NEUROTEOLOGIA
Capítulo 1
NEUROTEOLOGIA
O MRIscanner e um instrumento
que ajuda a estudar o cerebro em
funcionamento. E um instrumento de
grande ajuda a Neuroteologia.
"Gene Divino"
Meditação
Oração
Rituais religiosos
Experiências de quase morte
Exercícios de respiração
Música
Dança
Jejum prolongado
Consumo de substâncias psicoativas (Como DMT, Salvia
divinorum, Peiote e várias outras).
Capítulo 2
Capítulo 3
NEUROLOGIA E ESPIRITISMO
BIBLIOGRAFIA:
Capítulo 4
Capítulo 5
BIBLIOGRAFIA
Capitulo 6
ALGUNS TEMAS SOBRE A NEUROTEOLOGIA
Deus e nossa. Deus tem colocado que temos sete Dele" (CCE
2560). E nunca devemos esquecer que Deus é uma Trindade. A
oração torna-se uma relação de aliança cristã entre Deus eo
homem em Cristo. "É a ação de Deus e do homem nasce do
Espírito Santo e que tudo se encaminhava para o Pai, em união
com a vontade humana do Filho de Deus feito homem" (CCE
2564). A oração é cristã enquanto é comunhão com Cristo
is'escampa na Igreja, que é o seu corpo. "
Portanto, precisamos de pontos como a Carta da
Congregação para a Doutrina da Fé sobre alguns aspectos da
meditação cristã (15 de Outubro de 1989), a partir de uma
premissa essencial: a oração cristã é sempre determinado pelo
estrutura da fé cristã, é configurado como um diálogo pessoal,
íntimo e profundo entre o homem e Deus Trino, e é o encontro
de duas liberdades, a Deus que o homem finito infinito. No
entanto, essas advertências não excluem o uso de métodos
orientais de meditação como uma preparação psicofísica para
um cristão verdadeiramente contemplação.
Nivelamento de oração budista de meditação cristã
significa o esvaziamento da dimensão dialógica do seu profundo,
vivido pelo dom do Espírito Santo. A tentação, porém, não é
uma novidade. Desde o Novo Testamento menciona vários erros
semelhantes (cf. 1 Jo 4.3, 1 Timóteo 1, 3-7). Mais tarde, os
Padres da Igreja teve que lidar com dois desvios: o pseudognosi e
messalianisme. A primeira considerou a matéria como algo
impuro, negativo, que a alma envolta em uma ignorância do que
estava para entregar a oração. O messalianisme, poder
carismático do século IV, identificou a graça do Espírito Santo
com a experiência psicológica da sua presença na alma.
Confrontado com estas reducionista não pode degradar ao
nível da psicologia natural que deve ser considerado é a graça de
Deus. A união com Deus é o mistério, não só para o ano chegou
a uma técnica de meditação. Esta união pode ser feito também
através de experiências de sofrimento e até desespero.
NEUROTEOLOGIA 43
Capítulo 6
A SOBREVIVÊNCIA DA FÉ
Capítulo 8
http://www.terra.com.br/istoe/1870/medicina/1870_divino_cer
ebro.htm
NEUROTEOLOGIA 53
Capítulo 9
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL
A psicologia transpessoal é uma área da psicologia que
estuda o transpessoal, o transcendente ou o aspecto espiritual
da experiência humana. Dentre os assuntos estudados na
psicologia transpessoal, estão as experiências religiosas.
A psicologia transpessoal tem entre seus objetos de
trabalho e pesquisa os estados não ordinários de consciência que
abrangem das experiências com alucinógenos (Grof, Huxley) aos
estados místicos das tradições religiosas mundiais. Ken Wilber,
um dos seus principais teóricos, em O espectro da consciência,
propõe uma cartografia do ser que abrange do físico ao psíquico
e deste ao espírito. Assim, a psicologia transpessoal abrange o
ego, como as demais escolas de psicologia, e os estados além do
ego (transpessoal).
De acordo com a psicologia transpessoal, existem cinco
níveis de consciência, sendo eles:
Níveis de consciência de acordo com a psicologia
transpessoal a sombra - aqui o homem tem seu self distorcido. A
sombra acumula porções da psique que causam incongruências,
incompatibilidades. É um nível negativo e patológico.
Ego - é o nível superficial da consciência, onde o homem se
identifica com uma imagem criada, seu self individual, sem se
interessar profundamente em questões sociais ou ecológicas, ou
seja, pensando em si próprio.
Biossocial - neste nível, o homem tende a ter uma
preocupação com o outro, enxergando também o que o rodeia.
Ele aceita uma responsabilidade perante os outros e pelo
ambiente natural.
NEUROTEOLOGIA 55
PSICOLOGIA DA RELIGIÃO
A psicologia da religião é a área da psicologia que estuda as
experiências, crenças e atividades religiosas.
A psicologia da religião também estuda enteogénos e
meditação. Entre os psicólogos mais famosos que já escreveram
sobre a psicologia da religião estão Sigmund Freud, Carl
Jung,William James,Rudolf Otto,Erik Erikson,Erich Fromm, dentre
outros.
O trabalho de Carl Jung consigo mesmo e com seus
pacientes convenceram-no de que a vida tem um propósito
espiritual que vai além das buscas materiais. Nossa principal
tarefa, ele acreditava, era a de descobrir nosso mais profundo e
incondicionado potencial, como a capacidade de uma lagarta de
virar borboleta.
Baseado no seu estudo sobre o cristianismo, hinduísmo,
budismo, gnosticismo, taoísmo e outras tradições, Jung percebeu
que esta jornada de transformação está no coração de todas as
religiões.
É uma jornada para encontrarmos a nós mesmos e ao
mesmo tempo encontrarmos o divino. Paralelamente a Sigmund
NEUROTEOLOGIA 56
PRÉ-HISTÓRIA
130.000 anos atrás - Surgimento do cérebro humano
moderno
12.000 anos atrás - Práticas xamânicas são possivelmente
as primeiras formas de religião, sendo elas da época paleolítica e
Neolítica .
NEUROTEOLOGIA 58
IDADE ANTIGA
Aproximadamente 2500 a. C. - A meditação, que é uma das
técnicas para se conseguir obter uma experiência religiosa, existe
desde antes da escrita. Arqueólogos dizem que a prática pode
ter surgido entre as primeiras civilizações indianas.
Várias esculturas descobertas na Civilização do Vale do Indo
(3300–1700 a.C.) mostram figuras em posturas de meditação.
Nas Upanishads (escrituras sagradas hindus), existe umas das
primeiras referências a meditação. Ela é feita no Upanishad
Brihadaranyaka.A Civilização do Indo (por volta de 2000 a.C.)
pode ter a primeira imagem representando meditação . A
imagem representa Shiva.
Aproximadamente 2000 a.C. - Abraão recebe uma ordem
divina e se muda da Mesopotâmia para a Palestina, dando início
ao povo judeu.
Aproximadamente 1500 a.C. - Moisés lidera os judeus na
saída do Egito e institui os Dez Mandamentos sob inspiração
divina.
Século VII a.C. - Zoroastro funda uma nova religião na
Pérsia, o Zoroastrismo, baseada na luta do bem contra o mal.
599 a.C.(ou 540 a.C.) - 527 a.C.(ou 470 a.C.) - Mahavira
propaga a religião jainista na Índia. Uma das características
principais do Jainismo é a defesa da não-violência.
Por volta de 563 a.C. - 483 a.C. - Siddhartha Gautama cria o
Budismo na Índia, tendo como base a extinção dos desejos.
8-4? a.C. – 29-36? - Jesus Cristo cria o Cristianismo, religião
que se baseia no amor ao próximo. Após ser perseguido pelo
Império Romano, o Cristianismo torna-se a sua religião oficial. O
calendário ocidental posteriormente passa a ser contado a partir
da suposta data do nascimento de Jesus.
NEUROTEOLOGIA 59
IDADE MÉDIA
570 - 632 - Maomé, um comerciante da cidade de Meca, na
Península Arábica, recebe uma revelação do Arcanjo Gabriel
incitando-o a criar uma nova religião, o Islamismo.
788 – 820 - Shânkara foi um reformador do Hinduísmo,
filósofo brilhante e autor de muitos milagres.
1207 - 1273 - Rumi, um poeta afegão muçulmano, escreve
algumas das melhores poesias místicas de todos os tempos.
IDADE MODERNA
1515 - 1582 - Teresa de Ávila reforma a ordem das freiras
carmelitas, na Espanha, vivencia muitos fenômenos místicos e
deixa escritos muitos clássicos da literatura religiosa mundial.
1531 - Aparição de Nossa Senhora de Guadalupe no México
a um índio asteca convertido ao catolicismo.
1542 - 1591 - São João da Cruz, com o apoio de Santa
Teresa de Ávila, reforma a ordem dos carmelitas na Espanha e
escreve também muitos clássicos da literatura mística mundial.
IDADE CONTEMPORÂNEA
1469 - 1539 - Guru Nanak
1817 - 1892 - Bahá'u'lláh
1836 - 1886 - Ramakrishna
1847 - 1910 - William James
1858 - Aparição de Nossa Senhora em Lourdes, na França
1875 - 1941 - Evelyn Underhill
1893 - 1952 - Yogananda
1894 – 1963 - Aldous Huxley
1915 – 1968 - Thomas Merton
1917 - Aparição de Nossa Senhora de Fátima em Portugal
1926 - Satya Sai Baba
TÉCNICAS
MEDITAÇÃO
A meditação consiste na prática de focar a atenção,
freqüentemente formalizada em uma rotina específica. A
meditação pode ser utilizada para se ter experiências religiosas.
ZAZEN
Zazen é um tipo de meditação e tambem é a base da
prática Zen Budista. O objetivo do zazen é "apenas sentar", com
a mente aberta, sem apegar-se aos pensamentos que fluem
livremente. Isto é feito tanto através do uso de koans, o principal
método Rinzai, ou o sentar-se completamnete alerta (o "apenas
sentar", shikantaza), o qual é o método da escola Soto. O
princípio do zazen é o de que uma vez que a mente esteja livre
de suas diversas camadas, pode-se realizar a natureza búdica,
atingindo-se a iluminação (satori).
ORAÇÃO
Oração é prática religiosa comum a diversas tradições
religiosas. É um ato de reconhecimento e louvor diante de um
NEUROTEOLOGIA 61
ORAÇÃO CONTEMPLATIVA
No Cristianismo mistico, a oração contemplativa é uma
oração em que o praticante controla a respiração, ou repete
cantos ou apenas se concentra para acalmar os pensamentos e
sentimentos e entra em comunicação com uma entidade q ue
muitos acreditam ser Deus.
ORAÇÃO DE JESUS
Oração de Jesus também chamada Oração do Coração, é
uma oração curta cuja fórmula é orada de forma repetida. Ela foi
amplamente praticada, ensinada e discutida através da história
do Cristianismo Oriental.
A Oração de Jesus é, para os ortodoxos orientais e os
católicos orientais, uma das orações mais profundas e místicas; é
frequentemente repetida continuamente coma parte de uma
prática ascética. Apesar de existirem muitos textos da Igreja
Católica sobre a Oração de Jesus, sua prática nunca atingiu a
mesma popularidade da Igreja Católica Ortodoxa.
RITUAL
Exercicios de Respiração
Jejum
Música
Música Sacra (Música Religiosa)
DANÇA SUFISTA
Dança Sufista A order sufista Mevlevi nas suas práticas
dhikr atribuem grande importância à música e à dança. O
exercício de meditação da ordem, denominado sama, envolve a
recitação de orações e hinos, após os quais os participantes
realizam voltas à sala, numa dança em que abrem os braços à
NEUROTEOLOGIA 62
altura dos ombros, com a palma da mão direita virada para cima
e a da mão esquerda para baixo.
Os membros desta ordem são mais conhecidos no Ocidente
como os "dervixes rodopiantes". Sufistas procuram experiencias
religiosas por meio trances misticos e estados alterados da
mente induzidos por meio da desta dança.
CHACRAS
MANDALA.
Sri YantraChacras são, segundo a filosofia ioga, canais
dentro do corpo humano (nadis) por onde circula a energia vital
(prana) que nutre órgãos e sistemas. Existem várias rotas
diferentes e independentes por onde circulam esta energia. Os
chakras são os pontos onde essas rotas energéticas estão mais
próximos da superfície do corpo.
Várias terapias, como o Reiki e a cromoterapia se utilizam
dos chakras como base para o tratamento do corpo físico até o
espiritual. Concentrar-se no que está fazendo, pensando na
região do chakra já é uma forma de reativá-lo. Procure ficar em
um lugar tranqüilo, para que nenhum barulho possa tirar sua
concentração. " Coloque uma de suas mãos aberta em frente ao
chakra, sem tocar no corpo, e faça movimentos circulares no
sentido horário, como se estivesse massageando o local, mas à
distância. " Sentar-se na posição de lótus - pernas cruzadas -
tronco ereto - e fixar o olhar na ponta do nariz estimula o chakra
frontal ou do terceiro olho.
KUNDALINÍ
Kundaliní é o poder espiritual primordial ou energia
cósmica que jaz adormecida no Múládhára Chakra, o centro de
força situado próximo à base da coluna, e aos órgãos genitais. É a
energia que transita entre os chakras.
Enquanto está adormecida, assemelha-se a uma chama
congelada. O "despertar" da energia divina Shakti Kundalini
NEUROTEOLOGIA 63
MANDALAS
Mandala é a palavra sânscrita que significa círculo, uma
representação geométrica da dinâmica relação entre o homem e
o cosmo. De fato, toda mandala é a exposição plástica e visual do
retorno à unidade pela delimitação de um espaço sagrado e
atualização de um tempo divino.
Em termos de artes plásticas, a mandala apresenta sempre
grande profusão de cores e representa um objeto ou figura que
ajuda na concentração para se atingir outros níveis de
contemplação. Há toda uma simbologia envolvida e uma grande
variedade de desenhos de acordo com a origem.
A mandala representa para o homem o seu abrigo interior onde
se permite um reencontro com Deus.
Uso de Enteógenos
Algumas substâncias psicoaticas, particularmente enteógenos ,
tem sido utilizado para propositos religiosos desde tempos pre-
historicos.
DMT
O chá de ayahuasca contém DMT, podem induzir a pessoa a
ter experiências religiosas
Delosperma contém DMT é a abreviação da substância N,N-
dimetiltriptamina . DMT é encontrada in natura em vários
gêneros de plantas (Acacia, Mimosa, Anadenanthera,
Chrysanthemum, Psychotria, Desmanthus, Pilocarpus, Virola,
Prestonia, Diplopterys, Arundo, Phalaris, dentre outros), em
alguns animais (Bufo alvarius possui 5-Meo-DMT, um alcalóide
bastante parecido em estrutura e em propriedades químicas) e
também produzida pelo corpo humano.
NEUROTEOLOGIA 64
NEUROTEOLOGIA 65
Capítulo 10
O CÉREBRO RELIGIOSO
Outras tentativas foram envolvidos nas substâncias
psicodélicas como o LSD e psilocibina, o agente ativo dos
NEUROTEOLOGIA 68
POSSIBILIDADES
O decréscimo da atividade nos lóbulos parietais causas
anormais percepções espaciais e perda do sentido usual de ser
que é no estado de vigília. É neste momento que tornou possível
a experiência chamada mística, que é o que permite ao indivíduo
transcender sua identidade individual e se identificar com tudo o
que sustenta o universo físico é conhecido.
Por outro lado, a pesquisa de Richard Davidson , da
Universidade de Wisconsin, com monges tibetanos também
mostraram que os padrões do eletroencefalograma dessas
pessoas tinham níveis mais elevados de ondas gama durante os
períodos de meditação, e mesmo depois deles.
NEUROTEOLOGIA 69
Capítulo 11
À PROCURA DA CHAVE CIENTÍFICA PARA A RELIGIÃO
COMO NO FUTEBOL
Capa do livro de Ulrich SchnabelO homem é, portanto,
religioso por natureza. Entenda-se aqui "por natureza"
realmente no sentido antropológico, e não genético. Schnabel
considera total disparate o "gene de
Deus", que o biólogo molecular norte-
americano Dean Hamer pretende haver
descoberto já há alguns anos.
"Entretanto está provado existir uma
bem definida disposição genética geral
para a fé. Simplificando bastante: quem tem pai pastor tenderá
antes a procurar um sistema religioso do que alguém em cujo lar
a religião não representa qualquer papel."
Se a fé é humana, de uma maneira ou de outra, não há
realmente como se decidir contra ou a favor; a questão é apenas
NEUROTEOLOGIA 73
FÉ E REPRODUÇÃO
Peregrinos na LituâniaEm sua "Medição da fé", o jornalista
científico traça um quadro bem
completo das descobertas da pesquisa
teológica, e inquire quanto à sua
plausibilidade. Além disso, ele reúne
respostas bastante contraditórias sobre
o efeito medicinal da fé, ou se ela é
capaz de tornar os seres humanos mais
felizes.
Schnabel menciona ainda as incertas constatações da
neurociência em relação à meditação, e busca a influência da fé
NEUROTEOLOGIA 74
Capítulo 12
PROGRAMADO PARA A FÉ
NA LIVRARIA
Why God Won't Go Away, Andrew Newberg e Eugene D'Aquili,
Ballantine Books, EUA, 2001
Religion Explained, Pascal Boyer, Basic Books, EUA, 2001
O Universo Autoconsiente, Amit Goswami, Rosa dos Tempos, Rio
de Janeiro, 2001
O Tao da Física, Fritjof Capra, Cultrix, São Paulo, 1999
NA INTERNET
www.andrewnewberg.com
www.innerworlds.50megs.com
NEUROTEOLOGIA 87
Capítulo 13
METANEUROLOGÍA
AS FUNÇÕES CEREBRAIS
Vamos considerar os mecanismos de que as funções do
cérebro já estão razoavelmente bem conhecidas:
"A visão de um objeto - a luz que reflete sobre o objeto é
projetada em nossos olhos sinalização neurônios da retina. De lá,
atravessa o estímulo nervoso com este vias anatômicas estimular
o córtex visual. Distribuído em superfícies concêntricas como as
camadas de uma cebola, os neurônios codificam em áreas
vizinhas, cada uma das características do objeto a ser exibido.
Assim, temos um lugar específico para ver a forma do objeto,
outro local para ver a sua cor e ainda um outro sentido ao
movimento. Este objeto pode ser, por exemplo, chamar a mão
de alguém. Depois disso, enfrentamos um grande enigma: como
o cérebro essa informação quebrado selo: a forma, cor e
movimento em um único objeto, juntamente com o seu
NEUROTEOLOGIA 90
O ESTUDO DA MENTE
Grande parte da atividade cerebral é fácil de ser conhecida
e definida. Por exemplo, os reflexos são respostas para o sistema
nervoso produz, em reação a estímulos.
Os comportamentos podem ser reduzidos a um conjunto
de atitudes. A emoção é um estado de humor. Quando definimos
NEUROTEOLOGIA 92
O CORPO MENTAL
Neurociência compreende que todos os fenômenos
psicológicos que há um substrato biológico é revelada na
atividade cerebral. despolarizar neurônios, circuitos que estão
organizados em redes, áreas do cérebro que se especializam em
movimento e as sensações e as regiões que compõem as funções
são agrupadas de memória de construção mais ou menos
complexas e escrever o idioma. A mente seria o resultado da
atividade cerebral inerente complexa. Sem o cérebro, não
haveria mente.
Minha proposta para o "corpo mental" é baseado em
evidências clínicas. exemplos neurológicos sugerem a existência
de um corpo composto, construídos e expressos os fenômenos
da mente. Com o "metaneurología" intenção de liquidar a idéia
de que possamos investigar e adicione, aos poucos, o
conhecimento da anatomia e da fisiologia do "corpo mental".
fragmento de Neurologia obtido várias funções do cérebro.
Sabemos, por exemplo, onde o cérebro decodifica as
características físicas de um objeto, mas não sabe como o
cérebro faz a integração dessas informações. Como o cérebro
integra nossas memórias para nos oferecer uma identidade única
e permanente? O "corpo mental" pode resolver todas estas
questões.
A investigação do que acontece em condições clínicas, tais
como a histeria, o sonambulismo em transe, na narcolepsia, no
fantasma, que nos permite acreditar na existência de uma
fisiologia específica do "corpo mental". Dessa forma,
consideramos que ele não aprisionar os limites do nosso corpo
físico não está restrita aos circuitos e os caminhos da anatomia
NEUROTEOLOGIA 93
Capítulo 14
Carlos A. C. Harmath M. D.
Neuropsiquiatra. Analista membro
da ABPA e da IAAP. Ex-Professor
Titular de Fisiologia e Biofísica da
Universidade Estadual de Londrina.
Ex-Professor de Neurofisiologia da
Universidade Federal do Paraná.
A neurociência compreende um conjunto de metodologias
e técnicas utilizadas para estudar os múltiplos aspectos
estruturais e funcionais do Sistema Nervoso. Neuroanatomia,
Neurohistologia, Neurofisiologia, Psicofisiologia, Neurobiologia
Molecular, Neurogenética, Neuroetologia, Neurobiologia
computacional, Neurociência cognitiva, Neuroteologia etc. fazem
parte do conjunto das Neurociências. Todas se interagem na
NEUROTEOLOGIA 98
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
Capítulo 15
FILOSOFIA DA MENTE
INTRODUÇÃO
O conceito de consciente que usamos hoje nasceu com o
"pai" da psicanálise, o austríaco Sigmund Freud. Sendo que em
sua primeira descrição apresentou o nosso aparelho psíquico em
três instâncias (níveis): o inconsciente, o subconsciente e o
consciente.
O consciente é a parte do nosso aparelho psíquico que tem
a noção da realidade do nosso meio ambiente imediato. É a zona
responsável pelo contato com o mundo exterior.
Ao consciente corresponde a zona da razão conhecida através da
introspecção (descrição das próprias experiências ou padrões de
comportamento).
No passado, acreditava-se que, em alguma parte do corpo,
havia uma substância responsável pela formação da consciência.
Essa idéia "queimava os neurônios" dos pensadores gregos da
antiguidade, os quais achavam que a mente e a consciência
tinham assento nos pulmões, sendo o ar o elemento responsável
pela sua produção.
Mesmo quando os conceitos se modificaram em meados
do sexto século A.C., e o cérebro passou a ser reconhecido como
o centro das atividades mentais, ainda assim persistiu a idéia da
existência de uma substância determinante dessas atividades, a
responsabilidade tendo sido transferida para o líquido céfalo-
raquiano.
Aliada a essa concepção, surgiu outra indagação: Existe um
"centro cerebral da consciência"?
No século XVII, por assim pensar ou talvez por receio das
poderosas pressões teológicas da época, René Descartes
enunciou estar à mente assentada na glândula pineal e que,
através dela, a "alma" (uma espécie de etéreo consciente
superior, mais tarde representada, metaforicamente, por um
homúnculo – símbolo herdado dos teólogos medievais), se
NEUROTEOLOGIA 109
TEORIAS DA CONSCIÊNCIA
Poderíamos neste momento de nossa pesquisa e na
intenção de criar um vasto liame conceitual, discorrer a respeito
de uma série de postulados á respeito de “Teorias” que dizem
respeito à consciência em sua formação, conteúdo e outras
abordagens.
Mais nos ateremos em apenas dois postulados que tenham
mais consonância com a pesquisa em Filosofia da Mente e com o
módulo de estudo em questão. A razão desta teorização através
de mais autores intenta enriquecer a discussão sobre a
consciência, para posteriormente estarmos seguramente
fundamentados para discussão sobre consciência primária e
consciência elaborada e suas implicações.
NEUROTEOLOGIA 110
aja segundo ela, significa apenas que, em regra geral, ele não
tem consciência desta memória ou lança mão dela para planejar
ou agir no futuro.
Nesta primeira forma de consciência, o animal constrói
categorias conceituais de suas percepções (cheiros, imagens,
emoções, etc.).
Há fortes indícios de que a maioria dos mamíferos e aves
possui este tipo de consciência, que deve ter surgido há cerca de
300 milhões de anos. Sugere-se ainda que animais de sangue frio
tivessem dificuldades para desenvolvê-la, por não possuírem um
aparato bioquímico estável capaz de sustentá-la. Uma hipótese
de trabalho, ainda não comprovada empiricamente, é que
animais, para os quais olharem nos olhos de outros tem algum
significado, possuiriam esta capacidade.
O outro tipo de consciência, evolutivamente mais recente,
é a consciência elaborada que evoluiu apartir da anteri or e se
diferencia dela por permitir uma percepção de continuidade no
tempo: eu sou o mesmo que fui no passado e serei no futuro. A
consciência do indivíduo reconhece seus próprios atos/e ou
afetos, tendo lucidez de estar consciente (consciente da
consciência). Nesta forma de consciência, há uma memória
simbólica, um gigantesco avanço no processamento de
informações pelo cérebro. É um saber não inferencial ou
apriorístico dos acontecimentos, sendo inserido dentro de um
contexto, não apenas como uma fotografia, mas com ligações e
inferências temporais, espaciais e fenomenológicas. O indivíduo
consciente torna-se também capaz de introspecção – a
possibilidade de refletir sobre si mesmo. Este progresso é
possibilitado pela emergência de duas novas estruturas
cerebrais, as áreas de Brocca, que evoluiu do córtex motor, e
Wernicke, que evoluiu do córtex auditivo. Nos seres humanos,
elas respondem respectivamente pela produção da fala e pelo
entendimento da linguagem.
A consciência elaborada seria então aquela que envolve o
reconhecimento por um sujeito pensante, dos seus próprios atos
NEUROTEOLOGIA 115
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AIUB, Mônica. Causação Mental. –
www.filosofiadamente.org/textos
COSTA, Cláudio. Filosofia da mente. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editor, 2005.
EDELMAN Gerald M. Bright Air, Brilliant Fire: On the Matter
of the Mind. New York, NY: Basic Books, 1992.
EDELMAN, Gerald M.. Biologia da consciência: as raízes do
pensamento. Lisboa: Inst. Piaget, 1995.
EPISTEME, Porto Alegre, n. 14, p. 181-184, jan./jul. 2002.
KRICHMAR, J, et all. Characterizing functional hippocampal
pathways in a brain-based device as it solves a spatial
memory task. The Neurosciences Institute, 10640 John Jay
Hopkins Drive, San Diego, CA 92121. Contributed by Gerald
M. Edelman, December 30, 2004
SEARLE, John. A redescoberta da mente. São Paulo: Martins
Fontes, 2006.
NEUROTEOLOGIA 118
LEITURAS COMPLEMENTARES
Capítulo 16
TERMO
Para Champlin, na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e
Filosofia, analisa que as discussões sobre os termos hebraico e
grego envolvidos: não ajudam muito a entender a questão da
imagem, são palavras por demais plásticas e ambíguas, não
dando sempre indicações precisas e, por isso, não dá para
entender o sentido da imagem pela definição das palavras, mas
só por meios interpretativos (Champlin, 1991, p. 244).
QUESTÃO
Por essa indefinição do termo imagem, começou-se a ter
várias questões sobre a imagem de Deus no homem, como por
exemplo: a imagem tem a ver com o imaterial do homem, ou o
corpo também representa esta imagem? Qual é a condição
espiritual da imagem Deus? Qual é a essência dessa imagem? Até
que ponto a queda no pecado do homem maculou essa imagem?
A imagem está somente no homem, ou na criação toda? Quais
são as características da imagem de Deus? Quais são os
elementos que compõe a imagem de Deus? Os animais possuem
a imagem de Deus? E, Deus é a imagem do homem?
FILÓN
O primeiro a pensar mais precisamente sobre a imagem de
Deus depois de Moisés foi o filósofo judeu Fílon de Alexandria,
que viveu no primeiro século da era cristã, que influenciou
posteriormente, com a sua filosofia, a doutrina da imagem de
Deus no cristianismo, viu na alma humana a imagem de Deus,
alma no sentido de logos, que seria a mente racional, que
através da qual, o ser humano pode participar do Logos Divino,
dando, portanto, ênfase ao lado imaterial do ser humano nessa
imagem.
NEUROTEOLOGIA 121
PATRÍSTICA
No período patrístico, que abrange do segundo ao oitavo
século, houve influência da filosofia grega, principalmente a de
Platão, a imagem de Deus foi pesquisada por vários Pais da
Igreja, entre quais estão Clemente de Alexandria, Gregório de
Nissa e Aurélio Agostinho.
CLEMENTE
Para Clemente de Alexandria essa imagem tem três
elementos: primeiro a do logos, que diz respeito à inteligência
racional, em que leva o homem a inteligir com o logos da Razão
Divina; o outro elemento recai sobre todos os homens, visto na
ação daquilo que o homem faz, consistindo no fazer o bem e
governar o mundo; e o último elemento seria a imagem de Deus
no cristão, tendo como resultado essencialmente o
conhecimento e o amor, que são expressos pela ação de Deus na
vida do cristão, e essa ação é mediada por Cristo.
GREGÓRIO
Gregório de Nissa, afirma que a imagem de Deus, refere-se à
imagem de Deus ideal e imagem de Deus real, histórica. Na
primeira o Criador decidiu criar a humanidade, em que a alma e
o corpo são traços marcados dessa imagem, com a alma o
homem se relaciona com Deus, e o corpo enquanto irradiação da
beleza da alma, e instrumento para a atividade física e
intelectual, leva para o exercício de sua realeza, que seria o
domínio do homem sobre todos os outros seres criados. Na
imagem real, histórica, refere-se à criação do homem e da
mulher, dotando-os de sexualidade, pela qual podem se
reproduzir, onde essa imagem é continuada na procriação.
NEUROTEOLOGIA 122
AGOSTINHO
Aurélio Agostinho é considerado o maior expoente dos Pais
da Igreja, pensa que a imagem de Deus representa a triunidade
de Deus no homem, sendo esta, portanto, de natureza espiritual,
e pela queda do homem no pecado, essa imagem foi
desfigurada, mas, não perdida, e pela mediação de Cristo o
homem pode restaurar plenamente a sua imagem divina.
ESCOLÁSTICA
No período escolástico, que abrange o nono século ao
quatorze, que teve a influência da filosofia de Aristóteles, a
imagem de Deus foi analisada por Boaventura e Tomás de
Aquino.
BOAVENTURA
São Boaventura acredita que a imagem de Deus é
percebida nas imitações que as criaturas podem fazer de Deus,
mas em graus diferentes, algumas apenas por vestígios, outras
por imagem, e outras por semelhança bastante aproximada de
Deus. O vestígio encontra-se em todas as criaturas, por serem
irracionais, não se relacionam com o Criador, mas são criaturas
dele; a razão de imagem encontra-se em todos os intelectos
racionais, que seria o homem de maneira geral; e a razão de
semelhança encontra-se somente nos cristãos, que podem
relacionar-se com Deus.
AQUINO
Tomás de Aquino, visto como o expoente máximo do
escolasticismo percebe que a alma do homem é a imagem da
trindade, vista principalmente na natureza intelectual, que é
capaz de imitar a Deus, possibilitando ao ser humano conhecer-
se e amar-se e, conseqüentemente, conhecer e amar a Deus,
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ERICKSON
Erickson, teólogo americano, entende que a imagem de
Deus tem três concepções diferenciadas: substantiva, relacional
e funcional. A imagem substantiva inclui as características físicas,
psicológicas e espirituais do ser humano; na imagem relacional
vincula-se a vivência de um relacionamento entre os homens e
Deus e dos homens entre si; e na imagem funcional, refere-se às
realizações das pessoas no seu cotidiano; portanto, a imagem de
Deus distingue o homem de todas as outras criaturas, e é nessa
imagem que o homem caracteriza-se como humano, traduzida
nas aptidões da personalidade, que o faz interagir com as demais
pessoas, de pensar e refletir, e finalmente, de possuir livre-
arbítrio para fazer o que quiser na vida.
WOLFF
Wolff, teólogo alemão, estuda a imagem de Deus no texto
de Moisés, pensando que através da imagem de Deus, o ser
humano foi criado para ser o regente administrador do mundo,
mostrando que toda criação de Deus é o mundo do homem e por
isso existe uma correspondência entre ambos: correspondência
na palavra, no interesse e na administração; essa administração
deve ser efetuada coletivamente, estando unidos uns com os
outros, tendo o interesse como homens e mulheres a
multiplicidade de seus membros, cabendo à humanidade
transformar e modelar o ambiente, e que o domínio do homem
sobre outro adultera a imagem de Deus.
RICOUER
Ricouer, filósofo francês, analisa a partir dos Pais da Igreja a
imagem de Deus, dizendo que é tarefa de todos os séculos
refletirem de forma renovada esse símbolo indestrutível, que
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