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Fórmula geral: CnH2n;

Os alcenos são hidrocarbonetos que possuem, pelo menos, uma ligação dupla
carbono-carbono. O alceno mais simples é o etileno (eteno) cuja fórmula molecular é
C2H4. A dupla ligação é representada, de acordo com a estrutura de Lewis, mediante
dois pares de electrões entre os átomos de carbono (C::C).
O comprimento da ligação C=C no etileno é de 1,33 Å, muito mais curto que a ligação
simples C-C do etano que é de 1,54 Å. O comprimento da ligação C-H no etileno é de
1,08 Å, ligeiramente menor que a ligação C-H no etano que é de 1,09 Å. Os ângulos das
ligações C-C-H e H-C-H são de 121,7º e 116,6º, respectivamente.

• As distâncias e os ângulos das ligações podem ser explicados, pelo facto dos dois
átomos de carbono que formam a ligação dupla apresentam uma hibridação do tipo sp2.
• A dupla ligação é composta por uma ligação σ e por uma ligação π. A ligação σ forma-
se por sobreposição das orbitais sp2 de cada átomo de carbono. Cada uma das ligações
C-H forma-se por sobreposição de uma orbital sp2 do carbono e uma orbital s do
hidrogénio.
A ligação π
• Para que as duas orbitais p se sobreponham eficazmente, devem as mesmas estar
orientadas paralelamente entre si e perpendicularmente à ligação σ. Para que isto
ocorra, a estrutura da ligação σ tem que ser coplanar e os seis núcleos atómicos
implicados na dupla ligação têm que estar sobre o mesmo plano. Se isto ocorrer, as
duas orbitais paralelas p estão suficientemente dispostas para que se sobreponham
lateralmente, podendo ocorrer duas situações distintas:
• Forma-se uma orbital molecular ligante π;
• Forma-se uma orbital molecular antiligante π∗.
• No caso dos alcenos, os dois electrões que formam a ligação π entre os átomos de
carbono, constituem uma orbital molecular ligante π.
• A sobreposição das orbitais p é menos eficaz que a sobreposição frontal pela qual se
ligam as orbitais σ. Por conseguinte, uma ligação π é mais débil que uma ligação σ.
• O comprimento da ligação C-H é menor no etileno que no etano por duas razões: a
ligação σ do etileno é formada por sobreposição de duas orbitais sp2 do carbono (33,3%
de carácter s), enquanto que no etano, a ligação σ é formada por sobreposição de duas
orbitais sp3 (25% de carácter s); e, a sobreposição das orbitais p que formam a ligação
π, aproxima os dois átomos de carbono.
Energia de Ligação
• As energias de ligação das ligações σ C-C e C-H são 83 kcal e 101 kcal,
respectivamente, e a energia de ligação da ligação π é de 58 kcal, conferindo uma
energia total de 140 kcal/mol.

Isomeria
Os alcenos apresentam isomeria do tipo:
planar: de esqueleto de cadeia e de esqueleto de núcleo e de posição.
espacial: geométrica e óptica.

Nomenclatura
• Determina-se o nome básico, seleccionando a cadeia mais longa que contém a dupla
ligação e mudando o nome final do alcano, de idêntico tamanho, de “ano”
ano para eno.
eno
• Determina-se a cadeia de modo a incluir ambos os carbonos da dupla ligação,
começando a numeração a partir da extremidade da cadeia que lhe fica mais próxima.
• Indica-se a localização da dupla ligação, usando o número do primeiro átomo de
Carbono que nela participa.

1 2 3 4 1 2 3 4 5 6
H2C CH CH2 CH3 H3C CH CH CH2 CH2 CH3
1-Buteno 2-Hexeno
Indica-se a localização dos grupos substituintes pelo número do átomo de Carbono
ao qual estão ligados.

CH3 3 CH3 CH3


1 2 4 1 2 3 4 5 6
H3C C CH CH3 H 3C C CH CH2 CH CH3
2-Metil-2-buteno 2,5-Dimetil -2-hexeno

CH3
1 2 3 4 5 6
H3C CH CH CH2 C CH3
CH3
5,5-Dimetil -2-hexeno
Fórmula
Fórmula estrutural Nome IUPAC Nome vulgar
molecular
H H
C2H4 C C Eteno Etileno
H H
H H
C3H6 Propeno Propileno
H3C C C H
H H
C4H8 1-Buteno α-Butileno
H3C CH2 C C H
H H
C4H8 2-Buteno β-Butileno
H3 C C C CH3
CH3
C4H8 H3C C C H 2-Metilpropeno Isobutileno
H
Por vezes, os alcenos são designados como derivados do etileno, referindo-se os
grupos ou átomos (além do Hidrogénio) ligados aos carbonos da dupla ligação.

H3C H F F
C C C C
H3C CH3 F F
Trimetiletileno Tetrafluoretileno
Métodos de obtenção
Os alcenos são raros no estado natural. A ligação etilénica, no entanto, existe no
reino vegetal, especialmente no grupo dos terpenos, como o pineno, principal
constituinte da essência de terebentina da resina do pinheiro e o limoneno, que se
encontra na essência do limão.
CH3 CH3

H3C

CH3
H3C C CH3

Pineno Limoneno
Métodos de obtenção
Os petróleos não contêm alcenos.
Os alcenos podem preparar-se, quer a partir de compostos saturados, por reacções
de eliminação, quer a partir de compostos menos saturados, por uma reacção de
adição.

eliminação eliminação
C C C C C C
adição adição

1) Por reacções de eliminação:

A desidratação de um álcool conduz a um alceno por eliminação do grupo funcional


OH e de um átomo de hidrogénio de um carbono contíguo.
CH3-CH2OH → H2C=CH2 + H2O
Esta desidratação pode efectuar-se:
• em fase de vapor, aproximadamente 350º, em contacto com alumina;
• em fase líquida, por aquecimento em presença de diversos ácidos (sulfúrico,
fosfórico, oxálico, etc.)
• A eliminação de uma molécula de hidrácido HX, a partir de um derivado mono-
halogenado, dá também um alceno.
H3C-CH2-CH2Br → H3C-CH=CH2 + HBr
• Esta eliminação produz-se em presença de reagentes básicos, como os iões OH-
(NaOH, KOH), NH2- (NaNH2) ou ainda H3CCH2O- (H3CCH2ONa).
A eliminação de dois átomos de halogéneo ligados a dois carbonos contíguos, sob a
acção de um metal, como o Zinco.

XC CX C C

Exemplo: CH3-CHCl-CHCl-CH3 + Zn → CH3-CH=CH-CH3 + ZnCl2

2) Por reacções de adição:

C C C C

A adição de uma molécula de hidrogénio a uma tripla ligação de um alcino, produz


um alceno. A dificuldade desta preparação, consiste em evitar a adição de uma segunda
molécula de hidrogénio, que transformaria o alceno num alcano.

CH3-C≡CH + H2 → CH3-CH=CH2

2) Obtenção Industrial

• Os alcenos, especialmente, os primeiros termos de C2, C3 e C4, são matérias-primas


industriais de enorme importância, na base de um grande número de produtos
fabricados (polímeros e matérias plásticas, têxteis sintéticos, solventes, insecticidas,
corantes, detergentes, etc.). Obtêm-se pelo craking dos alcanos de origem petrolífera.
Propriedades Físicas
• Os alcenos que não comportam mais de quatro átomos de carbono são gasosos à
temperatura ambiente; os seguintes são líquidos.
• São insolúveis na água e solúveis em solventes apolares;
• São menos densos que a água;
• Os pontos de ebulição escalonam-se segundo o número de carbonos na cadeia e
dependem da maior ou menor ramificação que nela exista. Também o número de
ramificações existentes num alceno podem conferir-lhe estabilidade: quanto maior o
número de grupos alquilo ligados aos carbonos da dupla ligação, mais estável será o
alceno.
• Os alcanos são completamente apolares. Certos alcenos, ao contrário, podem ser
fracamente polares, como o propeno. A ligação que une o grupo alquilo ao carbono da
dupla ligação tem uma pequena polaridade, cuja orientação é do grupo alquilo para o
carbono da dupla ligação. Por efeito indutivo positivo, o grupo alquilo pode ceder
electrões para o carbono parcialmente polarizado da dupla ligação. Visto não existir
outro grupo capaz de gerar um efeito indutivo equivalente em sentido oposto, cria-se na
molécula, um certo momento dipolar.
• Os isómeros trans geralmente apresenta um momento dipolar igual a zero. Os
isómeros cis revelam um pequeno valor para o momento dipolar. Isto acontece, porque
os isómeros trans possuem grupos iguais em posições opostas, gerando portanto,
efeitos indutivos equivalentes que se anulam, o que não ocorre com os isómeros cis.
• O grupo insaturado C=C possui uma absorção característica no ultravioleta longínquo
(nas proximidades dos 1850 Å) e no infravermelho (1620-1680 cm-1).
Reactividade
• Ao contrário do que acontece com os alcanos, os alcenos possuem um verdadeiro
grupo funcional; a ligação dupla é muito mais reactiva do que as cadeias saturadas dos
alcanos, situando-se, consequentemente, a maior parte das reacções no seu nível.
• O carácter principal da ligação dupla e o de não saturação (ou de insaturação), ao qual
corresponde a possibilidade de reacções de adição, facilitadas pela fraca energia da
ligação π (60 kcal/mol).
• Por outro lado, a forte densidade electrónica localizada ao nível de uma ligação dupla,
assim como a “disponibilidade” e a acessibilidade dos electrões π, tem como
consequência que os ataques serão essencialmente causados pelos reagentes
electrófilos (H+, CI+, R+, etc.).
• Finalmente, devido à sua própria reactividade, a ligação dupla constitui um ponto
vulnerável da cadeia carbonada, de que certas reacções levam à ruptura entre os dois
carbonos com ligação dupla.
• Resumindo, os electrões p são menos fortemente atraídos pelos núcleos e, portanto,
mais disponíveis, particularmente, para um ataque de um reagente deficiente em
electrões. Portanto, as reacções de adição electrofílica são típicas dos alcenos.

Propriedades Químicas
De modo sucinto, os alcenos são susceptíveis de sofrer reacções de: Combustão,
Oxidação, Isomerização, Adição e Polimerização.
Veja-se, em seguida, estas propriedades de um modo mais aprofundado.
• Os alcenos sofrem reacções
de combustão, quer podem ser
completas ou incompletas.
Estas reacções libertam, para
além de CO2, CO, C e H2O, calor.
Diversos modos de
oxidação são possíveis
para os alcenos e
conduzem a resultados
muito diferentes,
ilustrando, por vezes, a
influência determinante
das condições
experimentais com certa
reacção.
A ozonólise consiste no
processo de destruição da
função alceno, por
intermédio do ozono.
• A isomerização pode ser
de dois tipos: passagem
de cadeia linear a
ramificada ou mudança da
posição da dupla ligação.
• A saturação da ligação dupla pelo
hidrogénio, conduz ao alcano
correspondente. Esta reacção só se
produz em presença de um
catalisador, possível por vezes à
pressão atmosférica, poderá
necessitar do emprego de pressões
de hidrogénio elevadas e de uma
elevação de temperatura. Os
catalisadores de hidrogenação são
metais (Níquel, Platina) finamente
divididos; na realidade, intervêm por
uma acção de superfície,
efectuando-se a reacção entre
moléculas fixadas (“adsorvidas”) à
superfície do metal. Nesse estado
de adsorção, as ligações H-H e π,
que tenham de sofrer ruptura para
que se realize a reacção, encontram-
se extraordinariamente
enfraquecidas, de modo que a
energia de activação da reacção é
muito menor, e esta torna-se muito
mais rápida.
• Cl2, Br2, I2 fixam-se às
ligações duplas, dando
um derivado di-
halogenado, em que os
dois halogéneos estão
ligados a dois carbonos
vizinhos.
• O Cloro e o Bromo
adicionam-se por si só,
e muito facilmente; mas
o Iodo apenas se pode
adicionar
indirectamente, em
presença de
catalisadores.
• A adição dos dois
átomos de halogéneo,
não é simultânea, mas
sucessiva, fixando-se os
dois átomos de um lado
e de outro da molécula
(Adição em trans).
HCl, HBr e HI fixam-se
directamente às ligações
duplas, obtendo-se um
derivado mono-
halogenado saturado.
Trata-se de uma
adição “não-simétrica”
(Regra de Markovnikov).
A adição de água sobre um
alceno, conduz a um álcool.
A fixação directa da água,
porém, possível, visto que esta
não é um átomo suficientemente
forte para “protonar” a ligação
dupla; a reacção só se produz na
presença de um ácido forte
(H2SO4), que desempenha papel
catalítico.
1.ª etapa: fixação de um protão
do ácido sulfúrico e formação de
um carbocatião.
2.ª etapa: intervenção da água,
não já como ácido, mas como
reagente nucleófilo que dispõe de
dubletos, e que pode reagir com o
carbocatião.
3.ª etapa: eliminação de um
protão, facilitada pela criação de
uma deficiência electrónica no
Oxigénio.
As adições que normalmente
que normalmente se fazem de
acordo com a regra de
Markovnikov, deixam de a
seguir se a reacção se efectuar
na presença de um composto
susceptível de produzir
radicais com facilidade
(peróxidos com a forma de R-
CO-O-O-CO-R); isso constitui o
que se designa por “efeito
Karasch” ou “efeito peróxido”.
A explicação reside no facto
de que neste caso, a reacção
deixa de ser um mecanismo
heterolítico para se tornar
homolítico e em cadeia: a)
produção dos radicais
iniciadores; b) início da
reacção; c) propagação da
reacção em cadeia.
• A polimerização é
uma reacção em que
as moléculas de um
composto se soldam
umas às outras, por
vezes, em grande
número, sem nenhuma
eliminação, para dar
origem a uma
substância (polímero)
cujo peso molecular é
um múltiplo inteiro do
do composto inicial
(monómero).
• O etileno, assim
como diversos
compostos da forma
R-CH=CH2, podem
polimerizar-se,
originando cadeias
saturadas muito
compridas.
• O polímero
(polietileno) pode ter
um peso molecular da
ordem de 25000.
• Os polímeros relativamente leves
(peso molecular da ordem de poucos
milhares) são líquidos, mais ou menos,
viscosos utilizados como lubrificantes;
os mais pesados são sólidos
susceptíveis de amolecerem com o
calor, permitindo o fabrico de objectos
por moldagem (termoplásticos).
Formados por ligações saturadas, são
quimicamente muito inertes.
• Estes diversos polímeros compõem
as numerosas matérias plásticas que
actualmente se utilizam; podem
também constituir fibras têxteis
sintéticas (poliacrilonitrilo).
• Exceptuando o emprego de
catalisadores especiais, estas
polimerizações efectuam-se segundo
um mecanismo simples de tipo
radicalar ou iónico.
• A polimerização do isobuteno, para
dar um “elastómero”, isto é, um
produto semelhante à borracha,
constitui um exemplo de um
mecanismo diferente: a polimerização
catiónica em meio ácido.

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