MÓDULO 04-B
SUMÁRIO
CAPÍTULO I
I – PSICOLOGIA 03
1 – Conceito
2 – Objeto e Método
3 – Teorias e Escolas psicológicas
4 – Os fenômenos psicológicos e sua classificação
II – A BASE FÍSICA DA VIDA PSICOLÓGICA
1 – Genética
2 – O sistema nervoso e as glândulas endócrinas
3 – Os reflexos
CAPÍTULO II 09
A FORMA GERAL DA VIDA PSICOLÓGICA
1 – O sujeito psicológico
2 – A consciência
3 – O consciente, o subconsciente e o inconsciente
O SISTEMA DINÂMICO-SENSORIAL
1 – O dinamismo
A – O automatismo
B – A vontade
C – O hábito
2 – A sensibilidade
CAPÍTULO III 12
OS FATORES ESSENCIAIS DO PSIQUISMO
1 – O conhecimento
2 – Elementos básicos do conhecimento
a) A sensação
b) A imagem
c) A percepção
d) A idéia
3 – Processos de elaboração do pensamento
a) A associação
b) O juízo e o raciocínio
c) A memória
d) A imaginação
4 – Fatos essenciais do conhecimento
a) A crença
b) A emoção
5 – Processos de elaboração das reações
a) O processo de condicionamento
b) O processo psicotensivo
6 – Os fatos essenciais da afetividade
a) As tendências inatas
b) As tendências adquiridas
CAPÍTULO IV 18
ESTRUTURAS FENOMELÓGICAS
I – A personalidade
1 – A constituição
2 – O temperamento
3 – O caráter
CAPÍTULO V 20
NOÇÕES DE PSICANÁLISE
1 – A estrutura psicodinâmica
2 – A dinâmica subliminar
3 – A ansiedade e a angústia
4 – A psicoterapia
a) método analítico
b) método catártico
c) método hipinótico
d) método de relaxamento
e) método de “sonho éveille”
f) método de nascoanálise
CAPÍTULO VI 26
O COMPORTAMENTO E A VOLIÇÃO
1 – As origens do comportamento
a) fator psíquico
b) fator orgânico
c) fator sócio-mental
d) fator físico
2 – atitudes
BIBLIOGRAFIA
1. PSICOLOGIA
1. Conceito
2. Objeto e Método
CAPÍTULO II
I- O SUJEITO PSICOLÓGICO
II- A CONSCIÊNCIA
1. O DINAMISMO
Ba base da Psicologia convém evidenciar, como procurou fazer o psicólogo e
professor Amaral Fontoura que o movimento é característico fundamental do
universo. Movem-se os astros, os ventos, os rios e os mares. Movem-se os átomos
(o “spih” – movimento circulatório dos elétrons) e as moléculas que se
transformam. Há movimentos de atração e repulsão nos corpos inorgânicos.
Movem-se, enfim, do ínfimo ao imenso, todas as coisas ocupantes do espaço
infinito. Contudo, considera-se inanimados os corpos inorgânicos, por são terem
visível movimento próprio. A pedra, por exemplo, porque a sua massa e a sua
forma só se modificam se houver um agente externo causador da mudança.
O movimento próprio é a condição precípua da existência dos seres vivos
organizados, como a planta e o animal, cujas estruturas biológicas estão sujeitas
2. O AUTOMATISMO
O automatismo compreende os movimentos maquinais do meio interno,
próprios do organismo (reflexos), produzidos por impulsos naturais hereditários,
os quais se processam independentemente da vontade. Esses movimentos, não
obstante, conservarem as propriedades essenciais, podem, em geral, ser
voluntariamente modificados ou inibidos, bem como tornarem-se habituais,
formados por reflexos condicionados.
Os movimentos instintivos, como os de um pássaro que voa pela primeira
vez em direção a uma árvore, ou de uma criança nova que se mostra excitada ao
ver um alimento, não são puramente automáticos, pois supõem a intervenção do
conhecimento e da vontade irrefletida (atos psíquicos) em face dos estímulos
externos.
O automatismo constitui a base orgânica da vida psíquica, notadamente no
desenvolvimento das tendências instintivas e das modificadas pela
aprendizagem.
3. A VONTADE
A vontade é um fenômeno mental consciente que consiste num ato
decisivo, mais ou menos deliberado, de determinação facultativa, próprio do
sujeito psicológico. Pode-se opor a uma atividade inconsciente, especialmente
quando determina passividade.
Na definição do fenômeno vontade encontra-se sérias dificuldades em face
das múltiplas teorias conhecidas. Muitos o definiram como “poder de atividade
racional”, como: “faculdade de querer, afirmar ou negar”, “reação própria do
indivíduo”, desejo dominante”, ou estudam-no simplesmente como “ato ou
comportamento voluntário”, não importando a sua natureza ou essência.
Podem-se distinguir num ato voluntário três fases que, no entanto, só
aparecem claramente distintas quando o ato determina uma acentuada
hesitação: a deliberação, a decisão e a execução.
a) A deliberação é um fenômeno intelectivo, um momento de indecisão
durante o qual o sujeito psicológico observa os fatos ou objetos, para
acreditar e decidir;
b) A decisão reduz-se ao “eu quero”, ao “fiat” (aconteça, faça-se),
constituindo a fase essencial do fenômeno; e
c) A execução consiste em realizar o que foi decidido.
4. O HÁBITO
Etimologicamente define-se o hábito como um ter - habere - que se traduz
como “propriedade de conservar o passado”.
Procurou-se preliminarmente definir o hábito em termos de inércia ou
passividade, ou de costume, comparando-os com certos fenômenos físicos e
processos de conformação fisiológica em adaptação do indivíduo ao ambiente: um
corpo elástico, quando dobrado ou esticado, tende retornar ao seu estado
primitivo; o organismo se reforça automaticamente habituando-se a um clima
muito quente ou muito frio, ou ao barulho ensurdecedor de uma máquina, ao uso
de uma forte bebida alcóolica e de certos alimentos picantes, etc. Mas a
plasticidade orgânica representa apenas uma restrita condição do hábito, pois
este implica o desenvolvimento de atividade, caracterizando-se pela expressão de
um dinamismo perenizante.
O hábito pode ser encarado de duas formas: objetivamente, como
elemento dinâmico resultante da interação automático-volitiva, cujo mecanismo
se explica em termos fisiológicos, pela formação de vias nervosas; e
subjetivamente, como um fenômeno psíquico subconsciente que consiste na
conservação ou reprodução semi-automática de atos ou de atitudes
anteriormente praticados, e que se realiza a partir de um estímulo ou impulso
mais ou menos voluntário.
Diz Jolivet que o “hábito é a vontade automatizada” ou “um automatismo
que nasce da atividade voluntária”. Realmente, o automatismo no hábito é
sensivelmente vigiado e controlado pela vontade, e, “quando a atenção e a
vontade desaparecem totalmente, ocorre a distração, consistindo esta,
precisamente, no funcionamento de automatismo sem controle sem nem
adaptação, às circunstâncias”. É pelo hábito, enfim, que o vivente torna-se
capacitado a conservar e reproduzir, com facilidade crescente, atividades
anteriormente praticadas, assim como, implicitamente, adquirir novos
conhecimentos, aptidões e disposições afetivas. O hábito constitui, assim, o
centro dinâmico do psiquismo na formação e no desenvolvimento intelectual e
afetivo.
5. A SENSIBILIDADE
A sensibilidade, resultante de impressões recebidas no cérebro através
das vias nervosas aferentes ou provocada por uma representação mental,
constitui o fenômeno essencial na base do psiquismo. Em ação coordenada com
elementos motores, a sensibilidade faz parte integrante do sistema dinâmico-
sensorial. Compreende o conjunto de fatos sensoriais cognitivos e efetivos.
A sensibilidade pode ser compreendida, também, num plano “extrafísico”,
tal como se apresenta nos fenômenos parapsicológicos de percepção extra-
sensorial.
CAPÍTULO III
1- CONHECIMENTO
Considera-se conhecimento o conjunto dos processos de representação
mental ou intelectual pelos quais, através dos sentidos, os objetos e suas relações
são dados ao sujeito psicológico como realidades.
São fatos fundamentais do conhecimento: os sensíveis – a sensação e a
imagem; e os abstratos – a percepção e a idéia. Desenvolve-se o pensamento
pelos processos: de sucessão – a associação; de relação – o juízo e o raciocínio;
de evocação – a memória; e de combinação – a imaginação. São fatos
essenciais do conhecimento a crença e a inteligência, o primeiro como veículo
superior da identificação do cognoscente com a realidade exterior, e o outro com
faculdade cognitiva no sentido ideal.
d) A imaginação
Tem sido a imaginação definida como “faculdade de se representar ou de
combinar imagens de objetos ausentes reais ou possíveis”, e como “faculdade de
fixar, conservar, reproduzir e combinar imagens das coisas sensíveis”. Certos
psicólogos, no entanto, nem sequer focalizam a imaginação como fenômeno
especial, tratando essas faculdades como meras funções do juízo, do raciocínio e
da memória. Mas é certo que a imaginação tem um caráter especial e exclusivo
qual seja a operação voluntária na qual o sujeito psicológico utiliza todos os
processos cognitivos, que, então, aparecem como meras condições da mesma
operação. Outrossim deve ser considerada a sua função construtiva, em busca de
uma verdade ou de uma idéia original.
Entendemos que a imaginação é um fenômeno ou processo psicológico que
consiste numa operação mental consciente, complexa e mais ou menos
demorada, pela qual o sujeito pensante, por meio da evocação e combinação
ESTRUTURAS FENOMENOLÓGICAS
1. A PERSONALIDADE
A personalidade tem sido alvo de inúmeras definições, em razão de variadas
concepções filosóficas. Alguns pensadores e psicólogos a consideram como uma
aparência exterior do indivíduo, outros como o conjunto de fenômeno ou de
elementos heterogêneos. As teorias se desdobram entre fenomenistas e
substancialistas. Na Psicologia Moderna a personalidade é encarada como uma
organização estrutural.
A personalidade ou pessoa (termos que se identificam em Psicologia
Científica) é uma realidade subjetiva, uma síntese integral do psiquismo no ser
humano, uma organização estrutural que se abstrai do conjunto das disposições
psicológicas e fisiológicas, tanto as genéricas como as obtidas na vivência do
indivíduo. Representa o próprio sujeito psicológico revestido de qualidades
sensíveis e abstratas, e de propriedades a ele inerentes, (sente, pensa e age),
condicionadas ao organismo, formando um todo indivisível. A formação da
personalidade depende de fatores orgânicos, psíquicos, culturais e sociais,
definindo-se exclusivamente no indivíduo dotado de razão.
Na estrutura da personalidade podem-se distinguir, pelos seus valores e
como fatores determinados de ação de expressão, a constituição, o
temperamento e o caráter.
a) A constituição
Dá-se o nome de constituição ao aspecto físico-morfológico da
personalidade, representando a estrutura do corpo humano. Abstrai-se do
conjunto das qualidades e propriedades somáticas (morfológicas e fisioquímicas,
transmitidas pela herança e modificadas por influências ambientais) relacionadas
ao psiquismo pessoal.
A constituição somática, representando um aspecto da pessoa, abrange a
postura, o estilo dos seus gestos e movimentos que constituem formas reativas
estreitamente ligadas ao psiquismo. Esse aspecto resulta da interação entre os
fatores inatos e os adquiridos na vivência do indivíduo.
Do estudo da constituição originou-se a biotipologia, que investiga as
relações entre os diferentes tipos somáticos e os psíquicos humanos,
considerando-se que certas formas individuais relacionam-se com determinadas
características mentais.
“A biotipologia restringe-se ao conforto entre a forma física (visual) ou figura
humana e o caráter, senão haveria de ultrapassar o seu objeto formal e penetrar
no reduto de outras disciplinas biológicas” (Jolivt).
Parece não existir acordo entre os psicólogos ou biotipólogos quanto a
classificação dos tipos de constituição. Sabe-se, no entanto, que as escolas
francesas, alemãs e italianas assim os distinguem:
• escola francesa – tipos digestivo, respiratório, muscular e nervoso (segundo
o predomínio das respectivas formas aparentes);
• escola alemã – tipo astênico ou leptossômico (estrutura estreita, com
predomínio das formas verticais), tipo atlético ou muscular(desenvolvido
muscular e ósseo), tipo displástico (formas anormais em geral) e tipo pínico
(obesos com acentuadas, cavidades viscerais e membros curtos); e
CAPÍTULO V
NOÇÕES DE PSICANÁLISE
a) A estrutura psicodinâmica
Para a melhor compreensão da processologia psicanalítica, convêm antes,
através de uma imagem visual, proceder-se a uma acurada observação ou
comparação entre os estados ou graus de consciência, os elementos do sistema
dinâmico-sensorial e os fatos de conhecimentos e de afetividade. Embora o
psiquismo não possa ser submetido às leis da extensão, têm sido inúmeras as
tentativas de sistematizar a sua estrutura em formas gráficas. Apresenta-se,
assim, a consciência divina em “zonas” onde se operam os fenômenos,
enquanto são reduzidos a mecanismos e conteúdos, como elementos em luta,
interações, bloqueios, compressões, cargas e descargas, materializando-se,
simbolicamente, fenômenos inextensos, sensíveis ou puramente abstratos,
visando torná-los inteligíveis.
A consciência é representada por zonas circulares concêntricas:
C-V = A zona externa simboliza o Consciente e a Vontade. Trata-se da
consciência clara, nos seus graus mais elevados, também chamadas consciência
supraliminar. É onde se operam os fenômenos psicológicos sob o controle
seletivo da atenção. É o âmbito da sensibilidade nítida, das percepções, idéias,
juízos, lembranças, imaginação, crença e emoções em atos de repressão ou de
liberação dos impulsos, os quais quando irrefletidos, podem ser atribuídos ou
subconsciente.
S-H = A zona intermediária, o Subconsciente, também chamado pré-
consciente e consciente liminar. É o reduto do Hábito e da sensibilidade
confusa ou não claramente percebida, tal como nas sensações e imagens, em
função das tendências adquiridas ou sentimentos latentes, inerentes ao caráter.
I-A = A zona central significa o Inconsciente, também denominado
consciência subliminar. É a fonte simbólica do Automatismo, a sede genética
dos fenômenos em potência, o domínio do virtual, das tendências instintivas, das
representações mentais remotas e esquecidas e dificilmente evocadas, dos
sentimentos recalcados.
1- MÉTODO ANALÍTICO
2- MÉTODO CATÁRTICO
3. MÉTODO HIPNÓTICO
4- MÉTODO DE RELAXAMENTO
6- MÉTODO DE “SONHO-ÉVEILLE”
7- MÉTODO DE NARCOANÁLISE
CAPÍTULO VI
1- AS ORIGENS DO COMPORTAMENTO
a) Fator psíquico
c) Fator sócio-mental
d) Fator físico
2- AS ATITUDES
BIBLIOGRAFIA
Aluno: Matrícula:
Cidade: Turma:
16) Cite e classifique as três partes simbólicas que segundo Freud, se distingue no
campo da consciência.
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( 3 ) Método hipnótico ( ) Consiste nas formas de tratamento em que se faz um esforço intencional
de análise ou “dissecação” do psiquismo no indivíduo.
( 4 ) Método de relaxamento
( )Visa eliminar as perturbações psíquicas ou neuroses principalmente
através da provocação de uma explosão emocional, na qual o paciente
manifesta-se colérico e agressivo ou bastante excitado com lamentações,
( 5 ) Método de “sonho-éveillé”
lágrimas etc.
(
( 6 ) Método de narcoanálise ) Compreende as diversas modalidades de tratamento que tem em
comum provocar no paciente uma sonolência artificial ou estados muitos
próximos ao sono onírico.
Bibliografia Básica
BRAGHIROLLI, Elaine Maria et al. Psicologia geral. 24. ed. Petrópolis: Vozes,
2004.
SARTRE, Jean-Paul. Freud, além da alma: roteiro para um filme. 2. ed. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 2005.
Bibliografia Complementar
PIAGET, Jean. Seis estudos de psicologia. 24. ed. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 2005.