í a l . e r a una s a c u d i l a
e l e c t r i c a c a s i mortal de 450 v o l t i ~ s ?
i . ..)
Cuando n o s o t r o s , o b s e r v a d o r e s , contemplamos a l o s a c -
t o r e s i m p l i c a d o s e n e s t o s experimentos ( o en s i t u a c i o -
n e s r e a l e s ) , sobrestimamos s u s ~ o s i b i l i d a d e sd e a u t o -
dominio ( f u e r z a voluntad, r e s i s t e n c i a , reglas es-
t r i c t a s d e c o n d u c t a , e t c . ) m a e n t r a s que subestimamos
e l poder de l a s f u e r z a s s o c i a l e s que a c t ú a n s o b r e e l l o s
en t a l e s s i t u a c i o n e s . Es e s t e e r r o r d e i m p u t a c i ó n
(...) l o que e x p l i c a e l i n t e r e s de l a s i n v e s t i g a c i o n e s ;
' p e r o , a l mismo tiempo, e s e e r r o r de i m p u t a c i ó n e s res-
p o n s a b l e de l a p r o d u c c i 6 n d e l o s e f e c t o s mismos. E s
p r e c i s a m e n t e e l hecho d e que l a mayor p a r t e de l a s
p e r s o n a s t i e n e n una c o n f i a n z a no fundada en e l l o s m i s -
m o s , r e s u l t a n t e d e l e r r o r d e i m p u t a c i ó n , l o que l e s e x
pone a las p r e s i o n e s s u t i l e s e j e r c i d a s p o r l a s normas
s o c i a l e s , l a a u t o r i d a d , e l p r o t o c o l o , l a s buenas mane-
' r a s y l a s r e l a c i o n e s e n t r e l o s p a p e l e s " (Subrayados
del autor).
--
-7/ P.G.Zhbardo, s si colo pía soc' - . una s i t u a c i ó n , una t r a -
m a y una e s c ~ i f i c a c i ó ne ri busca de l a r e a l i d a d- 3 en S.
Moscovici , 1 6 t r o d u-c -c-i 8 n a l a P s i c o l o g i iI S o c l a l . 1 9 7 5 , P l a n e t a .
1975, p p . 1 1 ~ ~ 1 5 .
 C o n t r o l o m n i p r e s e n t e , aunque s u t i l , c o n c l u i r á Zimbardo,
e j e r c i d o por las situaciones s o c i a l e s sobre e l individuo. S

Soffman i n t e n t a r á i l u m i n a r e s e mismo t i p o de c o n t r o l p e r o
.-
u s a r á p a r a e l l o l o s conceptos y e l marco d e r e f e r e n c i a d e l Z
, =

a n á l i s i s i n t e r a c c i o n a l , buscando e x p l i c a r cómo es que e l i n d i -

v i d u o se e n v u e l v e e n las s i t u a c i o n e s y cómo l a o r g a n i z a c i ó n
d e l c o t i d i a n o ( p o r $1 e s t u d i a d a ) s o c i a l i z a p o r ejemplo l a con-
formidad y l a o b e d i e n c i a como e f e c t o s normales d e l a i n t e g r a - -
ciÓn s o c i p - l y , p o r e n d e , de l a p e r t e n e n c i a y a d h e s i ó n a l a s
s i t u a c i o n e s , encuentros y ocasiones.

E l mínimo normativo c o t i d i.-a- n o : e l r e c o n o c i m i e n t o s o c i a l .

Fijémonos e n una e s c e n a e n t r e l a s muchas d e l mundo d e

*
Goffman. Dos i n d i v i d u o s que se conocen s e c r u z a n a l p a s a r .
Porque se conocen se s a l u d a n . Luego c a d a c u a l continíia s u
camino. Estamos a q u í f r e n t e a una d e l a s más l e v e s , r u t i n a -
r i a s y en a p a r i e n c i a s i n s i g n i f i c a n t e d e l a s i n t e r a c c i o n e s que
o c u r r e n con mon'otona r e g u l a r i d a d e n l a v i d a s o c i a l .

"Eran dos hombres, s o b r e e s t e punto no hay e r r o r p o s i -

b l e , uno a l t o y e l o t r o b a j i t o . Habían s a l i d o d e l a
c i u d a d , primero e l uno y l u e g o e l o t r o , y e l primero,
cansado o recordando de p r o n t o a l g ú n compromiso, h a b l a
v u e l t o s o b r e s u s p a s o s . Hacía f r e s c o , porque l l e v a b a n
a b r i g o . Se p a r e c í a n , p e r o no m á s que o t r o s . A l p r i n -
c i p i o e s t a b a n b a s t a n t e a l e j a d o s . Aunque h u b i e s e n l e -
vantado l a c a b e z a p a r a b u s c a r s e con l a mirada no s e ha-
b r í a n v i s t o , a c a u s a d e l e s p a ) que l e s s e p a r a b a , y
'

tambign a c a u s a de l a o r o g r a f í a , que h a c í a o n d u l a r e l
camino, no muy profundamente, p e r o s í l o b a s t a n t e , SS
l o b a s t a n t e . Llegó un momento en que d e s c e n d i e r o n s i -
multaneamente a l mismo hoyo y a l l í t e r m i n a r c n p o r en-
c o n t r a r s e d e una vez. No, nada i n d u c e a p e n s a r que y a
s e c o n o c i e r a n . Pero q u i z 5 e l r u i d o d e s u s p a s o s o ad-
v e r t i d o s p o r algUn o s c u r o i n s t i n t o , l e v a n t a r o n l a c a -
beza y e s t u v i e r o n observandose s u s buenos q u i n c e pasos
a n t e s d e d e t e n e r s e , e l uno j u n t o a l o t r o . No, no se
c r u z a r o n , p e r o se d e t u v i e r o n , muy c e r c a e l uno d e l
o t r o , como s u e l e n hacer e n e l campo, a l a t a r d e c e r .
e n un camino d e s i e r t o , dos caminantes que no s e conocen,
 y supongo que en l o s u c e s i v o s e r e c o n o c e r á n y se s a g /
l u d a r h , aunque s e a en e l mismo c e n t r o d e l a ciudad-.

E x p e c t a t i v a pues de unos comportamientos d i s t i n t o s segcn

s i se t r a t a d e c o n o c i d o s o d e p e r s o n a s que no se conocen e n t r e
s í . Modos d e a c e r c a r s e , c r u z a r s e , d e t e n e r s e o s e g u i r . Costum-
b r e s d e l campo y l a c i u d a d . En e l d e s i e r t o , se c u e n t a , los
hombres d e l d e s i e r t o s u e l e n s a l u d a r s e d e s d e l e j o s , a s í s e co-
nozcan o no. P a r a c o n j u r a r l a s o l e d a d d i c e n a l g u n o s , Por t e -
mor no s e a c e r c a n , d i c e n o t r o s , a r i e s g o d e e x p o n e r s e a un
a s a l t o , y se a c e r c a n r e c i é n d e s p u é s d e h a b e r i n t e r c a m b i a d o l a s
s e ñ a s c o n v e n i d a s e n t r e p u p o s que s e e n c u e n t r a n e n p a z .

Como sea, l a r e l a c i ó n e n t r e conocidos (acquaintanceshx>)

supone d o s c o n d i c i o n e s de e x i s t e n c i a : ( i ) que c a d a uno de l o s
a c t o r e s pueda i d e n t i f i c a r p e r s o n a l m e n t e a l o t r o m e d i a n t e un
c o n o c i m i e n t o que d i s t i n g u e a e s e o t r o d e c u a l e s q u i e r a o t r o s ;
( i i )que e s a i n f o r m a c i ó n p o s e í d a s e a mutuamente r e c o n o c i d a -
91
.
Se t r a t a p o r c o n s i ~ u i e n t ede una clase p a r t i c u l a r de r e l a -
c i ó n de i n f o r m a c i ó n donde é s t a e s c o m p a r t i d a y mutuamente ad-
vertida.

La r e l a c i ó n e n t r e c o n o c i d o s comporta d o s t i p o s de r e c o n o -
cimientos. Primero, e l reconocimiento c o g n i t i v o , proceso me-
d i a n t e e l c u a l un i n d i v i d u o i d e n t i f i c a p e r s o n a l m e n t e a o t r o
p o r l o u s u a l r e l a c i o n a n d o l a imagen d e éste con e l conocimien-
t o ( i n f o r m a c i ó n ) que p o s e e s o b r e él.

E s e v i d e n t e que e s e p r o c e s o puede e s t a r t u r b a d o , como

o c u r r e en l o s casos de i d e n t i f i c a c i ó n equivocada, confusión y

8/ S.Beckett, -
- Molloy
-- 9 1961, Lumen, 1969, pp.11-12

-
9/ Véase E. Goffman, o p . c i t . , pp.112-13
o l v i d o , o e n c i r c u n s t a n c i a s d e d e l i b e r a d o engaño r e s p e c t o a
la propia identidad. En o c a s i o n e s , i g u a l m e n t e : puede o c u r r i r
que e l r e c o n o c i m i e n t o c o g n i t i v o sea i n c o m p l e t o , o no s e a mutuo.
En t o d o s e s o s c a s o s e x i s t i r á n t a c t i c a s s o c i a l m e n t e v a l i d a d a s
d e s t i n a d a s a f a c i l i t a r e l p r o c e s o d e r e c o n o c i m i e n t o , a s 5 como
p a r a e l primer conocimiento e x i s t e e l d i s p o s i t i v o d e l a p r e s e n -
t a c i ó n , que puede e s t a r m á s o menos f o r m a l i z a d o según l a c u l t u -
ra c o t i d i a n a d e l grupo.

Hay además un modo s e c u n d a r i o de r e c o n o c i m i e n t o c o g n i t i v o

que o p e r a s i n embargo s o b r e b a s e s d i f e r e n t e s , como o c u r r e cuan-
d o un a g e n t e d e l a policía detiene a un i n d i v i d u o a q u i e n no
conoce p e r s o n a l m e n t e n i i d e n t i f i c a P o r Su nombre o b i o g r a f í a ,
p e r o a q u i e n c r e e poder i d e n t i f i c a r en g e n e r a l d e r i ~ r qd e una
c a t e g o r í a ( s o s p e c h o s o , c a r t e r i s t a , e t c . 1 , p o r s u s modales, com-
p o s t u r a , g e s t o s , movimientos, e t c . C i e r t o s e s t e r e o t i p o s - ope-
r a n p u e s como p r o v e e d o r e s de i n f o r m a c i ó n i d e n t i f i c a t o r i a s i r -
v i e n d o as? d e b a s e p a r a un r e c o n o c i m i e n t o c o g n i t i v o e s t a n d a r i -
zado.

Ese mismo p r o c e s o , a s u v e z , a r t i c u l a t o d a una r e t 6 r i c a -3

s o c i a l d e l a i d e n t i f i c a c i ó n , mediante l a c u a l , p o r ejemplo,
miembros de l o s d i s t i n t o s grupos y c l a s e s s o c i a l e s se r e c o n o -
c e n y d i s t i n g u e n a t r a v é s de s i g n o s t a l e s como v e s t i m e n t a , pos-
t u r a , modales, u s o d e l l e n g u a j e , idioma c o r p o r a l , e s t i l o s de r e -
.
10/
l a c i o n a m i e n t o , e t c .-

E x i s t e , en s e g u i d a , en l a s r e l a c i o n e s e n t r e c o n p c i d o s , un
segundo t i p o d e r e c o n o c i m i e n t o , uno d e c a r á c t e r s o c i a l que es
e s p e r a d o y d e b i d o : g e s t o o p r o c e s o comunicativo m e d i a n t e e l
c u a l cada uno d e l o s i n d i v i d u o s a c e p t a de manera a b i e r t a s e r
i m p l i c a d o p o r e l o t r o en e l mutuo i n t e r c a m b i o de reconocimien-
t o s , como o c u r r e cuando un s a l u d o e s r e t r i b u i d o , una m i r a d a

-
10/ E l libro de H.Godoy, E l Carscter d e l C~ileiio,Ed.C~~~ersitaria,1977,
ofrece un buen ejemplo de cbno s e puede consLw.ir, a p = t i r de esa rethi-
ca, UM especie de ret6rica d2 segurdo q d o , níis genwa? y estereotipada,
cmo e s par ejemplo aquella sobre e l carácter d e l c?ileno, e l sei nacio-
nal, e t c .
 de r e c o n o c i m i e n t o e s devuel-:a o una s o n r i s í t de i m p l i c a c i h es
replicada.

E s t e Último a s p e c t o d e l r e c o n o c i m i e n t o nos conduce inme-

d i a t a m e n t e a l á m b i t o d e l a s e x p e c t a t i v a s n o r m a t i v a s de l a i n t e -
r a c c i 6 n s o c i a l . En e f e c t o , e l r e c o n o c i m i e n t o s o c i a l e n t r e cono-
c i d o s e s un hecho p r e v i s i b l e : s e e s p e r a q J e o c u r r a , s e s a b e con
r e l a t i v a e x a c t i t u d cuándo y cómo debe o c u r r i r , estamos d i s p u e s -
t o s a o t o r g a r l o cuando e s d e b i d o . S e t r a t a a q u l , en l o s térmi-
nos de Goffman, d e una s e ñ a l que f u n c i o n a e s p e c í f i c a m e n t e como
un g e s t o c e r e m o n i a- - c o n t a c t o con l o s o t r o s . Gesto, en v e r d a d ,
l de --.-

que p a r e c i e r a t r a n s c u r r i r según una s u e r t e de l e g a l i d a d n a t u r a l

-nada más que un e s t í m u l o y una r e s p u e s t a - p e r o que e n v e r d a d
c o n s t i t u y e un hecho s o c i a l r e g u l a d o , p o r e s o , un g e s t o ceremo-
nial.

Ceremonia mínima, e s c i e r t o . A v e c e s nada más que un . l e -

v e r i c t u s , o un c r u z a r s e d e m i r a d a s , o un movimiento hecho a l
p a s a r , o una p a l a b r a d i c h a . Una a c t i v i d a d que b i e n puede consu-
m i r s e e n e l mismo a c t o que n a c e , que f r e c u e n t e m e n t e no s u e l e s e r
o t r a c o s a que un mero t r á m i t e , p e r o que s i n embargo en s u peque-
ñez e x p r e s a y a l a p r e s e n c i a de l a s o c i e d a d , l a maduración s o c i a -
l i z a d a de una i n t e n c i ó n s i g n i f i c a t i v a , e l a c a t a m i e n t o p o r y en
e l c u e r p o de una convención, una s a l i d a pues ',:estado de n a t u -
r a l e z a p a r a i n g r e s a r e n l a s r e g l a s de un o r d e n c u l t u r a l c o m p a r t i -
do.

As5 e l conocimiento p r e v i o f u n d a un d e r e c h o y una o b l i g a -

c i b n que son e j e r c i d o s e n e l r e c o n o c i m i e n t o s o c i a l . L a p o s t e -
r i o r e l a b o r a c i ó n de l a norma p o r l a s o c i e d a d t r a e r á c o n s i g o l a s
modalidades e s p e c í f i c a s y asimétricas d e s u a p l i c a c i ó n .
 E l idioma d e l o s e n v o l v i m i e n t -
os.

S i uno o b s e r v a c u a l q u i e r a o c a s i i n s o c i a l de l a v i d a c o t i -
d i a n a - t r a t e s e d e una c o n f e r e n c i a , un f u n e r a l , una ceremonia de
i n v e s t u d u r a , una m i s a , un e n c u e n t r o e n l a c a l l e o e n una sala
de e s p e r a , un juego de mesa, una r e u n i ó n s o c i a l - a p r e c i a r a
que e x i s t e n a c t i v i d a d e s o c a s i o n a d a s , o s e a a q u é l l a s que p e r t e -
necen propiamente a l a o c a s i ó n . A s í , un d i s c u r s o p o l i t i c o es
una a c t i v i d a d o c a s i o n a d a d e n t r o d e una asamblea d e l p a r t i d o ,
a g u a r d a r e l momento l o es d e n t r o de una s a l a d e e s p e r a y p a r -
t i c i p a r según l a s r e g l a s d e l juego l o e s en una p a r t i d a de
n a i p e s . A c t i v i d a d e s o c a s i o n a d a s t e n d e r a n pues a s e r l e g i t i m a -
d a s como a p r o p i a d a s o adecuadas a l a o c a s i 6 n b a j o cuya é g i d a
se forman o en cuyo c o n t e x t o o c u p r e n , y s e r á n e x i g i d a s s o c i a l -
mente como d e m o s t r a c i ó n de que e l s u --j e t o e s t á en l a o c a s i ó n ,
p a r t i c i p a de e l l a ( o s i m u l a h a c e r l o ) , e n f i n , d e que m u e s t r a
11/
e l adecuado e n v o l v i m i e n t o s i t u a c i o n a l . -

D e donde se s i g u e que e x i s t e a l g o que llamamos a p r o p i a d o

-a o p r o p i o de las o c a s i o n e s Y l a s s i t u a c i o n e s que se forman y
d e s a r r o l l a n en e l marco d e a q u é l l a s . C i e r t a s a c t i v i d a d e s ,
comportamientos o a c t i t u d e s s e r ~ a ne n cambio s o c i a l m e n t e c o n s i -
d e r a d a s como i n a d e c u a d a s y c o n s t i t u i r á n l o que Goffnan denomi-
n a impropiedades s i t u a c i o n a l e - s . Estas Ú l t i m a s r e f l e j a r í a n , bá- S

s i c a m e n t e , un i n d e b i d o o d e s c u i d a d o e n v o l v i m i e n t o d e l i n d i v i -
duo e n l a s i t u a c i ó n y , p o r e x t e n s i G n , en l a o c a s i ó n s o c i a l . -i

Considérese e l caso de l a s i g u i e n t e c a r t a por la c u a l

Herzog, e l p e r s o n a j e de l a n o v e l a de Bellow, p i d e d i s c u l p a s
a a u i e n l e h a b l a i n v i t a d o una t a r d e a s u casa d u r a n t e l a v i s i -
4.

1 2/
t a d e a q u e l a Varsovia:-

-
11/ Envolvimiento ( i n v o l v e m e n t ) r a c c i ó n y e f e c t o d e e n v o l v e r o
e n v o l v e r s e , i.e., m e z c l a r o c o m p l i c a r a uno e n un a s u n t o o
n e g o c i o , h a c i é n d o l o formar p a r t e de 6 1
 "Querido p r o f e s o r Eyzhkovski: l e a ~ r a d e z c op o r s u c o r -
6
t e s í a en Varsovia. Debido a m i e s t a d o d e s a l u d nues-
t r a reunión debió r e s u l t a r s e i n s a t i s f a c t o r i a . "
(Herzog r e f l e x i o n a e n s e g u i d a , s i n e s c r i b i r ) .
4
"Estaba yo s e n t a d o e n s u a p a r t a m e n t o h a c i e n d o g o m o s
y b o t e s de p a p e l con l a s h o j a s d e l p e r i ó d i c o Trybuna
Ludu, m i e n t r a s é l i n t e n t a b a mantener l a c o n v e r s a c l o n .
B
E l profesor ( .. .
debió s e n t i r s e sorprendido. Tiene
una buena n a t u r a l e z a . Sus o j o s a z u l e s son d e l t i p o .
bondadoso. ( . ..
1 Y o permanecí doblando g o r r o s d e pa-
p e l . Debía h a b e r e s t a d o pensando en l o s n i ñ o s . q v
(Luego Herzog c o n t i n u a con l a c a r t a ) .
"Espero que u s t e d me p e r d o n a r a . He t e n i d o a h o r a opor-
t u n i d a d d e l e e r s u e s t u d i o s o b r e l a o c u p a c i 6 n america-
n a d e Alemania O c c i d e n t a l . Muchos de l o s hechos son
.
d e s a g r a d a b l e s " (La c a r t a c o n t i n u a ) .

¿Por qué p i d e e x c u s a s Herzog? En e l l e n g u a j e c o t i d i a n o

'

diremos que p o r s u f a l t a d e c c > t e s í a , o s u mala e d u c a c i ó n , o

v

s u s maneras r e p r o c h a b l e s . Goffman a n a l i z a r á s u comportamien-

t o como una i m p r o p i e d ~ ds i t u a c i o n a l , una c o n d u c t a i n d e b i d a
f r e n t e a l o t r o -e n- -l a s i t u a c i ó n .

~ f e c t i v a m e n t ,e e s t a r comprometido en una a c t i v i d a d oca-

s i o n a d a , m o s t r a r pues e l d e b i d o e n v o l v i m i e n t o " s i g n i f i c a a l -
g h t i p o de a b s o r c i h c o g n i t i v a y a f e c t i v a en e s a a c t i v i d a d ,
L c i e r t a m o v i l i z a c i 6 n de r e c u r s o s p s i c o - b i o l ó g i c o s , en suma,
13/
s i g n i f i c a e s t a r e n v u e l t o e n ellav"- .
E l e n v o l v i m i e n t o d e un i n d i v i d u o en una s i t u a c i ó n es por
t a n t o , p r i m o r d i a l m e n t e , una c u e s t i ó n de s e n t i m i e n t o í n t i m o
(inward f e e l i n g ) .
L a o b s e r v a c i S n s o c i o l ó g i c a d e l e n v o l v i m i e n t o si f i j a r á ,
e n cambio, e n s u s e x p r e s i o n e s e x t e r n a s .
 Se e s t u d i a r á , p o r e j e m p l o , l o que a l g u n o s a u t o r e s llaman
body idiom, o en l a d e s i g n a c i ó n más u s u a l d e o t r o s , b o d i l y
communication - l 4 e n g e n e r a l , formas d e comunicación no v e r b a l .

Como m u e s t r a n d i v e r s o s e s t u d i o s -1 5 / , e s a s formas d e comuni-

c a c i ó n t r a n s m i t e n continuamente información s i g n i f i c a t i v a que
e s u s a d a , p o r e j e m p l o , p o r l o s a c t o r e s d u r a n t e un e n c u e n t r o ,
o en c u a l q u i e r t i p o d e i n t e r a c c i ó n s i t u a d a .

En e f e c t o , s i g n o s de comunicación no v e r b a l , como pueden

s e r l o g e s t o s , movimientos c o r p o r a l e s , p o s t u r a , e x p r e s i ó n f a c i a l ,
d i r e c c i ó n d e l a m i r a d a , proximidad y p o s i c i ó n e s p a c i a l , c o n t a c -
t o c o r p o r a l , o r i e n t a c i ó n , t o n o d e voz y o t r o s a s p e c t o s no v e r -
b a l e s d e l habla, vestimenta, adornos c o r p o r a l e s , e t c . , t r a n s -
m i t e n i n f o r m a c i ó n s o b r e 19s a c t o r e s , s u s a t r i b u t o s s o c i a l e s ,
c o n c e p c i ó n d e s í mismo, de l o s o t r o s y d e l a s i t u a c i ó n .

T r o t s k y , que f u e un h á b i l o b s e r v a d o r d e l o r d e n c o t i d i a n o
d e s q u i c i a d o p o r l a emergencia r e v o l u c i o n a r i a , r e l a t a e l si-
g u i e n t e e p i s o d i o que m u e s t r a como l a muchedumbre s e comporta-
ba de manera d i s t i n t a f r e n t e a l a p o l i c í a , l o s c o s a c o s ( c a b a -
16/
l l e r í a ) y l o s s o l d a d o s ( i n f a n t e r í a ) :-

"Los gendarmes son e l enemigo c r u e l , i r r e c o n c i l i a b l e ,

..
o d i a d o . ( . 1 E l E j e r c i t o ya e s o t r a c o s a . La m u l t i -
t u d r e h u y e con t o d a s s u s f u e r z a s l o s choques h o s t i l e s
con e l l o s , busca e l modo d e g a n a r l o , d e p e r s u a d i r l o ,
d e f u n d i r l o con e l p u e b l o . A p e s a r d e l o s rumores
f a v o r a b l e s , a c a s o un poco e x a g e r a d o s , r e l a t i v o s a l a
conducta de l o s c o s a c o s , l a m u l t i t u d s i g u e guardando
una a c t i t u d c i r c u n s p e c t a a n t e l a c a b a l l e r í a . E$ s o l -
dado d e c a b a l l e r í a s e e l e v a p o r encima de l a s m u l t i t u -
-
-
14: Vease, p o r e j e m p l o , M.Argyle, Bodily Communication, 1975,
Methuen.
M.Argyle, e n l a o b r a c i t a d a , r e v i s a ampliamente l a l i t e r a -
tura pertinente .
L. T r o t s k y , H i s t o r--
i a de l a ~ e v o l u c i 6 nRusa, Quimantú, 1972,
tomo 1, pp.139-40.
 des y su e s p í r i t u s e h a l l a separado d e l h u e l g u i s t a por
las c u a t r o p a t a s de l a b e s t i a . Una f i g u r a a l a que hay
que mirar d e a b a j c a r r i b a s e r e p r e s e n t a s i e m p r e m á s a m -e
n a z a d o r a . La i n f a n t e r í a e s t á a l l í mismo, a l l a d o , e n
l a c a l l e , m á s c e r c a n a y a c c e s i b l e . La masa s e e s f u e r -
z a e n a p r o x i m a r s e a e l l a , en mirarla a l o s o j o s , en en
v o l v e r l a con s u a l i e n t o i n f l a m a d o . La mujer o b r e r a r& -
p r e s e n t a un g r a n ~ a p e el n e l a c e r c a m i e n t o e n t r e l o s
o b r e r o s -Y l o s s o l d a d o s , toma con s u s manos l o s f u s i l e s ,
i m p l o r a , casi o r d e n a . " ..
En suma, c u e s t i ó n d e p r o x i m i d a d e s y l o c a l i z a c i o n e s , d e
o r i e n t a c i ó n d e l a s m i r a d a s y l o s c u e r p o s , d i s p o n i b i l i d a d e s que
hacen a c c e s i b l e a a l g u i e n a o t r a s formas de p e r s u a c i ó n ( v e r b a -
l e s ) , y p o s i c i o n e s que impiden l a c e r c a n í a . Signos de forma-
l i d a d e i n f o r m a l i d a d , t r a n s m i s i ó n s i n p a l a b r a s de l o que ame-
naza y a l e j a , y de l o que a d m i t e i m p l o r a r y c o n f r a t e r n i z a r .

E l e n v o l v i m i e n t o d e l a c t o r en l a s i t u a c i ó n s e r á también
r e f l e j a d o , a l menos en p a r t e , p o r e s o s c a n a l e s de comunicaciÓn
no v e r b a l .

E x i s t e , s i n embargo, argumenta Goffman, un e s p e c i f i c o i d i o -

m a d e l envolvimiento, o conjunto de r e g l a s socialmente v a l i d a -
d a s p o r una c l a s e o grupo cuya f u n c i ó n e s l a d e r e g u l a r l a a-
t r i b u c i ó n de l o s e n v o l v i m i e n t o s y l o s o b j e t o--s de l o s mismos.

A S ~ , p o r e j e m p l o , se p o d r á h a b l a r d e l a s r e g l a s e s t a b l e -
c i d a s p a r a e l adecuado manejo - de -l o s envolvimientos subordina-
d
-2 o s e s d e c i r , a q u e l l o s a que e l i n d i v i d u o puede e n t r e g a r s e
p o r e l tiempo y en l a medida que l o p e r m i t a e l e n v o l v i m i e n t o
dominante, que e s a q u e l que l a o c a s i 6 n s o c i a l o b l i g a a recono-
c e r como t a l m i e n t r a s se está p a r t i c i p a n d o d e ésta. D e e s t e
modo se o b s e r v a r á que a v e c e s se p e r m i t e como a l g o s i t u a c i o n a -l
mente a p r o p i a d o que las alumnas t e j a n m i e n t r a s p a r t i c i p a n de
una c l a s e , e n t a n t o que e l mismo t i p o d e e n v o l v i m i e n t o s u b o r d i -
nado c o n s t i t u i r á una impropiedad s i t u a c i o n a l s i l a s alumnas
se comprometieran e n él d u r a n t e un examen.
 Gof fman s u g i e r e , asimismo, que e x i s t i r í a una d e t e r m i n a d a
e c o l o g i a d e l o s e n v o l v i m i e n t o s s u b o r d i n a d o s . A s í , en e f e c t o ,
puede o c u r r i r que s e t o l e r e a l a s alumnas t e j e r d u r a n t e e l cm-
s o d e f i l o s o f í a e n l a s a l a d e c l a s e s , a c t i v i d a d que usualmen-
t e l e s e s t a r 5 vedada d u r a n t e e l r e c i t a l d e p i a n o o f r e c i d o en
l a sala de f e s t i v i d a d e s de l a e s c u e l a .

Puede, en s e g u i d a , h a b l a r s e d e l a s o b l i g a c i o n e s r e l a t i v a s
a- --
l o s e n v o l v i m i e n t o s c e n t r a l e s , que s o n a q u e l l o s que a b s o r b e n
l a mayor p a r t e d e l i n t e r é s y a t e n c i 6 n d e un i n d i v i d u o marcan-
d o p o r t a n t o l a l í n e a c e n t r a l de d e s a r r o l l o de s u a c t i v i d a d ,
p o r o p o s i c i ó n a l o s e n v o l v i m i e n t o s l a t e r a l e s que son a q u é l l o s
e n q-ue e l i n d i v i d u o puede comprometerse s5.i d i s r u m p i r n i amena-
z a r l a mantenci'on d e l e n v o l v i m i e n t o c e n t r a l . -1 7 4

La u s u a l e x i g e n c i a d e e s t a r p r e s e n t e e n o de "ponerse a
t o n o " con l a o c a s i ó n s e r e f i e r e p o r l o g e n e r a l a l a n e c e s i d a d
de e x p r e s a r un e n v o l v i m i e n t o c e n t r a l o r i e n t a d o h a c i a l a s i t u a -
c i h , que c o n l l e v a l a o b l i g a c i h c o r r e l a t i v a d e no t r a n f o r r n a r
e n v o l v i m i e n t o s l a t e r a l e s en c e n t r a l e s , como o c u r r e p o r ejemplo
cuando una p e r s o n a , d u r a n t e una c o n v e r s a c i ó n s o c i a l , se a b s o r -
be e n l a l e c t u r a de un l i b r o .

Un c a s o p a t e n t e d e i n a d e c u a d o manejo en l a d i s t r i b u c i ó n
18/
de l o s e n v o l v i m i e n t o s l o p r o p o r c i o n a e l s i g u i e n t e p a s a j e - . -
.-
"Por ese tiempo, Herzog daba c l a s e s a a d u l t o s e n una
e s c u e l a n o c t u r n a d e Nueva York. Todavía en a b r i l es- *
t a b a s u f i c i e n t e m e n t e l ú c i d o p e r o h a c i a f i n e s d e mayo
empezó a d i v a g a r . Los alumnos s e d i e r o n c u e n t a que S

no a p r e n d e r í a n demasiado s o b r e Las R a í c e s d e l Romanti- C

cismo, p e r o e n cambio que e s c u c h a r i a n y v e r í a n o c u r r i r

-
1 7 / Erecuentemente o c i m i r á que los envolvimientos dcsninantes coincidan con
l o s que son centrales. %S no necesita ser a s í . Hay envolvimientos domi-
nantes que meden ser actuados mientras s e sostiene, paralelamente, un
envolvimiento cen-tral diferente, com ocurre en e l caso del desarrollo
de c i e r t a s actividades manuales simples que pueden ser las dcsninantes
en l a ocasi&n, y que s i n embargo permiten conversar, constituy'endose
la conversación en e l envolvimiento central.
-
18/ S.Bellow, op.cit., p.8.
 c o s a s e x t r a ñ a s . Una d e t r á s d e o t r a l a s formalida-
d e s académicas d e s a p a r e c i e r o n . E l ~ r o f e s o rHerzog
t e n í a l a i n c o n s c i e n t e frar.queza de un hombre profun-
damente preocupado. Hacia e l f i n a l d e l c u r s o s u s
l e c c i o n e s e s t a b a n l l e n a s de l a r p o s s i l e n c i o s . Se
d e t e n í a r e p e n t i n a m e n t e , y murmuraba ' excúsel-.,.le1, a
l a vez que buscaba e l l a p i z en su b o l s i l l o . L a me-
sa c r u j i a , pues e s c r i b í a con a n s i o s a p r e s i ó n s o b r e
pedazos s u e l t o s de p a p e l , a b s o r t o , l o s o j o s ensom-
b r e c i d o s p o r o s c u r a s o j e r a s . Su p á l i d o r o s t r o l o
mostraba t o d o , t o d o . E s t a b a razonando, argumentaba,
e s t a b a s u f r i e n d o , acababa de p e n s a r en una a l t e r n a -
..
t i v a b r i l l a n t e ( . ) Sus o j o s , s u boca l o r e v e l a b a n
todo c l a r a y s i l e n c i o s a m e n t e : l a n o s t a n l g i a , e l fa-
natismo, e l o d i o . Uno podía v e r l o t o d o . E l c u r s o
e s p e r a b a t r e s , c i n c o m i n u t o s , e n completo s i l e n c i o .
Ocurren c o s a s e x t r a ñ a s , l a s f o r m a l i d a d e s ceden y un c i e r -
t o s u p e r f i c i a l p e r o d e f i n i t i v o d e s e q u i l i b r i o rompe l a e s t a b i -
l i d a d d e l o r d e n c o t i d i a n o e n una sala de c l a s e s cuando e l i d i o -
m a d e l o s e n v o l v i m i e n t o s s e vuelve confuso.

E l problema a l a mano n o es uno que p u d i e s e a n a l i z a r s e

f a c i l m e n t e e n e l v o c a b u l a r i o de l o s r o l e s . Pues como d i c e e l
p r o p i o Goffman, l a s o b l i g a c i o n e s de r o l son d i f e r e n t e s de las
obligaciones situacionaleso!. En e l p r i r - e r c a s o se a p u n t a a
una complementaridad de e x p e c t a t i v a s y o b l i g a c i o n e s n a c i d a s de
l a p o s i c i ó n d e l o s i n d i v i d u o s en l a d i v i s i ó n s o c i a l d e l t r a b a -
jo: e n e l segundo, a una r e d de comportamientos d e b i d o s según
e l orden d e l a s o c a s i o n e s y s i t u a c i o n e s . A n a l i z a r l a conducta
de Herzog como un problema de d i :<--.?cf 3- -1- l,
z :li m í t r o f e con
uno de a l i e n a c i ó n d e l r o l , no nos l l e v a r í a p o r e s o mismo muy
l e j o s . Lo que e s t á en juego, e n e f e c t o , n o e s e l r o l d e l p r o -
f e s o r , n i s i q u i e r a , p r i m o r d i a l m e n t e , e l modo de desempeñarlo.
LO' está, e n cambio, una o c a s i ó n , y l a s i n t e r a c c i o n e s que a l l í
o c u r r e n . Está en juego, e n t o n c e s , una c i e r t a d i s t r i b u c i ó n .de
l o s envolvimientos que e n s u c o n j u n t o e s t r u c t u r a n un o r d e n d e
l a situación.
 En s í n t e s i s , m i e n t r a s e l a n á l i s i s d e r o l e s r e m i t e a un mo-
d e l o de e s t r a t i f i c a c i ó n s o c i a l , a un esquema g e n e r a l d e e q u i l i -
b r i o de l o s s i s t e m a s s o c i a l e s , e l a n s l i s i s d e l a s s i t u a c i o n e s
r e m i t e a un modelo de orden y en p a r t i c u l a r de o r g a n i z a c i ó n
s o c i a l d e l c o t i d i a n o . -20 /

En e s e modelo de o r d e n , también l o s o b j e t o s de l o s e n v o l -
v i m i e n t o s c o n s t i t u y e n un elemento i m p o r t a n t e e n l a e s t r u c t u r a -
ción de cualquiera situación.

- E l p r o p i o c u e r p o d e l a c t o r puede s e r o b j e t o d e envolvimien-
t o , como o c u r r e en a c t i v i d a d e s t a l e s como comer, v e s t i r s e , m i -
rarse a l e s p e j o y dormir. Goffman h a b l a r á de auto-envolvimien-
t o s , observando que e l l o s son a d m i t i d o s en p ú b l i c o , con f r e c u e n -
c i a , como e n v o l v i m i e n t o s l a t e r a l e s , o b i e n son d e s t e r r a d o s e s -
1
-
pacialmente a lugares cerrados o e n cualquier caso p r o t e c t o r e s
d e una i n t i m i d a d . 1

En t o r n o d e los auto-envolvimientos s e a r t i c u l a asimismo

t o d a una pedagogfa, como l o r e c u e r d a l a s i g u i e n t e r e f l e x i ó n que
s e h a c e uno de l o s p e r s o n a j e s d e l a n o v e l a Molloy m i e n t r a s ob-
21/
s e r v a p a r t i r a s u hijo:--

''Se a l e j ó refunfuñando y chupándose un dedo, d e t e s t a b l e

y poco h i g i g n i c a c m t u m b r e , p e r o p r e f e r i b l e d e t o d o s mo-
dos a l a d e m e t e r s e e l aedo en l a nal>ix, c r e o yo. Chu-
pándose e l dedo m i h i j o e v i t a b a m e t é r s e l o en l a n a r i z , ,.
o e n o t r a p a r t e ; c r e o que en un s e n t i d o h a c í a b i e n " . T

Hay, i g u a l m e n t e , a u t o - e n v o l v i m i e n t o s mer,os d i r e c t a m e n t e
.
f í s i c o s , como e s e l c a s o d e Herzog d u r a n t e las c l a s e s que d i c -
t a b a en l a e s c u e l a n o c t u r n a .

-
20/ Véase J . J . Brunner , Roles y ~ o c i a l f z a c ~ nAnotaciones
, para
una d i s c u s i ó n b i b l i o w S S f i c & , FLACSO (mineo' , 7 9 7 6 .
 En r e l a c i ó n a l c u e r p o , en f i n , e x i s t e . un c o n j u n t o d e s i m -
b ó l i c a s que -con mayor o menor f u e r z a - a f e c t a r á n las r e g l a s
.
s o c i a les s o b r e l o s a u t o - e n v o l v i m i e n t o s En e f e c t o , como sefía-
22/.
l a Douglas - .

" e l c u e r p o es un modelo d e c u a l q u i e r sisterrLa l i m i t a d o .

P Sus l í m i t e s pueden r e p r e s e n t a r c u a l q u i e r a c l a s e d e
d l í m i t e s que s e e n c u e n t r a n amenazados o s o n p r e c a r i o s .
E l cuerpo e s una e s t r u c t u r a compleja. L a s funciones
de s u s d i f e r e n t e s p a r t e s y s u r e l a c i ó n p r o p o r c i o n a n
una f u e n t e d e s í m b o l o s p a r a o t r a s e s t r u c t u r a s . No
S. podemos r a z o n a b l ~ m e n t ei a t e r p r e t a r r i t u a l e s c o n c e r -
n i e n t e s a l o s excrementos, l a l e c h s n a t u r a l , l a s a l i -
va y as? p o r d e l a n t e s a l v o que estemos p r e p a r a d o s p a r a
v e r e n e l c u e r p o un símbolo d e l a s o c i e d a d , y d e v e r
l o s p o d e r e s y p e l i g r o s imputados a l a e s t r u c t u r a s o -
c i a l r e p r o d u c i d o s en pequeño e n e l c u e r p o hz--nano1'.

(r
S i n embargo, Goffman no a t i e n d e a e s t e a s p e c t o . Le i n t e -
r e s a n las r e g l a s que r e g u l a n e n v o l v i m i e n t o s con
-- e l c u e r p o , no
las r e g l a s que pueden d e r i v a r s e d - e - éste a t r a v é s de l a s simbó-
l i c a s a que d a l u g a r , y que se i n f i l t r a n ya b i e n e n m i t o s , en
r i t o s , en l a r e l i g i ó n o l a p o l í t i c a , e t c .

E l s i g u i e n t e es e l t ó p i c o de l o s e n v o l v-
i m i e n t o s mutuos.
¿Hasta qué p u n t o pueden dos o más i n d i v i d u o s p u e s t o s en una s -i
t u a c i b n pública o semi-pública i n v e r t i r s u s envolvimientos en
un juego de r e c i p r o c i d a d e s ?

&
N Dos c o n o c i d o s , p o r e j e m ~ l o ,que se r e e n c u e n t r a n t r a s lar-
go t i e m p o e n l a i g l e s i a , d u r a n t e l a c e l e b r a c i ó n d e l a misa,
no podrán a b a l a n z a r s e e l uno hacia el otro y abrazarse efusi-
8
vamente: la o c a s i ó n no s e l o s p e r m i t e . De h a c e r l o , es proba-
b l e que f u e r a n s a n c i o n a d o s s o c i a l m e n t e p o r medio d e g e s t o s y
e x p r e s i o n e s ' d e r e c h a z o y r e p u d i o . En cambio una f a m i l i a que
j u e g a e l domingo p o r l a mañana e n un p a r q u e p o d r s s i m u l a r una

-
22/ M.Douglas, P u r i t y and D a n g e ~ , 1966, Roirtledge and Kegan
P a u l , 1966, p.115.
p e l e a e n t r e humanos y m o n s t r u o s , y probablemente a n a d i e l e
llame l a a t e n c i ó n .

Hay pues r e g l a s que r e g u l a n e s t e t i p o de e n v o l v i m i e n t o s y

q u e , e n a c u e r d o con c a d a o c a s i 6 n , d e f i n e n l o que e s p r o p i o o
impropio s i t u a c i o n a l m e n t e .
E n v o l v i m i e n t o s mutuos que t i e n e n p o r o b j e t o e l c u e r p o d e
l o s p a r t i c i p a n t e s tenderán por l o general a s e r controlados
s o c i a l m e n t e de un modo m á s e s t r e c h o que a q u e l l o s q u e t i e n e n
.
o t r o s o b j e t o s , e s p e c i a l m e n t e en s i t u a c i o n e s p f i b l i c a s

En c i e r t o s grupos y o c a s i o n e s , e n v o l v i m i e n t o s mutuos de-

masiado i n t e n s o s o e x c l u y e n t e s t e n d e r a n a ser s a n c i o n a d o s nega-
t i v a m e n t e , como o c u r r e p o r ejemplo en r e u n i o n e s s o c i a l e s cuan-
do l o s hombres se envuelven e n t r e s í , segregando a l a s muje-
res. En otras s i t u a c i o n e s , d i c h o s e n v o l v i m i e n t o s mutuos ex-
c l u y e n t e ~podrán s e r f a v o r e c i d o s , como o c u r r e p o r ejemplo con
l o s c l u b e s de c a b a l l e r o s en Londrrs que, además, s e g r e g a n t a m -
bién socialmente a l o s a c t o r e s para l a s i t u a c i ó n .

E x i s t i r á n , e n seguida, d i s p o s i t i v o s o minúsculas e s t r a t e -
g i a s interactivamente producidas p a r a proteger envolvimientos
mutuos que p u d i e s e n s e r r e c h a z a d o s p o r l o s o t r o s p r e s e n t e s e n
l a s i t u a c i ó n . E1 c í r c u l o d - e c o n v e r s a c i ó n E',p o r e j e m p l o , p c
d r i a s e r v i r p a r a t a l e f e c t o , formándose e n t o n c e s una s u e r t e d e
c o l u 8 i ó n e n t r e s u s p a r t i c i p a n t e s a f i n de c r e a r una c l a u s u r a
c o n v e n c i o n a l (no f í s i c a ) d e l m u p o q u e , p o r e s t a vTa, l o g r a
s e p a r a r s e d e l r e s t o c r e á n d o s e un a m b i e n t e p r o p i o , y no n e c e s a -
riamente inapropiado para l a ocasión.

Goffman, o~_.&. , pp.176-78

 - 23 -

Envolvimientos mutuos, e n f i n , s e r v i ~ l í a na v e c e s p a r a
" n o r m a l i z a r " c i e r t o s e v e n t o s q u e , s i f u e s e n provocados p o r un
a c t o r s o l i t a r i o p o d r í a n c o l o c a r l o e n una p o s i c i ó n i n s o s t e n i b l e .
A s í , p o r ejemplo, un i n d i v i d u o p r o c l i v e a a u t o - e n v o l v e r s e , más
24/
especificamente, a d e j a r s e l l e v a r por envolvimientos ocultos,-
que son a q u e l l o s que a l e j a n v i s i b l e m e n t e a l i n d i v i d u o d e l a s i -
t u a c i ó n y se m a n i f i e s t a n p o r s i g n o s p a t e n t e m e n t e i n c o m p r e n s i b l e s
p a r a l o s o t r o s t a l e s como c i e r t o s e s t a d o s a l u c i n a t o r i o s , mane-
r i s m o s a c e n t u a d o s , e t c . , s e e n c o n t r a r 5 g e n e r a l m e n t e mbs expues-
t o y s e r a s o c i a l m e n t e más v u l n e r a b l e s i s e h a l l a s o l o que s i
s e e n c u e n t r a e n una s i t u a c i ó n de e n v o l v i m i e n t o mutuo. . Pare-
c i e r a s e r , o b s e r v a Goffman, que m i e n t r a s un i n d i v i d u o permane-
c e en comunicación con o t r o , l o que a q u e l haga no n e c e s i t a ca-
l i f i c a r s e d e o c u l t o n i es s o m e t i d o a un c o n t r o l s o c i a l demasia-
d o r i g u r o s o , p o r e s o t é r i c a s u o p a c a s que s u s a c t i v i d a d e s o s u s
g e s t o s o e n v o l v i m i e n t o s a p a r e z c a n a l r e s t o . De a l g u n a manera
e l o t r o g a r a n t i z a l a s i t u a c i ó n por su presencia apropiada en
e l l a , s i r v i e n d o e n t o n c e s de i n t e r r u p t o r r e s p e c t o a l o s j u i c i o s
n e g a t i v o s que e l r e s t o p u d i e s e f o r m a r s e de s u c o n t r a p a r t e .

Cuando l o s e n v o l v i m i e n t o s t i e n e n p o r o b j e t o una m u l t i p l i -
c i d a d d e o t r o s , es d e c i i , cuando s e produce una comunidad de
e n v o l v i m i e n t o s , Goffman h a b l a r 5 de e n c u e n t r o s .

L a o r g a n i z a c i ó n s o c i a l de l o s e n c u e n t r o s .

E l e n c u e n t r o , a t e n i é n d o n o s a l a s p a l a b r a s d e Goffman, es
un e v e n t o s o c i a l que o c u r r e cuando un c o n j u n t o d e p e r s o n a s s e
e x t i e n d e r e c í p r o c a m e n t e una l i c e n c i a e s p e c i a l d e comunicaci8n,
y q u e d e s a r r o l l a n un t i p o d e a c t i v i d a d en común que e x c l u y e a
2 S'/
o t r o s p r e s e n t e s efi' l a s i t u a c i ó n . -
I

24/ E.Goffman, o p . c i t . , pp.75-79

A -

-
2 5 / Véase i b i d c a p s . 6 a l 11.
 E s a s a c t i v i d a d e s en común "y l o s e n c u e n t r o s que l e s s i r -
ven de marco comprenden i n s t a n c i a s d e l e s t i l o d e l small -t3a l k
l a r e l a c i ó n d e comensales, r e l a c i o n e s amorosas, juegos, d i s -
cusi6n formal y s e r v i c i o s personales (tratamientos, s e r v i c i o s
de v e n t a , domésticos y a s í por d e l a n t e 1" 2 6 / .-
Los e n c u e n t r o s n o son pues exclusivamente conversaciona-
l e s , aunque e s t o s Últimos, l o s más f r e c u e n t e s , pueden s e r v i r
de modelo p a r a t o d o s l o s o t r o s .

Pueden e x i s t i r , p o r ejemplo , e n c u e n t r o s d e comunicaciÓn

no v e r b a l , como o c u r r e n e n t r e n i ñ o s que t o d a v í a no t i e n e n uso
d e l l e n g u a i e y a q u e l l o s o t r o s d e que hace abundante uso l a li-
t e r a t u r a s o b r e e s p í a s , y t a m b i é n . s u c e d e l o mismo con c i e r t a
p o e s í a amoros a.

Hay e n s e g u i d a e n c u e n t r o s con una o r i e n t a c i ó n definidamen - A

t e i n s t r u m e n t a l , donde e l componente v e r b a l juega un p a p e l su-

bordinado.

-
En g e n e r a l , Goffman a n a l i z a l o s e n c u e n t r o s como l a o c u r r e n
tia d e una "pequeña s o c i e d a d " , o "pequeño grupo", o "un diminu-
t o d e p o s i t a r i o de o r g a n i z a c i e n s o c i a l " ,

En e f e c t o , por e l s o l o hecho de h a l l a r s e l o s i n d i v i d u o s
e n una s i t u a c i ó n de e n c u e n t r o d e n t r o d e una determinada oca-
f
s i ó n s o c i a l , e l l o s a j u s t a r í a n s u s comportamientos, ordenándo-
l o s según una c i e r t a n o r m a t i v i d a d o s e r i e d e r e g l a s a p r o p i a -
d a s a e s a s i t u a c i ó n de e n c u e n t r o .

Los e n c u e n t r o s c o n s t i t u y e n una r e a l i d a d s o c i a l e s t r u c t u r a -
-
da. De e l l o s puede h a b l a r s e como de una unidad. E l l o s e x i g e n
unos c i e r t o s comportamientos, admiten unas v a l o r a c i o n e s d e t e r -
minadas, se mantienen s ó l o p o r e l concurso d e l o s ~ a r t i c i p a n t e s .

-
26/ I b i d p.89
 - 25 -

L a o c a s i ó n s o c i a l , de a l e u n a manera, i n f i l t r a l o s e n c u e n t r o s ,
s e e x p r e s a p o r medio d e e l l o s , p e r o a l a v e z l o s somete a una
c i e r t a normación. Obs'ervese l a s s i g u i e n t e s r e f l e x i o n e s que
H e r z o ~e s c r i b e a p r o p ó s i t o d e l a compra d e unos p a n t a l o n e s ,
l u e g o d e s e n t i r s e profundamente h u m i l l a d o p o r e l t r a t o que l e
27/
ha d i s p e n s a d o e l v e n d e d o r - -

"Dear Mack. T r a t a r con p o b r e s t i p o s c a d a d í a . E l o r -

g u l l o masculino. La a u d a c i a desvergonzada. La v a n i -
dad. Y tfi o b l i g a d o a s e r a t e n t o . Y a mantener l a s
a p a r i e n c i a s . Duro t r a b a j o s i r e s u l t a que e r e s un ti-
po r e s e n t i d o y d e mal g e n i o . !L a i n g e n u i d a d de las
g e n t e s e n Nueva York! P u e s t o en una s i t u a c i ó n f a l s a .
Como estamos t o d o s . Hay que manejar una c i e r t a c i v i -
l i d a d . Una s i t u a c i ó n v e r d a d e r a p o d r í a d e m o s t r a r s e
inaguantable p a r a todos".
En Nueva York, como en c u a l q u i e r a o t r a p a r t e , l o s en-
c u e n t r o s d e f i n e n un c i e r t o es t i l o d e c i v i l i d a d . Son t r i b u t a r i o s
de la organización s o c i a l d e l cotidiano.

T í p i c a m e n t e , un e n c u e n t r o se i n i c i a cuando a l g u i e n r e a -
l i z a un movimiento d e a p e r t u r a , s e a p o r medio d e p a l a b r a s , ges-
t o s , c i e r t a e n t o n a c i ó n d e l a voz, un movimiento d e l c u e r p o , etc.
Mas no b a s t a esa a p e r t u r a . ~ l g u i e no t r o h a d e r e c o n o c e r l a , y
m a n i f e s t a r l o . Desde e l punto d e v i s t a del a n á l i s i s goffmaniano
no i n t e r e s a n l a s m o t i v a c i o n e s o s e n t i m i e n t o s i m p l i c a d o s p o r l o s
a c t o r e s e n l a a p e r t u r a y s u a c e p t a c i ó n . I n t e r e s a , exclusivamen-
t e , l a o b j e t i v i d a d de l o s comportamientos e x p r e s a d o s . A s í , por
e j e m p l o , e n e l e n c u e n t r o e n t r e Moran y Gaber en l a n o v e l a Molloy
que t r a n s c r i b i r e m o s a c o n t i n u a c i ó n , - l o que i m p o r t a r á s o n he-
c h o s t a l e s como 1 a . p o s i c i Ó n d e i n a c c e s i b i l i d a d a a p e r t u r a s d e
i n t e r a c c i ó n e n que Moran se h a s i t u a d o , e l juego d e p r o p i e d a d e s
e impropiedades s i t u a c i o n a l e s en que l o s a c t o r e s s e comprometen,
l a s i n s t a n c i a s de comunicación v e r b a l e s y no v e r b a l e s p r e s e n t e s
e n l a s i t u a c i ó n , e t c . Veamos:

2 8 / S . B e c k e t t , o p . c i t . , pp. 118-19
-
 "Un hombre e n t r ó e n e 1 j a r d í n y s e a c e r c ó a p a s o r á p i -
do. En r i p o r , admito que e l domingo, aunque p r e f i e r o
no v e r a n a d i e , venEa a saludarme un v e c i n o , s i t i e n e
ese capricho. Pero a q u e l hombre no e r a un v e c i n o .
Nuestras r e l a c i o n e s s e limitaban a l t e r r e n o profesio-
n a l y h a b l a venido de l e j o s a t u r b a r m i d e s c a n s o . D e
modo que e s t a b a d i s p u e s t o a r e c i b i r l o con b a s t a n t e
f r i a l d a d , s o b r e t o d o a l v e r que s e p e r m i t í a v e n i r d i -
r e c t a m e n t e a donc yo e s t a b a s e n t a d o , bajo e l manzano.
Porque v e í a con muy malos o j o s a q u i e n e s se p e r m i t í a n
e s t a s l i b e r t a d e s . S i q u e r í a n h a b l a r conmigo, que llama-
s e n a l a p u e r t a de l a c a s a . Marthe t e n í a i n s t r u c c i o n e s
a l respecto. Creía hallarme s u s t r a í d o a l o s o j o s d e
c u a l q u i e r p e r s o n a que e n t r a s e e n e l ~ e c i n t ode m i c a s a
y r e c o r r i e r a e l c o r t o s e n d e r o q-ue une l a v e r j a d e l j a r -
d í n con l a p u e r t a d e l e d i f i c i o . Y a s í e r a en e f e c t o .
P e r o a l o i r c e r r a r s e e l p o r t a l m e v o l v í con i r r i t a c i ó n
y pude v e r , s u a v i z a d a p o r l a s hoja:, aquella larga f i -
g u r a que avanzaba derechamente h a c l z m i , s o b r e e l c h -
ped. N i me l e v a n t é n i l e i n v i t e a s e n t a r s e . I b a p e s a -
da y sombríamente endomingado, l o que t e r m i n ó p o r p r e -
disponerme en c o n t r a de 51. E s t a g r o s e r a o b s e r v a n c i a d e
f s c h a d a , m i e n t r a s e l alma s e d e l e i t a en s u s h a r a p o s , me
h a p a r e c i d o s i e m p r e a l g o abominable. Mire l o s enormes
.
p i e s que a p l a s t a b a n m i s m ~ r g a r i t a s Le h u b i e r a e x p u l -
sado de m i j a r d í n a g o l p e s d e línut. Desgraciadamente
no s e t r a t a b a s ó l o de 51. Tone a s i e n t o , l e d i j e , a b l a n -
dado p o r l a r e f l e x i ó n de que a l f i n de c u e n t a s ~ 6 1 0cum-
p l í a s u o f i c i o d e intermediar?^. S i , de p r o n t o me d i o
lastima. Por 2 1 y p o r m í . ''
0

E l componente o b v i o de a s i m e t r k p r e s e n t e en l a r e l a c i ó n ,
( p u e s Moran n e c e s i t a de Gaber, de e s t e i n t e r m e d i a r i o , d e l men-
s a j e que l e t r a e , y teme a l ':fe que e s t á p o r d e t r á s d e 6 1 t , j a -
m á s e n t r a con s u p e s o p r o p i o e n e l a n á l i s i s goffmaniano. Pero
s o b r e e s t o , que nos p a r e c e i m p o r t a n t e , volveremos más a d e l a n t e .
Aquí s ó l o nos i n t e r e s a s e ñ a l a r que es e s a r e l a c i ó n a s í e s t r u c -
t u r a d a l a que e n d e f i n i t i v a r e s u e l v e l a s i t u a c i ó n , en e l s e n t i -
do que l a d e f i n e y l e da un c a u c e d e s e g u i m i e n t o ,

O c u r r i r 5 f r e c u e n t e m e n t e que l o s movimientos d e a p e r t u r a y
a c e p t a c i ó n e n l a i n i c i a c í ó n de un e n c u e n t r o sucedan s i m u l t a -
neamente, o s e e n l a c e n t a n Intimamente, que r e s u l t a r í a s u p e r -
.
f l u o s e p a r a r l o s aún p a r a e f e c t o s a n a l z t i c o s T a l , p o r ejemplo,
con l a s m i r a d a s , que b i e n pueden a n t e c e d e r a l a i n i c i a c i ó n
v e r b a l d e l e n c u e n t r o , p e r o a r t i c u l a r l o y a como t a l .

L a m i r a d a , en g e n e r a l , desempeña como se h a b r á v i s t o un
p a p e l i m p o r t a n t e e n t o d a e s t a s o c i o l o g í a d e l o s pequeños com-
portamientos. Su f u n c i ó n e s t r i c t a m e n t e s o c i o i ó g i c a h a s i d o
n o t a d a muchas v e c e s , como o c u r r e en e l s i g u i e n t e p a s a j e d e
29/.
Simmel - .

" D e l o s Órganos s e n s o r i a l e s , e l o j o t i e n e una f u n c i ó n

s o c i o l ó g i c a ú n i c a . L a unión e i n t e r a c c i ó n e n t r e i n d i -
v i d u o s s e b a s a s o b r e m i r a d a s mutuas. E s t a e s t a l v e z
l a forma más d i r e c t a y p u r a d e r e c i p r o c i d a d que e x i s t e .
Esta r e a c c i ó n p s í q u i c a suprema no c r i s t a l i z a , s i n em-
bargo, ( .. . 1 e n ninguna e s t r u c t u r a o b j e t i v a : l a unidad
que momentáneamente s u r g e e n t r e dos p e r s o n a s está p r e -
s e n t e e n l a o c a s i ó n y s e d i s u e l v e con l a f u n c i ó n . Tan
t e n a z y s u t i l e s e s t a uni6n que s ó l o puede m a n t e n e r s e
p o r medio d e l a m á s c o r t a y d i r e c t a l í n e a e n t r e l o s
o j o s , y l a más pequeña d e s v i a c i ó n de e l l a , l a más l e v e
m i r a d a a p a r t e , d e s t r u y e p o r completo e l c a r a c t e r ú n i c o
de esta unión. ~ i n g f i nr a s t r o o b j e t i v o de e l l a permane-
ce ( . 1. L a i n t e r a c c i h de o j o a o j o muere en e l mo-
mento mismo e n que l a d i r e c t i v i d a d de l a f u n c i ó n se
p i e r d e . P e r o l a t o t a l i d a d de l a s r e l a c i o n e s humanas
(... 1, s u s i n t i m i d a d e s y a l i e n a c i o n e s , c a m b i a r í a de
manera i m p r e d e c i b l e s i no o c u r r i e r m m i r a d a s d e o j o a
ojo.

Precisamente por l a importancia de su función s o c i a l , l a

m i r a d a e s t a r í a s o m e t i d a según Goffman a c i e r t a s r e g l a s de gel
n e r a l a p l i c a c i ó n en e l c o t i d i a n o t r á f i c o humano, aun a q u e l que
ocurre e n t r e desconocidos.

A l a m á s i m p c r t a n t e d e esas r e g l a s Goffman l a denomina

r e g l a d e l a i n a t e n c i ó n c i v i l , que o b l i g a r í a a l o s i n d i v i d u o s
que s e c r u z a n o h a l l a n e n c u a l q u i e r a s i t u a c i ó n d e r e l a t i v a c e r -
c a n í a f i s i c a a o f r e c e r s e mutuamente l a c o r t e s í a d e una mirada
t a l que s e e x p r e s e p o r e l l a r e c o n o c e r a l o t r o como p r e s e n t e e n
l a s i t u a c i ó n s i n c o n v e r t i r l o , s i n embargo, e n o b j e t o d e una
c u r i o s i d a d desmesurada. S u e l e o c u r r i r , p o r ejemplo, que a l o s

2 9 / G.Simme1, S o z i o l o g i e , c i t . p o r E. Goffman, o ~ . c i t . , p . 9 3
-
i n v á l i d o s no s e l e s o t o r g u s e l b e n e f i c i o J e l a i n a t e n c i ó n c i -
v i l , y que é s t a no s e a e x i g i d a con t o d o r i g o r d e l o s n i ñ o s ,
aún cuando s e r á n educados f r e c u e n t e m e n t e en e l h á b i t o d e "no
mirar f i j o " a n a d i e . I g u a l m e n t e , e s t a r e g l a t i e n e una a p l i c a -
c i ó n f l e x i b l e e n e l t r a t o v i s u a l e n t r e p e r s o n a s d e sexo d i s -
t i n t o , o t a m b i h de d i s t i n t a c l a s e s o c i a l .

En c u a l q u i e r c a s o , como l o e x p r e s a Goffman, estamos a q u í

f r e n t e a l o que c o n s t i t u y e probablemente e l m a s l i g e r o d e l o s
r i t o s i n t e r p e r s o n a l e s , p e r o también e l de más f r e c u e n t e o c u r r e n-
tia.

Una vez que un c o n j u n t o de i n d i v i d u o s s e ha d i s p u e s t o a b i e -r

tamente a mantener una r e l a c i e n de e n c u e n t r o , t e n d e r á a c o n s t i -
t u i r s e e n t r e e l l o s , y a mantenerse, una enmarañada t o p o g r a f í a
v i s u a l , con e l f i n d e maximizar las o p o r t u n i d a d e s de cada c u a l
de m o n i t o r e a r l a s p e r c e p c i o n e s r e c i p r o c a s de t o d o s l o s o t r o s .
Además, se e s t a b l e c e un f o c o v i s u a l y c o g n i t i v o d e a t e n c i ó n ,
que puede s e r l o una p e r s o n a ( e l que h a b l a , por e j e m p l o ) , o un
t ó p i c o , o l o que s e a .

Se produce e n t o n c e s una comen d e f i n i c i ó- n - de - l a situación,

que i n c l u y e una s u e r t e d e acuerdo s o b r e l a s r e l e v a n c i a ~e i r r e -
l e v a n c i a s p e r c e p t i v a s y un consenso funciona 1 (working - consensus )
e n v i s t a s a mantener un grado a p r o p i a d o de mutua c o n s i d e r a c i ó n ,
de s i m p a t í a y de r e d u c c i ó n en común de l a s d i v e r g e n c i a s d e o p i -
n i ó n en b e n e f i c i o d e l a e s t a b i l i d a d d e l e n c u e n t r o .

Sobre t a l e s b a s e s s e d e s a r r a l l a r l a , ademas , una p e c u l i a r

atmósfera d e l e n c u e n t r o , un e t h o s p a r t i c u l a r y e s p e c í f i c o d e
30 /
é s t e . Bateson expone e l argumento d e l modo s i g u i e n t e o -

3 0 / G.Bateson, Naven, c i t . p o r E . Goffman, ~

- - p .-
c i t . , pp.97-98.
 ''Cuando un grupo d e j 6 v e n e s i n t e l e c t u a l e s i n g l e s e s ,
hombres y m u j e r e s , c o n v e r s a n y bromean e n t r e s í
con i n g e n i o y un l i g e r o c i n i s m o , s e e s t a b l e c e e n t r e
e l l o s un d e f i n i d o t o n o de a p r o p i a d o comportamiento.
Dichos t o n o s e s p e c í f i c o s d e comportamiento son en
t o d o s l o s c a s o s i n d i c a t i v o s de un e t h o s . Expresan
un s i s t e m a e s t a n d a r i z a d o de a c t i t u d e s e m o c i o n a l e s .
En e s t e c a s o l o s p a r t i c i p a n t e s han adoptado tempo-
r a l m e n t e un c o n j u n t o d e f i n i d o de s e n t i m i e n t o s h a c i a
e l r e s t o d e l mundo, u n a a c t i t u d d e f i n i d a h a c i a la
r e a l i d a d , y h a r á n bromas s o b r e t ó p i c o s que en o t r o s
momentos t r a t a r r a n s e r i a m e n t e . S i a l g u n o de l o s
participantes r e p e n t i n a m e n t e i n t r o d u c e un c o m e n t a r i o
s i n c e r o y r e a l i s t a é s t e sera r e c i b i d o s i n e n t u s i a s -
mo, q u i z á s con un momento d e s i l e n c i o y con un l i g e r o
s e n t i m i e n t o de que l a p e r s o n a s i n c e r a ha cometido una
impropiedad d e comportamiento. En una o c a s i ó n d i s t i n -
t a , e l mismo p u p o d e p e r s o n a s puede a d o p t a r un e t h o s
d i f e r e n t e puede s e r que ( l o s p a r t i c i p a n t e s ) c o n v e r s e n
sincera y realistamente. Entonces, s i e l ofensor hace
una broma i r r e s p e t u o s a , . é s t a c a e r á e n e l v a c í o y s e r á
p e r c i b i d a como una impropiedad".

P a r a marcar e l paso de una f a s e a o t r a d u r a n t e un encuen-

t r o , y también p a r a s e ñ a l a r su terminación, e x i s t i r á n general-
mente pequeñas convenciones y r i t u a l e s adecuados a l a o c a s i ó n .

Asimismo, l o s e n c u e n t r o s podrán o c u r r i r d e n t r o de c i e r t o s
a r r e g l o s e s p a c i a l e s , o generaran sus propios a j u s t e s ecológi-
c o s , p o r ejemplo r e s p e c t o d e l a u b i c a c i ó n d e l o s p a r t i c i p a n t e s ,
-
f s u d i s t a n c i a y c e r c a n í a f í s i c a , n e c e s i d a d d e mantener a b i e r t o s
l o s c a n a l e s ( v e r b a l e s y no v e r b a l e s ) d e comunicaciÓn, formas
-. d e e x p r e s a r s e n t i m i e n t o s mutuos d e r e s p e t o , c o r t e s í a , f a m i l i a -
r i d a d , etc. - 31/

t En r e l a c i ó n a l o s e n c u e n t r o s , comenta Goffman, s e e s t a b l e -
c e una s u e r t e d e t á c i t a convención r e f e r i d a a l a a c c e s i b i l i d a d
que l o s i n d i v i d u o s deben p o s e e r y m o s t r a r s i d e s e a n i n t e g r a r s e
normalmente e n l a o r g a n i z a c i ó n s o c i a l d e l c o t i d i a n o .

-
31/ Véase, sobre esto, J.J .Bruma?, I n f m s o b e un aspecto commente m
considerado pcr la revoluci6n: e l m b i l i a r i o , Cuadernos de la Realidad
Nacional, C m T , NO 8 , junio de 1971.
 A s í , todo i n d i v i d u o s e h a l l a r & en j r i n c i p i o sometido a
l a o b l i g a c i ó n d e mantenerse a c c e s i b l e a encuentros i m p r e v i s t o s
en c u a l q u i e r a s i t u a c i ó n . De e s t e modo s i r v e , primero que nada,
-
s u s p r o p i o s i n t e r e s e s que s e r á n frecuentemente n e j o r y m á s efi
cazmente p r o t e g i d o s , como o c u r r e en e l c a s o de una persona que
e s abordada por o t r a que l e i n d i c a que ha o l v i d a d o s u b i l l e t e -
.
r a s o b r e e l mostrador. Más generalmente, l a r e g l a que o b l i g a
a l a a c c e s i b i l i d a d s e r v i r í a e l l a m i s m a un p r o p ó s i t o s o c i a l ,
c u a l e s p e r m i t i r e l m á s a b i e r t o y c o n t h u o f l u j o de información
c o t i d i a n a y aumentar l a s oportunidades de c o m u n i ~ ~ e - . spna r a
r..
t o d o s l o s e f e c t o s d e l normal t r s f i c o s o c i a l .

E s u s u a l , observa Gof fman, que e s t a r e g l a i n d i q u e además

ocasiones y l u g a r e s en que d i c h a e x i g e n c i a d e a c c e s i b i l i d a d
disminuye, o debe c e d e r a un momentáneo p r i n c i p i o d e i n a c c e s i -
b i l i d a d . En e f e c t o , t o d o encuentro i m p r e v i s t o c o n l l e v a también
un r i e s g o : e l i n d i v i d u o puede s e r abordado con f i n e s de abuso,
puede s e r desfraudado e n s u c o n f i a n z a , o engañado, o molestado
y explotado i n t e r a c t i v a m e n t e , etc.

E x i s t e n , s i n embargo, p o s i c i o n e s s a c i a l e s que ponen a SU

incumbente en una a c t i t u d e x p u e s t a , disminuyendo l a p o s i b i l i d a d
que t i e n e de r e g u l a r aurónomaniente 1 accesibilidad. La posi-
c i 6 n podrá s e r expuesta a una determinada c a t e g o ~ í ad e o t r o s ,
como o c u r r e e n e l c a s o d e l vendedor en una t i e n d a r e s p e c t o a
p o t e n c i a l e s compradores, o a c a t e g o r í a s d i v e r s a s d e personas,
como o c u r r e con un p o l i c í a e n l a c a l l e por ejemplo.

<

Hay luego personas c o n s i d e ~ a d a ssocialmente a b i e r t a s ' o

a c c e s i b l e s d e una manera g e n e r a l i z a d a , como s u e l e o c u r r i r con
l o s niños de c o r t a edad.

Por Último, personas que s e h a l l a n f u e r a de s u r o l pue-

den t o r n a r s e m á s expuestas momentáneamente, como es e l c a s o
d e l g e r e n t e embriagado r e s p e c t o d e sus empleados d u r a n t e una
f i e s t a de oficina. (Lo mismo puede d e c i r s e d e p e r s o n a s d i s f r a -
z a d a s , y e x t e n d e r s e a s i t u a c i o n e s e n que t o d o s l o s p a r t i c i p a n -
t e s se v u e l v e n más e x p u e s t o s cono o c u r r i r á , d u r a n t e un t e r r e m o -
t o , e n t r e l o s h a b i t a n t e s de un h o t e l ) .

Algunas p o s i c i o n e s e x p u e s t a s s o n simultáneamente p r i v i l e -
g i a d a s d e s d e e l p u n t o de v i s t a d e l a l i c e n c i a p a r a i n i c i a r
a p e r t u r a s de encuentro. A s í , por ejemplo, o c u r r e típicamente
con p o l i c í a s y v e n d e d o r e s , y tambi&n con p e r s o n a s c o n s i d e r a d a s
a b i e r t a s por su estatuto,como e s e l caso de niños y c i e r t o s i n -
válidos.

En suma, l a s r e g l a s que r e g u l a n l a a c c e s i b i l i d a d a encuen -

t r o s t i e n e n que v e r d e una p a r t e con l o s r e q u i s i t o s d e comuni-
c a c i ó n s o c i a l c o t i d i a n a y , d e l a o t r a , con las p a u t a s d e d i s -
t a n c i a i n t e r p e r s o n a l que s e e s p e r a l a s p e r s o n a s mantengan aGn
cuando s e h a l l e n f í s i c a m e n t e c e r c a n a s l a s unas a l a s o t r a s .

En e s t e s e n t i d o puede d e c i r s e , como l o hace Goffman, que

e l e x h i b i c i o n i s t a s i n t o m á t i c o l o que hace es:

" s u b v e ~ t i re s p e c t a c u l a r m e n t e e l c o n t r o l s o c i a l p r o t e c -
~ A V G que m a n t i e n e a l o s i n d i v i d u o s i n t e r p e r s o n a l m e n t e
d i s t a n t e s a í ~ ncuando s e e n c u e n t r e n f í s i c a m e n t e c e r c a -
nos. E l a s a l t o que o p e r a ( e l e x h i b i c i o n i s t a ) no l o
es t a n t o n i d i r e c t a m e n t e r e s p e c t o de un i n d i v i d u o s i
no que r e s ~ e c t odel s i s t e m a de d e r e c h o s y s í m b o l o s
que l o s i n d i v i d u o s emplean p a r a e x p r e s a r r e l a c i o n a -
m i e n t o y no r e l a c i o n a m i e n t o con a q u e l l o s s i t u a d o s a
s u alrededor." - 32/

S e s e ñ a l ó a n t e r i o r m e n t e que l o s e n c u e n t r o s c o n s t i t u y e n pe-
queños s i s t e m a s s o c i a l e s . ¿Cuáles s o n , e n t o n c e s , s u s l í m i t e s ?

Puede o c u r r i r a v e c e s que un e n c u e n t r o s e h a l l e c o n t e n i d o
s i t u a c i o n a l m e n t e d e n t r o d e d e t e r m i n a d o s l í m i t e s f í s i c o s , que
a l mismo tiempo o p e r a r á n como l í m i t e s e x t e r n o s a l a comunica-
c i ó n que d e f i n e l o s e n v o l v i m i e n t o s de l o s p a r t i c i p a n t e s en ese
e n c u e n t r o . L a p e r s o n a que d e s e e i n \ g r e s a r a é l s e v e r á e n t o n -
c e s generalmente bajo l a obligaci6n de anunciar s u i n t e n c i ó n
p o r medios f í s i c o s o v e r b a l e s , p o r ejemplo gol-peando l a puer-
t a , p i d i e n d o permiso p a r a e n t r a r , o e x c u s a s p o r i n t e r r u m p i r ,
etc.

Hay s i t u a c i o n e s , e n cambio, en que l o s l í m i t e s e x t e r i o r e s

de un e n c u e n t r o t i e n e n que s e r c r e a d o s p o r l o s p r o p i o s p a r t i -
c i p a n t e s e n 61 p a r a que é s t e , p o r e j e m p l o , no s e a a b s o r b i d o
p o r l a s i t u a c i ó n más g e n e r a l , o p a r a p e r m i t i r l a mantención
d e l p e c u l i a r e t h o s d e e s e e n c u e n t r o que s e ha c r e a d o , e t c .
En t a l e s c a s o s e l c i e r r e d e l e n c u e n t r o s e r 5 c o n v e n c i o n a l , e
impondrá p o r i g u a l a l o s p a r t i c i p a n t e s y o b s e r v a d o r e s (aque-
l l o s i n d i v i d u o s p r e s e n t e s en l a S{-tuación p e r o no a c r e d i t a d o s
como miembros p l e n o s d e e s e p a r t i c u l a r e n c u e n t r o ) c i e r t a s o b l i -
gaciones respecto a l c o n t r o l de l o s l í m i t e s .

Los o b s e r v a d o r e s t e n d r á n que e x t e n d e r una s u e r t e d e i n a -

t e n c i Ó n c i v i l r e f e r i d a a l e n c u e n t r o como t a l , y no s ó l o a l o s
i n d i v i d u o s p a r t i c u l a r e s que e n 61 p a r t i c i p a n , y p r o l o n g a r e s a
i n a t e n c i ó n a t o d o s l o s demas e n c u e n t r o s que t r a n s c u r r e n e n l a
s i t u a c i ó n . De no a c t u a r a s í , f á c i l m e n t e p o d r í a n s e r v i r de
p u e n t e y f u s i o n a r dos o más e n c u e n t r o s , removiendo s u s l í m i t e s ,
y produciendo reorganizaciones.

,
Los p a r t i c i p a n t e s p l e n o s d e l e n c u e n t r o , a s u v e z , d e b e r á n
f a c i l i t a r a l o s observadores e s e g e s t o continuado d e inatención.
P a r a e l l o , p r e f e r e n t e m e n t e , mantendrán b a j o e l umbral d e e x c i -
t a c i ó n d e l e n c u e n t r o (Goffman), d e modo d e no f o r z a r o i n v i t a r
o e s t i m u l a r a l o s o b s e r v a d o r e s a e n v o l v e r s e en e l e n c u e n t r o e n
c u r s o , s i e m p r e que e s t o s Gitlmos e f e c t i v a m e n t e s e h a l l e n e n po-
s i c i ó n de c o n t r i b u i r a f i j a r l o s l í m i t e s d e l encuentro.
 En s e g u i d a , l o s p a r t i c i p a n t e s p o d r h h a c e r u s o d e l espa-
c i a m i e n t o , es d e c i r , d e l a m a s adecuada l o c a l i z a c i ó n d e c a d a .
uno de e l l o s d e manera d e a y u d a r a mantener una c l a u s u r a con-
% v e n c i o n a l d e l e n c u e n t r o . Igualmente, podrán c o n t r i b u i r a e l l o -
0 d i s t i n g u i e n d o f u e r t e m e n t e l a a t m 6 s f e r a o e t h o s de ese p a r t i c u -
l a r e n c u e n t r o d e l o s demás que o c u r r e n en l a m i s m a o c a s i ó n , d i -
f i c u l t a n d o con e l l o l a ~ o s i b l econtaminación d e unos p o r o t r o s ;
y así por delante.

Pertenecer y adavtarse nara sobrevivir interactivamente.

-

D e a c u e r d o con Goffman, como hemos v i s t o a n t e s , l o s com-

p o r t a m i e n t o s e n l u g a r e s p ú b l i c o s , e s p e c i a l m e n t e a q u é l l o s que
t i e n e n l u g a r d u r a n t e e l t r a n s c u r s o d e e n c u e n t r o s , se hayan
o r i e n t a d o s p o r v a l o r e s y normas r e f e r i d o s a l o s envolvimientos!
T a l e s r e g u l a c i o n e s , según observamos, se a p l i c a n a l a i n t e n s i -
dad d e l o s e n v o l v i m i e n t o s , a s u d i s t r i b u c i ó n e n t r e dominantes
y s u b o r d i n a d o s , c e n t r a l e s y l a t e r a l e s , y según l a o c a s i ó n l o
p r e s c r i b a , a l o s auto-envolvimientos , e n v o l v i m i e n t o s mutuos y
múltiples, etc.

Básicamente, e n t o n c e s , l o que hacen e s a s r e g u l a c i o n e s e s

t r a d u c i r normativamente l a e x i g e n c i a s o c i a l d e comprometerse
en e n c u e n t r o s con t o d o s , a l g u n o s o ninguno de l o s p r e s e n t e s en
l a s i t u a c i ó n , p e r o s o b r e t o d o de e s t a r uno mismo p r e s e n t e y
apropiadamente p r e s e n t e e n e l l a .

Miradas pues l a s c o s a s desde e l punto d e v i s t a de l a s i t u a -

c i 6 n como un t o d o , se d e s c u b r i r á e n e l l a una e s t r u c t u r a de en-
v o l v i m i e n t o ~ , que es e n verdad una e s t r u c t u r a d o b l e : una e s t r u c -
t u r a de envolvimientos a c t u a l e s y o p e r a n t e s , y una e s t r u c t u r a
d e e n v o l v i m i e n t o s p r e s c r i t o s , debidos o e s p e r a d o s , en f i n , en-
v o l v i m i e n t o ~s o c i a l m e n t e v a l i d a d o s como a p r o p i a d o s a l a s i t u a -
c i ó n . T a l e s , d i r á Goffman, .l- a e s t r u c t u r a d.--e - l a situación.
 Dicho en o t r a s p a l a b r a s : l a s i t u a c i ó n según l a d e s c r i b e
Goffman t i e n e un componente normativo b á s i c o , y no pueden en-
t e n d e r s e l o s comport' mientos y e n v o l v i m i e n t o s que en e l l a ocu-
r r e n s i n r e f e r e n c i a a las r e e l a s o propiedades d e l a s i t u a c i ó n ,
que i n v e r s a m e n t e r e c o r t a n impropiedades s i t u a c i o n a l e s someti-
das a sanciones negativas.

L a e s t r u c t u r a d e l a s i t u a c i h , diremos, es una e s t r u c t u r a
de control social.

"Hallándose a s í c o n s t r e ñ i d o e l i n d i v i d u o a l i m i t a r s u s
e n v o l v i m i e n t o s f u e r a de l a s i t u a c i ó n a l i g u a l que a no
comprometerse en envolvimientos d i v i s i v o s d e n t r o d e
e l l a , p o r n e c e s i d a d demuestra que a l g o de s í mismo ha
s i d o r e s e r v a d o p a r a l o que r e s t a , e s d e c i r , e l pequeño
sistema s o c i a l r e g u l a d o que es mantenido en común y ex-
c l u s i v a m e n t e por t o d o s a q u e l l o s que s e e n c u e n t r a n e n l a
s i t u a c i ó n , d e f i n i d a ( . . . ) corno a q u é l l a e n t i d a d que co-
r r e s p o n d e exactamente con e l área d e n t r o de l a c u a l l o s
e n v o l v i m i e n t o s d e l o s i n d i v i d u o s son p e r c e p t i b l e s " -
33/

¿ P o d r í a d e c i r s e e n t o n c e s que e l i n d i v i d u o está o b l i g a d o a
demostrar envolvimiento - en l a s i t u a c i ó n a t r a v é s de l a modula-
c i ó n de s u s e n v o l v i m i e n t o s d e n t r o d e e l l a ?

Goffrnan argumentará que t a l modo d e poner l a s c o s a s no e s

t o d o l o r i g u r o s o que s e d e b i e r a .

Primero, porque a q u e l l o que e l i n d i v i d u o debe a l a s i t u a -

c i ó n e s expresado o t r a n s m i t i d o a t r a v é s d e l a modulación ade-
cuada de envolvimientos s i t u a d o s . Pero l o que a s í s e m a n i f i e s -
t a no es, s i n embargo, envolvimiento " s i n o más b i e n una s u e r t e
de r e s p e t o y c o n s i d e r a c i ó n por a q u e l l o a que a d h e s i ó n ( a t t a c h m e n t )
y p e r t e n e n c i a . ( b e l o n ~ i n g )es debido". -
- 34/ De modo t a 1 , q u e l a s
r e p l a s d e l e n v o l v i m i e n t o s i r v e n , en d e f i n i t i v a , esa d o b l e e x i -
g e n c i a d e l a v i d a s o c i a l c o t i d i a n a que s o n , e n v e r d a d , modos
d e i n t e g r a r s e e n l a o r g a n i z a c i ó n s o c i a l de e s e c o t i d i a n o .

Seyundo, porque una s i t u a c i 6 n , t a l como l a e n t i e n d e Goff-

man, es meramente un environment de p o s i b i l i d a d e s d e comunica-
c i ó n , y no e l t i p o d e c o s a a l a q-ue uno puede a d h e r i r s e y a l a
que puede p e r t e n e c e r . La pequeña s o c i e d a d que cumple e s a fun-
c i ó n es, ya l o vimos, e l e n c u e n t r o . Los e n v o l v i m i e n t o s s o n ,
p u e s , comportamientos o r i e n t a d o s p o r la e x i g e n c i a s o c i a l d e
p a r t i c i p a c i ó n e n e s o s e n c u e n t r o s segUn l a s normas s i t u a c i o n a l e s
q u e , como se d i r á en s e g u i d a , r e m i t e n a s u tiempo a l a o c a s i ó n .

T e r c e r o , en e f e c t o , porque a q u é l l o .-ue es d e b i d o a l encuen-

t r o l o e s a l a o c a s i ó n s o c i a l e n que a q u e l o c u r r e , s i e n d o l o s
e n c u e n t r o s e x p r e s i o n e s de l a o c a s i ó n . Por l o mismo, cometer
una impropiedad s i t u a c i o n a l e s c o n d u c i r s e inadecuadamente con
r e s p e c t o a l o que e s d e b i d o a l a o c a s i ó n . De a q u í p r o v i e n e
p u e s l a n o r m a t i v i d a d d e l o s comportamientos s i t u a d o s y también
l a de l o s e n c u e n t r o s : de l a s o c a s i o n e s de que e s t á hecha l a or-
gani zación s o c i a l d e l cotidiano.

Todo e s t o puede t r a d u c i r s e más s e n c i l l a m e n t e a s í : hay una

e x i g e n c i a s o c i a l b s s i c a d e l a v i d a c o t i d i a n a que e s a d h e r i r s e y
p e r t e n e c e r a las o c a s i o n e s , l o que se o b t i e n e m e d i a n t e l a de-
mostración d e l o s debidos envolvimientos l o s c u a l e s , a s u vez,
son una manera de p e r t e n e c e r y a d h e r i r s e apropiadamente a l a s
o c a s i o n e s según l o e x i g i d o p o r & t a s e

La c i r c u l a r i d a d d e l a r ~ u m e n t oc o r r e s p o n d e a l a e s e n c i a mo-
r a l i s t a o n o r m a t i v i s t a de l a v i s i ó n goffmaniana d e l c o t i d i a n o .
Hay que h a c e r l o d e b i d o porque e s bueno h a c e r l o , y e s bueno p o r -
que es l o que hay que h a c e r .
 - 36 --

Sobre e l punto a n t e r i o i , cuya i m p o r t a n c i a nos p a r e c e d e c i -

s i v a , volveremos extensamente en l a s i g u i e n t e p a r t e d e e s t e t r a-
b a j o , y l u e g o , desde o t r a p e r s p e c t i v a , e n l a t e r c e r a .

Reténease p o r a h o r a e s t o : l a o r g a n i z a c i ó n d e l c o t i d i a n o es
una f i n a r e d d e o b l i g a c i o n e s y r e g l a s s e g h l o p r e t e n d e Goffman.
En su c o n j u n t o e s a s o b l i g a c i o n e s y r e g l a s i n t r o d u c e n una c i e r t a
e s t a b i l i d a d , un muy determinado o r d e n , en las i n t e r a c c i o n e s
c o t i d i a n a s , a l o b t e n e r de l o s i n d i v i d u o s a d h e s i ó n y p e r t e n e n c i a
a l a s o c a s f o n e s , o sea, a l o s modos de o r g a n i z a r s e d e l a v i d a
d i a r i a , i n t e g r á n d o l e s a éstas y p o r éstas a l a s unidades s o c i a -
l e s mayores - g r u p o s , i n s t i t u c i o n e s y e s t a b l e c i m i e n t o s , comuni-
d a d e s , y , aunque Goffman no l o d i g a p a r e c e l ó g i c o a f i r m a r l o , a
l a sociedad e n s u conjunto.

De a h í , p r e c i s a m e n t e , que l a s impropiedades s i t u a c i o n a l e s
puedan y c u e l a n t e n e r , como s í l o s e ñ a l a Goffman, e f e c t o s s o b r e
l a e v a l u a c i ó n que l o s o t r o s hacen r e s p e c t o d e l a normal i n t e -
g r a c i 6 n de ego e n l a v i d a c o t i d i a n a , y p o r e x t e n s i ó n , de s u
normal i n t e g r a c i ó n s o c i a l .

Dichas impropiedades m a n i f e s t a r í a n por c o n s i g u i e n t e a l g o

r e s p e c t o d e l a s r e l a c i o n e s e n t r e i n d i v i d u o s , p e r o tambien res-
p e c t o d e l a r e l a c i ó n de cada uno d e é s t o s con l a comunidad, l a s
i n s t i t u c i o n e s y con l o s i n c u n h e n t e s de p o s i c i o n e s j e r á r q u i c a s .

L o s i n f r a c t o r e s s i t u a c i o n a l e s , en b r e v e , ponen e n juego
l a o r g a n i z a c i ó n d e l orden a l m a n i f e s t a r s u a l i e n a c i ó n r e s p e c t o
de $1. La sociedad podra r e a c c i o n a r , a t r a v é s d e s u s c u e r p o s
e s p e c i a l i z a d o s , en d e f e n s a d e e s e o r d e n , cada vez que a s í l o
estime n e c e s a r i o . Más que d e una r e a c c i ó n p o l i c i a l s e t r a t a r á
-cuando o c u r r a - d e r e a c c i o n e s r e p r e s i v a s b l a n d a s o b l a n c a s , como
l o son p o r ejemplo l a s d e l a p s i q u i a t r í a . A s í l o e x p r e s a Goff-
man: -- 35/

-
35/ i b i d p.235.
 "Necesitamos p e n s a r que l o s i n f r a c t Dres s i t u a c i o n a l ~ s
s o n enfermos; a v e c e s , p o r c i e r t o , podrá d e m o s t r a r s e
que e f e c t i v a m e n t e l o son p e r o aun e n t o n c e s e s a demos-
t r a c i 6 n puede no s e r l a r a z h p a r a n o s o t r o s p e n s a r que
10 s o n ' .

En e l l í m i t e e n t o n c e s s e r e c o r t a c o n t r a e l h o r i z o n t e d e
un o r d e n minucioso d e l o s e n c u e n t r o s y l a s o c a s i o n e s , con s u s
demandas d e a d h e r i r s e y p e r t e n e c e r , y d e m o s t r a r r e s p e t o y en
c a s o s d e v o c i ó n , un d e s o r d e n que ya no es t r a t a d o como s o c i a l ,
que e n cambio e s r e l e p a d o a l a i n t e r i o r i d a d d e l i n d i v i d u o , a l
alma, a u n e s t a d o m e n t a l : mral ---- i ~ --
sm-i-
t y , " c u r i o s a ambiguedad
que hace de l a l o c u r a un elemento de l a i n t e r i o r i d a d b a j o l a
36/
forma d e l a e x t e r i o r i d a d " -

Con e s t o pensamos h a b e r c m p l i d o e l o b j e t i v o d e l a prime-

r a p a r t e d e l t r a b a j o : p r e s e n t a c i 6 n de un mundo d e las i n t e r a c -
c i o n e s p ú b l i c a s , que Goffman e s c e n i f i c a como e x p r e s i ó n s i g n i f i -
c a t i v a de l a o r g a n i z a c i ó n s o c i a l d e l a v i d a c o t i d i a n a .

Podemos a h o r a p r o c e d e r a i n d a g a r c u á l e s son l o s p r i n c i p i o s
que r i g e n l a a r t i c u l a c i ó n d e e s e mundo, c , en o t r o s t é r m i n o s ,
a e s t u d i a r de qué modo y s o b r e qué b a s e s Goffman e x p l i c a l a
o r g a n i z a c i ó n s o c i a l d e l c o t i d i a n o y e l o r d e n que r e g u l a s u s
ocasiones, encuentros y r e l a c i o n e s i n t e r p e r s o n a l e s .

-
36/ M . F o u c a u l t , H i s t o r i a de l a Locura en l a Epoca C l a s i c a ,
1964, Fondo de C u l t u r a Lconomica, 1 9 ' / 6 , tomo 11, p . 2 8 3 .
11 ----
GOFFMAhT ORDEN C O T I D I A N O .
O LOS PRTNC'IPIOS DEL-

t
En l o que s i g u e nos i n t e r e s a p r o p o r c i o n a r a l g u n o s a n t e c e -
d e n t e s y elementos n e c e s a r i o s para i n v e s t i g a r , desde l a Óptica
I
de una h e r m e n é u t i c a d e l o r d e n - 3 7 / , e l mundo d e l a s i n t e r a c c i o -
t
n e s , e n c u e n t r o s y o c a s i o n e s s o c i a l e s d e Goffman.

A l e f e c t o n o s proponemos argumentar que Goffman pone en

juego c i n c o p r i n c i p i o s b á s i c o s p a r a e x p l i c a r l a o r g a n i z a c i ó n
s o c i a l y e l f u n c i o n a m i e n t o d e l o r d e n c o t i d i a n o . E s t o s son:-38/

E l p r i n c i p i o d e l c o n t r a t o s o c i a l , o d e cÓmo s e i n s t i t u y e
la f u e r z a moral d e l c o t i d i a n o organizado.

E l p r i n c i p i o de l a s o l i d a r i d a d c o l e c t i v a o comunidad de
s e n t i m i e n t o s , o d e cÓmo f u n c i o n a l a i n t e g r a c i ó n e n e l o r -
den c o t i d i a n o .

E l p r i n c i p i o d e l a n o r m a t i v i d a d d e l c o t i d i a n o , o d e cÓmo
o p e r a e l c o n t r o l s o c i a l a t r a v 6 s de l a s d i s c i p l i n a s .

E l p r i n c i p i o de l a i n t e n c i o n a l i d a d d e l a c t o r , o d e c6mo e l
o r d e n c o t i d i a n o f u e r z a una r a c i o n a l i d a d d e p r o p ó s i t o s .

E l p r i n c i p i o d e l a d e f i n i c i 6 n de l a s s i t u a c i o n e s , o de c6-
mo l a s p o s i c i o n e s e n e l o r d e n d e l c o t i d i a n o s e r e l a c i o n a n
con r e c u r s o s d e poder p a r a d e f i n i r .

Estudiaremos e s t o s p r i n c i p i o s uno a uno en s u p u e s t a e n c

i
juego y en s u s r e l a c i o n e s mutuas, s e ñ a l a n d o e n c a d a c a s o algu-
n a s i n c i d e n c i a s p o s i b l e s de e l l o s p a r a una comprensión d e l co-
t i d i a n o d e s d e e l punto d e v i s t a de un modelo de o r d e n s o c i a l
d i s c i p l i n a r i o . Sobre e s t e í i l t i m o t 6 p i c o volveremos l u e g o , m á s
extensamente, en l a p a r t e f i n a l d e l p r e s e n t e t r a b a j o .

-
37/ Véase J . J . Brunner, Hermeneutica d e l Orden,FLACSO(mimeo)l977
-
38/ En cada caso, l a sepmda parte de l a pmmsición corresponde a su
enunciado c r í t i c o .
 1. E l principio del contrato social.

L a e x i s t e n c i a de un c o n t r a t o s o c i a l f u n d a n t e d e l o r d e n co-
t i d i a n o , d e a c u e r d o con e l c u a l c a d a uno de n o s o t r o s pone s u
p e r s o n a y poder b a j o e l i m p e r i o comfin de l a s p r o p i e d a d e s s i t u a -
c i o n a l e s y r e c i b e a cambio e l r e c o n o c i m i e n t o como miembro n o r -
m a l de l a s o c i e d a d , e s t á en l a b a s e de l a i n t e r p r e t a c i ó n g o f f -
maniana d e l mundo d e l a s r e l a c i o n e s s o c i a l e s de comunicación
interpersonal .
Gof fman, e n e f e c t o , a t r i b u y e a l a s p r o p i e d a d e s s i t u a c i o -
n a l e s un c a r á c t e r m o r a l , y toma e s t o como un hecho dado. Es
a s í , nos d i c e , porque l a s o c i e d a d a s 5 f u n c i o n a . "El i n d i v i d u o
e s t á obligado a s a t i s f a c e r ( l o s r e q u i s i t o s s i t u a c i o n a l e s ) , se
e s p e r a que d e s e e h a c e r l o y , s i f a l l a , s e tomará a l g ú n t i p o de
3 9/
conocimiento p ú b l i c o de que h a f a l l a d o f ' . -

Cabe p o r l o t a n t o p r e g u n t a r s e : ¿Bajo qué c o n c e p t o e s que

se i m p u t a e s e c a r a c t e r moral y v i n c u l a n t e a l a s o b l i g a c i o n e s
s i t u a c i o n a l e s , i . e . , a l a s r e g l a s que r i p e n l a o r g a n i z a c i ó n
social d e l cotidiano?

Goffman, l o veremos en s e g u i d a , l o hace - t r a d u c i e n d o a s u

modo e l p o s t u l a d o r o u s s e a u n i a n o - b a j o e l c o n c e p t o de l a e x i s -
t e n c i a d e un t á c i t o a c u e r d o o p a c t o s o c i a l .

Apreciemos
- un c a s o , e n t r e muchos, e n que s e r e f i e r e e x p l í -
4 o/
citamente a e s e contrato: -

"He s u g e r i d o a l g u n a s d e las r a z o n e s d e p o r qué l o s i n d i -

v i d u o s , a l menos en n u e s t r a s o c i e d a d , e s t á n o b l i g a d o s
a mantenerse d i s p o n i b l e s p a r a e n c u e n t r o s , y h e s u g e r i d o
i g u a l m e n t e a l g u n o s de l o s r i e s g o s en que l a s p e r s o n a s
incurren a l proceder así.
 Estas dos t e n d e n c i a s se r e c o n c i l i a n e n n u e s t r a s o c i e -
dad a p a r e n t e m e n t e p o r un t i p o d e c o n t r a t o i m p l í c i t o o
g e n t l e m a n q s agreement: dado e l hecho que e l o t r o e s t a -
r á b a j o a l g u n a o b l i g a c i 8 n , muchas v e c e s d e s a g r a d a b l e ,
d e responder a a p e r t u r a s , l o s i n i c i a d o r e s potenciales
( d e a p e r t u r a s ) e s t a n b a j o l a o b l i g a c i ó n de r e f r e n a r
s u s deseos.
Una p e r s o n a puede a s í h a c e r s e d i s p o n i b l e a l o s o t r o s
b a j o l a e x p e c t a t i v a de que e s t o s l i m i t a r á n e l r e c u r s o
a s u d i s p o n i b i l i d a d y no l e h a r á n p a p a r un p r e c i o dema-
c i a d o a l t o p o r e l l a . F1 d e r e c h o a i n i c i a r c o n t a c t o s
e s t a de e s t e modo b a l a n c e a d o p o r l a o b l i g a c i ó n d e t o -
mar e l punto d e v i s t a d e l otro, y a i n i c i a r l o solamen-
t e b a j o c i r c u n s t a n c i a s que é s t e e n t e n d e r í a como j u s t i -
.
f ic a d a s T t

E s e i m p l í c i t o p a c t o c o m u n i c a t i v o , como l o llama Goffman

en o t r a p a r t e , r e g u l a pues l a s i n t e r a c c i o n e s y e n c u e n t r o s , y
s i r v e de b a s e a l a s r e g l a s que t o d a o c a s i ó n s o c i a l h a c e p r e s e n -
te.

Es p o r ese c o n t r a t o , i g u a l m e n t e , que e l c o t i d i a n o e n t r a
en e l e s t a d o c i v i l , y s a l e d e a q u é l o t r o e n que r e g i r í a n s ó l o
l a s f u e r z a s que c a d a i n d i v i d u o puede e m ~ l e a rp a r a mantenerse
en 61s f b ~ m u l ap o r c i e r t o muy c e r c a n a a l a de Rousseau. Efec-
t i v a m e n t e , es a t r a v e s de 6 s t e Último que mejor podemos e n t e n -
d e r a Gof f n a n .

Pues l o que en l a v i s i ó n d e é s t e l e g i t i m a l a o b e d i e n c i a a
l a s o b l i g a c i o n e s y r e g l a s p r e s e n t e s h a s t a s a t u r a r l o en e l c o t i -
, d i a n o es - a l i g u a l como l o e s p a r a Rousseau e x p l i c a c i h s u f i -
c i e n t e d e l hecho que e l hombre habiendo n a c i d o l i b r e "no obs-
t a n t e e s t á encadenado" - e l o - r d-en s o c i a l .

" E l o r d e n s o c i a l e s un d e r e c h o s a g r a d o que s i r v e d e b a s e a
t o d o s l o s demásqt. Más e s t e d e r e c h o , a g r e g a Rousseau, no p r o c e -
d e d e l a n a t u r a l e z a : "se f u n d a en convenciones".
 . .
La p r i m e r a convención de l a o r g a n i z a c i ó n s o c i a l d e l c o t i -
d i a n o o p e r a r í a d e modo s e m e j a n t e a como l o h a c e l a p r i m e r a con-
v e n c i ó n de l a s o c i e d a d r o u s s e a u n i a n a . En arnboc e1 o r d e n , f u e n -
t e de t o d o s l o s d e r e c h o s y t o d a s i a s o b l i g a c i o n e s , nace d e un
c o n t r a t o que a l r e g u l a r l a f u e r z a de t o d o s l a pone e n juego p o r
una s o l a a c c i ó n y l a s h a c e o S r a r en c o n c i e r t o .

Las c l á u s u l a s d e e s e c o n t r a t o que "do q u i e r a e s t á n t á c i t a -

mente a d m i t i d a s y r e c o n o c i d a s " s e r e d u c e n siempre a una e s e n -
c i a l : l a t r a n s f o ~ m a c i 8 nd e l a s o c i e d a d n a t u r a l , i m p e r i o d e l a
f u e r z a y e l d e s o r d e n , en un c u e r p o moral y c o l e c t i v o m e d i a n t e
.
e l a c t o p o r e l c u a l "dándose ( . .) cada uno a t o d o s , no s e da
a n a d i e en p a r t i c u l a r " y o b t i e n e a s í s u l i b e r t a d c i v i l que s ó l o
t i e n e p o r l í m i t e l a l i b e r t a d d e t o d o s . En f i n , llcomo no h a y
a s o c i a d o s o b r e e l c u a l no s e a d q u i e r a e l mismo d e r e c h o que s e
c e d e s o b r e uno mismo s e gana l a e q u i v a l e n c i a de t o d o l o que se
p i e r d e y mas f u e r z a p a r a c o n s e r v a r l o que s e t i e n e 7 ' . 4-
-

E s , p a l a b r a p o r p a l a b r a , e l p r i n c i p i o que r i g e e l c o n t r a -
t o t á c i t o d e l a v i d a c o t i d i a n a según Goffman.

As$, p o r e j e m p l o , con l a o b l i ~ a c i 6 nde m o s t r a r s e a c c e s i b l e

a e n c u e n t r o s i m p r e v i s t o s . S e gana l a e q u z v a l e n c i a d e t o d o l o
que se p i e r d e . Me v u e l v o a c c e s i b l e porque he ganado e l d e r e -
cho a accede?.

A s í , t a m b i é n , con l a s o b l i g a c i o n e s r e l a t i v a s a l o s e n v o l -
v i m i e n t o s . Lo que se p i e r d e en u s o autónomo de l a p r o p i a f u e r -
z a , se gana en e l d e r e c h o a que l a f u e r z a d e t o d o s permanezca
sometida a l a m i s m a l e g a l i d a d d e l c o t i d i a n o .

Por a ñ a d i d u r a hay m á s f u e r z a p a r a c o n s e r v a r l a n o r m a l i d a d
que se t i e n e , e l o r d e n que s e comparte.

--
41/ J . J . R o u s s e a u , E l C o n t r a t o S o c i a l , c i t . p o r W.Cbenstein.
Los g r a n d e s p e n s a d o r e s p - -o l í t i c o s , E d i c i o n e s R e v i s t a d e O c -
c i d e n t e , 1965, p . 549.
 Orden c o t i d i a n o de e ( p i v a 1 e n c i a s apkrentemente p e r f e c t a s
que demarca, simult5neamente , La moralidad d e l a s o b l i g a c i o n e s
y l a r e c i p r o c i d a d de las e x p e c t a t i v a s .

Lo que o c u r r e a q u í -y l o s mismo v a l e p a r a Rousseau 4 2/ --

es que e l argumento continuamente s e d e s p l a z a desde l o r e a l - s o -
c i a l h a c i a e l plano moral y normztivo.

En ningún l u g a r e s t o e s m á s c l a r o que en e l a n á l i s i s g o f f -
maniano de l a e s t r u c t u r a de l a s i t u a c i ó n . S e r e c o r d a r á que
Goffman e s t u d i a d i c h a e s t r u c t u r a a p a r t i r de l a d i s t r i b u c i ó n
d e l o s envolvimientos, p a r a e n seguida i m p l i c a r que s e t r a t a
de una e s t r u c t u r a con dos c a r a s : una f á c t i c a , d i s t r i b u c i ó n dada
de envolvimientos en una c i t u a c i o n determinada, y una normati-
va, que i n d i c a o b l i g a c i o n e s y r e g l a s para a j u s t a r e s a d i s t r i b u -
c i ó n de acuerdo con l a s e x i g e n c i a s p r e s c r i p t i v a s de l a ocasión.

De e s t e modo l o s envolvimientos, d e f i n i d o s i n i c i a l m e n t e
como una movilización de r e c u r s o s p s i c o b i o l ó g i c o s , experimen-
t a n rápidamente una e s p e c i e de t r a n s u b s t ~ n c i a c i ó n ,y pasan a
s e r a c t i v i d a d e s d e m o s t r a t i v a s de zdhesión y p e r t e n e n c i a pudien-
do entonces r e d e f i n i r s e l - e s como una m o v i 1 2 z x l ó n d e r e c u r s o s
morales de i n t e g r a c i h en el m d e n tiel c o t i d i a n o .

E l c o n t r a t o s o c i a l postulado cono base dc l a v i d a s o c i a l

c o t i d i a n a e s precisamente e l instrumento conceptual de e s e des-
p l a zamiento .
Pues e s e acuerdo fundante d e l orden i n s t i t u y e , s i no en l a
.
O

p r á c t i c a a l menos p a r a l a e s p e c u i a c i 6 n 9 un conjunto d e i n d i v i -
duos dotados d e igualdad i n t e F a c t i v a . Todos son formalmente

-
i+2/ Véase I . M & z á r o s , M a ~ x ~ sCheory
1972, pp.48-63.
e--- - of a l i e n a t i o n , 1 9 7 0 , Merlin,
i g u a l e s f r e n t e a l a legalidad d e l cotidia,io. La obediencia a
Las r e g l a s d e l p a c í f i c o t r á n s i t o ' h u m a n o e s e n t o n c e s un impera-
t i v o m o r a l , p u e s t o que en ningfin c a s o e l l a r e s u l t a r í a de una
asimetría s o c i a l , es d e c i r , de una r e l a c i ó n a - t i c u l a d a p o r una
d i f e r e n c i a de p o d e r .

As$, l o s p a r t i c i p a n t e s asumen l a r e s p o n s a b i l i d a d m o r a l s o -
b r e e l e n c u e n t r o , p c r q u e é s t e s810 e x i s t e p o r l a v o l u n t a d gene-
r a l de t o d o s e l l o s , e s una pequeña s o c i e d a d s o b e r a n a ; en e l en-
c u e n t r o l o s i n d i v i d u o s son l i b r e s , porque s o l o obedecen a nor-
m a s que e l l o s mismos s e han p r e s c r i t o , y que s ó l o se mantienen
m i e n t r a s c u e n t e n con e l c o n s e n t i m i e n t o de q u i e n e s l a s o b s e r v a n .

E l o r d e n d e l c o t i d i a n o que Gof fman pone en juego a p a r t i r

de e s e c o n t r a t o s o c i a l o r i g i n a n t e c a r e c e p o r l o t a n t o d e e s t r u c -
t u r a s d e i n t e r e s e s y d e dominaci6n. E s r e p r e s e n t a d o como una
r e d d e o p o r t u n i d a d e s de comunicaci6n s o c i a l a l a que t o d o s ac-
ceden p o r i g u a l , obedeciendo en comen l a s p r e s c r i p c i o n e s d e t e r -
minadas p o r l a o c a s i 6 n s o c i a l . Pero ésta, a s u tiempo, s ó l o
e x i s t e p o r a q u é l l o s que c o n c u r r e n a f o m n a r l a , e n e l s e n t i d o que
un f u n e r a l , un matrimonio, rina r e t i n i ó n s o c i a l , una p a r t i d a de
n a i p e s , un e v e n t o e n e l pz: ..u-, un e n c u i n t m e n t r e c o n o c i d o s ,
un s a l u d o , e t c . s ó l o a d q u i e r e n r e a f i d a d p o r l o s a c t o s y a c t i -
v i d a d e s que se l a o t o r g a n , y m i e n t r a s e s o s a c t o s y a c t i v i d a d e s
s e mantengan. Lo que e s d e b i d o a l a o c a s i ó n e s d e b i d o p u e s a
q u i e n e s l a hacen e x i s t i r y 3-0 e s d e b i d o p o r q u i e n e s l a hacen
e x i s t i r . L a o c a s i ó n e s p o r c o n s i g u i e n t e l a s o b e r a n í a en e l co-
t i d i a n o , e l e j e r c i c i o de una v o l u n t a d g e n e r a l de t o d o s l o s p a r -
t i c i p a n t e s en l a o c a s i ó n .

No puede h a b e r e s t r u c t u r a s de i n t e r e s e s y de domiqación
a l l í donde e l s u p u e s t o e s que t o d o s -por e l c o n t r a t o s o c i a l -
f u n d a n t e d e l orden- han e n t r a d o en una r e l a c i ó n de p e r f e c t a
e q u i v a l e n c i a , c e d i e n d o c a d a c u a l l o mismo que tocios l o s o t r o s ,
y no e x i s t i e n d o p o r t a n t o ninguno que e s t f p o r e ~ c i m a ,que
pueda, en o t r a s p a l a b r a s , someterme a t r a v é s d e un e n c u e n t r o ,
explotarme e n l a i n t e r a c c ' i ó n , d e f i n i r una s i t u a c i ó n c o n t r a r i a O

a m i s i n t e r e s e s , imponer un comportamiento, e t c .

P o d r í a a l g u i e n argumentar, y e l argumento no p a r e c e f u e r a
d e l u g a r , que t o d a es-& concepción d e un o r d e n c o t i d i a n o i g u a -
l i t a r i o donde impera una formalidad s i n l í m i t e s , t i e n e s u o r i -
gen en e l hecho d e que Goffman a n a l i z a exclusivamente comporta-
m i e n t o s d e un c i e r t o grupo o c l a s e s o c i a l , l a d e l o s w h i t e
c o l l a r s , y r e d u c e s u a n á l i s i s exclusivamente a unos determina-
d o s comportamientos d e e s o s g r u p o s , a q u e l l o s p r e c i s a m e n t e que
o c u r r e n a l margen d e las r e l a c i o n e s d e producción y d e las r e -
l a c i o n e s p r o p i a s d e l campo p o l í t i c o .

T a l argumento, s i n embargo, no responde plenamente a l o s

problemas que surgen d e una concepción como l a d e Goffman. En
e f e c t o , p o d r í a p a r e c e r - a l t e n o r d e e s e argumento- como s i l a s
r e l a c i o n e s económicas y l a s r e l a c i o n e s d e poder no s e prolonga-
r a n , también, a l a e s f e r a d e l c o t i d i a n o que Goffman e s t u d i a .
Y p a r e c e r í a , e n s e g u i d a , Que l o que G o f f ~ a na f i r m a p a r a e s a
p a r t i c u l a r e s f e r a , a b s t r a í d a e l l a de s u s a r t i c u l a c i o n e s con e l
r e s t o d e l a sociedad, pudiese entonces s e r válido.

Nuestro argumento e s que tampoco en e s a e s f e r a , y aún r e s p e -

t a n d o e l t i p o de mundo que Goffman e s c e n i f i c a , s u concepción d e
l a organización s o c i a l d e l cotidiano e s aceptable.

En c u a n t o a l a p r e t e n d i d a r e g u l a c i ó n d e l c o t i d i a n o p o r un
c o n t r a t o s o c i a l o acuerdo e n t r e c á b a l l e r o s , hemos mostrado ya
que d i c h a concepción d e s p l a z a l o r e a l s o c i a l p a r a s u s t i t u i r l o
p o r una imagen moral y normativa d e l c o t i d i a n o . D e e s t e modo
l o s i t u a c i o n a l m e n t e debido en vez d e r e m i t i r a l o s mecanismos
s o c i a l e s p o r medio de l o s c u a l e s se p r o d u c ~y o b t i e n e r e f i e r e
l a s c o s a s a un acuerdo s o c i a l i m p l í c i t o d e e x p r e s i ó n moral.
 En vez de preguntar por l a operación d e l orden que a f i r m a , Gof-
w fman responde con una moralización d e e s e orden. En vez d e
p a r t i r i n t e r r o g a n d o l a e s t r u c t u r a d e l o s envolvimientos como
a un contenido d e e s e orden termina por o t o r g a r a l orden unas
4 e s t r u c t u r a s normativas de l o s envolvimientos que nada e x p l i c a n ,
z s a l v o o f r e c e r n o s un cua--?o de l o que d e b i e r a- -
s e r en función de
i
que debe-m o s t r a r s e adhesión y p e r t e n e n c i a s o c i a l e s .
C

En f i n , Goffman hace l o que muchas veces hace e l s e n t i d o

común: tomar un contenido d e orden por uno de c a r á c t e r moral.
Con e s o l a s o c i c l o g í a de l o s pequeños comportamientos s e vuel-
ve en una p r e s c r i p t i v a a s e c a s , y a r a t o s , i n c l u s o , semejará
un manual de e t i q u e t a .

C'omo un orden s e e s t a b l e c e , mantiene y hace o p e r a n t e e n

e l c o t i d i a n o e s e l o b j e t o de e s a s o c i o l o g í a . Goffman responde
a e s t a pregunta, en un primer acercamiento, con un supuesto:
e l d e l c o n t r a t o s o c i a l . "Si e l supuesto e s c o r r e c t o , d i c e , d e
que e x i s t e una s u e r t e de t á c i t o c o n t r a t o que subyace a l a con-
LF?/
d u c t a comunicativa, entonces..."- y luego construye s u i n t e r -
pretación.

E l s u p u e s t o , ' s i n embargo, no e s c o r r e c t o n i e s i n c o r r e c -
t o : es n e c e s a r í o e n l a economía de su d i s c u r s o s o b r e e l orden
c o t i d i a n o . En t a n t o que é s t e no e s abordado e n e l n i v e l de s u s
mecanismos d e operación, s i no que como una i n s t a n c i a d e i n t e -
gración moral d e l a sociedad, cada comportamiento e s a n a l i z a d o
. .
desde e s a Óptica, y no por s u r e l a c i ó n n e c e s a r i a a e s e orden.

E l orden deviene pues una f u e r z a moral d e i n t e g r a c i ó n , un

p r i n c i p i o de ordenación s o c i a l , en t a n t o que sus mecanismos de
funcionamiento permanecen en l a penumbra. .

-
43/ -
F. Goffman, .-o ~ . c i t . p.124
 La i n t e p a c i ó n s o c i a l c o t i d i a n a , 7-2. n e c e s i t a a s u vez
s e r e x p l i c a d a , queda e n t o n c e s meramente p o s t u l a d a como un - a
p r i o r i d e l a s o c i e d a d o b i e n d e l a p a r a t o c o n c e p t u a l usado p a r a
e x p l i c a r l a . En ambos, c a s o s , e n d e f i n i t i v a , no es mucho l o que
avanzamos e n compr'ensión.

En suma: e l s u p u e s t o d e q-ue a l a s i n t e r a c c i o n e s comunica-

t i v a s subyace un c o n t r a t o s o c i a l que l e g i t i m a l a o b e d i e n c i a a
r e g u l a c i o n e s s i t u a c i o n a l e s , p e r m i t i e n d o d e e s t e modo que e s a s
i n t e r a c c i o n e s o c u r r a n f l u i d a m e n t e , en un r e l a t i v o e s t a d o de
e q u i l i b r i o y p o r t a n t o d e n t r o d e un c i e r t o marco de o r d e n , só-
l o l o g r a d e s p l a z a r e l problema d e cómo e s e o r d e n s e produce a
un t e r r e n o donde e l p r o p i o problema se i n v a l i d a .

En e f e c t o , s i e l o r d e n se produce en p r i m e r a i n s t a n c i a
p r e c i s a m e n t e p o r e s e c o n t r a t o , e n t o n c e s l o s comportamientos de-
b i d o s s e o b t i e n e n p o r e l c o n s e n t i m i e n t o a e s e o r d e n que s e ha-
ce p r e s e n t e e n c a d a s i t u a c i 6 n o e n c u e n t r o , y e l ú n i c o l a z o que
e x p l i c a l a o b e d i e n c i a a l a o b l i g a c i 6 n s i t u a c i o n a l e s uno d e
c a r á c t e r moral n a c i d o d e e s e c o n t r a t o .

Goffman a b o r d a e s e Último t ó p i c o - e l de l a o b e d i e n c i a a
l a o b l i g a c i 6 n s i t u a c i o n a l como un a c t o d e c o n s e n t i m i e n t o moral
-a t r a v é s d e un segundo p r i n c i p i a que i n c i d i r í a en l a r e g u l a -
ción social d e l cotidiano.

2. -
E l p r i n c i p i o d e l a s o l i d a r i d a d c o l e c t i v a o comunidad
de sentimientos.

Goffman p o s t u l a l a e x i s t e n c i a , s o b r e - e n t e n d i d a p o r l a de
un c o n t r a t o s o c i a l f u n d a n t e de l a o r g a n i z a c i ó n d e l c o t i d i a n o ,
de una s o l i d a r i d a d c o l e c t i v a que i m p u l s a r í a a t o d o s p o r i g u a l
a a d h e r i r s e y p e r t e n e c e r a t r a v é s de l o s e n c u e n t r o s y l a s o c a -
s i o n e s e n e l o r d e n d e l c o t i d i a n o , y a t r a v é s de é s t e , 'en e l
o r d e n predominante e n l a s o c i e d a d .
 E l p o s t u l a d o , qué duda c a b e , s e s i t ú a e n l a t r a d i c i ó n
d u r k h e i m i a n a , y e s t a r e f e r i d o a l a s n o c i o n e s de c o n c i e n c i a co-
l e c t i v a y d e l t i p o p a r t i c u l a r d e s o l i d a r i d a d que. se g e n e r a r í a
.., a p a r t i r d e e l l a , que Durkheim llamó s o l i d a r i d a d mecánica.- 4 b /

Es l a " d i f u s a alma de l a sociedad"(Durkheim) l a que p a r e -

c e r í a en e f e c t o e s t a r p o r d e t r á s d e e s a s o l i d a r i d a d que l o s
hombres y m u j e r e s e x p r e s a n p o r medio d e s u p e r t e n e n c i a en l a s
formas más d i f u s a s d e l a o r g a n i z a c i ó n s o c i a l , como son las s i -
tuaciones y l o s encuentros.

E s a s í , i g u a l m e n t e , que puede e n t e n d e r s e l a comunidad d e

s e n t i m i e n t o s que d e f i n i r í a e l p e c u l i a r --
e t h o s d e un e n c u e n t r o u
o t r o , y e s esa m i s m a comunidad a s e n t a d a en una c o n c i e n c i a co-
l e c t i v a l a que s e m o v i l i z a r í a p a r a s a n c i o n a r , aunque no sea
más que p o r una mirada de r e p r o c h e , l a s i m p r o p i e d a d e s s i t u a -
.'l c i o n a l e s e n que l o s i n d i v i d u o s puedan i n c u r r i r .

Como s e ñ a l a e l . p r o ~ i oDurkheim, y l a a f i r m a c i ó n e s v á l i d a
también p a r a Goffman, r e s u l t a i m p o s i b l e e s p e c i f i c a r l a n a t u r a -
l e z a p r o p i a de e s o s s e n t i m i e n t o s .

"Tienen l o s m á s d i v e r s o s o b j e t o s y no puede e n g l o b á r -
s e l e s b a j o una s o l a f ó r m u l a . Podemos d e c i r que n i se
r e l a c i o n a n con, i n t e r e s e s v i t a l e s d e l a s o c i e d a d n i tam-
.
poco con un mínimo d e j u s t i c i a . (. . ) Solamente podemos
, r e c o n o c e r l o p o r e s t o : e s un s e n t i m i e n t o que c u a l q u i e r a
f u e r e s u o r i g e n o f i n s e e n c u e n t r a en t o d a s las con-
c i e n c i a s con un c i e r t o g r a d o d e f u e r z a o p r e c i s i ó n , y
c a d a a c c i ó n que l o v i o l a c o n s t i t u y e un crimen"4 S / , -
es d e c i r , en e l l e n g u a j e de l a o r g a n i z a c i ó n d e l c o t i d i a n o , una
impropiedad s i t u a c i o n a l .

-
44/ Vease J. J. Brunner , Formaciónde Orden e h t e w a c i b n S o c i a l ,
Motas p a r a una i n v e s t i q a c i ó n s o b r e p r o c e s o s d e s o c i a l i z a -
c i ó n FLACSO (mimeo), 1 9 7 6 .
-9

-
45/ E . Durkheim, -- The D i v i s i o n of Labor i n S o c i e t y , -me Free
P r e s s , 1 9 6 4 , pp.81-82.
 Un comportamiento r e s u l t a inapropiado s i t u a c i o n a l m e n t e
entonces porque e l grupo s o c i a l , l a comunidad, l a conciencia I

c o l e c t i v a , l o reprueba.
I

Los contenidos de orden son d e f i n i d o s socialmente: son s e n

- ;4

&
t i d o s s o c i a l e s d e orden.

Caba pues p r e g u n t a r s e : &cómo opera d e n t r o de tal esquema

esa d e f i n i c i ó n de contenidos de orden?

Recordemos brevemente que según Durkheim l a s o l i d a r i d a d

mecánica t e n í a por s u s t e n t o l a s semejanzas e n l a s c r e e n c i a s ,
una comunidad pues de s e n t i m i e n t o s de acuerdo con l a c u a l l o s
i n d i v i d u o s s e l i g a b a n directamente con l a sociedad. 4

Esta s o l i d a r i d a d , d i c e , "no c o n s i s t e exclusivamente en

uan g e n e r a l e indeterminada adhesión d e l i n d i v i d u o a l grupo,
s i no que hace arm6nicos aun e l d e t a l l e de s u s movimientos i r 46 /
Su función agrega e n o t r a p a r t e e s mantener l a cohesión s o c i a l
-.
i n t a c t a , a l mismo tiempo que mantenerse e l l a con t o d a v i t a l i -
dad en l a conciencia c o l e c t i v a .

En suma, l a s o l i d a r i d a d de c r e e n c i a s , r e v i v i d a en t o d o
i n s t a n t e por sanciones y e l c o n t r o l e j e r c i d o socialmente para
mantener encauzados l o s comportamientos, c r e a r l a un orden l o
s u f i c i e n t e m e n t e amplio y ceñido como para producir l a adhesión
d e l o s i n d i v i d u o s a l a sociedad, afín en los d e t a l l e s menores
d e s u s movimientos.

E s por l o t a n t o e s t a ' ' s e n s i b i l i d a d c o l e c t i v a 3 ' , fundada

e n una comunidad d e s e n t i m i e n t o s , l a que en Gltima i n s t a n c i a
r e g u l a r í a l o s comportamientos c o t i d i a n o s , forzándolos a some-
t e r s e a ese juego de semejanzas que hace p o s i b l e l a r e g u l a r i d a d ,

4£/ i b i d p.106.
-
y p o r l o mismo l a s d i s c i p l ~ n a s .

". E-1 argumento g o ~ f m a n i a n ono p o d r í a e n t e n d e r s e s i n e s t a pe-

t i c i 6 n de un p r i n c i p i o C e s o l i d a r i d a d mecánica?/~n' e f e c t o , l a
m o r a l i d a d p r e t e n d i d a de l o s comportamientos s i t u a d o s , s u cons-
t a n t e d e f i n i r s e p o r r e f e r e n c i a a p ~ o p i e d a d e ss i t u a c i o n a l e s que
son normativas p o r n a t u r a l e z a , e s t á p o s t u l a d a cobre e s t a d o b l e
b a s e : e x i s t e n c i a d e un c o n t r a t o s o c i a l f u n d a n t e d e l orden, y
e x i s t e n c i a d e una s o l i d a r i d a d d e c r e e n c i a s y s e n t i m i e n t o s res-
p e c t o a l o que es debido en cada o c a s i ó n .
+ -

Otra v e z , como s e podrá a p r e c i a r , e l a r m m e n t o s e d e s l i -

z a d e s d e e l p l a n o s o c i a l a l moral: desde l o s modos d e opera-
c i ó n d e un o r d e n s o c i a l m e n t e producido a l a p r e s e n c i a d e unos
s e n t i m i e n t o s i n d e f i n i b l e s en s u c a r á c t e r e s p e c í f i c o p e r o e f i -
c a c e s en s u f u e r z a d e c o n t r o l s o c i a l .

Cuando s e d i c e que en un grupo o e n c u e n t r o se a d o p t a un

t o n o d e f i n i d o d e comportamientos, que s u r g e una a t m ó s f e r a o
-e- t h o s e x p r e s i v o de un sistema e s t a n d a r i z a d o de r e s p u e s t a s emo-
t i v a s , precisamente s e a p e l a a e s a comunidad de s e n t i m i e n t o s
o-s e n s i b i l i d a d c o l e c t i v a que c o n d u c i r í a 'as conductas s e ñ a l á n -
d o l e s l o que es a p r o p i a d o a l a o c a s i ó n .

Lo mismo puede p r e d i c a r s e d e l o s envolvimientos mediante

l o s c u a l e s , en cada s i t u a c i ó n , l o s i n d i v i d u o s h a r í a n o p e r a r
esa s o l i d a r i d a d o r i e n t á n d o s e l o s unos r e s p e c t o de l o s o t r o s y
r e s p e c t o d e l a s i t u a c i ó n , d i s t r i b u y e n d o s u s a c t i v i d a d e s y mo-
d u l á n d o l a s d e acuerdo a un s e n t i m i e n t o comfin d e p e r t e n e n c i á y
a d h e s i ó n a un mismo o r d e n c o t i d i a n o .

Es l a formación d e e s a s o l i d a r i d a d , de e s a s e n s i b i l i d a d
o conciencha c o l e c t i v a , l o que Goffman s i n embargo no e x p l i c a .
Solamente p o s t u l a s u e x i s t e n c i a .

-
47 / Principio que Durkileim, en cambio, remite a 1~s fcnrms hist&icas
la división del trabajo.
de
 Desde una Ó p t i c a d e o r d e n c o t i d i a n o e x p r e s i v o de l a ar-..
titulación p r o d u c i d a p o r t é n i c a s e s p e c í f i c a s d e l p o d e r , i . e .
Y
l a s d i s c i p l i n a s , -e -s a s o l i d a r-
i d-a d no
-- p r e c e d e -- s i n o gue
- rden -
al o
-
e s producto d - e é- l.

E l o r d e n no emana pues de l a s c o n c i e n c i a s o d e unos s e n -

t i m i e n t o s c o m p a r t i d o s , como q u i s i e r a Goffman; m á s b i e n p o d r í a
p e n s a r s e que o c u r r e l o c o n t r a r i o . En e f e c t o , l a s o l i d a r i d a d
d e l cotidiano es e l resultado de esas específicas d i s c i p l i n a s
que r e g u l a n h a s t a e l d e t a l l e d e l comportamiento, i n d u c i e n d o
en l o s c u e r p o s , e n l a a c t i v i d a d de l o s i n d i v i d u o s , l a obedien-
cia m i n u c i o s a y p e r m i t i e n d o s u máximo aprovechamiento p a r a e l
funcionamiento d e l orden e s t a b l e c i d o .

Se forma e s a s o l i d a r i d a d p o r e l d i s c i p l i n a m i e n t o s o c i a l ,
y s e mantiene p o r e l c o n s t a n t e e j e r c i c i o d e e s a s d i s c i p l i n a s .
Las g e n t e s s e v u e l v e n a s í s o l i d a r i a m e n t e a c c e s i b l e s según las
e x i g e n c i a s d e l c o t i d i a n o que s o n l a s d e s u o r g a n i z a c i ó n so-
c i a l : no p o r ningún p a c t o f u n d a n t e o c o n t r a t o c o m u n i c a t i v o ,
n i tampoco p o r una comunidad d e c r e e n c i a s r e s p e c t o a l v a l o r
o l a u t i l i d a d de m o s t r a r s e d i s p o n i b l e s l o s unos r e s p e c t o de
l o s o t r o s . Los i n d i v i d u o s s e t o r n a n d i s p o n i b l e s p o r l a s i m -
p o s i c i o n e s d e una s i t u a c i ó n s o c i a l m e n t e d e f i n i d a en que cada
uno ocupa d e t e r m i n a d a s p o s i c i o n e s : s e muestran a c c e s i b l e s por-
que e s t á n s u b o r d i n a d o s o porque s u u b i c a c i ó n en l a d i v i s i ó n
s o c i a l d e l t r a b a j o l o r e q u i e r e ; t i e n e que e s t a r d i s p u e s t o s a
entra^ en e n c u e n t r ~ o sp o r c u a n t o no p o d r í a n c o m p o r t a r s e , b a j o
c i r c u n s t a n c i a s s o c i a l e s d e t e r m i n a d a s , de o t r a forma, y a s í
por delante.

En f i n , hay una r e d de pequeñas c o a c c i o n e s y d e s a n c i o n e s

a p a r e j a d a s que r e s u l t a d e l a s a s i m é t r i c a s s o l i d a r i d a d e s d e l
c o t i d i a n o , d e f i n i e n d o e s o s s e n t i m i e n t o s muy e s p e c í f i c o s d e
orden por l o s cuales l o s individuos s e s i e n t e n integrados a
una n o r m a l i d a d , y la. r e p r o d u c e n .
 La- T u e r z a d e l a s i t u a c i ó n r e s i d e asJ., p r i m e r o que nada,
en' l a f u e r z a d e que e l o r d e n l a r e v i s t e a t r a v é s de l a s r e -
l a c i o n e s s o c i a l e s que e n c a d a c a s o pone e n j u e g o , m á s que en
una p r e t e n d i d a c o n c i e n c i a c o l e c t i v a de l o s i t u a c i o n a l m e n t e
d e b i d o o e n u n " e r r o r de im?utaciÓnU en que l o s i n d i v i d u o s
i n c u r r i r í a n r e s p e c t o de s u c a p a c i d a d p a r a r e s i s t i r y o b r a r
autónomamen'te según v a l o r e s , c r e e n c i a s e i d e a l e s .

3. E l p r i n c i p i o de la n o r m a t i v i d a d d e l c o t i d i a n o ,

La o r g a n i z a c i ó n d e l c o t i d i a n o f u n c i o n a r í a e n g e n e r a l en
un e s t a d o de e q u i l i b r i o , según Goffman, porque e x i s t e una
c l a s e d e r e g l a s - s i t u a t i o n a l p r o p e r t i e s - que son comunmente
o b s e r v a d a s o a l menos c o n s i d e r a d a s , y cuya i n f r a c c i ó n provo-
c a r í a a l g ú n t i p o de reacci-Ón pi?blica - o movimiento de c o n t r o l
social.

Son e s a s r e g l a s l a s que e n e l mundo goffmaniano forman

48/
l a materia d e l o r d e n . Brevemente, d i c e , -

''un o r d e n s o z i a l puede d e f i n i r s e como l a c o n s e c u e n c i a

de un c o n j u n t o c u a l q u i e r a d e normas m o r a l e s que r e g u -
l a e l modo según e l c u a l l a s p e r s o n a s p e r s i g u e n s u s
objetivos.
.s.

E l c o n j u n t o de normas no e s p e c i f i c a l o s o b j e t i v o s ha-
c i a l o s c u a l e s l o s p a r t i c i p a n t e s han de o r i e n t a r s e ,
n i e l p a t t e r n formado p o r y a t r a v é s de l a c o o r d i n a -
ción e i n t e a c i ó n de esos f i n e s , s i n o solamente l o s
modos de o b t e n e r l o s . L a s r e g l a s d e l t r á n s i t o y e l
r e s u l t a n t e o r d e n d e l t r á f i c o p r o p o r c i o n a n un ejemplo
obvio".
Z

Llamará l a a t e n c i ó n , d e e n t r a d a , que Goffman c a l i f i q u e

e s a s r e g l a s como normas m o r a l e s , s o b r e t o d o i l u s t r a n d o e l ti-
po de o r d e n que de e l l a s r e s u l t a r % ¿ mediante e l modelo p r o -
v i s t o por e l o r d e n l d e l t r á f i c o .

4 8 / E.Goffman, --op . --
- c i t . , p. 8.
 L a s d i s c i p l i n a s en e f e c t o i n t r o d u c e n e l o r d e n s o c i a l
en e l c o t i d i a n o , l o o r g a n i z a n , l e dan s u c o n t e n i d o de r e g u l a -
-
cienes.

En r i g o r , l a s d i s c i p l i n a s no i n t e r n a l i z a n n a d a , no ape-
l a n a l a c o n c i e n c i a d e l o s i n d i v i d u o s , no forman p a r t e de s u
" e d u c a c i ó n r n ~ r a l ' ~ .Operan d i r e c t a m e n t e s o b r e los c u e r p o s a
l o s que i n t r o d u c e n en un a p a r a t o d e ~ r o d u c c i ó ny a l o s que su-
j e t a n a unas r e l a c i o n e s d e p o d e r . C o n s t i t u y e n , como d i c e
F o u c a u l t , una "economía p o l í t i c a d e l c u e r p o " , p u e s t o que

"'el c u e r g o e s t á también inmerso en un campo p o l í t i c o ;

l a s r e l a c i o n e s de poder o p e r a n s o b r e é l una p r e s a i n
mediatas l o c e r c a n , l o marcan, l o doman, l o someten-
a s u p l i c i o , l o f u e r z a n a unos t r a b a j o s , l o o b l i g a n a
unas c e r e m o n i a s , e x i g e n de 5 1 unos s i g n o s . E s t e ter-
co ~ o l í t i c od e l c u e r p o va u n i d o , de a c u e r d o con unas
r e l a c i o n e s c o m ~ l e - j a sy r e c í p r o c a s , a l a u t i l i z a c i ó n
econ6mica d e l c u e r p o . e l c u e r p o , e n buena p a r t e e s t á
imbuido d e r e l a c i o n e s d e poder y d e dominación como
f u e r z a de p r o d u c c i ó n ~ p e r o en cambio s u c o n s t i t u c i ó n
cono f u e r z a d e t r a b a j o ~ 6 1 0e s p o s i b l e s i s e h a l l a
p r e n d i d o e n un s i s t e m a de s u j e c i ó n e n e l que L a nece-
s i d a d e s también un i n s t r u m e n t o p o l í t i c o c u i d a d o s a -
mente d i s p u e s t o , c a l c u l a d o y u t i l i z a d o . E l c u e r p o
s 6 l o s e c o n v i e r t e e? f u e r z a fitil cuando e s a l a vez
cuerpo p r o d u c t i v o y c u e r p o sometido". - 49/

E l o r d e n d e l a s r e g u l a c i o n e s c o t i d i a n a s nos a b r e s o b r e
e s t e mundo d e l a s d i s c i p l i n a s , mundo e n que en d e f i n i t i v a se
a s i e n t a t o d a l a e s t r u c t u r a d e l a s dominaciones y e x p l o t a c i o -
n e s , de l a s a c t i v i d a d e s de l o s i n d i v i d u o s e n c u a n t o a c t o r e s
socialmente intecrados .
Y e l mundo de Goffman, aun r e c o r t a d o como es -a una c l a -
s e , a las horlaí: libres d e s u s miembros- y r e v e s t i d o como se
nos o f r e c e de r e t ó r i c a m o r a l , s i n embargo nos o f r e c e un a c c e s o

4 9 / M.Foucault, V i g i l a r y C a s t i g a r , 1 9 7 5 , S i g l o XII, 1 9 7 6 ,
a e s a r e g i ó n e n que l a s d i s c i p l i n a s son e j e r c i d a s y a t r a v é s
d e e l l a s un o r d e n e s mantenido y r e p r o d u c i d o c o t i d i a n a m e n t e .

P r o h i b i c i ó n d e l o s e n v o l v i m f e n t o s mutuos demasiado i n -
t e n s o s , o b l i g a c i ó n de s a n t i f i c a r e l e n v o l v i m i e n t o dominante,
r e g l a s d e l a a c c e s i b i l i d a d , r e s p e t o a l a a t m ó s f e r a d e l o s en-
c u e n t r o s , e x i g e n c i a d e l a i n a t e n c i ó n c i v i l , e t c . son t o d a s ma-
n i f e s t a c i o n e s d e l a s d i s c i p l i n a s v i g e n t e s e n t r e c i e r t o s gru-
pos s o c i a l e s . Son l o s modos r e q u e r i d o s p o r l a s u j e c i 8 n y l a
p r o d u c t i v i d a d e n l a e s f e r a d e l o s s e r v i c i o s , donde imperan
"un j u e g o e n t r e p e r s o n a s " , un c o n s t a n t e i n t e r c a m b i o d e símbo-
l o s , de complementaciÓn de p o s i c i o n e s y s t a t u s , de g e n e r a c i ó n
d e f o r m a s y f o r m a l i d a d e s , d e e x i g e n c i a s de r e s p e t o , c o r t e s í a
y devoción. En e s t e mundo p a r t i c u l a r , l a s d i s c i p l i n a s s e de-
s i g n a n moralmente, s e s o c i a l i z a n como buena e d u c a c i ó n , s e p r e -
gonan e n l o s l i b r o s de e t i q u e t a y s e compran y venden b a j o l a
forma de t é c n i c a s d e propaganda y de r e l a c i o n e s p ú b l i c a s . Son,
desnudadas de s u r e t ó r i c a d e c l a s e media, d i s c i p l i n a s s i n m-
b a r g o , r e g l a s y c o a c c i o n e s d e l c o n t r o l s o c i a l m ú l t i p l e que
invaden por i g u a l l o s l u g a r e s d e t r a b a j o y l o s l u g a r e s públi-
c o s d e e n t r e t e n c i ó n , l a s t i e n d a s de comercio y l o s p a r q u e s ,
las salas de e s p e r a y l a s de b a i l e .

Formas d e l p o d e r , e n f i n , que no o p e r a n n i p o r medio de

l a v i o l e n c i a n i a t r a v é s d e l a s i d e o l o g í a s . - Que l o hacen m e -
d i a n t e un c o n j u n t o d e t é c n i c a s e s p e c í f i c a s que emerpen a l a
s u p e r f i c i e como r e ~ u l a c i o n e sd e l c o t i d i a n o .

T é c n i c a s , p r i m e r o , d e l d e t a l l e . Actúan s o b r e las " í n f i -

m a s m a t e r i a l i d a d e s '' g e s t o s , e x p r e s i o n e s , m i r a d a s , a c t i t u d e s
y e s t i l o s , p o s t u r a s , movimientos. M a n i f e s t a c i o n e s d e un po-
d e r i n f i n i t e s i m a l como l o l l a m a F o u c a u l t , poder fragmentado.
en t a n t a s p a r t e s c u a n t a s sean l a s d i s c i p l i n a s que l e sirvan de
c o n d u c t o r , que o p e r a s i n e s t r i d e n c i a s porque l o h a c e d e s d e
d e n t r o de t o d a r e l a c i ó n , a r t i c u l a n d o c u a l q u i e r a i n t e r a c c i ó n ,
s i t u a c i ó n o encuentro.

T é c n i c a s , e n s e g u i d a , que t i e n e n p o r o b j e t o l a s f u e r z a s
d e l cuerpo en s u d e s p l i e g u e , p o r ende l a e f i c a z o r g a n i z a c í ó n
de e s a s f u e r z a s . No l a i n t e n c i ó n con que s e emplean, l o s va-
l o r e s q u e se i n v o c a n para s u u s o o l a s c r e e n c i a s i n d i v i d u a l e s
que s e p i e n s a p o d r í a n e n c a u z a r l a , s i n o que s u e x p r e s i ó n en com-
p o r t a m i e n t o s con c o n t e n i d o de o r d e n , t a l es s u f u n c i ó n .

T é c n i c a s , p o r Último, que t i e n e n una p a r t i c u l a r modalidad

de e j e r c e r s e : s o n c o n s t a n t e s e n s u o p e r a c i 6 n , no a c t 6 a n d e s d e
un s o l o c e n t r o , s e i m b r i c a n s o n t i n u a m e n t e en t o d a s l a s r e l a -
c i o n e s d e f i n i e n d o l a o r i e n t a c i ó n d e o r d e n de cada una. Dirá
F o u c a u l t : --9 01

" A e s t o s 1nGtodos que p e r m i t e n e l c o n t r o l minucioso

d e l a s o p e r a c i o n e s d e l c u e r p o , que g a r a n t i z a n l a
s u j e c i ó n c o n s t a n t e de s u s f u e r z a s y l e imponen una
r e i a c i 6 n de d o c i l i d a d - u t i l i d a d e s a l o que se puede
llamar l a s ' 3 i s c i p l i n a s " .
E l o r d e n d e l c o t i d i a n o s e forma, p r e f e r e n t e m e n t e , d e esas
disciplinas.

Luego, una e f e c t i v a hegemonía -un o r d e n predomiante so-

c i a l m e n t e a r t i c u l a d o p o r c l a s e s y grupos- i m p l i c a también una
o r g a n i z a c i ó n s o c i a l d e t e r m i n a d a d e l c o t i d i a n o . Y p o r e n d e , un
r e c u r s o a l a s d i s c i p l i n a s . Sobre e s t o , s i n embargo, habremos
de v o l v e r en l a t e r c e r a p a r t e .

Por a h o r a , continuaremos con l o s p r i n c i p i o s que Goffman

pone e n juego p a r a , i n t e r p r e t a r l a o r g a n i z a c i ó n d e l c o t i d i a n o ,
r e f i r i é n d o n o s a o t r o s d o s , que se r e f i e r e n e s p e c í f i c a m e n t e a l
a c t o r - como p r o t a p o n i s t a de i n t e r a c c i o n e s y como p a r t i c i p a n t e
en l a d e f i n i c i ó n d e s i t u a c i o n e s .
- i b i d p.141.
!M/
 4. E l p r i n c i p i o d e l a i-
n t e n c i o n a l i d a d d e l actop..

L a o r g a n i z a c i ó n s o c i a l . d e l c o t i d i a n o , d i r á Gof fman, es
experimentada p o r l o s a c t o r e s como d o t a d a d e un grado s i g n i -
f i c a t i v o de t r a n s p a r e n c i a y uno d e i n t e l i g i b i l i d a d i n m e d i a t a
.-
p a r a t o d o s l o s p a r t i c i p a n t e s S%/

E s t o , que no es m á s que una c o n s e c u e n c i a de l a concep-

c i ó n a n t e s e x p u e s t a d e l c o t i d i a n o y en p a r t i c u l a r de s u ca-
r á c t e r e s e n c i a l m e n t e m o r a l , d a r í a a l mundo de l a s i n t e r a c c i o -
n e s y e n c u e n t r o s s u e s t a b i l i d a d b á s i c a , y se m a n i f i e s t a en a -l
g o s e m e j a n t e a dos l e y e s fundamentales de l a p r á c t i c a c o t i -
diana.
O

L
S Primeya l e y : e x i s t e una " r e g l a de comportamiento que pa-
r e c e ser común a t o d a s l a s s i t u a c i o n e s y e x c l u s i v a d e e l l a s ,
( c u a l e s ) l a r e g l a que o b l i p a a l o s p a r t i c i p a n t e s t-
o -
f i t in'!-
4z/
--
es d e c i r , a c a l z a r o a d a p t a r s e a l a s i t u a c i h .

Segunda l e y : c o n s i s t e en " l a r e g l a que e x c l u y e no t e n e r

un p r o p ó s i t o o h a l l a r s e des comprometido'^- ( - h a-ving n
- o purpose ,
or _
- b e i nd
g d--- i s e n g a g e d ) , e s d e c i r , e l t a b ú c o n t r a e l extrañamien-
t o por p a r t e d e l individuo d e l orden d e l c o t i d i a n o .

-
%B/ Véase E.Coffman, op.ci_f_. , p . 76
- I b i d p. 11. A v e e a Goffman: " L a s p a l a b r a s que uno d i c e a un
-52/
n i ñ o d u r a n t e s u p r i m e r a v i s i t a a un r e s t o r a n p r e s u m i b l e -
mente s e a p l i c a n a t o d o s t o d o e l tiempo. E l i n d i v i d u o de-
b e s e r "bueno" v no c a u s a r una e s c e n a o un d i s t u r b i o ; no
debe a t r a e r indebidamente l a a t e n c i h , y a s e a acosando a
l o s demas ya b i e n r e t i r a n d o s e f u e r a de s u p r e s e n c i a . D e -
be m a n t e n e r s e d e n t r o d e l e s p í r i t u o -
e t-
h o s de l a s i t u a c i 0 n ;
no debe c o l o c a r s e de -- t-r o p o f u e r a de l u g a r s i .

-
S9/ i b i d p. 58..
 L a s dos l e y e s s o n c o m ~ l e m e n t a r i a s . LT- p r i m e r a cumple l a
e x i g e n c i a d e l a segunda, y e s p o r esta filtirna que a q u e l l a se
realiza.

Como podrá a p r e c i a r s e f á c i l m e n t e l a t r a n s p a r e n c i a y l a
i n t e l i g i b i l i d a d d e l c o t i d i a n o , l a exigencia de adaptarse y l

l a p r o h i b i c i ó n de "salirse" d e l a s s i t u a c i o n e s forman, combi- X.

nadamente, l o que puede denominarse l a c o n s t e l a c i ó n de -- la -nor- w

m a l i d a d d e l c o t i d i a n o d e Goffman.

Pues es p r e c i s a m e n t e e s a n o r m a l i d a d d e o r d e n l a que se
p o s t u l a como inmediatamente c o m p r e n s i b l e e i n t e r s u b j etivamen-
t e s i g n i f i c a t i v a , e s p e c i e d e e v i d e n c i a p r i m e r a de l a r a z ó n co-
t i d i a n a , a l a c u a l -por l o mismo- s e debe l a o b l i g a c i ó n d e
una conformidad s i n e x c u s a s a r i e s g o de i n c u r r i r en e l e s t a t u -
t o d e una a-normalidad.
@
.
E l anormal es j u s t a m e n t e e l que c a r e c e d e p r o p ó s i t o den-
tro de e s t a r a c i o n a l i d a d d e l conformismo, o e l que p o s e e pro-
p ó s i t o s p e r o d e v i a d o s , i n c o n f e s a b l e s p o r FOCO c l a r o s , indemos-
t r a b l e ~p o r s u , c a r á c t e r e x t r a ñ o a l a o r g a n i z a c i ó n e s t a b l e c i d a
d e l cotidiano.

S i nos aproximamos, en cambio, a e s e s u p u e s t o d e n o r m a l i -

dad d e s d e una p e r s p e c t i v a d e a n a l i s i s d e l o r d e n como e s t r u c -
t u r a d e d i s c i p l i n a s , podremos a p r e c i a r l a normalidad d e un mo-
do d i s t i n t o , no como un hecho m o r a l , d e f i n i d o p o r una c i e r t a
c o n c i e n c i a c o l e c t i v a y unas r e g u . c i o n e s l i b r e m e n t e c o n s e n t i -
d a s , s i n o que m á s b i e n como e l p r o p i o p r o d u c t o de esas d i s c i -
- p l i ~ a ,s

Estas, e f e c t i v a m e n t e , c r e a n una c i e r t a t r a n s p a r e n c i a d e
l o s comportamientos, a l e n c a i i z a r l o s d e n t ~ ode una l e g a l i d a d
de p r e v i s i b i l i d a d e s , d e un s u t i l c o n t r o l d e l a e s p o n t a n e i d a d ,
d e una economía d e l o s g e s t o s y d e una o r g a n i z a c i ó n g e n e r a l i -
zada en v i s t a s a l a e f i c a c i a y l a o b e d i e n c i a .
 Las d i s c i p l i n a s generan una e x t e r i o r i d a d o 3 j e t i v a inmedia-
tamente i n t e l i g i b l e .

D e o t r o l a d o , e l l a s t ~ a h a i a ne n l o s cueypos l a d i s p o s i -
c i ó n d e l " -f.- i t --
i n " p o f fmaniano, adecuando a c a d a c u a l a l a s
exigencias de s u posición y, m a s genéricamente, a conducir-
s e (como n o r m a l i d a d ) conforme a l o s r e q u e r i m i e n t o s d e l o r d e n
e n cada s i t u a c i ó n .

Cuando s e a f i r m a pues que é s t e e s t r a n s p a r e n t e e inme-

diatamente i n t e l i g i b l e s e afirma precisamente e l producto d e
una mirada s o c i a l i z a d a e n las d i s c i p l i n a s , de unas p e r c e p c i o -
n e s permeadas ya Dor e l c o n t r o l s o c i a l , d e una comunicación
a r t i c u l a d a por las a s i m e t r í a s : en breve, e l orden e s experi-
mentado c o t i d i a n a m e n t e como d i s c i p l i n a s , y p a r ende como l a
normalidad de l o que hacemos, como un movimiento perfectamen-
t e natural.

E l g e s t o d i s c i p l i n a d o s e confirma e n l a e x p e c t a t i v a cum-
p l i d a , en l a complementar i d a d s a t i s f e c h a , e n l a r e c i p r o c i d a d
o b t e n i d a e s ~ e c i a l m e n t es i s e o b t i ~ n ep o r medio d e l a
d e s i g u a l d a d de p o s i c i o n e s . Confirmación d e l o r d e n t o t a l e n
l a m & s l e v e comunicación, a t r a v é s d e l o s m á s pequeños compor-
t a m i e n t o s , e n medio de un e n c u e n t r o f u g a z . E 1 o r d e n es t r a n s -
. p a r e n t e p o r e s o : porque s e a l i m e n t a de l o normal c o t i d i a n o ,
b o r r a n d o l o s márgenes de l a i n s e g u r i d a d , de l o s i m p r e v i s t o s ,
d e l a i n c e r t i d u m b r e , d e l o que - s i o c u r r i e r a - d e s b a r a t a r í a l a
normalidad, pondría en suspenso l a s regulaciones c a p i l a r e s ,
r o m p e r í a l a e s t a b i l i d a d de l o e s p e r a d o , d e s c u a j a r í a l a f u e r z a
i n v e s t i d a en un sistema m i c r o s c ó p i c o de p o d e r e s y de p o s i c i o -
nes r e l a t i v a s .

En e l c a s o l í m i t e de una r e v o l u c i ó n l a p r o f u n d i d a d d e E s -
t a s e mide p o r e s o , p o r s u c a p a c i d a d de romper con l a norma-
l i d a d d e l c o t i d i a n o y d e p a s a r prontamente a l e s t a b l e c i m i e n t o
de un o r d e n c o t i d i a n o que haga p o s i b l e 1s r r o f u n d i z a c i ó n y l a
construcción revolucionarias.

La r e v o l u c i 6 n irrumpe s i e m p r e en e l c o t i d i a n o como un 1

g e s t o s o c i a l d e l desorden: l o s delicados balances d i s c i p l i n a - 7

r i o s s e s u e l t a n y confunden, s e e n r e d a n y t e r m i n a n p o r s a l t a r ; m

l o s l u g a r e s p ú b l i c o s s e l l e n a n de g r i t o s , d e muchedumbres, b

t
cambian d e c o l o r y d e o l o r ; l a s c a l - l e s p a r e c e n p e r d e r s u com-
p o s t u r a p u e s t o que e l t r á f i c o humano p i e r d e s u h a b i t u a l i d a d ,
s u p r e v i s i b i l i d a d ; p o r t o d a s p a r t e s hav una c o n t a m i n a c i ó n ,
una a u s e n c i a de maneras y modos, una r u p t u r a de l o s l i m i t e s
t r a d i c i o n a l e s ; l o que d e b i a e s t a r s e p a r a d o s e mezcla, l o que
a n t e s no amenazaba se v u e l v e un r i e s g o . Con l a r e v o l u c i ó n s e
i n t r o d u c e l o a r b i t r a r i o e n e l o r d e n e s t a b l e c i d o y por e s o l o
que a y e r e r a t r a n s p a r e n t e e i n t e l i g i b l e y ohljetfvo se v-relve
confuso y ~ 3 r e c ec a r e c e r d e prqn6sito. es e l c a o s . .
" L a r e v o l u c i ó n , como e s c r i b i ó T r o s t k y , s e ha d i s t i n g u i d o
s i e m p r e p o r s u f a l t a de u r b a n i d a d " .

E l c a o s , s i n embargo, no es s i n o a p a r e n t e . Por d e b a j o y
desde e l p r i m e r nomento e l p o d e r e n g e s t a c i ó n b u s c a r á c r i s t a -
l i z a r como o r d e n m e s t o s o b r e o t r o s e j e s . E s t o o c u r r i r á también
e n e l p l a n o de l a p r a c t i c a c o + < d i a n a - S

Volvamos a T r o t s k y y a s u h i s t o r i a d e l a r e v o l u c i Ó n rusa+- 54/

" E l 27, por l a t a r d e , afluyen a l Palacio de Táurida solda-

dos, obreros, e s t u d i a n t e s , simples ciudadanos, todos l o s
C u a l e s c o n f í a n h a l l a r aqu: a l o s que l o saben t o d o y re-
.
c i b i r i n f o r m a c i ó n e ~ n s t r u c c i o n e s De d i s t i n t o s p u n t o s
de l a c i u d a d l l e g a n a l p a l a c i o v e r d a d e r a s p a r t i d a s d e .
armas, que son amontonadas en una d e l a s h a b i t a - c i o n e s ,
c o n v e r t i l l a e n a r s e n a l . Por l a noche, e l e s t a d o mayor
r e v o l u c i o n a r i o emprende e l t r a b a j c , manda f u e r z a s p a r a
v i g i l a r las estaciones y p a t i u l l a s a todos aquellos si-
t i o s de l o s que se puede t e ~ ma l g ú a p e i i u r o . Los s o l -
dados cumplen l a s Crdenes d c l nuev? puder d e buena gana,
y s i n r e c h i s t a r , aunque de un mcdo e x v ~ a o r d i n a r i a m e n t e
5 4 / L . T r o t s k y , o p ,-
- A-
c i t . , ~1.166-G7
 desordenado. La Único que e x i g e n c a d a vez e s l a o r d e n
e s c r i t a : e s p r o b a b l e que l a i n i c i a t i v a p a r t a d e l o que
queda d e mando en l o s r e g i m i e n t o s o d e l o s e s c r i b i e n t e s
militares. Pero t i e n e n r a z 6 n : e s p r e c i s o inmediatamen-
t e i n t r o d u c i r un o r d e n en a q u e l c a o s . E l e s t a d o mayor
r e v o l u c i o n a r i o , l o mismo que e l S o v i e t que a c a b a de s u r
g i r , no d i s p o n e n aún de ningún s e l l o '.
E l poder n a c i e n t e n e c e s i t a t r a n s f o r m a r s e en o r d e n emergen-
te, y t e s t i m o n i a r l o en e l minúsculo símbolo d e c u a l q u i e r a bu-
r o c r a c i a e n forma: un s i m p l e s e l l o . P a r a d a r ó r d e n e s , y ha-
c e r l a s r e s p e t a r , s e r e q u i e r e o f i c i a l i z a r e l orden, consagrar-
l o , rehacer l a r e d d e l c o t i d i a n o a f l o j a d a , m i l veces r o t a ,
desmembrada y hecha e s t a l l a r p o r l a s f u e r z a s d e l a p r o p i a re-
volucióir .
En suma, normalidad y t r a n s i t o r i a anormalidad como e s t a -
d o s d e l c o t i d i a n o se d e f i n e n p o r e l o r d e n y e l "des-orden",
respectivamente .
En e s t e c u a d r o , l a a p e l a c i ó n a l p r o p ó s i t o d e l a c t o r , y
e l tabú c o n t r a l a ausencia d e p r o p ó s i t o o extrañamiento d e l a
n o r m a l i d a d dada es, s e n c i l l a m e n t e , un r e q u i s i t a d e i n t e g r a c i ó n
a e s a normalidad.

L a i n t e g r a c i ó n s o c i a l , en o t r a s p a l a b r a s , e s un p r o c e s o
c o n s t a n t e - que o p e r a a l n i v e l d e l a s i n t e r a c c i o n e s s i t u a d a s , d e
l o s e n c u e n t r o s y o c a s i o n e s , es d e c i r , de l a o r g a n i z a c i ó n d e l
cotidiano. - 55'-Es a l l í donde c a d a c u a l debe e s t a r en s i t u a c i ó n
de d a r - c u e n t a d e s u p r o p ó s i t o , de d e m o s t r a r s o c i a l m e n t e que
se e n c u e n t r a d e n t r o de l a n o r m a l i d a d , en f i n , que forma p a r t e ,
está i n t e g r a d o y s e conforma a l régimen c o t i d i a n o de l a s d i s -
ciplinas. 1

5 5 / Para una v e r s i ó n p r e l i m i n a r d e e s t e argumento puede v e r s e

-
J . J - B r u n n e r , Consenso de Orden y Poder, e n N.Lechner y
l , FLACSO
J . J .Rrunner, Dos Rotas s o b r e I n t e g r a c i ó n S o c i a--
(mime01 , 1976.
 D e c l a r a r que s e c a r e c e d e p r o p ó s i t o , 2 o f ~ r e c e rcomo jus-
t i f i c a c i ó n d e p r o p ó s i t o a l g u n o que i m p l i q u e una d e s v i a c i ó n de S

l a normalidad d i s c i p l i n a r i a d e l o r d e n c o t i d i a n o es e x p o n e r s e ,
como l o m u e s t r a l a s i g u i e n t e e x p e r i e n c i a d e Molloy, a ser con
- t
v e r t i d o en sospechoso f r e n t e a e s e orden, y en casos, a san-
o
c i o n e s s o c i a l e s más o menos s e r i a s .

t
~ o l l o ~ , B ' c p he a c e a l g u n a s h o r a s s e ha d i c h o "ahora que
sabemos l o que hay que h a c e r pongamos manos a l a o b r a t 9 y
'?está b i e n e s o d e s a b e r d e s d e e l p r i m e r momento d h d e va uno",
p u e s t o que h a b í a d e c i d i d o d i r i g i r s e a c a s a d e s u madre, e n t r a
cansadamente a l a c i u d a d . Avanza con d i f i c u l t a d , apoyado en
s u s m u l e t a s y empujando l a b i c i c l e t a .

"Me l a s i b a a r r e g l a n d o . Habla que poner a t e n c i ó n . A s í

m i b i c i c l e t a y yo franqueamos j u n t c s t a n d i f í c i l ac-
c e s o . P e r o un poco mss a d e l a n t e o í que me i n t e r p e l a -
b a n . Levanté l a c a b e z a y v i a un a g e n t e d e p o l i c í a .
Hablo d e un modo e l í p t i c o , p u e s s ó l o m á s t a r d e , p o r
v í a d e i n d u c c i ó n , o d e d e d u c c i ó n , ya no m e a c u e r d o ,
supe q u i é n e r a . ¿Qué h a c e u s t e d a h í ? , m e p r e g u n t ó .
E s t o y acostumbrado a e s a p r e g u n t a , 13 comprendí e n
s e g u i d a . E s t o y descansando, l e u i j e . Está d e s c a n -
sando, d i j o é l . Estoy descansando, l e d i j e . Y 6 1
g r i t ó : ¿quiere hacer e l favor de responder a n i pre-
g u n t a ? E s t o e s a l g o que me o c u r r e muy f r e c u e n t e m e n t e
cuando e s t o y a c o r r a l a d o , c r e o s i n c e r a m e n t e h a b e r r e s -
pondido a l a s p r e g u n t a s que s e m e hacen y e n r e a l i d a d
no h e d i c h o nada. No voy a r e c o n s t r u i r a q u e l l a con-
v e r s a c i ó n con t o d o s s u s meandros. Ternin6 compren-
d i e n d o que m i nodo d e r e p o s a r , m i a c t i t u d d u r a n t e e l
reposo, a horcajadas sobre m i b i c i c l e t a , e l brazo
sobre e l m a n i l l a r , l a cabeza e n t r e l o s brazos, a t e n -
t a b a y a no r e c u e r d o c o n t r a q u e e l o r d e n , e l pudor.
S e ñ a l é modestamente m i s n u l e t a s y a v e n t u r é a l g u n o s
rumores sol;-e m i enfermedad, que me o b l i g a b a a r e p o -
sar como p o d í a y no como d e b í a . E n t o n c e s c r e í com-
p r e n d e r que no h a b j a d o s l e y e s , una p a r a l o s s a n o s y
o t r a p a r a l o s i n v a l i d o s , s i n o que una s o l a , a l a que
debían someterse r i c o s y pobres, jóvenes y v i e j o s ,
f e l i c e s y desdichados Hablaba b i e n e l hombre".
 ( Camino h a c i a l a c o m i s a r í a , acompañando a l a g e n t e , Molloy
se pregunta):

"Había uno s i q u i e r a c a p a z d e p o n e r s e en m i l u g a r , de
s e n t i r h a s t a qué p u n t o , e n a q u e l momento, yo e r a d i s -
t i n t o de l o que p a r e c í a , y qué poder h a b í a .en m í , qué
amarras t e n s a s a punto de e s t a l l a r ? "
(Después, l u e g o d e l i n t e r r o g a t o r i o y de h a b e r p a s a d o a l -
gunas h o r a s d e t e n i d o , Molloy e s p u e s t o e n l i b e r t a d ) .

<'Lo que e s c i e r t o es que nunca h e ' v u e l t o a d e s c a n s a r d e

a q u e l modo, l o s p i e s obscenamente apoyados en e l s u e l o ,
l o s b r a z o s en e l m a n i l l a r y l a c a b e z a e n t r e l o s b r a z o s ,
abandonada y bamboleante. En e f e c t o , c o n s t i t u í a i n d u -
dablemente un t r i s t e e s p e c t á c u l o , y un t r i s t e ejemplo
p a r a l o s demás c i u d a d a n o s , t a n n e c e s i t a d o s de a l i e n t o
e n s u d u r a t a r e a que s ó l o deben o f r e c é r s e l e s manifes-
t a c i o n e s de f u e r z a , d e a l e g r í a y de c e l e r i d a d , p a r a
e v i t a r que s e desplomen - a l t e r n i n a r l a j o r n a d a y r u c -
den p o r t i e r r a . Bast6 con que me e n s e ñ a r a n qué com-
p o r t a m i e n t o e r a e l bueno p a r a que m e comportara b i e n ,
e n l a medida e n que m i f í s i c o me l o p e r m i t e . ( .. . )
De modo que m i r e p e r t o r i o d e a c t i t u d e s l í c i t a s no ha
.
d e j a d o de e n r i q u e c e r s e d e s d e m i s p r i m e r o s p a s o s h a s t a
m i s Últimos".

En e s t o s p a s a j e s , mejor que en l a s e x p l i c a c i o n e s que l o s

preceden se r e p r e s e n t a e l e s p e c t á c u l o d e l f u n c i o n a m i e n t o d e l
orden c o t i d i a n o .

Una s i t u a c i ó n t r a n s p a r e n t e e inmediatamente i n t e l i g i b l e
que s u r g e a p a r t i r d e una i n t e r p e l a c i ó n p o r e l d e l e g a d o p ú b l i -
co de e s e o r d e n d i r i g i d a a un i n v á l i d o , m a l v e s t i d o , con a p a -
r i e n c i a s d e vago, que se e n c u e n t r a a h í , s i n h a c e r nada, d e s -
cansando obscenamente.
S 1

Una r e l a c i ó n d e comunicación a s i m é t r i c a como .son l a mayo-

.

r í a d e las r e l a c i o n e s c o t i d i a n a s . Alguien que i n t e r p e l a , . -

e x i g i e n d o una r e s p u e s t a , a l q u i e n que c o n t e s t a y cuyas P a l a b r a s
c a r e c e n d e l e g i t i m i d a d i n i c i a l . Alguien, por c o n s i g u i e n t e ,
que se h a l l a en una p o s i c i ó n e x p u e s t a p e r o además subordina-
d a , y que t i e n e que d a r c u e n t a y j u s t i f i c a r s u i n t e n c i ó n y
e l p r o p ó s i t o no v i s i b l e p o r s u auto-envolvimiento.

M o l l a y , t r i s t e e s p e c t á c u l o desde e l punto d e v i s t a d e las

d i s c i p l i n a s c o t i d i a n a s . E s p r o b a b l e que a t o d o s o f r e c i e r a l a
d e b i d a i n a t e n c i ó n c i v i l ; sabemos que s u grado d e a c c e s i b i l i -
dad a l e n c u e n t r o i m p r e v i s t o con e l a g e n t e e r a e l a p r o p i a d o
s i t u a c i o n a l m e n t e . Conocemos también s u r e s p e t o p o r l a e s t r u c -
t u r a de l a s i t u a c i ó n en que e l e n c u e n t r o t r a n s c u r r e . C o n t e s t a
cuando l e corresponde, t r a t a humildemente de j u s t i f i c a r s e ,
m u e s t r a pues s u envolvimiento e n l a s i t u a c i ó n ; luego camina
j u n t o a l a g e n t e y, aún cuando s e n t í a s e r d i s t i n t o de l o que
p a r e c i a , m a n i f e s t a b a s i n embargo s u r e c a t o , s u o b e d i e n c i a .
Todo eso no b a s t a b a . A a l g u n o s , e n e f e c t o , e l orden l e s p i d e
más que a o t r o s , aunque e n a p a r i e n c i a s La l e y s e a i g u a l Para
t o d o s . Molloy t r i s t e ejemplo. Un c u e r p o (ya e s t i g m a t i z a d o
p o r l a i n v a l i d e z , l a s m u l e t a s , l a d i f i c u l t a d p a r a caminar
que se abandona a s í mismo, cuerpo o c i o s o , r e s i s t i é n d o s e a s í
a d a r prueba d e s u f u e r z a , a l e g r í a y c e l e r i d a d segGn e x i g e
l a o r g a n i z a c i ó n d e l t r a b a j o . Un cuerpo e n a c t i t u d i l í c i t a
f r e n t e a l orden, d e s a f i a n t e por l a c a r e n c i a d e p r o p ó s i t o v i -
s i b l e , por s u r e s i s t e n c i a a f u n d i r s e con e l t r a n s c u r s o de l a
normalidad.

Molloy i n f r a c t o r , "ya no r e c u e r d o co'ntra qué, e l o r d e n ,

e l pudorr'.

5. E l p r i n c i p i o d e l a d e f i n i c i ó n de l a s s i t u a c i o n e s .

E l ú l t i m o p r i n c i p i o que Goffman pone e n juego p a r a a x p l i -

car l a o r g a n i z a c i ó n d e l c o t i d i a n o es a q u e l según e l c u a l 4 en
t o d o e n c u e n t r o , l l e g a e l momento en que s e e s t a b l e c e una d e f i -
n i c i ó n compartida d e l a s i t u a c i ó n , que i n c l u y e además un
consenso f u n c i o n a l n e c e s a r i o p a r a e l d e s a r r o l l o d e l e n c u e n t r o
y muchas v e c e s d a l u g a r a una p e c u l i a r a t m ó s f e r a o e t h o s ca-
racterístico del mismo.

A p a r t i r d e e s a a t m f k f e r a , a g r e g a Coffman, s e f o r m a r í a
en l o s p a r t i c i p a n t e s un agudo s e n t i d o d e l a r e s p o n s a b i l i d a d
moral de cada uno r e s p e c t o d e s u s a c t o s , y un s e n t i d o d e l o
que e n comen y complementariamente e l l o s l l e v a n a c a b o como
a c t i t u d propia d e l encuentro.
,
L a nocibn de que c a d a e n c u e n t r o c o n s t i t u y e una e s p e c i e
de c e l e b r a c i 6 n moral d e l orden d e l c o t i d i a n o e s t s en l í n e a
con l o s demás c a r a c t e r e s que Goffman a t r i b u y e a l a o r g a n i z a -
ción s o c i a l de ese cotidiano.

Cada e n c u e n t r o , en e f e c t o , r e s u l t a a s í una i n s t a n c i a
p r i v i l e g i a d a de e x p r e s i 6 n d e l p a c t o s o c i a l f u n d a n t e d e l o r d e n ,
una m a n i f e s t a c i g n de l a comunidad d e s e n t i m i e n t o s que subya-
c e a l a s o l i d a r i d a d c o t i d i a n a , y combina a c a t a m i e n t o a r e g u -
l a c i o n e s morales con e l l i b r e juego d e p r o p ó s i t o s s i t u a d o s d e
los actores.

E l e n c u e n t r o , e n b r e v e , como mecanismo de i n t e g r a c i ó n
social.

Nos i n t e r e s a a q u í d e s t a c a r solamente uno d e l o s a s p e c t o s

d e l montaje i n t e r ~ r e t a t i v ode Goffrnan: a q u e l según e l c u a l
, ,
l o s i n d i v i d u o s l i b r e m e n t e c o n c u r r e n e n l a d e f i n i c i ó n de l a s
situaciones.

Habrá que n o t a r , de e n t r a d a , que e s a fórmula -si se q u i e -

re mantener l a c o h e r e n c i a d e l argumento goffmaniano- s ó l o
puede e n t e n d e r s e como e l a c t o o p r o c e s o i n t e r p e r s o n a l median-
t e e l c u a l l o s p a r t i c i p a n t e s neqocian l a a d a p t a c i ó n d e l en-
cuentro a l o e x i r i d o por l a ocasión. . . . ,,. . :.:>..
. L
 Aún a s í , e l argumento p o s t u l a como - a priori del cotidia-
n o una i g u a l d a d i n t e r a c t i v a d e l o s i n d i v i d u o s , p o r l a c u a l
cada uno p a r t i c i p a r í a con e l mismo poder e n l a d e f i n i c i ó n de
una s i t u a c i ó n .

En l a b a s e de e s a concepción i n t e r a c t i v a d e l o r d e n , don-
de é s t e s e r í a continuamente p r o d u c i d o p o r l o s hombres y muje-
res e n e l p r o c e s o de s u s r e l a c i o n e s s o c i a l e s , y p a r t i c u l a r -
mente a t r a v é s d e l a n e g o c i a c i ó n d e d e f i n i c i o n e s s i t u a c i o n a -
l e s , está e l modelo m e r c a n t i l , como c l a r a m e n t e l o exponen
Berger y L u c h a n :-57/

''En l a v i d a c o t i d i a n a t a l ' n e g o c i a c i ó n ' t e n d e r á a

e s t a r p r e a r r e g l a d a d e una manera t í p i c a , a seme-
j a n z a d e l o que o c u r r e en e l t í p i c o p r o c e s o e n t r e
compradores y vendedores'".

Usando t a l v í a de aproximación a l problema no puede l l e -

g a r s e s i n embargo demasiado l e j o s .

En e f e c t o , e l p r o c e s o de d e f i n i c i ó n d e s i t u a c i o n e s no
p r e c e d e a l o r d e n c o t i d i a n o , y e n t a l s e n t i d o é s t e no puede s e r
e l p r o d u c t o de a q u é l . A l o m á s , s e p o d r á e s t a b l e c e r que a
t r a v é s de e s e p r o c e s o d e n e g o c i a c i ó n s e r e p r o d u c e un d e t e r m i -
nado o r d e n , d e f i n i é n d o s e s i t u a c i o n e s que continuamente ponen
e n movimiento l a s r e l a c i o n e s que l o c o n s t i t u y e n . En o t r a s pa-
l a b r a s , l a s s i t u a c i o n e s que i n d i v i d u o s d e t e r m i n a d o s l l e g a n a
compartir e s t á n predefinidas por l a propia organi zación d e l
c o t i d i a n o , p o r s u s c o n t e n i d o s de o r d e n , s u s e x i g e n c i a s d i s c i -
p l i n a r i a s , s u s r e l a c i o n e s a s i m é t r i c a s , l a s p o s i c i o n e s que l o s
i n d i v i d u o s ocupan y l o s r e c u r s o s m a t e r i a l e s y s i m b 6 l i c o s que
poseen y pueden u s a r b a j o e s a s c i r c u n s t a n c i a s . ..

Molloy y e l a p e n t e d e l a p o l i c í a no d e f i n e n , e n r i g o r ,
nada. La s i t u a c i ó n , e n cambio, e s t a d e f i n i d a p a r a ambos p o r
la re%aci&n necesmia que en*e e l l o s se e s t q b l e c e ,

--/ P.L.Berger v T. Lucknian,The Social Construction of Reality, 1966,

57
Penguin, 1973, pp.45-46.
por l a p o s i c i ó n que c a d a uno ocupa, p o r l a a s i m e t r í a d e e s t a s ,
por e l d i f e r e n c i a l de poder e x i s t e n t e e n t r e ambos, p o r l o s r e -
c u r s o s que c a d a uno puede poner en juego, e t c . Hay p u e s l o
que puede denominarse una d e f i n i c i ó--n de - --- orden d e las s i t u a c i o -
n e s , que también v a l e p a r a l a s i n t e r a c c i o n e s comunj.cativas,
.-
sean estas v e r b a l e s o no.

Molloy t e n d r á que s o m e t e r s e , ''oividándome d e m i madre,

l i b e r a d o d e l a a c c i ó n , f u n d i d o en l a h o r a a j e n a , dicidndome
p a u s a , pausav'. E s e l o t r o q u i e n a q u í , p o r l a d e f i n i c i ó n d e
o r d e n de l a s i t u a c i ó n , c o n t r o l a e l e n c u e n t r o , d e t e r m i n a l o s
t e r m i n o s de l a n e g o c i a c i ó n , e impone su f u e r z a . Lo mismo ocu-
m i r a con c u a l q u i e r e n c u e n t r o o s i t u a c i ó n , y siempre e x i s t i r á
q u i e n e s deban " f u n d i r s e e n l a h o r a a j e n a ' ' .

S i hay p u e s n e g o c i a c i ó n , e l l a o c u r r i r á d e n t r o d e un mar-
c o e s t a b l e c i d o de r e l a c i o n e s de f u e r z a , y e l p r e t e n d i d o i n t e r -
cambio de e q u i v a l e n c i a s e n t r e i g u a l e s t e n d e r 5 p o r l o g e n e r a l
a s e r d e s i g u a l ; l a s d i s c i p l i n a s a s u v e z , según vimos a n t e s ,
s e organizarán precisamente sobre e s a s r e l a c i o n e s d e f u e r z a
o r ~ a n i z a n d ot o d o e l c o t i d i a n o e n t o r n o de s i t u a c i o n e s a s í de-
finidas.

Concluyamos. E l a n á l i s i s d e l o s p r i n c i p i o s que Goffman

pone e n juego p a r a i n t e r p r e t a r l a o r g a n i z a c i ó n s o c i a l d e l co-
t i d i a n o nos ha m o s t r a d o , e n l o f u n d a m e n t a l , un i n t e n t o p o r .
f u n d a r e l o r d e n s o b r e una i n t e g r a c i ó n moral d e l c o t i d i a n o .
Hemos buscado e x p l i c a r , como, en cada c a s o , e s e i n t e n t o r e s - .
ponde a una i l u s i ó n : l a d e que e x i s t i r í a en e l o r d e n d e l co-
t i d i a n o una s u s p e n s i ó n d e l poder y s u s r e c u r s o s , y que p o r
ende t a l o r d e n c o n s t i t u i r í a una s u e r t e de r e i n o d e l a l i b e r -
t a d e j e r c i d a a t r a v é s de i n t e r a c c i o n e s e n t r e i g u a l e s e n con-
formidad con r e g u l a c i o n e s e x p r e s i v a s de una v o l u n t a d g e n e r a l
de o r d e n .
 Hemos formulado, en s e g u i d a , l a c r í t i c a d e e s a i l u s i ó n ,
mostrando l a s b a s e s m a t e r i a l e s d e l orden d e l c o t i d i a n o , e s
d e c i r , l a s d i s c i p l i n a s . Por e s t a v í a hemos procurado r e i n t r o -
d u c i r e l a n a l i s i s d e l poder e n l a e s f e r a d e l a p r á c t i c a c o t i -
d i a n a , con v i s t a s a complementar e l uso de o t r a s c a t e g o r í a s
m á s g e n e r a l e s como pueden s e r l o las d e dominación, r e p r e s i ó n ,
i d e o l o g í a dominante, a p a r a t o s de E s t a d o , hegemonía, e t c .

A p a r t i r d e a q u í pensamos que e s p o s i b l e ahora e s t u d i a r

a l g u n o s de l o s elementos c e n t r a l e s d e l a o r g a n i z a c i ó n d e l co-
t i d i a n o e n una sociedad d i s c i p l i n a r i a .
111. LA SOCIEDAD DISCIPLINARIA Y LA ORGAMIZACION DEL
COTIDIANO.

E l caracter moderno de l o s procedimientos d i s c i p l i n a r i o s .

Las d i s c i p l i n a s como mecanismo d e l poder y como e x p r e s i ó n

c o t i d i a n a d e l orden c o n s t i t u y e n un fen6meno t l p i c a m e n t e moder-
no.- 58/

Por c i e r t o , procedimientos d i s c i p l i n a r i o s e x i s t e n d e s d e
l a r g o tiempo. Basta p e n s a r en l o s conventos medioevales o
en l o s a n t i g u o s e j é r c i t o s , o b i e n e n l o s t a l l e r e s de artesa-
nos y e n l o s o r í g e n e s d e l a e s c o l a r i z a c i Ó n de l a sociedad.

S i n embargo, es r e c i é n a p a r t i r de l o s s i g l o s XVII y
XVIII, conjuntamente con e l d e s a r r o l l o d e l c a p i t a l i s m o , que
l a s d i s c i p l i n a s evolucionan p a r a c o n v e r t i r s e en "unas f6rmu-
las g e n e r a l e s de dominaci6n1' y_ una p e c u l i a r " t e c n o l o g í a p o l í -
t i c a d e l cuerpo", fÓrmulas l a s dos empleadas p o r Foucault.

Procedimientos e s p e c í f i c o s y p o r l o mismo d i s t i n t o s de
o t r o s como pueden s e r a q u e l l o s p r e s e n t e s en l a r e l a c i 6 n d e
e s c l a v i t u d , p u e s t o que no e x i s t e en l a d i s c i p l i n a moderna
a p r o p i a c i s n d i r e c t a d e l cuerpo,como o c u r r e en cambio en aque-
l l a p u e s t o que " e l e s c l a v o es una p a r t e d e l amo, una e s p e c i e
de p a r t e animada separada de su cuerpo" ( A r i s t ó t e l e s ) .

D i s t i n t o s también de l a domesticidad impuesta y o b t e n i -

da p o r e l amo, que es una r e i a c i 6 n de dominación masiva, no
a n a l í t i c a , e s t a b l e c i d a desde un s o l o c e n t r o e n f u n c i 6 n de l a
v o l u n t a d y e l c a p r i c h o de una v o l u n t a d s i n g u l a r .

-
58/ Varias d e l a s i d e a s c e n t r a l e s que s e d e s a r r o l l a n e n esta
p a r t e se encuentran s i s t e m á t i c a m e n t e e l a b o r a d a s por M.
Foucault , C a s t i g a r y V i g i l a r , op. c i t .
D i s t i n t o s i g u a l m e n t e d e l v a s a l l a j e , r e l a c i ó n de s u m i s i ó n que
es, como b i e n l o m u e s t r a S a r t r e a p r o p o s i t o d e s u e s t u d i o so- S

b r e F l a u b e r t , una forma d e " a i i e n a c i 6 n r a d i c a l de un hombre

en o t r o hombre, que c o n v i e r t e l a e s e n c i a de n u e s t r a e s p e c i e r

en c a d a uno en un s e r - o t r o y nos m u e s t r a n u e s t r a c o n d i c i ó n 9

com'un como d e s p r e c i a b l e en n o s o t r o s y a n u e s t r o s p r o p i o s o j o s ,
59/
p e r o a d o r a b l e en e l e x t r a ñ o '.--

Una s u m i s i ó n en b r e v e , que se e x p r e s a menos p o r e l t r a -

b a j o y l a o b e d i e n c i a que p o r l a d e v o c i ó n y l o s r i t o s d e b i d o s
por e l v a s a l l o a s u señor.

E l momento h i s t ó r i c o d e l s u r g i m i e n t o ?e l a s d i s c i p l i n a s
60/
modernas, como l o e x p r e s a F o u c a u l t ,--
C
1

"es e l momento en que p a c e un a r t e d e l c u e r p o humano

que no t i e n d e finicamente a l aumento de s u s h a b i l i d a -
4
d e s , n i tampoco a h a c e r m a s p e s a d a s u s u j e c i 6 n , s i n o
a l a formaci6n de un v í n c u l o q u e , en e l mismo meca-
nismo, l o hace t a n t o m a s o b e d i e n t e c u a n t o m a s Útil,
y a l revés. Fórmase e n t o n c e s una p o l í t i c a de l a s
c o e r c i o n e s que c o n s t i t u y e n un t r a b ~ j os o b r e e l c u e r p o ,
una m a n i p u l a c i ó n c a l c u l a d a d e s u s e l e m e n t o s , de s u s
g e s t o s , de s u s comportamientos. E l c u e r p o humano
e n t r a e n una mecánica d e poder que l o e x p l o r a , l o de-
s a r t i c u l a y l o recompone. Una "anatomía p o l f t i c a " ,
que e s i g u a l m e n t e una "rnec5nica d e l p o d e r " , e s t á na-
c i e n d o ; d e f i n e cómo s e puede h a c e r p r e s a e n e l c u e r p o e

d e l o s demás, no simplemente p a r a que e l l o s hagan l o

que s e d e s e a , s i n o p a r a que o p e r e n como s e q u i e r e ,
con l a s t é c n i c a s , s e g e n l a r a p i d e z y l a e f i c a c i a que
s e determine' l . ,
8

, .
-
59/ J. P. S a r t r e , E l I d i o t a d e l a F a m i l i a , Gustave F l a u b e r t
d e s d e 1821 a 1857; 1 9 7 2 , Tiempo Contemporáneo, 1 9 7 5 ,

-
60/ M. F o u c a u l t , idem a n t . , p. 1 4 1 .
 He a h 5 , resumidamente e x p u e s t o s , l o s c a r a c t e r e s 'comunes
a t o d o s l o s p r o c e d i m i e n t o s d i s c i p l i n a r i o s modernos.

Operación d i r e c t a y m a t e r i a l s o b r e l o s c u e r p o s e n s u
a c t i v i d a d ; p o r l o t a n t o , no una f u n c i ó n ideológica que venga
a i n t e r p e l a r a l o s s u j e t o s en c u a n t o t a l e s p a r a s o m e t e r l o s
mediante e l funcionamiento d e l o s c o r r e s p o n d i e n t e s a p a r a t o s
de ~ s t a d o , qa t r a v é s de l o s p r o c e s o s dominantes d e l a so-
cialización.

OperaciSn a n a l í t i c a y no masiva que s e s i t ú a p o r c o n s i -

g u i e n t e e n e l n i v e l m o l e c u l a r d e l a v i d a s o c i a l : procedimien-
t o s que a c t ú a n s o b r e e l i n d i v i d u o y no s o b r e l a s o c i e d a d , l a s
clases o grupos s o c i a l e s : n o s o b r e l a conducta g e n e r a l i z a d a
de a q u é l s i n o s o b r e l o s elementos d e ésta con e l fin d e o r -
g a n i z a r l o s e n comportamientos determinados.

Operación que o r p a n i z a según l a d o b l e e x i g e n c i a d e l a p r o -

vechamiento d e l a f u e r z a i n d i v i d u a l como f u e r z a d e t r a b a j o y
d e s u i n s e r c i ó n e n un campo p o l í t i c o p a r a p r o d u c i r o u t p u t s
de o b e d i e n c i a . Las d i s c i p l i n a s son, desde e s t e punto de v i s -
ta, p r o c e d i m i e n t o s d e poder y un componente i n s e p a r a b l e de
las r e l a c i o n e s d e producción.

Operación, en f i n , de c o a c c i o n e s e s p e c í f i c a s y c i r c u n s -
c r i t a s que r e p r e s e n t a una m o v i l i z a c i ó n minuciosa d e l poder,
una m o v i l i z a c i ó n c o n s t a n t e , económica, m u l t i f o r m e y descen-
t r a l i z a d a d e l poder en un &ampo d e f u e r z a s a t r a v e s a d o d e par-
t e a p a r t e p o r una r e d d e enfrentarnientos l o c a l e s .

E l s u r g i m i e n t o d e l a s d i s c i p l i n a s modernas y l o s carac-
t e r e s de é s t a s han s i d o e s t u d i a d o s , s i p u i e n d o e l c u r s o de l a

-
61/ Véase s o b r e é s t o m i Hermenéutica d e l Orden
PP. 51-65.
-9 op.cit.,
formación de l a c a t e n o r í a ' s o c i a l de l a n i ñ e z , po?? Ariés, en
p a r t i c u l a r con r e f e r e n c i a a l a f a m i l i a y l a e s c u e l a y , e n
g e n e r a l , a l a r e l a c i ó n e n t r e l o s menores y e l mundo de l o s
~ d u l t o s ,sea en e l t r a b a j o , 1.0s j u e g o s o la p o l ' l t i c a . Usa-
remos p u e s a e s t e a u t o r p a r a i l u s t r a r a l a u n o s a s p e c t o s d e l
n a c i m i e n t o y l a f u n c i ó n de l o s p r o c ~ d i m i e n t o sd i s c i p l i n a r i o s .

L a s d i s c i p l i n a s , i n d i c a A r i é s , i r r u m p i e r o n e n e l campo
de l a e d u c a c i ó n como un v e c t o r moderno d e s t i n a d o a r e o r g a -
n i z a r las t r a d i c i o n a l e s costumbres d e c a m s r a d e r i a , e s p o n t a -
n e i d a d , v a g a n c i a y a u t o - g o b i e r n a de l o s e s t u d i a n t e s , t r a d i -
c k n e s d e l a s que e x i s t e n d i v e r s o s t e s t i m o n i o s . Luego d e
s e g u i r s u t r a z a d o d e s d e un p u n t o de o r i g e n m o n á s t i c o , e l a u -
t o r c o n c l u y e que l a s d i s c i p l i n a s m a n i f e s t a r o n t o d a una concep-
c i ó n - d e l mundo d i v e r s a de a q u é l l a que predomin6 d u r a n t e l a
Edad Media: 'luna a c t i t u d t é c n i c a , t e c n o c r á t i c a , un e s p í r i t u
c a r t e s i a n o , una p a s i ó n p o r e l o r d e n , l a r e g u l a r i d a d , l a cla-
s i f icaci6n, l a jerarquía v la organizaciónsc .-
62 1

P a r a l e l a m e n t e , l a s d i s c i p l i n a s e s t a b l e c e n p o r p r i m e r a vez
un nexo o r g á n i c o e n t r e pedagogía y v i g i l a n c i a . La m i r a d a d i -s
c i p l i n a r i a s e i n s t a u r a as? e n medio de l a e s c u e l a y en sus a l -
r e d e d o r e s , a r t i c u l á n d o s e un s i s t e m a de m o ~ i t o r e od e l o s com-
p o r t a m i e n t o s e s p e c i a l m e n t e n e c e s a r i o una vez que l a e s c u e l a
i n i c i a b a s u m a s i f i c a c i h y que e l c o n t r o l de l o s conglomera-
d o s e s t a b l e s se. h a c í a p o r l o mismo m 6 s d i f í c i l .

C o n s i d é r e s e , a manera ' d e e j emplo, l a s i g u i e n t e guía o f r e -

c i d a p o r J . B . de l a S a l l e p a r a l a s ' e s c u e l a s c r i s t i a n a s a co-
63/
mienzos d e l s i g l o X V I I 1 : -

-
62/ P . A r i é s , ~ e n t u r i e sof Childhood,
p.242.
-- 1960, Penguin, 1973,

6 3 / C i t . p o r P.AriSs, o-
- p . --c i t . , p . 2 4 6 .
 "Como e l m a e s t r o no puede v e r l o que o c u r r e f u e r a d e
l a e s c u e l a , e n l a c a l l e , e l Hermano D i r e c t o r ordena-
r 5 a a l g u n o s alumnos que o b s e r v e n l o que o c u r r e e n
las c a l l e s circundantes, especialmente a q u é l l a s en
que haya un g r a n n h e r o ' d e e s t u d i a n t e s , y que i n f o r -
men s o b r e l o que h u b i e r e n o b s e r v a d o . S i n embargo,
l o s alumnos d e s i g n a d o s o b s e r v a r á n s i n comentar ,.y
s e r & c a s t i g a d o s o s e l e s encomendará h a c e r a l g u n
acta d e p e n i t e n c i a s i h a b l a r e n " .

Además ,PO?-3Zan e x i s t i r s u p e r v i s o r e s , que e r a n l o s e n c a r -

gados d e c o n t r o l a r a l o s o b s e r v a d o r e s y d e i n f o r m a r a l maes-
t r o . D i r á Foucault : " v i g i l a n t e s perpetuamente vigilados".

Lo que m u e s t r a e s t e e j e m p l o es una mecánica d e o p e r a c i 6 n

d e l p o d e r , un poder que s e d e s - c e n t r a y d i s t r i b u y e p a r a v o l -
v e r s e m a s e f i c a z , que no s ó l o s e e x t i e n d e y d i v e r s i f i c a a l o
l a r g o d e un e j e v e r t i c a l s i n o que t a m b i é n horizc-:'lmente,
c r e a n d o puntos v a r i a d o s de apoyo y a s í una r e d de p o s i c i o n e s
m ú l t i p l e s de c o n t r o l . Hay p u e s a q u í l o que p o d r í a l l a m a r s e
una c r e c i e n t e - d i v i-
sión técnica d -e-l trabajo d - e. c o n t r o l , fenÓ-
meno íntimamente l i g a d o a l s u r g i m i e n t o d e l a s modernas d i s c i -
plinas.

En c o n c o r d a n c i a con e s t o Ultimo e s t á l a e s t r u c t u r a c i ó n
d e l orden c o t i d i a n o según r e l a c i o n e s microsc6picas d e f u e r z a ,
no n e c e s a r i a n i primeramente violencia m a t e r i a l , s i n o que f u e r -
za d e b i d a a l a p o s i c i ó n de cada c u a l en ese o r d e n , a l c o n t r o l ,
como d i j i m o s a n t e s , de r e c u r s o s m a t e r i a l e s y simbÓlicos d e
poder. Las j e r a r q u í a s así e n t e n d i d a s pasan a s e r " l a columna
v e r t e b r a l d e l todo" (Moscovici) y las d i s c i p l i n a s que a c t ú a n
a t r a v é s d e e l l a s las r e c r e a n continuamente. C u a l q u i e r a f u e r -
z a c o n t r a r i a que rompe esa columna y d e s a j u s t a l a i n t r i n c a d a
r e d d e r e l a c i o n e s que s o b r e e l l a s e a p o y a , d e s b a r a t a las d i s -
c i p l i n a s y con e l l o "rompe e l t o d o " :
 " i Qué p l a g a s y q-u6 p r o d i g i o s e n t o n c z s , qué a n a r q u í a s ,
qué c 6 l e r a s d e l mar, que t e m b l o r e s de t i e r r a , qué
conmociones de l o s v i e n t o s o Fen6menos t e r r i b l e s ,
cambios, h o r r o r e s , t r a n s t o r n a n y d e s t r o z a n , h i e n d e n
y d e s a r r a i g a n completamente d e s u p o s i c i 6 n f i j a l a
unidad y l a calma h a b i t u a l de lcs e s t a d o s . iOhP
Una empresa padece b a s t a n t e cuando s e q u e b r a n t a l a
j e r a r q u í a , e s c a l a de t o d o s l o s g r a n d e s d e s i g n i o s .
¿Por qué o t r o medio s i n o p o r l a j e r a r q u í a , l a s so-
ciedades, la autoridad en l a s escuelas, l a asociación
en l a s c i u d a d e s , e l comercio t r a n q u i l o e n t r e l a s
o r i l l a s separadas, l o s derechos de primogenitura y
d e n a c i m i e n t o , l a s p r e r r o g a t i v a s de l a e d a d , d e l a
c o r o n a , d e l c e t r o , d e l l a u r e l , p o d r í a n debidamente
existir?'" - 64/

Con l a s d i s c i p l i n a s modernas se a r r a i g a a s ? una nueva

c o n c e p c i ó n d e l o r d e n y é s t e se p r o t e g e r á en a d e l a n t e con pro-
c e d i m i e n t o s renovados. En e f e c t o , c o n j u n t a m e n t e con l a s d i s -
c i p l i n a s también l a p e n a l i z a c i ó n d e l a s i n f r a c c i o n e s e v o l u -
c i o n a . E l c a s t i g o c o r p o r a l v i o l e n t o y p ú b l i c o s e "humaniza"
y r e t i r a d e l a s p l a z a s p r i m e r o , y l u e g o e s s u s t i t u í d o en p a r -
t e y p r o g r e s i v a m e n t e por un s i s t e m a d e s a n c i o n e s m ú l t i p l e s y
mucho m a s s u t i l e s : "Con l a p a l a b r a c a s t i g o , d i c e J . B . d e l a
Salle - 6 5 / , debe comprenderse t o d o l o que es capaz de h a c e r
s e n t i r a l o s n i ñ o s l a f a l t a que han comet :do, t o d o l o que es
.
capaz de h u m i l l a r l o s , de c a u s a r l e s c o n f u s i ó n : . . c i e r t a f r i a l -
d a d , c i e r t a i n d i f e r e n c i a , una p r e g u n t a , una h u m i l l a c i ó n , una
d e s t i t u c i ó n d e puesto".

L a e x t e n s i ó n y d i v e r s i f i c a c i ó n d e l c a s t i g o i m p l i c a un
movimiento s i m u l t á n e o en e l p l a n o d e l o s a c t o s punib1e.s. To-
d a d e s v i a c i ó n d e l c o n t r o l d e t a l l a d o que s e e j e r c e s o b r e l o s
c o m ~ o r t a m i e n t o ss e t o r n a r á a h o r a en o b j e t o d e s a n c i ó n : l o que

-
64/ W. S h a k e s p e a r e , T r o i l o y C r e s s i d a , I , 3 c i t . p o r S .Moscovici,
S o ~ i e d a dc o n t r a N a t u r a , 1972, s í g l o XXI, 1975, p.281.
-
6 5 / J.B. de l a S a l l e , Conduite d e s E c o l e s C h r e t i e n n e s , l 8 2 8 ,
c i t . p o r N. F o u c a u l t , C a s t i g a r y \ J i g i l a r , o p . c i t . , p. 183.
pone' en - a c c i ó n e l c o n t r o l d i s c i p l i n a r i o e s p u e s e l g e s t o m-
conforme, l a a c t i t u d i n d e t e r m i n a d a , e l movimiento i n e f i c a z ,
e l comportamiento d e s o r g a n i z a d o .

En suma, con l o s p r o c e d i m i e n t o s d i s c i p l i n a r i o s modernos

a p a r e c e una nueva t é c n i c a d e l p o d e r , a l mismo tiempo que un
nuevo modo d e p r o d u c c i ó n d e l o r d e n .

SobPe e l carácter de l a s d i s c i p l i n a s en l a t r a d i c i ó n de
l a s o c i o l o g í a . (Weber y Durkheim, un b r e v e c o m e n t a r i o ) .

L a d o b l e i n t e n c i o n a l i d a d o f u n c i ó n de l o s p r o c e d i m i e n t o s
d i s c i p l i n a r i o s modernos -comportamientos Ú t i l e s p a r a l o s f i n e s
de la economía y comportamientos d e s u j e c i ó n a l o s f i n e s d e l
poder- ha s i d o e s t u d i a d a , b a j o d i v e r s a s Ó p t i c a s y d e n t r o d e
esquemas c o n c e p t u a l e s p r o p i o s , p o r Weber y Durkheim, r e s p e c -
tivamente .

Según l a conocida t e s i s weberi-ana - 6 6 / e x i s t e por d e t r á s

d e l a emergencia d e l c a p i t a l i s m o u n c i e r t o L 3 s p j r i t u o e t h o s
que s e resume y e x p r e s a b á s i c a m e n t e en l o que é l l l a m a una
a s c é t i c a r a c i o n a l , cuyo o r i g e n s e e n c o n t r a r l a en l a S t i c a pu-
ritana. Lo d e c i s i v o , s e ñ a l a Weher, e s q u e e s a ét<ca s e mani-
f i e s t a en c o n d u c t a s p r á c t i c a s d e e f e c t o económico, p r e c i s a -
mente a t r a v é s d e e s a a s c é t i c a que r e g u l a l o s comportamientos
premiando a l g u n o s y sancionando n e g a t i v a m e n t e o t r o s que apa-
r e c e n como d e s v i a d o s d e s d e e l p u n t o d e v i s t a d e s u i n s e r c i ó n
en e l p r o c e s o d e p r o d u c c i ó n c a p i t a l i s t a . En b r e v e , e l a u t o r
s e r e f i e r e a l o que denomina una r- a- -
c i o n a l i z a c i ó n m e t ó d i c a de
las c o n d u c t a s q u e , e n s u s e f e c t o s , s e - t r a d u c e e n l o s mismos
7

perseguidos por l o s procedimientos d i s c i p l i n a r i o s . I l u s t r e -

mos e l argumento con a l g u n o s e j e m p l o s .

-
66/ t f Capitalism
M.Weber, The P r o t e s t a n t E t h-i-c and t h e S ~ i r i o
Unwin, 1 9 7 0
 La a s c é t i c a r a c i o n a l , según l a e s t u d i a Weber, es p r i m e r o
que n a d a una o r g a n i z a c i ó n d e l tiempo y , p o r e s t a v l a , una j u s -
t i f i c a c i ó n p a r a e l m a s e f i c i e n t e uso de las f u e r z a s d e l c u e r -
po como f u e r z a de t r a b a j o . Desde e l p u n t o de v i s t a d e l a é t i -
ca s u b y a c e n t e , " d e s p e r d i c i a r e l tiempo es e l p r i m e r y e n p r i n -
c i p i o m á s g r a v e de l o s pecados. L a d u r a c i ó n d e l a v i d a huma-
n a e s i n f i n i t a m e n t e b r e v e y p r e c i o s a ( . . . ) P e r d e r e l tiempo
a t r a v é s d e l a m e r a convivialidad, l a conversación i n f i t i l , l a
o s t e n t a c i ó n , más sueño que e l n e c e s a r i o p - a r a p r e s e r v a r l a sa-

lud es d i g n o d e una condenación moral a b s o l u t a " - .

67 /

También l a s d i s c i p l i n a s son una o r g a n i z a c i ó n d e l tiempo; "má-

q u i n a s , d i c e F o u c a u l t , p a r a sumar y c a p i t a l i z a r e l tiempo".

L a a s c é t i c a r a c i o n a l , e n s e g u i d a , exige t r a b a j o a r d u o y
c o n t i n u o , e s d e c i r , e l aprovec,hamiento máximo de l a s f u e r z a s -
d e l c u e r p o . Los motivos é t i c o s d e e s t a e x i g e n c i a l o s u b i c a
Weber e n dos p l a n o s c o n v e r g e n t e s , ambos d e l mayor i n t e r é s
d i s c i p l i n a r i o . Por un l a d o , e l t r a b a j o e s concebido p o r sí
mismo como una t é c n i c a a s c é t i c a - por e l o t r o , s e r e c u r r e a
é l como p r o t e c c i ó n c o n t r a t o d a s a q u e l l a s t e n t a c i o n e s que e1
p u r i t a n i s m o resumió b a j o . e l nombre de - unclean-life.

Consecuentemente, e s a a s c é t i c a c o l o c a t o d o e l peso de s u s
s a n c i o n e s - en l o s comportamientos económicamente i n f i t i i e s :
"goce. e s p o n t á n e o d e l a v i d a y de t o d o l o que é s t a o f r e c e " .
A l i g u a l que &os p r o c e d i m i e n t o s d i s c i p l i n a r i o s , l a 6 t i c a pu-
r i t a n a r e c h a z a pues e l goce g r a t u i t o d e l c u e r p o , l a d i l a p i d a -
c i ó n i m p r o d u c t i v a de s u s f u e r z a s . I n c l u s o e l d e p o r t e , d i r á
Weber, d e b í a s e r v i r e n l a v i s i 6 n p u r i t a n a de l a v i d a un "pro-
p ó s i t o r a c i ~ n a l : e l d e l a r e c r e a c i ó n r e q u e r i d a p o r l a efica-
cia - f í s i c a d e l c u e r p o . Como medio de e x n r e s i ó n d e impulsos
e s p o n t á n e o s e i n d i s c i p l i n a d o s e s t a b a ( e n cambio) b a j o s o s p e c h a ;

-
67/ I b i d pp.157-58.
y e n t a n t o se l e t r a n s f o r r a b a en mero i n s t r u m e n t o d e goce, o
d e e j e r c i c i o puramente i n s t i n t i v o . o p a r a e l i r r a c i o n a l i n t e -
r é s d e j u p a r , e r a p o r c i e r t o e s t r i c t a m e n t e condenado'' 68/ .-
D e l o que s e t r a t a , e n t o n c e s , es d e l a p r o d u c c i ó n d e
cuerpos ú t i l e s .

Brevemente, l a r a c i o n a l i z a c i ó n metódica de l a s c o n d u c t a s
con e f e c t o económico que Weber e s t u d i a como p a r t e d e l s u r g i -
m i e n t o d e l c a p i t a l i s m o , p r o c e s o o r i e n t a d o r e l i g i o s a m e n t e y me-
d i a d o p o r una p e c u l i a r a s c é t i c a , puede e s t u d i a r s e t a m b i é n co-
mo p a r t e e n e l movimiento p o r e l c u a l un c o n j u n t o d e d i s c i p l i -
nas c o r p o r a t i v a s -sean monásticas , m i l i t a r e s , e s c o l a r e s , e t c . -
s e t r a n s f o r m a n e n un c u e r n o d e roced di mi en tos d i s c i p l i n a r i o s
modernos, p r o c e s o é s t e o r i e n t a d o p o r l a s p r o p i a s e x i g e n c i a s
d e l c a p i t a l i s m o emergente y mediado p o r una ~ e c u l i a rmecánica
d e l poder.

Durkheim, en a l g u n o s e s c r i t o s s o b r e l a e d u c a c i ó n ,-
69/ for-
mula con mucha c l a r i d a d l a f u n c i ó n p o l í t i c a d e las d i s c i p l i n a s ;
s u o p e r a c i ó n como una f u e r z a e s e n c i a l d e l o r d e n .

"La d i s c i p l i n a , e s c r i b e , r e g u l a r i z a l a c o n d u c t a . I m p l i -
ca una conducta r e p e t i t i v a b a j o c o n d i c i o n e s d e t e r m i n a d a s .
P e r o l a d i s c i p l i n a no emerge s i n a u t o r i d a d -una a u t o r i d a d que

L a r e g u l a r i d a d , l o hemos v i s t o , es una e x i g e n c i a e s e n c i a l
d e l o r d e n c o t i d i a n o , y uno d e l o s p r o d u c t o s r e s u l t a n t e s d e l a

-
68/ I b i d p.167.
-
69/ E. Durkheim, Moral E d u c a t i o n , The F r e e R e s s , 1961.
-
70/ I b i d . 0.31.
 De o t r o l a d o , l a s d i s c i p l i n a s se vea r e f o r z a d a s p o r cuan-
t o p a s a n a I d e n t i f i c a r s e inmediatamente con e l o r d e n , s i n me-
d i a c i ó n p o r l o t a n t o d e una l u c h a e n t o r n o a c o n t e n i d o s a l t e r -
n a t i v o s de o r d e n , l u c h a d e hegemonías q u e , c o t i d i a n a m e n t e , se
e x p r e s a como t e n s i ó n y d i s f u n c i h de l a s d i s c i p l i n a s y , p o r
e n d e , como una p o s i b i l i d a d de l o s i n d i v i d u o s y grupos p a r a
p r o d u c i r d e s p l a z a m i e n t o s , r e c h a z o s , a l t e r a c i o ~ u s ,f u s i o n e s y
cambios d e n t r o de l a s r e l a c i o n e s d e poder a - t r a v é s d e l a s cua-
l e s t a l e s d i s c i p l i n a s operan.

Hay r e p r e s i ó n d i s c i p l i n a r i a , e n t o n c e s , a l l í donde concu-

r r e n e s o s d o s p r o c e s o s que s e combinan y p o t e n c i a s mutuamen-
t e , a l a v e z que generan problemas e s p e c í f i c a s que l a s o c i e d a d
d i s c i p l i n a r i a buscará solucionar.

Observemos más de c e r c a c a d a uno de e s o s p r o c e s o s .

E l p r i m e r o f u e enunciado como p e n e t r a c i ó n , p o r e l E s t a -
d o , de l a s d i s c i p l i n a s . r

La p r o l i f e r a c i ó n de l o s c o n t r o l e s t d n i n i s t r a t i v o s d i r e c -
tos o d e l e g a d o s que s e o b s e r v a o c u r r i r en t o d o s l o s campos
de l a v i d a c o t i d i a n a , sea e n l o s a p a r a t o s ¿e p r o d u c c i ó n , l a s
comunidades l o c a l e s , l u g a r e s p ú b l i c o s , e l s i s t e m a e d u c a c i o -
- n a l , e t c . ; e l i n c r e m e n t o en e x t e n s i ó n y p r o f u n d i d a d d e l a s
f u n c i o n e s de v i g i l a n c i a , información y s e g u r i d a d : e l f o r t a l e -
-
cimiento por todas p a r t e s de las posiciones de autoridad, las
- c u a l e s se v u e l v e n p o r d o q u i e r i n c o n t r z m e s t a h l e s , r e s p o n s a b l e s
s o l a m e n t e a l i n t e r i o r d e l a r e s p e c t i v a cadena de j e r a r q u i a s ;
--
l a h i g i e n i z a c i ó n y d e p u r a c i ó n d e l o s e s p a c i o s e n que las d i s -
c i p l i n a s h a b i t u a l m e n t e o p e r a n , d e manera d e o t o i g a r l e s ámbi-
-' t o s a s c é p t i c o s , e s t e r i l i z a d o s , l i m p i o s , no e n t u r b i a d o s p o r
l o t a n t o p o r l a c o n f u s i ó n de p o s i c i o n e s y l í m i t e s , - p o r l a c i r -
c u l a c i ó n d i f u s a , l a c o n t a m i n a c i ó n amenazante; e l c o n s t r e ñ i -
miento d e l a comunicación p ú b l i c a y con e l l o l a d i s m i n u c i ó n
 d e l *'ruidow.e n l o s c a n a l e s d e t r a n s m i s i ó n , de l a s a f i r k a c i o n e s
c o n t r a d i c t o r i a s , d e l a s p r o p o s i c i o n e s ambiguas, de l a s r e v e -
l a c i o n e s " p e l i g r o s a s " , d e las preguntas y r e f u t a c i o n e s a las
.
' r e s p u e s t a s , e t c , son t o d o s e l l o s fenómenos i n d i c a t i v o s de
e s a i n v a s i ó n p o r e l E s t a d o , a t r a v 6 s de l a s m á s . - ' - d a s f o r -
m a s , d e l a s d i s c i p l i n a s que o r g a n i z a n e l c o t i d i a n o .

Las d i s c i p l i n a s se v u e l v e n así una p r o l o n g a c i ó n d e l Es-

t a d o y d e s u s a p a r a t o s . Con e l l o ganan e n f u e r z a l o que pue-
dan p e r d e r e n automatismo. Pues s i e l temor no e s un produc-
t o d e l a s d i s c i p l i n a s , l o puede s e r , e n cambio, de l a r e p r e -
sión disciplinaria.

2 Con e s t o , i n s i s t i m o s , l a s d i s c i p l i n a s no son d e s a r r a i -

- gadas d e l c o t i d i a n o n i s e i n s t i t u c i o n a l i z a n . Permanecen s i e n -
do l o s p r o c e d i m i e n t o s microscÓpicos d e l poder que s o n , s 6 l o
que a h o r a e l E s t a d o s e h a c e p r e s e n t e , con s u s medios pecu-
l i a r e s y p r o p i o s d e f u e r z a , en l a f u e r z a que l a s d i s c i p l i n a s
e j e r c e n , r e d o b l á n d o l a . O b i e n -a t r a v é s d e l d i s e ñ o d e con-
j u n t o d e l a s o c i e d a d d i s c i p l i n a r i a - e l Estado c r e a unas con-
diciones m á s p r o p i c i a s p a r a e l funcionamiento de las d i s -
c i p l i n a s , que e s l o que o c u m e con l a i d e n t i f i c a c i ó n e n t r e
orden y d i s c i p l i n a s .

A s í , e n e f e c t o , f u e enunciado e l segundo p r o c e s o que l l e -

v a a l e s t a b l e c i m i e n t o de l a r e p r e s i ó n disciplinaria.

La sociedad d i s c i p l i n a r i a , d i j i m o s , funda e l orden i n -

mediatamente e n l a s d i s c i p l i n a s - suprime t o d a s l a s mediacio-
n e s y p r o c e s o s c o n e c t i v o s que pueden e x i s t i r e n t r e éstas y
un consenso de o r d e n p u e s t o que t a l o r d e n , como c o n s e n s o ,
ya no e x i s t e .

L a s c l a s e s p o l í t i c a m e n t e dominantes t i e n e n e e n e s t a s c i r -
c u n s t a n c i a s s ó l o un r e c u r s o de orden: l a f u e r z a . F u e r ~ ad e l
Estado a u t o r i t a r i o , Fuerza de l o s procec-imientos d i s c i p l i -
narios.

En e l t i p o d e E s t a d o d e m o c r á t i c o - l i b e r a l l a s d i s c i p l i -
n a s s i e m p r e s e i n t r o d u c e n e n e l c o t i d i a n o d e una manera m á s
o menos c o n f l i c t i v a , más o menos c o n d i c i o n a d a p o r l a l u c h a
p o l í t i c a de hegemonías. Las d i s c i p l i n a s f u n c i o n a n p o r cier-
t o , y cumplen con s u d o b l e i n t e n c i o n a l i d a d : p e r o permanecen
s u j e t a s a r e f u t a c i o n e s p r á c t i c a s . A s í , podrá o b s e r v a r s e como
a q u í y a l l á , con i n t e n s i d a d e s v a r i a b l e s , l a s d i s c i p l i n a s d e l
t r a b a j o s o n i n t e r r u m p i d a s y c o n t i n u a m e n t e r e a j u s t a d a s en l o s
a p a r a t o s d e p r o d u c c i ó n : y l o mismo o c u r r e e n e l s i s t e m a edu-
cacional, e n las grandes organizaciones b u r o c r á t i c a s , a l i n -
t e r i o r de l a s v a r i a d a s r e l a c i o n e s d e comunicación, con l o s .-
comportamientos en l u g a r e s p ú b l i c o s , y a s í p o r d e l a n t e .

Esas r e s i s t e n c i a s c o n s t i t u y e n , e n e f e c t o ,

" e l o t r o t é m i n o e n l a s r e l a c i o n e s de p o d e r ; en e l l a s
se i n s c r i b e n como e l i r r e d u c i b l e e l e m e n t o e n f r e n t a -
d o r . L a s r e s i s t e n c i a s tambign, p l - e s , 5 s t á n d i s t r i -
b u i d a s d e manera i r r e g u l a r - 10s unto., l o s nudos,
l o s f o c o s de r e s i s t e n c i a s e h a l l a n diseminados con
más o menos d e n s i d a d e n e l t i e m p o y e n e l e s p a c i o ,
l l e v a n d o a l o a l t o a v e c e s g r u p o s o i n d i v i d u o s de
manera d e f i n i t i v a , encendiendo a l g u n o s p u n t o s d e l
c u e r p o , c i e r t o s momentos de l a v i d a , d e t e r m i n a d o s
t i p o s de comportam.iento . ¿Grandes r u p t u r a s r a d i c a l e s ,
p a r t i c i o n e s b i n a r i a s y masivas? A veces. Pero más
.Frecuentemente nos e n f r e n t a m o s a p u n t o s d e r e s i s t e n -
c i a m 6 v i l e s y t r a n s i t o r i o s , que int-aducen en una
s o c i e d a d l í n e a s d i v i s o r l a s que s e d e s p l a z a n rompien-
do u n i d a d e s y s u s c i t a n d o r e a g r u p a m i e n t o s , a b r i e n d o
surcos e n e l i n t e r i o r de l o s propios individuos,
c o r t á n d o l o s en t r o z o s y r e m o d e l á n d o l o s , t r a z a n d o e n
e l l o s , en s u cuerpo y su a l m a , regiones i r r e d u c i b l e s .
A s í como l a r e d d e l a s r e l a c i o n e s de poder c o n c l u y e
p o r c o n s t r u i r un e s p e s o t e j i d o que a t r a v i e s a l o s apa-
r a t o s y l a s i n s t i t u c i o n e s s i n l o c a l i z a r s e exactamen-
t e en e l l o s , a s í t a n b i e n l a f o r m a c i j n d e l enjambre d e
l o s p u n t o s de r e s i s t e n c i a s u r c a l a s e s t r a t i f i c a c i o n e s
s o c i a l e s y l a s u n i d a d e s i n d i v i d u a l e s . Y e s s i n duda
l a c o d i f i c a c i ó n e s t r a t g g i c a de esos p u n t o s de
 r e s i s t e n c i a l o que t o r n a p o s i b l e ma r e v o l u c i ó n , un
poco como e l E s t a d o r e p o s a en l a i n t e g r a c i 6 n i n s t i -
t u c i o n a l de l a s r e l a c i o n e s d e poder". - 77/

En un o r d e n de hegemonias c o n f l i c t i v a s , en suma, l o s
micropoderes a t r a v s s de l o s c u a l e s o p e r a n l a s d i s c i p l i n a s
no s e e n c u e n t r a n inmunizadosg l a s p o s i c i o n e s s o c i a l e s son
menos e s t a b l e s , l a j e r a r q u í a c o t i d i a n a no c u e n t a con un r e s -
p a l d o i n m e d i a t o d e l poder c e n t r a l , l a s r e l a c i o n e s s o n mbs
f l u i d a s y c o n f u s a s , l o s l í m i t e s menos f u e r t e s , l a s c l a s i f i -
c a c i o n e s t i e n d e n a s e r d é b i l e s y permeables, l a v i g i l a n c i a
no puede s e r compulsiva y l o s i n d i v i d u o s , l o s g r u p o s y l a s
clases s o c i a l e s s e conjugan continuamente y s e p a r a n , f r a c c i o -
nan y e s c i n d e n buscando y a b i e n mantener o t r a n s f o r m a r e l con-
c e n s o de o r d e n predominante.

E l E s t a d o d e t i p o a u t o r i t a r i o no e s , s i n embargo, e x p r e -
s i ó n hegemónica d e un b l o q u e s o c i a l capaz de c o n d u c i r a l a
s o c i e d a d , y d e d o t a r l a de un consenso de o r d e n . E s e l pro-
d u c t o , e n c o n d i c i o n e s h i s t ó r i c a s d e t e r m i n a d a s , d e una domina-
c i ó n q u e se c o n s t i t u y e y e x p r e s a p o r l a f u e r z a . P e r o l a f u e-r
za,. e n p e r í o d o s l a r g o s de tiempo, no s e m a n i f i e s t a como mera
v i o l e n c i a , n i s e e j e r c e a t i a v e s d e cuerpos r e p r e s i v o s espe-
c i a l i z a d o s s o l a m e n t e . Aún e n l a s p e o r e s c o n d i c i o n e s imagi-
n a b l e ~una s o c i e d a d no s e r a nunca e l e q u i v a l e n t e d e una p r i -
s i ó n o de un campo d e c o n c e n t r a c i ó n . La s o c i e d a d de l o s i n -
t e r n a d o s es p o r e s o un r e c u r s o r e t ó r i c o de e s c a s o v a l o r .

La dominación p o r l a f u e r z a e s básicamente -en p e r í o d o s

l a r g o s de tiempo- un hecho d i s c i p l i n a r i o ; un p r o d u c t o de las
d i s c i p l i n a s que s o n e l íiltiino r e d u c t o de un o r d e n s i n s u s t e n -
ta hegemónico en l a s o c i e d a d . E l o r d e n e x i s t e a q u í p o r y e n
10s-p r o c e d i m i e n t o s d i s c i p l i n a r i o s a cuyo apoyo e l E s t a d o au-
t o r i t a r i o acude con l a f u e r z a p r o p i a de s u s a p a r a t o s .

-
77/ M.Foucault, H i s t o r i a d e l a S e x u a l i d a d , v o l . 1 ,
de s a b e r , 1976. S i g l o X X I , 1977, ~ 1 1 1 7 .
L a voluntad
 Lo que se b u s c a es un o r d e n a u t o m ~ % i t o que , funcione
en t o d a s s u s p a r t e s como una máquina d e o r d e n , s i n p o c e s ,
s i n tensiones, s i n paralizaciones o disturbios. E l carácter
mecánico d e las d i s c i -p l i n a s se t r a n s m i t e a l c o n j u n t o de l a
o r g a n i z q c i ó n d e l a s o c i e d a d . E l s u p u e s t o e s que dados l o s
s u f i c i e n t e s i n p u t s d i s c i p l i n a r i o s e l output necesariamente
t i e n e que s e r e l o r d e n . P a r a que a s í s e a hay que c o n t r o l a r
s i n embargo no solamente l a a l i m e n t a c i ó n d i s c i p l i n a r i a d e l a
máquina, s i n o que también l o que o c u r r e d e n t r o de e l l a : h a y
que e v i t a r que e n esa " c a j a negra1! puedan i n t r o d u c i r s e e l e -
mentos que d i s t o r s i o n e n e l f u n c i o n a m i e n t o e f i c a z y c o n t i n u o
d e l a s o c i e d a d , hay p u e s que d o t a r d e una e s p e c i a l f u e r z a
a l a s p r o p i a s d i s c i p l i n a s que cumplen e s e p a p e l o , en c u a l -
q u i e r caso, f a c i l i t a r su operación. Para e l l o , precisamente,
e l Estado s e prolonga disciplinariamente, y por eso l a v i g i -
l a n c i a se v u e l v e más e x t e n s a e I n t e n s i v a , e l c u i d a d o d e l a
p u r e z a en t o d o s l o s p l a n o s s e t r a n s f o r m a en o b s e s i ó n y l o s
r i e s g o s p a r e c e n amenazar d e s d e t o d o s l a d o s . P a r a n o m b r a r l o s
se c r e a r á un l e n g u a j e c i f r a d o que r e m i t e c o n s t a n t e m e n t e a l a
s i m b ó l i c a d e l m a l : l o s r i e s g o s acechan d e s d e l a o s c u r i d a d ,
son p e l i g r o s vagos p e r o siempre i n m i n e n t e s , s e i n f i l t r a n y
a p- r o v e c h a n d e l a s sombras, son a r t c r o s y solapacios, c o r r o e n
e l c u e r p o s a n o , engañan y s e d u c e n , o p e r a n a l a v e z i n t e r s t i -
c i a m e n t e y s o n una f u e r z a m u n d i a l , r e c u e r d a n l a c a í d a y e l
c a o s , son p o r t a d o r e s d e l o s gérmenes de r e t o r n o a l a n a t u r a -
l e z a o c u l t a e i n s t i n t i v a de l o s s e r e s , d e l a o f e n s i v a i n c i -
v i l i z a d a , d e l a r u i n a de t o d o s l o s v a l o r e s más a l t o s e impe-
recederos.

78/
Se v i v e e n t o n c e s , como d i c e Moscovici:-

"con l a c o n s t a n t e o b s e s i ó n d e l d í a e n que ( l o s ) s e r v i -
d o r e s r e h u s a r á n o b e d e c e r , d e l d í a e n que l o s e s c l a v o s
se r e b e l a r a n , d e l o d i o que e x p l o t a r a en a q u e l g r a n
d í a , en que l o s i n s t r u m e n t o s animados, v u e l t o s indó--
c i l e s , se moverán h a c i a f i n e s p r o p i o s , e n e l que l a

-
7 8/ S. Moscovici, Sociedad c o n t r a N a t u r a , op. c i t . , p. 2 8 0 .
 propiedad s e r 5 arrancada a l o s individuos y devuelta
a l a comunidad, e n e l que l o s e x t r a n j e r o s s u m e r g i r á n
a l o s n a c i o n a l e s , en e l que l a s r a z a s s a l v a j e s , i n f e -
r i o r e s , c e s a r h d e a c e ~ t a rl a s u e r t e que l e s e s t á r e
s e r v a d a . Cada vez l a mezcla, e l c o n t a c t o , l a i n d i f e
r e n c i a c i ó n , l a a b o l i c i 6 n d e l a l e y son tomados como-
s í m b o l o s d e l f i n d e l r e i n o humano m i e n t r a s l a endo-
gamia - a q u e l l a d e l a r i q u e z a a s í como l a de l o s s e -
r e s - se p e r f i l a cono s e p u l t u r e r a de l a s o c i e d a d " .

Un o r d e n que se i d e n t i f i c a con l a s d i s c i p l i n a s d e s c a n s a
s o l a m e n t e s o b r e éstas y s o b r e l o s a p a r a t o s mayores d e l p o d e r ;
p o r e s o seguramente s e unen en é l e l s e n t i m i e n t o d e una s o l-i
d e z a v a s a l l a d o r a y e l de l a mayor p r e c a r i e d a d , y p o r e s o i g u a l
amenaza que se s i e n t e anen37-¿ -..

2. La p r i v a t i z a c i ó n p o l í t i c a .

Un o r d e n basado en las d i s c i p l i n a s r e q u i e r e e x t e n d e r ,
h a s t a donde s e a c o m p a t i b l e con l a s e x i g e n c i a s de f u n c i o n a -
m i e n t o d e l E s t a d o a u t o r i t a r i o , l a e s f e r a de l o p r i v a d o . De-
más e s t á d e c i r que e n e s e movimiento l a o r i e n t a c i 6 n b á s i c a
que s e imprima a l d e s a r r o 7 1 0 d e l a economícl. j u g a r a un p a p e l
crucial.

Que e s t o n e c e s i t a s e r a s í i e s u l t a d e l a p r o p i a n a t u r a -
l e z a de l a s d i s c i p l i n a s . E n e f e c t o , e s t a s c r e a n e n t r e l o s
i n d i v i d u o s un v í n c u l o p r i v a d o "que e s una ? e l a c i ó n d e coac-
-* 7 9/
c i o n e s e n t e r a m e n t e d i f e r e n t e de l a o b l i g a c i ó n c o n t r a c t u a l " -
l o que c o l o c a a l a s d i s c i p l i n a s usualmente en un n i v e l que
escapa a l a a p l i c a c i ó n d e l derecho.

M i e n t r a s e l d e r e c h o hace v a l e r l a g e n e r a l i d a d de l a nor-
m a e i n s t a u r a un ambito f o r m a l de i g u a l d a d , procurando una

-
79/ M. F o u c a u l t , V i g i l a r y C a s t j - g a r , = . c --
it. , p. 2 2 5 .
r e c i p r o c i d a d a l menos j u r í d i c a en l a s r e l a c i o n e s y p p e s t a c i o -
n e s , l a s d i s c i p l i n a s en cambio f u n c i o n a n a t r a v é s d e l a s asi-
m e t r í a ~s o c i a l e s , e n f a t i z a n l a s d e s i g u a l d a d e s , g e n e r a n subor-
d i n a c i o n e s y e x t i e n d e n t o d a una r e d de c o a c c i o n e s que e l de- .
t

r e c h o no a l c a n z a n i puede r e g u l a r .
iC

E s p u e s e n e l ámbito o e s f e r a d e l o p r i v a d o , d e l a s re-
l a c i o n e s p o r ende de f u e r z a e n t r e i n d i v i d u o s c o l o c a d o s en po-
s i c i o n e s s o c i a l e s d i s t i n t a s , donde l a s d i s c i p l i n a s pueden de-
s a r r o l l a r s e y r e p r o d u c i r e l o r d e n de una s o c i e d a d d i s c i p l i n a -
r i a . Y es d e n t r o d e e s t a l ó g i c u de l a p r i v a t i z a c i ó n que h a
d e b u s c a r s e e l o r i g e n n e c e s a r i o d e l a " d e s p o l i t i z a c i Ó n T ' o de-
s a c t i v a c i ó n p o l í t i c a q u e , d e maneras y e n c o n d i c i o n e s p a r t i c u -
l a r e s , l o s E s t a d o s a u t o r i t a r i o s imponen a l a s o c i e d a d con éxi-
t o mayor o menor.

A s i s t i m o s a q u í a un v a s t o p r o c e s o d e r e e s t r u c t u r a c i ó n d e
l a e s f e r a de l o p ú b l i c o , que acompaña a l o t r o , a l d e l a p r i -
vatización efectuado en v i s t a s a l c o n t r o l d i s c i p l i n a r i o de
l a sociedad.

La p o l í t i c a e n e f e c t o e s , a n t e s que nada, e l campo d e l

h a c e r y e l d e c i r en común. --- P r a x i s y l e x i s e r a n ya en l a épo-
ca c l á s i c a l o s momentos c o n s t i t u t i v o s d e l bios g o l i t i k o s , e l
8 O/
cuerpo p o l í t i c o . -

Por e s t o mismo e l o r d e n que emerge de l z p o l í t i c a , d e

l a l u c h a p o r l a hegemonía, puede s e r pensado como a s u n t o d e
t o d o s , p r o d u c t o de l a a c c i ó n y l a p a l a b r a . No un o r d e n mecd -
n i c o , i n d u c i d o d i s c i p l i n a r i a n e n t e , s i n o que e l o r d e n que se
o b t i e n e s o c i a l m e n t e como consenso a t r a v é s d e l a hegemonía d e
l a s c l a s e s y g r u p o s s o c i a l e s que l o p a n c o n d u c i r a t o d a l a
sociedad.

-
80/ V6ase H.Arendt, The Hunan C o n d l t i o n o 1958, The U n i v e r s i t y
of Chicago P r e s s , 1 3 ? 1 , pp.22-78.
 E l dominio, en cambio, e s t a b l e c i d o mediante l a r e p r e -
s i ó n d i s c i p l i n a r i a sobre l a sociedad, s e c r e a y mantiene a l
margen d e l a p o l í t i c a , como una i r r u p c i ó n y un p o s t e r i o r en-
cauzamiento de l a f u e r z a . E s , s i se q u i e r e , l a c o n t i n u a c i o n
de f a p o l í t i c a con o t r o s medios.

A l e f e c t o e l E s t a d o de t i p o a u t o r i t a r i o n e c e s i t a r e o r -
g a n i z a r l a e s f e r a p ú b l i c a d e l a s o c i e d a d r e d u c i é n d o l a a un
mero 'ámbito de "orden p ú b l i c o " o r i e n t a d o a mantener las con-
d i c i o n e s que hacen p o s i b l e e l f u n c i o n a m i e n t o d e l a s d i s c i p l i -
nas privadas.

Con e s t o l o p ú b l i c o p i e r d e s u c a r á c t e r e s e n c i a l : ser-
v i r como r e d s o c i a l de comunicación a t r a v é s d e l o s v a r i a d o s
c a n a l e s que l a p r o p i a p r a x i s s o c i a l c r e a p a r a l a p a l a b r a y
l a a c c i ó n con e f e c t o p o l í t i c o . S i e l l o o c u r r e e s porque en
l a 18gica d e c o n t r o l y d e orden de las sociedad d i s c i p l i n a r i a
t a l comunicaciÓn no t i e n e c a b i d a .

Es cuando se d i s p u t a s o c i a l m e n t e en t o r n o d e s i g n i f i c a -
d o s a l t e r n a t i v o s de o r d e n y de l a formación s o c i a l d e una he-
gemonía; cuando r e s u l t a pues n e c e s a r i o p r o d u c i r c o n s e n s o s a
p a r t i r d e c o n c e p c i o n e s d i v e r s a s d e l mundo y l a h i s t o r i a , y d e
p r á c t i c a s c o n t r a d i c t o r i a s y m ú l t i p l e s determinadas por la or-
g a n i z a c i ó n d e l a economía y l a c u l t u r a , con d i v e r s i d a d de i n -
t e r e s e s materiales y s i m b ó l i c o s en j u e g o p o r l a t a n t o , que
l a s clases s o c i a l e s , l o s g r u p o s , l a s i n s t i t u c dnes y l o s i n d i -
-
v i d u o s g e n e r a n esa r e d de comunicaciÓn. E s a p a r t i r d e l pro-
p i o d e s a r r o l l o d e l a s o c i e d a d c i v i l , e n t o n c e s , que se d e s a -
r r o l l a l a e s f e r a d e l o p ú b l i c o , y es s ó l o m i e n t r a s ésta e x i s t a
como c u e r p o de r e l a c i o n e s p o l í t i c a m e n t e o r g a n i z a d a s , r e l a c i o -
n e s con c o n t e n i d o hegemónico que se e x p r e s a n t a m b i é n a t r a v é s
d e l a c o n f i g u r a c i ó n d e l E s t a d o , que d i c h a e s f e r a p ú b l i c a pue-
de e x i s t i r .
 En e l c a s o d e una s o c i e d a d d i s c i p l i n a r i a no se encuen-
t r a n p r e s e n t e s l a s b a s e s s o c i a l e s que p u d i e r a n s u s t e n t a r t a l
e s f e r a p u b l i c a . En e f e c t o : a q u í l a s o c i e d a d c i v i l se encuen-
t r a o r g a n i z a d a no a t r a v é s de r e l a c i o n e s p o l í t i c a s s i n o de
r e l a c i o n e s d i s c i p l i n a r i a s , y a t r a v é s de e s a s r e l a c i o n e s e l
E s t a d o a u t o r i t a r i o s e expFesa como dominación en l a s o c i e d a d .

De l a s o c i e d a d c i v i l , e n cambio, no puede d e c i r s e pro-

piamente que s e e x p r e s e en e s t a s c i r c u n s t a n c i a s a t r a v é s d e l
E s t a d o ; l a s e p a r a c i ó n e n t r e ambos s e h a r á p a t e n t e en e l pro-
c e s o de p r i v a t i z a c i ó n p o l i t i c a y e n l a r e s u l t a n t e d i s t i n c i ó n
e n t r e un "orden p ú b l i c o i 7 a c a r g o d e l o s c u e r p o s e s p e c i a l i z a -
d o s d e l E s t a d o y un o r d e n d i s c i p l i n a r i o , momento mecánico de
f u e r z a a t r a v é s d e l c u a l s e mantiene l a i n t e g r a c i h de l a so-
ciedad c i v i l .

A s í , e l c a r á c t e r d e l a p o l í t i c a cambia también. L a i n -
t e r d i c c i ó n d e l o s s i l e n c i o s es s ó l o s u m a n i f e s t a c i ó n más apa-
rente. Su n a t u r a l e z a e x c l u y e n t e e s un síntoma t r a s e l c u a l
s e r e v e l a e l momento 9 * p ~ ~ i t de i ~l ~
a ' eFx c l u s i ó n . E s t a t i e n e
p o r f u n c i c n , e n e f e c t o , a s e g u r a r l a mayor d i s p o n i b i l i d a d d e l
cuerDo de l a s o c i e d a d p a r a s u r e a r t i c u l a c i ó n e n t o r n o de l o s
p r o c e d i m i e n t o s d i s c i p l i n a r i o s . La p o l í t i c a m i s m a se e x p r e s a
a h o r a p o r medio de l a s d i s c i p l i n a s , s e v u e l v e a c c i ó n i n s t r u -
m e n t a l , o p e r a c i ó n t é c n i c a y a n a l í t i c a d e encauzamiento d e
comportamientos Ú t i l e s y d ó c i l e s . En este s e n t i d o t a n t o l a
p o l í t i c a se p r i v a t i z a c u a n t o l a m i s m a s o c i e d a d e x p e r i m e n t a
una p r i v a t i z a c i ó n p o l í t i c a .

La p o l í t i c a s e v a c i a d e s i p n i f i c a d o s comunicc' ? e s y d i -
versos, y p a r a e l l a s e reclama, definitivamente, e l e s t a t u -
t o de una t é c n i c a . Su e j e r c i c i o debe q u e d a r e n manos de ex-
p e r t o s , en t a n t o que e l "orden p ú b l i c o ' ' s e r á a s e g u r a d o p o r
e l E s t a d o e x c l u s i v a m e n t e como un a s u n t o de s e g u r i d a d .
 Es un hecho conocido que t o d a s o c i e d a d d i s c i p l i n a r i a
experimenta d i f i c u l t a d e s a l a hora d e l a " i n s t i t u c i o n a l i z a -
c i ó n p o l í t i c a " . Ocurre que l a s d i s c i p l i n a s no pueden i n s t i -
t u c i o n a l i z a r s e políticamente. Necesitan operar "libremente"
en medio d e una o r g a n i z a c i ó n p r i v a d a de l a s d e s i g u a l d a d e s ,
j e r a r q u í a s y r a n g o s . N e c e s i t a n un esquema de dominación e s -
t a b l e , un "orden p ú b l i c o - ' , m a s no que e s t e sea l e g i t i m a d o
p o r o t r o s medios d i s t i n t o s d e l a s p r o p i a s d i s c i p l i n a s . , N e -
c e s i t a n , en f i n , un aumento c o n s t a n t e d e s u f u e r z a ( r e p r e -
s i ó n d i s c i p l i n a r i a de l a s o c i e d a d ) , a f i n de que e l o r d e n en
l a s o c i e d a d c i v i l pueda s e r m a n t e n i d o , s e p a r a d o como está d e l
"orden p ú b l i c o v que s ó l o l e s i r v e d e mmco d e c o n d i c i o n e s d e
p o s i b i l i d a d y d e c o n v e n i e n c i a . Como no e s p o s i b l e e s e aumen-
t o c o n s t a n t e s i n un c o n t irduo aumento de l a s r e s i s t e n c i a s - que
c o r r e n en c o n t r a r i o a l a s d i s c i p l i n a s , camino p o r e l que se
l l e g a r í a a i n v a l i d a r l a p r o p i a f u n c i o n a l i d a d d e las d i s c i p l i -
n a s -provocando i n u t i l i d a d y d e s - o b e d i e n c i a e x t r e m a s - l a s o -
c i e d a d d i s c i p l i n a r i a t i e n e que b u s c a r una i n s t i t u c i o n a l i z a -
c i ó n que d e una p a r t e p e r m i t a s o l u c i o n a r en a l g u n a medida e l
d é f i c i t de l e n i t i m i d a d que siempre amenaza a s u o r d e n y q u e ,
p o r o t r a , mahtenga e s a l e g i t i m i d a d d e n t r o d e l mundo p r i v g t i -
zado d e l a s r e l a c i o n e s d i s c i p l i n a r i a s y d e un ''orden p ú b l i -
co" que f u n c i o n a s 6 l o como s e g u r i d a d d e l E s t a d o e n c u a n t o mo-
w
n o p o l i o d e l a f u e r z a a d n i n i s t r a t i v a y l o s medios d e r e p r e s i ó n .

1 Lo a n t e r i o r , s i n embargo, s ó l o es s o c i a l y p o l i t i c a m e n -
a t e v i a b l e p o r un p r o c e s o i n t r i n c a d o d e c r i s i s .

En e f e c t o , e l r e c u r s o a l a mayor l e g i t i m i d a d i m p l i c a ,
p o r n e c e s i d a d , a l g L t i p o de r e s t i t u c i ó n de l a e s f e r a p ú b l i c a
en l a s o c i e d a d , as? n o s e a una e s t r e c h a y c o n t r o l a d a r e d d e
comunicaci'on de r e l a c i o n e s p o l í t i c a m e n t e o r g a n i z a d a s . E s t a
Ú l t i m a , con t o d o l o " c e r r a d a " y no e x p r e s i v a que p u d i e r a s e r ,
i g u a l t e n d e r á a e n t r a b a r l a o p e r a c i ó n e f i c a z d e l sistema de
 - 94 -

d i s c i p l i n a s por c u a n t o t o d a s las r e s i s t e n c i a s a i s l a d a s , par-

c i a l e s y fragmentadas a e l l a s , ( r e s i s t e n c i a s que forman p a r t e
d e l a p r o p i a r e l a c i ó n d i s c i p l i n a r i a en c u a n t o r e l a c i ó n de po-
d e r ) s e v e r á n a h o r a r e f o r z a d a s por una p o s i b i l i d a d d e c o o r d i -
n a c i ó n , i n t e r c o n e x i ó n , comunicación y mutuos acoplamientos
d e n t r o de una o r g a n i z a c i ó n i n c i p i e n t e de r e l a c i o n e s p o l i t i -
cas. E l orden e n l b s o c i e d a d c i v i l s e h a r a e n t o n c e s más di-
fkil d e s o s t e n e r , m á s p r e c a r i o aGn, menos automático y mecáni-
co.

También e l ''orden público" s e v e r á a f e c t a d o , p o r cuanto

e l Estado t e n d r á que h a c e r s e p r e s e n t e con s u s p r o p i o s medios
en l a sociedad para r e e s t a b l e c e r las c o n d i c i o n e s d e s u d i s c i -
p l i n a m i e n t o , proceso que a s u vez impondrá una mayor demanda
a d i c i o n a l por legitimidad.

Para o b t e n e r l a , c b i e n e l Estado a u t o r i t a r i o r e c u r r e a
una nueva expansien de l a e s f e r a pGblica, ampliando l a s r e l a -
ciones políticamente organizadas de l a socieda6 c i v i l , o bien
i n t e r v i e n e en e l l a r e p r e s i v a m e n t e . En e l primer c a s o s e r e a c -
t i v a e l c i c l o d e d e b i l i t a m i e n t o d e l orden d i s c i p l i n a r i o , ne-
c e s i d a d d e i n t e r v e n c i ó n d e l Estado, r e q u e r i m i e n t o d e l e g i t i -
mación mayor, e t c é t e r a ; en e l segundo, e l "orden p ú b l i c o " s e
v e r á a f e c t a d o y solamente s e habrán r e c r e a d o l a s c o n d i c i o n e s
que, i n i c i a l m e n t e , p u s i e r o n e n movimiento e l c i c l o de c r i s i s .

En ambos. c a s o s s e a s i s t e a l proceso c í c l i c o de las c r i -

s i s " p o l í t i c a s " d e l Estado a u t o r i t a r i o y l a s o c i e d a d d i s c i p l i -
7.

n a r i a.

E s a s í como debe e n t e n d e r s e por qué e l proceso de " i n s -

1
t i t u c i o n a l i zación p o l í t i c a " e n e s a sociedad avanza o s c i l a n t e -
mente, con r e t r o c e s o s y d i f i c u l t a d e s , a t r a v é s d e avances y
r e p l i e g u e s , de un modo p o i l o genepal confuso y c o n t r a d i c t o -
r i o . E s la p r o p i a r a c i o n a l i d a d de orden subyacente a e s a
s o c i e d a d y e s e E s t a d o l a que l e imprime a l movimiento d e i n s -
titueionaiizaci6n ese caracter peculiar.

En d e f i n i t i v a , l a Única s a l i d a h i s t ó r i c a m e n t e v i a b l e a
t a l e s c r i s i s c l c l i c a s p a r e c i e r a s e r e l e s t a b l e c i m i e n t o de las
c o n d i c i o n e s que hacen p o s i b l e a l a s o c i e d a d c i v i l o r g a n i z a r -
se a t r a v é s d e r e l a c i o n e s p o l í t i c a m e n t e e x p r e s i v a s d e las r e -
l a c i o n e s económicas, s o c i a l e s , i n s t i t u c i o n a l e s y c u l t u r a l e s
e n t r e s u s miembros, g r u p o s y c l a s e s . Es d e c i r , o r g a n i z a r s e
en f u n c i ó n de l a hegemonía o r g á n i c a d e l a s c l a s e s y g r u p o s
que l o g r a n c o n d u c i r a t o d a l a s o c i e d a d , e x p r e s a r s e p o r l o
mismo e s t a t a l m e n t e y a s e g u r a r a s 2 un c o n s e n s o d e o r d e n que es
a l mismo tiempo p ú b l i c o y c i v i - 1 , y d o t a d o p o r e l l o d e l o s d i s -
p o s i t i v o s p o l í t i c o s para s u propia transformación.

3. La t r i v i a l i z a c i ó n cotidiana.

L a o r g a n i z a c i ó n s o c i a l d e l c o t i d i a n o a d q u i e r e en una so-
c i e d a d d i s c i p l i n a r i a - p o r e l e f e c t o combinado de l a p r i v a t i -
z a c i ó n p o l í t i c a y l a r e p r e s i h d i s c i p l i n a x i a - u n c a r á c t e r pecu
l i a r m e n t e a n o d i n o , i n s u b s t a n c i a l . La v i d a s o c i a l s e v u e l v e
e l l a m i s m a una mecánica g e n e r a d o r a d e l a t r i v i a l i z a c i ó n c o t i -
diana.

En juego e s t a e l p a p e l que l a c u l t u r a desempeña e n e s t e

t i p o d e sociedad.- 8 1 /

Es s a b i d o q u e , h i s t 6 r i c a m e n t e 9 l a ' c u l t u r a h a e j e r c i d o
una f u n c i ó n e s e n c i a l ' e n r e l a c i ó n a l o s p r o c e s o s de i n t e g r a c i ó n
s o c i a l y d e dominación p o l í t i c a , c u a l e s , l a t r a n s f o r m a c i b n
de l a f u e r z a en s i g n i f i c a d o s de orden.

-
81/ Véase J . J . B P u n n e r , De l a c u l t u r a L i b e r a l a l a s o c i e d a d d i s -
c i p l i n a r i a y Educación y c u l t u r a en una s o c i e d a d d i s c i p l i n a
r i a ambos do¿%mentos FLACSO (mimeo 1, 1 9 7 7 .
-9
 A s í , p o r ejemplo, f u e p r e c i s a m e n t e a *aves d e l a c u l -
tura, c u l t u r a l i b e r a l en e s t e c a s o , que mas r e l a c i o n e s d e
f u e r z a y dominaci6n p u d i e r o n c o d i f i c a r s e p o l í t i c a m e n t e b a j o
l a forma de democracia r e p r e s e n t a t i v a y a d q u i r i r , además, una
forma j u r í d i c a d e t e r m i n a d a , h a c i e n d o p o s i b l e i a hegemonía d e
l a b u r g u e s í a s o b r e e l c o n j u n t o de l a s o c i e d a d .

A la vez, e l e j e r c- i c i-
o d- e l a f u e r z a como c u l t u r a , que
- . y

es e l campo d e l a p o l í t i c a p o r e x c e l e n c i a , ( a s í entendemos
l a f r a s e gramsciana d e que t o d o a c t o d e hegemonía es un ac-
t o p e d a g ó g i c o ) , h a p e r m i t i d o también que e l movimiento popu-
l a r p u d i e s e d e s a r r o l l a r s u p r o p i a concepción d e l mundo y l a
v i d a , una 'etica p r o p i a , una a l t e r n a t i v a : de o r d e n e n f i n , y
o p o n e r l a a a q u e l l a o t r a de l a b u r g u e s í a l i b e r a l .

Puede a f i r m a r s e que una s o c i e d a d oue a d m i t e , b a j o c u a l -

q u i e r s i s t e m a p o l i t i c o - i n s t i t u c i o n a l que s e a , e l juego y l a
l u c h a de hegemonlas, y p o r ende e l d e s a r r o l l o en l a s o c i e d a d
c i v i l y e l E s t a d o de l a p o l í t i c a como c u l t u r a , a d m i t e i g u a l -
mente que l a p r a c t i c a c o t i d i a n a d e l o s hombres y m u j e r e s de
c u a l q u i e r c l a s e o grupo pueda d e s e n v o l v e r s e como a c c i ó n y l e n -
g u a j e o r i e n t a d o s p o r s i g n i f i c a d o s d i v e r s o s de o r d e n .

En l a s o c i e d a d d i s c i p l i n a r i a , en cambio, e l problema
c e n t r a l que e n f r e n t a l a c l a s e dominante no es cómo hegemoni-
zar l a s o c i e d a d s i n o c6mo mantener s u dominación a t r a v é s de
l o s p r o c e d i m i e n t o s d i s c i p l i n a r i o s y cómo r e t e n e r e l poder ba-
j o l a forma d e E s t a d o a u t o r i t a r i o . Consecuentemente l a s me-
d i a c i o n e s c u l t u r a l e s de - s u a c c i ó n d e dominio s e v o l v e r a n s u -
p e r f l u a s y, p o r - l a privaGzaciÓn p o l í t i c a , l a acclón de todos
l o s o t r o s grupos y c l a s e s s o c i a l e s no p o d r á a l c a n z a r una ex-
p r e s i ó n c u l t u r a l acabada, e f e c t o n e c e s a r i o e s t e último d e l a
p r o f u n d a t r a n s f o r m a c i ó n experimentada p o r l o p ú b l i c o en e s a
sociedad.
 L a s c a u s a s d e t a l " a ~ a g ó r ic u l t u r a l " hay que b u s c a r l a s
b
p u e s e n ese c o r t o c i r c u i t o p o l í t i c o . En e f e c t o , l a f u e r z a i n -

. v e s t i d a en las d i s c i p l i n a s r e p e l e a l a c u l t u r a , m i e n t r a s que
é s t a , d e s p r o v i s t a d e un c o n t e n i d o s o c i a l y p o l í t i c o o r g á n i c o ,
9 es i n c o r p o r a d a a ' ' o b j e t o s c u l t u r a l e s f ' y v i v i d a como e v e n t o s
v
p r i v a d o s . Los p r i m e r o s c i r c u l a n como m e r c a n c í a s , l o s o t r o s
a
s e consumen en e l a c t o d e s u p r o d u c c i ó n .

Revisando e l p r o c e s o p o r e l c u a l l a b u r g u e s í a l l e g ó du-
r a n t e e l s i g l o XVIII a s e r en Europa l a c l a s e p o l í t i c a m e n t e
dominante, F o u c a u l t s e ñ a l a : "Las Luces, que han d e s c u b i e r t o
l a s l i b e r t a d e s , i n v e n t a r o n también l a s d i s c i p l i n a s " . L a apa-
r i c i ó n en las Ú l t i m a s d é c a d a s d e una b u r g u e s í a a n t i - l i b e r a l
en l o p o l í t i c o h a p e r m i t i d o d e s a r r o l l a r , c o n t r a e l d e s c u b r i -
m i e n t o d e l a s l i b e r t a d e s , e l i n v e n t o de l a s d i s c i p l i n a s que
e s donde t e r m i n a , f i n a l m e n t e , p o r p a r a l i z a r s e " l a d i a l é c t i c a
d e l iluminismo".

La o r g a n i z a c i ó n d e l c o t i d i a n o e x p e r i m e n t a c6n t o d o e s t o
una t r a n s f o r m a c i 8 n i g u a l m e n t e p r o f u n d a . Tmpezará a s e r v i -
v i d a como e- x i s , comportamientos r e f l e j o s i n d u c i d o s p o r e l en-
cauzamiento d i s c i p l i n a r i o : l a s a c c i o n e s p i e r d e n e n o r i e n t a -
c i ó n l o que ganan en automatismo; s e m u l t i p l i c a n l o s a c t o s
r i t u a l e s y l a s c o n d u c t a s deben m a n i f e s t a r s e como una c e l e b r a -
c i ó n i n - m e d i a t a d e l o r d e n . L a normalidad a d q u i e r e un v a l o r
supremo p u e s t o que e s e l p r o p i o o r d e n e n s u e x p r e s i ó n . Con
e l l o e l campo de l o d e s v i a d o aumenta i l i m i t a d a m e n t e p e r o , so-
b r e t o d o , a b a r c a a l a praxis que pueda i n t r o d u c i r un d e s a j u s -
t e s o c i a l y a l a p a l a b r a p o r t a d o r a de una i d e a con a l g ú n s i g -
n i f i c a d o de o r d e n a l t e r n a t i v o .

"Los d e s e q u i l i b r i o s F r a v e s e n e l campo de las i d e a s

t r a s t o r n a n l a s o c i e d a d e n t a n t o que l o s s e r i o s
conflictos sociales afectan a la estabilidad
p s i q u i c a de l o s i n d i v i d u o s 0 , a l a i n v e r s a , l a
h o r a d e l d e s o r d e n s o c i a l y p o l í t i c o es una cita
 p a r a l o s i n e s t a b l e s y d e s e q u i l i b r a d a s " --8 2 /

La t r i v i a l i z a c i ó n c o t i d i a n a descansa precieamente so-

b r e e s a b a s e : l a de un e q u i l i b r i o que no a d m i t e e l c o n f l i c -
t o s o c i a l y r e s p e c t o d e l c u a l t o d a i d e a d i s i d e n t e (que se-
r á s i e m p r e p r o d u c t o d e una p r a c t i c a s o c i a l d i v e r g e n t e ) ex-
p r e s a un germen de d e s q u i c i a m i e n t o , d e d e s b o r d e , d e p o l u -
c i ó n amenazante, en b r e v e , de d e s o r d e n .

E l i m p e r i o d e l o t r i v i a l s e c o r r e s p o n d e a s í con un p r i n -
c i p i o e s e n c i a l d e l c o n t r o l d i s c i p l i n a r i o : t a l e s , que e l co-
t i d i a n o debe ser e l primado d e l o normal, de l o que r e g u l a r -
mente r e c u r r e , de l o que no s o b r e s a l e . Es m e d i a n t e esta t é c -
n i c a de l a conformación y l a a d a p t a c i ó n que l o s i n d i v i d u o s
t i e n e n que r e s p o n d e r a unos p r o c e d i m i e n t o s que p r e c i s a m e n t e
buscan p r o d u c i r e s a a d a p t a c i ó n con f i n e s d e u t i l i d a d y esa
conformidad con f i n e s de o b e d i e n c i a . E l menor g e s t o o com-
p o r t a m i e n t o no t r i v i a l s e t o r n a e n t o n c e s e x t r a - c o t i d i a n o :
r e s a l t a y s e t o r n a p r o m i n e n t e , y con e l l o automáticamente
Done e n f u n c i o n l a m a q u i n a r i a de c o n t r o l
I
En f i n , p a r a que
e l poder pueda o p e r a r a n a l í t i c a m e n t e y con e f i c a c i a , s o b r e
masas humanas p e r o a l n i v e l d e s u s elementos más pequeños y
s i n g u l a r e s , l a t r i v i a l i z a c i ó n c o t i d i a n a e s t a n t o un r e q u i s i -
t o 1 t p o l í t i c o 1 9como un i m p e r a t i v o t e c n i c o .

4. -.La d e s i g u a l a c i b n i n t e g-
r a-
tiva.
\

Suelen p a s a r s e p o r a l t o l o s e f e c t o s d i s c i p l i n a r i o s que
posee l a d e s i g u a l d a d e n t r e l o s miembros d e un g r u p o , una
c l a s e y una s o c i e d a d , e s p e c i a l m e n t e l a d e s i g u a l d a d que

82/ Diario E
- _ l Mercurio
_ _-- 6 de noviembre d e 1 9 7 7 , "La Semana
Politica7'.
p r o v i e n e d e una d i s t r i b u c i ó n a s i m é t r i c a de l o s r e c u r s o s mate-
r i a l e s y s i m b 6 l i c o s a l i n t e r i o r de una d e t e r m i n a d a e s t r u c t u r a
de d i v i s i ó n s o c i a l d e l t r a b a j o .

&obablemente e l l o r e s u l t e d e l hecho que estamos h a b i t u a -

d o s a p e n s a r a l i n t e r i o r de una t r a d i c i ó n p a r a l a c u a l t o d a
d e s i g u a l d a d s o c i a l p r o p o r c i o n a l a b a s e n e c e s a r i a p a r a s u su-
p e r a c i ó n . Como l o e x p r e s a Hegel:

"La v e r d a d d e l a c o n c i e n c i a i n d e p e n d i e n t e es l a concien-
c i a s e r v i l . E s c i e r t o que é s t a comienza a p a r e c i e n d o
f u e r a de s í y no comu l a v e r d a d e r a c o n c i e n c i a . Pero
a s í como e l s e ñ o r í o r e v e l a b a que s u e s e n c i a e s l o i n -
v e r s o de a q u e l l o que q u i e r e s e r , a s í tambien l a s e r v i -
dumbre d e v e n d r á , s i n duda, a l r e a l i z a r s e plenamente l o
c o n t r a r i o de l o que d e un modo i n m e d i a t o e s : r e t o r - .
n a r á a S% como c o n c i e n c i a r e p e l i d a s o b r e s í m i s m a y
s e c o n v e r t i r á en v e r d a d e r a i n d e p e n d e n c i a ' ? . -
83/

S i n embargo, l a s d e s i g u a l d a d e s e s t r u c t u r a n también -co-

mo o c u r r e en e l c a s o de l a s o c i e d a d d i s c i p l i n a r i a - una forma
p e r v e r t i d a de s o l i d a r i d a d , no p o r e s o menos e f i c a z y e s t a b l e ,
una c i e r t a o b j e t i v i d a d y v e r d a d d e l a s u b o r d i n a c i ó n y e l s o -
m e t i m i e n t o , unos e n g r a n a j e s s u t i l e s e i n m e d i a t o s de produc-
c i ó n de o r d e n , un s i s t e m a permanente y c o t i d i a n o , en b r e v e ,
de c o a c c i o n e s p o s i c i o n a l e s. E s a C a l v i n o y no a Hegel a
q u i e n h a b r á que r e c u r r i r en e s t e c a s o : ..
."la d i s c i p l i n a , es-
c r i b e , c o n s t i t u y e l o s l i g a m e n t o s que conexionan a l o s miem-
b r o s e n t r e s í , manteniendo a c a d a uno de e l l o s e n s u d e b i d o

Los p r o c e d i m i e n t o s d i s c i p l i n a r i o s e f e c t i v a m e n t e o p e r a n
a t r a v é s d e esas r e l a c i o n e s a s i m é t r i c a s , de l o s d e s e q u i l i b r i o s

-
83/ J.G.F.Hege1, L a Fenomenología d e l E s p í r i t u , c i t . p o r S.
Moscovici, -Sociedad - c o n-- . . , op. c i t . , p. 28 0.
t r a Natura
8 4 / J . C a l v i n o , '-
- ~ n s t i t u c i o n e sde l a R e l i g i ó n C r i s t i a n a-, c i t .
p o r W. E b e n s t e i n , o p . c i -- t.,p.386.
 que e x i s t e n p o r t o d a s p a r t e s e n t r e l a f u e r z a que uno t i e n e
t' '
pbna c o a c c i o n a r a o t r o y l a que é s t e p o s e e p a r a r e s i s t i r .
No es e n t o n c e s que e s o s p r o c e d i m i e n t o s i n t e r v e n g a n d e s d e
f u e r a : e s t á n a r t i c u l a d o s d e n t r o de e s a s r e l a c i o n e s y d e s e -
q u i l i b r i o ~ ,s o n inmanentes a e l l o s , l o que l e s o t o r g a s u e f i -
cacia y e x t e n s i ó n .

Se v u e l v e n e c e s a r i o e n c o n s e c u e n c i a c o n c e b i r las r e l a -
c i o n e s d e poder en un campo complejo y móvil de p o s i c i o n e s
-que se c o n e c t a n e n t r e s í , ' : r e l a c i o n e s d e f u e r z a m ú l t i p l e s ,
"',
d i c e F o u c a u l t - que se forman y a c t ú a n e n l o s a p a r a t o s de
p r o d u c c i ó n , l a s f a m i l i a s , l o s g r u p o s r e s t r i n g i d o s y las i n s -
t i t u c i o n e s ( y q u e ) s i r v e n d e s o p o r t e a a m p l i o s e f e c t o s d e es-
c i s i ó n que r e c o r r e n e l c o n j u n t o de l a s o c i e d a d " .

La s o c i e d a d d i s c i p l i n a r i a e s l a o r g a n i z a c i ó n , e n un mo- (I

d e l o g e n e r a l d e dominaci8n9 d e e s o s e f e c t o s , m a s e s t e modelo
'
s i g u e s i e n d o una r e s u l t a n t e d e t o d o s e l l o s e n s u combinación,
vinculaci6n9 distribuciones y arreglos.

D e a h i que e n e s t e t i p o d e s o c i e d a d s e o p e r e " c o n s c i e n -
temente" s o b r e esa e s t r u c t u r a de d e s i g u a l d a d e s , p e r f eccionán-
d o l a d e s d e e l p u n t o de v i s t a de s u f u n c i 6 n d e p o d e r . Las de-
s i g u a l d a d e s s e m u l t i p l i c a n , se p r e c i s a n , se f o r t a l e c e n . Se
t r a t a , en Ú l t i m a i n s t a n c i a , d e d i v e r s i f i c a r l a s , p a r a a s í au-
mentar e l campo d e a c t u a c i ó n d e las d i s c i p l i n a s .

Es p o r ese p r o c e s o d e d e s i g u a i a c i 6 n c r e c i e n t e que l a so-

c i e d a d d i s c i p l i n a r i a a s e g u r a l a s c o n d i c i o n e s de s u i n t e g r a -
c i ó n , y s u o r d e n . E l p r i n c i p i o j e r á r q u i c o y l a cadena de
mando, d i s e ñ a d o s p r i m i t i v a m e n t e p a r a r e g u l a r l a v i d a d e n t r o
de c i e r t a s o r g a n i z a c i o n e s e i n s t i t u c i o n e s , s e e x t i e n d e a h o r a
a l c o n j u n t o d e l a s o c i e d a d , de modo que c a d a c u a l queda

-
85/ M-Foucault, -
H i s t o r i a de l a S e x u a l i d a d , o p . c i t , pp.114-15.
 r e f e r i d o a s u s u p e r i o r y encargado d e l c o n t r o l d e a q u e l l o s
que s o n s u s s u b o r d i n a d o s .

Las p r e c e d e n c i a s de j e r a r q u í a , l o s r a n c o s y l a s clasi-
f i c a c i o n e s invaden l a v i d a s o c i a l sustituyendo l a z o s orgáni-
c o s p o r o t r o s mecánicos: s e o r ~ a n i z al a a c t i v i d a d d e l a so-
c i e d a d en t o r n o d e Órdenes e i n s t r u c c i o n e s que no n e c e s i t a n
f u n d a r s e p u e s t o que e l l a s s ó l o e x i g e n a c a t a m i e n t o e x a c t o e
i n m e d i a t o p o r p a r t e d e unos i n d i v i d u o s sometidos a l a r a c i o -
n a l i d a d d i s c i p l i n a r i a . Hay que r e a c c i o n a r según l o p r e s c r i -
t o , no s e n e c e s i t a comprender. Economía d e l movimiento y d e
l a o r g a n i z a c i ó n . A l i g u a l que e n una sala de c l a s e s , l o que
i n t e r e s a e s -primero que nada- e l o r d e n . C u m ~ l i rs i n r e c l a -
mar, r e s p o n d e r a l más l e v e g e s t o de l a a u t o r i d a d . Sistema d e
s e ñ a l e s m& que d e o t r a c o s a frente a l cual, claro esta, la
p a l a b r a y e l l e n g u a j e p o l í t i c o s a p a r e c e n s i e m p r e coma un exce-
s o , un d e s p e r d i c i o , demagogía pura y s i m p l e .

La p r i v a t i z a c í ó n p o l í t i c a t i e n e también e s t e e f e c t o :
permite ampliar, d i f e r e n c i a r y e n r i q u e c e r l a s r e l a c i o n e s par-
t i c u l a r e s d e d e s i g u a l d a d , e n un movimiento que b i e n puede
acompañarse de o t r o p o r e l c u a l s e r e g u l a n l a s r e l a c i o n e s ju-
r í d i c a s e n t r e l o s s u j e t o s , y se d e f i n e a é s t o s como formalmen-
t e iguales.

La economía y e l p o d e r , s o b r e t o d o , s e e n c a r g a n "espon-
táneamente'' d e n e g a r en l a p r á c t i c a c o t i d i a n a p r i v a d a l o que
*
e l d e r e c h o pueda afirmar e n e l p l a n o de l a u n i v e r s a l i d a d d e
l a l e y . E l p r o c e d e r d e l o s micropoderes a t r a v é s d e l o s cua-
l e s o p e r a n l a s d i s c i p l i n a s , como l o vimos a n t e s , e s c a p a p o r
completo a las r e g u l a c i o n e s j u r í d i c a s . M& e x a c t a m e n t e , sir-
ve de b a s e a é s t a s , h a c i e n d o p o s i b l e q u e , p r e v i o a l a c o d i f i -
c a c i ó n j u r í d i c a d e l a s r e l a c i o n e s s o c i a l e s , s e d e s p l i e g u e una
c o d i f i c a c i ó n r e a l de posiciones y coacciones - a -t-.-r a v é s -
de l-a
c u a l e n t o n c e S , l a r a c i o n a l i z a c i 6 n d e l d e r e c h o o p e r a más
9-
e f e c t i v a m e n t e s u f u n c i ó n de e s t a b i l i z a c i ó n d e l a e s t r u c t u r a
e x i s t e n t e de d e s i g u a l d a d e s .

E s t a ú l t i m a , que a p a r e c e como e l d a t o p r i m a r i o , c o t i d i a - Q
namente experimentado, como l a normalidad " n a t u r a l " d e l orden
S

d e l c o t i d i a n o , t e n d e r á a s e r r a c i o n a l i z a d a , en l a sociedad
d i s c i p l i n a r i a , basicamente, a t r a v é s d e l a i d e o l o g í a d e las
0

competencias t é c n i c a s . Se t r a t a , en b r e v e , de o t r a forma d e
e x p r e s i e n d e l movimiento de d e s i g u a l a c i ó n i n t e g r a t i v a .

LO que se d e s e a r í a e s i n s t a u r a r e l p r i n c i p i o d e l c a r á c -
t e r n a t u r a l de e s a s competencias que, a f i n de c u e n t a s , s e
d i r á , se poseen o no. Se procede pues como s i t a l e s compe-
t e n c i a s no f u e s e n s o c i a l m e n t e a d q u i r i d a s a t r a v é s de p r o c e s o s
s e l e c t i v o s de d i s t r i b u c i ó n d e l o s conocimientos y d e s t r e z a s
d e n t r o d e l movimiento de v a l o r i z a c i Ó n d e l c a p i t a l c u l t u r a l ,
t r a n s m i t i d o p o r l a f a m i l i a y l a educación, a l i n t e r i o r d e l o s
p r o p i o s grupos s o c i a l e s que han acumulado e s e c a p i t a l . - 86/

A s í , e n e f e c t o , l a s d e s i g u a l d a d e s s o c i a l e s pueden ser
p o s t u l a d a s como d i f e r e n c i a s en una j e r a r q u í a t é c n i c a , y ésta,
a su vez, ser r e f e r i d a a l o s t a l e n t o s y c a p a c i d a d e s d e c a d a
individuo.

En e l extremo, l o que a q u í se p o s t u l a es l a u t o p í a de
una sociedad donde l a d e s i g u a l d a d sea r e c o n o c i d a como un he-
cho n a t u r a l y donde l a dominación s e r í a e j e r c i d a e x c l u s i v a -
$
mente como c o n t r o l t é c n i c o . Donde e l orden se r e d u c i r í a a l a
j e r a r q u í a d e las f u n c i o n e s y l a p o l í t i c a d e s a p a r e c e r í a e n be-
n e f i c i o d e unas t é c n i c a s d i s c i p l i n a r i a s .

F o u c a u l t llama a e s t a u t o p í a e l "sueño m i l i t a r d e l a so-

-
86 /Véase J. J . Brunner, L a ~ d u c a c i ó ny
D i s c i p l i n a r i a , op . c i t .
l a C u l t u r a en una Sociedad

-
87/Foucault, -
Castigar y Vigilar, op. c i t . p. 173.
"Los h i s t o r i a d o r e s de l a s i d e a s a t r i b u y e n f á c i l m e n t e
a los fil8sofos y a los juristas del siglo X V I I I e l
sueño d e una s o c i e d a d p e r f e c t a : p e r o h a h a b i d o t a m -
b i é n un sueño m i l i t a r de l a s o c i e d a d : s u r e f e r e n c i a
fundamental s e h a l l a b a no e n e l e s t a d o d e n a t u r a l e -
z a , s i n o e n l o s e n g r a n a j e s cuidadosamente s u b o r d i n a -
dos d e una máquina, no e n e l c o n t r a t o p r i m i t i v o , s i n o
e n las c o e r c i o n e s permanentes, no en l o s d e r e c h o s fun-
d a m e n t a l e s , s i n o en l a e d u c a c i ó n y formación i n d e f i n i -
damente p r o g r e s i v o s , no e n l a v o l u n t a d g e n e r a l , s i n o
en l a d o c i l i d a d automáticav'.