1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
2.1 GERAL
2.2 ESPECÍFICOS
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Materiais
3.2 Métodos
1-Pesquisa bibliográfica;
2- Estudo de caso.
O método usado neste trabalho como referencia foi o VIM (Visitor Impact
Management) de GRAEFE, A.R; KUSS, F.R e VASKE, J.J. (1990). Esse método conta
com as seguintes etapas:
I. Pré-avaliação e revisão de informações: Apresenta a revisão das diretrizes
políticas e da legislação, pesquisas prévias e registros de área e tendo como produto o
resumo da situação existente.
II. Revisão dos objetivos de manejo: É a revisão dos objetivos existentes para
compatibilidade com o marco legal e diretrizes políticas. Essa etapa conta com os
objetivos da experiência da visitação e o manejo do recurso e têm como produto a
declaração clara dos objetivos específicos da área. (ex: manter a vegetação primária).
III. Seleção dos indicadores de impacto: Identificam as variáveis sociais e
ecológicas mensuráveis, selecionando para análise aquelas mais pertinentes para os
objetivos de manejo da área. Têm como produto a lista de indicadores e unidades de
medida (ex: % da perda de vegetação primária).
IV. Seleção dos padrões para os indicadores de impacto: Reafirma os objetivos
de manejo em termos de condições desejáveis para indicadores de impacto
selecionados. Têm como produto declarações quantitativas das condições desejadas
(ex: Não mais do que 30% de perda de vegetação primária).
V. Comparação de padrões e condições existentes: Avalia o campo dos
indicadores de impactos sociais e ecológicos. Têm como produto à determinação da
consistência ou discrepância com os padrões selecionados. Nessa etapa os
indicadores que estiverem dentro dos padrões exigidos apenas terão o
monitoramento, mas os que tiverem fora dos padrões terão que continuar nas
seguintes etapas.
VI. Identificação das causas prováveis dos impactos: Examina os padrões de
uso a outros fatores potenciais que afetam a ocorrência e intensidade dos impactos
inaceitáveis. Têm como produto a descrição dos fatores causais.
VII. Identificação das estratégias de manejo: Examina uma gama completa de
estratégias diretas e indiretas relacionadas com as causas prováveis dos impactos da
visitação. Têm com produto a matriz de estratégias de manejo alternativas.
VIII. Implementação: Oferece meio concreto para que o monitoramento e
manejo dos impactos sejam executados.
Importante salientar que, de acordo com as etapas do método VIM exposta
acima, consideramos desnecessárias algumas etapas para os objetivos desse
trabalho, ficando apenas as etapas III e IV como influência direta ao mesmo.
Todas estas questões levam em conta os elementos biofísicos e sociais que
podem afetar a recreação. A abordagem do VIM é baseada no reconhecimento de que
uma administração efetiva envolve considerações científicas e subjetivas (SHELBY e
HEBERLEIN apud PEREIRA e NELSON, 2004; p. 115).
O método VIM ainda pode ser integrado a outras abordagens de planejamento,
ou usado como uma ferramenta de gerenciamento para um problema de impacto
específico ao local. Também pode ser adaptado para o uso em situações de turismo
de massa e em áreas urbanas (WIGHT apud HALL e LEW, 2000).
4. DISCUSSÃO
4.1.1. Contextualização
É importante citar que a Trilha possui uma distância de 390 metros e que foi
dividida em 13 áreas de observação, sendo cada uma de 30 metros. Nessas áreas
são avaliadas e estudadas peculiaridades da trilha. Sendo assim, cada uma delas
possui uma característica diferente e conseqüentemente seu manejo será diferente. O
que o Método VIM sugere para que o levantamento dos indicadores sejam analisados
é que através dos pontos de observações esses indicadores sejam avaliados durante
cada espaço delimitado na trilha. Isso significa que você tem que se fixar em um ponto
na trilha a cada 50 metros e ficar parado em cada ponto desses analisando-os por um
raio de 25 metros, os números dos indicadores propostos para a planilha.
Essa diferença entre pontos de observação utilizada pelo VIM, e as áreas de
observações utilizadas nesse trabalho, que é o diferencial para essa metodologia
adaptada. No decorrer das áreas de observações propostas no presente estudo,
temos uma melhor análise dos detalhamentos da trilha. Como a trilha pesquisa é muito
sinuosa, com bastantes irregularidades no relevo, se fossemos utilizar o método dos
pontos de observações, deixaríamos de recolher muitos dados importantes.
Certamente essa metodologia está em avaliação, mas num trabalho futuro,
poderemos comparar os estudos feitos com as planilhas de avaliação de impactos
analisadas por pontos de observações e outra por áreas de observações. A partir daí,
poderemos concluir se essa adaptação foi eficaz ou não.
Como foi citado no item acima, o PAI também foi alterado para adaptar as
condições existentes na trilha. Todos os percentuais expostos abaixo, foram sugeridos
pelo autor do trabalho, já que essa é uma metodologia em fase de avaliação e
adaptação.
Abaixo, estão expostos os indicadores e suas respectivas avaliações a respeito
do PAI, de acordo com a planilha de avaliação de impactos biofísicos e sociais
apresentada no anexo 1:
1- Raízes expostas: O PAI é de 50%. Mas o identificado do foi de 55%,
portanto ele está fora do padrão estabelecido em 5%. Admite-se, no entanto, o
máximo de 15 raízes expostas por área. É importante dizer que nem todas as raízes
expostas provocam impactos muito acentuados, inclusive elas podem ser vistas como
um obstáculo natural, dando à trilha um aspecto mais rústico também. Sugere-se que
sejam manejadas primeiramente as áreas 3, 4 e 6, pois apresentam um maior número
de raízes expostas.
2- Árvores com troncos ou galhos quebrados: O PAI é de 30%. Mas o
identificado foi de 75%, portanto 45% fora do padrão. Admite-se, no entanto, o máximo
de 2 galhos ou troncos quebrados por área. Esses troncos e galhos avaliados foram
tanto por efeitos naturais como pela intervenção humana. As áreas que merecem
destaque são as de número 3, 6 e 8.
3- Serrapilheira: O PAI é de 15%. Mas o identificado foi de 70%, portanto 55%
fora do padrão. Admite-se, no entanto, o máximo de 1 serrapilheira por área. A
serrapilheira é dividida em dois tipos. Uma é pisoteada e a outra não pisoteada.
4- Erosão: O PAI é de 25%. Mas o identificado foi de 45%, portanto 20% fora
do padrão. Admite-se, no entanto, o máximo de 1 erosão por área. A erosão foi
dividida em duas, sendo uma lateral e outra de canal. Nessa trilha especificamente, se
destacou a erosão lateral. As áreas mais impactadas são as de número 1,3 e 16.
5- Número de rochas expostas: O PAI é de 30%. Mas o identificado foi de 60%,
portanto 30% fora do padrão. Admite-se, no entanto, o máximo de 25 rochas expostas
por área. Destacam as áreas 1, 5,6 e 7.
6- Quantidade de poças: O PAI é de 25%. Mas o identificado foi de de 70%,
portanto 45% for do padrão. Admite-se, no entanto, o máximo de 2 poças por área.
Foram analisadas nesse verificador, o tipo de poça, podendo ser de água parada ou
corrente. Destaques para as áreas 1, 4, 5, 8,10 e 12.
7- Problemas de risco por acidentes leves: O PAI é de 25%. Mas o identificado
foi de 70%, portanto, 45% fora do padrão. Admite-se, no entanto, o máximo de 10
riscos pequenos de acidente por área. Esses problemas de riscos são os de
escorregar ou tropeçar, e estão diretamente ligados ao número de raízes e rochas
expostas. As principais áreas são 1, 3, 7, 8, 9, 12 e 13. Claro que é uma avaliação
muito subjetiva, mas foi fazendo a trilha várias vezes que se foi percebendo os riscos.
8- Número de inscrições em rochas: O PAI é de 5%. MAS o identificado foi
de15%, portanto 10% fora do padrão. Admite-se, no entanto, o máximo de uma área
somente com inscrição em rocha. As áreas em destaques são 1 e 5.
9- Número de inscrições em árvores; O PAI é de 5%. Mas o identificado foi de
30%, portanto 25% fora do padrão. Admite-se, no entanto, o máximo de uma área
somente com inscrição em árvore. As áreas em destaques são 1, 4, 5 e 8.
5. CONCLUSÃO
GREAFE, A. R.; KUSS, F. R.; VASKE, J.J. Visitor Impact Management. Vol II.
Washington D. C. : National Parks and conservation association, 1990.
WIGHT, P. Tools for sustainability analysis in planning and managing tourism and
recreation in the destination. In: Sustainable Tourism. A Geographical Perspective.
Edited by: Hall, C.M.; Lew, A.A. 2000.
7. AGRADECIMENTOS
Em especial aos meus pais e irmãs que tanto amo. Também aos meus avós,
tios, primos (as) e amigos irmãos que tenho (em destaque o Vinícius, por apoiar
constantemente meu trabalho). A Universidade Federal de Juiz de Fora pela minha
formação profissional e pelos professores que sempre me apoiaram (em particular
Professora Luciana Bittencourt). Ao Parque Nacional do Itatiaia, através do Prof. Luiz
Sérgio Sarahyba, que sempre procurou atender as necessidades do trabalho em
questão. As amigas colaboradoras diretas deste trabalho, Márcia, Lívia, Paula, Ana
Paula, Evelyn.
ANEXO 1
Planilha para avaliação dos indicadores de impactos biofísicos e sociais selecionados para os
estudos desse trabalho.