1º Horário
ATOS ADMINISTRATIVOS (continuação)
Classificação dos atos administrativos
Ato Administrativo em espécie
Extinção dos atos administrativos
Teoria das invalidades do ato administrativo
Convalidação
Conversão
2º Horário
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Formas de Prestação da Atividade Administrativa
Formas de Descentralização Administrativa
Administração Pública Direta
1º HORÁRIO
Pelo cumprimento dos seus efeitos ou advento do termo: forma natural da extinção do ato
administrativo. José dos Santos Carvalho Filho classifica como extinção natural.
Perda do sujeito: perda do sujeito destinatário do ato administrativo. José dos Santos
classifica como extinção subjetiva.
Retirado: a própria Administração retira o ato administrativo. Ela pode ter diversos
fundamentos:
Obs.: Cuidado com o art. 35 da Lei 8.987/95 que traz a caducidade como forma de extinção
do contrato de concessão. A caducidade da concessão é porque o contrato cometeu falta.
1
Obs.: Para Hely Lopes a Invalidação admite duas espécies:
- Anulação;
- Revogação.
2
Obs.: Maria Sylvia de Pietro chama essa condição de irrevogabilidade do ato administrativo
de coisa julgada administrativa.
Obs.: Celso Antônio conceitua coisa julgada administrativa apenas decisão de processo
administrativo contencioso.
1ª corrente (Hely Lopes) Teoria Monista: distinção do código civil de ato nulo e ato anulável
não se aplica aos atos administrativos.
2ª corrente (Osvaldo Aranha de Melo) Teoria Dualista: distinção do Código Civil de ato nulo
e ato anulável aplica-se aos atos administrativos. Existem atos administrativos nulos (não
pode ser convalidado) e atos administrativos anuláveis (pode ser convalidado).
3ª corrente (Miguel Seara Fagundes): A distinção do Código Civil não se aplica aos atos
administrativos por que os efeitos são diferentes. Propõe uma distinção entre atos nulos,
anuláveis e irregulares dos atos administrativos.
4ª corrente (Celso Antônio de Melo): o ato administrativo inválido pode ser: inexistente, nulo
e anulável.
Obs.: Para Celso Antônio os atos irregulares são válidos, tem apenas um vício de ordem
material.
Muitos doutrinadores não reconhecem o ato inexistente, pois, quanto aos efeitos, é idêntico
ao ato nulo. O Celso Antonio reconhece o ato inexistente, para ele os efeitos do ato nulo são
diversos do ato inexistente.
- Ato inexistente: é aquele que corresponde a condutas repudiadas pelo direito, condutas
criminosas. São imprescritíveis. Não podem ser convalidados e nem convertido; admite
resistência manu militare (uso da força física).
- Ato nulo: é aquele que não pode ser convalido, é nulo quando a lei diz que é e quando
existir vício na finalidade, no objeto e no motivo. O vício na forma pode ensejar a
nulidade quando a lei disser que a forma é essencial. É prescritível. Não admite
convalidação, mas admite conversão. Não admite resistência de manu militare.
- Ato anulável: é aquele que possui um vício passível de convalidação. É anulável quando
a lei disser e quando o vício estiver na forma ou no sujeito (vide art. 55 da Lei 9.784/99).
É prescritível. Não admite resistência manu militare.
Convalidação
Expressa (art. 55 da Lei 9.784/99): só pode ocorrer convalidação expressa se o vício for
sanável;
Tácita: é aquela que se opera pelo decurso do tempo (art. 54 da Lei 9.784/99), dessa
maneira, pode ocorrer convalidação tácita em qualquer vício.
3
- Efeito: é ex tunc (só vale para convalidação expressa porque para convalidação tácita
está desde o início produzindo efeito).
A Lei 9.784/99 no art. 55 traz a convalidação como faculdade, porém para maior parte da
doutrina a convalidação é um dever, exceto para o ato administrativo discricionário praticado
por sujeito incompetente, na qual a convalidação é facultativa.
Conversão
Conceito
Efeitos: retroativos. José do Santos diz que a conversão é uma espécie de convalidação.
2º HORÁRIO
O estado é uma pessoa jurídica, portanto sujeita a direitos e desempenha atividades para
seu funcionamento.
Descentralização geográfica ou territorial: ocorre quando o estado cria uma pessoa jurídica
de direito público com uma abrangência territorial e capacidade administrativa genérica (vai
fazer tudo que o estado poderia fazer dentro daquele território).
Obs.: A maior parte da doutrina entende que a não descentralização geográfica ou territorial
existe no Brasil. Maria Sylvia de Pietro entende que os territórios do Brasil podem ser
qualificados como descentralização territorial.
Descentralização técnica / por serviços / funcional: ocorre quando o Estado cria uma pessoa
jurídica de direito público ou de direito privado, e a ela transfere a titularidade e a execução
da atividade administrativa.
4
Obs.: Hely Lopes intitula esta forma de descentralização de outorga.
Obs.: José dos Santos nomeia esta descentralização de delegação legal.
Obs.: Neste caso aplica-se o princípio da especialidade, já que a pessoa jurídica criada tem
capacidade administrativa específica.
Obs.: Compreende as pessoas da Administração Pública Indireta.
Descentralização por colaboração: é a que ocorre quando o estado transfere para a pessoa
que já existe apenas a execução de uma atividade administrativa. O Estado mantém a
titularidade e transfere apenas a execução.
União
É pessoa jurídica de direito público dotada de capacidade política. Como pessoa a União é
dotada de personalidade. A União é formada por órgãos.
- Poder Legislativo;
- Poder Judiciário;
- Poder Executivo: órgão máximo do poder executivo federal e da Presidência da
República. Vinculado a este temos órgãos chamados Ministérios. E dentro de cada
ministério tem-se uma estrutura hierarquizada. Aqui temos administração direta em
sentido estrito.
Empresas Públicas podem criar empresas subsidiárias (art. 37, XX, da CF). Estas por sua
vez não integram a administração indireta, mas se sujeitam aos princípios do direito
administrativo.
Entidades que cooperam com estado sem, contudo, integrá-lo. Alguns chamam essas
entidades de para-estatais ou entes de colaboração.
São elas: serviços Sociais autônomos (SENAI, etc); Organizações Sociais; Organização da
Sociedade civil de interesse público; Entidades de Apoio (Fundep).
Eles não integram a administração pública indireta. São pessoas jurídicas de direito privado
sem fins lucrativos que prestam atividade privada de interesse público, são fomentadas pelo
Estado e, por isso se sujeitam a fiscalização.
5
Concessionários, permissionários e autorizatários de serviço público: estas pessoas são
privadas com fins lucrativos que prestam serviço público por delegação do Estado. Não
integram a administração Pública.
Alguns doutrinadores dizem que o aparelho estatal compreende o primeiro setor, a iniciativa
privada (incluindo as concessionárias, permissionárias e autorizatárias) compõem o
segundo setor e as entidades sem fins lucrativos que prestam atividade privada de interesse
público integram o terceiro setor.
Conceito
Em sentido amplo: são todos os órgãos do Estado no âmbito dos três poderes encarregados
de desempenhar a atividade administrativa.
Em sentido estrito: art. 4º, I do Decreto - Lei 200/67. São os órgãos integrantes da estrutura
hierarquizada da Presidência da República e dos Ministérios.