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ORDENAÇÃO DE DESPESA NÃO


AUTORIZADA

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143.1 CONCEITO, OBJETIVIDADE JURÍDICA E SUJEITOS


DO CRIME

O tipo penal está no art. 359-D do Código Penal: “ordenar despesa não autorizada
por lei”. A pena é reclusão, de um a quatro anos.

O bem jurídico protegido é a Administração Pública, o interesse estatal na


observância da legalidade das despesas públicas.

Sujeito ativo é o funcionário público que tem competência para ordenar despesa. O
Presidente da República, Governador de Estado, Prefeito Municipal, Ministro de Estado,
Secretário de Estado ou de Município, Chefe de Poder, Judiciário e Legislativo, do Ministério
Público, da União e dos Estados, Presidente de Tribunal de Contas, de empresa pública, de
autarquia, enfim, todo aquele agente público que tenha o poder de ordenar despesa. Sujeito
passivo é o Estado, o ente público.

143.2 TIPICIDADE

143.2.1 Conduta e elementos do tipo

O núcleo do tipo é o verbo ordenar. É determinar, mandar, impor. Conduta,


portanto, comissiva.

Refere-se a conduta à despesa não autorizada por lei. A Lei de Responsabilidade


Fiscal – LC nº 101/2000 – não esclareceu o que sejam despesas autorizadas, preferindo,
ao contrário, conceituar as despesas não autorizadas. Dispõe o art. 15: “serão consideradas
não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público a geração de despesa ou
2 – Direito Penal III – Ney Moura Teles

assunção de obrigação que não atendam ao disposto nos arts. 16 e 17”.

De conseqüência, incorrerá no tipo o agente que ordenar despesa que não atenda ao
disposto nos arts. 16 e 17 da Lei de Responsabilidade Fiscal, que são, portanto, os preceitos
complementares da norma penal em branco do art. 359-D.

Além dela, a lei orçamentária local do ente representado pelo agente é, sempre,
complementar do tipo, porque o agente só pode ordenar a realização de despesa que esteja
prevista no orçamento.

Importante deixar consignado que, dentre outras exigências, a despesa deverá


adequar-se com a lei orçamentária anual, devendo estar abrangida por crédito genérico, de
forma que, somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas
no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos pelo exercício.

Deve, ainda, a despesa conformar-se com as diretrizes, objetivos, prioridades e


metas previstos no Plano Plurianual e na Lei de Diretrizes Orçamentárias, não infringindo
qualquer de suas disposições.

Crime doloso. O agente deve ter consciência de que não há autorização


orçamentária para a realização da despesa, e saber que ela não atende às disposições
contidas nos arts. 16 e 17 da Lei de Responsabilidade Fiscal, e agir com vontade livre, sem
qualquer fim especial.

Parecer do Tribunal de Contas pela aprovação das contas do agente não afasta o
reconhecimento da tipicidade do fato.

143.2.2 Consumação e tentativa

Consuma-se com a simples emissão da ordem pelo agente, independentemente de


qualquer outro resultado. Tratando-se de crime omissivo puro, é impossível, portanto, o
reconhecimento da tentativa.

143.3 AÇÃO PENAL

A ação penal é de iniciativa pública incondicionada, admitida a suspensão


condicional do processo penal.

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