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c  
 
Monografia apresentada à Faculdade de Imperatriz
como um dos pré-requisitos para obtenção do grau de
bacharel em Farmácia.

ORIENTADOR: MARCOS DIEGO PEREIRA


DA SILVA

 

 

  
p

Objetivo Geral

Regulamentar medicamentos fitoterápicos.

Objetivo Específico

Entender os conceitos necessários para a compreensão da Legislação de Atividades.


p

 
p
!"#$%&
Um remédio é qualquer substância ou recurso específico utilizado para obter cura ou
alívio. Diferentemente de fármaco, a substância utilizada não necessita ser conhecida
quimicamente. Já medicamento, tem uso mais estrito à composição excipientes+fármacos,
vendidos em farmácias e drogarias, utilizados na cura, prevenção e profilaxia, com uma série
de regras e testes de qualidade que devem ser realizados para comprovar sua eficácia.
p !$%'("!)*&
Medicamento é um produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado com
finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.

p !$%'("!)*&c%*&*!+,-%'&
Um medicamento fitoterápico é aquele alcançado de plantas medicinais, onde se utiliza
exclusivamente derivados de droga vegetal tais como: suco, cera, exsudato, óleo, extrato,
tintura, entre outros.

´p +!-(+($&c%*&*!+,-%'&%)*!+"!$%,+%&
@ produto vegetal triturado, pulverizado, rasurado, extrato, tintura, óleo fixo ou volátil,
cera, suco e outros, obtido de plantas frescas e de drogas vegetais, através de operações de
fracionamento, extração, purificação ou concentração utilizado na preparação de produto
fitoterápico.

âp !$%'("!)*& '(.($&
Produto que tenha passado por todas as fases de produção e acondicionamento, pronto
para a venda como medicamento
p (*#+%(/-+%"(!0!*(1
Planta fresca, droga vegetal ou preparado fitoterápico intermediário empregado na
fabricação de produto fitoterápico.

'p +&0(!0!*(1
@ a planta ou suas partes, que após processo de coleta, secagem, estabilização e
conservação, justificam seu emprego na preparação de medicamento.

>p c(+"('20!)&
Farmacógeno é a porção do vegetal ou animal onde se localiza os princípios ativos com
finalidade terapêutica.

Up (+'($&+!34-(+(-1()*(3"!$%'%)(%35
São constituintes quimicamente definidos, presentes na matéria-prima vegetal,
preferencialmente os próprios ativos, destinados ao controle de qualidade da matéria-prima
vegetal, dos preparados fitoterápicos intermediários e dos produtos fitoterápicos.

p 1()*(!$%'%)(1
@ uma planta que contém substâncias bioativas com propriedades terapêuticas,
profiláticas ou paliativas.

p 6.3*7)'%((*%8(
Substância Ativa representa o componente da formulação responsável pelas ações
farmacológicas.

p +%)'9-%&(*%8&
@ a substância que deverá exercer efeito farmacológico.

p c%*&*!+(-%(
@ o estudo das plantas medicinais e suas aplicações na cura das doenças.

´p c,+"('&
Na terminologia farmacêutica fármaco designa uma substância química conhecida e de
estrutura química definida dotada de propriedade farmacológica.

âp $:68()*!3
Adjuvante é toda matéria-prima adicionada à forma farmacêutica que vai favorecer as
características organolépticas do medicamento.
p ;*+(*&
Produto concentrado, obtido de um alimento, erva ou suco, através do seu cozimento e
conseqüentemente de sua evaporação.

'p ;*+(*&19<6%$&
@ um método para separar compostos baseado em suas diferentes solubilidades em dois
líquidos diferentes imiscíveis, normalmente água e um solvente orgânico. @ um processo de
separação que objetiva a extração de uma substância de uma fase líquida em outra.

>p ;*+(*&c16%$&
Segundo a Farmacopéia Brasileira, os extratos fluidos são preparações oficinais,
obtidas de drogas vegetais manipuladas, de forma que 1.000 g de extrato contenham o
equivalente a 1.000 g de erva seca. Por não terem sofrido ação do calor, seus princípios ativos
são exatamente os mesmos encontrados nos fármacos respectivos.

Up ;*+(*&&1!
Os extratos moles são soluções extrativas que possuem consistência de mel, que,
quando dessecados a 105 ºC perdem entre 15 e 20 % de água.

p ;*+(*&!'&
Os extratos secos ou pulvurentos se apresentam sob a forma de pó e perdem de 5 a 8
% de água. Os extratos secos podem ser facilmente manipulados, apesar de muito
higroscópicos. A posologia é a mesma dos extratos moles. São conservados em recipientes
herméticos, em presença de desidratantes e ao abrigo da luz. Os extratos secos obtidos por
atomização são conhecidos também por nebulizados. O princípio da nebulização consiste em
dispersar a solução extrativa a dessecar em minúsculas gotículas sob uma corrente de ar
quente. As gotículas são secas instantâneamente e transformadas em um pó finíssimo. Os
fenômenos de oxidação e desnaturação pelo calor são reduzidos ao mínimo.

p %)*6+(
Forma farmacêutica líquida à base de água e álcool. Processo de extração a partir da
planta seca. As tinturas vegetais são preparadas à temperatura ambiente pela ação do álcool
sobre uma erva seca (tintura simples) ou sobre uma mistura de ervas (tintura composta). São
preparadas por solução simples, maceração ou percolação.

p c&+"(c(+"('=6*%'(
@ o estado final que as substâncias ativas apresentam depois de serem submetidas às
operações farmacêuticas necessárias, a fim de facilitar a sua administração e obter o maior
efeito terapêutico desejado. A sujeição das substâncias ativas às operações farmacêuticas deve-
se ao fato da maioria das substâncias ativas não poderem ser diretamente administradas ao
paciente.

p 3-!'%(1%$($!c(+"('=6*%'(
Produto oriundo da indústria farmacêutica com registro na Agência Nacional de
Vigilância Sanitária e disponível no mercado.

´p 1!&3
O termo óleo refere-se a uma classe de substâncias que, por convenção, deve
apresentar-se no estado líquido e viscoso nas condições ambientes de temperatura e pressão ao
nível do mar. Os óleos são hidrofóbicos (são imiscíveis com a água) e lipofílicos (miscível com
outros óleos). Entre as origens dos óleos, temos a vegetal, animal e mineral.

âp 1!&3!33!)'%(%3&68&1,*!%3
Os óleos essenciais são compostos aromáticos, geralmente voláteis, retirados dos
vegetais, onde são encontrados pré-formados ou na forma combinada. São extraídos por
destilação, por expressão ou por extração por solventes.

p )>63?&
A infusão é preparada jogando-se água fervente sobre as partes ativas do vegetal,
geralmente as folhas ou as flores. @ o modo tradicional de preparar o chá. Devem-se deixar as
plantas dentro da água quente por 5 a 10 minutos, e depois filtrar. A quantidade de erva varia
segundo a espécie, sendo normalmente de 5 g para cada 100 ml de água.

'p !'&'@?&
Na decocção, geralmente coloca-se a erva em água fria, que, em seguida, se aquece até
a ebulição num recipiente fechado, deixando ferver por alguns minutos. Geralmente se aplica a
drogas que apresentam princípios ativos de difícil extração por estarem contidos em partes
lenhosas das plantas.

>p (+('*!+93*%'(3+0()&1#-*%'(3
Características dos objetos que podem ser percebidas pelos sentidos humanos, como a
cor, o brilho, o sabor, o odor e a textura. Estas propriedades são importantes em marketing,
mas principalmente na avaliação do estado de conservação de alimentos.
Up &"!)'1(*6+(-&-61(+
A nomeação dos seres vivos que compõe a biodiversidade constitui uma etapa do
trabalho de classificação. Muitos seres são "batizados" pela população com nomes
denominados populares ou vulgares, pela comunidade científica. Esses nomes podem
designar um conjunto muito amplo de organismos, incluindo, algumas vezes, até grupos não
aparentados.

p &"!)'1(*6+(.&*7)%'(
Em botânica, o nome botânico é o nome atribuído para cada planta, dependendo da
natureza da planta a ser nomeada.



c
A 

Farmacopéia Brasileira. 5. ed. Disponível em : http. < www.anvisa org.br>. Acesso


em: 07. MAR.2011. 

      B   
 /
 






A qualidade da matéria- prima é o conjunto de critérios que a caracterizam para o uso ao qual
se destina pelo estabelecimento dos parâmetros de qualidade para matérias-primas, e
considerando-se um planejamento adequado e um controle do processo de produção do
medicamento, a qualidade do produto final estará, em grande parte, assegurada constituindo-
se no determinante inicial do fitoterápico avaliada através do percentual de teor de cinzas
sulfatadas.
A eficácia é dada pela comprovação, através de ensaios farmacológicos pré-clínicos e
clínicos, dos efeitos biológicos preconizados para esses recursos terapêuticos, sendo utilizado
o teor de cinzas sulfatadas que determina as impurezas inorgânicas contidas na folha de
manga.
Para avaliar esta qualidade de matérias-primas vegetais foram utilizados folhas de manga,
cadinho poroso, lupa, ácido sulfúrico, pipeta, pêra, dessecador, béquer e mufla, sendo que o
resultado da amostra analisada está apta para o teor de cinzas sulfatadas por apresentar
percentual que determina a pureza recomendáveis pela Farmacopéia Brasileira.



As matérias-primas vegetais contêm impurezas inorgânicas presentes na sua


constituição orgânica que comprometem a qualidade final do produto para qual estão sendo
utilizadas. Para que seja garantida a qualidade dessas na última etapa é necessário criar
parâmetros que assegurem não somente a qualidade, mas a eficácia dos medicamentos,
principalmente fitoterápicos, para que estejam isentas de quaisquer resíduos inorgânicos como
mofos, fungos, cinzas, insetos, materiais de origem mineral e diversos contaminantes. Para
tal, foi utilizado o teor de cinzas sulfatadas que determina o percentual de cinzas contido nas
amostras de folhas de manga que ao interagir com ácido sulfúrico aumenta a reprodutibilidade
do método, configurando-se no mais usual e seguro neste tipo de determinação.pp
As folhas ou sementes de mangas são indicadas para febre, doenças
gastrintestinais, estomatite, tuberculose, gengivite e verminose. Pesquisas feitas em Cuba com
doentes de AIDS mostraram substancial progresso: aumento de peso, diminuição do conteúdo
viral e aumento do número de linfócitos CD4 durante a terapia com substâncias naturais,
sobretudo a manga, através da infusão da folha ou o caroço, sendo tomado três a quatro
xícaras ao dia e comer a fruta à vontade.
  

.:!*%8&!+(1

Avaliar a qualidade de matérias-primas vegetais através do percentual do teor de


impurezas inorgânicas.

.:!*%8&33-!'9>%'&3

Estabelecer normas para a determinação de drogas vegetais para que as mesmas


estejam isentas de materiais estranhos (fungos, mofo, insetos ou partes, impurezas de origem
mineral, outras partes do vegetal e outros materiais contaminantes;
Determinar cinzas sulfatadas contidas nas substâncias orgânicas de folhas de
manga.

 



As drogas vegetais apresentam, freqüentemente, certas impurezas que podem


representar órgãos da própria planta, diferentes do farmacógeno, tais como restos de caules
em flores de camomila, fragmentos de outras plantas como gramíneas e ervas daninhas, bem
como materiais de outra origem, como areia e ou terra em raízes e caules, mesmo quando
cultivadas e tratadas,são considerados como impurezas .
A segurança e a eficácia de um fitoterápico devem ser definidas para cada
produto, pois dependem de diversos fatores, como a metodologia de obtenção dos extratos, a
formulação e a forma farmacêutica do produto final, entre outros. Para garantir e
uniformidade dos diferentes lotes desses medicamentos e, conseqüentemente, sua
reprodutibilidade em termos de eficácia, segurança e qualidade farmacêutica faz-se necessário
um controle rigoroso de todas as etapas do processo, assim os parâmetros de preparação dos
extratos devem ser padronizados, obtendo-se assim, os chamados produtos padronizados.
A qualidade adequada de matérias deve ser realizada de acordo com bases
científicas e técnicas, nos procedimento rotineiras de análise da qualidade, geralmente é
preconizado o emprego de metodologia químicas, físicas ou físico-químicas e biológicas,
sendo necessária a correlação entre os parâmetros.
Segundo a Farmacopéia Brasileira (5. ed. 2010) cinzas sulfatadas compreendem o
resíduo não volátil a incineração na presença de ácido sulfúrico, conforme a técnica especifica
em geral, o ensaio visa a determinar o teor de constituintes ou impurezas inorgânicas contidos
em substancias orgânicas, também se destina à determinação de componentes inorgânicos em
misturas e da quantidade de impurezas contidas em substâncias inorgânicas termolábeis .
A determinação de teor de cinzas permite a verificação de impurezas inorgânicas
não voláteis que podem estar presentes como contaminantes o material é colocado em cadinho
de porcelana ou platina e quantitativa incinerado, até peso constante freqüentemente, é
recomendado o tratamento prévio da amostra com ácido sulfúrico (cinzas sulfatadas),
aumentado a reprodutibilidade do método, sendo, geralmente, o mais indicado para drogas
vegetais esses ensaios são realizados em triplicata, sendo as técnicas detalhadamente descritas
na literatura.
A manga é uma fruta do tipo drupa, de coloração variada: amarelo, laranja e
vermelha, sendo mais roseada no lado que sofre insolação direta e mais amarelada ou
esverdeada no lado que recebe insolação indireta. Normalmente, quando a fruta ainda não está
madura, sua cor é verde, mas isso depende do cultivo. A polpa é suculenta e muito saborosa,
em alguns casos fibrosa, doce, encerrando uma únicasemente grande no centro. As mangas
são usadas na alimentação das mais variadas formas, mas é mais consumida ao natural.
Uma manga fresca contém cerca de 15% de açúcar, até 1% de proteína e
quantidades significativas de vitaminas, minerais e anti-oxidantes, podendo conter vitamina
A, vitamina B e vitamina C.
Graças à alta quantidade de ferro que contém, a manga é indicada para
tratamentos de anemia e é benéfica para as mulheres grávidas e em períodos de menstruação
por perderem ferro neste ciclo biológico. Pessoas que sofrem de cãimbras, h hh e problemas
cardíacos, podem se beneficiar das altas concentrações de potássio e magnésio existentes que
também auxiliam àqueles que sofrem de acidose. Também há relatos de que as mangas
suavizam os intestinos, tornando mais fácil a digestão. São também utilizadas em afecções
pulmonares (bronquite asmática, bronquite catarral e tosse), Gengivas inflamadas (gengivites,
feridas na boca e no canto dos lábios). Úlceras de decúbito (escaras), úlceras varicosas.
Ressalta-se que em Cuba utilizou-se as folhas ou sementes através da infusão em pacientes
soro positivos e esta pesquisa constatou que ocorreu um considerável progresso, porque além
de combater o emagrecimento dos pacientes, houve diminuição da carga viral do HIV e
aumento dos linfócitos CD4.

 
  

2 g de manga

Balança analítica

Cadinho poroso

Lupa

Pipeta graduada

Pêra

Dessecador

Mufla
Bécker

H2SO4 a 1%

C#*&$&
!*!+"%)(@?&$& !&+$!%)D(361>(*($(3

Primeirante foi pesado o cadinho poroso para obter o peso, logo f oi pesado 2g de
folha de manga no bécker através da balança analítica e triturada na gral com o auxílio do
pistilo e posteriormente transferido para o cadinho poroso e esfriada no dessecador sendo que
foi adicionado 1ml de ácido sulfúrico a amostra e a aquecida a temperatura de 50º C na mufla
por 30 minutos. Passado este processo aguardou-se o tempo de esfriar, onde amostra é pesada
novamente em forma de cinzas.

 E

Após apresentar peso inicial de 2g a amostra (folhas de manga) foi incinerada na


mufla e pesada novamente sob a forma de cinzas e realizado o cálculo para determinar o teor
destas verificando a presença de elementos estranhos peculiares de cada vegetal analisado.
Sendo utilizada a fórmula que permite verificar o percentual de cinzas sulfatadas:

P2 ± P1 x 100 = % Cinzas sulfatadas;


P3

Onde:
P1: Peso do cadinho após calcinação e esfriamento (tara do cadinho);
P2: Peso do cadinho com amostra após a calcinação e esfriamento em dessecador;
P3: Peso da amostra inicial;
100= Fator de porcentagem.

Cálculo da amostra em análise:

P1 = 35, 78 g
P21 = 36, 26 g
P22 = 36, 10 g
P3 = 2 g

36, 10 ± 35, 78 x 100 = 0,16 x 100 = 16%


2

O percentual de cinzas encontrado na amostra analisada é de 16% que segundo a


Farmacopéia Brasileira está apto para os padrões de qualidade por se enquadrar no valor
máximo que preconiza 20%.
´

As matérias-primas vegetais não garantem isoladamente a qualidade e segurança


do produto final sendo necessária comprovar a eficácia através de testes farmacológicos pré-
clínicos e clínicos, deve ser fundamentada em bases científicas e técnicas preconizando o
emprego de metodologias químicas, físicas ou físico-químicas e biológicas. Caso essas
apresentem alto teor de cinzas é considerada impura por conter material inorgânico.
A metodologia utilizada no estudo de caso em questão foi a determinação do teor
de cinzas sulfatadas que permitiu determinar o teor de impurezas inorgânicas que constituem
as drogas vegetais orgânicas. As folhas de mangas apresentaram teor de cinzas igual a 16%
sendo consideradas aptas no controle de qualidade das amostras finais por se enquadrarem no
percentual preconizado pela Farmacopéia Brasileira que seja o valor máximo de 20%.

c
A 

<http.curapelanatureza.blogspot.com/manga-mangifera-indica.html>.Acesso em: 23. ABR.


2011.

<http. www.docstoc.com>. Acesso em: 07. MAR. 2011.



    F
 






A cominuição ou fragmentação consiste na trituração das amostras em Farmacognosia para
prosseguir com a etapa seguinte que é a extração dessa que possibilitou conhecer o processo
de moagem, preparo das soluções extrativas e determinar a eficiência da extração da amostra.
Para realizar tais técnicas foram utilizadas a ë   balança analítica, água, álcool
a 50%, manta aquecedora, destaca-se que são os principais materiais utilizados através dos
processos de moagem, preparo das soluções extrativas de decocção, infusão, decocção,
macerações simples ou hidroalcoólicas utilizadas como solventes. Obtêm-se então os
resultados almejados como cor, odor e potencial hidrogeniônico (pH) confirmando além da
eficiência da extração a escolha do solvente que deve ser polar, no caso a água destilada, que
propiciou a investigação de metabólitos nas folhas analisadas.






As técnicas de cominuição e extração são bastantes eficazes e determinantes para
conhecer o processo de moagem que consiste em reduzir as amostras vegetais a pequenas
dimensões e serem preparadas para a extração que necessita de um solvente adequado para ser
bastante eficiente. Portanto, foi utilizado o método do seccionamento e utilizando água
destilada por ser um solvente polar que garantiu a eficiência do processo extrativo. A
ë   possui grande interesse econômico e medicinal, principalmente no controle
hipoglicêmico (diabetes) na medicina popular, também para identificar um marcador químico
denominado Kaempferitina presente nas folhas.
Neste processo de investigação de metabólitos foram utilizados as soluções de
infusão, decocção, macerações simples ou hidroalcoólica para determinar aspectos como cor,
odor e potencial hidrogeniônico (pH) de parte da amostra analisada no laboratório de
Farmacognosia.


  

.:!*%8&!+(1

Conhecer o processo de moagem, de preparo de soluções extrativas e


determinação da eficiência de extração.

.:!*%8&33-!'9>%'&3
Desenvolver o processo de moagem;
Utilizar o processo de extração através da infusão, decocção, macerações simples
e com agitação mecânica;
Observar aspectos como cor, odor e ph das amostras para verificar os processos
metabólitos na amostra de ë   .

 



A moagem tem por finalidade reduzir, mecanicamente, o material vegetal a


fragmentos de pequenas dimensões, preparando-o, assim para a próxima etapa, a extração. O
aumento da área do contato entre o material sólido e o líquido extrator torna mais eficiente a
operação. A escolha das dimensões mais apropriadas depende também da textura do órgão
vegetal. Quanto mais rígidos forem os tecidos, maior será o grau de divisão necessário.
As metodologias utilizadas para reduzir de tamanho o material vegetal são
escolhidas conforme as características deste. Uma divisão grosseira pode ser efetuada por
seccionamento (através de tesouras, podões ou facas), por impacto (redução a fagmentos por
meio de choques repitidos efetuados, po exemplo, em gral) e por rasuração (através de
raspadores ou processadores de alimentos).
A pulverização propriamente dita também pode ser obtida em gral, com a opção
do emprego de um intermediário, ou seja, adicionando uma substância estranha que facilita a
pulverização do material vegetal, ou de um moinho.
Na escolha de um método extrativo, deve-se avaliar a eficiência, a estabilidade
das substâncias extraídas, a disponibilidade dos meios e o custo do processo escolhido,
considerando a finalidade do extrato que se quer preparar. Como a composição química das
plantas é extremamente complexa, muito freqüentemente ocorre a extração
concomitantemente de vários tipos de substâncias, farmacologicamente ativas ou não,
desejadas ou não. Por isso deve-se primeiramente definir, com a maior precisão possível o
que se deseja obter. De acordo com essa definição e levando em consideração os fatores
envolvidos no processo extrativo, pode-se escolher o método e o solvente que serão
empregados.
A ë   possui grande importância econômica e medicinal, porque o
mororó produz lenha de boa qualidade e adequada para produzir celulose, destacando que
suas folhas por serem forrageiras aumentam o leite das vacas que dela alimentam-se por ser
uma espécie riquíssima em proteína e hidrato de carbono e também utilizada no plantio de
reflorestamento ambiental.
´ 
  

Copos descartáveis

ë   

Balança analítica

Papel toalha

2 erlenmeyers

Proveta de 100 ml

2 béckers de 400 ml

Manta aquecedora

Vidro de relógio

Bastão de vidro

Papel filtro

Funil de vidro

Suporte universal

2 béckers de 250 ml para filtração

100 ml de álcool 50%

Fita para medir ph

´C 


Os tipos de extrações utilizadas neste processo foram:

Extrações a quente em sistemas abertos:


)>63?&

Na infusão, a extração dá-se pela permanência, durante certo tempo, do material


vegetal em água fervente, num recipiente tapado. A infusão é aplicável a partes vegetais de
estrutura mole, as quais devem ser contundidas, cortadas ou pulverizadas grosseiramente,
conforme a sua natureza, a fim de que possam ser mais facilmente penetradas e extraídas pela
água.
Na infusão foram picadas e pesadas 20 g de folhas de ë     na
balança analítica sendo posteriormente transferidas para os copos descartáveis, após a água
destilada ser aquecida foram acrescentadas as folhas da amostra e tampadas com vidro de
relógio no bécker de 250 ml e aguardamos o tempo de 30 minutos para resfriá-las e foram
filtradas através do funil de vidro.

!'&'@?&

A decocção consiste em manter o material vegetal em contato, durante certo


tempo, com um solvente (normalmente água) em ebulição. @ uma técnica de emprego restrito,
pois muitas substâncias ativas são alteradas por um aquecimento prolongado e costuma-se
empregá-lo com materiais vegetais duros e de natureza lenhosa.
Foram picadas as folhas e pesadas 20 g na balança analítica, posteriormente
transferidas para os copos descartáveis e colocadas na manta aquecedora para serem
aquecidas com 100 ml de água destilada por 2 minutos e filtrada através do funil de vidro e
papel filtro num bécker de 250 ml.

('!+(@?&3%"-1!3'&"(0%*(@?&"!'7)%'(6*%1%D()$&,06('&"&3&18!)*!
Na maceração simples com agitador mecânico foi triturado 20 g de folhas da
ë    com o pistilo na gral e medido 100 ml de água destilada na proveta e
transferidas para o bécker de 250 ml e tampadas com vidro de relógio e filtrado e após
aquecido na manta aquecedora aguardando 30 minutos para resfriá-la.

´ ('!+(@?& '&" (0%*(@?& "!'7)%'( 6*%1%D()$& "%3*6+( G%$+&(1'&21%'( '&"&


3&18!)*!

Na maceração com agitação mecânica utilizando mistura hidroalcoólica foram


triturados 20 g de folhas de ë   na gral com o auxílio do pistilo, transferido
para o bécker de 250 ml contemdo 100 ml de álcool a 50% sendo aquecido na manta
aquecedora durante 30 minutos. Gradativamente foram utilizadas as fitas para determinar o
pH de todas as soluções.


â
 E

Após todo o processo extrativo foram filtrados a mistura e obidos os extratos


desejados foram observados aspectos quanto a cor, odor e potencial hidrogeniônico (ph).
Conforme a tabela a seguir foram obtidos os seguintes dados:

CARACTERÍSTICAS DECOCÇÃO INFUSÃO MACERAÇÃO MACERAÇÃO


SIMPLES HIDROALCOÓLICA
COR Amarelo escuro Amarelo Amarelo escuro Marrom
escuro
ODOR Levemente Forte Fraco Suave
suave
PH Ácido Ácido Ácido Ácido

As técnicas utilizadas foram bastante eficientes na extração das amostras em


análise porque se mostraram eficientes e as folhas (parte do material vegetal selecionado para
estudo) se apresentaram estáveis porque foram preparadas com precisão e apresentaram os
resultados em todos os seus aspectos que possibilitaram obtê-los.




O processo de moagem é utilizado para reduzir a amostra em partes menores para


esta ser viável a próxima etapa que é a extração,quanto maior for o contato entre a área de
contato e o líquido extrator maior será a eficiência do processos.
Cada vegetal possui um tecido vegetal peculiar que necessita de uma metodologia
apropriada para cada processo, seja por seccionamento (através de tesouras, podões ou facas),
por impacto (redução a fagmentos por meio de choques repitidos efetuados, po exemplo, em
gral) e por rasuração (através de raspadores ou processadores de alimentos). Na prática em
questão foram utilizadas o método por seccionamento no qual as amostras foram picadas e
preparadas para os seguintes processos.
Na infusão, método que consiste na permanência, durante certo tempo, do material
vegetal em água fervente, num recipiente tapado em que as partes foram cortadas conforme a
sua natureza, a fim de que possam ser mais facilmente penetradas e extraídas pela água,
aspecots com dor, odor e potencial hidgrogeniônico das folhas de ë    foram
possível de obtê-los porque foi aplicado de maneira correta.
A decocção, método que mantém o material vegetal em contato, durante certo
tempo, com um solvente (normalmente água) em ebulição, mesmo sendo uma técnica de
emprego restrito, pois muitas substâncias ativas são alteradas por um aquecimento
prolongado, também foram possíveis obter os aspectos como cor, odor e potencial
hidrogeniônico (ph).
Na maceração simples com agitador mecânico na qual as amostras das folhas de
ë    foram tampadas com água destilada e após passarem para o processo de
ebulição também foram possíveis obter os resultados almejados e característicos da parte
utilizada (folhas) do vegetal.
Na maceração com agitação mecânica utilizando mistura hidroalcoólica que difere
da simples apenas pelo solvente utilizado, no caso álcool a 50% também foram possíveis
obter os resultados almejados.
Ressalta-se que todas as folhas de ë    apresentaram após todos os
processos de moagem e extração potencial hidrogeniônico (ph) ácido determinado pela fita
através do processo que investiga a presença de metabólitos.



c
A 

Farmacognosia: ( 1()*( (& !$%'("!)*&. Cláudia Maria Oliveira Simões (Org.). 5. Ed.
Porto Alegre / Florianópolis: Editora da UFRGS/ Editora da UFSC, 2003.

c
   

. 5. ed. São Paulo:Anvia: 2010. Disponível em:<http.
www.scribd.com. Research. Science>. Acesso: 11. MAR. 2011.

MARTINS, Ernane Ronie [ET all]. 1()*(3!$%'%)(%3. Viçosa: UFV, 2000.

<htpp . www.lume.ufrgs.br>. Acesso: 11. MAR. 2011.



  ´  4 c  
 /

 
    5





A análise histoquímica é baseada em reações químicas cromáticas ou de precipitação entre os
reagentes específicos e os constituintes celulares presentes na droga. As reações histoquímicas
permitem a caracterização de certos grupos de constituintes químicos. São auxiliares na
identificação de estruturas microscópicas e úteis na comprovação da autenticidade da droga.
A droga mesmo quando sob a forma de pó, pode ser padronizada botanicamente e identificada
em laboratório, através das microestruturas características. Para verificar a presença ou
ausência do amido, carbonato de cálcio, hidroxiaantraquinonas, lipídeos, saponinas e taninos
foram utilizados os reagentes com ácido acético 6% para 50 ml, hidróxido de sódio 5% para
20 ml, etanol 70%, ácido sulfúrico, cloreto férrico 10% para 50 ml, sudam III e folhas de
ë    subsidiados pelos materiais com pipeta graduada, pêra, capela, proveta,
espátula, balança analítica e água destilada.



As drogas vegetais em pó têm sido bastante utilizadas na medicina popular ao longo da


História da humanidade. As folhas de ë     é utilizada como hipoglicemiante,
para baixar as taxas de glicose, sendo utilizadas as soluções de infusão, decocção, macerações
simples ou hidroalcoólicas para identificar os constituintes químicos como amido, carbonato
de cálcio, saponinas, taninos, lipídeos e hidroxiantraquinonas através da interação com os
reativos de ácido sulfúrico, hidróxido de potássio,cloreto férrico, ácido acético e sudam III
que determinaram a presença desses e aspectos como cor ou estruturas na amostra analisada
também permitiram observar no laboratório de Farmacognosia.


  

.:!*%8&!+(1

Analisar a presença dos constituintes químicos nas matérias-primas


comercializadas em pó.

.:!*%8&33-!'9>%'&3
Verificar a presença dos constituintes químicos através da reação com as soluções
de infusão, decocção, maceração simples ou hidroalcoólica;

Observar aspectos como cor ou estruturas das amostras possibiltando a obtenção


de resultados nas folhas de ë   .



 




Amido é um polissacarídeo, sintetizado pelos vegetais para ser utilizado como
reserva energética. Sua função, portanto, é análoga ao do glicogênio nos animais.
Especialmente no Brasil e em algumas outras poucas regiões do mundo o amido difere da
fécula. De acordo com a Legislação Brasileira o amido é a porção extraída da parte aérea das
plantas e a fécula é a fração amilácea retirada de tubérculos, rizomas e raízes. Sintetizado em
organelas denominadas plastídios: cromoplastos das folhas e amiloplastos de órgãos de
reserva, a partir da polimerização da glicose, resultante da fotossíntese.
@ um polímero constituído por unidades monoméricas de Į-glicose (ou Dglicose),
unidas por ligações glicosídicas. Na verdade, o amido é constituído por dois polímeros
amilose (25% do total) e amilopectina(75% do total). A hidrólise do amido gera a Į-glicose, a
maltose (dissacarídeo formado por dois resíduos de glicose); pode também formar açucares
maiores deste a maltotriose até maltoheptose
A molécula de amilose tem forma linear com os anéis de glicose unidos por
ligações Į-1,4, porém, quando posta em água toma a forma helicoidal com seis unidades de
glicose por volta. A amilose combina-se com o iodo resultando numa coloração azul. Esta
combinação pode ser usada para identificação de amido presente em materiais têxteis.
A molécula de amilopectina forma uma cadeia polimérica com ramificações,
através de ligações glicosídicas Į-1,6. A amilopectina combina-se também com o iodo
resultando numa coloração azul-violeta.
O carbonato de cálcio, cuja fórmula química é CaCO3, consiste num sólido branco
que é muito pouco solúvel na água. Decompõe-se por aquecimento formando-se óxido de
cálcio (cal viva) e dióxido de carbono. Ocorre na natureza nos minerais calcite (que cristaliza
no sistema romboedral e possui uma densidade relativa de 2,71) e aragonite (que cristaliza no
sistema rômbico e possui uma densidade relativa de 2,93). As rochas contendo carbonato de
cálcio dissolvem-se lentamente sob a ação de chuvas ácidas (contendo dióxido de carbono
dissolvido) provocando dureza temporária. Pode também ser encontrado nas conchas dos
moluscos e na carapaça dos crustáceos.
No laboratório, o carbonato de cálcio é precipitado borbulhando dióxido de
carbono na solução aquosa de cal viva.
O carbonato de cálcio é usado na produção de cal (óxido de cálcio) e é a principal
matéria-prima no processo Solvay.
As hidroxiantraquinonas dissolvem-se nas bases corando-as de vermelho: a
intensidade da cor varia conforme a posição das OH e outros substituintes.
Lipídeos ou lipídios são biomoléculas compostas por carbono (C), hidrogênio (H)
e oxigênio (O), fisicamente caracterizadas por serem insolúveis em água, e solúveis em
solventes orgânicos, como o álcool, benzina, éter, clorofórmio e acetona. A família de
compostos designados por lipídios é muito vasta. Cada grama de lipídio armazena 9
quilocalorias de energia, enquanto cada grama de glicídio ou proteína armazena somente 4
quilocalorias. @ importante que se tenha um consumo moderado desta substância, pois além
de conter maior valor energético, não é o primeiro nutriente utilizado pela célula quando ela
gasta energia.
Os lipídios são geralmente vermelhos ou roxos, untuosos ao tato, pouco
consistentes, apresentam densidade menor que a água , na qual são insolúveis, porém
emulsionáveis. São pouco solúveis em etanol a frio, mas solúveis a quente. São solúveis
em sulfeto de carbono, clorofórmio, éter etílico, acetona, benzeno, gasolina e outros
solventes orgânicos. Deixam no papel manchas gordurosas e translúcidas que não
desaparecem com o calor. Não são destiláveis por aquecimento nem a
baixa pressão e decompõe-se pelo aquecimento.
As saponinas ou saponosídeos são heterosídeos do metabolismo secundário
vegetal, caracterizados pela formação de espuma, tendo propriedades detergentes e
surfactantes. São compostos formados por uma parte hidrofílica e uma parte lipofílica. Na
identificação laboratorial de presença saponinas podem ser realizados os testes
de hemólise sanguínea (
 ).
Em meio aquoso as saponinas formam grande quantidade de espuma
(afrogênicas), sendo assim possuem uma elevada solubilidade em água. Já em solventes
orgânicos apolares é insolúvel. Elas apresentam sabor acre e amargo e podem causar
desorganização de membranas celulares.
São substâncias de cor branca ou amarela, dismorfas e cristalizáveis. Dissolvem-
se em solução alcalina e em solução ácida ocorre precipitação.
Taninos são polifenóis de origem vegetal, com pesos moleculares geralmente
entre 500 e 3000. Eles inibem o ataque às plantas por herbívoros vertebrados ou invertebrados
(diminuição da palatabilidade, dificuldades na digestão, produção de compostos tóxicos a
partir da hidrólise dos taninos) e também por microorganismos patogênicos. O termo é
largamente utilizado para designar qualquer grande composto polifenólico contendo
suficientes grupos hidroxila e outros (como carboxila) para poder formar complexos fortes
com proteínas e outras macromoléculas. São geralmente divididos em dois
tipos: hidrolisáveis e condensados (protoantocianidinas).
Possuem propriedades gerais como: solúveis em água, álcool e acetona,
precipitados por sais pesados e metais insolúveis no éter puro, clorofórmio e benzeno.
A literatura relata que o uso de extratos e óleos vegetais tem sido potentes
biofungicidas e inseticidas naturais, onde os resultados alcançados têm-se mostrado
promissores para uma utilização prática no controle de diversos fitopatógenos. Entre as
inúmeras espécies vegetais de interesse medicinal, encontra-se a planta do gênero ë  ,
pertencente à família Fabaceae, o qual compreendem aproximadamente 300 espécies. A
planta ë    , conhecida com ³pata-de-vaca´ tem sido utilizada na medicina
popular como hipoglicemiante e tem despertado o grande interesse da comunidade científica
porque os estudos fitoquímicos possibitam a identificação de um marcador químico,
denominado Kaempferitrina presente somente na folha.
Algumas espécies do gênero ë  foram e estão sendo estudadas química e
farmacologicamente e, com isto, alguns dos seus compostos foram isolados e identificados.
Assim , diferentes classes de metabólitos de interesse medicinal existentes nessas espécies
foram relatados, incluindo lactonas, flavonóides, terpenóides, esteróis, triterpenos, taninos e
quinonas. Predominando, em praticamente todo o gênero, a presença de flavonóides. Apesar
de muitos dos compostos presentes em ë  serem conhecidos, pouco sabe-se da
atividade farmacológica da maioria das substâncias isoladas do gênero ë  .(SILVA e
CHECHINEL, 2002).
No que diz respeito à composição química da ë   pode-se citar a
presença de esteróides, flavonóides, alcalóides, alcoóis e polialcoóis. Salatino et all (1999)
estudaram nove espécies de ë   entre elas ë     isolaram derivados
glicosados de canferol, quercetina, isoramnetina e miricetina. Sendo que para ë  
 relataram apenas a presença de canferol e glicertina glicosados.
PIZOLLATTI e colaboradores (2003), fracionando extratos das folhas de
ë   , isolaram ȕ-sistosterol, canferol, , canferol 3,7-di-O-Į-L-ramnopiranosídeo,
quercentina 3,7-di-O-Į-L-ramnopiranosídeo e quercetina 3-O- [ȕ-D-glicopiranosídeo- (1ĺ6)-
Į-L-ramnopiranosídeo]-7-O- Į-ramnopiranosídeo, canferol 3-O-[ȕ-D-glucopiranosídeo-
(1ĺ6) ±Į-L-ramninopiranosídeo]-7-O- Į-L e quercetina 3-O-[ȕ-D-glucopiranosídeo-(1ĺ6) ±
Į-L-ramninopiranosídeo]-7-O- Į-L. Os mesmos autores obtiveram, a partir do extrato
butanólico das flores, canferol 7-O- Į-L-ramninopiranosídeo. Através de delineamentos
fitoquímicos também a presença de taninos e mucilagens não sendo verificada a ocorrência de
antraderivados e saponinas. (MIYAKE et all, 1986).
Um estudo comparativo entre diferentes partes da planta (folhas, caule e raízes),
realizado por Silva e colaboradores (2000), indicou a presença de esteróides e terpenos em
todas as partes, predominantemente nas folhas. No entanto, canferol 3,7-di-O-Į-L-
ramnopiranosídeo(canferitrina) foi detectado exclusivamente nas folhas de ë   .
Este canferol poderia, portanto, segundo alguns autores, ser considerado um marcador
químico para o controle de qualidade em preparações com as folhas de ë    ,
uma vez que não é encontrado em nenhuma outra parte do vegetal.

´ 
 
  


Pipeta graduada
Pêra
Balança analítica
Capela
Microscópio óptico
Lâmina
Proveta de 100 ml
Espátula
Água destilada
Ácido acético 6% para 50 ml
Hidróxido de sódio 5% para 20 ml
Ácido sulfúrico
Cloreto férrico 10% para 50 ml
Sudam III
Soluções de infusão, decocção, macerações simples ou hidroalcoólicas de ë   



´C#*&$&3

Essas reações foram feitas em materiais frescos adicionando gotas de reativos


sobre uma lâmina com uma secção da amostra em que primeiramente foi aferido 3 ml de
ácido acético e uma gota de ácido sulfúrico, após foram pesados na balança analítica as
soluções, o iodo posteriormente também foi pesado e diluído em 20 ml de água destilada
assim como todas as soluções. Estando preparadas, foram adicionadas todos os reagentes:
ácido sulfúrico, hidróxido de sódio, cloreto férrico e ácido acético para as etapas de infusão,
decocção, maceração simples ou hidroalcoólica, respectivamente, para possibitar a obtenção
dos resultados dos constituintes químicos nas amostras testadas.
â
 E

Posteriormente a adição de reativos nas amostras em estudo foram realizadas


análises premilinares através do microscópio óptico para verificar a presença ou ausência dos
constituintes químicos.

REATIVOS DECOCÇÃO INFUSÃO MACERAÇÃO MACERAÇÃO


SIMPLES HIDROALCOÓLICA
H2SO4 POSITIVO NEGATIVO NEGATIVO POSITIVO
KOH NEGATIVO NEGATIVO NEGATIVO NEGATIVO
FECL3 NEGATIVO POSITIVO POSITIVO POSITIVO
H3COOH POSITIVO NEGATIVO POSITIVO POSITIVO
SUDAM III NEGATIVO POSITIVO NEGATIVO NEGATIVO

Através das reações histoquímicas foi possível obter esses resultados para
identificar os constituintes químicos que poderiam está presentes nas amostras em análise que
segundo a Farmacopéia Brasileira 5ª edição apresenta os seguintes resultados:

Carbonato de cálcio apresenta cristais ou depósitos de carbonato de cálcio na


precipitação com ácido acético;
Hidroxiantraquinonas coram de vermelho na precipitação com hidróxido de
potássio;
Saponinas ocorre uma seqüência de cor amarela e vermelha, e finalmente violeta
ou azul-esverdeada na precipitação de ácido sulfúrico;
Taninos adquirem cor azul-esverdeado na precipitação com cloreto férrico;
Lipídeos, cutina ou suberina se coram de cor laranja/avermelhado na precipitação
com Sudam III.


A análise histoquímica utilizada para identificar constituintes químicos


como amido, carbonato de cálcio, hidroxiantraquinonas, lipídeos, saponinas, taninos e Sudam
III nas folhas da ë     foi eficaz porque auxiliada pelos reagentes de ácido
sulfúrico, hidróxido de potássio, cloreto férrico, ácido acético e Sudam III nos preparos de
extratos de soluções como infusão, decocção, macerações simples e hidroalcoólica que
confirmaram a presença de saponinas na decocção e maceração hidroalcoólica porque ao
reagirem com ácido sulfúrico apresentaram cor azul-esverdeada, enquanto as outras amostras
não a apresentaram. O carbonato de cálcio foi confirmado nas amostras de decocção e
macerações simples ou hidroalcoólica, porque apresentaram cristais ou depósitos de
carbonatos de cálcio ao serem visualizadas no microscópio óptico, as hidroxiantraquinonas
não foram identificadas em nenhuma das soluções extrativas porque ao reagirem com o
hidróxido de potássio não apresentaram cor vermelha. Os taninos foram confirmados nas
soluções de infusão e macerações simples ou hidroalcoólicas porque na precipitação com
cloreto férrico apresentaram coloração azul-esverdeado e os lipídeos foram confirmados na
infusão porque ao precipitarem com o Sudam III apresentaram cor avermelhada, sendo que
todas essas reações foram observadas no microscópio óptico.

c
A 

c
   

. 5. ed. São Paulo:Anvisa: 2010.

<http. www. clovisbezerra.tripod.com/materiais-didaticos/.../desencolagem.pdf>. Acesso em:

07. MAR.2011.

<http. www.lume.ufrgs.br/handle>. Acesso em: 17. ABR. 2011.

<http. www.wikipedia.org/wiki/Amido>. Acesso em: 07. MAR.2011.

<http. www.wikipedia.org/wiki/Carbonato de cálcio>. Acesso em: 07. MAR.2011.

<http. www.wikipedia.org/wiki/Tanino>. Acesso em: 07. MAR.2011.



  â  4 c  
 /

 
    5





A análise histoquímica é baseada em reações químicas cromáticas ou de precipitação entre os
reagentes específicos e os constituintes celulares presentes na droga em que as reações
histoquímicas permitem a caracterização de certos grupos de constituintes químicos. São
auxiliares na identificação de estruturas microscópicas e úteis na comprovação da
autenticidade da droga.
A droga mesmo quando sob a forma de pó, pode ser padronizada botanicamente e identificada
em laboratório, através das microestruturas características. Para verificar a presença ou
ausência do amido, carbonato de cálcio, hidroxiaantraquinonas, lipídeos, saponinas e taninos
foram utilizados os reagentes com ácido acético 6% para 50 ml, hidróxido de sódio 5% para
20 ml, etanol 70%, ácido sulfúrico, cloreto férrico 10% para 50 ml e iodo para reagiarem com
o pó de laranja, subsidiados pelos materiais com pipeta graduada, pêra, capela, proveta,
espátula, balança analítica, que determinaram a ausência de todos estes constituintes
químicos, com exceção dos taninos na amostra fitoterápica analisada.




As plantas medicinais na História da humanidade têm sido bastante utilizadas na
medicina popular sendo necessário não somente o conhecimento dos constituintes químicos ,
mas sua medida correta de identificação e utilização.
O fitoterápico de pó de laranja além de ser utilizado para problemas
gastrointestinais, insônia, também tem sido utilizado no controle de obesidade e quando
consumido em doses elevadas causam aumento da pressão arterial. O método utilizado para
determinar esta presença de constituintes como amido, carbonato de cálcio,
hidroxiantraquinonas, lipídeos, saponinas e taninos foi a reação histoquímica que permite
verificar além da presença desses na precipitação, a autenticidade da droga comercializada na
reação com iodo, ácido acético, hidróxido de potássio, Sudam III e cloreto férrico,
respectivamente que possibilitaram a mudança de coloração ou formação de estruturas que
confirmariam a presença ou ausência desses constituinentes químicos na amostra analisada no
laboratório de Farmacognosia.


  

.:!*%8&!+(1

Analisar a presença dos constituintes químicos na matéria-prima comercializada


em pó utilizadas popularmente na História da humanidade.

.:!*%8&33-!'9>%'&3
Verificar a presença dos constituintes químicos através da reação histoquímicas
no produto fitoterápioco de pó de laranja ;

Observar aspectos como cor ou estruturas que com a utilização de reativos


possibilita a obtenção de constituintes químicos presentes na amostra analisada.




 





Atualmente o uso de plantas para fins medicinais está bastante difundido na
sociedade e o uso correto das mesmas encontra-se diretamente relacionado com a sua
identificação. Os metabólitos secundários bioativos são substâncias contidas nas plantas
medicinais, responsáveis total ou parcialmente pela sua ação farmacológica. Estas substâncias
garantem vantagens adaptativas e estão envolvidas nos mecanismos de adequação ao meio e
perpetuação da espécie produtora. De fato, já foram reconhecidas com funções de defesa
contra raios ultravioleta, atração de agentes polinizadores ou animais dispersores de sementes,
bem como ação alelopática. A metodologia permite a viabilização para realização de reações
histoquímicas em tecidos vegetais visando identificar de alguns metabólitos secundários.
Laranja Amarga, também conhecida como Laranja Bigarade, tem servido, em
muitas culturas antigas, para tratamento de uma grande variedade de problemas de saúde.
Hoje, da laranja amarga, faz-se chás, tinturas, extratos usados para problemas
gastrointestinais, insônia, dores cabeça, e obesidade. A Laranja amarga tem um complexo
químico de particular interesse, onde casca contém flavonas, alcalóides synephrine,
octopamine, e N-methyltyramine, e carotenóides.
Só a casca de laranja amarga provou ter um alto valor medicinal, principalmente
para problemas digestivos. No entanto, na medicina popular a flor de laranja amarga também
é utilizada. A Laranja Amarga serve para o tratamento de uma miríade de problemas de saúde
que vão de nervosismo e insônia, a gota e dor de garganta, e até mesmo para a obesidade. Na
medicina oriental, a flor da laranja amarga é utilizada para dor de estômago. A laranja amarga
tomada junto com a Caralluma Fimbriata e a Faseolamina formam um poderoso composto
emagrecedor. Completo e extremamente eficaz. A laranja amarga contém vários compostos
químicos para estimular a taxa metabólica, o que faz aumentar a queima de calorias no
organismo.
A laranja amarga não possui efeitos colaterais se tomada nas doses
recomendadas. O citrus Aurantium, ou laranja amarga, se tomado em doses elevadas pode
causar aumento da pressão arterial. Para quem é hipertenso é recomendado consultar um
médico antes de usar o citrus aurantium (laranja amarga).


´ 
 
  

Pipeta graduada

Pêra

Balança analítica

Capela

Lâmina

Proveta de 100 ml

Ácido acético 6% para 50 ml

Hidróxido de sódio 5% para 20 ml

Ácido sulfúrico

Cloreto férrico 10% para 50 ml

Iodo

´C#*&$&3

Essas reações foram feitas em lâminas adicionando gotas os reagentes sobre uma
lâmina contendo de pó de laranja em que primeiramente foi aferido 3 ml de ácido acético e
uma gota de ácido sulfúrico, após foram pesados na balança analítica as soluções e uma gota
de iodo. Estando preparadas, foram adicionadas todos os reagentes: ácido sulfúrico, hidróxido
de sódio, cloreto férrico e ácido acético sobre todas as quatro lâminas para possibitar a
obtenção dos resultados dos constituintes químicos (amido, carbonato de cálcio,
hidroxiantraquinonas, lipídeos, saponinas e taninos) na amostras testada.
â
 E

Posteriormente a adição de reativos nas amostras em estudo foram


realizadas análises premilinares para verificar a presença ou ausência dos constituintes
químicos.

REATIVOS PÓ DELARANJA
H3COOH Não foi possível identificar a olho nu
KOH Negativo
FeCL3 Positivo
I Negativo

As reações histoquímicas permitiram a formação de produtos com colorações


características, onde o amido cora-se de azul ou azul-violeta na presença de iodo; o carbonato
de cálcio forma cristais ou depósitos de carbonato de cálcio na presença de ácido acético; as
hidroxiantraquinonas coram-se de vermelho na presença do hidróxido de potássio e os taninos
coram-se de azul-esverdeado na presença de cloreto férrico. 


As reações histoquímicas determinam identificar os constituintes químicos nas


amostras analisadas. Neste experimento o pó de laranja, amostra comercializada em pó obtida
através da casca da laranja l  h    , foi possível através desta metodologia
empregada verificar a presença verificar a presença de taninos nesta amostra tão utilizada na
medicina popular na História da humanidade para problemas digestivos comprovando a
eficácia do experimento utilizado na investigação de metabólitos secundários.

c
A 

<http. www.onlinefarma.com.br/.../laranja-amarga>. Acesso em: 09. ABR. 2011.

<http www.sbpcnet.org.br/livro/57ra/.../resumo_1958.html>. Acesso em: 09. ABR. 2011.



   c  





As gomas são importantes constituintes naturais resultantes de danos físicos aos seres
humanos ou vegetais. Constituem importantes ferramentas na farmácia sendo utilizadas para
preparar emulsões, pastilhas, como fixador para cabelos, pós compactos, cremes e outros
produtos cosméticos. Biologicamente aumentam o peristaltismo intestinal nos seres humanos
e utilizadas na indústria de alimentos por reterem água e causar o aumento de volume de
diversos alimentos e estabilizar a espuma da cerveja. Foram utilizadas as pesquisas de lignina,
amido e a reação com hidróxido de sódio através dos reagentes de hidróxido de sódio, ácido
clorídrico e cloreto férrico e materiais balança analítica, água destilada, capela, lâmina,
proveta de 100 ml, iodo, tubos de ensaios, gral de porcelana, lugol, pistilo, balões de fundo
chato de 100 ml, bécker de 10 ml e papel toalha para identificar a goma presente na amostra
fitoterápica de pó de laranja observando aspectos como cor, odor e viscosidade, sendo que
nenhum tipo de goma foi identificado porque não formou coloraões características na reações
com a amostra analisada.



Quimicamente as gomas são polissacarídeos naturais, tipicamente heterogêneos


na sua composição. Após hidrólise, são encontrados diversos açúcares como arabinose,
galactose, glucose, ramnose, xilose e ácidos urônicos, na forma de sais de cálcio, magnésio e
outros cátions. A maioria das gomas são hidrossolúveis e formam soluções mais ou menos
viscosas. Algumas formam géis e em solução diluída precipitam com a adição de etanol.
Possuem diversas aplicações em farmácia. Internamente são usadas como
laxativas por causarem um aumento do peristaltismo intestinal. Mas suas principais aplicações
são no preparo de emulsões, pastilhas, como fixador para cabelos, pós compactos, cremes e
outros produtos cosméticos. Algumas gomas são também empregadas na indústria de
alimentos no preparo de confeitos, geléias, xaropes e maionese, por possuírem grande
capacidade de retenção de água formando soluções mais ou menos viscosas, por possibilitar o
inchamento de diversos produtos alimentícios, por estabilizar suspensões ou espuma de
cerveja etc. Em geral são indigeríveis pelo organismo humano, ainda que uma parte seja
degradada por microorganismos do intestino. Foram utilizadas as reação com hidróxido de
sódio (NaOH), pesquisa de lignina e pesquisa de amido com o lugol, ácido clorídrico e
hidróxido de sódio observando-se aspectos quanto cor, odor e viscosidade para identificar o
tipo de goma presente na amostra em análise.


  

.:!*%8&!+(1

Identificar e classificar as gomas na amostra analisada.

.:!*%8&33-!'9>%'&3
Observar a cor ,odor e viscosidade das gomas;
Pesquisar presença de amido e lignina nas amostras utilizadas no experimento
através do lugol, ácido clorídrico e hidróxido de sódio respectivamente no pó de laranja.

 



Gomas são constituintes naturais que resultam de modificações operadas nas


membranas celulares, em certas zonas das plantas, nos caules e raízes. Acumula-se em
lacunas situadas em diferentes tecidos, particularmente nos caules: na casca e no líber, como
se observa nas acácias, no lenho jovem de diversas Prunáceas, na região medular de
numerosas Papilionáceas do Gênero Astragalus, etc.; e quando as interceptam, geral mente
por feridas provocadas, há um escoamento lento para o exterior sob a forma de geléias
espessas que depressa se concretizam, muitas vezes sob a forma de lágrimas translúcidas ou
esbranquiçadas, duras.
As gomas resultam de modificações das membranas e também do conteúdo das
células, incluindo o próprio amido, como se observa na goma adraganta, que pouco a pouco
se transformam numa substância mucilaginosa espessa.
PRILLEUX descreveu minuciosamente a formação da goma nas cerejeiras,
pessegueiros e amendoeiras nas três fases seguintes: as células situadas na face interna do
câmbio, entre dois raios medulares, mantêm-se no estado parenquimatoso, septam-se
transversalmente e carregam-se de amido; depois, a substância intercelular espessa-se
exageradamente e, por conseqüência, as células afastam-se e ficam isoladas numa massa
anista e muito refringente; por fim as paredes das células também se espessam, fendilham-se
paralelamente à superfície, deixam de acusar as reações da celulose e acabam por desaparecer.
Simultaneamente o conteúdo celular, em particular o amido, também se transforma e integra-
se na substância gomosa.
Depois de formado este depósito e atingido o seu desenvolvimento máximo, o
câmbio retoma a sua atividade e origina elementos lenhificados que cercam a lacuna formada.
Classificou-se esta transformação como um fenômeno de degenerescência celular,
que chega a atingir a própria vida da planta; com efeito, uma gomose abundante ocasiona a
sua morte.
Explica-se de modos diversos o aparecimento da goma, mas quase sempre se
atribui a causas estranhas aos fenômenos fisiológicos normais da planta. De um modo geral,
considerou-se um produto patológico resultante de uma ação física suportada pelos tecidos
(contusões, feridas, picadas de insetos, etc.) ou de microorganismos que parasitam as plantas
(o Bacilus vitivorus que provoca a gomose da vinha, Bacterium acaciae e B. metarabicum
causador da gomose das acácias, o ascomiceta Coryneum beijerinckii cuja presença coincide
com o aparecimento das gomas nas Prunóideas, etc.). Também se admitiu a ação de
fermentos, por exemplo, de uma gomose capaz de transformar a celulose em goma e os
amidos em dextrinas.
Algumas vezes não há uma causa real para explicar o seu aparecimento, como
sucede na goma adraganta; considera-se, então, uma conseqüência do metabolismo normal,
mas de origem obscura.
As plantas que produzem gomas vivem, sobretudo nas regiões quentes e áridas:
por tal motivo atribuíram-lhes o papel de armazenar certas quantidades de água que na época
da seca cederiam lentamente, evitando assim uma desidratação extrema. Para firmar tal
hipótese refere-se o fato da Acacia verek, que vive em terrenos habitualmente frescos e
úmidos, não produzir goma ou só uma quantidade insignificante, à semelhança do observado
também nas árvores idosas bem protegidas da perda de água por transpiração, com cascas
espessas e rugosas. Pelo contrário, as acácias das regiões arenosas, desérticas, que suportam
insolações violentas, produzem quantidades elevadas de goma, até 1 kg por árvore, mas que
pode atingir o valor de 2,5 kg.
Desconhece-se o papel que desempenham nas plantas: talvez as protejam quando
feridas e evitem o ataque de microorganismos nas regiões lesionadas.

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As gomas formam-se em diversas regiões das plantas superiores, particularmente


nos caules e raízes, nas cascas e líber (arábica), no lenho jovem (cerejeira) e na medula
(adraganta), algumas vezes no mesocarpo (amêndoas); aparecem no campo do microscópio
como massas anistas, refringentes, algumas vezes com grãos de amido em via de
desaparecimento (adraganta), em grandes bolsas cercadas pelos tecidos adjacentes.
São insolúveis no líquido cupro-amoniacal de SCHWEIZER e não coram pelos
reagentes de iodo. Os cortes endurecidos no álcool coram-se de encarnado pelo vermelho de
rutênio, como sucede com a goma caraia (e ainda nas substâncias pécticas e várias
mucilagens, na gelose e outras), mas o ensaio não se considera específico, pois não adquirem
aquela coloração as gomas arábica e adraganta. Indicam-se outros reagentes cromáticos: azul
de anilina, violeta de genciana, etc.

C +&-+%!$($!30!+(%3

As propriedades físicas e químicas diferem segundo a origem, a maneira de


prepará-las, a época da colheita, conservação, etc.
De um modo geral, são substâncias sólidas, inodoras, insípidas, mas deixam na
boca a sensação própria das mucilagens, amorfas, em pequenos glóbulos ou lágrimas, também
em fragmentos irregulares se provêm de massas maiores já quebradas, muitas vezes
translúcidas e quase incolores ou levemente amareladas.
A goma adraganta apresenta-se sob forma particular. Inicialmente não possuem
cor, pode dizer-se, e aquela que depois adquirem resultará de substâncias estranhas; os taninos
da própria planta, facilmente oxidáveis, devem contribuir para este efeito. Os tipos comerciais
mais bem apreciados são os menos corados.

C&"-&3%@?&<69"%'(

As gomas mostram-se duras e quebradiças; esta característica modifica-se depois


de absorverem água, mesmo a umidade atmosférica visto serem higroscópicas.
São dispersíveis na água: umas mostram-se completamente solúveis, mas na maior parte das
vezes separa-se uma quantidade residual maior ou menor, insolúvel, sob a forma de geléia
coloidal espessa. As soluções gomosas, de natureza coloidal, caracterizam-se pela elevada
viscosidade, que pode medir-se pelos métodos habituais.
Este comportamento particular em solução na água permitiu classificá-las em: -
solúveis na água, como a goma arábica (antigamente chamadas gomas de arabina);
parcialmente solúveis, como as de cerejeira e de várias Prunóideas (denominadas gomas de
cerasina) e outras quase completamente insolúveis, à semelhança da goma adraganta
(classificadas como gomas de bassorina). Estas designações carecem hoje de significado, não
existem tais compostos, e as solubilidades dependem de circunstâncias diversas, em especial
da sua origem. Mostram-se insolúveis no álcool e noutros solventes.
As soluções aquosas são ácidas: precipitam por adicionamento dos acetatos básico
e neutro do chumbo, ainda de borax e do cloreto férrico. Usaram-se estes reagentes na sua
análise.
As qualidades das gomas definem-se pela cor e viscosidade das suas soluções,
também pela solubilidade na água.
Não devem observar-se, ao microscópio, grãos de amido (salvo na goma
adraganta); sua presença, revelada por qualquer processo, considera-se uma falsificação.
Os ensaios de pureza determinados são os habituais: umidade, substâncias
insolúveis na água, cinzas e sílica.
As gomas comportam-se como poliuronídeos complexos, constituídos por
pentoses, metilpentoses, hexoses e ácidos urônicos, unidos de diversas maneiras em
macromoléculas. Distinguem-se pela presença de um ácido urônico característico: D-
glicurônico (goma arábica, de Prunus spp., etc.), metil-4-glicurônico (gomas de Citrus spp.,
mirra, incenso, etc.) e galacturônico (goma adraganta, de Sterculia spp., etc.).
Por hidrólise total das gomas, além dos ácidos urônicos referidos, obtêm-se diversas hexoses
(D-galactopiranose, D-manopiranose), pentoses (L-arabinofuranose e D-xilopiranose) e
metilpentoses (L-ramnose e L-fucose de estrutura piranose).
Algumas vezes separam-se, por hidrólise, ainda holosídeos e ácidos
aldobiurônicos de pesos moleculares muito baixos. Estes conhecimentos ajudam a
estabelecerem as suas estruturas.
Na degradação das macromoléculas dos constituintes fundamentais das gomas
empregam-se os mesmos métodos químicos usados na análise dos holosídeos, já referidos.
Serve de exemplo a goma arábica, uma das melhor estudadas. O seu constituinte fundamental
encontra-se sob a forma de um sal, particularmente de cálcio, magnésio ou potássio; por
acidulação obtém-se o correspondente ácido, conhecido por ácido arábico, mas
simultaneamente este sofre uma ligeira hidrólise e libertam-se pequenas quantidades de L-
arabinose, L-ramnose e 3-0-a- D-galactopiranosil- L-arabinofuranose, resultando assim um
ácido arábico já parcialmente degradado.
Em circunstâncias particulares podem isolar-se, por hidrólise, um ácido
aldobiurônico, o 6-0-(ácido ß-D-glicopiranosilurônico)-D-galactose, um di-holosídeo, o 0- D-
galactosídeo-l ,3- D-galactose e ainda a D-galactose.
Por metilação do ácido arábico degradado seguido de hidrólise separaram-se os
seguintes compostos da D-galactose: 2,3,4,6-tetra-0-metilgalactose, 2,3,4-trimetilgalactose e
2,4-dimetilgalactose.
O processo foi incapaz de reconhecer a ligação 1-3' da cadeia principal de
unidades ß-D-galactopiranose: conseguiu-se, porém, pelo método de oxidação pelo ácido
periódico.
Os outros derivados metilados foram a 2,3,5-trimetil-L-arabinose e 2,3,4-trimetil-
L-ramnose, dos extremos de cadeias; e a 2,5-dimetil-L-arabinose pertencente ao radical da 3-
D-galactopiranosil-L-arabinose e, ainda, o ácido 2,3-dimetil-0- glicurônico.
Estes dados fundamentais conduzem a uma estrutura provável do composto
fundamental, constituído por uma cadeia principal de unidades ß-galactopiranose em ligações
1-3' na qual se inserem cadeias ramificadas compostas de radicais das oses e do ácido
glicurônico:
As quantidades proporcionais das três oses referidas e do ácido urônico obtidas
por hidrólise oscilam entre limites muito afastados, variáveis consoante a origem específica
O peso molecular do ácido fundamental, sempre muito elevado (depende do
processo empregado para o determinar), oscila entre 250.000 e 1.000.000. Admite-se,
portanto, que a molécula seja constituída por uma cadeia de unidades osídicas, muito
ramificada. O modelo assim admitido pode explicar a viscosidade elevada das suas soluções e
as diferenças assinaladas nas quantidades dos mesmos produtos de hidrólise.
As gomas das Prunóideas (Prunus cerasus, P. insititia) parece revelarem estruturas
análogas à da goma arábica. Também por hidrólise total originam: ácido D-glicurônico,
galactose, arabinose, mas em vez da L-ramnose identificaram-se a D-xilose e a D-manose.
A goma adraganta possui uma constituição heterogênea, diferente da usual neste
grupo de substâncias. Com efeito, isolaram-se dois constituintes fundamentais, um poli-
holosídeo solúvel na água, originando um hidrosol e um poliuronido insolúvel, da qual resulta
a geléia; este distingue-se dos compostos análogos das outras gomas por conter o ácido D-
galacturônico, particular das mucilagens e pectinas.
O poli-holosídeo é uma arabinogalactana; por hidrólise resulta a L-arabinose
(75%), D-galactose (12%) e quantidades muito pequenas de ácido-D-galacturônico e L-
ramnose.
O poliuronido, chamado ácido tragacântico, por metilação e hidrólise origina:
2,3,4-trimetil-L-fucose, 2,3,4-trimetil-D- xilose, 3,4-dimetil- D- xilose, ácido 2,3-dimetil-D-
galacturônico, certamente na forma piranose e um ácido monometil-D- galacturônico.
Reconheceram-se, depois da hidrólise, os constituintes predominantes: ácido D-
galacturônico e D-xilose, pequenas quantidades de L-fucose e menores ainda de D-galactose.
A sua molécula possuirá também uma estrutura ramifica da: a D-xilose e a L-
fucose devem ocupar posições terminais nas cadeias, mas a xilose pode ainda aparecer num
lugar intermediário, ligada pelos carbonos Cm-C(2) a outros resíduos.
O ácido galacturônico aparecerá numa cadeia de unidades ligado pelos carbonos
a-1-4', à semelhança do ácido péctico, e por um ou dois outros carbonos suportará cadeias
laterais constituídas por unidades L-fucose e D-xilose, e em posições intermediárias a D-
xilose. O peso molecular é muito elevado, próximo de 840.000.
A propriedade da goma adraganta de formar geléias, de modo semelhante às
mucilagens e pectinas, relaciona-se com a existência do ácido-D-galacturônico

C´&"((+(%(


A goma caraia ou indiana é constituída por um poliuronídeos fundamental de peso


molecular muito elevado (9.500.000), parcialmente acetilado, justificando assim o odor e
sabor levemente acéticos que possui; da sua hidrólise resultam: ácido D-galacturônico, D-
galactose e L-ramnose, numa relação molecular aproximada de 5:6:4, e, ainda, pequenas
quantidades de tagatose, xilose e 6-desoxi-D-frutose. Esta goma caracteriza-se pela sua
insolubilidade relativa, em presença de água forma-se uma geléia, à semelhança da adraganta.

Câ*%1%$($!
p

Conhecem-se numerosas aplicações industriais, na tecelagem, fabrico de papel, de


tintas de água, pastas de polimento, de fósforos, na litografia, etc.
Algumas mais adocicadas e ligeiramente saborosas usam-se diretamente na
alimentação, mais vezes no fabrico de alimentos, na confeitaria, em geléias, xaropes, saladas,
maioneses, etc. Usam-se, na técnica microbiológica, nos meios de cultura. Cosmética utiliza-
as nos fixadores para os cabelos, pós compactos, cremes e outros produtos de beleza
Também se empregam com freqüência na Farmácia, na preparação de emulsões,
mucilagens, pastilhas, etc.
Na Medicina tem um emprego limitado: externamente, em aplicações locais na
pele irritada, como mitigante e para evitar que esta seque; internamente, nas inflamações, pela
sua ação protetora das mucosas e paliativa.

C&"((+,.%'(


+%0!".&*7)%'(: Gummi arabicum


c("91%(: Leguminosae
(+*!63($(: Exsudato do tronco e ramos
%)&)%"%(8610(+: Goma arábica
%)&)%"%('%!)*9>%'(: Acácia Senegal
Origem geográfica: Zonas tropicais e áridas da África. São encontradas preferencialmente em
solos desérticos, arenosos e em climas áridos.

C'('+&3'&-%(

Esta goma apresenta±se sob a forma de lágrima redonda ou ovóides, incolor ou


levemente amarelada de dimensões variáveis, de 2 a 30 nm de diâmetro, cobertas por um pó
branco ou amarelado, facilmente quebradiças em fragmentos angulosos e translúcidos; muito
frágeis, de fraturas vítrea. Dissolve-se lentamente no dobro do seu peso de água, tornando-se
uma massa inodora e de sabor insípido, mucilaginoso.

C>%'+&3'&-%(

No exame microscópico do pó não se observam elementos figurados.


CU(+('*!+93*%'(3<69"%'(3

A goma arábica é constituída principalmente por arabina, mistura complexa de


sais de cálcio, magnésio e potássio do ácido arábico. Este ácido é um polissacarídeo que
produz L-arabinose, D-galactose, ácido D-glicurônico e L-ramnose após hidrólise.
A goma arábica contém 12 a 15% de água e várias enzimas ocluídas (oxidases,
peroxidases e pectinases) que podem causar problemas em algumas formulações.
Seu principio ativo é o ácido arábico.

´3&*!+(-=6*%'&!%)$63*+%(1

A goma arábica tem seu uso terapêutico como anti-séptico, antiinflamatório, anti-
hemorrágico, auxilia na digestão, expectorante, antidiarréica.
Na indústria, a goma arábica retarda a cristalização de açúcar em confeitos,
estabiliza emulsões e atua como espessante. Em bebidas, atua como emulsificante e
estabilizante de espuma. Apresenta excelente características de encapsulamento. @ um agente
fixador de aromas em misturas secas para bebidas.

´C #')%'(3"(%36*%1%D($(3-(+((),1%3!<6()*%/<6(1%*(*%8(

;*+(@?&
Incisam-se as pequenas árvores sem atingir o câmbio. Após alguns dias colhem-se
as lagrimas de gomas. Deixando escorrer e secar ao sol.
Preparação da solução da goma:
Dissolva 5g de goma em 50 ml de água.
Usam-se pequenos volumes desta solução na pratica dos seguintes ensaios:

!(@?&$&3(1$!',1'%&$&,'%$&(+,.%'&
Lance lentamente 5 ml de uma solução à 10% de goma arábica em 10 ml de
álcool acidulado pelo ácido acético concentrado: forma-se o precipitado branco (ácido
arábico). O filtrado resulta, com o oxalato de amônio, um precipitado branco (cálcio).

!(@?&$!G%$+21%3!
Junte em um tubo de ensaio 1 ml da solução de goma 4 ml de água e aqueça por
imersão em água a ferver, durante alguns minutos. Em um outro tubo de ensaio aqueça,
paralelamente, 5 ml de reagente FEHLING. Junte o conteúdo dos dois tubos e aqueça
novamente durante um pequeno espaço de tempo. Se o líquido se mantiver azul é sinal de que
não houve redução. Paralelamente pratique o seguinte ensaio de hidrólise: Junte em um tubo
de ensaio 1 ml da mucilagem, 4 ml de água e 0,5 ml de ácido clorídrico concentrado e aqueça
em banho-maria, durante meia hora. Neutralize o líquido com solução de hidróxido de sódio a
20% e adicione, depois, 5 ml de reagente FEHLING em circunstâncias idênticas às do
primeiro ensaio: nestas circunstâncias pode verificar a reação do reagente, relevada pela
mudança de cor.

!(@?&'&"('!*(*&.,3%'&$!'G6".&
A 10 ml da solução da goma, junte solução diluída de acetato básico de chumbo:
resulta em um precipitado branco. Não precipita, porém, com acetato neutro de chumbo
(outras gomas).

!(@?&'&"'1&+!*&>#++%'&
Use 10 ml de uma solução de goma arábica à 10% e junte a 0,1 ml da solução
aquosa de cloreto férrico à 9%: forma-se um precipitado gelatinoso. O aparecimento de
precipitado ou coloração castanha muito escurecida indica a presença de gomas com taninos.

!(@H!3$(3&;%$(3!3!-!+&;%$(3!3
Adicione a 10 ml da solução a 1% da goma arábica, 10 gotas de água oxigenada,
agite e divida em duas porções. À primeira junte 5 gotas de uma solução à 0,5% de benzidina
no álcool à 50%: no espaço de 10 minutos forma-se cor azul ou azul esverdeado. À segunda
contida em outro tubo de ensaio, junte 5 gotas de uma solução extrativa recente de 5 g de
lenho de guáiaco em 10 g de álcool: no mesmo espaço de tempo deve-se formar cor azul
clara.
´C)3(%&3$!-6+!D(

"%$($!
Determina-se por aquecimento, durante 5 horas em estufa regulada em 105°C: não
deve ser superior a 15% do seu peso.

%)D(3
O limite máximo estabelecido para as cinzas é de 4%. E as cinzas insolúveis em
acido clorídrico não devem exceder o máximo de 0,5%.

!39$6&%)3&1I8!1)(,06(
Em um balão cônico de 250 ml, dissolva 5 g de goma em 100 ml de água; junte
10 ml de ácido clorídrico diluído (aproximadamente 3N) e aqueça a fogo direto a uma
ebulição moderada, durante 15 minutos. Filtre por cadinho-filtro, previamente tarado, usando
uma ligeira sucção; lave o balão e o cadinho filtro com volumes sucessivos de água destilada
até o filtrado não apresentar mais precipitado quando lhe adicionar ema solução de acetato de
chumbo. Segue a 100°C, até peso constante. O aumento de peso do cadinho-filtro não deve
exceder 0,05g, que corresponde ao máximo de 1% de substâncias insolúveis na água.

´C !3<6%3($!>(13%>%'(@H!3

!(0!)*!3
Água de iodo
Solução de cloreto férrico a 9%
Solução de acetato neutro de chumbo a 10%

"%$&!$!;*+%)(3
A 5 ml da solução aquosa de goma à 10% junte 5 ml de água e 5 gotas de água de
iodo: com a goma arábica o liquido cora-se de amarelo, mas as falsificações manifestam-se
pelas cores azul e vermelha.
()%)&3
A 5 ml da solução aquosa de goma a 10% junte 5 ml de água em umas gotas da
solução aquosa de cloreto férrico à 9%: não deve escurecer e nem originar precipitado.

´C´6*+(30&"(3
A solução aquosa de goma a 10% não deve precipitar pelo acetato de chumbo.
Areias e outras substâncias insolúveis na água
Verifica-se a falsificação pelo ensaio das cinzas e pela insolubilidade parcial na
água, já referido.

â&"(($+(0()*(
p

Origem botânica: Astragalus gummifer


@ a exsudação gomosa, seca, proveniente de várias Papilionáceas.
Origem geográfica: zonas montanhosas da região oriental do Mediterrâneo e da
Ásia ocidental.
Arbustos ramosos com cerca de 1 metro de altura.
O termo adraganta considera-se uma corruptela de tragacanta, mais geralmente
usado (do grego, tragos, cabras, chifre, dada a forma encurvada que por vezes ela adquire).

âC('+&3'&-%(


A goma adraganta apresenta-se sob a forma de lâminas largas e achatadas ou


lacínias delgadas, vermiculares, ondeadas com numerosas cristas concêntricas, também em
lágrimas irregulares. Largura variável de cor branca ou ligeiramente amarelada, um pouco
translúcidas ou opacas, duras, resistente à fratura. Inodora e de sabor mucilaginoso.

âC%'+&3'&-%(
No campo do microscópio, depois de amolecida na água e montada em glicerina,
observam-se células de paredes espessas deformadas e contendo grãos de amidos
arredondados.
Não devem ser observados fragmentos de tecidos lignificados, nem grãos de
amido de cereais.

âC(+('*!+93*%'(3<69"%'(3

O constituinte fundamental é o ácido tragacântico, que possui estrutura ramificada


contendo ácido D- galacturônico, L-Fucose e D- Xilose, que determina a formação da geléia
com a água.
O outro constituinte é a arabinogalactana, um polímero solúvel em água que dá a
goma sua solubilidade. @ um heteropolissacarídeo contendo ácido D-galacturônico, D-
Galactose, D-xilose, L-arabinose e íons de cálcio, magnésio e potássio.

âC´3&*!+(-=6*%'&!%)$63*+%(1

A goma dá a mais alta viscosidade de todas as plantas hidrocolóides e produz


soluções coloidais viscosas com textura similar a um gel macio. A goma é solúvel em água
fria.
Ela funciona como estabilizador de emulsão e espessante da fase aquosa. Devido a
esses fatores a goma é utilizada para:
Suspensões de pós insolúveis.
Como agente emulsivo de óleos e outras substâncias insolúveis.
Na preparação de tabletes.
Xaropes para diabéticos
Adesivos de dentaduras.
Laranja Amarga, também conhecida como Laranja Bigarade, tem servido, em
muitas culturas antigas, para tratamento de uma grande variedade de problemas de saúde.
Hoje, da laranja amarga, se faz chás, tinturas, extratos usados para problemas
gastrointestinais, insônia, dores cabeça, e obesidade. A Laranja amarga tem um complexo
químico de particular interesse, onde casca contém flavonas, alcalóides synephrine,
octopamine, e N-methyltyramine, e carotenóides.
Só a casca de laranja amarga provou ter um alto valor medicinal, principalmente
para problemas digestivos. No entanto, na medicina popular a flor de laranja amarga também
é utilizada. A Laranja Amarga serve para o tratamento de uma miríade de problemas de saúde
que vão de nervosismo e insônia, a gota e dor de garganta, e até mesmo para a obesidade. Na
medicina oriental, a flor da laranja amarga é utilizada para dor de estômago. A laranja amarga
tomada junto com a Caralluma Fimbriata e a Faseolamina formam um poderoso composto
emagrecedor. Completo e extremamente eficaz. A laranja amarga contém vários compostos
químicos para estimular a taxa metabólica, o que faz aumentar a queima de calorias no
organismo. Não possui efeitos colaterais se tomada nas doses recomendadas. O citrus
Aurantium, ou laranja amarga, caso tomado em doses elevadas pode causar aumento da
pressão arterial. Para quem tem problemas de pressão arterial, é recomendado consultar um
médico antes de usar o citrus aurantium (laranja amarga). A dose recomendada é de uma dose
antes do almoço e uma dose antes do jantar, sendo, portanto, duas doses diárias, composta por
cápsulas gelatinosas e pó de laranja amarga. 60 cápsulas de 500mg.
.


´ 
 
  

Balança analítica

Água destilada

Capela

Lâmina

Proveta de 100 ml

hidróxido de sódio

ácido clorídrico

cloreto férrico

Iodo

2 tubos de ensaios

3 gral de porcelana

Lugol

Pó de laranja

Pistilo

3 balões de fundo chato de 100 ml

Bécker de 10 ml

Papel toalha

´C#*&$&3

O método utilizado foi a reação da amostra da goma em pó com reativos.


Primeiramente foi pesado 5 g de FeCl3 e após adicionado 15 ml de água destilada
gradativamente até obter a goma homogênea e transferida para o balão de fundo chato com o
auxílio do bastão de vidro sobre o papel toalha.
Após foi macerado o iodo em 100 ml de água destilada. Prossegue-se para o pesar
0,15 g de goma em pó (pó de laranja) e triturada na gral de porcelana com o auxílio do pistilo.
Adicionou-se nas duas grais de porcelana 15 ml de água destilada na primeira e 30
ml na segunda, triturando sempre até obter a goma homogênea. Observa-se o aspecto da goma
ao ser solubilizada em água: líquida, viscosa ou gelatinosa e divide a solução de goma a 1%
em dois tubos de ensaio e um gral (5 ml em cada) e realizada as seguintes reações: Pesquisa
de lignina onde foi colocado no primeiro tubo de ensaio 5 ml da solução de goma a 1% e
adicionado 2 ml de HCl concentrado e fervido em chama por 5 minutos e obervar a coloração
rósea que confirma reação positiva, na reação com NaOH a 15% foi previamente pesado 15
ml de hidróxido de sódio na balança analítica e solubilizada no bécker com água destilada e
transferida para o balão de fundo chato sendo adicionada no segundo tubo de ensaio 5 ml da
solução da goma a 1% e adicionado 2 ml de solução de NaOH a 15 % e aquecido no bico de
Bunsene na pesquisa de amido na amostra analisada foi colocado 5 ml da solução de goma a
1% na gral de porcelana e adicionada uma gota de lugol e observada a coloração azul que
confirmaria reação positiva.
â
 E

   
 
   
   
 

Odor Inodoro Inodoro Levemente acético
Solubilidade Líquida Viscosa Gelatinosa
(aspecto de goma)
Pesquisa de amido - + -
Pesquisa de lignina - - +
Reação com NaOH + - -


!(1%D($(3(3+!(@H!3-(+(%$!)*%>%'(+('1(33%>%'(@?&$(0&"()(("&3*+($!
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'&)>%+"(+%(+!(@?&-&3%*%8(C


A pesquisa para identificar gomas na amostra de pó de laranja na precipitação


com os reagentes de cloreto férrico, hidróxido de sódio e adicionada uma coloração de lugol
na gral, tornou possível concluir que nenhum tipo de goma está presente no produto
fitoterápico de pó de laranja, porque todos os precipitados não adquiriram cor característica
que confirmaria a presença de uma das gomas arábica, adragante e caraia na amostra
analisada.

























c
A 


<http. www.onlinefarma.com.br/laranja-amarga>. Acesso em: 25. ABR. 2011.



  '  
M LM   

   





O amido, polissacarídeo de extrema importância em alimentos, é produzido em grande
quantidade nas folhas dos vegetais como forma de armazenamento dos produtos da
fotossíntese, sendo constituído estruturalmente por dois outros polissacarídeos diferentes: a
amilose e amilopectina. A batata inglesa além de possuir vitaminas B e C ser rica em ferro e
zinco, também possui amido na sua constituição armazenado através dos cromoplastos. Para
ser realizada a pesquisa deste polissacarídeo de reserva vegetal foram utilizados os métodos
da extração e hidrólise com os seguintes materiais balança analítica, tábua e faca ralo, sufato
cúprico, hidróxido de sódio, tartarato de potássio e sódio, ácido clorídrico, balão de fundo
redondo de 1000 ml, pêra, proveta de 100 ml, pipeta graduada de 2 ml e bécker de 2000 ml,
obtendo-se então resultando de amido e amido resistente na amostra analisada ao reagir com
lugol e reagente de Fehling ao adquirirem colorações azul e transparente nas duas alíquotas
utilizadas respectivamente na pesquisa deste polissaarideo de reserva vegetal.


 

Polissacarídeos são moléculas de elevado peso molecular, cuja unidade


fundamental são os monossacarídeos, principalmente a glicose. Como exemplos de
polissacarídeos importantes na natureza destaca-se o glicogênio, a celulose e o amido.
O amido, polissacarídeo de extrema importância em alimentos, é produzido em
grande quantidade nas folhas dos vegetais como forma de armazenamento dos produtos da
fotossíntese, constituído por dois outros polissacarídeos estruturalmente diferentes: amilose e
amilopectina. @ utilizado principalmente em farmácia na fabricação de comprimidos e
pomadas, sendo que para verificar sua presença na batata inglesa analisada foram utilizados
os métodos de extração e hidrólise com reações com lugol a 50% e reagente de Fehling que
detectam a presença de amidos nas amostras analisadas ao adquirem cores características ao
reagirem com polissacarídeos.


  

.:!*%8&!+(1

Verificar a presença de polissacarídeos na amostra analisada.

.:!*%8&33-!'9>%'&3
Extrair o amido da batata inglesa;
Identificar a presença do amido na batata inglesa através dos reagentes Fehling A
composto de sulfato cúprico e Fehling B composto de hidróxido de sódio, tartarato de
potássio e sódio e água destilada após a reação de hidrólise deste polissacarídeo na batata
inglesa.



 




Os polissacarídeos ou açúcares mútiplos são carboidratos formados pela uniãode
mais de dez moléculas monossacarídeas, constituindo, assim, um polímero de
monossacarídeos, geralmente de hexoses. Ao contrário dos mono e dos dissacarídeos, os
polissacarídeos são insolúveis em água; não alteram o equilíbrio osmótico das células e
prestam-se muito bem à função de armazenamento ou reserva nutritiva.
De acordo com a função que exercem os polissacarídeos classificam-se em
energéticos e estrururais. Polissacarídeos energéticos também têm a função de reserva
nutritiva, sendo os mais importantes o amido e o glicogênio.
Amido é um polissacarídeo, sintetizado pelos vegetais para ser utilizado como
reserva energética. Sua função, portanto, ép análoga ao do glicogênio nos animais.
Especialmente no Brasil e em algumas outras poucas regiões do mundo o amido difere dap
fécula. De acordo com a Legislação Brasileira o amido é a porção extraída da parte aérea das
plantas e a fécula é a fração amilácea retirada de tubérculos, rizomas e raízes.pp
p
p
p
C3*+6*6+("&1!'61(+

O grão de amido é uma mistura de dois polissacarídeos, amilose e amilopectina,


polímeros de glicose formados através de síntese por desidratação (a cada ligação de duas
glicoses, no caso, há ³liberação´ de uma molécula de água.
Amilose:
Macromolécula constituida de 250 a 300 resíduos de D-glicopiranose, ligadas por
pontes glicosídicas Į-1,4, que conferem à molécula uma estrutura helicoidal.
Amilopectina:
Macromolécula, menos hidrossolúvel que a amilose, constituída de
aproximadamente 1400 resíduos de Į-glicose ligadas por pontes glicosidicas Į-1,4, ocorrendo
também ligações Į-1,6, que dão a ela uma estrutura ramificada. A amilopectina constitui,
aproximadamente, 80% dos polissacarídeos existentes no grão de amido.

C9)*!3!

O amido é sintetizado em organelas denominadas plastídios: cromoplastos das


folhas e amiloplastos de órgãos de reserva, a partir da polimerização da glicose, resultante
da fotossíntese.
n moléculas de glicose ֜ amido + água
Nos vegetais, o polímero de glicose utilizado como reserva é o amido, que tem
estrutura muito parecida com o glicogênio, mas é menos ramificado. A síntese do amido é
muito semelhante à síntese do glicogênio, com a substituição da forma ativada da glicose de
UDP-glicose por ADP-glicose. A reação écatalisada pela ADP-glicose sintase. O ADP-G é
substrato do amido sintetase, a enzima que verdadeiramente catalisa a incorporação de glicose
ao polímero.

p
CL%$+21%3!

Na digestão o amido é decomposto por reações de hidrólise em carboidratos


menores. Essa hidrólise é efetuada pelas enzimas amilas existentes na saliva e suco
pancreático.
A enzima Į-amilase (Į-1,4-glicano hidrolase ) rompe as ligações glicosídicas Į-
1,4 da amilose originando uma mistura de maltose, amilopectina e glicose. Rompe também as
ligações Į-1,4 da amilopectina, originando uma mistura de polissacarídeos
denominadas dextrinas.
A enzima ȕ-amilase (ȕ-1,4-glicano maltohidralase ) rompe as ligações Į-1,4 dos
polissacarídeos resultantes da hidrólise da amilopectina, originando maltose pura.
O amido é encontrado na forma de grãos nas sementes, caules e raízes de várias
plantas como trigo* mandioca, arroz, milho, feijão, batata, entre outras.
C´3&!(-1%'(@H!3
3&'&"!+'%(1


fp Também usado no tratamento da varicela;


fp Na alimentação, como fonte de glicose;
fp Preparação de colas;
fp Preparação de gomas utilizadas em lavanderia e fabricação de papel e
tecidos;
fp Fabricação de xaropes e adoçantes;
fp Fabricação de heptamido;
fp Fabricação de álcool etílico;
fp Para liberação controlada de fármacos.
Batata (h   hh é um tubérculo pertencente a família    
A batata é originária do Peru, e é um dos vegetais mais utilizados no mundo.
Existem seis outras espécies do gênero   , com menor importância. Já a relação com
a batata-doce é pequena, pois não compartilham gênero ou família, fazendo parte apenas da
mesma ordem. Cultivam-se atualmente milhares de variedades de batata.
A batata é originária do Peru, onde fora cultivada desde eras imemoriais pelo
povo inca, sendo chamada de "  " na língua quíchua. Ainda em nossos dias, nos países
andinos, produzem-se e comercializam-se mais de 200 variedades diferentes de batatas.
Recente pesquisa baseada no DNA comprovou que todas as variedades da batata
descendem de uma única variedade de planta originária do sul do Peru. Esta mesma pesquisa
evoca evidências arqueológicas de que o vegetal ali já era cultivado há 7.000 anos para efeitos
de alimentação humana.
Em 1570 a batata foi levada para a Espanha, de lá se disseminando para
a Europa e depois para todo o mundo. Atualmente, a cultura mundial atinge a cifra de cerca de
300.000.000 toneladas/ano.
A batata é rica em grãos de amido, armazenados nos amiloplastos. Possui
vitamina B e C e é rica em ferro e zinco

´ 
 
  

Balança analítica
200 g de batata inglesa
Tábua e faca
Ralo
70 g de sufato cúprico
100 g de hidróxido de sódio
346 g de tartarato de potássio e sódio
Balão de fundo redondo de 1000 ml
Ácido clorídrico
Proveta de 100 ml
Dessecador
Pipeta graduada de 2 ml
Bécker de 2000 ml
Pêra

´C#*&$&3
O primeiro passo foi a extração do amido na batata inglesa, sendo pesado 200 g de
batata inglesa descascada na balança analítica e passada em ralo grosso e espremida em um
pano na gral com pistilo. Posteriormente este resíduo que permaneceu no pano é retomando
com cerca de 100 ml de água destilada, sendo repetido este procedimento por duas vezes
reunindo os líquidos obtidos. Aguarda-se a substância aquosa em repouso até que o amido se
deposite no fundo do bécker de 100 ml. @ separado por decantação o líquido sobrenadante e
adicionado 500 ml de água destilada e agitado lentamente para o amido sedimentar-se. Então
a água é decantada e o amido é secado no fundo do recipiente no papel filtro.
Após esta extração é preparado os reativo de Fehling A e B. No primeiro é pesado
70 g de sulfato cúprico no vidro de relógio na balança analítica enquanto no segundo são
pesados 100 g de hidróxido de sódio, 346 g de tartarato de sódio e potássio também no vidro
de relógio e pesados na balança analítica. Foram dissolvidos separadamente o tartarato de
sódio e sódio em água destilada, sendo misturadas as duas soluções e aquecidas no bécker de
2000 ml na manta aquecedora a 90 ± 100º C até a ebulição. Aguarda esfriar e completar o
volume com água destilada de 1000 ml aferidos em duas provetas de 500 ml e transferidos
para o balão de fundo redondo.
A terceira etapa é para ser realizada a hidrólise do amido em que num erlenmeyer
de 5 g de amido sendo macerado a gral com o pistilo e solubilizada com 200 g de água
destilada aferidos na proveta de 100 ml. @ retirada uma amostra de 2 ml da suspensão e
pingada uma gota de lugol a 50% e observada sendo transferido para o bécker de 10 ml e
observada a cor obtida que foi preto esverdeado. Logo após adiciona-se no erlenmeyer 10 ml
de HCL a 20% sendo levado a ebulição mantendo-se a fervura branda. Retirar duas alíquotas
de 2 ml a cada 5 minutos. Na primeira alíquota é adicionada 2 gotas de lugol a 50%
resultando na cor azul enquanto na segunda é adicionada algumas gotas do reagente de
Fehling resultando na cor transparente.
â
 E

Realizada a extração do amido na batata inglesa e hidrólise para reagir com o


lugol a 50% e reagente de Fehling, respectivamente, obtêm-se coloração azul que confirma
presença de amido na primeira alíquota e transparente na segunda alíquota que detecta amido
resistente.


O amido é um dos principais polissacarídeos encontrados na natureza por possuir


função de reserva nutritiva vegetal armazenado nos amiloplastos, sendo encontrado na batata
inglesa, confirmado através do processo de hidrólise presença de amido na primeira alíquota
ao reagir com lugol adquirindo cor azul e amido resistente na segunda ao reagir com o
reagente de Fehling adquiriu cor transparente.

c
A 


<http. wikipedia.org/Amido>. Acesso em: 22. ABR. 2011.

<http. wikipedia.org/Batata>. Acesso em: 28. MAIO. 2011



  > c 
  






Utilizados historicamente no curtimento do couro, os taninos estão presentes em vários
vegetais atuando como adstringentes não somente de produtos destes, mas de bastante frutos,
também utilizados na indústria de fabricação de tintas e possuem também propriedade de
serem hemostáticos e utilizados nos laboratórios para detectar proteínas e alcalóides Para
verificar a presença ou ausência de taninos nas folhas de goiaba foi utilizado o perfil
fitoquímico qualitativo através de reações de precipitação, sendo utilizado também o reativo
de Stiasny para separar taninos condensados ou hidrolisáveis com o subsídio dos materiais de
laboratórios como balança analítica, suporte de madeira, tubos de ensaio, grade, manta
aquecedora, bastão de vidro, bécker de 250 ml, água destilada, proveta de 100 ml, funil, conta
gotas, papel filtro, pipeta graduada de 10 ml, pêra, pipeta graduada de 2 ml, folhas de goiaba,
balão de fundo redondo e condensador bola. Nos precipitados com gelatina e acetato de
chumbo foram obtidos resultados positivos, sendo que para os reativos de cloreto férrico e de
Stiasny os resultados foram negativos, porque não formaram precipitados esperados na
interação com ácidos específicos para cada experimento realizado na amostra analisada.




Os taninos constituem diversos vegetais e possuem além da propriedade de
combinar-se e precipitação com proteínas da pele de origem animal para evitar sua putrefação
e ser obtido o couro, são também responsáveis pela adstringência de muitos e frutos e
vegetais, hemostáticos sendo também utilizados na indústria de fabricação de tintas e
utilizados nos laboratórios para detectar proteínas e alcalóides por terem a capacidade de
precipitar com alcalóides, tornando possível sua identificação e como antídotos em casos de
envenamentos por plantas que contêm estes constituintes químicos.
Para serem verificados nas folhas de goiaba foram utilizados os métodos de perfil
fitoquímico qualitativo com a precipitação com gelatina, cloreto férrico, acetato de chumbo e
o reativo de Stiasny para separar taninos condensados e hidrolisáveis que utiliza ácidos ou
enzimas que convertem-se em compostos vermelhos insolúveis indicando presença de taninos
condensados, caso apresentem estes prossegue-se para verificar a presença de dos
hidrolisáveis que por possuirem ligaçã de ésteres podem sofrer hidrólise na precipitação com
ácidos ou enzimas e obterem coloração azul com o cloreto férrico no laboratório de
Farmacognosia.


  

.:!*%8&!+(1
Verificar a presença ou ausência de taninos na matéria-prima vegetal.

.:!*%8&33-!'9>%'&3
Identificar a presença de taninos condensados ou hidrolisáveis através de perfil
fitoquímico qualitativo com testes de identificação: gelatina, cloreto férrico, acetato de
chumbo e branco nas amostras de folhas de goiaba;
Obter a separação de taninos condensáveis ou hidrolisáveis através da reação de
Stiasny nas folhas de goiaba.




 




Taninos são substâncias complexas presentes em inúmeros vegetais, os quais têm
a propriedade de se combinar e precipitar proteínas de pele de animal, evitando sua putrefação
e, conseqüentemente, transformando-a em couro. São substâncias detectadas qualitativamente
por testes químicos ou quantitativamente pela sua capacidade de se ligarem ao pó de pele.
Essa definição exclui substâncias fenólica ssimples, de baixo peso molecular, freqüentemente
presentes com os taninos, como os ácidos clorogênico, gálico e outros que, por também
precipitarem gelatina, são conhecidos como pseudotaninos
Os taninos são classificados em hidrolisáveis e condensados. Os primeiros são
constituídos por diversas moléculas de ácidos fenólicos, como o gálico e o elágico, queestão
unidos a um resíduo de glucose central. São chamados de hidrolisáveis, uma vez que suas
ligações ésteres são passíveis de sofrerem hidrólise por ácidos ou enzimas. Emsolução
desenvolvem coloração azul com cloreto férrico, assim como o ácido gálico.
Os taninos condensados incluem todos os outros taninos verdadeiros. Suas
moléculas são mais resistentes à fragmentação e estão relacionadas com os pigmentos
flavonóides, tendo uma estrutura ³polimérica´ do flavan-3-ol, como a catequina, ou doflavan-
3,4-diol, da leucocianidina. Sob tratamento com ácidos ou enzimas esses compostos tendem a
se polimerizar em substâncias vermelhas insolúveis, chamadas de flobafenos. Essas
substâncias são responsáveis pela coloração vermelha de diversascascas de plantas (p. ex.
quina vermelha). Em solução, desenvolvem coloração verdecom cloreto férrico, assim como o
catecol.
Ambas classes de compostos são amplamente distribuídas na natureza e,
emalgumas espécies, os dois tipos estão presentes, embora um deles deva ser predominante.
Os taninos são adstringentes e hemostáticos e, portanto, suas aplicações
terapêuticas estão relacionadas com essas propriedades. São empregados principalmente na
indústria de curtume e têm também aplicação na indústria de tintas.São usados em
laboratórios para detecção de proteínas e alcalóides e empregados como antídotos em casos de
envenenamento por plantas alcaloídicas.
As principais plantas que contêm taninos são: nó-de-galha (formações
nodosasresultantes da decomposição de ovos do inseto ‘      na gema foliar
docarvalho h    Oliver, Fagaceae); ratânia (raízes de       ,
Krameriaceae), barbatimão (cascas de caule        
Mart.,Mimosaceae/Leguminosae); hamamelis (folhas de   h
  
L.,Hamamelidaceae) , goiabeira (folhas de h    
) e Espinheira- santa (folhas
de  hh, Celatraceae).
A goiaba é uma fruta pertencente da familia   e seu nome científico
chama-se Psidium Guajava. A goiabeira é uma arvore com ate 7 mentro de altura, tem o
tronco de casca lisa. A polpa varia entre branco e o amarelo, e do rosa ao vermelho. @ uma
fruta rica em Cálcio, fósforo, potássio e também é uma boa fonte de peticina, uma fibra
dietética, contem grande quantidade de fotoquímicos como: fenóis, taninas, triterpenes,
flavonóides, óleos essenciais, lectinas e carotenóides. Suas folhas também são ricas em
flavonóides, quercetina que tem uma função antibacteriana e é indicado nos casos de diarréia.
Sem falar nas vitaminas, A, B1, B2, B6 e principalmente a vitamina C. Algumas variedades
acusam em media um teor de vitamina C de 80mg por 100g,, Bas goiabas brancas, amarelas
são mais rica em vitamina do que a goiaba vermelha. A laranja contém cerca de 45mg por
100g, que quase a metade da concentração da goiaba branca.
Possui funções como:
Antibacteriano ± As folhas da goiabeira têm propriedades antibactericidas e tem
demonstrado ter elevado efeito de eliminação de bactérias nocivas inclusive a salmonela;
Colesterol ± Para quem sofre deste mal a melhor opção é a goiaba vermelha, isto
porque ela é rica me fibras soláveis e lucopeno, estes tem um papel importante de impedi
a absorção de gordura, ajudando a eliminar op mau colesterol, triglicéridos e melhora e a
tensão arterial;
Diabete ± Pesquisa realizado com um grupo diabético tomando sucos de goiaba
num período de quatro semanas mostrou redução de 25% da glicose no sangue. E as
folhas também foram usadas nesta experiência e teve bons resultados no controle da glicose;
Emagrecimento ± Além de ser muito saborosa é pobre em calorias, 100 grama
desta fruta tem certa de 57, é ótimo para quem quer ter um corpo perfeito. Mas convém
consumi em equilíbrio;
Problemas Intestinal - As folhas são usadas como remédio caseiro feito em forma
de chás indicado para todas as pessoas mas principalmente nas crianças;
Indicações Terapêuticas
fp Cólera ± Fazer chá das folhas da goiabeira;
fp Diarréia e Disenteria - Tomar o chá das folhas da goiabeira. Cozinhar
goiaba verde e tomar o caldo;
fp Problemas Gastrintestinais - Recomenda-se fazer refeições exclusivas de
goiaba ou fazer chás dos brotos da goiabeira juntos com as folhas da
laranjeira azeda;
fp Pernas, pés inchados ± Fazer chá das folhas e brotos da goiabeira;
fp Hemorragia uterina, Incontinência urinaria - Fazer chá das folhas e brotos
da goiabeira;
fp Tuberculose - Fazer chá das folhas e brotos da goiabeira.

´ 
 
  


Balança analítica
Suporte de madeira
Proveta
Tubos de ensaio
Grade
Manta aquecedora
Bastão de vidro
Bécker de 250 ml
Água destilada
Proveta de 100 ml
Funil de vidro
Papel filtro
Pipeta graduada de 10 ml
Pêra
Pipeta graduada de 2 ml
Conta gotas
Folhas de goiaba
Balão de fundo redondo
Condensador bola

´C#*&$&3

O primeiro passo foi a extração em que as folhas de goiaba foram cortadas com o
auxílio da faca sobre uma tábua e posteriormente pesados 5g no bécker de 250 ml sendo
pulverizada com 100 ml de água destilada aferido na proveta. Prossegue-se com a decocção
por 15 minutos na manta aquecedora, em que a amostra é mantida em contato durante este
tempo com o solvente utilizado, sendo filtrada no funil de vidro contendo papel filtro e
condicionado no bécker de 250 ml e aguarda-se resfriá-la. Pode-se então realizar os testes de
identificação para verificar a presença ou ausência de taninos hidrolisáveis ou condensados
distribuídas em quatro tubos de ensaios: no tubo 1 ocorreu a reação com 2 ml das folhas de
goiaba aferidos com a pipeta graduada de 2 ml com 2 gotas de ácido clorídrico e 0,25 g de
gelatina gota a gota que formando precipitados a turvação confirmaria presença de taninos,
no tubo 2 ocorreu a reação também de 2 ml da amostra com mais 10 ml de água destiladao 0,1
g de cloreto férrico em metanol que adquirindo cor azul ou verde confirmariam presença de
taninos hidrolisáveis ou gálicos ou condensados ou catequéticos, respectivamente. No tubo 3
ocorreu a reação com acetato de chumbo adicionado de 10 ml dos reagentes de 1 g de ácido
acético com 5 ml de ácetato de chumbo a 10% para formar precipitado esbranquiçado que
confirmaria presenca de taninos hidrolisáveis e no tubo 4 apenas continha 5 ml do extrato
filtrado da amostra como referência padrão para os outros tubos contendo os reativos.
Na reação de stiansny ocorreu a interação entre 5 ml de ácido clorídrico
concentrado mais 10 ml de formol sob refluxo por 20 minutos na manta aquecedora e após
interagido com 50 ml da solução por 30 minutos para formar precipitado vermelho
(flobafenos) que confirmariam presença de taninos condensados, caso houvesse a presença
desses prosseguiria para identifar taninos hidrolisáveis com 10 ml do extrato filtrado com 5g
de acetato de sódio e 2-4 gotas da solução de cloreto férrico a 1% em metanol que adquririam
cor azul para confirmar a reação.
â
 E

Posteriormente serem realizados os testes de identificação com as amostras de


folhas de goiaba foram obtidos os seguintes resultados:
Tubo 1: Gelatina
Positivo, porque apresentou formação de turvação na interação com o ácido
clorídrico diluído;
Tubo 2: Cloreto Férrico
Negativo, porque apresentou cor preta esverdeado na interação com cloreto férrico
e não apresentou cor azul ou verde que confirmariam presença de taninos hidrolisáveis ou
gálico ou condensados ou catequéticos, respectivamente;
Tubo 3: Acetato de chumbo
Positivo, porque ao reagir com ácido acético e acetato de chumbo sofreu hidrólise
e conseqüentemente a formação de precipitado esbranquiçado que confirmou presença de
taninos hidrolisáveis;
Na reação de Stiansky para haver a separação de taninos hidrolisáveis e
condensados, o resultado para os condensados foram negativos, porquequando tratados com
ácidos ou enzimas, convertem-se em compostos vermelhos insolúveis conhecidos por
flobafenos (coloração vermelha de muitas drogas), principalmente cascas e conseqüentemente
para os condensados desde que no experimento anterior confirmou a ausência de taninos na
amostra vegetal.


Os taninos por serem substâncias naturais complexas presentes na estrutura de


diversos vegetais e utilizados na História da humanidade para curtimento de couro e
adstringência de muitas frutas e outros produtos vegetais possuem uma importância bastante
significativa hoje porque possuindo características especiais como complexação com íons
metálicos, atividade antioxidante e seqüestradora de radicais livres e complexação com
moléculas possuem ações farmacológicas como antídoto para metais pesados e alcalóides,
adstringentes por via externa como cicatrizantes, hemostáticos, protetores e reepitelizantes e
interna como antidiarreicos,também antinutritivos e anti-sépticos. Na aplicação industrial são
utilizados para fabricar tintas, reagentes para detectar alcalóides, proteínas e gelatinas pela sua
interação com os mesmos, juntos com outros compostos produzem agentes floculantes e
coagulantes para tratamento da água, produção de uretano para resistir a flamabilidade e para
desenvolver sabor adstringente de vinhos, sucos de frutas, chás e outras bebidas ressaltando
seu papel biológico de defesa química contra o ataque de herbívoros vertebrados ou
invertebrados ao diminuírem sua palatibilidade,dificuldades na digestão, produção de
compostos tóxicos a partir da hidrólise de taninos e contra microorganismos patogênicos.
Nos testes de perfil fitoquímico qualitativo para identificar sua presença ou
ausência na amostra de folhas de goiaba através das precipitações com ácido foram possíveis
obter os resultados almejados. No tubo 1 com a precipitação com gelatina e ácido clorídrico a
reação foi positiva, porque ocorreu a formação de turvação confirmando a presença de
taninos, no tubo 2 na precipitação com cloreto férrico e água destilada apresentaram
resultados negativos porque adquiriram coloração preto esverdeado e não azul para taninos
hidrolisáveis ou gálico ou verde para condensados ou catequético e na reação de Stiasny
utilizada para separar taninos condensados e hidrolisáveis o resultado foi negativo por não
apresentar flobafenos (precipitado vermelho) que confirmariam taninos condensados, pela sua
interação com ácidos ou enzimas que resultam neste tipo de precipitado, conseqüentemente
não foi realizada para identificar os hidrolisáveis já que não havia nenhuma presença dos
anteriores na amostra analisada no laboratório de Farmacognosia.

c
A 


<http. www. people.ufpr.br/farmacognosia_I/Apostila/taninos.pdf>. Acesso em: 22. ABR.
2011.

<http. www. ritasousa.net/goiaba-e-os-beneficios-para-saude>. Acesso em: 24. ABR. 2011.



  U 
cc BMB  
c  





Os flavonóides têm sido hoje o alvo dos pesquisadores porque possuem propriedades
farmacológicas nos seres humanos já comprovadas e paralelamente retardando diversos
mecanismos de patologias degenerativas que ainda desafiam a ciência. O experimento em
questão tem por objetivo identificar a presença desses compostos nas folhas de amora e no
repolho roxo já que está presente na maioria dos vegetais através das reações de Shinoda ou
Cianidina, com cloreto de alumínio, Taubolk, Pew e pesquisa das antocianidinas com
soluções padrões, sendo utilizados materiais como etanol a 70%, balança analítica, bécker de
250 ml, bécker de 100 ml, funil de vidro, tripé de ferro, banho maria, cápsula de porcelana,
clorofórmio, tubos de ensaio, vidro de relógio, ácido clorídrico, papel filtro, cloreto de
alumínio a 5%, ultravioleta, pipeta graduada, pêra, ácido bórico, acetona, ácido oxálicoe zinco
metálico. Possibilitou a detecção desses compostos na maioria das folhas de amora e a
pesquisa das antocianidinas na amostra de repolho roxo que por conter cloreto de cianidina
responsável não somente pela coloração vermelha das rosas, também está presente no repolho
roxo modificando sua cor conforme o potencial hidrogeniônico (pH) da soluções padrões
utilizadas para cada experimento.




Os flavonóides são encontrados com abundância na maioria dos vegetais e além
de apresentar funões biológicas, também foram identificados várias funções farmacológicas
desses compostos no organismo dos seres humanos e como inibidores de vários fatores que
causam doenças degenerativas como o retardamento da proliferação das células cancerosas
através do proceso de mitose. Por essas razões vêm despertando bastante o interesse da
comunidade científica sendo portanto indispensável sua identificação exata para ampliar os
níveis de conhecimentos nas pesquisas que o envolvem. Para identificá-los nas folhas de
amora e no repolho roxo foram utilizados as reações de Shinoda ou Cianidina, com cloreto de
alumínio, de Taubouk e Pew enquanto na segunda amostra analisada para determinar as
antocianidinas, uma das classes de flavonóides, foi utilizadas reações da amostra com
soluções padrões em função do potencial hidrogeniônico (pH) que varia conforme o pH da
solução utilizada em cada experimento subsidiados por etanol a 70%, balança analítica,
bécker de 250 ml, bécker de 100 ml, funil de vidro, tripé de ferro, banho maria, cápsula de
porcelana, clorofórmio, tubos de ensaio, vidro de relógio, ácido clorídrico, papel filtro, cloreto
de alumínio a 5%, ultravioleta, pipeta graduada, pêra, ácido bórico, acetona, ácido oxálicoe
znco metálico.
  

.:!*%8&!+(1
Detectar a presença de flavonóides nas amostras analisadas.

.:!*%8&33-!'9>%'&3
Identificar a presença de flavonóides através das reações de Shinoda ou Cianidina,
com cloreto de alumínio, de Taubouk e Pew nas folhas de amoreira;
Pesquisar antocianidinas no repolho roxo.



 



Os flavonóides são pigmentos naturais amplamente distribuídos no reino vegetal e


já foi detectada a ocorrência de mais de 8000 compostos fenólicos em plantas1. Protegem o
organismo do dano produzido por agentes oxidantes como os raios ultravioletas, poluição
ambiental, substâncias químicas presentes nos alimentos, estresses, dentre outros. O
organismo humano não produz essas substâncias químicas protetoras, cabendo ao homem
obtê-las por meio da alimentação2. Estão amplamente distribuídos em plantas, frutas, vegetais
e em diversas bebidas (suco de uva, vinho tinto, chá preto e verde), e representam
componentes substanciais da fração não energética da dieta humana3-4.
Os compostos fenólicos podem ser divididos em dois grupos: os flavonóides e os
não flavonóides, sendo que ambos são compostos de baixo peso molecular, denominados
metabólitos secundários, presentes em frutas e vegetais.
Os flavonóides englobam uma classe muito importante de pigmentos naturais e
têm a estrutura química C6-C3-C6, sendo que as duas partes da molécula com seis
carbonossão anéis aromáticos5. Com relação aos não flavonóides, são classificados como: os
derivados das estruturas químicasC6-C1 específicas dos ácidos hidroxi- benzóico, gálico e
elágico; os derivados das estruturas químicas C6-C3específicas dos ácidos caféico e p-
cumárico hidroxi cinamatose os derivados das estruturas químicas C6-C2-C6específicas do
trans-resveratrol, cis-resveratrol e transresveratrol-glucosídio6.
Suas propriedades biológicas estão relacionadas coma atividade antioxidante que
cada fenol exerce sobre determinado meio. A atividade dos antioxidantes, por suavez,
depende de sua estrutura química, podendo ser determinada pela ação da molécula como
agente redutor (velocidade de inativação do radical livre, reatividade com outros antioxidantes
e potencial de quelação de metais)7.
Pearson et al.(1999) demonstraram que os fenólicos presentesem suco comercial e
extrato fresco de maçãs (casca, polpa e fruta inteira) inibiram, 
 , a oxidação de
LDLhumana8.
Desta forma, possuem múltiplos efeitos biológicos, como atividades antioxidante,
anti-inflamatória, anti-tumorale inibidora da agregação plaquetária. Ainda, a ingestãode
flavonóides está associada com a longevidade e reduçãona incidência de doenças
cardiovasculares, o que explicao ³paradoxo francês´, uma vez que a dieta mediterrânea érica
em vegetais e vinho tinto9.
3*+6*6+(<69"%'(!-+&-+%!$($!3
Os flavonóides são estruturas polifenólicas de baixo peso molecular encontradas
naturalmente nas plantas. São os responsáveis pelo aspecto colorido das folhas e flores,
podendo estar presentes em outras partes das plantas. Segundo Beecher (2003) já foram
identificados mais de 8000 componentes da família dos flavonóides11. Esse grande número
de compostos surge da ampla variação de combinações de gruposmetil e hidroxil como
substituintes na estrutura química básica dos flavonóides.
Devido a esta grande diversidade, pesquisadores e a indústria de alimentos vêm
mostrando, nos últimos dez anos, bastante interesse no estudo de tais estruturas e suas
funções.
Os flavonóides têm uma estrutura química constituída de dois anéis aromáticos
que são ligados por uma cadeia de três átomos de carbono, que formam um heterociclo
oxigenado.
Podem ser divididos em classes baseado na sua estrutura molecular (compostos
fenólicos)2,14. A estrutura básica dos flavonóides consiste de 15 carbonos distribuídos em
dois anéis aromáticos, A e B (Figura 1) interligados via carbono heterocíclico do pirano.
Conforme o estado de oxidação da cadeia heterocíclica do pirano, têm-se diferentes classes de
flavonóides: antocianinas, flavonóis, flavonas, isoflavonas, flavononas e flavonas. Os
polifenóis são efetivos doadores de hidrogênio e essa capacidade antioxidante é dependente
do número e da posição dos grupamentos hidroxilas e sua conjugação.
As antocianinas também possuem uma estrutura química adequada para a ação
antioxidante, sendo capaz de doar elétrons ou átomos de hidrogênio para radicais livres. Uma
ótima atividade antioxidante está relacionada com a presença de grupos hidroxilas na posição
3 e 4 do anel B, os quais conferem uma elevada estabilidade ao radical formado (Figura 1). Os
grupos hidroxilas livres na posição 3 do anel C e 5 do anel A, junto com o grupo carbonila na
posição 4 são doadores de elétrons. Além disso, a presença de açúcares na molécula reduz a
atividade oxidante.
c1(8&)2%$!3!"8%)G&
Muitas pesquisas têm sido focadas nesses fitoquímicos, os quais estão presentes
na casca de uvas escuras18 e conseqüentemente no vinho tinto19. A presença de polifenol em
vinho é mais abundante em vinhos tintos (1000 - 4000 mg/l) do que em vinhos brancos (200 -
300 mg/l)1. Os componentes presentes no vinho tinto são conhecidos como potentes
antioxidantes e têm sido identificados por apresentarem uma gama de efeitos bioquímicos e
farmacológicos, efeitos estes que incluem propriedades anticarcinogênicas, antinflamatórias e
antimicrobianas. Também são ativos em graus variáveis contra os radicais livres, que atuam
prevenindo a oxidação da LDL (  h   ), os quais por sua vez podem estar
associados à prevenção de doenças cardiovasculares18,21-24, prevenção e progressão do
câncer, envelhecimento e outras.
Nesta mesma linha estão de acordo os achados do ³ParadoxoFrancês´ que faz um
link entre um maior consumo de vinho tinto com a redução da incidência de doenças
cardíacas. Neste estudo, indivíduos que consumiam alta quantidade de gordura saturada (14 a
15% do total energético da dieta) e apresentavam níveis de colesterol sanguíneo elevado,
semelhantes aos dos americanos e ingleses tinham incidência de mortalidade por doenças
coronárias isquêmicas tão baixas quanto a dos japoneses e chineses. Esse efeito foi atribuído
aos componentes do vinho tinto, que diminuíam a oxidaçãodo colesterol LDL, da agregação
plaquetária e a formação de trombose na população francesa26. Castelnuovo et al., (2002)
realizaram uma metanálise com o objetivo de associar o consumo de vinho e o risco vascular.
De 13 estudos envolvendo 209.418 pessoas, o risco relativo para doença vascular associada
com o consumo de vinho foi de 0,68 (95% de intervalo de confiança, 0,59 a 0,77), quando
comparado aos não consumidores de vinho.
Houve ainda uma forte evidência de dez estudos envolvendo176.042 pessoas que
sustentaram uma ³curva-J´, a qual faz uma relação entre diferentes quantidades de consumo
de vinho e risco vascular. Uma associação inversa significativa foi encontrada para o
consumo diário de vinho acima de 150 ml. Os autores concluem que esses resultados
evidenciam uma associação inversa entre os consumidores leves a moderados de vinho com o
risco vascular27.
Mukamal et al., (2006) realizaram um estudo para verificara associação entre o
consumo de álcool e o risco de doenças cardíacas e coronarianas em uma população de
idosos. Os autores puderam observar que nesta população, o consumo de 14 ou mais doses
por semana estava associado com um menor risco de doenças cardíacas e coronarianas.
Comparados com abstêmios de longo prazo, o risco relativo por análise
multivariada foi de 0,90 (95% de intervalo de confiança), 0,93; 0,76 e 0,58 para consumidores
na freqüência de menos que 1; 1 a 6; 7 a 13 e 14 ou mais bebidas por semana,
respectivamente (p < 0,07). Essas associações foram estatisticamente similares para a ingestão
somente de vinho.
Por outro lado, os autores deste trabalho discutem queos clínicos não devem
recomendar o consumo moderado de álcool para prevenir enfermidades baseado nesta
evidência somente, pois o guia do Instituto Nacional sobre o abuso do álcool sugere que
pessoas idosas limitem seu consumo para até uma dose por dia.
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As antocianinas pertencem ao grupo dos flavonóides, grupo de pigmentos naturais
com estruturas fenólicas variadas. São os componentes de muitas frutas vermelhas e hortaliças
escuras, apresentando grande concentração nas cascas de uvas escuras18. Representam um
significante papel na prevenção ou retardam o aparecimento de várias doenças por suas
propriedades antioxidante. Seu espectro de cor vai do vermelho ao azul, apresentando-se
também como uma mistura de ambas as cores resultando em tons de púrpura. Muitas frutas,
hortaliças, folhas e flores devem sua atrativa coloração a esses pigmentos que se encontram
dispersos nos vacúolos celulares. Os flavonóis são importantes por atuarem na co-
pigmentação das antocianinas e são pigmentos de cores branca ou amarela clara, encontrados
nesses alimentos5.
As antocianinas são glicosídeos que apresentam em sua estrutura química um
resíduo de açúcar na posição 3, facilmente hidrolizado por aquecimento com HCl 2N. Como
produtos desta hidrólise obtém-se o componente glicídico e a aglicona, denominadas
antocianidina30.
As antocianidinas têm como estrutura básica o cátion 2-fenilbenzopirilium,
também denominado flavilium.
As antocianinas encontradas em alimentos são todas derivadas das agliconas
pertencentes a três pigmentos básicos: pelargonidina (vermelha), cianidina (vermelho) e
delfinidina (violeta).
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A propriedade mais descrita das antocianinas é sua ação antioxidante. Células e
tecidos do organismo humano estão continuamente sofrendo agressões causadas pelos
radicais livres e espécies reativas do oxigênio, os quais são produzidos durante o metabolismo
normal do oxigênio ou são induzidos por danos exógenos.
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A deficiência natural de elétrons das antocianinas faz essescompostos serem
particularmente reativos, apresentandotambém uma grande sensibilidade a mudanças de pH e
temperatura.
Os polifenóis são doadores efetivos de hidrogênio. As antocianinas são incluídas
na lista dos compostos naturais capazes de agir como potentes antioxidantes. Seu potencial
antioxidante é regulado por suas diferenças na estrutura química.
Variando a posição e os tipos de grupos químicos nos anéis aromáticos das
antocianinas, a capacidade de aceitar elétrons desemparelhados de moléculas de radicais
também varia32. Seu potencial antioxidante também é dependente do número e da posição
dos grupos hidroxilas e sua conjugação, assim como da presença de elétrons doadores no anel
da estrutura, devido à capacidade que o grupo aromático possui de suportar o
desaparecimento de elétrons16.
Os mecanismos e a seqüência de eventos pelos quais os radicais livres interferem
nas funções celulares não estão completamente elucidados, mas um dos mais importantes
eventos parece ser a peroxidação lipídica, a qual resulta em dano da membrana celular, que
pode eventualmente levar a morte celular. Radicais livres podem atrair muitos mediadores
inflamatórios, contribuindo para uma resposta inflamatória generalizada e dano tissular. Para
protegê-los dessas espécies reativas de oxigênio, o ser humano tem desenvolvido muitos
mecanismos efetivos. O mecanismo da defesa antioxidante do corpo inclui enzimas como a
superóxido dismutase catalase e a glutationa peroxidase, mas também fatores não enzimáticos
como a glutationa, ácidos ascórbico e o alfatocoferol. O aumento na produção de espécies
reativas de oxigênio durante a injúria resulta em consumo e depleção decomponentes
carreadores endógenos. As antocianinas podem desempenhar um efeito aditivo a esses
componentes carreadores endógenos e também interferir em sistemas produtores diferentes de
radicais livres (carreadores de radicais e óxido nítrico), aumentando a função dos
antioxidantes endógenos14.
As agliconas possuem hidroxilação idêntica nos anéis A e C, compostas com um
único grupo OH no anel B (4¶-OH) incluindo pelargonidina, malvidina e peonidina e
apresentam menor atividade antioxidante comparada com compostos que possuem em 3¶ e 4¶
grupamentos de OH substituídos, como delfinidina e cianidina 3-glicosídeo. A importância
dos grupos hidroxilas na posição 3¶ e 4¶ do anel B contribui para a elevada capacidade
antioxidante também encontrada nas flavonas16.
Por outro lado, os flavonóides com um maior número de grupos hidroxila têm
maior atividade antioxidante. Isso foi comprovado para as antocianinas com grupos hidroxilas
nas posições 4, 5 e 6, que apresentaram atividade antioxidantede 1,50; 1,85 e 2,45 como
pelargonidina, cianidina edelfinidina, respectivamente. Assim como a eficácia dos
flavonóides está relacionada com o grau de hidroxilação, também diminui com a substituição
por açúcares, apresentando os glicosídeos menor atividade antioxidante do que suas agliconas
correspondentes.
Um estudo feito com cianidina-3-glicosilrutinosídeo ecianidina-3-rutinosídeo de
cerejas relatou que a atividade antioxidantes foi superior a vitamina E. Outras antocianinas
apresentaram efeito similar na inibição da peroxidação lipídica.
Os resultados desse trabalho sugeriram que a forma deaglicona tem maior eficácia
do que a forma de glicosídeo. De acordo com esses resultados, o número de resíduos de
açúcar na posição C3 pode ser muito importante para a atividade antioxidante, que diminuiria
com o aumento do número de unidades de açúcar em C332.
Uma produção excessiva de radicais livres, junto com carência de vitamina A, C e
E, e o nível reduzido das enzimas superóxido desmutase, catalase e glutadiona peroxidase,
contribuem para o stress oxidativo33. Banerjee et al. (2005) avaliaramo poder antioxidante da
casca de ameixa preta (  ). O extrato da casca desse fruto apresentou uma
poderosa proteção contra radical hidroxil, a espécie reativa de oxigêniomais reativa. O extrato
da casca de    também foi efetivo contra o radical superóxido, uma espécie tóxica
gerada por numerosas reações biológicas e fotoquímicas33.
(++!($&+!3$%+!*&3$!+($%'(%3
As antocianinas podem prevenir injúrias causadas pelos radicais livres de várias
formas. Uma delas é carrear diretamente o radical livre. As antocianinas são oxidadas pelos
radicais, resultando em um radical menos reativo e mais estável. Em outras palavras, as
antocianinas estabilizam as espécies reativas de oxigênio através de sua reação com o
componente reativo do radical. O alto poder de reação do grupo hidroxil das antocianinas com
o radical, faz com que o mesmo fique inativo14.
O ON é produzido por muitas células, incluindo células endoteliais e macrófagos.
Embora a liberação precoce do ácido nítrico através da atividade do óxido nítrico sintase seja
importante na manutenção da dilatação dos vasos sanguíneos, uma concentração muito alta de
ON produzida pelo óxido nítrico sintase em macrófagos pode resultar em grande aumento de
dano oxidativo. Nessas circunstâncias, macrófagos ativados podem aumentar muito sua
produção simultânea de óxido nítrico e ânions superóxido. O óxido nítrico reage com radicais
livres, produzindo peroxinitrito. Injúrias causadas pelo ON dão lugar para maior ação da via
do peroxinitrito porque este pode diretamente oxidar o LDL, resultando em um dano
irreversível à membrana celular. Quando as antocianinas são utilizadas como antioxidantes,
radicais livres são carreados e depois não podem reagir com o ON, resultando em danos
menores14.
Estudos em humanos demonstram a capacidade do vinhotinto francês em
aumentar a expressão gênica (ONSm) e a atividade da enzima endotelial óxido nítrico sintase
(eONS), uma enzima protetora do sistema cardiovascular. Células endoteliais tratadas com
vinho tinto francês produziram três vezes mais óxido nítrico bioativo do que outras células
controles34.
O mesmo grupo pesquisador realizou um outro estudo para verificar a expressão e
a atividade da e ONS, quando indivíduos ingeriam um ³  ´ de compostos fenólicos em
vinho tinto. Os autores encontraram que um aumento na e ONS em resposta ao vinho tinto
envolveu vários compostos polifenólicos, com uma maior contribuição do trans-resveratrole
uma menor contribuição dos ácidos cinâmicos, hidroxicinâmicos, cianidina e alguns outros
ácidos fenólicos35. Rossi (2006) relatou que o flavonóide quercetina (grupodas flavonas)
promove a expressão de duas enzimas chavespara a atividade do ON: 1) a óxido nítrico
sintase (eONS ouNOS IIII), a principal enzima formadora de ON no endotélio; 2) e a NAPDH
oxidase, a mais importante enzima fontede O2 no tecido cardiovascular e nos
monócitos/macrófagosque infiltram em placas ateroscleróticas36.
+!8!)@?&$!$&!)@(3'(+$%&8(3'61(+!3
A ação antioxidante de polifenóis e antocianinas estão relacionadas com seu efeito
protetor contra doençascardiovasculares9.
Sesso et al. (1999) examinaram a relação entre consumo de chá e café com a
incidência de infarto do miocárdio em 340indivíduos, com a doença confirmada e 340
voluntários saudáveis.
Os indivíduos que ingeriam mais de uma xícara de chá (237 ml) por dia
apresentaram um risco 44% menor de desenvolvera doença, enquanto o consumo de café não
foi significantemente associado com a redução no risco cardiovascular.
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Diversos flavonóides atuam induzindo ou inibindo enzimas como cicloxigenases,
lipoxigenases, ligadas a processos inflamatórios e também enzimas do sistema
dascitocromoxidases.
Alguns autores estão sugerindo o uso da casca escura dogrão de soja (rico em
antocianinas: cianidina-3-glicosídeo, delfinidina-3-glicosídeo e petunidina-3-glicosídeo)
como uma droga útil para modular desordens cardiovasculares. Kim et al. (2006) examinaram
a inibição da expressão de alguns genes inflamatórios associados com isquemia/reperfusão
(I/R) provocada pela injúria. Antocianinas isoladas da casca escura do grão de soja
diminuíram níveis vasculares de molécula de adesão celular-1 (VCAM-1), molécula de
adesão intracelular-1 (ICAM-1) e níveisde ciclooxigenase-2, induzidas pelo fator de necrose
tumoralalfa (TNF-alfa), os quais são dependentes da via NF-kappaB.
)%.%@?&$((0+!0(@?&-1(<6!*,+%(
Vários estudos demonstram que os compostos polifenólicos inibem os processos
de inflamação vascular que contribuem para o aparecimento de doenças cardiovasculares.
Sugere-se que esses efeitos sejam mediados pelas alterações na síntese dos eicosanóides
celulares. Esse estudo verificou os efeitos das proantocianinas do cacau na alteração da
síntese dos eicosanóides em humanos e em células vasculares aórticas in vitro. Após uma
noite em jejum, dez indivíduos (quatro homens e seis mulheres) saudáveis ingeriram 37
gramas de um chocolate pobre em proantocianinas (0,09 mg/g) e após uma semana do
primeiro teste ingeriram 37 gramas de um chocolate rico em proantocianinas (4 mg/g). Os
resultados demonstraram que os indivíduos que consumiram o chocolate rico em
proantocianinas apresentaram um aumento de 32% nos níveis de prostaciclinas e uma
diminuição de 29% nos níveis de leucotrienos. Além disso, as proantocianinas diminuíram em
58% a razão leucotrienoprostaciclinadas células in vitro e 52% das células in vivo. Isso indica
que os alimentos que contêm quantidades significativas de flavonóides podem alterar
favoravelmente a síntese de eicosanóides em humanos, fornecendo hipóteses plausíveis para o
mecanismo que diminui a agregação plaquetária.
Rechner e Kroner (2005) demonstraram que as antocianinas e metabólitos
colônicos de polifenóis 

 apresentam propriedades anti-trombóticas, por inibir a
agregação plaquetária.
Os pesquisadores observaram que a ativação das plaquetas (expressão da P-
seletina) estava significativamente reduzida por 10 a 40% das plaquetas em repouso,
plaquetas advindas do estresse provocado por peróxido de hidrogênio e por plaquetas pré-
ativadas pela epinefrina, relativo aos controles. Nesse estudo, os autores concluem que as
antocianinas e metabólitosde polifenóis, bem como fontes da dieta e seus precursores
sãopromotores em potencial para a saúde cardiovascular.
+!8!)@?&$&'7)'!+!$!36(-+&0+!33?&
Estudos experimentais propõem a divisão da carcinogênese em três estágios:
iniciação, promoção e progressão. O estágio de iniciação é caracterizado por alteração do
material genético, que pode ou não resultar em mutação. O estágio de promoção,
caracterizado pela conversão da célula iniciada em pré-maligna, é um processo longo e
reversível, sendo este um ponto estratégico para ação de agentes quimiopreventivos. A
progressão da célula pré-maligna para célula maligna ocorre em conseqüência de dano
adicional ao cromossomo. O resultado é a divisão celular incontrolada, resultante do aumento
da autonomiacelular41. A atuação dos flavonóides, em especial as antocianinas, nessas
diversas fases pode estar relacionada à sua ação antioxidante, ao aumento da resposta imune
ou ainda à modulação da expressão do gene supressor tumoral. Entretanto, os estágios da
carcinogênese em que os flavonóides podem agir ainda não estão estabelecidos. As espécies
reativas de oxigênio (EROs) são subprodutos do metabolismo aeróbio, sendo os principais o
ânion superóxido, peróxido de hidrogênio, radical hidroxila e radical peróxido. O efeito
deletério desses compostos é controlado por enzimas endógenas (catalases, superóxido
desmutases e glutationaperoxidase) e por antioxidantes dietéticos (ácido ascórbico, Į-
tocoferol, ȕ-caroteno e isoflavonas). As EROs são necessárias para várias reações do
organismo, tais como: fagocitose, apoptose e reações de de toxificação promovida pelo
sistema citocromo P-450. Por isso, mesmo com um complexo sistema de antioxidantes
celulares, parece que eles removem somente o excesso de EROs, mantendo os níveis
necessários para as funções acima citadas. O equilíbrio entre EROs e antioxidantes é
necessário para o funcionamento adequado das células. O excesso de antioxidantes pode, ao
contrário do que se pensava, ser maléfico, uma vez que diminui os níveis de EROs, inibindo a
apoptose e suprimindo a ação de drogas utilizadas no tratamento do câncer, que agem
induzindo a apoptose.
A geração de EROs está relacionada à ativação de carcinógenos na fase de
iniciação, assim como alterações nas atividades celulares nas fases de promoção e progressão,
tornando concebível a hipótese de que a inativação dessas espécies possa resultar na proteção
contra carcinogênese. Assim, a ação antioxidante dos flavonóides e antocianinas poderiam
impedir o desencadeamento do processo de carcinogênese.
A mais conhecida atividade antioxidante dos flavonóides éa sua habilidade de
desativar moléculas reativas de oxigênio singlete.
Podem ainda proteger as membranas celulares da peroxidação lipídica garantindo,
desta forma, a integridade e fluidez da membrana, diminuindo a formação de peróxidos
imunossupressores e impedindo alterações na sinalização intracelular e função celular. As
antocianinas atuam ainda na apoptose celular e angiogênese. Parece, assim, que não há um
único mecanismo. A ação na angiogênese e na apoptose celular é interessante e pode explicar
a ação antitumoral 
  destas substâncias. Durante o seu desenvolvimento, as células
tumorais produzem substâncias que irão estimular o desenvolvimento de vasos que por
suavez, servirão para alimentá-las. Substâncias que impedem esses processos, em suas
diversas etapas, podem ser, portanto muito úteis para controlar a multiplicação da célula
tumoral. Ainda, ajudam a restringir a formação de nitrosaminas e outros compostos nitrosos
encontrados em alimentos. Ainda, tais agentes protegem as células dos efeitos maléficos das
nitrosaminas e adicionamefeitos redutores na formação de compostos nitrosos doácido
ascórbico44. Estudo 
  desenvolvido por Zhang et al., (2005) para avaliar o efeito
inibitório no crescimento de células cancerígenasde diferentes linhagens, empregando cinco
tipos deantocianidinas (formas aglicona de antocianinas ± cianidina, delfinidina,
pelargonidina, petunidina e malvidina) e quatroantocianinas (cianidina-3-glicose, cianidina-3-
galactose, delfinidina-3-galactose e pelargonidina-3-galactose), chegou aos
seguintesresultados: na concentração de 200 mcg/ml, a malvidina e a pelargonidina inibiram,
em mais de 60%, o crescimento de células cancerígenas do estômago, cólon, pulmão e mama.
Em relação às células cancerígenas do sistema nervoso central, a malvidina inibiu
seu crescimento em 40,5%, e a pelargonidinaem 34%. Nessa mesma concentração, a
cianidina, delfinidinae petunidina inibiram o crescimento de células cancerígenas mamárias
em 47, 66 e 53%, respectivamente. Nesse estudo, as antocianinas não apresentaram atividade
anticancerígena.
Porém, Berti et al., (2003) observaram efeito anticancerígenoda antocianina 3-O-
beta-glicopiranosídeo, via indução deapoptose de células de duas linhagens de leucemia.
Morré e Morré (2006) avaliaram o efeito de uva e extratode uva associado com
chá verde descafeinado contendo 92%de polifenóis (dos quais 80% catequinas) no
crescimento de célulasde carcinoma cervical humano em estudo experimental. Observaram
que a mistura de chá verde com extrato de uvafoi significantemente mais eficiente no
crescimento de célulascancerígenas em ratos, quando comparados com os gruposcontrole e o
que recebeu apenas a infusão de chá verde.
A amora ou amoreira (Morus Alba) é conhecida como a planta reguladora dos
hormônios por isso atua com bastante eficácia nos sintomas da menopausa: ressecamento da
vagina, irritação, ansiedade, nervosismo, memória fraca, dores musculares e das articulações,
calores e algumas vezes suores frio, dor de cabeça, diminuição da libido, dificuldades para
dormir, depressão, problemas urinários. @ ainda planta anticancerígena, no combate a
osteoporose, como tônico muscular nas práticas desportivas, por possuir alto teor de potássio.
Suas folhas contêm taninos, flavonóides e ácido gálico.
Depurativa do sangue, anti-séptica, vermífuga, digestiva, calmante, diurética,
laxativa, refrescante, adstringente e muito útil nos problemas da tireóide. Possui poderosas
propriedades antioxidantes por sua combinação de vitaminas C com E contribuindo assim
para o rejuvenescimento e beleza da pele.
A amora ajuda a prevenir infecção urinária, reduzir o risco de úlcera e câncer no
estômago.
Pesquisas feitas com ratos mostraram que o chá de amora miúra melhora o
funcionamento do fígado e dos rins, diminui a pressão arterial e a taxa de glicemia.
Estudos recentes mostram que as antocianinas, esses pigmentos poderosos visíveis
na casca, mas encontrados também na polpa de alguns vegetais,c como o repolho roxo, são
capazes de livrar as nossas células da sombra de diversos problemas.
A ciência já se encantava com seu poder de fogo contra os radicais livres,
moléculas produzidas pelo próprio corpo cujo excesso está na raiz dos males degenerativos,
outra novidade faz o componente saltar aos olhos: ele carregaria uma ação antiobesidade,
garantem pesquisadores da Universidade de Chubu, no Japão Os japoneses conduziram dois
trabalhos sobre os efeitos do pigmento um com células de gordura manipuladas em
laboratório e o outro com camundongos. Daí observaram que as antocianinas são capazes de
regular o funcionamento dos adipócitos, o nome científico das células gordurosas, sendo uma
das chaves para mantê-los mais murchos e diminuir as chances de aparecer a famigerada
síndrome metabólica. O time de cientistas verificou que os ratinhos submetidos a uma dieta
rica em gordura e antocianinas ganharam poucos quilos comparados aos animais do grupo de
controle, aquele sem cardápio gorduroso e sem pigmentos roxos.
As antocianinas podem controlar a expressão das adipocitocinas, moléculas
produzidas pelas células de gordura. Traduzindo: ao contribuir para que essas substâncias
fiquem em equilíbrio no corpo, é possível evitar a sobra de gordura e a resistência à insulina,
o mal que deflagra o diabete tipo 2.

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5 g de folhas de amora
15 g de repolho roxo
50 ml de etanol a 70%
Balança analítica
Bécker de 250 ml
Bécker de 100 ml
Funil de vidro
Tripé de ferro
Banho maria
Cápsula de porcelana
0,2 ml de clorofórmio
Tubo de ensaio
Vidro de relógio
Ácido clorídrico
Papel filtro
Cloreto de alumínio a 5%
Ultravioleta
Pipeta graduada de 5 ml
Pêra
Ácido bórico
Acetona
Ácido oxálico
Zinco metálico

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Para serem realizados testes fitoquímicos qualitativos para detectar flavonóides


nas folhas de amoreira foi realizado em primeiro momento a extração e após as reações. Na
extração é pesado 5 g de folhas de amora na balança analítica e após transferida para o bécker
de 100 ml e solubilizada com etanol a 70% filtrado no funil de vidro contendo algodão através
do tripé de ferro e transferida para o bécker de 250 ml sendo aquecido durante dois minutos
em banho maria.
A primeira reação foi a de Shinoda ou de Cianidina em que 2 ml do extrato
hidroetanólico é colocado em uma cápsula de porcelana e evaporado em banho maria até a
secura de 40 minutos. O resíduo é lavado da cápsula com 0,2 ml de clorofórmio para eliminar
clorofila ainda no banho maria e redissolvido na cápsula com 1 ml de etanol a 70% e
transferido para um tubo de ensaio. @ adicionado 0,2 mg de magnésio aferido no vidro de
relógio na balança analítica com bastão de vidro sendo vertido 1 ml de ácido clorídrico pelas
paredes do tubo de ensaio e observada a coloração.
A segunda reação é com cloreto de alumínio onde é umedecida várias áreas de
uma tira de papel filtro com o extrato alcoólico obtido e colocado sobre uma das regiões uma
gota de solução de AlCl3 a 5% e comparado a florescência sob luz ultravioleta (ondas longas)
e observada a mudança de cor esperada.
A terceira reação foi a de Taubouk em que foi colocada 3 ml do extrato numa
cápsula de porcelana e levada ao banho maria até a secura, após o resíduo é esfriado e
umedecido com algumas gotas de acetona e adicionado alguns cristais de ácido bórico e ácido
oxálico, sendo evaporado novamente em banho-maria até a secura, evitando aquecimento
prolongado, dissolve-se o resíduo em 3 ml de éter etílico com pipeta graduada de 5 ml e pêra
e observa-se sob a luz ultravioleta.
A quarta reação foi a de Pew na qual foi colocada 3 ml do extrato numa cápsula
de porcelana e conduzida ao banho-maria até secura, adiciona-se 3 ml de metanol e tranfere o
conteúdo para um tubo de ensaio, após adiciona-se uma pequena porção de zinco metálico
com bastão de vidro e adiciona-se três gotas de ácido clorídrico concentrado aguardando a cor
esperada.
A quinta foi a pesquisa de antocianidinas que no primeiro momento é aferido o
peso dos reagentes de ácido clorídrico, fosfato hidreto de potássio, fosfato hidreto de sódio e
fosfato de potássio. @ utilizada a amostra de repolho roxo em que é aferida 15 g na balança
analítica, bem lavado e cortado, num bécker de 250 ml e adicionado 100 ml de água destilada
na proveta de 100 ml, sendo extraído o pigmento por fervura durante 15 minutos e filtrado
numa outra proveta de 100 ml. Prepara-se 18 tubos de ensaio contendo soluções padrão e em
cada um desses é adicionado 2 ml da solução de repolho roxo aguardando a mudança de cor
que determina o pH das soluções.
â
 E

A extração de flavonóides e sua presença na folhas de amoreira foram realizadas


através das quatros reações:

Reação de Shinoda ou Cianidina foi observada uma cor amarelada sugerindo a


presença de flavonas e considerada positiva;
Reação com cloreto de alumínio foi positiva porque apresentou mudança de cor
de verde para amarelada;
Reação de Taubouk também positiva porque apresentou cor amarelo-esverdeado;
Reação de Pew apresentou resultado negativo porque não apresentou cor
vermelha desenvolvida lentamente, mas transparente.
A pesquisa de antocianidinas foram realizadas no repolho na reação da amostra
com reagentes padrões. Obtêm-se os seguintes resultados da pesquisa de antocianidinas
baseada no pH ocorre mudança de colorações conforme abaixo:

pH = 8: coloração violeta devido a formação de anidrobase;


pH > 12: coloração azul devido a formação ânion da anidrobase;
pH < 4: coloração vermelha devido a regeneração do cloreto de cianidina
TUBOS HCl 0,1 M K2PO4 0,15 M Na2PO4 0,15 M K3PO4 0,15 M pH RESULTADOS
(ml) (ml) (ml) (ml)

1 9,5 0,5 - - 2,1 POSITIVO

2 0,5 9,5 - - 3,6 NEGATIVO

3 - 10 - - 4,7 NEGATIVO

4 - 9,5 0,5 - 5,6 NEGATIVO

5 - 9 1 - 5,9 NEGATIVO

6 - 8 2 - 6,2 NEGATIVO

7 - 7 3 - 6,5 NEGATIVO

8 - 6 4 - 6,6 NEGATIVO

9 - 5 5 - 6,8 NEGATIVO

10 - 4 6 - 7 NEGATIVO

11 - 3 7 - 7,2 NEGATIVO

12 - 2 8 - 7,4 NEGATIVO

13 - 1 9 - 7,7 NEGATIVO

14 - 4,5 - 5,5 8 NEGATIVO

15 - 5 - 5 9,8 NEGATIVO

16 - 3 - 7 10,7 NEGATIVO

17 - - 3 7 11,2 NEGATIVO

18 NaOH 10% - - - 14 NEGATIVO




Os flavonóides estão presentes na maioria das partes dos vegetais em percentuais


diferentes e hoje têm sido um dos principais alvos dos pesquisadores, porque além de suas
funções biológicas dentre elas a proteção dos vegetais de insetos, fungos, vírus e bactérias que
os destroem, também são responsáveis pelo retardamento de diversos mecanismos
patológicos nos seres humanos como a inibição de radicais oxidantes.
No experimento em questão foram detectados na maioria dos testes das folhas de
amora, ressaltando que na reação de Shinoda ou Cianidina supõe-se que estão presentes
porque apresentou cor amarela provalmente a classe das flavonas, visto que somente podem
ser identificados com exatidão através da cromatografia em camada delgada, nas outras
reações com cloreto de alumínio e de Taubouk apresentaram mudanças de cores para
amarelada e amarelo-esverdeado ao serem observados sob luz ultravioleta, respectivamente,
na reação de Pew apresentou resultado negativo porque não desenvolveu cor vermelha, mas
transparente. Na pesquisa de antocianidinas no repolho roxo em reação com soluções padrões
baseados no potencial hidrogeniônico menor que 4 que adquire coloração vermelha foi
positiva em decorrência da amostra analisada possuir antocianidinas, sendo que o cloreto de
cianidina varia conforme o pH da solução utilizada provocando mudança de cor.

c
A 


<http.www.funcionali.com/.../Flavonoides%20antocianinas%20nutrição%20e%20saúde.pdf.
Acesso em: 12. MAIO. 2011.

<http. saude.abril.com.br/.../conteudo_275881.shtml >. Acesso em: 28. MAIO. 2011.

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