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Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST

Profª. Eleni Bortolini

Grupo: Aline Siqueira da Silva


Jaqueline Amaral Hartmann
Maira Cristina Consul Caetano
Maralise Ferrioli Fresinghelli
Kelly Ramos Martins Gabardo
Pollyanna Vanessa Jordão
Thaís Silva Zampiron

Porto Alegre, 03/2008


INTRODUÇÃO

As Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST, também conhecidas como doenças

venéreas, são infecções transmitidas essencialmente pelo contato direto, mantido através de

relações sexuais onde o parceiro ou parceira necessariamente porta a doença, e indireto por

meio de compartilhamento de utensílios pessoais mal higienizados (roupas íntimas), ou

manipulação indevida de objetos contaminados (lâminas e seringas).

Os principais agentes patogênicos são os vírus, as bactérias e os fungos, e,

geralmente, se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.

Uma das principais preocupações relacionadas às DST é o fato de facilitarem a

transmissão sexual do HIV. Quando acometem gestantes, podem atingir o feto durante seu

desenvolvimento, causando-lhe lesões. Podem, também, provocar uma interrupção

espontânea da gravidez (aborto), determinar uma gravidez ectópica (fora do útero) ou,

ainda, causar o nascimento de crianças com graves má-formações. Durante o parto, podem

atingir o recém-nascido, causando doenças nos olhos, pulmões, etc.

Algumas DST são de fácil tratamento e de rápida resolução. Outras, contudo, têm

tratamento mais difícil ou podem persistir ativas, apesar da sensação de melhora relatada

por pacientes. As mulheres, em especial, devem ser bastante cuidadosas, já que, em

diversos casos de DST, não é fácil distinguir os sintomas das reações orgânicas comuns de

seu organismo. Isso exige da mulher consultas periódicas ao médico. Algumas DST,

quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves e

até a morte.

O tratamento tem como principal objetivo interromper a cadeia de transmissão da

enfermidade. O atendimento e o tratamento de DST são gratuitos nos serviços de saúde do


SUS. Dentre as principais Doenças Sexualmente Transmissíveis, estaremos apresentando

neste trabalho duas delas: Sífilis e Gonorréia.


2. DESENVOLVIMENTO

2.1 SÍFILIS

Definição

A Sífilis é uma doença infecciosa crônica causada por uma bactéria chamada

Treponema pallidum, geralmente adquirida, na maior parte das vezes, por contato sexual

com outra pessoa contaminada, sendo relativamente marcante entre as doenças infecciosas

nas suas amplas variedades de apresentações clínicas.

História da Sífilis

A causa da Sífilis foi descoberta, em 1905, por Fritz Richard Schaudinn e Paul

Erich Hoffmann, quando observaram os organismos espiroquetais nas lesões infecciosas

precoces. O agente causador da sífilis, o T. pallidum, está intimamente relacionado com os

espiroquetas patogênicos, incluindo aqueles que causam boubas (Treponema pallidum

subespécie pertenue).

O T. pallidum é uma bactéria fina, do tipo espiroqueta, ou seja, é uma bactéria

com forma de espiral (em média dá 10 a 20 voltas). Têm cerca de 10 micrómetros de

comprimento, mas apenas 0,2 micrómetros de largura. Movendo-se ao longo do eixo

longitudinal, tipo "saca-rolhas". Pode ser observado pelo microscópio ou por métodos de

anticorpos fluorecentes.

Transmissão

Pode-se adquirir sífilis por contato sexual, via placentária (sífilis congênita, o

feto adquire na vida intra-uterina), por beijo, ou outro contato íntimo com uma lesão ativa
(que contenha a bactéria Treponema), por transfusão de sangue ou derivado, ou, ainda, por

inoculação acidental direta, por exemplo, em profissionais da área da saúde (raro). A grande

maioria dos casos de transmissão ocorre por relações sexuais desprotegidas (sem

preservativos).

A bactéria é móvel e invade a submucosa por micro rupturas invisíveis na

mucosa.

Progressão e sintomas

A Sífilis se não tratada, progride tornando-se crônica e com manifestações

sistêmicas, isto é, comprometendo várias partes do corpo. Sua progressão, de acordo com o

grau de comprometimento do corpo, ao longo do tempo, foi dividida em estágios (primária,

secundária e terciária). As duas primeiras fases são as de características mais marcantes de

infecção, quando se observam mais sintomas e é mais transmissível, após o que se observa

um longo período latente, quando a pessoa não sente nada, apresentando uma aparente cura

das lesões iniciais, mesmo em indivíduos não tratados. Passada esta fase inicial, a

capacidade de transmissão diminue. Após alguns anos, podem surgir manifestações da

doença no coração, cérebro e, virtualmente, em qualquer órgão do corpo.

Sífilis primária ou Cancro Duro

A sífilis primária (cancrosifilítico) manifesta-se após um período de incubação

variável de 10 a 90 dias, com uma média de 21 dias após o contato. Até este período inicial

o indivíduo permanece assintomático, quando aparece o chamado "cancro duro" (apesar de

em Portugal a palavra cancro também significar câncer ou neoplasia, trata-se aqui de uma

doença infecciosa).
O cancro é uma pequena ferida ou ulceração firme e dura que ocorre no ponto

exposto inicialmente ao treponema, geralmente o pênis, a vagina, o reto ou a boca.

O diagnóstico no homem é muito mais fácil, pois a lesão no pênis chama a

atenção, enquanto que a lesão na vagina pode ser interna e somente vista através de exame

com um espéculo ginecológico. Pode ocorrer linfonodomegalia satélite não dolorosa. Esta

lesão permanece por 4 a 6 semanas, desaparecendo espontaneamente. Nesta fase a pessoa

infectada pode pensar erroneamente que está curada.

Ocorre disseminação hematogênica.

Sífilis secundária

A sífilis secundária é a seqüência lógica da sífilis primária não tratada e é

caracterizada por uma erupção cutânea que aparece de 1 a 6 meses (geralmente 6 a 8

semanas) após a lesão primária ter desaparecido. Esta erupção é vermelha rosácea e aparece

simetricamente no tronco e membros, e, ao contrário de outras doenças que cursam com

erupções, como o sarampo, a rubéola e a catapora, as lesões atingem também as palmas das

mãos e as solas dos pés. Em áreas úmidas do corpo se forma uma erupção cutânea larga e

plana chamada de condiloma lata. Manchas tipo placas também podem aparecer nas

mucosas genitais ou orais. O paciente é muito contagioso nesta fase.

Outros sintomas comuns nesta fase incluem febre, garganta dolorida, mal estar,

perda de peso, anorexia, dor de cabeça, meningismo, e linfonodomegalia. Manifestações

raras incluem meningite aguda, que acontece em aproximadamente 2% de pacientes,

hepatite, doença renal, gastrite, proctite, colite ulcerativa, artrite, periostite, neurite do nervo

ótico, irite, e uveíte.


Sífilis latente (recente e tardia)

É a forma da sífilis adquirida na qual não se observam sinais e sintomas clínicos

e, portanto, tem o seu diagnóstico feito por meio de testes sorológicos. Sua duração é

variável, e seu curso poderá ser interrompido com sinais e sintomas da forma secundária ou

terciária.

Sífilis terciária

A sífilis terciária acontece já um ano depois da infecção inicial, mas pode levar

dez anos para se manifestar, e já foram informados casos onde esta fase aconteceu

cinqüenta anos depois de infecção inicial.

Esta fase é caracterizada por formação de gomas sifilíticas, tumorações

amolecidas vistas na pele e nas membranas mucosas, mas que podem acontecer em quase

qualquer parte do corpo, inclusive no esqueleto ósseo. Outras características da sífilis não

tratada incluem as juntas de Charcot (deformidade articular), e as juntas de Clutton (efusões

bilaterais do joelho). As manifestações mais graves incluem neurosífilis e a sífilis

cardiovascular.

Complicações neurológicas nesta fase incluem a paresia generalizada demencial

que resulta em mudanças de personalidade, mudanças emocionais, hiperreflexia e pupilas

de Argyll-Robertson, um sinal diagnóstico no qual as pupila contraem-se pouco e

irregularmente quando os olhos são focalizados em algum objeto, mas não respondem à

luz; e também a "Tabes dorsalis", uma desordem da medula espinhal que resulta em um

modo de andar característico. Complicações cardiovasculares incluem aortite, aneurisma de

aorta, aneurisma do seio de Valsalva, e regurgitação aórtica, uma causa freqüente de morte.
A aortite sifilítica pode causar o sinal de Musset (um subir e descer da cabeça,

acompanhando os batimentos cardíacos, percebido por Musset primeiramente em

prostitutas parisienses).

Sífilis congênita

Sífilis congênita é a sífilis adquirida no útero e presente ao nascimento.

Acontece quando uma criança nasce de uma mãe com sífilis primária ou secundária. De

acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, 40% dos

nascimentos de mães sifilíticas são nadomortos, 40 a 70% dos sobreviventes estão infetados

e 12% destes morrerão nos primeiros anos de vida.

Manifestações de sífilis congênita incluem alterações radiográficas, dentes de

Hutchinson (incisivos centrais superiores espaçados e com um entalhe central); "molares

em amora" (ao sexto ano os molares ainda tem suas raízes mal formadas); bossa frontal;

nariz em sela; maxilares subdesenvolvidos; hepatomegalia (aumento do fígado);

esplenomegalia(aumento do baço); petéquias; outras erupções cutâneas; anemia;

linfonodomegalia; icterícia; pseudoparalisia; e snuffles, nome dado à rinite que aparece

nesta situação. Os "Rhagades" são feridas lineares nos cantos da boca e nariz que resultam

de infecção bacteriana de lesões cutâneas. A morte por sífilis congênita normalmente é por

hemorragia pulmonar.

Sífilis decapitada

Chamamos de sífilis decapitada à sífilis adquirida por transfusão sanguínea, já

que não apresenta a primeira fase e começa direto na sífilis secundária. Este tipo de
transmissão atualmente é quase impossível, já que todo sangue é testado antes de ser

disponibilizado aos bancos de sangue.

Tratamento

A sífilis é tratável e é importante iniciar o tratamento o mais cedo possível,

porque com a progressão para a sífilis terciária, os danos causados poderão ser

irreversíveis, nomeadamente no cérebro.

A penicilina G é a primeira escolha de antibiótico. O tratamento consiste

tipicamente em penicilina G benzatina durante vários dias ou semanas. Indivíduos que têm

reações alérgicas à penicilina podem ser tratados efetivamente com tetraciclinas por via

oral.

Tratar sífilis parece ser muito fácil pelo custo e acesso ao tratamento. O maior

problema continua sendo o diagnóstico, visto que pode ser confundida com muitas outras

doenças.

Como se previne?

Não há perspectiva de desenvolvimento de vacina para breve, por isso, a

prevenção recai sobre a educação em saúde para suspeita e diagnóstico precoce e

tratamento, além de medidas de higiene e da promoção da prática de sexo seguro com o uso

de preservativos.
Imagens da Sífilis:

Sífilis Primária Sífilis Secundária

Sífilis Congênita
Sífilis Recente Primária

Sífilis Recente Secundária


2.2 GONORRÉIA

Gonorréia ou Blenorragia

Doença infecciosa do trato urogenital, bacteriana transmitida quase que

exclusivamente por contato sexual ou perinatal. Transmitida por um gonococo chamado

Nisseria Gonorrhoeae, bactéria gram-negativa, que tem forma de diplococo com um

micrometro (assemelhando-se com um rim) que se agrupa em pares.

Esse gonococo possui pílios e com a ajuda da proteína Opa, permanece aderente a

mucosa do trato urinário resistindo ao jato da micção.

A transmissão se dá através do contato sexual com pessoa contaminada, no parto se

a mãe estiver infectada, contaminação indireta, como artigos de higiene intima de amigas

contaminadas e nos casos de zoofilia (mulher/cachorro).

O período de incubação é curto, de 2 a 4 dias, excepcionalmente podendo alcançar

10 dias, em casos extremamente raros pode chegar a 30 dias.

Seu sintoma e manifestação ocorrem de duas formas:

No homem: Normalmente ardência ao urinar, ou disuria acompanhada de febre

baixa e aparecimento de um corrimento amarelo e purulento saindo da uretra. Por isso

também conhecida por uretrite gonocócica.


Na mulher: 70% das mulheres não apresentam sintomas (perigoso, pois podem

apresentar complicações sem tratamento), nas restantes é comum ocorrerem dores ou

disuria ao urinar, acompanhada de incontinência urinária (urina solta) e corrimento vaginal.

Uma complicação perigosa é conseqüência de disseminação para o trato genital superior,

com dores abdominais e após algumas semanas de contaminação, a DIP - doença

inflamatória pélvica.

Outras manifestações:

Gonorréia Anorretal: Mais de 40% das mulheres com gonorréia não complicada e uma

proporção semelhante de homens homossexuais apresentam culturas retais positivas para a

bactéria. As maiorias das pessoas com culturas retais positivas permanecem assintomática,

mas algumas apresentam proctite aguda com dor, prurido, descarga purulenta e

sangramento retal.

Faringite gonocócica: Em pessoas que praticam sexo oral, encontrada em 10 a 20% das

mulheres heterossexuais com gonorréia e em 10 a 25% dos homens homossexuais.

Perihepatite: Também conhecida por Síndrome de Fitz-Hugh e Curtis, ocorre

primariamente por extensão direta da Nisseria gonorrohoeae ou da Chlamydia Trachomatis

da trompa de falópio à cápsula hepática e ao peritônio adjacente. Em alguns casos causando

disseminação linfangitica ou bacteriêmica, explicando os raros casos de perihepatite em

homens. A perihepatite causa dores abdominais, hipersensibilidade em topografia hepática.


Infecções Neonatais e Pediátricas: Mães infectadas podem transmitir a bactéria para o

contracepto intrautero, durante o parto ou período pós-parto. A conjuntivite gonocócica do

neonato representa a mais comumente reconhecida e já foi a principal causa de cegueira nos

Estados Unidos sendo ainda em alguns países pobres.

Diagnóstico

O diagnóstico laboratorial da gonorréia depende da identificação da Neisseria

gonorrohoeae em um local infectado.

O isolamento por cultura representa o método diagnóstico padrão e sempre deve ser

utilizado.

Tratamento

As normas gerais de Vigilância Sanitária e Tratamento do Ministério da Saúde

recomendam o seguinte esquema:

 Penicilina G procaína em dose única num total de 4.800.000 u.ipor via intramuscular

ou 2.400.000 em cada região glútea, precedida de 1,0g Probenicid via oral ou,
 3,5g de Ampicilina ou de outra penicilina semi-sintética juntamente com 1,0g de

Probenicid, ingerido de uma única vez.

Os parceiros sexuais da pessoa infectada também devem ser tratados sem distinção.

Curiosidades:

 A gonorréia encontra-se entre as mais antigas doenças humanas conhecidas, havendo

referências de uretrite venérea nos escritos chineses, no Velho Testamento Bíblico e

em outras literaturas da antiguidade.

 O nome gonorréia origina-se do grego e foi Saleno (130-200 d C) que assim a

denominou- gonorréia (gonos- espermatozóide + rhora= corrimento).

 A gonorréia é a segunda doença infecciosa mais comumente relatada nos Estados

Unidos, seguindo-se as infecções genitais por Chlamydia trachomatis.

 As maiores incidências ocorrem em pessoas jovens (15 a 30), solteiras de baixo nível

socioeconômico e educacional.

 A incidência de gonorréia relatada é de 30 vezes maior em afro-americanos do que em

brancos.
 A gonorréia em crianças pré-púberes com mais de um ano de idade é quase sempre
resultado de abuso sexual.

Imagens da Gonorréia:
Gonorréia Complicada (Epidimite)

Gonorréia Aguda

Gonorréia Complicada (Bartholinite Aguda)

3. CONCLUSÃO

A Organização Mundial de Saúde estima que ocorram, no mundo, cerca de 340

milhões de casos de DST por ano. Nessa estimativa não estão incluídos a herpes genital e o

HPV.

No Brasil, a cada ano, segundo estimativas do Programa Nacional de DST/Aids do

Ministério da Saúde, 10 milhões de brasileiros devem ser infectados por alguma DST.

O uso de preservativos em todas as relações sexuais é o método mais eficaz para a

redução do risco de transmissão, tanto das DST quanto do vírus da Aids.

Essas doenças acometem principalmente o público jovem, tanto em países de

desenvolvimento como industrializados, conseqüência de vários fatores de relevância

familiar e governamental: a promiscuidade e a falta de programas educativos.


Concluímos como solução ou minimização deste problema social no setor da saúde,

a implantação de uma educação permanente em saúde, possibilitando transformar as

práticas profissionais, pois perguntas e respostas são construídas a partir da reflexão de

trabalhadores e estudantes que atuam na área, ou seja, ela acontece no cotidiano das pessoas

e das organizações. Ela é feita a partir dos problemas enfrentados na realidade e leva em

consideração os conhecimentos e as experiências que as pessoas já têm, promovendo assim,

qualidade de vida das pessoas portadoras de HIV, reduzindo o impacto social negativo das

DST, visando o compromisso com a promoção e atenção à saúde contribuindo para a

resposta global à epidemia.


4. BIBLIOGRAFIA

GOLDMAN, Lee e AUSIELO, Dennis. Tratado de Medicina Interna. 22ª Edição.

2ª Tiragem.

Monografias Médicas. Estado Infeccioso. Série: Clínica Médica, vol 7.

Red Book. Relato do Comitê de Doenças Infecciosas. 2000 vol.2, 2003 vol.3.

www.aids.gov.br

www.fmt.am.gov.br

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