2
_
=
_
0
0
_
,
ou seja, quando
_
1
2
_
uma soluo no trivial do sistema homogneo
_
a ` /
c d `
_ _
r
j
_
=
_
0
0
_
.
Neste caso, det(`1) =
a ` /
c d `
2
e j =
a + c
p
2
.
Se ` = j, ou seja, = 0, ento a = c e / = 0, e portanto o = a1. Neste caso,
qualquer elemento no nulo de R
2
um autovetor de o, e portanto, qualquer
base ortonormal de R
2
feita de autovetores de o.
Vejamos agora o caso em que ` 6= j. Sejam = (
1
,
2
) e n = (n
1
, n
2
)
autovetores de o associados a ` e j, respectivamente. Como
v
kvk
e
w
kwk
tambm
so autovetores de o, podemos supor que e n so unitrios. Alm disso,
e n so ortogonais. De fato, o produto escalar pode ser expresso da seguinte
maneira
n =
1
n
1
+
2
n
2
=
_
1
2
_
n
1
n
2
_
=
_
1
2
_
t
_
n
1
n
2
_
.
Assim,
(o) n =
__
a /
/ c
_
_
1
2
__
t
_
n
1
n
2
_
=
_
_
1
2
_
t
_
a /
/ c
_
t
_
_
n
1
n
2
_
=
_
1
2
_
t
__
a /
/ c
_
_
n
1
n
2
__
= (on) .
Logo, `( n) = (`) n = (o) n = (on) = (jn) = j( n), e como
` 6= j, temos que n = 0.
1.4 Matrizes ortogonais.
Dizemos que uma matriz 1 ortogonal se 1
t
1 = 1, ou seja, se 1
t
= 1
1
.
Sejam = (
1
,
2
) e n = (n
1
, n
2
), e consideremos a matriz 1 cujas colunas
so feitas pelas coordenadas de e n, 1 =
_
1
n
1
2
n
2
_
. Temos que
1
t
1 =
_
1
2
n
1
n
2
_ _
1
n
1
2
n
2
_
=
_
kk
2
n
n knk
2
_
.
Portanto, 1 ortogonal se e somente se e n formam uma base ortonormal
de R
2
.
2
Outra observao importante a seguinte.
Seja 1 =
_
1
n
1
2
n
2
_
uma matriz ortogonal. Como
2
1
+
2
2
= 1, existe 0 tal
que (
1
,
2
) = (cos 0, sin0) (0 o ngulo entre e
!
i ). fcil ver que (n
1
, n
2
) =
(sin0, cos 0) ou (n
1
, n
2
) = (sin0, cos 0), e portanto 1 pode ser escrita na
forma
_
cos 0 sin0
sin0 cos 0
_
ou
_
cos 0 sin0
sin0 cos 0
_
. O primeiro caso corresponde a
uma rotao de um ngulo 0, e o segundo a uma rotao de 0 seguida de uma
reexo com relao a reta que passa pela origem na direo de .
1.5 Diagonalizao de matrizes simtricas.
Vamos provar agora o seguinte resultado.
Teorema: Seja o =
_
a /
/ c
_
uma matriz simtrica. Ento existem
matrizes 1 e 1 tais que:
1) 1 =
_
1
n
1
2
n
2
_
uma matriz ortogonal.
2) 1 =
_
` 0
0 j
_
uma matriz diagonal.
3) 1
t
o1 = 1.
4) ` e j so os autovalores de o, respectivamente associados aos autovetores
= (
1
,
2
) e n = (n
1
, n
2
).
A demonstrao decorre do que foi discutido anteriormente.
J vimos que toda matriz simtrica possui 2 autovalores ` e j, e que os
autovetores correspondentes = (
1
,
2
) e n = (n
1
, n
2
) formam uma base
ortonormal de R
2
. A matriz 1 =
_
1
n
1
2
n
2
_
ortogonal. Resta ver que
1
t
o1 = 1.
Lembremos primeiramente que
_
a /
/ c
_ _
1
2
_
= `
_
1
2
_
e
_
a /
/ c
_ _
n
1
n
2
_
= j
_
n
1
n
2
_
,
e portanto
_
a
1
+ /
2
/
1
+ c
2
_
=
_
`
1
`
2
_
e
_
an
1
+ /n
2
/n
1
+ cn
2
_
=
_
jn
1
jn
2
_
.
Temos ento que
3
1
t
o1 =
_
1
2
n
1
n
2
_ _
a /
/ c
_ _
1
n
1
2
n
2
_
=
_
1
2
n
1
n
2
_ _
a
1
+ /
2
an
1
+ /n
2
/
1
+ c
2
/n
1
+ cn
2
_
=
_
1
2
n
1
n
2
_ _
`
1
jn
1
`
2
jn
2
_
=
_
`(
2
1
+
2
2
) j(
1
n
1
+
2
n
2
)
`(
1
n
1
+
2
n
2
) j(n
2
1
+ n
2
2
)
_
=
_
` 0
0 j
_
= 1.
1.6 Problema
Seja C o conjunto dos pontos do plano que satisfazem a equao
ar
2
+ 2/rj + cj
2
+ dr + cj + ) = 0,
e consideremos a matriz o =
_
a /
/ c
_
.
Sejam ` e j os autovalores de o.
a) Mostre que `j = ac /
2
b) Se `j 0, ento C uma elipse, um ponto ou o conjunto vazio.
c) Se `j < 0, ento C uma hiprbole ou um par de retas concorrentes.
d) Se `j = 0, temos duas possibilidades:
i) Se ` 6= 0 ou j 6= 0, ento C uma parbola, um par de retas paralelas,
uma reta ou o conjunto vazio.
ii) Se ` = j = 0, ento C uma reta.
4