Outros

usurios

extraam dali

uma funo existencial, de subjetivao

reencantamento. A teoria ser parte de uma narrativa individual. Dentro dessa narrativa, que ajudar na formao da identidade desse estudante, a teoria serve para a extrao de usos e prticas que domesticam o mundo. Cusset, agora, apropria-se de Paul Ricoeur para falar de uma referncia de segunda ordem (ou referncia desdobrada): ler os signos, compreender a teoria, tambm participar de uma dimenso ontolgica o texto nos transforma. o que ocorre com a suspenso da referncia ordinria, de primeira ordem, atravs do mundo-do-texto. Ao voltarmos para o mundo-da-vida j somos outros, habitamos mundos atravs desses textos, coisas ntimas foram reveladas. Mas no so apenas estudantes distrados e ansiosos que experimentam pela primeira vez assim como os artistas nova-iorquinos descontroem a palavra simulao, para politizar o que em Baudrillard apoltico, o cinema tenta incluir a teoria como estofo terico implcito em seus filmes de ao, como Matrix e Minority Report. ... se atinge aqui um regime de disperso, de fragmentao, de circulao superficial e aleatria de simples traos de teoria francesa; h uma grande distncia da instituio universitria, que normalmente regula seu uso e sua linguagem, agora nas engrenagens dessa mquina porosa e indefinidamente malevel que a indstria cultural americana. [pg. 234] A diferena entre as teorias originais dos autores franceses e a leitura americana um esforo de compreenso que busca diminuir a distncia entre a autonomia de uma obra e a sua utilidade. Assim, para se utilizar do conceito de descontruo se ignora a mincia de Derrida. O que era para ele uma pequena pista do ausente torna-se, na dialtica grosseira de seus usurios, uma tcnica de transformar o texto descontrudo no oposto do que foi lido. Como observa Cusset sobre esse modo de gesto do texto, um forte contraste bem mais operante (Pg.251).

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