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Presidente do Conselho Executivo
da Escola xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxx, PQND, portador do BI nº .... de xxxx, emitido por Braga e com o NIF ....,
tendo sido notificado por carta registada com A/R do teor do ofício nº 438 de 03 de
Fevereiro vem, nos termos do Código de Procedimento Administrativo, artigo 158º e
seguintes, interpor a competente Reclamação, com os seguintes fundamentos:
1- De acordo com a legislação citada por V.Exa no ofício em referência, e outra que não
tendo sido citada também se aplica à Avaliação de Desempenho Docente,
nomeadamente o nº 2 do artigo 37 do ECD, a avaliação de desempenho e a
progressão na carreira é um direito dos docentes – veja-se igualmente o
consagrado no nº1 do artigo 11º do Decreto Regulamentar 2/2008, de 10 de Janeiro;
Assim, não pode considerar-se que haja qualquer “incumprimento” como é referido
na notificação de V.Exa (certamente por lapso) por parte do signatário; o que na lei
se refere, nomeadamente no artº 9º do Decreto Regulamentar 2/2008 de 10 de
Janeiro com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Decreto Regulamentar
1-A/2009 de 5 de Janeiro, só pode ser entendido como um direito subjectivo do
docente apresentar uma proposta de objectivos individuais (OI); proposta que pode,
nos termos do artigo 5º números 1 e 2 do Decreto Regulamentar 1-A/2009 ser
rejeitada por V.Exa no prazo de 15 dias ...!
O carácter de direito subjectivo do conteúdo fixado no normativo do artigo 9º do
D.R. 2/2008 é, aliás, acentuado/confirmado pelo facto de o legislador ter
expressamente previsto e regulado o não exercício deste direito por parte do seu
titular, ao atribuir à Direcção Executiva da escola competência para o fazer.
Como se verifica, jamais poderá entender-se que o não exercício de um direito
configure algum incumprimento ou possa constituir para o seu titular qualquer
penalidade ou implicar qualquer outra consequência que não aquela que resulta do
natural prejuízo do não exercício de um direito consagrado na lei.
O entendimento contrário, ou seja, o de que a entrega da proposta de OI constituiria
um dever para o docente por resultar de um qualquer imperativo absoluto do
sistema, carece de norma legal que o sustente; e, ainda assim, determinaria
sempre a obrigatoriedade do PCE fixar aqueles OI uma vez não cumprido aquele
desiderato pelo docente; como se constata, tal posição é insustentável do ponto de
vista legal, além do mais porque colide directamente com o expressamente
consagrado no artº 11º do Decreto Regulamentar 2/2008 de 10 de Janeiro.
2- Resulta do exposto no ponto anterior que, ao signatário não resta outra alternativa
senão a de contestar reclamando com toda a veemência os termos da notificação
recebida de V.Exa.
3- Conclusões:
Espera deferimento