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A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO NÃO SER

A CRISE DA COMUNIDADE

Nos tornamos a comunidade cujo papel é apagar a luz;


Brasil, ame-o ou deixe-o;
O ultimo que sair apague a luz;
Por que somos a igreja que no final, apaga a luz? É por que não sabemos quem
realmente somos.
Não somos behavioristas, onde dependemos do meio para ditar quem somos.
Quem realmente somos então como Igreja?

FONTES DA CRISE DE NÃO SER DA IGREJA

A crise existencial da igreja está no fato de que ela não tem levado a serio três
afirmações do Evangelho, as quais determinam o ser da Igreja.

SER SAL

Quando Jesus pensou no que a comunidade dos seus discípulos era, Ele disse: “Vós sois
o sal da terra”.
Ele não afirmou que seriamos excelentes vendedores de sal nesta terra. Disse: Sejam
Sal! Se vivêssemos de acordo com sua palavra seriamos “O SAL”.
O sal dá sabor, razão porque a igreja deveria dar sabor á sociedade;
O sal é preservador, assim a igreja precisaria preservar para o não apodrecimento da
sociedade;
O sal arde, Jhon Stott diz que a igreja deveria fazer arder o mundo, queimar.
Com respeito ao sal e com relação ao ser da igreja, podemos dizer:
Levítico 2.13 – Não deixarás faltar ás tuas ofertas de cereais, o sal da aliança do teu
Deus; em todas as tuas ofertas oferecerás sal; nesta figura é atribuído simbolismo do
pacto entre Deus e o mundo. O texto fala do sal da aliança. O que Jesus disse tinha
profunda relação com o que o livro de Levítico dissera. Quando Jesus disse: “Vós sois o
sal da terra”, ele provavelmente tinha em mente essa mesma verdade que diz “vós sois o
sal da aliança”. Preste atenção, a igreja é o sinal da aliança de Deus com o mundo em
Cristo. O mundo não tem a menor chance de ver o sinal da aliança de Deus como o
homem à não ser na Igreja. Para que isso aconteça ele tem de ser este sal-sinal. Se a
igreja não for o sinal da aliança, do pacto, a comunidade reconciliada com Deus e uns
com os ourtos, o mundo não terá como enxergar o sal da aliança, o pacto de Deus com a
sociedade. Ouça isto: Quando a Igreja realmente é o sal da terra, ela faz mais pela
preservação do mundo do que quando entra em qualqçuer outro programa humano de
preservação do mundo e da história.
Não há nada mais revolucionário do que ser o sal da terra, se de fato somos estes sal...

SER LUZ

Uma segunda verdade básica a definir o ser da Igreja nos é ainda apresentada por Jesus:
“Vós sois a luz do mundo”. Aqui a ênfase é também do ser. Ora, tal afirmação tem três
implicações básicas:
1. ser essa luz significa prevalecer sobre a escuridão moral e espiritual do
mundo: “A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevalecem sobre ela”.
Muitas vezes o que vemos hoje é que a luz da Igreja é luz negra, como aquela
luz de boate. Não sei se voce já viu luz negra: luz que não ilumina nada, só
produz mais vultos.
A Igreja só é luz quando prebalece sobre a escuridão moral e espiritual do mundo.
Quando não prevalece, não é luz. A luz sempre prevalece sobre as trevas.
A pergunta é: Qual a diferença do ponto de vista moral e ético entre a vida dos que
estão na Igreja e os que estão do lado de fora dela – com exceção do fato de que não
fumamos, não bebemos e não jogamos? (apesar de que, quanto ao restante a nossa
vida ás vezes é bastante feia). Não há distinção quase nenhuma, a não ser o fato de
mantermos uma aparência, uns cacoetes morais que disfarçam nossa falta de
conteúdo, de ser. Assim é que escolhemos algumas coisinhas com as quais nos
diferenciamos para afirmar o nosso ego falido e nivelarmos por baixo as outras
coisas nas quais realmente tinhamos de ser luz, a diferença radical.
2. Ser esta luz significa ser a comunidade que dá significado e direção á
história humana. Se a Igreja é esta luz, ela atribui rumo, propósito, significado,
enxerga com clareza suficiente para entender a história a partir da ótica do
Reino. Quando ela deixa de ser a comunidade do significado, o mundo se torna
absurdo. Ser esta luz, significa ser a comunidade do discernimento entre o bem e
o mal, entre a salvação e a perdição; significa saber o que é bom, o que é ruim, o
que é justo e o que é injusto. Quando a Igreja não tem esse discernimento, como
ás vezes percebemos que não tem, vivemos sobre uma linha de coisas cinzentas,
coisas que se mesclam á injustiça do mundo. É fácil perceber isto existindo
frequentemente dentro das igrejas, das missões de fé, das denominações, da
politicagem que fazemos pelo controle do poder eclesial e institucional. Ora,
quando isto acontece, nós não somos a luz do mundo, ainda que construamos um
templo no Corcovado e o iluminemos com os mais fortes canhões de luz.

SER OVELHA

A terceira verdade que Jesus nos deixou é aquela que aparece em Mateus 10:16-36 “Eu
vos envio como ovelhas no meio de lobos”. Outra vez a ênfase é no ser. Recai sobre a
natureza essencial da Igreja. Ora, tal declaração de Jesus parece muito diferente de
algumas manifestações ministeriais que vemos por aí. Em alguns lugares a sensação que
tenho é como se Jesus houvesse dito: “Eis que eu vos envio como lobos no meio de
ovelhas”.
O que significa ser ovelhas no meio de lobos?
1. ser ovelha no meio de lobos significa levar sobre si os pecados do mundo.
Aqui neste ponto não devemoso nos esquecer da Ovelha das ovelhas: O
Corderio de Deus que tira o pecado do mundo. Não posso pretender ser uma
ovelha diferente do Cordeiro. No meu projeto de ovelha no mundo devo sempre
lembrar como viveu e morreu o Cordeiro de Deus. Com isso não estou dizendo
que deve haver o entendimento que que a Igreja tem uma missão salvífica, á
semelhança da do Cordeiro. Não! A Igreja não salva. Mas ela tem de sofrer –
como o Cordeiro – pelo pecado do mundo. Ela precisa ser molestada pelo
pecado do mundo. Quando a Igreja já não sofre mais o pecado do mundo, então
ela não é mais ovelha, é lobo. Ora, quando se chega a este ponto de
insensibilidade algo muito sério já aconteceu no ser da Igreja. Talvez esta seja
uma das mais preocupantes realidades relacionadas à Igreja. Isso porque todas as
vezes que ela deixou de se sentir molestada com o pecado do mundo é que já foi
totalmente assimilada pelo mundo. Sofrer com e pelo pecado do mundo é
essencial á manutenção do projeto de saúde a ela. Não se trata de masoquismo,
nem de uma mentalidade sofredora e auto-aniquilante. Estou realmente falando
de algo totalmente diferente. Pessoalmente eu creio que a Igreja não deve ser
uma comunidade triunfalista na terra. Não encontro entretando no Nono
Testamento, sinais de que ela deva ser uma comuniade negativa e encolhida na
história. Ao contrário, ela não deve ser triunfalista, mas tem de ser triunfante;
não deve ser masoquista, mas tem de ser solidária para com a tragédia humana e
sensível em sua consciência para com o pecado dos indivíduos, da sociedade e
da criação.
2. Ser ovelha no meio de lobos, significa exercer o poder de voluntariamente se
doar. Pense no maravilho Cordeiro que era pastor e ovelha a um tempo só
(Jo10): “a minha vida, ninguém a toma de mim, eu voluntariamente a dou. Eu
tenho autoridade para entregar e também para reavê-la”. “Vocês são ovelhas no
meio de lobos”, desse Jesus. E ainda: “O projeto da vida de voces tem de ser o
do Cordeiro, da ovelha das ovelhas, que se ofereceu volluntariamente”. De fato,
ele se deu voluntariamente, não se deixou comprar, não se deixou seduzir, não se
deixou forçar, não se deixou manipular por nenhuma outra coisa ou razão. Ele
não fez missão por nenhum outro interesse, exceto de dar sua vida. É por esta
razão que ele como que diz: “As ovelhas do Pastor agem como ele”. E quando
não é assim, João, 10.11-12, diz que que ovelha vira lobo. Preste atenção nisto:
sempre que a ovelha perde esse espírito de doação encontrado e praticado pelo
Cordeiro ela vira lobo.
Hoje o que me parece é que pouca gente quer ser ovelha na Igreja. No entanto, não é
pequeno o grupo dos que querem ser lobo, lobo mau, bicho papão. Ora, isto me aflige
muito, na medida em que quando as ovelhas viram lobos elas não só já não atendem á
voz do Pastor, como inclusive e sobretudo trabalham contra ele.
Concluindo, devo dizer que no Novo Testamento há várias analogias e figuras que
ilustram o significado, o ser da Igreja. No entanto pessoalmente, acredito que as três
aqui utilizadas nos ajudam a ver um quadro bem definido da razão de ser da Igreja. Não
se trata de poesia; a Igreja simplesmente não tem outra escolha. Ou ela é o Sal, a Luz, e
vive como Ovelha no meio de lobos, ou não é Igreja. Dai em diante ela pode ter coral e
maestro; construir templos; ter pastor, cantar hinos etc... mas se ela deixou de ser Igreja,
do ponto de vista do Novo Testamento, já não tem razão de ser. É apenas tão importante
quanto um clube ou uma associação filantrópica. Pode-se até dizer que ela “cumpre seu
modesto papel na sociedade”. E não há duvida de que cumpre algum papel social. No
entanto, a Igreja de Jesus não tem de ter nela um papel modesto; ela tem de ser a
comunidade mais revolucionária da sociedade. Ser Sal, Luz e Cordeiro na sociedade
pode ser qualquer coisa, menos algo mediocre. É neste ser Sal, Luz e Cordeiro que ela
encontra sua mais profunda identidade e sua mais significativa razão de ser. E mais:
qualquer outra coisa que a desvie disto – sejam programas religiosos, ativismos
políticos, ocupações de qualquer outra natureza – deve ser vista como tentações
profundamente malignas.

Caio Fábio D´Araújo Filho


A Crise de Ser e de Ter

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