Anda di halaman 1dari 22

ENVELHECIMENTO

100 dicas para quem vai viver mais


20 especialistas falam sobre sexo, exercícios, alimentação,
sono, quedas, audição, residenciais e produtos adaptados

AMARÍLIS LAGE
DA REPORTAGEM LOCAL

Estamos vivendo mais, e essa mudança terá reflexos nas três gerações:
passaremos mais tempo com nossos filhos e também com nossos pais.
A expectativa de vida do brasileiro, que era de 66,6 anos em 1990, passou a
72,5 no ano passado e deve chegar a 80 em 2040, segundo projeção do
IBGE. Já são no país 18 milhões de pessoas com mais de 60 anos -um
idoso em cada dez brasileiros. E, seguindo a tendência mundial, essa
proporção deve chegar a um em cada cinco em 2050; nos países
desenvolvidos, a relação deverá ser de um para três.
"Estamos vivendo mais e envelhecendo melhor", afirma Wilson Jacob
Filho, diretor do Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas (SP) e
colunista da Folha. "Envelhecer melhor" significa encarar as alterações
biológicas decorrentes da idade e evitar que elas levem necessariamente a
um comprometimento funcional.
Mais longeva e mais saudável, grande parte da geração que está agora na
terceira idade passa longe da definição de dependente, frágil e lenta, que
sempre acompanhou os mais velhos. Ainda assim, é preciso lidar com
dificuldades de memória, audição e sono, entre outras. E estar atento a
detalhes em casa que podem, por exemplo, favorecer uma queda que será
diretamente responsável pela deterioração da saúde.
Por outro lado, o excesso de zelo pode dar a impressão ao idoso de que ele
não é mais capaz ou útil socialmente e levar a quadros de depressão.
Algumas medidas buscam o equilíbrio entre os dois pontos e ajudam a
superar essas limitações físicas e melhorar a qualidade de vida e a
autonomia. Nas próximas páginas, 20 especialistas dão 100 dicas sobre
vários assuntos, de exercícios a sono, passando por memória, sexo e
viagens.
Aqui, fica o reforço na sugestão "número zero": o apoio é bem-vindo, mas
eles não querem, nem precisam, ser superprotegidos.

Colaborou JULLIANE SILVEIRA, da Reportagem Local

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq1707200806.htm

Quedas
No Brasil, cerca de 29% dos idosos sofrem quedas ao menos uma vez por
ano e 13% caem de forma recorrente. Além das fraturas, principalmente na
região do quadril, há o risco de morte: as quedas correspondem a dois
terços das mortes acidentais. O medo de cair pode afetar a qualidade de
vida do idoso, que tende a diminuir a freqüência dos passeios ou dos
banhos.

1. Mexer o pé antes de se levantar da cadeira melhora a irrigação sangüínea


nos membros inferiores

2. Evite chinelos, tamancos e demais calçados soltos no pé

3. Não deixe os fios dos eletrodomésticos soltos pelo chão

4. Trocar lâmpada e retirar a cortina são atividades arriscadas porque


exigem que a pessoa estenda a cabeça para trás, o que causa uma tontura
momentânea

5. Atividades físicas que proporcionam o aumento da força muscular são


fundamentais; pernas fortes dão mais estabilidade na hora de subir escadas,
caminhar ou levantar da cadeira

6. Óculos com lentes multifocais afetam a percepção de profundidade e


dificultam tarefas como descer uma escada ou desviar-se de um buraco;
uma solução é trocá-los por dois óculos, um para caminhar e outro para ler

7. Cuide bem dos pés: calosidades impedem o contato com o solo


8. Escolha um tênis com sistema de absorção de impacto e solado
antiderrapante; com o envelhecimento, há uma diminuição na camada de
gordura na planta do pé, o que deixa o idoso mais sujeito ao impacto do
solo e ao desenvolvimento de inflamações

9. Mantenha sob controle doenças metabólicas ou vasculares; o diabetes,


por exemplo, pode afetar o labirinto (responsável pelo equilíbrio) e alterar a
sensibilidade e o funcionamento motor dos membros inferiores

10. Não compre uma bengala sem orientação profissional; a escolha do


modelo precisa considerar altura, presença ou não de artrose, entre outros
aspectos; repare sempre se a borracha da ponta não está desgastada, o que
diminuiria sua característica antiderrapante

"Não consigo ficar parada"


"Na minha casa há três lances de escada, que subo correndo, porque sou
meio elétrica. Já caí várias vezes, mas é que sou muito agitada, não consigo
ficar parada: ando no telhado quando é preciso consertar alguma coisa, lavo
e recoloco as cortinas escondido... As pessoas ficam bravas, mas eu sei que
sou capaz. Eu planejo, vou calma, vejo se não tem perigo, não vou me
atirando, né?
Mas caio, porque a gente cai muito. Agora estou caindo menos, pois resolvi
fazer as coisas mais devagar. Antes eu entortava o pé na rua e caía, porque
gosto de salto alto e usava sempre, sou muito baixa! Agora, quando quero
usar, tenho de prestar muito mais atenção.
Não precisei mudar nada na minha casa para parar de cair, só prestar mais
atenção.
Por exemplo, um dia eu fui subir a escada e lembrei que tinha esquecido
algo embaixo: virei depressa e levei um tombo, quase quebrei o pé. Outro
dia, estava andando na rua, resolvi olhar uma plantinha linda no muro e não
vi que tinha um obstáculo na calçada. Para não cair, apoiei a mão na árvore
e quebrei o pulso. Mas eu agüentei a dor, não sou chorona, sou muito forte,
sou muito ativa.
Eu vejo algumas pessoas andando de bengala, mas eu não preciso. Será que
a bengala vai realmente segurar alguém? Prefiro me sentir segura por mim
mesma. Para mim, continuar com minhas atividades é parte da vida.
As pessoas têm de viver o seu momento, têm de tentar fazer o que gostam,
mesmo que sintam uma dorzinha aqui, outra ali. Eu não dou confiança para
a dor, porque, se você mimá-la, ela vai piorar. A não ser que seja algo
realmente sério, é claro. Só procuro o médico quando sinto uma dor
estranha. As dores do dia-a-dia eu mesmo analiso, vou observando."
Ivone Vilhegas Campolim, 85
Mente
Na terceira idade, há diminuição de neurotransmissores ligados aos
aspectos afetivos, à atenção e à memória. O corpo libera menos melatonina
(que induz o sono) e a flacidez muscular dificulta a respiração. Mortes
próximas, aposentadoria e doenças crônicas também têm efeito deletério.
Somados, esses fatores compõem um quadro de risco, que pode levar à
depressão. Problemas de depressão severa não são comuns, mas há muitos
casos depressivos leves que não são diagnosticados.

11. Deixe o idoso responsável por funções como pagar contas. Sentir-se útil
é importante para a saúde psíquica

12. Idosos têm uma resistência menor ao estresse, sendo mais afetados por
pequenos aborrecimentos, como o cancelamento de um compromisso.
Familiares e cuidadores devem informar as mudanças com antecedência

13. Embora o consumo de álcool costume diminuir com o envelhecimento,


há um pico após os 60 anos, provavelmente associado à maior
disponibilidade de tempo livre. Como o metabolismo fica mais lento, uma
pequena quantidade de álcool tem efeito muito maior em idosos

14. Tente "renegociar" as perdas: se o idoso não puder mais fazer alguns
passeios, como ir ao clube, utilize o tempo vago para propor outra atividade
de lazer

15. A aflição e o nervosismo podem bloquear ainda mais a memória.


Manter a calma ajuda as lembranças a fluírem com mais facilidade

16. Avalie em que situações a falha na memória é mais freqüente. Esquecer


o nome de alguém que acabou de conhecer ou o local onde deixou os
óculos é algo comum -com o envelhecimento, há uma diminuição da
memória imediata. Já a perda da memória laboral pode ser indício de algum
problema: não é normal que alguém que faz café ou tricota diariamente se
esqueça do passo-a-passo dessas atividades

17. Associações ajudam a reter novas informações. Exemplo: ao conhecer


uma mulher chamada Rosa, conectar mentalmente o rosto da pessoa à
imagem da flor

18. A memória pode ser exercitada com estímulos como saber sempre em
que dia da semana e do mês está, ler e fazer exercícios como tentar
reconhecer as ervas utilizadas no tempero de um prato

19. A rotina é uma boa aliada para quem tem problemas com a memória. Se
a chave for guardada sempre no mesmo local, haverá menos chances de
perdê-la

20. Diferencie insônia de adiantamento de fase; na terceira idade, é comum


que o sono chegue mais cedo, e o idoso se deite no início da noite. Quem
dorme às 19h e acorda às 3h não está com insônia - o despertar ocorre
porque a pessoa já dormiu durante oito horas

21. Durante a insônia, a pior saída é ficar deitado na cama se esforçando


para dormir. O ideal é levantar, fazer alguma atividade e só voltar ao sentir
sono

22. Aproveite os benefícios dos fitoterápicos. Camomila, valeriana e


passiflora são ervas cujo efeito indutor do sono é comprovado. A melissa,
conhecida como erva-cidreira de folha, também induz o sono. O chá preto
deve ser evitado, por ser estimulante

23. De modo geral, praticar exercícios físicos ou tomar banho quente perto
da hora de dormir atrapalha o sono, pois aquece o corpo. Mas isso está
sujeito a variações individuais

"Desejo chegar bem aos cem anos"


"Quero recuperar um pouco da minha memória porque, com 80 aninhos, já
viu... Eu já tenho dificuldade com a memória recente e não quero que ela se
desgaste mais. Fui percebendo essa perda muito lentamente, porque não é
assim, do dia para a noite, que se sabe que a memória não é mais a mesma.
Por exemplo, vou me lembrar deste momento daqui a um mês
perfeitamente, mas há certos detalhes que escapam, às vezes de um dia para
o outro.
Faço um exercício de lembrar o dia, o mês e o ano sem consultar o
calendário que me ajuda bastante. Às vezes, algumas atividades que
parecem bobas fazem diferença. Lembrar qual foi o almoço, o que jantei
ontem...Um dia eu chamei uma cuidadora e lhe disse: "Olha, eu
desconfiava desses exercícios, pareciam bobeira, mas eu passei a me
beneficiar deles, eles estão surtindo efeito!"
Quero manter as boas idéias, quero escrever alguma coisa, uma
autobiografia, porque hoje o que me sobra é tempo. Estou fazendo
anotações que ajudam a memória, isso tem me dado um novo ânimo. Leio
muito, gosto de recordar.
Voltei a estudar piano, que tocava na juventude, estou treinando bastante a
técnica e isso me ajuda muito na memória. Procuro sempre me lembrar das
coisas, e uma lembrança puxa a outra.
Também estou aprendendo a usar o computador. Para memorizar o que
aprendo, uso sempre comparações. O teclado me remete à máquina de
datilografia que eu tive há muito tempo, por exemplo.
Quem chega aos 80 anos com a vida rica em experiências não sente o peso
da idade. O que mais quero agora é recuperar um pouco a memória e
chegar bem aos cem anos."
Jorge Silva dos Santos, 80

não é natural!

Alterações significativas no sono

Isolamento social

Mudanças acentuadas no apetite ou no peso

Falta de motivação para se cuidar (ir ao cabeleireiro, trocar de roupa etc.)

Quedas constantes (podem indicar falta de atenção)

Corpo
Embora o envelhecimento leve ao declínio do metabolismo e da massa
magra, isso não significa que seja preciso comer menos; a quantidade
calórica depende de peso, altura, idade, sexo e condições clínicas.
O ideal é que toda refeição seja atraente, saborosa e variada. Para manter a
massa magra, também é preciso se exercitar. Dar início a uma atividade
física dá trabalho – exige disciplina, exames etc. A questão é que o
sedentarismo é ainda mais trabalhoso. Afinal, não é fácil lidar com a perda
de densidade óssea e de massa muscular, com o diabetes, com a hipertensão
etc.

24. Uma dieta baseada apenas em alimentos como sopa, leite e café é
monótona, pobre em nutrientes e desestimula a mastigação. Quem não tem
problemas para mastigar deve manter a alimentação o mais sólida possível

25. Como a descida pelo esôfago fica mais difícil com a idade, prefira
comidas úmidas
26. Troque pães, massas e arroz refinados pela versão integral, mais rica em
fibras; o consumo de fibras é importante para melhorar um problema
comum nessa fase: a prisão de ventre. Alguns fatores relacionados ao
envelhecimento propiciam essa constipação, como uma diminuição da
superfície de absorção do intestino, que também passa a se mover menos

27. Para facilitar a mastigação, muitos idosos adotam estratégias como


descascar as maçãs ou jogar fora o bagaço da laranja. Essas atitudes devem
ser evitadas, já que é nessas partes que as fibras se concentram

28. Medicamentos laxantes devem ser usados apenas com prescrição


médica -a automedicação pode piorar a prisão de ventre e levar a um
desgaste da mucosa intestinal, interferindo na absorção dos nutrientes

29. Evite o uso constante de antiácidos, que podem sensibilizar a mucosa


gástrica e levar a uma gastrite. Idosos são mais suscetíveis aos efeitos
adversos dos medicamentos por conta da redução da funcionalidade de
vários sistemas fisiológicos e das alterações no metabolismo e na excreção
das substâncias

30. Fique atento ao consumo de cálcio, importante para a saúde óssea. Leite
e derivados são as principais fontes do nutriente. Prefira os desnatados
31.Aproveite o efeito purgante do mamão, da laranja e da ameixa

32. A percepção de sede diminui, e isso torna o idoso mais vulnerável à


desidratação e agrava a prisão de ventre. Uma forma de estimular o
consumo de líquidos é manter jarras de água em locais visíveis pela casa
-para tornar a bebida mais atraente, aromatize com folhas de hortelã ou
fatias de limão

33. Gelatina é uma boa fonte de hidratação. A versão dietética é


interessante para quem está acima do peso 34.Com o envelhecimento, o
paladar também sofre alterações. A percepção do sal, por exemplo, diminui,
o que pode levar a um consumo de alimentos muito salgados. Para tornar a
comida mais saborosa sem exagerar no sal, tempere os alimentos com ervas

35.A flacidez muscular não atinge só braços e pernas. Ela também afeta os
órgãos fonoarticulatórios e pode gerar problemas como o desvio de
alimentos para o pulmão. Engasgos e tosses freqüentes, principalmente
durante as refeições, devem ser informados ao otorrino

36. Mastigar projetando a língua para a frente também é conseqüência


dessa flacidez. É possível reverter o problema com tratamento
fonoaudiológico

37. Alongamento melhora a flexibilidade e a reposta do corpo aos


exercícios

38. Atividades aeróbicas, como caminhada, ajudam a reforçar os sistemas


cardiovascular e respiratório. Mas idosos também precisam de musculação.
Além de combater a perda natural de massa muscular, a musculação
diminui a vulnerabilidade a quedas e ajuda a aumentar a densidade óssea

39. A hidroginástica é um bom exercício para quem tem osteoporose e quer


fazer uma atividade aeróbica, mas não ajuda a saúde óssea -um fator que
ajuda a aumentar a densidade óssea é o impacto, e a hidroginástica
amortece esse efeito

40. Se optar por caminhadas, é melhor investir mais na regularidade do que


na intensidade, evitar locais muito poluídos, usar roupas e tênis adequados
e proteger-se do sol

41. Alguns esportes já ganharam versões para a terceira idade. No vôlei


adaptado, os participantes podem segurar a bola e a rede é um pouco mais
baixa. No basquete adaptado, a cesta é mais baixa e a bola, mais macia.
Além disso, a arbitragem apita antes de um choque brusco entre dois
jogadores, para evitar acidentes

"Sou inexperiente na cozinha"


"Comecei a fazer aulas de culinária por acaso. O que mais me encanta são
os molhos: há alguns fantásticos, como o de iogurte e até um de chuchu,
que foi o primeiro que fiz sozinho. Sou inexperiente na cozinha, mas acho
interessantíssimo acompanhar uma receita. Recebo a família e coloco na
mesa alguns molhos para saladas, isso impressiona.
Também faço dança sênior. Eu me sento e a instrutora sugere exercícios
para os braços -as pernas ficam só nas batidinhas. Como tenho problema no
joelho, para mim é uma maravilha. Gosto muito de me exercitar, apesar de
ainda não ter observado nenhuma melhora física.
Trabalho duas vezes por semana. Muitas pessoas olham para mim e dizem
'aquele velhinho', mas, se eu não fizesse isso, estaria enterrado. Leria os
jornais pela manhã, e depois? "
Adolpho Cusnir, 85
Adapte sua casa
Mudanças simples podem aumentar a segurança e a autonomia do
idoso

42 Em dobro
Quem mora em sobrados deve fazer adaptações para que os dois andares
tenham banheiros, telefones etc. Isso diminui a necessidade de usar as
escadas

43 Área externa
Se possível, crie um percurso próprio para caminhada

44 Mobiliário
Opte por móveis mais altos e não muito moles. Poltronas bem estruturadas
são uma boa escolha, pois os braços do móvel servem como apoio ao
levantar

45 Luz
Privilegie a iluminação natural, já que a claridade é importante para que o
idoso veja melhor o ambiente

46 Torneiras
Prefira as de alavanca às redondas, que são mais difíceis de girar

47 Armários
Evite guardar objetos de uso freqüente em locais muito baixos, que exigem
que as pessoas se abaixem, ou muito altos, que pedem escadas ou
banquinhos

48 Bancada
Opte por uma com aproximadamente 80 cm de altura, para que seja
possível cortar e preparar os alimentos sentado

49 Jardim
Não coloque muretinhas ao redor da grama para evitar que a pessoa tropece

50 Apoio
Escadas e rampas devem ter corrimão, preferencialmente, de uma cor
contrastante, para melhorar a visualização caso esteja escuro ou o idoso
sinta tontura. Certifique-se de que, após a rampa, haverá uma área plana na
qual o idoso possa se estabilizar antes de seguir adiante
51 Corredor
Deixe as passagens livres, sem obstáculos como vasos, esculturas e mesas
de centro ou de canto

52 Tapete
Evite tapetes e passadeiras de corredor, que podem escorregar

53 Remédios
Em um local visível, coloque uma tabelinha com o horário de cada
medicamento

54 Penumbra
Instale luminárias de baixa intensidade no corredor; assim, o idoso não
precisará ir até o banheiro no escuro

55 Largura
Instale portas com um vão de 80 cm para facilitar a passagem de quem
precisa usar andador ou está carregando sacolas de compras

56 Cores
A cor da porta também deve contrastar com a cor da parede, para ser
visualizada mais facilmente

57 Maçanetas
As redondas exigem mais força na hora de abrir a porta. Troque pelas de
alavanca, mais fáceis de usar

58 Chão
Opte por pisos de uma cor só; isso evita o desconforto visual e a sensação
de que há buracos e degraus no chão. Evite pisos lisos, que propiciam
escorregões; quanto mais brilhante for o material, mais escorregadio ele é;
prefira os antiderrapantes

59 Apoio
Coloque barras de apoio, especialmente perto do vaso sanitário e dentro do
boxe

60 Vaso
Opte por vasos sanitários mais elevados: a altura ajuda na hora de sentar e
de levantar

61 Aderência
Substitua o tapetinho do banheiro por adesivos antiderrapantes, que
também podem ser colocados dentro do boxe

62 Pia
Certifique-se de que ela seja bem resistente e firmemente fixada, já que os
idosos costumam se apoiar nela

63 Porta
Ainda no boxe, utilize uma porta de correr. As que abrem para dentro
devem ser evitadas, pois podem ficar travadas se alguém cair dentro do
boxe e encostar na porta

64 Boxe
Instale um assento dentro do boxe, para ser usado em caso de mal-estar.
Mas atenção: os assentos devem ser fixos. Banquinhos de plástico são
frágeis e podem virar

65 Escoamento
Verifique se o escoamento de água no boxe é suficiente, para que o chão
não fique alagado e ainda mais liso

66 Quarto
Instale o idoso no quarto mais próximo do banheiro, para facilitar o
deslocamento durante a noite

67 Cabeceira
Posicione a cama perto do interruptor de luz ou coloque um abajur próximo
à cabeceira -opte por uma iluminação suave, já que o idoso demora mais a
se adaptar quando há mudanças bruscas entre claro e escuro

68 Trava
Escolha uma tranca que possa ser aberta por fora em caso de emergência e
mantenha a chave em um local acessível

69 Obstáculo
Móveis com cantos vivos (em 90 graus) devem ser mantidos longe das
áreas de passagem

Prazer
Se a sexualidade na terceira idade é um tabu, as barreiras são ainda maiores
para as mulheres. Uma, demográfica: como vivem mais que os homens,
elas têm mais dificuldade para encontrar parceiros de sua faixa etária. A
segunda é ligada ao preconceito: o envolvimento com jovens costuma ser
associado a interesse financeiro. A verdade é que a sexualidade não tem
data de validade e a libido é conservada no envelhecimento.

70. Inclua a questão da sexualidade nas consultas médicas e nas conversas


com os amigos e com os familiares. É importante para desmistificar a idéia
de que o sexo é um tema alheio aos idosos

71. Com o envelhecimento, as mulheres podem observar uma diminuição


da lubrificação vaginal. A tendência é que a lubrificação aumente se elas
tiverem uma vida sexual ativa. Se o ressecamento vaginal gerar
desconforto, podem ser utilizados lubrificantes artificiais

72. Trate precocemente diabetes, hipertensão, índice elevado de colesterol e


doenças cardiovasculares ou da próstata. Esses problemas geralmente
aparecem por volta dos 40 anos de idade e se agravam com o tempo. Nas
mulheres, isso afeta a lubrificação da região genital. Nos homens, esses
distúrbios afetam a função erétil

73. O uso de remédios para disfunção erétil favorece o preenchimento dos


corpos cavernosos do pênis, que pode ser bloqueado por problemas físicos
ou emocionais. O remédio é ineficaz, porém, se o problema for a falta de
desejo, que pode decorrer tanto de uma depressão como de problemas
hormonais

74. Com o envelhecimento, há uma diminuição da produção de


testosterona, hormônio masculino. Normalmente, essa perda é de 1% ao
ano. Cerca de 15% dos homens idosos, porém, sofrem uma perda mais
significativa de testosterona, o que afeta o desejo. É possível fazer
reposição hormonal, mas o tratamento deve ser precedido de uma avaliação
médica: a reposição é contra-indicada para homens com tumores de
próstata ou de mama e nem sempre é indicada para quem tem apnéia do
sono ou alguma doença hepática

75. No caso das mulheres, a masturbação também ajuda a manter a saúde


dos órgãos genitais -a estimulação leva a uma liberação hormonal que
preserva a mucosa vaginal

"Quero viver minhas emoções"


"Eu fiquei muitos anos quieta no meu canto, pois tive um casamento
maravilhoso e ficar viúva foi muito doloroso. Mas quis ficar bem e comecei
a me relacionar com outras pessoas. É um outro tipo de relacionamento,
mas é uma fase boa. É preciso saber que o momento é este, que não adianta
ficar pensando na vida de casada de antes.
Eu tenho vontade de ter uma pessoa que goste de mim e de quem eu goste
também, porque é muito importante ter esse lado coberto. Ter o coração
batendo mais forte é muito bom nessa idade, você se sente viva, mais ativa,
com mais ânimo de lutar, sente que a vida não acabou. As pessoas acham
que não é hora de pensar em sexo. Por que não?
O problema é que as pessoas têm medo de ter um relacionamento. Pessoas
da minha idade dizem que sou louca, que vou sofrer. Mas, então, não vou
viver e ser feliz? Eu não tenho medo. Não saio atrás, mas, quando passa por
mim uma pessoa interessante, uma oportunidade, como já aconteceu, eu
não tenho medo de enfrentar.
Por que não? Por que ter vergonha disso? Converso com pessoas da minha
idade que ficaram viúvas e dizem que não querem mais porque já foram
felizes. Que bom, digo a elas, podem ser felizes de novo. É outra história, é
outra forma de se relacionar.
Meus filhos e meus netos têm suas emoções e eu amo compartilhar com
eles seus momentos, vivo-os intensamente. Mas também quero viver
minhas próprias emoções, é ótimo que eles saibam que eu tenho minhas
próprias experiências."
Ana Maria Vanderlinde, 65

benefícios do sexo

Leva à liberação de endorfinas, substâncias ligadas à sensação de bem-estar

Promove aceleração do sistema respiratório e circulatório

Estimula a atividade cerebral, já que exercita a fantasia e a memória

Aumenta a auto-estima

Lazer
Após a aposentadoria, o sonho de muita gente é arrumar as malas e dar
início a uma seqüência de viagens.
Mas os passageiros idosos têm de prestar atenção em alguns cuidados
específicos para que a mudança na rotina não acabe gerando também
mudanças na saúde. Afinal, as farmácias e os consultórios médicos não
costumam ser pontos turísticos muito interessantes.
76. Ao planejar o roteiro, leve em consideração a temperatura, pois a
sensibilidade a variações térmicas é maior nessa faixa etária. Prefira a
primavera ou o outono

77. Procure saber se o plano de saúde oferece uma cobertura internacional

78. Peça ao médico um relatório sucinto, em inglês, informando doenças


crônicas e medicações em uso; caso ocorra algum problema, o médico do
outro país terá como avaliar o quadro de forma mais ampla

79. Leve um eletrocardiograma de base normal; isso pode ajudar quem


fizer a avaliação médica a saber se uma eventual alteração nos batimentos
cardíacos é crônica ou aguda

80. Leve todos os medicamentos necessários numa quantidade suficiente


para todo o período da viagem -sem se esquecer de levar também todo o
receituário

81.Leve o telefone celular do clínico, para que, em uma emergência, o


médico possa trocar informações com o profissional que o atender

82. Antes de visitar locais isolados, busque se informar sobre o serviço


hospitalar mais próximo

83. Quem tem varizes ou costuma ter inchaço nas pernas precisa caminhar
freqüentemente no corredor do avião, para facilitar a circulação sangüínea;
usar meias elásticas também ajuda

84.Quem já teve trombose e não toma nenhuma medicação anticoagulante


pode consultar o médico sobre a possibilidade de tomar uma injeção de
anticoagulante antes da viagem, principalmente se for passar muito tempo
no avião

"Só não estou pronta para outra no bolso"


"Acabo de voltar de uma viagem de 24 dias pela Europa. Quando recebi o
convite de um casal amigo, ao mesmo tempo em que tive vontade de dizer
sim na mesma hora, fiquei insegura. Não sabia se daria certo, se me
cansaria muito... Disse aos meus amigos que só iria se tivesse certeza de
que estava bem.
Por isso, para aceitar a viagem tranqüilamente, fui ao ginecologista, fiz
exames de sangue, endoscopia e ultra-sonografia do abdômen. O que foi
ótimo, porque minha dosagem de glicose estava um pouco alterada e havia
gordura no fígado. Dessa forma, pude ser mais criteriosa com a comida
durante o passeio.
Meu roteiro foi feito por uma pessoa experiente, porque não aconselho
ninguém a ir sozinho em uma primeira viagem internacional, já que se vai
em busca do desconhecido e ainda há o problema da língua...
Como foi feito todo de ônibus, o roteiro me preocupava um pouco: havia
viagens de mais de 500 km, e eu acabava comparando com as viagens de
São Paulo a Bauru, em que eu chegava quebrada! Mas as estradas eram
muito boas, o ônibus era confortável, as paradas para lanche e para usar um
banheiro foram muito bem programadas. Nas cidades, parávamos para um
café no meio do dia e aproveitávamos para descansar.
Só não estou pronta para outra viagem no bolso, porque, de resto, adorei a
brincadeira, quero repetir."
Maria Aparecida Cunha de Souza, 68

Audição
Estima-se que, no Brasil, 70% dos idosos sofram de perda de audição
provocada pelo envelhecimento.
Muitos deles, porém, não se identificam com o problema. Isso porque parte
da audição deles continua, de fato, muito boa: a responsável pela
identificação dos sons graves, que formam o corpo das palavras. O
problema está na capacidade de distinguir sons agudos. Daí a queixa
comum nos consultórios: escuto, mas não entendo.

85. Não eleve a voz -isso apenas distorce o som e incomoda o idoso, que
tem menos proteção contra sons de alta intensidade; em vez disso, fale
devagar

86. Converse mostrando o rosto ao idoso, e em um ambiente iluminado e


silencioso

87. Após os 60 anos, inclua a visita ao otorrino no check-up

88. Não compre um aparelho auditivo sem indicação profissional e sem


testar o equipamento. No procedimento correto, o otorrino indica o uso do
aparelho e o fonoaudiólogo faz a seleção e o teste da prótese auditiva. É
preciso testar em domicílio, por cerca de um mês. Testar o equipamento só
no consultório é arriscado, já que se trata de um local mais silencioso, que
pode não corresponder ao ambiente em que o paciente vive

89. Com o envelhecimento, há uma tendência ao acúmulo de cera no


ouvido. Se isso ocorrer, consulte um otorrino sobre a necessidade de uma
lavagem

90. Não use cotonete para retirar o excesso de cera -no máximo, use uma
toalha úmida na ponta do dedo

91. A prega vocal também é formada por tecido muscular e tende a ficar
mais flácida com o envelhecimento, deixando a voz mais fraca. Essa
alteração, porém, pode ser resolvida com exercícios específicos

"Agora eu escuto uma passarada"


"Eu uso aparelho auditivo há três anos. Antes disso, meus filhos percebiam
que eu não escutava direito e me diziam, mas eu achava que eu estava
ouvindo muito bem, eu não queria aceitar, eu brigava com eles.
Eles queriam que eu fosse a um fonoaudiólogo, mas eu não aceitava -toda a
vida eu não aceito, sempre acho que ainda não envelheci...
Até que resolvi ir a uma especialista, amiga da minha filha, que fez o teste.
Descobrimos que eu não conseguia ouvir os sons mais agudos. Testei três
aparelhos e não me adaptei a nenhum deles. Usei um aparelho fino, um
redondo, um não sei o quê, mas eles me incomodavam muito, entravam no
ouvido e machucavam a parte interna. Desisti.
Cerca de dois anos depois, a fonoaudióloga me avisou que tinha chegado
um novo aparelho. E não é que deu certo? Era o que eu precisava, fez muita
diferença, eu me adaptei perfeitamente, é levíssimo, nem aparece, muito
bom. Agora não fico mais dizendo "hein? hein?" para tudo, me dá
segurança.
Esses aparelhos são muito caros, você tem de se adequar, não pode
simplesmente colocar qualquer um.
Afinal, são as coisas a que a gente tem de se adaptar: usar aparelho,
prótese, ficar dependente de tanta coisa... A gente está na idade que tem de
ser assim, não tem outro jeito, não é?
É muito melhor agora, porque eu não ouvia mais os sons mais agudos. Eu
não ouvia os pássaros, por exemplo. Agora eu escuto uma passarada!"
Estela Mirzeian Hajjar, 82

desconfie se o idoso...

Falar demais, sem deixar espaço para que a outra pessoa responda. Essa é
uma estratégia comum para não mostrar que não entende o que os outros
falam

Ficar isolado ou com sono nas reuniões familiares. Como não consegue
participar da conversa, ele vai mais cedo para o quarto
Deixar a televisão alta demais

Não quiser mais conversar pelo telefone

Durante uma conversa, inclinar o corpo mais para um lado

Olhar muito para a boca do interlocutor ou ficar fisicamente tenso devido


ao esforço para entender tudo o que está sendo dito

Perguntar seguidamente "o quê?"

Não escutar o toque de telefone celular, de telefone ou de campainha se


estiver a um cômodo de distância

Residenciais
Vigora no país a idéia de que o idoso deve morar com a família. Mas a
proporção dos que moram sozinhos tem crescido. Cada opção apresenta
desafios. Morar com a família permite a inserção social, mas os direitos do
idoso podem ser desvalorizados. Sozinhos, eles têm mais independência,
mas acidentes podem não ser percebidos. Os residenciais oferecem
convívio social e suporte profissional, mas exigem adaptação a um novo
espaço e estilo de vida.

Hiléa
Onde: Rua Jandiatuba, 200, Morumbi, São Paulo
Tel.: 0/xx/11/3566-4700 www.hilea.com.br
Voltado para: idosos com ou sem doenças crônicas. Não tem estrutura
para pessoas com doenças agudas e infecto-contagiosas, nem para algumas
doenças psiquiátricas
Acomodações: individuais, com banheiro
Preço: a partir de R$ 7.200/mês
No pacote: enfermagem e cuidadores 24 horas, seis refeições,
acompanhamento médico e nutricional, lavanderia, atividades culturais,
físicas e terapêuticas
Cobrados à parte: consultas médicas com especialistas em áreas como
oftalmologia, otorrinolaringologia e cardiogeriatria, atendimento
fisioterápico e fonoaudiológico, terapia ocupacional, massagem, salão de
beleza, excursões, palestras e workshops
Para não-residentes: plano de vivência diária, que inclui atividades,
refeições e transporte (a partir de R$ 2.000 por mês) ou clube, com
atividades físicas, sociais e culturais (R$ 350 por mês)

Lar Sant'Ana
Onde: Rua Bernarda Luiz, 129, Alto de Pinheiros, São Paulo
www.larsantana.com.br
Voltado para: idosos lúcidos, independentes ou semi-independentes
Acomodações: individuais (o banheiro pode ser dividido)
Preço: de R$ 3.691 a R$ 6.741/mês
No pacote: enfermagem 24 horas, cinco refeições, acompa-nhamento
médico, fisioterapia em grupo, lavanderia e recreação Cobrados à parte:
salão de beleza, atendimento fonoaudio-lógico, lanchonete, TV por
assinatura e passeios externos
Para não-residentes: recreação, das 9h às 16h (R$ 70 por dia)

Lev Residencial - Senior Living


Onde: Rua Marquês de Itu, 816, Higienópolis, São Paulo
Tel.: 0/xx/11/3333-3058 www.levresidencial.com.br
Voltado para: idosos que não sejam portadores de doenças graves ou
psiquiátricas e que não tenham nenhuma demência
Acomodações: a mais simples tem quarto, minicopa e banheiro
Preço: de R$ 4.800 a R$ 9.500/mês
No pacote: enfermagem e ambulância 24 horas, quatro refeições,
recreação, exercícios físicos, lavanderia, biblioteca, consultórios médicos
para consultas particulares, piscina, sala de ginástica e cinemateca
Cobrados à parte: fisioterapia, acompanhantes e cuidadores, van,
motoboy, salão de beleza e atividades culturais externas
Para não-residentes: todas as atividades são abertas ao público; as aulas
de hidroginástica custam R$ 140 por mês

Recanto Monte Alegre


Onde: Av. Eng. Heitor Antonio Eiras Garcia, 5.531, Jd. Educandário, Km
15 da Raposo Tavares
Tel.: 0/xx/11/3782-0888 www.recantomontealegre.com.br
Voltado para: idosos com quadro demencial ou cognição alterada e
dependentes Acomodações: individuais, com e sem banheiro privativo
Preço: de R$ 4.550 a R$ 5.780/mês
No pacote: seis refeições, serviço de enfermagem 24 horas,
acompanhamento médico, lavanderia e terapia ocupacional
Cobrados à parte: salão de beleza e atendimento fonoau- diológico e
fisioterapêutico
Para não-residentes: não há

Solar Ville Garaude


Onde: Av. Copacabana, 536, Alphaville, Barueri (SP)
Tel: 0/xx/11/4193-1020 www.solarville.com.br
Voltado para: idosos com ou sem dependência
Acomodações: individuais com banheiro privativo
Preço: de R$ 4.695 a R$ 5.240/mês
No pacote: quatro refeições, hidroginástica, sala de ginástica, chás
musicais e dança de salão
Cobrados à parte: passeios, motoristas, cuidadores, farmácia, lavanderia,
fonoaudiologia e fisioterapia
Para não-residentes: os bingos custam R$ 10; aulas de hidroginástica, R$
35 cada uma

Residencial Santa Catarina


Onde: Rua Leôncio de Carvalho, 98, Paraíso, São Paulo
Tel.: 0/xx/11/3177-2900 www.residencialsantacatarina.com.br
Voltado para: idosos independentes
Acomodações: apartamentos individuais com copa, sala, quarto, banheiro e
varanda
Preço: de R$ 6.300 a R$ 9.400/mês
No pacote: quatro refeições, atividade física, recreação, passeios, unidade
de saúde básica, sala de TV, biblioteca, salão de jogos e capela
Cobrados à parte: não há
Para não-residentes: não há

"Aqui, eu me vi rodeada de pessoas"


"Depois que meu marido morreu, passei dez anos morando sozinha. Eu
fazia as compras, cuidava de tudo, gostava de passear ali pelos Jardins. Até
que comecei a ter algumas dificuldades para cuidar da casa, andar na rua...
Quando vi, tive um problema na coluna e não podia mais nem carregar
minha sacolinha do supermercado.
Uma médica sugeriu que eu procurasse uma casa de repouso e eu gostei da
idéia. Como uma tia minha já havia morado aqui no Lar Sant'Ana, eu já
tinha uma noção de como funcionava, sabia que tinha muitas atividades:
cinema, psicólogo, cursos...
Nunca tive muitos amigos e, quando cheguei aqui, eu me vi rodeada de
pessoas. A gente conversa, troca idéias, faz tricô juntas. Estou aqui há seis
anos e me sinto em casa."
Nelly Jarussi Guidini, 86
"Os filhos protegem demais"
"Eu e meu marido morávamos em Higienópolis quando ele ficou doente.
Contratei uma enfermeira, mas era difícil controlar os empregados, fazer as
compras, cuidar da casa... Foi por isso que decidi vir para um residencial:
aqui, pude me dedicar só a ele nos últimos anos de sua vida.
Foi difícil me desfazer de algumas coisas. Doeu, mas eu sabia que não
podia continuar morando lá.
Depois que ele morreu, decidi continuar no residencial. Tenho minha
independência. Os filhos protegem demais, acham que a gente tem muitas
necessidades. Nós precisamos de amor, apoio, compreensão, mas não
precisamos ser tolhidos. Eu gosto de pegar um táxi e ir ao shopping
sozinha, fazer coisas que me façam sentir útil. Enquanto a gente tem
capacidade, não pode parar."
Elza Gouveia Marques, 85

HORA DA ESCOLHA

A decisão sobre o residencial deve ser tomada em conjunto pelo idoso e sua
família. Se a mudança for feita contra a vontade do idoso, a adaptação pode
ser mais difícil

Durante o processo de escolha, visite o residencial em diversas horas do dia

Converse com os profissionais que trabalham no local e também com os


residentes

Experimente as atividades abertas ao público ou faça um teste por um


período curto

Não venda ou alugue a residência anterior imediatamente; aguarde o


período de adaptação

Produtos
De um lado, coloque o custo, que vai ser alto. Do outro, o benefício, que
pode ser significativo. É nesse equilíbrio que deve se basear a aquisição de
um produto adaptado, segundo especialistas em terapia ocupacional.

92. Assento mais alto


Com 44 cm de altura, torna o ato de sentar e o de levantar mais fáceis R$
238, na Deca

93. Chaveiro adaptado


(modelo para até três chaves) Oferece uma alavanca maior para facilitar o
giro das chaves. Indicado para quem tem artrite ou fraqueza preensora R$
50, na MN

94. Esponja adaptada


Facilita a limpeza das pernas e dos pés por pessoas que têm dificuldade
para inclinar o corpo para a frente R$ 45 (pequena) e R$ 50 (grande), na
MN

95. Cadeira elevatória Voltado para pessoas com dificuldade de


locomoção, o equipamento é indicado para quem pesa até 130 kg A partir
de R$ 11.000 (escada com percurso de até 5 m, com instalação), na Acorn

96. Adaptação para meias


Ajuda quem tem dificuldades para inclinar o corpo para a frente a colocar
meias R$ 100, na MN

97. Talheres
Com cabo grosso (para quem tem problemas articulares) e dobráveis, que
facilitam o ato de levar a comida à boca R$ 30 cada garfo ou colher; R$ 38
cada faca, na Vanzetti Com peso (para pessoas com Parkinson), que
atenuam tremor das mãos R$ 70 cada colher de chá, colher de sopa ou
garfo; R$ 90 cada faca, na MN

98. Tábua de corte adaptada


Fixa o alimento que será cortado, diminuindo o risco de acidentes R$ 350,
na MN

99. Antideslizante Heritage


Pode ser aplicado em pisos frios sem alterar o brilho, a textura ou a cor do
material. Há duas linhas do Heritage: a industrial e a auto-aplicável. A
segunda é indicada para uso residencial ou em áreas de até 60 m2 R$ 50
(250 ml, 2 m2) e R$ 90 (500 ml, 4 m2), na Tetraquímica

100. Cadarço elástico para tênis


É indicado para quem tem problemas articulares. O cadarço fica amarrado
e basta puxar as laterais do tênis para calçá-lo R$ 15 (2 pares), na MN

ONDE ENCONTRAR
Acorn Stairlifts do Brasil (www.cadeiraelevador.com.br), tel.:
0/xx/19/3254-1169

Deca (www.deca.com.br), tel.: 0800-011-7073

MN (www.mnsuprimentos.com.br), tel.: 0/xx/11/5083-2227

Tetraquímica (www.tetraquimica.com.br), tel.: 0800-7706101

Vanzetti (www.vanzetti.com.br), tel.: 0/xx/11/5062-8756


Fontes: CARMITA ABDO, coordenadora do ProSex (Projeto Sexualidade) do Ipq (Instituto de
Psiquiatria), do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo); CÁSSIO BOTTINO,
coordenador do Projeto Terceira Idade do Ipq do Hospital das Clínicas da USP; CRISTIANE DE
PAULA FELIPE, psicóloga e gerontóloga do Age - Vida Ativa na Maturidade; DENISE DE
ALMEIDA VANDERLINDE, arquiteta responsável pelo Age - Vida Ativa na Maturidade; ELCI
ALMEIDA FERNANDES, coordenadora do curso avançado de nutrição em gerontologia do
serviço de geriatria do Hospital das Clínicas da USP; ELIANA NOVAES PROCÓPIO DE
ARAÚJO, coordenadora do setor de saúde emocional e atividades humanas do Lar Santana;
ELISABETE MARIA DA SILVA MISSIO, coordenadora do Idoso da Prefeitura de São Paulo;
FABIANA RUSSANO, fisioterapeuta do Lar Santana; FERNANDO TORRES, coordenador do
curso de treinamento personalizado do Cefe (Centro de Estudos de Fisiologia do Exercício) da
Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e supervisor-geral da rede Fórmula Academia;
JOSÉ CARLOS LOPES PENHA, professor do Cemafe (Centro de Medicina da Atividade Física
e do Esporte), da Unifesp, e coordenador do curso de educação física da Unip (Universidade
Paulista) em Santos; KATYA FREIRE, coordenadora do núcleo de fonoaudiologia do Hiléa;
LUANA RADESCO, arquiteta do Hiléa; MARIELA BESSE, terapeuta ocupacional e
supervisora da especialização em gerontologia da Unifesp; MONICA PERRACINI,
pesquisadora e professora de fisioterapia da Unicid (Universidade Cidade de São Paulo);
NAIRA DUTRA LEMOS, presidente do departamento de gerontologia da Sociedade Brasileira
de Geriatria e São Paulo -Regional São Paulo e coordenadora do programa de assistência
domiciliar da Unifesp; NELSON CARVALHAES, coordenador do check-up do Fleury Medicina
e Saúde; TALITA YAMATTO, coordenadora de nutrição do Hiléa; TERESINHA LUNARDELLI,
nutricionista do Age - Vida Ativa na Maturidade; WALTER MORAES, neurologista do Instituto
do Sono da Unifesp; WILSON JACOB FILHO, diretor do Serviço de Geriatria do Hospital das
Clínicas da USP

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq1707200815.htm

--------------------------------

Anda mungkin juga menyukai