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1ª) O sentimento do eu-lírico mostra um pessimismo latente onde se

identificam sofrimentos que suprem a perspectiva de um futuro livre desses


males, elencados pelo autor, mesmo tendo ele colocado o futuro como uma
forma de atenuar aquilo que lhe aflige no presente, e ao mesmo tempo
querer modificar tal presente. Desta maneira podemos dizer que o eu-lírico
se sente isolado lamentando as desgraças que recaíram sobre si, mostrando
que este momento é parte de sua realidade e que o pessimismo é fruto da
condição humana neste momento, mas que espera que as transformações,
mesmo que efêmeras, possam aliviar o que ele sente, contrapondo desta
feita a temporalidade de suas indagações.

2ª) O tempo predominante no poema é no presente, coo se observa pelas


formas verbais tenho, sinto, calunia e outros. No entanto na primeira estrofe
o eu-lírico faz projeção para o futuro, nestes versos:

“Vou a medo na aresta do futuro

Embebido na saudade do presente”

a) Que contradição reside nas saudades sentidas pelo eu-lírico?

R. O contraponto da temporalidade, exposta pelo autor, mostra a noção de


um sentido amplo do desejo de viver o que ainda estar por vir fortalecido
pelo momento do agora; que é infrutífero e sofrível. O autor, então,
antecipa, de maneira retórica, a impossibilidade do que ele deseja, isso
significa dizer que a contradição resulta da compreensão que o eu-lírico tem
de si mesmo no momento em que propõe sentir algo que ainda é duvidoso,
mas que para o eu-lírico é possível como forma de recompensa diante do
sacrifício que é viver.

b) Logo o futuro representa uma perspectiva para o eu-lírico? Por quê?

R. O futuro representa a busca daquilo que o eu-lírico coloca como


possibilidade de mudança das perspectivas apresentadas para o presente, o
que implica em uma visão de conformidade do presente sob a reflexão de
um futuro incerto, mas admitido pelo eu-lírico como consequência
benevolente natural do processo de sofrimento. Neste sentido as angústias
trazem consigo as razões que alimentam a perspectiva de em um tempo
vindouro e a felicidade, então, possa se apresentar para aplacar os males
que o presente causou. Ressaltando que este futuro, penando desta forma,
é fruto da imaginação do eu-lírico.

3ª) A dor, a angústia e o sofrimento são elementos constantes na poesia de


Camilo Pessanha.

Qual é a natureza da dor vivida pelo eu-lírico?

R. A dor está centrada na questão da temporalidade, onde o eu-lírico


determina que os augúrios vividos são elementos inerentes ao que se vive
no presente, mesmo sabendo que esta vivência se percebe na realidade,
onde é a dor o maior sentido que o eu-lírico identifica como a
primordialidade de sua existência afetiva. A natureza desta dor se percebe
no próprio sofrimento vivido, em todos os seus desdobramentos, mas não
necessariamente é uma natureza sofrida, haja vista que o eu-lírico vivência
a dor em uma realidade de permissões.

b) De acordo com as ideias do poema, que interpretação pode ser dada ao


verso” sem ela(dor) o coração é quase nada.

R. A dor é o próprio sentido da existência, sem ela não é possível vislumbrar


o futuro, ou mesmo fazê-la desaparecer, ela ad apresenta como o pão que a
fome da alma precisa comer ara suportar os sofrimentos, a dor é tão
presente quanto o ato da vida e seus efeitos. A dor pode ser entendida
como uma manifestação do estado puro de questionamento do eu-lírico e
de sua realidade querendo contrapor a ordem natural das coisas existentes
na vida. Para além disso a dor não é causa do sofrimento em si, uma vez
que o sofrimento é o símbolo de um estado afetivo onde o eu-lírico organiza
as consequências dos pesares vividos para canalizar um tempo inexistente,
mas que pretensamente pode ser transposto sob a forma do pensa-lo como
uma explicação para o presente de dor. Logo, a dor é existencialmente
necessária ao eu-lírico.

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