1 Análise de conteúdo
Embora a maior parte das análises clássicas de conteúdo culminem em descrições numéricas
de algumas características do corpo do texto, considerável atenção está sendo dada aos
“tipos”, “qualidades” e “distinções” no texto, antes que qualquer quantificação seja feita.
A análise de conteúdo trabalha tradicionalmente com materiais textuais escritos (...). Há dois
tipos de textos: textos que são construídos no processo de pesquisa, tais como transcrições de
entrevista e protocolos de observação; textos que já foram produzidos para outra finalidade
linguagem (PUGLISI; FRANCO, 2005, p. 13). Deve ser considerado, não apenas a semântica
comunicações em jornais, revistas, filmes, emissoras de rádio e televisão, hoje é cada vez
mais empregada para análise de material qualitativo obtido através de entrevistas de pesquisa
Minayo (2003, p. 74) enfatiza que a análise de conteúdo visa verificar hipóteses e ou
A análise de conteúdo é considerada uma técnica para o tratamento de dados que visa
identificar o que está sendo dito a respeito de determinado tema (Vergara, 2005, p. 15).
Bardin (1977, P. 42) conceitua a análise de conteúdo como um conjunto de técnicas de análise
2005, p. 25). Estes autores também defendem 03 campos de análise de conteúdo, conforme
figura a seguir:
Domínio da Linguística
Hermenêutica
que incorpora os métodos lógicos estéticos que buscam os aspectos formais do autor e do
texto.
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podem ser de diferentes tipos (palavra, tema, personagem, item). A unidade de contexto é a
parte mais ampla do conteúdo a ser analisado, porém “é indispensável para a necessária
análise e interpretação dos textos a serem decodificados (...) e, principalmente, para que se
deve ser explicitada e justificada de acordo com os objetivos que se pretende alcançar
Pode-se imaginar que o resultado dessa análise temática poderia ser colocado em tabelas;
mas, em lugar de números, as células da tabela conteriam as falas particulares dos sujeitos
entrevistados. Em muitos casos, o simples levantamento dos temas abordados nas entrevistas
Algumas vantagens de se utilizar o método é que pode lidar com grandes quantidades de
dados além de fazer o uso principalmente de dados brutos que ocorrem naturalmente. Possui
construir dados históricos: ela usa dados remanescentes da atividade passada (entrevistas,
2002, p. 212).
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2 REFERÊNCIAS
BAUER, M.W.; GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual
prático. 4. ed. Ed. Vozes, 2002.
CASTRO, C.A.P. de. Sociologia aplicada à Administração. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
DEMO, P. Avaliação qualitativa. Polêmicas do nosso tempo. 8. ed. São Paulo: Autores
Associados, 2005.
FOUCAULT, M. A Arqueologia do saber. Tradução de Luiz Felipe Baeta Neves. 3. ed. Rio de
Janeiro: Forense-Universitária, 1987.
GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.
MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E.M. Técnicas de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
MINAYO, M.C. de S. (Org..). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 22. ed. Rio de
Janeiro: Vozes, 2003.
PUGLISI, M.L.; FRANCO, B. Análise de conteúdo. 2. ed. Brasília: Líber Livro, 2005.