Anda di halaman 1dari 2

A Maçonaria mista e feminina

É fato corriqueiro que as origens da Maçonaria se perdem no tempo. Nomes


antiqüíssimos como Caldéia, Egito, Pérsia, Índia ligam-se àqueles ditos “maçons” -
e, conseqüentemente, outros, como França, Inglaterra, Escócia, tantos mais.

Onde a palavra liberdade, também nos deparamos com a Maçonaria: assim a


Bastilha, a Independência das colônias americanas, o nascimento das repúblicas
latinas do nosso continente.

Por ser uma sociedade secreta, as falsas idéias, sobre o que é e como age,
proliferam. É comum pensarem - talvez, hoje, pela prosperidade do “Grande
Oriente” e das “Grandes Lojas” - seja restrita ao ingresso de homens. Isso não
corresponde à realidade e nem seria lógico, num mundo onde a igualdade dos
sexos se estabelece de forma inquestionável.

No Brasil, mesmo, ainda as mulheres brigando por esses Direitos, em todas as


áreas do viver humano, existem lojas maçônicas só de mulheres. Assim como - e
aos nossos olhos, bem mais consoantes aos princípios maçônicos de igualdade e
fraternidade - funcionam muito mais de sessenta lojas mistas.

Entre aquelas, citamos a Augusta e Respeitável Loja Maçônica Feminina


Independente Igualdade, em São Paulo. Foi fundada por Maria Itália Magalhães
Tubeto, em 1988. Ali, algumas dezenas de mulheres realizam rituais idênticos aos
das lojas masculinas, embora haja uma ênfase especial ao feminino: numa alusão
aos rituais medievais, praticam um culto da fertilidade.

O grande número de lojas mistas, no Brasil, pertence à Ordem Maçônica Mista


Internacional Le Droit Humain, que afirma a igualdade essencial dos seres
humanos - Homem e Mulher. E pretende que eles cheguem a gozar igualmente
“em todo o orbe, da justiça social, em uma Humanidade organizada em sociedades
livres e fraternais”.

Se examinarmos com cuidado a História, torna-se fácil compreender as sérias


responsabilidades da Instituição Maçônica e o seu silencioso - na maior parte das
vezes - trabalho, em prol do verdadeiro progresso do elemento humano.

Maçonaria não é religião. Não professa dogma algum. Respeita, sim, todas as
religiões. Objetivamente, é o agrupamento de todas as correntes filosóficas e
iniciáticas do passado. É a Ciência da Evolução, como também é Tradição - liberal
e progressiva: os maçons devem ser “as sentinelas avançadas das idades futuras”.
Outra palavra que a caracteriza: Fraternidade. Sentimento mantenedor da
irmandade, a serviço de todos os homens. Sem o seu cultivo, a árvore maçônica
não produzirá frutos substanciais - é uma das primeiras lições. Não só para a
Ordem Internacional Mista Le Droit Humain, mas abrangente a todas as outras, o
princípio da Fraternidade é nato no coração, “a base da filantropia verdadeira que
dá sem buscar recompensa”. O sentimento da Fraternidade é um dever maçônico.

E o objetivo da Maçonaria, qual será? - Nada mais, nada menos que o


despertar do poder latente em cada ser, e “converter o homem em Deus
consciente de sua Divindade sem limitações e dúvidas”.

Consideramos que a maior honra para um ser humano é ser maçom. E


reafirmamos: é, igualmente, sua maior responsabilidade.

Daí porque José Coelho da Silva, antigo Grão-Mestre do Grande Oriente do


Estado do Rio de Janeiro, dizia: “É tão mais difícil expulsar um delinqüente da
Maçonaria do que impedir o seu ingresso”. Nunca será demais, portanto, o alerta
para o perigo de se permitir o ingresso, na Maçonaria, de pessoas desqualificadas
ou inadequadas. Deve-se buscar uma sindicância cada vez mais rigorosa na
seleção de candidatos. Sempre será preferível a “qualidade” e não a “quantidade”.

Meu pai, Amâncio Dantas, um verdadeiro obreiro, por mais de cinqüenta anos
servindo ao Grande Oriente do Brasil e, hoje, no Oriente Eterno, ensinava-me que
muitos entram para a Instituição mas nunca foram maçons. Que não o são.
Inversamente, outros, jamais atravessaram seus Portais: no entanto, vieram ao
mundo com o Espírito Maçônico.

Maçom é o que cumpre o seu ideal, não obstante os maus irmãos. Trabalha e
tem absoluta confiança no poder da Bondade e da Justiça. Este reconhece o tão
propalado “Segredo” - tão raro até para os maçons de graus mais elevados. Pois
este prodigioso “Segredo” não se comunica: “sente-se e descobre-se”.
.

Edna Duarte Dantas é advogada, escritora, cantora, artista plástica, teosofista, rosa-cruz e maçona
ligada à Ordem Maçônica Mista Internacional Le Droit Humain.

© Copyright da revista ISIS, março de 1996 - by Sandro Fortunato

Anda mungkin juga menyukai