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REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228

Volume 6- Número 1 - 1º Semestre 2006

Resposta de Arachis pintoi cv. Amarillo à níveis de fósforo


Newton de Lucena Costa(1), Valdinei Tadeu Paulino(2), Claudio Ramalho Townsend(3) e João Avelar Magalhães(4)

RESUMO

O efeito de níveis de fósforo (0, 30, 60, 90 e 120 mg dm3 de P) sobre o rendimento de matéria seca
(MS) e composição química de Arachis pintoi cv. Amarillo, foi avaliado sob condições de casa-de-
vegetação. A adubação fosfatada incrementou significativamente os rendimentos de MS e teores de
cálcio e potássio, contudo não afetou os teores de fósforo e magnésio. O máximo rendimento de MS
foi obtido com a aplicação de 114,5 mg /dm3 de P, enquanto que o maior teor de cálcio foi obtido
com a aplicação de 56, 6 mg P/dm3. O nível crítico interno de fósforo relacionado a 90% da
produção máxima de MS foi estimado em 0,186%. A eficiência de utilização de fósforo foi
inversamente proporcional às doses aplicadas.

Palavras-chave: Cálcio, fósforo, magnésio, matéria seca, nitrogênio, potássio

ABSTRACT

The effect of phosphorus levels (0, 30 60, 90 and 120 mg /dm3 of P) on dry matter (DM) yield and
chemical composition of Arachis pintoi cv. Amarillo, was evaluated under greenhouse conditions. P
fertilization significantly increased DM yields and calcium and potassium contents, however, did
not affect phosphorus and magnesium contents. Maximum DM yield and calcium contents were
obtained with the application of 114,5 and 56,6 mg /dm3 of P, respectively. Internal phosphorus
requeriment for 90% maximum DM yield was estimated at 0,186%. The phosphorus efficiency
utilization decreased with increased phosphorus levels

Key words: Calcium, dry matter, magnesium, nitrogen, phosphorus, potassium

1- INTRODUÇÃO formação e manejo de pastagens cultivadas. Em


ensaios exploratórios de fertilidade do solo
Em Rondônia, a maioria dos solos apresentam realizados no Estado, constatou-se que o fósforo
baixa fertilidade natural, caracterizados por foi o nutriente mais limitante ao crescimento de
elevada acidez, baixa capacidade de troca diversas leguminosas forrageiras tropicais,
catiônica e altos teores de alumínio trocável, reduzindo significativamente os rendimentos de
limitando a produtividade e persistência das forragem, a nodulação e, conseqüentemente, os
pastagens cultivadas, o que implica num fraco teores e quantidades acumuladas de nitrogênio
desempenho zootécnico dos rebanhos. (Costa et al. 1989b). No entanto, considerando-
se o alto custo unitário dos fertilizantes
O conhecimento dos fatores nutricionais fosfatados, torna-se necessário assegurar sua
limitantes ao crescimento de leguminosas máxima eficiência, através da determinação das
forrageiras é de grande importância para a

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doses mais adequadas para o estabelecimento e Durante o período experimental foram
manutenção das pastagens. realizados três cortes, a intervalos de 45 dias e a
10 cm acima do solo. Os parâmetros avaliados
Neste trabalho avaliaram-se os efeitos da foram rendimento de matéria seca (MS), teores
fertilização fosfatada sobre a produção de de nitrogênio, fósforo, cálcio, potássio e
forragem e composição química de Arachis magnésio. Foram ajustadas as equações de
pintoi cv. Amarillo. regressão para rendimento de MS (variável
dependente) e teor de fósforo (variável
independente) (equação 1) e para teor de
2- MATERIAL E MÉTODOS fósforo como variável dependente dos níveis de
fósforo aplicados (equação 2). Através da
O ensaio foi conduzido em casa-de-vegetação, equação 1 calculou-se a dose de fósforo
utilizando-se um Latossolo Amarelo, textura aplicada relativa a 90% do rendimento máximo
argilosa, (Embrapa, 1983), o qual apresentava de MS, sendo este valor substituído na equação
as seguintes características químicas: pH = 5,1; 2 para determinação do nível crítico interno de
Al*** = 1,4 cmole/dm3; Ca** + Mg** = 1,4 fósforo.
cmol/dm3; P = 2 mg/kg e K* = 71 mg/kg. O
solo foi coletado na camada arável (0,0 a 0,20
m), destorroado e passado em peneira com 3- RESULTADOS E DISCUSSÃO
malha de 6 mm e posto para secar ao ar.
A adubação fosfatada afetou significativamente
O delineamento experimental foi em blocos (P<0,05) os rendimentos de MS da leguminosa,
casualizados com quatro repetições. Os sendo os maiores valores obtidos com a
tratamentos consistiram de cinco níveis de aplicação de 120 (11,93 g/vaso) ou 90 mg/dm3
fósforo (0, 30, 60, 90 e 120 mg/dm3 de P), de P (11,41 g/vaso). No entanto, a aplicação de
aplicados sob a forma de superfosfato triplo, 30 mg/dm3 de P já proporcionou um
quando do plantio e uniformemente misturados incremento de 118% em relação à testemunha
com o solo. Cada unidade experimental constou (Tabela 1).
de um vaso com capacidade para 3 dm3 de solo
seco. Dez dias após a emergência das plantas
executou-se o desbaste, deixando-se três
plantas/vaso. O controle hídrico foi realizado
diariamente através da pesagem dos vasos,
mantendo-se o solo em 80% de sua capacidade
de campo.

Tabela 1. Rendimentos de matéria seca (MS), eficiência de utilização de fósforo (EUP), teores de
nitrogênio, fósforo, cálcio, magnésio e potássio de Arachis pintoi cv. Amarillo, em função da
fertilização fosfatada.

Níveis de P MS EUP1 Nitrogênio Fósforo Cálcio Magnésio Potássio


mg/dm3 (g/vaso)
---------------------------------- % -------------------------------
0 3,64 d 6,41 3,50 bc 0,156 a 0,75 b 0,68 a 1,82 b
30 7,94 c 5,84 3,53 ab 0,171 a 0,87 a 0,67 a 1,94 a
60 9,75 b 5,55 3,40 c 0,180 a 0,83 a 0,72 a 1,74 c
90 11,41 a 5,10 3,64 a 0,196 a 0,86 a 0,73 a 1,84 b
120 11,93 a 5,91 3,21 d 0,169 a 0,72 b 0,77 a 1,93 a
- Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si (P > 0,05) pelo teste de Tukey
1 = g MS / mg P

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Os rendimentos de forragem ajustaram-se ao concentração. No entanto, os teores de
modelo quadrático de regressão (y = 3,826 + nitrogênio ajustaram-se a uma curva quadrática,
0,14021 x - 0,0006121 x2 ; R2 = 0,99). A dose sendo o máximo teor obtido com a aplicação de
de máxima eficiência técnica foi estimada em 42, 4 mg/dm3 de P (Tabela 2). Já, os teores de
114,5 mg/dm3 de P, a qual foi inferior às fósforo e magnésio não foram influenciados
relatadas por Paulino e Costa (1996) para (P>0,05) pela adubação fosfatada (Tabela1).
Pueraria phaseoloides (133 mg/dm3 de P), Contudo, considerando-se que não houveram
Desmodium ovalifolium (124 mg/dm3 de P) e diluições com o aumento dos rendimentos de
Centrosema acutifolium (125 mg/dm3 de P). A MS, observa-se um efeito positivo da adubação
eficiência de utilização de fósforo foi fosfatada na manutenção destes nutrientes.
inversamente proporcional ás doses aplicadas
(Tabela 1). Resultados semelhantes foram Os efeitos da adubação fosfatada sobre os
relatados por Costa et al. (1989a) para o guandu teores de fósforo e cálcio foram descritos pelo
(Cajanus cajan) fertilizado com diferentes modelo quadrático de regressão, sendo os
níveis de fósforo. maiores teores obtidos com a aplicação de 66,7
g e 56,6, mg/dm3 de P respectivamente (Tabela
Os teores de nitrogênio e de potássio não 2). Os percentuais registrados neste trabalho
apresentaram uma tendência definida, em são semelhantes aos relatados por Rao e
função dos níveis de fósforo aplicados, a qual Kerridge (1994) e Vasconcelos et al. (1996),
pudesse ser explicada pelo efeito de diluição ou ambos com A. pintoi cv. Amarillo.

Tabela 2. Equações de regressão ajustadas entre as variáveis matéria seca, teores de nitrogênio e
fósforo (y), como variáveis dependentes de doses de fósforo.
Variáveis Equações R2
Matéria seca y = 3,826 + 0,140211 x - 0,0006121 x2 0,99**
Teor de fósforo y = 0,153 + 0,001014 x - 0,0000076 x2 0,87*
2
Teor de nitrogênio y = 3,471 + 0,003766 x - 0,0000444 x 0,83*
Teor de cálcio y = 0,755 + 0,004178 x - 0,0000369 x2 0,83*
* Significativo ao nível de 5% de probabilidade pelo teste F
** Significativo ao nível de 1% de probabilidade pelo teste F

O nível crítico interno de fósforo, A dose de máxima eficiência técnica foi estimada
determinado através da equação que em 114, 5 mg/dm3 de P e o nível crítico interno de
relacionou a dose de fósforo necessária para a fósforo relacionado com 90% do rendimento
obtenção de 90% do rendimento máximo de máximo de MS de 0,186%;
MS, foi estimado em 0,186%. Este valor é
inferior ao relatado por Rao e Kerridge A eficiência de utilização de fósforo foi
(1994) para A. pintoi cv. Amarillo e por inversamente proporcional às doses aplicadas.
Costa et al. (1992) para o guandu, no entanto
foi superior aos estimados por Paulino e
Costa (1996) para P. phaseoloides (0,171%), 5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
C. acutifolium (0,169%) e D. ovalifolium
(0,158%). COSTA, N. de L.; PAULINO, V.T.;
SCHAMMAS, E.A. Produção de forragem,
4- CONCLUSÕES composição mineral e nodulação do guandu
afetadas pela calagem e adubação fosfatada.
A adubação fosfatada incrementou Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.13, n.1,
significativamente os rendimentos de MS e p.51-58, 1989.
teores de cálcio e potássio, contudo não
afetou os teores de fósforo e magnésio; COSTA, N. de L.; PAULINO, V.T.; VEASEY,
E.A. Phosphorus fertilization affects Cajanus

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cajan growth, mineral composition and
nodulation. Nitrogen Fixing Tree Research
Reports, v.11, p.127-128, 1992.

COSTA, N. de L.; GONÇALVES, C.A.;


OLIVEIRA, J.R. da C. Nutrientes limitantes
ao crescimento de Brachiaria humidicola
consorciada com leguminosas em Porto
Velho-RO. Porto Velho, Embrapa-UEPAE
Porto Velho, 1989. 4p. (Embrapa.UEPAE
Porto Velho. Comunicado Técnico, 70).

EMBRAPA. 1983. Serviço Nacional de


Levantamento e Conservação de Solos, Rio
de Janeiro, RJ. Levantamento de
reconhecimento de média intensidade dos
solos e avaliação da aptidão agrícola das
terras do Estado de Rondônia. Rio de Janeiro,
558p.

PAULINO, V.T.; COSTA, N.L. Níveis


críticos internos de fósforo em leguminosas
forrageiras tropicais. In: REUNIÃO
BRASILEIRA DE FERTILIDADE DE
SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS, 22.
1996, Manaus, Anais..., Manaus: EDUA,
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nutrition of forage Arachis. In: KERRIDGE,
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REUNIÃO BRASILEIRA DE
FERTILIDADE DO SOLO E NUTRIÇÃO
DE PLANTAS, 22., 1996, Manaus. Anais...
Manaus: SBCS , 1996. p.278-279.
(1)
Eng. Agr., M.Sc., Embrapa Amapá,
newton@cpafap.embrapa.br
(2)
Eng. Agr., Ph.D., Instituto de
Zootecnia,Nova Odessa, São Paulo
(3)
Zootecnista, M.Sc., Embrapa Rondônia,
cláudio@cpafro.embrapa.br
(4)
Méd. Vet. M.Sc. Embrapa Meio-Norte,
avelar@cpamn.embrapa.br

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