Prezados,
Solicito que esta Manifestação seja encaminhada a TODOS os Excelentíssimos Ministros
que compõe o Plenário do Supremo Tribunal Federal.
Atenciosamente,
Plinio Marcos Moreira da Rocha
Analista de Sistemas
Rua Gustavo Samapaio nº 112 apto. 603
LEME - Rio de Janeiro - RJ
Tel. (21) 2542-7710
Incrível coincidência...
No dia em que "nossa mais alta corte" define de forma contundente, inquestionável e irrefutável,
que a pena somente deve ser cumprida após decisão transitada em julgado, somos brindados
com a exibição do filme O ADVOGADO DO DIABO pelo SBT.
Um filme que nos apresenta o brilhantismo de um Advogado, que inebriado pelo seu PODER,
pela sua PERSPICÁCIA, é capaz de sacrificar a própria família, em nome de algo, imoral,
indecoroso, às vezes ilegal, por ele, conceituado, e denominado, de Justiça...
Tais colocações prendem-se ao fato, concreto, de que a justificativa para a decisão de "nossa
mais alta corte", com a lucidez de 4 (quatro) contrários, efetivamente, esta, isoladamente,
calcada no seguinte Direito Individual Positivo, constante na CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988, TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias
Fundamentais, CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS,
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LVII - ninguém será
considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
Me parece que "nossa mais alta corte", teima em não admitir que o Juiz Singular,
principalmente, apoiado por VEREDICTO UNÂNIME de um Juri Popular, ou mesmo, da
própria CONFISSÃO, possui fatos Objetivos e Concretos, que poderiam, e deveriam, identificar
a necessidade de, por PROTEÇÃO, determinar a imediata prisão, bem como, as
características do ATO Criminoso, uma vez que, TODOS SOMOS IGUAIS PERANTE À
LEI, onde, a Lei trata os diferentes de forma diferente, logo, a periculosidade do Criminoso,
em função do método utilizado, também deveria ser levado em consideração.
Afinal na CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988,
TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais, CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E
DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS, Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos
termos seguintes: XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a
coisa julgada; XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a
lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos
veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; LIV -
ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LXI - ninguém
será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar,
definidos em lei; LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de
permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; LXXV - o
Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do
tempo fixado na sentença; LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são
assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua
tramitação. § 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação
imediata. § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que
a República Federativa do Brasil seja parte. § 3º - Os tratados e convenções internacionais
sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais. § 4º - O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja
criação tenha manifestado adesão, quando então, chamo a atenção, para a Convenção
Americana de Direitos Humanos que agregou o Artigo 5. - Direito à integridade pessoal - 1.
Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua integridade física, psíquica e moral e o
Artigo 8. - Garantias Judiciais - 2. Toda pessoa acusada de delito tem direito a que se
presuma a sua inocência enquanto não se comprove legalmente a sua culpa. Durante o
processo, toda pessoa tem o direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas: g.
direito de não ser obrigado a depor contra si mesma, nem a declarar-se culpada;
Segundo Lenio Luiz Streck em seu artigo Criminal - Dever de proteção: Qual a semelhança
entre o furto privilegiado e o tráfico de drogas?, constante da página WEB
http://www.netlegis.com.br/index.jsp?arquivo=/detalhesNoticia.jsp&cod=42169 .
A doutrina e jurisprudência entendem que o dever de proteção pode ser classificado do seguinte
modo:
a) o Verbotspflicht, que significa "o dever de se proibir uma determinada conduta";
b) o Sicherheitspflicht, que significa, em linhas gerais, que o Estado tem o dever de proteger o
cidadão contra ataques provenientes de terceiros, sendo que, para isso, tem o dever de tomar as
medidas de defesa;
c) o Risikopflicht, pelo qual o Estado, além do dever de proteção, deve atuar com o objetivo de
evitar riscos para o indivíduo.
Trata-se da nova concepção do direito esculpido no Estado Democrático de Direito. As lições do
passado e os fracassos do direito diante da política fizeram com que o direito assumisse um
acentuado grau de autonomia. E o Direito Penal não ficou imune a essa nova perspectiva, o que
pode ser percebido pela obrigação de proteger o cidadão a partir de atitudes "negativas" e
"positivas", chegando — por vezes — ao limite da obrigação de criminalizar. E, é claro, tais
circunstâncias trazem conseqüências à relação entre legislação e jurisdição.
Segundo Marcus Vinícius Lopes Montez em seu artigo A Constituição diritente morreu?, que
consta da página WEB:
http://www.netlegis.com.br/index.jsp?arquivo=detalhesArtigosPublicados.jsp&cod2=1477 .
"Apesar da Constituição de 1988 estar fazendo seu 20º aniversário, parece que a dogmática
jurídica brasileira ainda não compreendeu (ou não quer compreender) o conceito exato da
expressão Constituição, pelo menos em seu sentido léxico – “constituir”. A crise vivida aqui no
Brasil não é uma crise da Constituição, mas sim da sociedade, do governo e do Estado. É
verdade que o direito, por si só, não conforma a realidade; quem o faz são os homens. Mas, para
tanto, necessitam dos instrumentos. Essa é a importância do Direito e da Constituição. A
Constituição de 1988 foi farta em prever instrumentos de correção/implementação dos direitos
nela garantidos: mandado de segurança; ação declaratória de inconstitucionalidade por omissão;
mandado de injunção, para se citar apenas alguns. Não faltam, portanto, meios jurídicos para a
concretização da Constituição. O que falta é uma maior consciência do papel que a Constituição
assume no ordenamento jurídico, bem como do papel do Judiciário frente a não implementação/
realização dessa mesma Constituição.. Parafraseando Chico Buarque de Hollanda: “só Carolina
não viu”. Confirmando o que todos sabem e vêem, menos grande parte da dogmática jurídica
brasileira, vale repetirmos as constatações de Sergio Buarque de Holanda: “As constituições
feitas para não serem cumpridas, as leis existentes para serem violadas, tudo em proveito de
indivíduos e oligarquias, são fenômenos corrente em toda a história da América do Sul.”
Minhas Conclusões: