trabalhadores das indstrias que fabricam esses produtos ou dos agricultores que os aplicam) e indireta (e.g. atravs dos seus resduos nos produtos agrcolas e na gua potvel ou da exposio de pessoas ou animais durante a sua pulverizao). O solo e a gua podem ser poludos pela pulverizao, pela disperso dos pesticidas no solo, pelo escorrimento durante ou aps a limpeza do equipamento ou pela eliminao no controlada. Alm do perigo que representa entrar em contato direto com tais substncias, existe outro problema importante: a contaminao do meio ambiente. Trata-se de substncias persistentes que permanecem durante muito tempo em solos, guas, organismos vegetais e animais e que tambm podem ser consumidos por essa via. Diversos pesticidas como DDT, PCBs, dioxinas entre outros podem favorecer o aparecimento de cncer e ms-formaes congnitas. Eles tm a capacidade de se acumular nos tecidos gordurosos dos organismos vivos e se tornam mais concentrados nos nveis mais altos da cadeia alimentar. As doses mximas permitidas de pesticidas em cada alimento so definidas isoladamente. A falta de informaes suficientes do seu poder cumulativo, do efeito combinado, e da mutabilidade e possibilidades de interao desses contaminantes, impedem de estabelecer inter-relaes precisas entre as conseqncias do consumo em longo prazo e as disfunes orgnicas. No Brasil, a legislao atual probe o uso do DDT na agricultura, mas permite que seja aplicado no tratamento de madeira e combate malria. Porm, essa madeira, quando processada, gera o pde-serra que utilizado como cama de frango na avicultura. E este depois vira adubo ou alimento de gado, que chega mesa do consumidor como alimento.