Remuneração

Remuneração – é o conjunto de prestações recebidas habitualmente pelo empregado

pela prestação de serviços, seja em dinheiro ou em utilidades, provenientes do
empregador ou de terceiros, mas decorrentes do contrato de trablaho, de modo a
satisfazer suas necessidades básicas e de sua família.

Artigo 457, CLT – a remuneração é igual ao salário + gorjetas.

“Parágrafo 1º, artigo 457 – Integram o salário não só a importância fixa estipulada,
como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens
e abonos pagos pelo empregador”

O salário corresponde ao valor econômico pago diretamente pelo empregador ao

empregado em função da prestação de serviços do último, destinando-se a satisfazer
suas necessidades pessoais e familiares.

Existem várias espécies de salário:

1- salário por tempo – é aquele pago em função do tempo no qual o trabalho foi
prestado ou o empregado permaneceu à disposição do empregador, ou seja, a hora, o
dia, a semana, a quinzena e o mês, excepcionalmente um tempo maior.

2 – salário por produção – é aquele calculado com base no número de unidades

produzidas pelo empregado. Cada unidade é retribuída com um valor fixado pelo
empregador antecipadamente. Esse valor é denominado tarifa.
O pagamento semanal, quinzenal ou mensal é calculado tendo por base o total das
unidades produzidas.

3- Salário por tarefa – calculado com base na produção do empregado, mas pela
economia de tempo há uma vantagem. O empregado ganha um acréscimo no preço da
tarefa ou é dispensado, quando cumpre as tarefas do dia, do restante da jornada.

Meios de pagamento do salário – O salário pode ser pago da seguinte forma:

1 – em dinheiro. Essa é a forma normal. A CLT exige o pagamento em moeda corrente

do país e considera não efetuado o pagamento em moeda estrangeira. A moeda
estrangeira pode servir de base de cálculo para conversão no ato do pagamento em
moeda nacional.

2 – Em cheque ou depósito bancário – A lei permite o depósito em conta bancária aberta

em nome de cada empregado, em estabelecimento de crédito próximo ao local de
trabalho. Nesse caso, o empregador é obrigado a assegurar ao empregado horário que
permita o desconto imediato do cheque.
A jurisprudência veda o pagamento em notas promissórias.

3 – Pagamento em utilidades –
Artigo 458. Além do pagamento em dinheiro, compreendem-se no salário, para todos
efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a
empresa, por força do contrato ou do costume fornecer ao empregado. Em caso algum
será permitido pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.

Isso significa que o valor pago a título de alimentação, habitação e vestuário serão
computados para efeitos de cálculo de aviso prévio, 13º salário, férias e recolhimentos
de FGTS. Os valores pagos em utilidades não poderão exceder 30%. No entanto, a lei
não considera como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador:

1 – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados

no local de trabalho, para prestação do serviço;
2- educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os
valores relativos a matricula, mensalidades, anuidade, livros e material didático;
3- transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido
ou não por transporte público.
4- assistência médica, hospitalar e odontológica, prestda diretamente ou mediante
seguro-saúde.
5 – seguros de vida e acidentes pessoais;
6 – plano de previdência privada

A habitação e alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a

que se destinam e não poderão exceder respectivamente a 25% e 20% do salário
contratual.

Admissão do empregado – A CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência

Social – presta-se a prova do contrato de trabalho. Tanto nas relações de
trabalho em que há contrato escrito, como naquelas em que o contrato é verbal
é necessário o registro.

Nenhum empregado pode ser admitido sem apresentar a carteira e o

empregador tem o prazo legal de 48 horas para apresentar a carteira de
trabalho, devolvendo-a, em seguida, ao empregado.
A ausência do registro enseja punição administrativa.

Capacidade - A idade mínima para contrato de trabalho é de 16 anos, com

autorização para alguns atos. Para aprendiz – 14 a 16 anos.

Suspensão e Interrupção do contrato de trabalho

Supensão – é a paralisação temporária dos seus principais efeitos.temporária

dos seus principais efeitos.
Exs:
Auxilio doença, após o 16º dia
Acidente do trabalho, spós o 16º dia
Serviço militar, que desobriga o empregador do pagamento dos salários

Interrupção – é a paralisação durante a qual a empresa paga salários e conta o

tempo de serviço do empregado.
Exs: férias, doença, durante os 15 primeiros dias, licença da gestante, faltas
justificadas.

Transferência do Empregado

A CLT considera que transferência consiste no ato pelo qual o empregado

passa a trabalhar em outra localidade, diferente da que resultar do contrato,
desde que importar em mudança do domicilio.

A regra é não mudar o empregado. A lei disciplina situações em que pode

haver a transferência.

A transferência pode ocorrer, desde que feita com anuência do empregado.

(artigo 469, CLT)
Sem anuência do empregado, somente é licita a transferência nos seguintes
casos:

1 – necessidade de serviço, mediante pagamento de adicional de transferência

de 25%;
2- ocorrendo extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado.

Observações:
- empregados intransferíveis: cargo de administração sindical ou de
representação profissional.
- sustação da transferência
- transferência para outro país – qual é a lei aplicada? A lei aplicada é a lei mais
benéfica ao trabalhador.