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Capítulo 7

O sol estava se pondo quando senti meu celular vibrando na minha pequena bolsa
amarela. Se não fosse por aquilo ter acontecido exatamente entre uma música e
outra, eu jamais teria percebido a ligação. A música estava tão alta que fazia o chão
vibrar. As pessoas que antes estavam bêbadas, agora estavam completamente
alucinadas, pulando de um lado para o outro, rindo à toa, brigando com ainda mais
facilidade.

Quando vi o nome de Edward no visor, rapidamente olhei ao redor à procura de um


lugar mais calmo para falar com ele, mas não havia muitas opções. Fiz um sinal para
Emmett, avisando-o que iria ao banheiro e corri naquela direção, mas ao invés de
parar atrás da última mulher que esperava na fila, andei apressada até um enorme
container que estava servindo como hospital móvel.

“Você está bem?” um enfermeiro perguntou assim que atravessei a porta,


imediatamente invadida por um quase silêncio.

“Sim. Só preciso fazer uma ligação,” respondi enquanto mexia no celular.

“Sinto muito, mas aqui não é cabine telefônica. Sem emergência médica, sem
acesso.”

O homem tentou me empurrar para fora, mas eu facilmente me livrei dele e


procurei por algo na minha bolsa. “Aqui. Dois minutos. É tudo que preciso,” falei,
estendendo-lhe uma nota de vinte dólares.

Ele pareceu indeciso por um tempo, olhando para a nota, mas logo a indecisão foi
embora e ele apenas olhou ao redor antes de pegar o dinheiro e colocar no bolso da
sua calça do uniforme. “Dois minutos,” ele falou e então se afastou para dar atenção
a um garoto que não devia ter mais que dezessete anos, parecendo completamente
fora de si, babando em uma maca.

Fui para um canto do container para não ficar no caminho de ninguém e retornei a
ligação de Edward, que atendeu ao segundo toque.

“Oi, Bella. Está tudo bem? Te liguei algumas vezes.”

É, eu tinha acabado de ver que havia quatro ligações perdidas dele. “Desculpe. Não
ouvi o celular tocando.”

“Pensei que estivesse chateada comigo por ter mudado os planos do nosso final de
semana.”
Seu tom culpado me fez rir. “Juro que não estou. Só não ouvi mesmo.”

“Está em alguma festa? Estou ouvindo música.”

“Estou no festival, na verdade. Está bem louco aqui.”

“Ah, você foi.” Era impressão minha ou tinha sentido um leve desapontamento em
seu tom?

“Sim, mas daqui a pouco vou para casa. Não vou passar a noite por aqui como nos
planos antigos.”

“Talvez você possa vir para cá quando sair daí. O que acha? Estou precisando de
cuidados.”

Dessa vez eu ri alto com suas palavras, lembrando o quanto tinha batido nele e do
quanto ele deveria estar machucado. Só então lembrei que ele não sabia que eu
sabia que ele estava machucado. “Espera. Você está falando sério? Você está bem?”

“Meu ego está um pouco ferido, mas acho que meu corpo está um pouco mais.”

“O que aconteceu?” perguntei, me fazendo de desentendida.

“Longa história. Você vem?”

É claro que eu queria ir, mas como aparecer na casa dele quando eu também estava
coberta de hematomas que ele provocara? Como explicar meus machucados tão
recentes? Obviamente a verdade não era a melhor saída.

“Eu... Não vai dar,” respondi, suspirando. Antes que ele perguntasse o motivo, falei a
primeira coisa que me veio à cabeça. “Eu não estou sozinha.”

“Ah.” Apenas aquilo foi suficiente para ouvir que ele estava mesmo desapontado. E
surpreso. Mas é claro que ele tentou disfarçar. “Claro. Faz sentido. Sem problema.”

“Sinto mundo,” murmurei sem saber se ele seria capaz de ouvir, porque mesmo ali
dentro, a música ainda soava alta.

“Não. Está tudo bem. Mesmo. Bem, eu... Preciso voltar ao trabalho. Nos falamos
depois.”

“Ah, claro. Até mais, Edward.”

“Até.”
E então ele desligou. Nada de ‘Vou sentir sua falta’ ou ‘Beijos’ ou qualquer dessas
coisas. Edward simplesmente tinha desligado. Mas o que eu poderia esperar? Sabia
que ele não gostava que eu saísse com outras pessoas. Eu evitava esfregar isso na
cara dele, mas que outra opção teria a não ser falar a verdade daquela vez? Bem,
não toda a verdade, mas eu estava mesmo com outra pessoa. Emmett estava ali
comigo. E não era a primeira vez que eu deixava de encontrar com Edward para
estar com meu amigo ou com Carlisle ou qualquer outro homem que tivesse
vontade de encontrar. Sempre deixara claro para Edward que queria uma relação
aberta e não queria compromisso sério.

Mas então por que agora me sentia tão mal a respeito disso?

Quando voltei para o lado de Emmett, já não sentia mais tanta empolgação quanto
antes para dançar e pular junto com os outros. Ele logo percebeu isso e perguntou se
eu queria voltar para casa. Aceitei de pronto e cheguei até a pensar em me despedir
dele na porta de casa, mas quando chegamos, acabei convidando-o para entrar.

Eu precisava mesmo tirar minha cabeça de Edward.

“Ah, aí está você. Já ia te ligar,” Carlisle falou, mal me olhando, me abordando assim
que passei pela porta. “Tenho um tra–” Ao ver que eu não estava sozinha, ele logo
se calou e me lançou um olhar significativo. “Emmett,” ele cumprimentou com um
aceno de cabeça.

“Sr. Cullen. Como vai?”

“Bem.” Mais uma vez Carlisle me encarou e eu quase podia ver a ordem vindo. Ele
queria que eu me livrasse de Emmett. Mas então algo pareceu mudar. De repente,
Carlisle estava sorrindo. “Seu lábio desinchou. Que bom.”

“Hum... Sim. Ainda dói um pouco, mas está bem melhor.”

“Eu já lhe disse mil vezes que é perigoso andar com aquela moto.”

Levei um segundo ou dois para entender do que ele estava falando, até que lembrei
que essa seria a desculpa que eu daria caso alguém me perguntasse o motivo dos
meus machucados. Queda da moto. Mas Emmett sabia toda a verdade sobre mim,
então não precisei usar essa mentira com ele. O problema é que Carlisle não sabia
que Emmett me conhecia assim tão a fundo.

“Hum... Sim,” murmurei sem saber o que falar.

“O que acha de irmos a uma festa essa noite? Alguns amigos estão na cidade. Tenho
certeza que será divertido.” Não, eu não queria ir a uma festa. Mas conhecia aquele
tom de Carlisle. Não era uma simples festa. Era trabalho. E eu não poderia dizer que
não iria. “Você está convidado, é claro, Emmett.”
“Opa! Festa. Estou dentro.”

Tentei lançar um olhar para o meu amigo para alertá-lo, mas não tive chance.

“Ótimo,” Carlisle falou ainda sorrindo e colocou uma mão sobre o ombro de Emmett
como se eles fossem grandes amigos. “Mas você está um pouco informal demais.
Por que não vai até a sua casa e coloca seu melhor terno e gravata?”

“Festa de grã-finos. Melhor ainda. Mas não vou atrasar vocês se fizer isso?”

“Não, de jeito nenhum,” Carlisle respondeu, dando uma risada descontraída. “Você
sabe como as mulheres são. Bella provavelmente não ficará pronta tão cedo.” Os
dois riram juntos, me deixando ainda mais desconfortável com aquela situação. “E,
de qualquer forma, temos tempo. Pode ir. Sairemos por volta das dez.”

“Ótimo. Estarei aqui antes disso.”

E então, assim que a porta fechou atrás do meu amigo, o sorriso desapareceu do
rosto de Carlisle.

“Você poderia ter me avisado que estava trazendo alguém, Isabella!”

“E você deveria ter mais cuidado com o que fala,” devolvi de imediato, fazendo sua
expressão fechar ainda mais. “Por que você o convidou, afinal? A intenção não é
sermos discretos? Como posso trabalhar com o meu amigo do lado?”

“Você não vai matar ninguém hoje. Vamos nos encontrar com um cliente muito
importante.”

“Como é?! Eu não falo com os clientes, Carlisle. Você fala!” esbravejei.

“E foi exatamente por isso que eu chamei seu amiguinho nerd,” ele falou
calmamente enquanto se aproximava. “Ninguém vai saber que é você quem vai
fazer o serviço. Você vai chegar com ele e não comigo.”

Suspirei impaciente. Odiava quando Carlisle enrolava tanto assim para falar algo.

“Vá direto ao ponto, Carlisle.”

“Calma, Bella,” ele murmurou e parou à minha frente, logo estendendo uma mão
para começar a tirar minha blusa. Eu não o impedi e ergui os braços para permiti-lo
terminar de tirar a peça. Enquanto continuava a explicar, Carlisle ia tirando minha
roupa, sem pressa alguma. “Eu vou chegar sozinho. Você vai chegar com seu amigo.
Em determinado ponto, quando eu fizer um sinal, você vai se aproximar do meu
grupo parecendo bem chateada como se tivesse brigado com seu namorado ou o
que for. Invente alguma desculpa para se livrar do seu amigo. Seja criativa. O ideal é
que você pareça bêbada, porque assim eles vão deixar você ficar conosco. Bem, eu
vou ficar com você. E então você fará parte da reunião sem ninguém saber quem
você é.”

“Por que é tão importante eu fazer parte dessa reunião?”

“Porque é algo maior. Várias mortes, pelo que entendi. E há uma ordem para essas
mortes. Então quero que você escute tudo detalhadamente para me ajudar a
planejar a melhor forma de executar esse serviço.”

“Com medo de esquecer algo, Carlisle?” perguntei provocativamente, arqueando


uma sobrancelha.

“Muito engraçado, garota.” Então, depois de tirar a última peça que eu usava, ele
me fez ficar de costas para ele, puxou meu corpo contra o seu e percorreu suas
mãos pelo meu corpo nu antes de me empurrar para frente. “Agora vá se vestir.”

Continuei andando na direção do meu quarto, ouvindo os passos de Carlisle atrás de


mim. “O que devo usar?”

“Algo que não seja muito vulgar, mas que ainda assim leve algumas pessoas a pensar
que podem pagar para foder você.”

“Moça de família, mas aberta a novas ideias?” perguntei com um sorriso, encarando-
o por sobre o ombro. Mas seu olhar estava completamente focado em minha bunda.

“Algo mais para uma prostituta de luxo,” ele devolveu e só então ergueu o olhar,
percebendo que eu o encarava. “E cubra esses machucados.”

“Ah, claro, porque você estava olhando para os meus machucados. Acredito,
Carlisle,” ironizei enquanto entrava no quarto, mas ele passou direto para o seu
quarto, apenas parando rapidamente à minha porta.

“Não seja tola, Isabella. É claro que eu estava olhando para a sua bunda.”

E então, com uma piscadela, ele fechou a minha porta, me deixando sozinha.

Escolher uma roupa, fazer a maquiagem e arrumar o cabelo não foi nada difícil ou
demorado. Teria ficado pronta em meia hora se não tivesse que estender a etapa da
maquiagem para o meu corpo, cobrindo as manchas roxas no meu ombro, na minha
coxa e no meu antebraço. Quando tinha saído com Emmett, não me preocupara em
esconder nada disso, porque pouco importava o que as pessoas iriam pensar. Mas
nessa festa, eu definitivamente não poderia aparecer dessa forma.

Levou mais de uma hora até que finalmente me desse por satisfeita e só então saí do
quarto, já encontrando Emmett e Carlisle prontos e à minha espera.
Os dois me olharam com apreciação e eu fiz o mesmo. Carlisle e Emmett poderiam
ser completamente diferentes, mas ficavam igualmente bem de terno e gravata.

“Emmett, porque você não vai com Bella em seu carro?” Carlisle sugeriu com aquele
sorriso amigável que era realmente muito bonito, apesar de falso.

Emmett logo se adiantou e estendeu um braço para mim num gesto galante.
“Madame, sua carruagem a espera.”

Aceitei seu braço com um sorriso e o acompanhei para fora da casa, deixando
Carlisle para trás. Ainda assim, logo a Mercedes nos ultrapassava, guiando o caminho
até o local da festa.

Quando chegamos ao hotel, no entanto, pedi a Emmett que desse mais uma volta no
quarteirão antes de parar de fato, para que chegássemos separados de Carlisle.
Enquanto andava calmamente até o elevador que nos levaria à cobertura onde a
festava estava acontecendo, recebi uma mensagem no celular com apenas um
nome: Daniel Tosh.
Repeti o nome para Emmett, que o passou para o segurança que estava parado na
entrada da suíte com a lista de convidados. Ao ouvir o nome, o homem logo nos
deixou entrar depois de uma rápida conferida na sua relação.

“Então, Daniel, o que você quer beber?”

“Eu sou o cavalheiro aqui, Be–” Seu cenho franziu e ele olhou ao redor antes de se
aproximar para sussurrar no meu ouvido. “Como eu devo te chamar? Não sei bem
como essa coisa funciona.”

Não precisei pensar para responder sua pergunta. “Melissa Rivers.” Aquele era o
nome que eu sempre usava quando precisava me apresentar durante algum
trabalho.

Emmett sorriu e voltou à sua postura decidida. “Ok, Melissa. Eu sou um cavalheiro. O
que você quer beber?”

O acompanhei até o bar de qualquer jeito, porque precisava saber onde Carlisle
estava. Não foi difícil encontrá-lo. Ele estava ali mesmo perto do bar em uma área
reservada, junto com outros três homens. Troquei um rápido olhar com ele e fiquei
por ali com Emmett-Daniel, esperando o sinal de Carlisle.

“Você vai matar alguém?” Emmett perguntou num sussurro no meu ouvido, depois
de um tempo, quando ele já estava na segunda dose de uísque e eu ainda na
primeira de vodca.

“Não, Daniel,” respondi sem conseguir deixar de rir. “Te expliquei tudo no carro.”

“Você nem arma trouxe? E se algo der errado?”

“Nada vai dar errado, Em– Daniel. Relaxa.”

Ele se afastou e respirou fundo, sacudindo os ombros como se tentasse tirar a


tensão, e então virou o resto da sua dose. Quando Emmett se voltou para o bar para
pedir outra bebida, cheguei a abrir a boca para pedir que ele fosse devagar, mas foi
então que vi Carlisle pigarreando e levando uma mão aos cabelos em seguida.

O sinal.

Rapidamente peguei a nova bebida da mão do meu amigo, virando a dose de uma
vez. Senti o uísque queimando na minha garganta e precisei de alguns segundos para
me recuperar.

“O que foi isso?” Emmett perguntou com o cenho franzido.


“Hora do show,” murmurei, enquanto o puxava discretamente para um ponto mais
perto de onde Carlisle e os outros estavam. Vi Emmett respirando fundo, mas logo
assumiu uma postura mais firme, quase bruto. Então foi a minha vez de respirar
fundo antes de voltar a falar, dessa vez em um tom alto o bastante para várias
pessoas se voltarem para olhar. “Você é um idiota! Sai de perto de mim!”

“Qual é! Você não pode fazer isso!” Emmett-Daniel também gritou, tentando me
puxar para perto dele, mas me afastei com um safanão.

“Não me toca!” gritei e fingi tropeçar quando recuei um passo, findando por cair
sentada no chão.

Àquela altura, várias pessoas já tinham parado o que faziam para nos observar. Entre
elas estava Carlisle, que logo apareceu ao meu lado. “O que está acontecendo aqui?”
ele perguntou num tom rude, mas sua voz suavizou quando ele se abaixou e me
ajudou a levantar. “Você está bem, garota?”

“Tira ele de perto de mim,” balbuciei, fingindo chorar.

“Quem é você? O que fez para ela?”

“Não se mete nisso, cara! Eu vim com ela. Nós estamos juntos.”

Menos, Emmett. Não exagera! Lancei um olhar de advertência para ele, que não
mudou sua expressão altiva, mas se calou.

“Acho que você bebeu demais, rapaz. É melhor ir embora.”

Vi quando Carlisle fez um sinal para um dos homens que estavam com ele e o
homem prontamente assentiu para um dos seguranças, que se aproximou,
colocando uma mão no ombro de Emmett.

“Tudo bem. Eu já estou de saída. Não precisa desse drama todo.” Arrumando o
blazer no lugar, ele recuou um passo e olhou para mim novamente. “Mel, vem
comigo.”

“Não,” murmurei, me aproximando mais de Carlisle como se estivesse com medo do


outro homem. Carlisle logo passava uma mão sobre meus ombros num gesto
tranquilizador.

“Você só pode estar brincando comigo!” Emmett-Daniel exclamou com expressão


surpresa e irritada, mas tratou de se acalmar quando o segurança se aproximou dele
novamente. “Tudo bem. A escolha é sua. Boa sorte para voltar para casa, porque eu
vou procurar uma companhia melhor.”

“Não precisa se preocupar quanto a isso. Ela terá carona para voltar. Cavalheiros não
faltam nessa festa.”
“É, e eu tenho certeza que ela saberá retribuir o favor,” Emmett devolveu com uma
pontada afiada de ironia no tom, um sorriso sugestivo no rosto.

Sem mais uma palavra, ele nos deu as costas e se afastou.

“Você está bem?” Carlisle perguntou, erguendo meu rosto com uma leve pressão
dos seus dedos no meu queixo.

“Sim,” respondi, mas logo em seguida fingi me desequilibrar novamente, forçando-o


a me segurar com mais força. “Desculpe.”

“Quanto você bebeu?”

“Pouco. Talvez quatro doses de uísque. Ou foram cinco? Ah, e um pouco de vodca
também, mas bem pouquinha. Assim,” deixei meu polegar bem perto do indicador,
sinalizando o quanto eu tinha bebido, e então comecei a rir sem motivo algum.
“Talvez tenha sido um pouco mais que isso,” continuei no meio das gargalhadas.

“Venha, você precisa sentar.”

Deixei que ele me levasse para dentro da área reservada, fingindo tropeçar várias
vezes no caminho.

“Esses sapatos são ridículos. Estão trabalhando para quebrar meu tornozelo. É uma
conspiração,” balbuciei estupidamente.

“Alguém pode trazer água para a moça?” Carlisle pediu.

“Moça? Nossa, como você é cavalheiro.” Ri alto enquanto me jogava no sofá de


couro, mas logo tentei me aprumar e arrumar o vestido que tinha subido um pouco.

Não demorou muito e um copo de água foi posto em minha mão. “Está se sentindo
melhor?” Carlisle perguntou quando eu estava na metade do copo.

“Eu estou bem. Sério. Não precisa ficar assim tão preocupado.” E então me pus a
tagarelar, explicando o motivo daquela confusão como havia sido combinado com
Emmett no nosso caminho até essa festa. “Estou acostumada com esse tipo de
homem que acha que pode tudo só porque tem dinheiro. O cara pode me pagar pela
noite, mas isso não quer dizer que ele precisa ser um completo idiota, não é? Quer
dizer, eu faço muita coisa. Muita mesmo. Mas nós estamos no meio de uma festa
que, honestamente, até está um pouco chata, mas eu não sou mal educada a ponto
de ir transar no banheiro principal só porque um certo riquinho está entediado. Eu
jamais ofenderia o anfitrião dessa forma.”

Quando Carlisle riu de leve e olhou para o homem que estava ao seu lado, eu me
calei, terminando de beber a água.
“Como é seu nome, garota?” Carlisle perguntou voltando a me encarar.

“Minha nossa. Desculpa. Que cabeça oca a minha. Eu aqui falando como uma doida
e nem me apresentei.” Pigarreando de leve, sequei minha mão molhada pela água
em volta do copo gelado e a estendi para Carlisle. “Melissa. Rivers. Melissa Rivers.”

“Carlisle Cullen. Agora, Melissa, o que acha de falar novamente o quanto essa festa
está chata, mas para esse homem aqui?” Franzi o cenho sem entender, enquanto
Carlisle apontava para o homem oriental ao seu lado. “Esse é Theo Jung, o anfitrião.”

Claro que boa parte da minha reação foi encenação, mas eu de fato estava surpresa
porque o dono da festa era um dos meus clientes. Apertei a mão que ele me
estendia, aproveitando para pedir desculpas, me contradizendo propositalmente ao
dizer que a festa estava muito boa. Jung apenas riu e perguntou o que poderia fazer
para melhorar a festa dele.

“Talvez uma música menos deprimente. E mais... contato físico,” completei,


pontuando minha sugestão ao me aproximar mais de Carlisle, que prontamente
envolveu minha cintura.

“Gostei dessa segunda parte,” Carlisle falou e depositou um beijo em meu pescoço
de forma um tanto possessiva. “Me diga, Melissa... Esse é seu nome de verdade?”
ele perguntou se afastando um pouco para me encarar. Apenas dei de ombros em
resposta. “Tudo bem. Me diga, Melissa, quão caro ficaria para tornarmos essa festa
mais... prazerosa?”

“Para você, meu salvador, eu faria de graça,” respondi, apoiando uma mão sobre sua
coxa.

“Para todos aqui,” ele me corrigiu, olhando para os outros três homens que estavam
com ele.

Senti meu corpo enrijecendo diante de suas palavras, mas fiz o possível para não
deixar aquilo visível. Mas Carlisle estava com o corpo colado ao meu e eu sabia que
ele tinha sentido minha tensão. A vontade que eu tinha era batê-lo por ter dado
aquela ideia, mas me obriguei a forçar um sorriso natural enquanto olhava para
aqueles homens.

“Quatro? Hum... Isso seria realmente divertido.” Sem que conseguisse deter,
imagens de um determinado sonho vieram à minha mente. Um sonho onde eu era
subjugada por quatro homens. Mas aquilo era completamente diferente. Eu não
conhecia aqueles homens, com exceção de Carlisle, que teria que me ouvir mais
tarde. E aquilo estava muito longe de ser um sonho. “Mas eu não faço em grupos.
No máximo dois.”
“Podem ficar com ela,” Jung falou, se recostando descontraidamente no sofá como
se apenas aquela situação já estivesse divertindo-o demais. “Se eu chegar com
cheiro de mulher em casa, minha esposa me mata.”

Curiosa escolha de palavras, pensei.

“Um a menos,” Carlisle falou com um sorriso. “Quem está dentro, quem está fora?”

Ah, como eu queria esmurrar aquele filho da mãe!

“Eu estou fora,” outro homem falou. “Vim acompanhado e também estou pagando
pela noite. Será que poderíamos adiantar isso aqui? O relógio da loira está
correndo.”

“É, vamos acabar logo com isso,” o quarto homem apoiou.

“Bem, já que ninguém quer, eu fico. Nada mais justo, já que eu a vi primeiro.”
Ninguém protestou com as palavras de Carlisle e eu quase suspirei aliviada. “Do que
estávamos falando mesmo?

“Hum... Lindinha, será que você poderia nos dar licença um instante?” Jung pediu,
voltando a assumir a postura de homem de negócios.

“Deixa ela aqui, Theo. Essa mãozinha já está me deixando animado,” Carlisle falou,
levando minha mão um pouco mais para cima. Me senti um pouco tensa quando os
outros ficaram sérios e trocaram olhares, mas sorri tolamente, começando a beijar o
pescoço de Carlisle. “Ou, se preferirem, podemos conversar em francês.”

“Vocês falam francês?!” perguntei fingindo surpresa e abri ainda mais o sorriso.
“Nossa! Isso é tão chique. Como fala sexo em francês?”

“Baise”, Carlisle respondeu e então pegou minha mão que estava em sua perna,
levando-a aos lábios para depositar um beijo delicado. “Agora fica quietinha, porque
os adultos precisam discutir negócios, está bem?”

Assenti obediente e não falei mais nada, mas continuei provocando Carlisle com
minha mão e meus lábios. Ele não reclamou daquilo e eu não reclamei em nada da
troca de idiomas.

Carlisle tinha me ensinado francês quando eu tinha catorze anos.

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