Anda di halaman 1dari 84

www.embalagemmarca.com.

br
EDITORIAL  A ESSÊNCIA DA EDIÇÃO DO MÊS, NAS PALAVRAS DO EDITOR

Diferente e sempre melhor


ostaríamos de nos satisfa- GEMMARCA, planejado para ser, mais que

G
zer com o êxito das tare- um concurso que se esgota a cada edição,
fas a que nos dedicamos, um conjunto de estudos de cases de
como o que foi alcançado embalagem. A iniciativa, para a qual já se
pelo SEMINÁRIO ESTRATÉGI- encontram abertas as inscrições, tem data
CO EMBALAGENS FLEXÍVEIS – DA MATÉRIA- marcada para ocorrer: 1º de outubro.
PRIMA AO PONTO-DE-VENDA, realizado em Peça fundamental e embrião do CICLO
São Paulo. O evento, com o qual a Bloco DE CONHECIMENTO, EMBALAGEMMARCA
de Comunicação coloca em sólidas bases traz nesta edição a cobertura analítica da
a rota do CICLO DE CONHECIMENTO, inau- feira Interpack, feita pelo enviado espe-
gurado no ano passado com o lançamento cial à Alemanha, Guilherme Kamio, cujo
do PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES olhar especializado sempre capta ângulos
CASES DE EMBALAGEM, foi considerado um e tendências capazes de apontar rumos
sucesso pela quase unanimidade das mais para os leitores. Também nessa linha, a
de 300 pessoas a ele presentes. reportagem sobre o mercado de leite mos-
Seria soberba se disséssemos ser-nos tra em profundidade a movimentação que
indiferente que tenha sido assim. Ficamos vem ocorrendo no campo das embalagens
felizes com o resultado, mas impede-nos nessa área. E, com a saída da senadora
de nos darmos por satisfeitos o lema que
sempre orientou nossas iniciativas: “Fazer
Marina Silva do Ministério do Meio
Ambiente e sua substituição por Carlos
“O SEMINÁRIO ESTRATÉGICO
diferente do que os outros fazem e sem- Minc, as discussões em torno da preser- EMBALAGENS FLEXÍVEIS:
pre melhor do que nós mesmos fazemos”. vação ambiental e suas implicações na
Assim, aquele evento terá continuidade infra-estrutura de energia no Brasil cer- DA MATÉRIA-PRIMA
em ações complementares, visando atin- tamente serão intensificadas. Para falar a
AO PONTO-DE-VENDA
gir metas de interesse da cadeia produtiva respeito entrevistamos Marcos Vinícius
de embalagens (ver pág. 12). Gusmão Nascimento, vice-presidente da terá continuidade em
Tais atividades se enquadram nos Abrace, a associação dos grandes consu-
objetivos do CICLO, que são ampliar as midores de energia. O eixo da entrevista ações complementares,
informações relacionadas à área de emba- é a competitividade da indústria brasilei- visando atingir metas
lagem, transformá-las em conhecimento ra (incluindo embalagens). Segundo ele,
e, em conjunto com os players do setor, está ameaçada. Até a próxima. de interesse da cadeia
influir no aperfeiçoamento do produto
brasileiro. Também se encaixa nesse pro-
de embalagens”
pósito a realização do PRÊMIO EMBALA- Wilson Palhares

Diretor de Redação:
EMBALAGEMMARCA é Wilson Palhares | palhares@embalagemmarca.com.br Público-Alvo
uma publicação mensal da Reportagem: redacao@embalagemmarca.com.br EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que
Bloco de Comunicação Ltda. Flávio Palhares | flavio@embalagemmarca.com.br
Rua Arcílio Martins, 53 ocupam cargos de direção, gerência e super-
Guilherme Kamio | guma@embalagemmarca.com.br
CEP 04718-040 Marcella Freitas | marcella@embalagemmarca.com.br visão em empresas integrantes da cadeia de
São Paulo, SP Departamento de arte: arte@embalagemmarca.com.br
embalagem. São profissionais envolvidos com
Tel.: (11) 5181-6533 Diretor de arte: Carlos Gustavo Curado | carlos@embalagemmarca.com.br o desenvolvimento de embalagens e com poder
Fax: (11) 5182-9463 Assistente de arte: José Hiroshi Taniguti | hiroshi@embalagemmarca.com.br de decisão colocados principalmente nas indús-
www.embalagemmarca.com.br Administração: trias de bens de consumo, tais como alimentos,
Eunice Fruet | eunice@embalagemmarca.com.br bebidas, cosméticos e medicamentos.
Filiada ao
FOTO DE CAPA: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

Marcos Palhares | marcos@embalagemmarca.com.br


Departamento Comercial: comercial@embalagemmarca.com.br
O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é
João Tichauer | tichauer@embalagemmarca.com.br
Juliana Lenz | juliana@embalagemmarca.com.br resguardado por direitos autorais. Não é
Karin Trojan | comercial@embalagemmarca.com.br permitida a reprodução de matérias editoriais
Filiada à Wagner Ferreira | wagner@embalagemmarca.com.br publicadas nesta revista sem autorização
Circulação e Assinaturas (Assinatura anual: R$ 99,00): da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões
assinaturas@embalagemmarca.com.br expressas em matérias assinadas não refletem
Ciclo de Conhecimento: necessariamente a opinião da revista.
Ivan Darghan | ivan@embalagemmarca.com.br
SUMÁRIO  Nº 105  MAIO 2008

12 Ciclo de Conhecimento
Seminário sobre embalagens flexíveis reúne empre-
Reportagem
sários e executivos do setor em busca de soluções
para um desequilíbrio que afeta toda a cadeia de capa: Leites 20
Flexíveis querem quebrar hegemonia
das cartonadas assépticas no
mercado de leite longa vida. Estas
têm na maior conveniência uma
trincheira para se defender

Entrevista:
Marcos Vinícius
Gusmão Nascimento 32 40 Tintas imobiliárias
Vice-presidente da Abrace diz que Com embalagens mais alegres, marca
competitividade do Brasil é afetada paranaense apela à empatia com o público
pelo custo da energia

64 Bebidas
Interpack 44 Campari renova apresentação
de três de seus carros-chefes
Comemorando 50 anos, mostra alemã de
tecnologia de embalagem destaca avanços em
bioplásticos e novidades em outras searas

Internacional 72
Nos Estados Unidos, vodca
inova ao utilizar garrafa
de PET com alça encravada

Eventos 74
Embala Minas reforça a percepção de
que feiras regionais de embalagem
fazem todo sentido no Brasil

4 EmbalagemMarca maio 2008


Editorial 3
A essência da edição do mês, nas palavras do editor

Na web 6
O que a seção de notícias de www.embalagemmarca.com.br
e a e-newsletter semanal levam aos internautas

Espaço aberto 8
Opiniões, críticas e sugestões de nossos leitores

Panorama 28
Movimentação do mundo das embalagens e das marcas

Painel gráfico 66
Produtos e processos da área gráfica para a produção de
rótulos e embalagens

Display 76
Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

Almanaque 82
Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

www.embalagemmarca.com.br
NA WEB
Uma amostra do que a seção diária de notícias de www.embalagemmarca.com.br e a e-newsletter semanal da
revista levam aos internautas
Panorama Lançamento

Pão de Açúcar tem Cerveja e futebol


nova marca própria
A Heineken lança no Brasil uma edição limitada de embalagens temáticas da
O Grupo Pão de Açúcar avança na sua Copa dos Clubes Campeões da Europa (UEFA Champions League). O layout
estratégia de transversalidade de marcas e das garrafas long neck e das latas comemora a final da competição, realizada
coloca nas prateleiras Qualitá. A novidade em Moscou. As latinhas são acondicionadas em uma embalagem de papel
será comercializada nos supermercados cartão com imagens do torneio.
Pão de Açúcar, Compre Bem, Sendas, Extra
Perto, Extra e Extra Fácil. No portfólio de Leia mais em www.embalagemmarca.com.br/heinekenuefa
Qualitá estão previstos desde alimentos e
utilidades domésticas até itens de higiene
e limpeza. Grupo Pão de Açúcar já tinha a
marca própria Taeq.

Leia mais em
www.embalagemmarca.com.br/paoacucar

Display

Vizcaya lança produtos


para tratamento capilar

A empresa de cosméticos Vizcaya apresenta três novas


linhas batizadas de Blonde Action, Control Mix e Silver
Touch. As embalagens, criadas pela B+G designers, seguem
o visual dos produtos da marca que já estavam no mercado. Fechamentos

Seaquist Closures lança nova tampa flip-top


Leia mais em
www.embalagemmarca.com.br/vizcaya Com nome inspirado na leveza, uma das diretrizes
de seu desenvolvimento, a Etérea é a nova tampa
standard flip-top oval para frascos e frasnagas
de produtos de higiene pessoal e cosméticos da
Seaquist Closures. O perfil baixo demanda menos
uso de plástico, em linha com a exigência por sus-
tentabilidade. Com terminação snap-on, a tampa
pode ser utilizada em embalagens invertidas e está
disponível com orifícios de 3, 5 e 8 milímetros. Ela pode acoplar
a válvula SimpliSqueeze, cujo mecanismo de diafragma não
deixa resíduos em volta do orifício dosador.
RECEBA A E-NEWSLETTER
SEMANAL DE EMBALAGEMMARCA
Leia mais em www.embalagemmarca.com.br/seaquist
Visite www.embalagemmarca.com.br/newsletter
e cadastre seu e-mail.
Nosso boletim eletrônico, gratuito, é
publicado todas as quintas-feiras.

6 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


ESPAÇO ABERTO  OPINIÕES, CRÍTICAS E SUGESTÕES DE NOSSOS LEITORES

contatos com usuários e convertedores, ao SUCESSO! Meu comunicado não tem


trazer uma abordagem um pouco mais o intuito de simplesmente parabenizar
estratégica sobre a embalagem, sobre os organizadores, mas acho importante
sua importância para as empresas como atestar alguns pontos que fazem de um
ferramenta de marketing, acho que esta- encontro de classe um evento importan-
mos vivendo um paradoxo, complexo de te e de sucesso. A escolha do local e a
se resolver, uma vez que as discussões organização da logística foram perfeitos.
acabam em sua grande maioria sendo A qualidade dos palestrantes e, mais
direcionadas para as áreas de compras. importante, a combinação de colocar em
Dessa forma, para tentarmos entender público as opiniões de clientes represen-
um pouco mais como as empresas estão tados por empresas do porte de Sadia,
tratando a embalagem como estratégica, Nestlé e Cadbury Adams foi essencial
e não apenas administrada como insu- para o aproveitamento do evento. Ao
mo, gostaria de deixar registrada minha contrário de eventos similares, foram
sugestão para que, nos próximos even- apresentados, de maneira profissional, os
Ciclo de Conhecimento tos, vocês convidem pessoas das áreas problemas dessa cadeia de produção com
de Desenvolvimento e Marketing dos opiniões, sugestões e críticas de todas
End-Users, uma vez que, assim como as as partes envolvidas, sem em nenhum
empresas convidadas, as próximas serão momento faltar a verdadeira vontade de
empresas estruturadas, possivelmente colaboração na solução desses proble-
com a existência dessas áreas. Acho que mas. O diálogo que vimos entre clientes
a discussão será ainda mais interessante! e fornecedores é um exemplo para todos
Reforço minhas congratulações. nós de como um mercado maduro pode
Andre Giglio e deve se comportar. Ainda lembro que
Nova Petroquímica a audiência foi excepcional na qualida-

Primeiramente gostaria de parabenizar Quero parabenizar a equipe de E


São Paulo, SP de e quantidade da platéia, que esteve
presente até o último minuto da última
toda a equipe da Bloco de Comunicação MBALA- palestra, coisa rara nos eventos desse
pela organização do SEMINÁRIO ESTRATÉ- GEMMARCA pela iniciativa de reunir pro- tipo. Foi altamente produtivo e informa-
GICO EMBALAGENS FLEXÍVEIS: DA MATÉRIA- fissionais comprometidos com a cadeia tivo ter participado deste acontecimento,
PRIMA AO PONTO-DE-VENDA. O perfil do do mercado de embalagens flexíveis e as pessoas que não puderam participar
público, o conteúdo das apresentações e a para, juntos, entender e buscar soluções certamente o farão na próxima vez, em
audiência até o final do dia comprovaram assertivas para a manutenção e cresci- função das notícias que receberão dos
a qualidade do evento. mento do nosso negócio. Para a completa participantes.
Minha única observação é com relação realização dos objetivos, uma análise Miguel Troccoli
ao perfil dos profissionais convidados das discussões realizadas, bem como a General Manager
para o debate. É evidente, natural e com- priorização das ações identificadas, será PTC Graphic Systems Ltda.
preensível que o tema “redução de custo” fundamental para a consolidação do cres- São Paulo, SP

A excelente qualidade do S
tenha sido um dos principais assuntos cimento do setor.
abordados, pelo fato de os profissionais Davide Botton EMINÁRIO
serem pessoas cujas atividades estão liga- Diretor Comercial ESTRATÉGICO EMBALAGENS FLEXÍVEIS: DA
das diretamente às áreas de suprimentos Polo Films MATÉRIA-PRIMA AO PONTO-DE-VENDA e o
das empresas em que trabalham. São Paulo, SP alto nível do público a ele presente não

Como participante de eventos, seminá-


Dessa forma, acredito que essa discussão chegaram a nos surpreender. Os eventos
sobre “custo” ficou exagerada. Temos realizados pela Bloco de Comunicação,
já há algum tempo nos esforçado para rios e congressos de longa data, pois sou assim como a revista EMBALAGEMMAR-
mudar essa mentalidade que impera em do ramo gráfico há trinta anos (especifi- CA, por ela editada, sempre proporcio-
nosso mercado. Haverá muito pouco camente no setor de flexografia, há quin- nam a oportunidade de encontrar pessoas
espaço para inovação em embalagens ze), posso dizer que o CICLO DE CONHE- que decidem no mercado de embalagem.
se, ao discutirmos projetos com os end- CIMENTO da Bloco de Comunicação, que Além disso, esses eventos e, convém
users, continuar a imperar uma barreira iniciou com o SEMINÁRIO ESTRATÉGICO repetir, a revista permitem a atualização
chamada custo. EMBALAGENS FLEXÍVEIS – DA MATÉRIA- tecnológica e o acesso a novas tecnolo-
Se estamos tentando hoje, em nossos PRIMA AO PONTO-DE-VENDA, está fadado gias e a inovações do setor. O CICLO DE

8 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


ESPAÇO ABERTO  OPINIÕES, CRÍTICAS E SUGESTÕES DE NOSSOS LEITORES

CONHECIMENTO, em que estão contidas grande acerto colocar ao alcance das pes- uma grande oportunidade para ficarmos
essas ações, é uma iniciativa que chega soas todo esse material que traz conceitos a par do que ocorre neste ramo de ati-
em boa hora para o setor de embalagem. técnicos sobre o processo do design. O vidade em sua região, oferecendo-nos
Parabéns à equipe da Bloco de Comuni- design é uma profissão, e cada pessoa informação, novidades e entretenimento.
cação. Sucesso! que a exerce deveria agir profissional- A revista EMBALAGEMMARCA possui uma
Luiz Fernando Pereira mente. Na América Latina tomamos as grande qualidade, tanto em reportagens
Diretor da Greenfield coisas com pouco profissionalismo, ape- quanto em entrevistas, que em nada fica a
Business Promotion lamos mais à inspiração do que ao conhe- dever às revistas especializadas editadas
São Paulo, SP cimento, mas esse é um ponto que vocês por espanhóis, ingleses, argentinos, chi-

OS
estão ajudando a mudar lenos e outros. Atenciosamente, despeço-
EMINÁRIO ESTRATÉGICO EMBALAGENS Carlos Esteban Ramos Díaz me, já aguardando a próxima edição de
FLEXÍVEIS: DA MATÉRIA-PRIMA AO PONTO- Designer EMBALAGEMMARCA.
DE-VENDA foi um importante passo para Lima, Peru Juan Manuel Cañacar

Achei sensacional a entrevista com


as discussões sobre a busca de valor na Santiago, Chile
cadeia produtiva de embalagens flexí-
veis, gostei muito do painel de debate Karim Rashid. As perguntas foram muito Para amigos e colegas

A revista E
com os usuários de embalagens (Nestlé, bem elaboradas. Parabéns a EMBALAGEM-
Sadia e Cadbury Adams). MARCA pelo excelente trabalho. MBALAGEMMARCA traz repor-
Ana Decot Edson Konioshi tagens detalhadas e específicas. Constan-
Gerente de Marketing e Packing Design temente estou atualizando as informações
Desenvolvimento de Mercado São Paulo, SP que vocês fornecem, e as retransmito a

Muito boa a entrevista do designer


Itap Bemis amigos e colegas. Parabéns.
São Paulo, SP Darío Cárdenas

Gostei bastante do evento e aproveito


Karim Rashid publicada em EMBALAGEM- Montevidéu, Uruguai
MARCA.
a oportunidade para parabenizá-los pela Ronnie Schröter
brilhante execução do mesmo.
Carlos Ricardo Oliveira
Diretor Comercial
Etirama Indústria de Máquinas Ltda
Mensagens para
Marketing Analyst
DuPont Liquid Packaging Systems
Sorocaba, SP
EMBALAGEMMARCA
São Paulo, SP Cuidado com o conteúdo
Redação: Rua Arcílio Martins, 53

Karim Rashid Desejo felicitá-los pela excelente apre- CEP 04718-040 • São Paulo, SP
Tel (11) 5181-6533
sentação e pelo cuidado com o conteúdo
É a primeira vez que faço um comentário que marcam a revista EMBALAGEMMARCA.
Tenho recomendado com meus compa-
Fax (11) 5182-9463
sobre EMBALAGEMMARCA. Tinha receio de redacao@embalagemmarca.com.br
que minhas palavras não passassem das triotas que de alguma forma se relacio-
clássicas felicitações que sei, são sem- nam com o tema embalagem que a leiam. As mensagens recebidas por
pre bem recebidas. Mas a entrevista de A revista é uma das melhores publicações
carta, e-mail ou fax poderão
Karim Rashid (edição 104, abril 2008) que já li (e continuarei lendo), devido
foi excelente e vale a pena elogiá-lo por à excelente informação com que nos ter trechos não essenciais
seu profissionalismo. A revista sempre brinda. Por todo o exposto, felicito EMBA- eliminados, em função do
tem conteúdo bom e atual, com informa- LAGEMMARCA e desejo que publicações
espaço disponível, de modo a
ções que permitem avaliar, a qualquer dessa natureza se mantenham no meio.
profissional envolvido com o setor, temas Oscar Ramírez dar o maior número possível
importantes de seu trabalho diário. Engenheiro de oportunidades aos leito-
Isabel Barbera Buenos Aires, Argentina
res. As mensagens poderão
Entre Ríos, Argentina
Oportunidade também ser inseridas
Parabéns a E MBALAGEMMARCA por suas
Parabéns pela iniciativa de levar adian- no site da revista
reportagens, especialmente pela entrevis- www.embalagemmarca.com.br
ta com Karim Rashid e por outras maté- te uma revista brasileira na área de emba-
rias sobre o tema design. Me parece um lagens. Para nós, chilenos, representa

10 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


 EVENTO

“Uma estréia brilhante”


FOTOS: ÁLVARO MOTTA E JOSÉ CORDEIRO

Palco, público e café


no seminário. À direita,
de cima para baixo, os
palestrantes Fernanda
Cavalleri (Ciba Services/
Pira International),
Synésio Batista da Costa
(Abraflex), Fernando
Gasparini (Grupo Pão de
Açúcar), José Ricardo Roriz
Coelho (Vitopel) e Wilson
Palhares (EMBALAGEMMARCA).
Abaixo, painel de debates
com grandes usuários de
embalagens: Telma Gomes
(Sadia), Moacyr Calligaris
Jr. (Nestlé), Guillermo
Rebolledo (Cadbury
Adams) e Guilherme Kamio
(EMBALAGEMMARCA)

12 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


O
Seminário sobre embalagens flexíveis, SEMINÁRIO ESTRATÉGICO EMBALAGENS
FLEXÍVEIS: DA MATÉRIA-PRIMA AO
primeiro movimento do CICLO DE CONHECIMENTO, PONTO-DE-VENDA, realizado dia 12
cumpre objetivo de reunir protagonistas de maio no Vila Noah Espaço de
Eventos, em São Paulo, foi o que um
de todos os elos da cadeia produtiva dos presentes definiu como “uma estréia brilhante”.
Tomamos a frase emprestada desse assistente, cujo
nome não foi anotado, como síntese dos depoi-
mentos reproduzidos nas páginas desta reportagem
e também como resultado de pesquisa de opinião
respondida por 90% dos mais de 300 empresários e
profissionais de alto escalão daquela cadeia produti-
va de embalagem presentes na ocasião. As opiniões
foram amplamente favoráveis.
Para a Bloco de Comunicação, que inaugurou de
forma tão auspiciosa o CICLO DE CONHECIMENTO, nova
etapa de sua missão de difundir informação com
valor agregado, tal resultado serve como estímulo
para prosseguir e intensificar os trabalhos em anda-
mento. Na verdade, como anunciado desde o lança-
mento do CICLO, os eventos já programados – como
o seminário sobre sustentabilidade, em agosto próxi-
mo – com aquele objetivo não se encerraram ali.
Assim, as apresentações e os debates que a Moacyr Calligaris Jr.,
Uma das grandes coisas que vocês con- diretor de supply chain
elas se seguiram estão sendo transcritos e edita- da Nestlé Brasil
seguiram foi colocar a cadeia toda junta, e a cadeia
dos, devendo ser apresentados de forma resumida
junta tem um grande significado para nós. Essa
em Caderno Especial na igualmente especial possibilidade de contatar ao mesmo tempo uma
edição de nono aniversário de EMBALAGEMMARCA, grande quantidade de pessoas que trabalham no
em junho próximo. Além disso, por consenso dos mesmo campo demonstra que podemos fazer algu-
palestrantes e debatedores, e também por sugestão ma coisa juntos pelo nosso país e pelo crescimento
de inúmeros assistentes, os esforços em busca de desse mercado. Isso não tem preço!
posições consensuais em torno de problemas que
atingem toda a cadeia produtiva de embalagens
flexíveis passam a ter continuidade, em reuniões
e fóruns de menor amplitude mas não de menor
Como foi repetidamente expressado
importância.
durante todas as apresentações, um evento como
Nessa linha, a Bloco de Comunicação regis-
este traz oportunidades para os agentes de toda
trou um domínio na internet que servirá de veículo
a área de embalagens flexíveis de rediscutir os
para o encaminhamento de idéias, sugestões e principais conceitos, os principais valores e o
proposições. Estas, evidentemente, terão espaço que pode ser melhorado no âmbito de produtor,
nas páginas da revista impressa e em sua versão Sinclair Fittipaldi,
gerente de marketing transformador e convertedor, para melhorar a
eletrônica. Por esse canal os participantes do da Nova Petroquímica produtividade da cadeia. Precisamos trabalhar. O
Seminário do dia 12 estarão recebendo o conteúdo comparecimento da nata da indústria ao evento
completo do evento, com exclusividade. O ende- demonstra que está todo mundo interessado em
reço será divulgado assim que a construção desse dar as mãos e fazer o Brasil dar esse salto de
canal estiver concluída. qualidade, produtividade e competitividade de
No aspecto formal do seminário, cabe regis- custos, no ambiente interno e externo. Acho que
esse é o resumo de tudo.
trar que praticamente tudo transcorreu conforme
planejado. Foi do agrado da maioria, por exem-
plo, a instituição de pausas para café (coffee Eduardo Belleza,
breaks) um pouco mais longas do que o habitual diretor comercial
da Converplast
em eventos desse tipo. Com isso alcançou-se o
objetivo de facilitar a troca de experiências e infor-
Esse evento foi muito importante para a cadeia como um todo, primeiro
mações. Inesperada foi a ausência do ministro do
pela qualidade do público participante, onde os debates e as perguntas foram de
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, alto nível e esclarecedores. Como em sua maioria as pessoas que compareceram
Miguel Jorge, convocado que foi pelo presidente têm poder de decisão, as perguntas foram objetivas e transparentes. E os pales-
da República, praticamente às vésperas do semi- trantes vieram determinados a ter essa transparência. Isso vai ser muito importan-
nário, para anunciar na sede do BNDES, no Rio te para direcionar nossos negócios. Fazia tempo que não víamos um evento com
de Janeiro, a nova política industrial para o país. palestrantes de primeira linha reunidos, bastante atentos e interessados em poder
se atualizar para um futuro que vem batendo á nossa parte diariamente.
REPRODUÇÃO

O evento foi importante para que


pudéssemos fazer uma radiografia profun-
da do setor, envolvendo a cadeia como um
todo. Acho que isso reflete o amadureci-
mento do momento e a expectativa é de
que em curto ou médio espaço de tempo
consigamos efetivamente concretizar uma
série de anseios que foram colocados no
Ministro Miguel Jorge foi convocado pelo presidente Lula fórum de hoje. Parabéns pela iniciativa de Nicolau Baladi,
para anunciar a nova política industrial do país. EMBALAGEMMARCA. sócio-diretor
Ao saber que não poderia comparecer, gravou um da Santa Rosa
depoimento especial para os participantes do Seminário Embalagens Flexíveis

14 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


No entanto, ele gravou um depoimento focado no
Tivemos hoje um dia intenso de traba-
tema das embalagens plásticas flexíveis, que foi
lho, e foi muito importante, principalmente pela
transmitido em telão no auditório do Villa Noah. questão de estarem sendo encarados de frente
Independentemente da ausência do ministro, ao os problemas da cadeia produtiva de emba-
qual serão encaminhadas as posições consensuais lagens flexíveis. É a primeira vez que o setor
do setor, sem dúvida o ponto forte do seminário foi faz isso de forma madura, profissional e com
seu conteúdo, resultado das palestras e dos painéis mobilização efetiva. Estamos saindo daqui com
de debate, com altamente qualificada participa- muito mais responsabilidade do que quando
ção do público. Os palestrantes foram: Fernanda entramos, porque agora sabemos o que temos
Cavalleri, da Ciba Services/Pira International; Dirceu Varejão,
de fazer e não mais estamos tentando encontrar
Fernando Gasparini, diretor de logística do Grupo diretor comercial como fazer isso. Acho que o evento está de
da Vitopel parabéns, EMBALAGEMMARCA foi de vital impor-
Pão de Açúcar; José Ricardo Roriz Coelho, pre-
tância no sentido de ter aberto efetivamente um
sidente da Vitopel; e Synésio Batista da Costa,
espaço. Agora temos de cobrar resultados, tra-
presidente da Abraflex (Associação Brasileira dos
balhar concretamente e trazer a competitividade
Fabricantes de Embalagens Laminadas). Do painel que buscamos estes anos todos.
de debates de grandes compradores de embala-
gens participaram Guillermo Rebolledo, gerente
de compras de Embalagem América do Sul da Sérgio Angelucci,
Cadbury Adams; Moacyr Calligaris Jr., diretor de diretor comercial
Embalagens
supply chain da Nestlé Brasil; e Telma Gomes, Flexíveis Diadema
gerente de negociação da Sadia. O painel de deba-
tes com representantes de todos os elos da cadeia
produtiva foi formado por Dirceu Varejão, diretor
comercial da Vitopel; Rogério Mani, presidente
da ABIEF (Associação Brasileira da Indústria de
Embalagens Plásticas Flexíveis), além de Fernanda
É um evento muito importan- qualidade. Que seja o primeiro de uma
Cavalleri e Moacyr Calligaris Jr. O seminário foi
te. Pela primeira vez vejo um evento série de muitos. Buscamos exatamen-
patrocinado pela Vitopel.
que reúne realmente a nata da cadeia te um fórum em que possamos colo-
de embalagens, com consistência nas car os problemas, sensibilizar todos
palestras, com assuntos superatuais, os elos da cadeia e tentar buscar a
discutindo efetivamente problemas que solução. Esse é o mote que discuti-
são estratégicos, que levam na direção mos aqui e é o caminho que temos de
da concepção de uma administração enfrentar. A Bloco de Comunicação e a
melhor. Isso é uma grata surpresa, revista EMBALAGEMMARCA estão de para-
porque poucas vezes – ou melhor, béns, conseguiram fazer um excelente
nenhuma vez – vi um evento com essa evento.

Nos intervalos, tempo para networking

Primeiro dou parabéns à problemas cruciais. Conseguir reunir o Brasil precisa ter produtos para Lincoln Seragini,
iniciativa de EMBALAGEMMARCA, porque a cadeia inteira, com debates de exportação – e, em vez de fechar diretor-presidente da
Seragini Farné Guardado
se debate muito pouco embalagem alto nível, é muito produtivo. Imagine as portas com barreiras, temos de
no Brasil, em todos os sentidos. que no ano de 2008 há empresas ter inteligência não só estratégica,
Esse debate, especificamente, trata gigantes reclamando da falta de mas de qualidade e inovação. Vendo
de um assunto que tem repercus- colaboração e integração com seus os debates de hoje fiquei animado.
são mundial, porque o Brasil, na fornecedores. É incrível isso! Acho Ainda que tardiamente, chegou a
competição internacional, atravessa que o Brasil não tem saída se não hora de todos os segmentos unirem
o caminho da China, e vice-versa. nos unirmos em todos os níveis, suas forças para todos ficarmos
É muito corajoso, isso mostra a porque matéria-prima é uma das mais competitivos, que é o que real-
marca da revista, que é enfrentar fases, mas, antes de mais nada, mente interessa.

16 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


Acho muito importante um evento José Ricardo Roriz Coelho, Acho que a criação do CICLO DE
diretor do Departamento
como esse. É a oportunidade de refletirmos de Competitividade e CONHECIMENTO é importante para podermos estar
sobre o que estamos fazendo. Porém, mais do Tecnologia da Fiesp e debatendo. Estava aqui a nata do setor de emba-
que isso, temos de prospectar o futuro, para presidente da Vitopel lagens flexíveis. Essa discussão já vem acon-
que não tenhamos surpresas no presente. O tecendo há tempos, só que estava muito difícil
que está acontecendo é que toda a cadeia conseguirmos reunir no mesmo ambiente de dis-
petroquímica e todos os elos da cadeia estão cussão sadia toda a cadeia produtiva e o end-user.
sofrendo uma modificação muito grande, e Significa que existe a predisposição de acertar,
nós precisamos nos atualizar, atualizar nosso existe a predisposição de crescer e de estarmos
modelo, para não perdermos competitividade juntos nesse processo. A cadeia produtiva não
e a oportunidade de participarmos de uma se encerra no transformador. Além dos elos aqui
maneira muito mais forte aproveitando as van- representados, temos os fabricantes de máquinas,
tagens comparativas do Brasil. os fabricantes de equipamentos e o end-user. O
CICLO DE CONHECIMENTO veio agregar muito mais ao
setor. É o start para uma nova fase. Em todos os
trabalhos que temos feito buscamos eficiência em
nível de custos, de pressão de preços e em nível
É bom saber que toda a cadeia está preocupada. O problema da com- governamental. A cadeia produtiva do plástico é
petitividade do Brasil perante os concorrentes internacionais se faz cada vez extremamente importante, nós temos uma partici-
mais latente. Por participamos de muitos eventos internacionais, começamos a pação muito grande em relação ao Produto Interno
perceber que o Brasil tem muito chão a percorrer quando comparado com os Bruto. Temos de nos consolidar cada vez mais
concorrentes de fora, que estão tomando cada vez mais espaço no mercado. É como agentes eficientes e fazer parte do mundo.
importante saber que há a preocupação de toda a cadeia do plástico para tentar Não tem outra alternativa. Como existe a predispo-
melhorar a competitividade do Brasil. Nosso relacionamento é direto com trans- sição e a vontade de todos para fazer acontecer, o
formadores, e sentimos que eles têm a preocupação e a vontade de atingir novos start foi dado.
mercados lá fora. Só que precisam também contar com a apoio de todos os elos
da cadeia para ser competitivos. Do contrário, muito esforço que fazemos para a
promoção do Brasil lá fora acaba sendo em vão. Acontece que promovemos uma
imagem do Brasil como tendo uma cadeia integrada, com auto-suficiência em
matéria-prima, só que isso tem de ser refletido nas empresas transformadoras.
Elas têm de ser competitivas para atender novos mercados.
Rogério Mani,
presidente da Abief –
Associação Brasileira da
Indústria de Embalagens
Plásticas Flexíveis
André Marzall,
especialista em
desenvolvimento
O evento é muito bem vindo. samos do governo junto com a gente. As
de mercado para
embalagens Esse mercado de plásticos é muito associações de classe precisam fazer um
flexíveis do fragmentado, tem muitos agentes, e às trabalho mais profundo, para organizar os
Programa
vezes a voz deles não é ouvida, nem eles pleitos dos seus associados, para atender
Export Plastic
ouvem a nossa voz, a voz da indústria ao consumidor brasileiro. O evento de
usuária. Colocar todos no mesmo lugar hoje foi fundamental como um aglutinador
é a grande vantagem para podermos dessas correntes todas, de maneira que
Telma Gomes, resolver problemas que são latentes, e podemos conversar de maneira franca.
gerente de negociação da Sadia
alguns riscos. Mais do que problemas, Foi um evento que me surpreendeu. Não
temos ameaças importantes a esse participo de muitos eventos, porque os
mercado que precisam ser resolvidas. frutos são muito pobres. Quando entendi
Acho uma pena que todas as vezes a a proposta deste evento, resolvi partici-
discussão fique no ritmo do governo, e o par. Acho que não é uma coisa para a
Brasil não está nesse ritmo. O Brasil está Sadia. É também para a Sadia, é para
a 180 quilômetros por hora, e nós preci- todos nós.

18 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


 REPORTAGEM DE CAPA

Ferve o mercado de leite


Bolsas plásticas
assépticas vêem no custo
menor uma chance de

M
ais um aríete surge no horizonte, com
o objetivo de abrir uma brecha na sólida
quebrar a hegemonia muralha do acondicionamento de leite longa
vida em embalagens cartonadas assépticas, cujos

das caixinhas longa blocos são formados, em 98% de sua totalidade,


por caixinhas da Tetra Pak. Trata-se de uma bolsa flexível mul-
ticamada com propriedades de barreira que a tornam adequada
vida. Estas, por sua vez, para conservar o leite por períodos que se iniciam em sessenta
dias sem refrigeração e que podem se estender até um ano,
dependendo da estrutura utilizada. As camadas de PEBD
apostam naconveniência (polietileno de baixa densidade) e EVOH (co-polímero de
etileno e álcool vinílico) são agrupadas por co-extrusão,

e no valor agregado para com utilização de adesivo.


Os pouches, que em muito se assemelham às tra-
dicionais “almofadas” (ou “barrigas moles”) ainda
manter sua posição presentes nos leites refrigerados, estão tentan-
do entrar no mercado de longa vida pelas
mãos de dois grupos. De um lado está a
DuPont, que iniciou os esforços de comer-
Por Luiz de França cialização do pouch asséptico há mais de
uma década, com o laticínio Cotochés
(recentemente adquirido pela Perdigão),
e que recentemente decidiu apostar mais
fichas nesse mercado. De outro está a
Intermarketing Brasil, empresa que repre-
senta companhias multinacionais atuantes na
cadeia produtiva de pouches para leite, e que
está buscando parceiros locais para transferir
tecnologia e nacionalizar a produção
(veja quadro ao lado).

CONTINUA NA PÁG. 22

20 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


longa vida
Nacionalizado, mas
pagando royalties
Produção do pouch asséptico no Brasil
depende de transferência de tecnologia

Até pouco tempo atrás, a DuPont era a única


opção de fornecimento de pouch para leite UHT
(Ultra-High Temperature) no Brasil. Agora, a
Intermarketing Brasil apresenta-se como alternati-
va. A empresa representa no país a Evalca, braço
americano do grupo japonês Kuraray e fornecedora
da resina de EVOH; a Mitsui Chemicals America,
que produz o adesivo usado na coextrusão; a
Mitsui Plastics, responsável pela parte de logísti-
ca; e crédito da Evalca e da Mitsui Chemicals; e
a Elecster, fabricante finlandesa de equipamentos
para esterilização longa vida UHT e linhas automá-
ticas de enchimento asséptico de pouches, e dona
do know-how da produção do filme. A idéia é atrair
convertedores interessados em receber a tecnolo-
gia para produzir as embalagens flexíveis para leite
longa vida.
Investimentos da Plastrela Embalagens Flexíveis,
no Rio Grande do Sul, em uma coextrusora para
atender o mercado de filmes multicamadas, inicia-
ram esse modelo de negócios. Segundo o diretor
da Intermaketing Brasil, Oliver Venezia, a previsão
é que mais duas empresas passem a produzir os
filmes para a fabricação dos pouches ainda este
ano. Uma estaria na região sul. A outra, no sudeste
do país.
De acordo com Venezia, a Elecster (que possui
grandes linhas de produção de filmes na Finlândia,
na China e na Rússia) não tem planos de possuir
plantas no Brasil. “A estratégia é ter aqui trans-
formadores com recursos técnicos para fazer o
filme conforme a receita fornecida, pigmentá-lo e
imprimi-lo”, explica. Quem adquirir a tecnologia da
Elecster, no entanto, terá de importar um dos com-
postos, a resina EVOH.

www.embalagemmarca.com.br
Motivos para entrar nesse mercado não de todo o leite fluido consumido no Brasil
faltam. Segundo dados da ABLV – Associação (até o fechamento desta edição, a ABLV não
Brasileira de Leite Longa Vida, as 31 empresas havia divulgado os dados referentes a 2007,
a ela associadas, que produzem 80% do leite mas adiantou à reportagem que o mercado se
longa vida comercializado no país, foram res- manteve estável). A onda recente de aquisições
ponsáveis por um faturamento de 6,57 bilhões e a entrada de grandes investidores, como a GP
de reais em 2006, o correspondente a 75,8% Investimentos, observadas nesse mercado, dão

No campo das caixinhas, ceticismo quanto ao futuro dos saquinhos


Para Tetra Pak e SIG Combibloc, consumidor brasileiro quer produtos de maior valor agregado
A expectativa otimista dos fornecedores e que compete com os flexíveis em outros mer- também não devem encontrar acolhida
de embalagens flexíveis para leite não cados. A executiva rebate ainda as propaladas fácil entre os consumidores. “Respeitamos
abala quem já domina o mercado com as vantagens ambientais dos pouches, e enfatiza outras soluções, mas acreditamos que as
cartonadas assépticas. Segundo a diretora que “100% da embalagem cartonada asséptica embalagens cartonadas se destacam por
de marketing da Tetra Pak, Heloísa Rios, a é reciclável, podendo virar telha, caneta, papel agregar valor com custos compatíveis,
empresa não identifica oportunidade alguma e uma infinidade de coisas”. Ela lembra ainda tanto de produção quanto logísticos, numa
para a embalagem flexível no Brasil. “Todas que o cartão, material predominante nas cai- solução balanceada e reconhecida pelo
as nossas pesquisas mostram que o consu- xinhas, vem de fonte renovável. “Toda e qual- mercado como sendo de alta qualidade e
midor brasileiro já tem um nível de exigência quer árvore usada para fazer a embalagem é reputação”, diz Ricardo Rodriguez, diretor
de segurança alimentar, de praticidade e de proveniente de reservas reflorestadas”, afirma, geral da empresa para a América do Sul. A
conveniência que está acima do patamar de comparando com matéria-prima não-renovável SIG Combibloc vem apostando justamente
hábitos de consumo de outros países, como da alternativa plástica. na diferenciação e na conveniência como
a Colômbia e a China”, afirma a diretora. Para o outro player na área de cartonadas caminhos para crescer (ver EMBALAGEMMARCA
Na opinião de Heloísa, a entrada de emba- assépticas, a SIG Combibloc, os pouches nº 100 e nº 103).
lagens flexíveis nas gôndolas de leite longa
vida seria vista como um retrocesso por
parte do consumidor, razão pela qual está
afastada a vinda para o país do Tetra Fino –
um curioso pouch semi-rígido da Tetra Pak,
formado pelo mesmo material das caixinhas

Conveniência
dos sistemas
de fechamento
das embalagens
da Tetra Pak (à
esquerda) e da
SIG Combibloc
são trunfos
das cartonadas
assépticas para
manter domínio
no mercado de
leites longa vida

22 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


idéia da ebulição que pode ser esperada nos Na Colômbia, pouches
assépticos estão presentes
próximos anos. Mas o predomínio das carto- nas gôndolas do varejo
nadas, por meio da Tetra Pak, que divide uma
margem do segmento com a SIG Combibloc, é
a barreira – deixado de lado o trocadilho – a ser
vencida pelas flexíveis. Mais convenientes, por
dispensarem o uso de suporte para utilização,
as “caixinhas” podem receber tampas que per-
mitem o refechamento, predicados que não se
aplicam às “almofadas”.
É um obstáculo que o diretor da Intermarketing
Brasil, Oliver Venezia, não acha tão assustador.
“Claro que a cartonada asséptica tem um grande tes, em foma de brindes, por parte dos laticínios
apelo por suas vantagens de manuseio, mas isso é aos consumidores”, diz. As vantagens de preço
facilmente resolvido com a distribuição de supor- das flexíveis seriam, na opinião do executivo,
mais do que compensadoras, já que os fabrican-
Suporte para a embalagem
é apetrecho inconveniente tes estimam que o custo unitário da embalagem
que o pouch asséptico seja entre 30% e 50% menor do que o das carto-
exige do consumidor
nadas. Os benefícios, segundo Venezia, estariam
também no aspecto ambiental. “O pouch pesa 7
gramas, contra 28 gramas da cartonada, gerando
menos volume de lixo, e a embalagem é 100%
reciclável, podendo ser transformada em condu-
ítes, tubulações e outros derivados de polietile-
no”, explica. Cabe lembrar que tais argumentos,
excetuado o da gramatura, são igualmente bran-

No Sul, a estréia da Intermarketing Brasil


Leite Mimi é o primeiro cliente a experimentar solução nacionalizada
A disputa entre cartonadas e pouches de expansão da capacidade produti-
assépticos ganha novos capítulos a cada va antes de alçar vôos mais longos.
dia. Um dos mais recentes movimentos “Temos planos de lançar o sachê para
desse jogo de xadrez que se desenha foi leite desnatado e futuramente expandir
protagonizado pela Laticínios Languiru, para outras linhas de produtos”, afirma
do Rio Grande do Sul, que acreditou na Abrahão. O custo menor da embalagem,
solução oferecida pela Intermarketing repassado para o consumidor, reduziu
Leite Mimi, primeiro cliente
Brasil e, no final de março último, lançou o preço final do litro de leite em 10 a 15 da Intermarketing Brasil, desenvolveu embalagem
o leite integral longa vida Mimi em sachê, centavos. Para Abrahão, isso atrai não secundária para facilitar exposição no varejo
como o pouch está sendo chamado somente o público das classes de menor
pelo produtor – segundo informações poder de compra. “Sem dúvida há uma
da empresa, com receptividade além do migração de outras classes quando se
esperado. “Planejamos uma produção baixa custo e se mantém a qualidade,
inicial mensal de 50 000 litros, mas fomos pois todos querem economia.” Para
surpreendidos com a venda de 250 000 facilitar a vida do cliente, a Languiru
litros de leite no primeiro mês”, afirma o desenvolveu caixas para acondicionar
FOTOS: DIVULGAÇÃO

diretor de vendas, Francisco Abrahão. seis unidades do produto, o que facilita


Com os resultados animadores, a a exposição no ponto-de-venda e o
Languiru colocou em prática o projeto transporte para casa.

24 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


Poliestireno também tem sede
Basf alardeia vantagens de uso da resina para garrafas de lácteos
Um dos esforços da química alemã PET, trazendo uma vantagem em
Basf na seara das embalagens é a relação a este: a densidade menor do
difusão do poliestireno na fabricação poliestireno pode resultar em enxu-
de garrafas para leites e iogurtes para gamento de até 25% no desembolso
beber. Com apoio da austríaca Alpla, com material. “A economia também
importante produtora de embalagens decorre de o poliestireno demandar
plásticas para bebidas (e com forte menos ar comprimido para o sopro e,
atuação no Brasil), a empresa vem ao contrário do PET, não precisar ser
divulgando desde o fim de 2007 gar- pré-aquecido”, diz Jaroslaw Michniuk,
rafas para lácteos moldadas com um diretor de marketing da área de estirê-
poliestireno resistente ao impacto (PS- nicos da Basf na Alemanha. Nas ações
I) especialmente desenvolvido para de divulgação, as garrafas de PS-I
esse tipo de aplicação – o BX 3580. vêm sendo decoradas com rótulos
Segundo a Basf, o material pode ser termoencolhíveis produzidos com o
processado por sopro convencional co-polímero Styrolux HS 70, novidade
ou por injeção-estiramento-sopro com alto índice de contração e alta
(ISBM) nas mesmas máquinas para transparência. (GK)

didos pelos fabricantes de cartonadas assépticas. conforme lembra o diretor de negócios Brasil Alpla
Não deixa de ter peso, também, a lembrança feita da DuPont, Sérvulo Dias Silva. A Colômbia é (11) 2104-1400
www.alpla.com
pela diretora de marketing da Tetra Pak, Heloísa hoje o maior mercado da empresa no segmento
Rios, de que hábitos mais sofisticados adquiridos de flexíveis para leite longa vida. No Brasil, Basf
pelo consumidor não são fáceis de reverter (ver a DuPont ainda procura decolar. “Esse é um (11) 3043-3929
www.basf.com.br
quadro na página 22). mercado lento porque ainda existe barreira por
parte do consumidor, que não entende que o DuPont
Colômbia, um mercado a imitar? pouch confere a mesma qualidade, segurança e 0800 17 1715
www.dupont.com.br
A Colômbia é vista como uma espécie de vitri- durabilidade ao leite que as embalagens carto-
ne no que se refere às embalagens flexíveis. nadas”, pondera Silva. Por isso, ele acredita que Intermarketing Brasil
(11) 4133-4188
Segundo o diretor da Intermarketing Brasil, a adoção do pouch por uma grande empresa de www.intermarketingbrasil.com.br
tudo começou com a adoção, pelo governo latícinios seria capaz de mudar essa realidade.
colombiano, de normas que estabeleciam um O executivo da DuPont acredita que a Plastrela
(51) 3720-1122
shelf life mínimo de sessenta dias para os lei- oportunidade no Brasil para a solução flexível www.plastrela.com.br
tes longa vida vendidos no país. Iniciaram-se é gigantesca, pela grande presença de consumi-
desenvolvimentos que resultaram na criação de dores de leite nas classes C, D e E. “Para esse SIG Combibloc
(11) 2107-6744
embalagens flexíveis com sete camadas e na público, centavos fazem a diferença”, ele con- www.sig.biz/brasil
ampliação da vida útil do leite para até 120 dias. sidera. “Ter uma embalagem mais barata, que
Tetra Pak
“Atualmente, 85% do mercado de longa vida da consegue levar para a gôndola um produto com (11) 5501-3200
Colômbia estão em flexíveis”, conta Venezia. O qualidade e menor preço, é sempre vantajoso.” www.tetrapak.com.br
executivo acredita que esse exemplo, replicado Por esse e por outros motivos que prefere não
no leste europeu, principalmente na Rússia e revelar, o executivo arrisca uma perspectiva oti-
em alguns mercados emergentes da Ásia, como mista para os pouches no curto prazo, estimando
a China, pode ser repetido no Brasil, em maior que a embalagem tem potencial para abocanhar
ou menor escala. 20% do mercado. “E, em médio prazo, nos pró-
Tal façanha alcançada pelos pouches assép- ximos cinco a dez anos, um ambiente cômodo
ticos no país vizinho, no entanto, só foi possí- poderá favorecer uma virada de conceito igual à
vel após a adesão de um grande player local, que ocorreu na Colômbia.” É ver para crer.

26 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


PANORAMA  MOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS

MARKETING

Os produtos do ano
Primeira edição brasileira do prêmio internacional distingue 32 itens

Criado na França em 1987 e hoje varejo”, afirma Henry Araújo, da


presente em 22 países, o Produto Produto do Ano Brasil Consultoria
do Ano, instrumento para destacar em Marketing, gestora da iniciativa.
lançamentos em bens de consu- Algumas empresas já estampam
mo de massa, acaba de divulgar o selo nas embalagens de seus
os 32 vencedores de sua primeira produtos vencedores, como a
edição brasileira (veja a lista abai- Femsa, em ação localizada, com
xo). Escolhidos pela percepção de sua cerveja Sol Shot. O Brasil é o
inovação por um júri e por mais primeiro país latino-americano a
de 5 000 consumidores, resultado receber o Produto do Ano, que no
de uma pesquisa nacional feita próximo ano será estendido tam-
pelo Ibope, tais produtos poderão bém aos Estados Unidos, Áustria,
utilizar, por um ano, um selo dis- Suíça, Índia, África do Sul, México,
tintivo da premiação. “Nos países Argentina e Chile. As inscrições
europeus, onde o Produto do Ano para a edição 2009 do prêmio já
já é uma tradição, os artigos elei- estão abertas. Mais informações
tos têm um expressivo aumento no site www.produtodoano.com.br.
nas vendas entre 10% e 60%,
ganhando espaço e capacidade Sol Shot: uma das inovações
de negociação junto às cadeias do aclamadas pelos consumidores

Produto Vencedor Marca Categoria Empresa


Cappuccino Decaf 3 Corações Cappuccino Café Três Corações
Achocolatto 3 Corações Achocolatados Café Três Corações
Café Descafeinado 3 Corações Descafeinado Café Três Corações
Picanha Fine Burguer by Alimenta Alimenta Refeições Rápidas Elasa Elo Alimentação S/A (Alimenta)
Lasanha Pizzaiolo Batavo Pratos Prontos Perdigão Agroindustrial S.A.
Almôndega Bovina ao Molho Sugo Batavo Carne Perdigão Agroindustrial S.A.
Bic Comfort 3 Bic Barbeadores Bic Brasil S/A
Gama de Cremes de Barbear Bic for Men Bic Cremes de Barbear Bic Brasil S/A
Linha Verniz & Cor Colorama Esmaltes L’Oréal Brasil Comercial de Cosmético Ltda
Suco Tropical Petit Jus Light Cotoches Sucos Light Maroca e Russo Ind. E Com. Ltda
Café Estrada Real Fino Grão Café Veloso & Tavares Indústria de Alimentos Ltda- Fino Grão
Garnier Fructis Oil Repair Garnier Fructis Cuidados Capilares Tradicionais L’Oréal Brasil Comercial de Cosmético Ltda
Garnier Nutrisse Marrons Sedutores Garnier Nutrisse Coloração L’Oréal Brasil Comercial de Cosmético Ltda
Talento Garoto Chocolates e Bombons Chocolates Garoto S/A
Blend Cobertura de Chocolate ao Leite 1kg Garoto Chocolate Culinária Barra Chocolates Garoto S/A
Harpic Max Lavanda Harpic Higiene Sanitária Reckitt Benckiser
Cerveja Itaipava Premium lata 350ml Itaipava Cervejas Premium Cervejaria Petrópolis S/A
Leite Fermentado Itambito Itambé Iogurtes e Leites Fermentados Cooperativa Central do Produtores Rurais de Minas Gerais Ltda- Itambé
Linha Johnson’s Crescidinhos Johnson’s Crescidinhos Higiene Infantil Johnson & Johnson
Linha Elsève Volume-Control L´Oreal Paris Elsève Cuidados Capilares Especiais L’Oréal Brasil Comercial de Cosmético Ltda
Preparado Sólido para Refresco (sabores) MID Refrescos em Pó Ajinomoto Interamericana Ind. Com. Ltda
Mortein Noite Tranqüila Mortein Inseticidas Reckitt Benckiser
Aparelho de Depilar Areas Íntimas Personna B´Kini Personna Acessórios Femininos American Safety Razor do Brasil Ltda
Tempero Sazón Sabor do Nordeste Sazón Temperos Ajinomoto Interamericana Ind. Com. Ltda
Bebida a Base de Soja Shefa Bebidas à Base de Soja Agropecuária Tuiuti Ltda
Sol Shot Sol Cervejas Claras Femsa Cerveja Brasil
Persona Speed 3 Feminino Speed 3 Lâminas Depiladoras American Safety Razor do Brasil Ltda
Vanish (Poder O2 Multi e Poder O2 Crystal White) Vanish Tira Manchas Reckitt Benckiser
Veet Kit Rasera Veet Loções Depiladoras Reckitt Benckiser
Veja Multi-Uso Maçã Verde Veja Limpadores Multiuso Reckitt Benckiser
Veja Limpeza Pesada Maçã Verde Veja Limpeza Pesada Reckitt Benckiser
Vono Sopa Individual Vono Sopas Ajinomoto Interamericana Ind. Com. Ltda

28 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


Edição: GUILHERME KAMIO  guma@embalagemmarca.com.br

SETOR

Mais dois anos para Peres


Executivo da Klabin se reelege como
presidente da Associação Brasileira de Embalagem

Diretor de Sistemas de Embalagem anos, biênio que coincide com seu


da Klabin, o engenheiro Paulo segundo mandato como presidente
Sergio Peres foi reeleito presi- da ABRE?
dente da Associação Brasileira A indústria nacional de embala-
de Embalagem (Abre). Na mesma gens, como a indústria brasileira
eleição, ocorrida em 26 de março em geral, terá que estar preparada
último, a entidade também definiu para enfrentar a concorrência inter-
os cinqüenta membros dos seus nacional com custos, serviços e
conselhos administrativo, fiscal e qualidade competitivos devido ao
representativo. O novo mandato real fortemente apreciado. De outra
de Peres na Abre vai até 2010, parte, temos o desafio de cons-
mesmo ano em que se encerra tantemente reforçar perante o mer-
sua gestão paralela na presi- cado e sociedade a importância
dência da Associação Brasileira estratégica da embalagem. A falta
do Papelão Ondulado (ABPO). desta ou sua utilização inadequada
EMBALAGEMMARCA conversou com representam aumentos significati-
o executivo a respeito de sua ree- vos de perdas de produtos, risco
leição. de contaminação, custos maiores
no sistema de logística e distribui-
De forma sucinta, quais desafios a ção e menor conveniência e quali-
indústria nacional de embalagens dade de vida à população.
deverá enfrentar nos próximos dois
A campanha “Embalagem: tá na
cara que é bom”, instituída em sua
gestão como ação de promoção
setorial junto ao consumidor final,
já apresentou resultados?
Os resultados não são quantifi-
cáveis, mas podemos dizer, sim,
que têm sido positivos. As visitas
ao site da campanha, 79 000 até
o momento, demonstram que ela
está frutificando e que um novo
público está construindo uma visão
do real papel da embalagem. O
site traz um linguajar e dire-
cionamento para consumi-
dores que em geral têm
pouco conhecimento de
particularidades, desa-
fios, avanços ou mesmo
limitações do setor,
para que eles pos-
FOTOS: DIVULGAÇÃO

sam ter uma melhor


interação com as
embalagens.

www.embalagemmarca.com.br
PANORAMA  MOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS

PLÁSTICOS

Integração e ações em pauta


Plastivida amplia iniciativas em prol do consumo responsável dos plásticos

Na Argenplás 2008, feira do setor plásti- tituição das sacolas dos supermercados
co ocorrida no fim de março em Buenos por modelos mais resistentes ainda
Aires, a Plastivida firmou acordo com neste primeiro semestre. As novas saco-
entidades congêneres de Argentina, las poderão proporcionar redução de
Colômbia, Chile e Equador para formar a 30% no consumo de embalagens para
Rede Sul-Americana de Plásticos, com o boca-de-caixa. Em paralelo, a Plastivida
intuito de promover a imagem dos plás- continua distribuindo o livro Lalá e a
ticos no continente. A Rede permitirá um Sacolinha Falante, que estimula pais
intercâmbio permanente de informações e filhos a praticar a separação do lixo
sobre plásticos e seu uso pós-consumo doméstico e a coleta seletiva (na foto).
em cada um dos países, e será coorde- apoiar, ao lado do Instituto Nacional Publicado pela Editora Riani Costa, o
nada em regime de rodízio semestral. do Plástico (INP) e a Associação livro é todo produzido com filme plástico
Em outubro, a Plastivida brasileira assu- Brasileira da Indústria de Embalagens transparente (polietileno linear de baixa

FOTOS: DIVULGAÇÃO
me a gerência da Rede da Plastivida Plásticas Flexíveis (Abief), o Programa densidade), impresso em flexografia
argentina. de Qualidade e Consumo Responsável (seis cores) pela fabricante de embala-
No Brasil, a Plastivida continua a de Sacolas Plásticas, que prevê a subs- gens Ladal, de Rio Claro (SP).

FECHAMENTOS

Integração contra a umidade


MATERIAIS

Turbo no PP
Com nova unidade, Braskem Fármacos agora contam com tampas nacionais com adsorvente incorporado
brande a liderança no mercado
latino-americano de polipropileno Fármacos agora contam com tampas e polietileno e podem ser fabricadas em
nacionais com adsorvente incorporado polipropileno ou polietileno nos diâmetros
Em solenidade que contou com a pre- Especializada em soluções para prote- de 28 milímetros (capaz de carregar até
sença do presidente Lula, a Braskem ger produtos farmacêuticos e vitaminas 1 grama de adsorvente) e de 31,5 milí-
inaugurou no dia 25 de abril sua nova contra os efeitos nocivos da umidade, metros (até 2 gramas de adsorvente). As
planta industrial de polipropileno (PP) a SPL Dessecantes acaba de lançar a novidades também têm lacre antiviolação
em Paulínia, interior paulista. Com a linha DesTamp de tampas plásticas com integrado, e foram expostas pela SPL na
fábrica, a Braskem ganha 350 000 adsorvente integrado (gel de sílica). Até Interpack 2008, na Alemanha (veja repor-
toneladas anuais a mais em capacida- então a empresa trabalhava somente com tagem na pág. 44). É a segunda vez que a
de de produção de PP, uma das resi- receptáculos com adaptadores para aco- empresa participa como expositora dessa
nas que mais crescem em consumo no plamentos em sistemas de vedação de feira de embalagem.
Brasil. Fruto de investimentos de 700 embalagens. Certificadas pelo FDA, as (11) 2119-1230
milhões de reais, a unidade de Paulínia novas tampas antiumidade são adequa- www.spldessecantes.com.br
foi projetada para utilizar propeno a das para frascos e ampolas de vidro, PET
partir de gás de refinaria, fornecido
pela Petrobras por meio das controla-
das Replan e Revap, ambas no estado
de São Paulo. Combinada aos projetos
de polímeros verdes a partir de etanol
e aos que deverão ser implantados
na Venezuela à base de gás natural,
a nova planta deverá contribuir para
reduzir pela metade a participação da
nafta no conjunto das principais maté-
rias-primas utilizadas pela empresa. Novas tampas da SPL:
agora com dessecante
incorporado

30 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


ENTREVISTA  MARCOS VINÍCIUS GUSMÃO NASCIMENTO

Competitividade ameaçada

BLOCO DE COMUNICAÇÃO
Vice-presidente da
associação que reúne os
grandes consumidores
industriais de energia
diz que entraves
ambientais e inércia
do governo travam
investimentos em
hidrelétricas, reduzindo
a força industrial do
Brasil na competição
internacional

M
embro atuante de uma Por trás dessa tendência estariam, entre possível encaminhamento das licenças
entidade interessada na outros motivos, a inoperância governa- ambientais para a construção de usi-
garantia da oferta de mental, projetos mal definidos, tributa- nas hidrelétricas, sobretudo na região
energia competitiva para ção exacerbada e entraves burocráticos Norte do país. Falando na condição de
o desenvolvimento do muitas vezes estimulados por organiza- diretor da Abrace, o entrevistado pre-
Brasil, Marcos Vinícius Gusmão Nas- ções não-governamentais (ONGs) cuja feriu não se manifestar sobre os planos
cimento é um profissional preocupado ideologia central seria bloquear a libe- de Minc na área ambiental e quais suas
com os rumos da indústria do país, aí ração do vasto potencial hídrelétrico e conseqüências sobre o setor energético.
incluído o setor de embalagem. Como portanto do desenvolvimento do país. “Vamos esperar para ver o que vem”,
vice-presidente da Associação Brasilei- “Nenhum país se desenvolve sem uma disse ele ao ser perguntado. (FP, WP)
ra dos Grandes Consumidores Indus- indústria competitiva”, ele afirma.
triais de Energia e de Consumidores A entrevista com Gusmão Nascimen- Recentemente assistimos a uma pales-
Livres (Abrace), ele tem uma visão to, que é responsável pelo setor de tra sua cujo título era “A Perda da
não muito animadora do andamento de energia da Braskem, foi feita poucos Competitividade da Indústria Nacio-
projetos voltados para a área energéti- dias depois da substituição de Marina nal Frente aos Crescentes Preços da
ca, em especial aquilo que considera Silva por Carlos Minc no Ministério Energia”, em si mesmo uma afirma-
“a esterilização do invejável potencial do Meio Ambiente, quando eram inten- ção. Quais as causas desse problema?
hidrelétrico do Brasil”. sas as especulações e palpites sobre o Naquele momento falava especifica-

32 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


mente sobre energia elétrica, embora o Esse é apenas um. O senhor falou em entre o residencial, o comercial e o
que acontece em termos de aumento de mais de dez. O que compõe o preço da industrial seria dada pelos níveis de
preços atinja também o gás natural e o energia, além dos insumos? tensão, ou seja, pelo fio, pelo transpor-
óleo combustível, que são praticamente Tem a Conta de Consumo de Com- te. Isso foi uma política equivocada da
a matriz energética das grandes indús- bustíveis, que banca a geração isolada agência reguladora (ANEEL), porque
trias. A causa dessa crescente perda na região Norte do Brasil. É uma sem a indústria haveria um consumo de
de competitividade é um paradoxo: geração caríssima e poluidora, e todo o energia muito menos estável. A indús-
o preço final da energia entregue na país paga – consumidores residenciais, tria tem de ter um preço de energia mais
fábrica está extremamente caro, mas comerciais e industriais. Tem a Contri- baixo mesmo. Mas com essa lógica da
culmina com um dos menores preços buição Financeira para o Uso de Recur- ANEEL, de que a diferença de preço
históricos de energia de todos os tem- sos Hídricos e várias outras. Além tem de ser dada pelo transporte, o preço
pos. O preço de produção da energia é disso, as distribuidoras de energia tive- para a indústria também subiu, mais do
baixo e o preço final é alto. ram nos últimos anos uma valorização que para residencial e comercial. Isso
muito forte de seus ativos. A evolução provocou essa explosão.
Como se explica esse paradoxo? dos preços da energia no Brasil tem
Depois do racionamento de 2001 duas vertentes: se a energia, cotada em Há alguma medida governamental à
houve sobra de energia, porque o país vista para melhorar a situação?
aprendeu a economizar. Houve a entra- Os contratos assinados no período
da de vários projetos, acelerados para A Abrace em números pós-racionamento foram bons. Eles
colaborar com o esforço de reduzir o estão terminando e já não há mais a
peso do racionamento. Isso gerou um • 65 Associados sobra, porque a sobra levou a que não
excedente e uma baixa do preço, que (grandes grupos industriais) se fizessem grandes empreendimen-
foi transformada em contratos no mer- • 17% do total de energia tos. Agora vamos ter a finalização de
cado livre. A energia tem o mercado elétrica consumida no grandes hidrelétricas, como Jirau, que
regulado e o mercado livre, que cres- Brasil, 66% do mercado acaba de ser leiloada, e Santo Antonio,
ceu muito. Foram feitos bons contratos livre de energia elétrica leiloada no ano passado. Há poucos
nesse período, o preço da energia deu • 45% da fatia empreendimentos para serem feitos, o
uma mergulhada. Mas tivemos eventos industrial no Brasil mercado está em ligeiro desequilíbrio
catastróficos. O primeiro, a valoriza- e não há como renovar contratos aos
ção do real frente ao dólar. O preço
• Mais de 40% da preços anteriores. O dólar continua
energia térmica utilizada
da energia caiu, mas seu valor em baixo, os encargos continuam eleva-
pela indústria brasileira
dólar não. O efeito do câmbio tornou a díssimos. Há uma conta de consumo
energia mais cara em dólar. Outro é o • 27% do PIB Nacional de combustíveis que está amarrada ao
uso indiscriminado dos encargos seto- óleo, que está amarrado ao petróleo, e
riais. Tínhamos, até o início do atual dólar, estava barata, os encargos seto- o petróleo está caro.
governo, treze encargos setoriais. Dois riais e o fio, que é o transporte, enca-
foram extintos: os de energia emer- receram absurdamente. O preço final No caso dos encargos, o pretexto é
gencial e de capacidade emergencial, da energia é composto por ela mesma, que deles saem as políticas sociais.
que são as térmicas a óleo combustível por seu transporte e pelo encargo seto- Quando se quer ter uma política de
do antigo governo. Então temos onze rial. O governo arrecada para políticas desenvolvimento para o Norte, deve-
encargos vigentes. Eles são aplicados, públicas via energia. Tudo somado, se ir ao Tesouro. Quando se quer
entre outros fins, para a eletrificação temos um dos preços de energia indus- financiar eletrificação rural, deve-se
rural e a subvenção da baixa renda, trial mais altos do mundo. ir ao Tesouro. Quando se quer dar
paga por todos os consumidores. Só o subvenção à baixa renda, deve-se
consumidor de baixa renda paga menos Não existe uma norma segundo a qual ir ao Tesouro. Todas são políticas
por esse encargo (Conta de Desenvol- toda energia no Brasil deve ter um sociais, de desenvolvimento. Por que
vimento Energético), criado no apagar preço igual para todos os setores? usar a energia como fonte de arre-
das luzes do último governo. Por essa norma, a diferença de preço cadação? Porque é fácil. Não tem

34 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


como sonegar. Se o sujeito não pagar, O potencial remanescente, é grande? valor do dinheiro hoje, com as referên-
ele não tem luz. Então ele paga. É a Não usamos nem um terço do potencial cias que se tem hoje. E desse potencial
maneira mais simples e mais tran- econômico, Do potencial técnico, não o Brasil não usa nem um terço. Temos
qüila de arrecadar, e é o serviço mais usamos nem um quarto. uma capacidade instalada em hidro da
universalizado do Brasil. Só que gera ordem de 70 gigawatts, e poderíamos
uma distorção. Tudo poderia estar Qual a diferença entre potencial eco- fazer 200 gigawatts com o que tem aí.
em impostos, mas acaba vindo para nômico e técnico? Seria suficiente para atender metade
a produção. É aí que há a perda de O potencial bruto é medido pelas que- das nossas necessidades de 2050, se
competitividade. As grandes empre- das, pelas vazões, pelas bacias. Existe o considerarmos que o Brasil evolui em
sas brasileiras estão saindo do país, potencial técnico, que é o que pode ser um estágio parecido com o da Itália e o
e encontram lá fora um cenário de aproveitado com a tecnologia que se da Espanha, países muito mais desen-
energia melhor que o nosso. tem hoje. Pode-se inventar uma nova volvidos. Se a população brasileira
tecnologia, aí o potencial técnico avan- alcançar aquele patamar que mantém
O que levou a isso? ça sobre o bruto. Debaixo do potencial a estabilização, com 270 milhões de
Pois é. Que besteira fizemos para técnico tem o econômico, porque o habitantes, e se atingirmos um nível de
chegar a uma situação em que, com potencial técnico tem vários estágios: desenvolvimento equivalente aos des-
um potencial hidrelétrico imenso – e tecnologia mais cara, tecnologia mais ses países, com o potencial hídrico que
com custo de produção baixíssimo, barata; uma usina que é mais fácil de temos hoje atenderemos metade das
porque vem de hidrelétricas antigas, fazer, uma que é mais difícil; uma que necessidades das gerações futuras.
já amortizadas – transformamos um envolve maiores reparações ambien-
ponto forte de competitividade num tais, outra que não. O potencial econô- Fora as usinas do rio Madeira há algo
ponto de perda de competitividade? mico é o que pode ser feito agora com o expressivo na área de energia?

www.embalagemmarca.com.br maio 2008 EmbalagemMarca 35


Além de Santo Antonio e Jirau, no vendo é um entrave ao desenvolvimen- isso fora por decisões de gabinete, por
complexo Madeira, temos prontinho to do Brasil, porque estão apostando decisões de ONGs internacionais e até
para ser leiloado Belo Monte, no rio em outras fontes que nós não temos nacionais que não entendem absoluta-
Xingu (PA), que está no Plano de – energia eólica, energia solar. . . É de mente nada de energia, muito menos de
Aceleração do Crescimento (PAC). É deitar no chão e rolar de rir. A diferença hidrelétricas, muito menos de impacto
uma usina fantástica. Mas poderia ser dessas energias para a energia hidre- ambiental, muito menos do que é uma
muito mais se não fossem as restrições létrica é brutal. Só quem não entende visão empresarial sobre energia.
ambientais. A Empresa de Pesquisa nada de energia pode defender.
Energética vai mapear o rio Tapajós, a Além de preocupações de militares e
bacia do Uruguai e outros locais onde E a energia nuclear? da intenção do governo de fiscalizar
se poderia aplicar hidrelétricas. Mas há É uma fonte competitiva. É uma ener- ONGs que atuam nas fronteiras, há
várias usinas travadas no órgão ambien- gia bem mais cara. Dizem que baixou algum alerta? A Abrace tem levado
tal, quase todas no Centro-Oeste. de preço, que está mais segura. Eu suas preocupações ao governo?
gostaria de ver, porque tivemos um A Abrace tem feito um trabalho de
Isso parece ocorrer muitas vezes por encarecimento de todos os sistemas mostrar isso ao governo, sem emitir
influência de organizações não gover- energéticos do mundo por conta da qualquer juízo de valor sobre a atuação
namentais (ONGs). Qual o embasa- elevação de preço das commodities. das ONGs. O interesse da Abrace é
mento delas? Está mais caro fazer uma planta a garantir a oferta de energia competitiva
Dizem que as hidrelétricas provocam carvão, uma planta a gás ou uma hidre- para o desenvolvimento do país, e isso
impactos ambientais, que levam a uma létrica do que estava alguns anos atrás. passa pela indústria. Temos apontado
deterioração do ecossistema, à perda de A razão é simples: estão mais caros que essa proliferação de áreas de pro-
biodiversidade... a tudo aquilo que esta- o cimento, o ferro, o aço, o cobre. A teção ambiental vai interferir na hora
mos cansados de saber. Aliás, sabemos opção no Brasil são as hidrelétricas, que forem feitos os leilões dos projetos
mais de hidrelétricas do que ONGs. com a vantagem de que poderíamos de energia. Na verdade já interfere,
São organizações de países ricos, onde usar nosso imenso potencial. Como já com algumas hidrelétricas que não se
todos os potenciais hidrelétricos foram citei, temos metade dos nossos proble- consegue fazer no Araguaia, porque
feitos, e ficaram ricos também por mas resolvidos aqui e estamos jogando o Araguaia é intocável. Mas quem
conta disso. Não entro no mérito de
dizer que elas têm uma intenção oculta.
Parto do princípio de que são simples- Tarifas médias do setor industrial
mente mal informadas e ideologica- 250 250%
mente direcionadas a uma situação
que não é a mais adequada ao Brasil.
Mas que realmente elas estão aqui para 200 200%

atrapalhar, estão. Várias áreas coloca-


Tarifa Média (R$/MWh)

Aumento Acumulado

das como reservas ou como áreas de


150 150%
proteção ambiental estão localizadas
na região Norte, justamente onde exis-
tem os maiores potenciais hídricos,
100 100%
esterilizando qualquer possibilidade de
o Brasil fazer hidrelétricas.
50 50%
O senhor diria que por trás disso há
interesses contrários aos do Brasil?
FONTE: ABRACE MAIO/08

Claramente há interesse de não deixar 0 0%


que se desenvolva o potencial hidrelé- 2001 2002 2003 2004 2005 2006
trico brasileiro. Qualquer um que some Industrial (R$/MWh) IGP-M (Anual) IPCA (Anual) Industrial (Aumento)
2 mais 2 sabe disso. O que estamos

36 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


definiu isso? Foi alguém num gabi-
nete. Ninguém consultou a população
para ver se pode ou não pode. Tem
pelo menos duas usinas importantes
lá. No final do rio Tocantins também
tem hidrelétricas importantes travadas
por meia dúzia de índios. Se os índios
forem deslocados e indenizados, vão
gostar. Não há justificativa para se
esterilizar uma riqueza do Brasil por
conta de ideologias.

Mas não é fato que hidrelétricas cau-


sam impacto ambiental?
Quando vemos uma situação como a
de agora, em que o país está crescendo,
aparentemente em um ciclo sustentável
de longo prazo, começamos a sentir
que não tem energia para o desenvol-
vimento. É mais fácil hoje fazer uma
usina térmica a carvão, importando
carvão, do que uma hidrelétrica. Claro
que a hidrelétrica tem impacto ambien-
tal. Aliás, o próprio ato de existir tem
impacto ambiental. O ambientalista,
se for se levar ao pé da letra, tem de se
suicidar, porque a existência dele causa
impacto ambiental. Mas o ambientalis-
ta não deixa de andar de avião, não
deixa de andar de carro, não anda nu.
Agora, quando ele não deixa o país se
desenvolver, está deixando milhões de
pessoas sem poder ter acesso àquilo a
que ele tem acesso. Existem riquezas
inimagináveis em cérebros que não
têm a oportunidade de se desenvolver.
Mas... “ah, perdemos a cura do câncer,
que está na Amazônia!”. Cascata! Por
que não estava na floresta européia
que foi dizimada? A cura do câncer
pode estar na cabeça de um garotinho
favelado que não se alimenta, que
não tem acesso à educação. Estamos
cuidando de uma visão de um país que
não se desenvolve. É a lógica do que
foi destroçado no passado, é o estado
estacionário. Só que quem é rico já
está rico, quem é pobre fica pobre.

www.embalagemmarca.com.br maio 2008 EmbalagemMarca 37


Em termos de consumo de energia do antigo, e nem sempre numa situ- gás é caro, não serve para eletricidade
per capita o Brasil fica muito longe ação pior. de base. O óleo combustível está caro,
dos países desenvolvidos? porque é atrelado ao petróleo. Vamos
O consumo de energia por pessoa Por que pode ser melhor? precisar de que? De carvão. Nós temos
no Brasil é medíocre. Temos uma Porque tem uma reserva de água, um um carvão muito ruim em termos
população que não utiliza energia, e local para atividade turística, água para logísticos. Ele pode ser usado muito
precisamos dar a ela acesso a esse irrigação, uma disciplina do regime de bem no Sul, mas não dá para transpor-
bem. Isso vai gerar outros benefí- cheia do rio – para a frente e para trás tar para o Norte, pelas suas proprieda-

veja mais informações em www.embalagemmarca.com.br/entrevista105


cios, como saúde, alimento. Uma da barragem. Na medida em que se des. Então teremos de importar.
hidrelétrica tem impactos positivos. controla a vazão elimina-se a possibili-
Ela é um acumulador de energia dade de enchentes monstruosas, como Então, o grande potencial está nos
natural, não é só um sistema de pro- acontecia em Volta Redonda (RJ) antes recursos hídricos. Com as ameaças
dução. Uma das coisas mais difíceis da usina de Furnas. Uma hidrelétrica que o senhor citou, em especial os
da energia é acumular, e a hidrelétri- pereniza a vazão dos rios. Há vários encargos setoriais, há o risco de não
ca acumula. Um lago é uma reserva benefícios trazidos pela hidrelétrica se construir mais usinas hidrelétricas
de água, que é uma segurança para que os ambientalistas não citam. no país?
o país. Muda o ecossistema local, Há. Não são só os encargos que atrapa-
mas não destrói a natureza. Muda-se O senhor já descartou as alternativas lham. A sede de arrecadação de impos-
o ecossistema para outro. Mesmo eólica e solar. E as demais, como gás, tos também atrapalha. A quantidade
que um país desenvolva uma fonte óleo combustível, carvão e, repetimos, de impostos que incide no nascimento
fantástica de energia, limpa e barata, a nuclear? de uma hidrelétrica ou termelétrica é
ninguém vai defender o fim dos lagos A nuclear é mais cara, mas temos impressionante. Ninguém está pedindo
das hidrelétricas. Tentar mudar do de fazer. Felizmente pertencemos ao uma reforma tributária. Nós defen-
ecossistema atual para o antigo cria seleto clube dos países que têm tecno- demos que sistemas energéticos não
um impacto tão grande ou maior do logia nuclear em eletricidade. Temos podem ter tributação na origem, senão,
que foi no passado. Uma hidrelétrica térmicas nucleares. Quem não tem junto com as fundações, enterramos
afeta, sim, o meio-ambiente, mas hoje não vai encontrar facilidade para uma grande quantidade de impostos
deixa um ecossistema novo no lugar ter. Nós temos e podemos expandir. O que vai ficar lá para sempre.

Consumo de energia per capita - Países selecionados


1 Canadá
2 Suécia 16 000
3 EUA
4 Japão 14 000
5 Suíça
6 França 12 000
7 Alemanha
Holanda
kwh/hab.

8
10 000
9 Reino Unido
10 Espanha 8 000
11 Itália
12 Chile 6 000
6 400 kwh/hab.
13 Venezuela
14 Mundo 4 000
FONTE: ABRACE MAIO/08

15 BRASIL
16 Argentina 2 000
17 China
18 Índia 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

38 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


 TINTAS IMOBILIÁRIAS

Comunicação “na lata”


Empresa aposta em embalagens de tintas menos técnicas e mais emocionais

FOTOS: DIVULGAÇÃO
N
um dos mercados que mais cresce Cor preta predominante ele diz. O resultado foram embalagens mais
e imagens de pessoas voltadas ao consumidor final. “As novas latas
no Brasil, o de tintas imobiliárias, formam a nova identidade
a palavra de ordem é inovar para visual da Hydronorth contam com informações simples e diretas expli-
se diferenciar da concorrência. O cando o que vai dentro e a função do produto.
setor, que movimentou 2,8 bilhões As embalagens falam a língua do consumidor,
de reais em 2007, com alta de 6,8% em relação sem chance de ele levar para casa algo que não
a 2006, e produziu 800 milhões de litros, prevê atenda sua real necessidade.” Diante de uma
crescimento semelhante em 2008, de acordo com situação em que o nível de informação do con-
a Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas sumidor é baixo, um dos caminhos adotados
(Abrafati). Ana Couto Branding & Design
nas novas embalagens foi uma linguagem mais
É nesse cenário que a fabricante paranaense (11) 3089-4949 direta, “menos ‘tintês’”, como diz o executivo da
de tintas Hydronorth tenta se aproximar do con- www.anacouto.com.br empresa. “Normalmente, as embalagens trazem
sumidor final usando como arma as embalagens. Brasilata expressões que o mercado criou há décadas e que
Líder no mercado de resinas impermeabilizan- (11) 3871-8500 todo mundo fala, mas não sabe o que é”.
www.brasilata.com.br As novas embalagens têm duas faces integra-
tes e dona das marcas Graffiato, de texturas,
e Novopiso, de tintas para pisos, a empresa Cia. Metalgraphica Paulista das: de um lado, a ilustração de uma superfície
apresentou no final de abril sete lançamentos de (11) 2799-7900 que pode ser pintada, como uma parede, um piso
www.cmp.ind.br
produtos, o reposicionamento de outros dois e a e um telhado, e do outro, imagens de pessoas.
reformulação geral de todas as embalagens. Packing Design Como o principal produto da marca – a resina
De acordo com o gerente de marketing da (11) 3074-6611 impermeabilizante – tinha a embalagem preta, a
www.packing.com.br
empresa, Fábio Munhoz, foi desenvolvida uma cor agora é predominante nas latas de todos os
nova estratégia de gestão de marca. “Através de Prada produtos. Quando colocadas umas ao lado das
pesquisas, constatamos uma nova oportunidade. (11) 5682-1000 outras, as embalagens criam uma “massa visual”
www.cabenalata.com.br
Contratamos duas agências, a Packing, para que chama a atenção no ponto-de-venda. Um dos
criar o design, e a Ana Couto, especializada em principais desafios do projeto foi “transportar
branding, e começamos a trabalhar o conceito à para a nova linha os mesmos atributos das linhas
luz das respostas que obtivemos nas pesquisas”, já consagradas”, explica Carlos Zardo, diretor da

40 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


Packing. A tipologia escolhida também reflete nasceu a oportunidade de fazer uma linguagem
a força da marca. “A embalagem garante ao mais objetiva, mais humanizada, mais próxima
produto muita força visual no ponto-de-venda do consumidor.” Mas pintores e vendedores não
justamente por fugir da linguagem da categoria e foram esquecidos. “Esses profissionais terão
adotar o preto como referência”, afirma Zardo. mais respaldo para orientar seus clientes”, argu-
As pesquisas realizadas pela empresa mos- menta o gerente de marketing da Hydronorth.
traram que a mulher é quem decide na hora da A Brasilata, que já era parceira da Hydronorth,
compra, mesmo no segmento de tintas. “Por isso a Prada e a Cia. Metalgraphica Paulista (CMP)
ela precisa ser atingida por nossa mensagem”, produzem as três opções de embalagens: latas
ressalta Fábio Munhoz. Todas as embalagens da de aço de 18 litros, de 3,6 litros (galão) e de 900
Hydronorth trazem o passo a passo para o pro- mililitros. (FP)
cesso de aplicação em uma linguagem simples
que visa explicar a destinação do material. Novas embalagens
eliminam o “tintês” e
Com a nova estratégia de marca, os home vão direto ao assunto
centers estão na mira da empresa, por serem
o canal que mais gera experiência com o con-
sumidor, pois trabalham no sistema de auto-
serviço. “O contato com a embalagem é muito
mais intenso que em uma loja de tintas, onde o
balconista indica o produto”, explica Munhoz.
“O consumidor acaba nem sabendo o que levou.
Nos home centers, acreditamos ter a oportunida-
de de fazer uma entrega muito mais direta. Daí
 ESPECIAL: INTERPACK 2008

Azul, amarela e verde


Interpack 2008 coloca as embalagens ambientalmente mais amigáveis em
primeiro plano, espelhando seus notáveis avanços – mas também seus desafios
Por Guilherme Kamio, de Düsseldorf

O
que já se desenhava nas duas edi-
ções anteriores da Interpack, gran-
diosa mostra tecnológica da indús-
tria de embalagens realizada a cada
três anos na Alemanha, se consoli-
dou na sua versão de 2008, ocorrida entre os dias
24 e 30 de abril último. Sustentabilidade deixou
de ser mais um entre outros importantes tópícos
do evento, como fora até então, para engolfá-los,
transformando-se no seu principal motor. De uma
ou de outra forma, a maioria dos 2 744 estandes
montados no Centro de Exposições de Düsseldorf
buscava promover maneiras de tornar produtos
mais “verdes” sob o prisma da embalagem.
Se em outras ocasiões as reduções do con-
sumo energético de máquinas eram brandidas

FOTOS: NOVAMONT
por seus fabricantes basicamente como alívios
para o bolso dos clientes, desta vez também as
foram, por embocadura revisada, como alívios
para a natureza. Diversas consultorias ofereciam como nem tudo são flores, a Interpack 2008 tam- Arte produzida com
espumas confeccionadas
projetos de embalagem lastreados no chamado bém deixou claro que oferta e preço, as velhas com biopolímero de amido
ecodesign. Contudo, como esperado, as matérias- variáveis inversamente proporcionais, ainda não expandido: um exemplo de
“plástico verde” adequado
primas e embalagens biodegradáveis e de origem acompanham todo o dinamismo em P&D (muito à moldagem de embalagens
natural renovável, alternativas àquelas baseadas embora fosse martelado durante o evento, sem
em plásticos convencionais, roubaram a cena. divulgação de números absolutos, que o mercado
Reprisando o que já sucedera nas Interpacks global para os biopolímeros venha crescendo
de 2002 e de 2005, porém desta vez com tama- ano após ano, em volume, a taxas superiores a
nho e promoção extras, a organizadora Messe 20%). “Boa parte das propostas é industrialmente
Düsseldorf dedicou a tais soluções um espaço convincente, só que inviável em custo e de dispo-
exclusivo. Nomeado Bioplastics in Packaging, nibilidade duvidosa”, comenta uma executiva de
esse local reunia soluções ambientalmente mais uma grande empresa brasileira consumidora de
amigáveis em acondicionamento de produtos embalagens, presente ao evento e que pede para
desenvolvidas por quarenta fornecedores. não ser identificada.
Por um lado, esse apêndice serviu para carim- Para se ter idéia, uma das principais vedetes
bar de vez que embalagens plásticas para bens em bioplásticos, o PLA (ácido polilactídeo) – um
de largo consumo originadas da agricultura não polímero semicristalino derivado do amido de
são mais sonhos de ecologistas desvairados. milho e adequado para moldagem de recipientes
Hoje, elas são tecnologicamente exeqüíveis, e e extrusão de filmes – vive tamanha demanda
suas compatibilidades com processos clássicos reprimida que popularizou entre seus transforma-
de transformação se afinam cada vez mais. Mas dores a seguinte tirada espirituosa: “Nós temos

44 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


 ESPECIAL: INTERPACK 2008

produto, só não temos matéria-prima...”. A mais Afora as questões momentâneas de disponibi-


ilustre fabricante de PLA, a NatureWorks LLC, lidade e preços, tais novidades certamente terão
joint venture entre a americana Cargill e a japo- à frente novos desafios. Duas inquietações já
nesa Teijin, fez questão de salientar na Interpack pairam sobre eles. A primeira, se os bioplásticos
2008 um iminente aumento significativo da capa- poderão ser negligenciados numa queda-de-braço
cidade produtiva da sua fábrica de Nebraska, nos com os biocombustíveis, igualmente emergentes
Estados Unidos. A promessa é de que, com mais na agenda da sustentabilidade e também depen-
fôlego, o preço do material baixe dos atuais cerca dentes de matéria-prima orgânica. A segunda é
de 3 dólares o quilo. se neles poderá recair a pecha de usurpadores de
“Existe, sem dúvida, um gargalo na oferta, terras que poderiam produzir alimentos, como já
e isso pode ser particularmente frustrante na acontece com a cana-de-açúcar e o milho planta-
Europa, onde o uso de embalagens ecologica- dos para a geração de combustíveis.
mente mais corretas é incentivado como em Enquanto sobre essas dúvidas só resta espe-
Embalagens rígidas e
nenhuma outra região”, confessa Harald Käb, rar, EMBALAGEMMARCA detalha, a seguir, algu- flexíveis “verdes” não são
diretor do conselho da European Bioplastics, mas das novidades “verdes” apresentadas na mais sonhos de ecologistas
entidade promotora dos “plásticos verdes” no Interpack 2008.
Velho Continente. “No entanto, os anúncios

FOTOS: RENE TILLMANN / MESSE DUESSELDORF


de startups produtivos ou de expansões feitos
nos últimos doze meses pelos fornecedores são
alentadores e, se todas as expectativas forem
confirmadas, a capacidade global de produção
pode ser quadruplicada até 2011, atingindo bons
milhões de toneladas.”
Käb alude a outras iniciativas além daquela
da NatureWorks LLC. A alemã Basf anunciou
planos para expandir o output do seu plástico
Ecoflex – baseado em petroquímica, porém rápi-
da e totalmente biodegradável por compostagem
industrial – de 14 000 para 60 000 toneladas
anuais até 2010, e estuda turbinar a produção do
Ecovio, mistura do Ecoflex com PLA. A italiana
Novamont também garante o incremento produ-
tivo de sua linha de bioplásticos Mater-Bi, com- Os mais de 179 000 visitantes registrados pela Interpack 2008 ao longo de sete dias...
postos por blendas de amido. “Ademais, novos
materiais como o PHA* estão na boca do forno,
nomes expressivos como a DuPont entraram no
jogo e a Dow Crystalsev e a brasileira Braskem
anunciaram recentemente que produzirão polieti-
leno de etanol num futuro próximo”, entusiasma-
se o diretor da European Bioplastics.

*N. da R.: polihidroxialcanoato, poliéster bio-


degradável obtido do milho e adequado para
sopro, termoformagem e extrusão, previsto para
entrar em comercialização no fim de 2008.
Resultado de uma joint venture entre as america-
nas Metabolix e Archer Daniels Midland (ADM),
a resina terá uma fábrica nos Estados Unidos
com capacidade para 45 000 toneladas anuais
...tiveram a oportunidade de acompanhar inovações em bioplásticos num espaço dedicado

46 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


“Valorizando a Qualidade e
Proteção de seus produtos”
A EMCR, uma empresa com uma his-
tória de mais de 10 anos no mercado de in-
dução, fabricante de Seladoras de Tampas
por Indução para selos de alumínio, venda
de peças, assistência técnica e reforma de
sistemas de selagem em geral e Poli Paper,
conceituada empresa do ramo de fabrica-
ção de selos para vedação de frascos entre
outros produtos.

Contando com equipes técnica e co-


mercial com grande experiência no merca-
do, a EMCR e a Poli Paper vêm, desde já,
colocar à inteira disposição todos os conhe-
cimentos e estrutura para suprir as necessi-
dades de seus parceiros.

A selagem de tampas por indução é o


método mais eficaz para a vedação de re-
Seladora cipientes plásticos e de vidro. Esta é, sem
modelo
Standard 2kW dúvida, a tecnologia com o melhor custo-
para produção
de até 50
benefício do mercado garantindo, além dis-
frascos p/min. so, o máximo de proteção aos produtos de
sua empresa.

Nenhum outro método preserva a


POLIPAPER INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. qualidade e a integridade dos produtos com
Av. Nova Cumbica, 686
CEP 07231-000 – Guarulhos, SP a mesma confiabilidade. Além de evitar
Tel.: (11) 6412-3550
www.polipaper.com.br
contaminações e vazamentos, a selagem
por indução é tão eficiente que aumenta
sensivelmente a conservação dos produtos,
prolongando assim o prazo de validade dos
mesmos, sendo indicado para as indústrias
de produtos alimentícios, químicos, petro-
EMCR ELETROELETRÔNICOS LTDA.
Rua Savério Lauria, 14 – Vl. Friburgo químicos, lubrificantes, cosméticos, farma-
CEP 04774-060 – São Paulo, SP
Tel.: (11) 5934-3183
cêuticos, laticínios e bebidas (sucos, isotô-
www.emcrinducao.com.br nicos, água mineral, etc...).
 ESPECIAL: INTERPACK 2008

Duas ações com PLA


Associação da americana Cargill com a japo- reforçar a iniciativa, a empresa apresentou
1 nesa Teijin, a NatureWorks LLC, fabricante de uma “Galeria Criativa Ingeo”, com sete novi-
um dos bioplásticos mais famosos do mundo, dades. Entre elas, as embalagens para a linha
o PLA (ácido polilactídeo, derivado do amido de batons Plant Love, da canadense Cargo
de milho), aproveitou a Interpack 2008 para Cosmetics, brandidas como as primeiras do
duas ações. A primeira: reiterar que está perto gênero (foto 1), e as garrafas moldadas por
de aumentar a produção da sua fábrica nos sopro utilizadas pela italiana Sant’Anna para o
Estados Unidos, a fim de abrandar a demanda acondicionamento de águas minerais (foto 2).
reprimida – iniciativa estratégica, uma vez que Garantindo boa processabilidade e barreiras
indústrias européias são as mais entusiasma- a aromas e sabores, o PLA pode substituir o
das com o material. A segunda: consolidar PET a contento em garrafas de bebidas. Sua
a marca Ingeo, antes utilizada somente para popularização, porém, depende de oferta – e,
fibras, como guarda-chuva para soluções conseqüentemente, preço menor.
em geral alicerçadas em seu polímero. Para www.natureworksllc.com 2

Termoencolhíveis de PLA
Referência em rótulos plásticos termoencolhíveis, a multina-
cional francesa Sleever International destacou na Interpack
2008 o Biosleeve, filme para heat shrink labels produzido com
PLA (ácido polilactídeo). Pela confecção com material origi-
nado do amido de milho, o produto é totalmente biodegra-
dável. De acordo com Pascal Leroy, gerente de marketing da
Sleever International, o novo material apresenta performance
“quase idêntica” às dos filmes clássicos mais sofisticados
empregados no sistema de decoração. “O índice de contra-
ção é satisfatório para a maioria dos formatos de embalagem
atualmente encontrados”, diz o executivo. Como parte de
uma política em prol da sustentabilidade, a Sleever também
afirma agora imprimir seus rótulos com tintas solvent-free,

Proposta de conjugação cuja produção não emite compostos orgânicos voláteis


(VOCs). As tintas podem ser aplicadas em rotogravura, flexo-
Uma das maiores fornecedoras européias de embalagens plásticas grafia UV e serigrafia.
rígidas e cartonadas, a austríaca Greiner demonstrou na Interpack www.sleever.com • No Brasil: (11) 2303-2337
2008 como a integração dessas duas competências pode gerar con-
ceitos mais amigáveis ao ambiente no acondicionamento de alimen-
tos. A empresa reforçou a promoção do k3, uma linha de recipientes
que podem ser fabricados com PLA (ácido polilactídeo) ou com PET
reciclado pós-consumo, e decorados sem colagem com mangas de
papel cartão facilmente destacáveis por meio de uma tira serrilhada.
“A idéia combina o uso de plásticos menos agressivos à natureza
com a fácil separação dos materiais com vistas à reciclagem”, afirma
Kenneth Boldog, gerente de marketing da Greiner. Segundo ele, é
possível empregar cartão reciclado como rótulo, e a Greiner conduz
pesquisas ostensivas para coadunar suas tecnologias com os bio-
FOTOS: DIVULGAÇÃO

plásticos. A combinação de copos com rótulos plásticos é indicada


para bebidas e alimentos como iogurtes e sobremesas lácteas.
www.greiner-gpi.com

48 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


Avanços em bandejas compostáveis
Bandejas para alimentos estão entre as emba- suportam altas temperaturas e podem ser utili-
lagens que mais progrediram com base em zadas em fornos convencionais de microondas.
biopolímeros. Usos em produtos frescos, de vida Assim como os modelos da Coopbox, permitem
curta, ajudaram na sua popularização na Europa, selagem a quente e são compatíveis com equipa- 2
muitas vezes por iniciativas de cadeias varejistas. mentos standard de processamento e selagem. A
Progressivamente, no entanto, surgem bandejas Roots Biopack, aliás, ganhou o noticiário nacional
adequadas a aplicações mais sofisticadas. A em meados de 2006 ao manifestar interesse
italiana Coopbox, que brande o pioneirismo na em construir uma fábrica no Brasil. A empresa
produção de bandejas de PLA (ácido polilactí- não respondeu às consultas de EMBALAGEMMARCA
deo, polímero de amido de milho) expandido, fez sobre o andamento de tal projeto.
promoção de novas versões dessas embalagens www.coopbox.it
biodegradáveis (foto 1), agora com barreira, para www.rootsbiopack.com
o acondicionamento de carnes e outros alimentos
in natura sob atmosfera modificada (MAP).
1
A Roots Biopack, de Hong Kong, informava
na feira que sua extensa linha de bandejas
fabricadas a partir da cana-de-açúcar também
é adequada para embalagens com MAP. (foto
2) Certificadas como compostáveis e aptas ao
contato com alimentos, as bandejas da Roots
Biopack são à prova d’água e de gorduras,

www.embalagemmarca.com.br maio 2008 EmbalagemMarca 49


 ESPECIAL: INTERPACK 2008

De milho, mas milho sem modificação genética


Reforçando seu investimento em “plásticos verdes”, a DuPont lan- veis e peças para jardinagem. Segundo Shanna Moore, da área de
çou na Interpack 2008 duas novidades à base de amido de milho, Embalagens e Polímeros Industriais da DuPont, o TPS desempenha
respaldadas por sua marca guarda-chuva de biopolímeros Biomax e tão bem quanto poliestireno (PS) e PVC na termoformagem e como
frutos de um acordo tecnológico fechado com a australiana Plantic. PET e polipropileno em outras formas de moldagem. Aprovado para
O Biomax TPS, composto por 85% a 90% de material renovável, é contato com alimentos e antiestático, o que lhe garante potencial
indicado para termoformagem e injeção de embalagens, descartá- para acondicionar componentes eletrônicos, o material é compostável
e degrada-se rapidamente no contato com água (na foto ao lado).
Por sua vez, o Biomax PTT (politrimetil tereftalato) é um co-polímero
com até 35% de matéria-prima de origem renovável para aplicações
em embalagem. O material é especialmente dirigido para o uso em
recipientes moldados por injeção, embalagens de cosméticos e
outras peças em que poliésteres são usados. “O Biomax PTT ofere-
ce à indústria de embalagens uma solução durável e de desempenho
similar aos dos poliésteres que não compromete processabilidade
ou estética da embalagem”, diz Carol Casarino, gerente global de
tecnologia em Materiais Sustentáveis da DuPont. Detalhe: a linha
Biomax não emprega amido de milho geneticamente modificado, ao
contrário do PLA da NatureWorks LLC – o que pode contar pontos a
favor da DuPont no acondicionamento de alimentos orgânicos.
www.dupont.com • No Brasil: 0800 17 1715
www.plantic.com.au

50
www.grandes
EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br
Batata e grãos na área
A holandesa Rodenburg bilizadas. O material, que pode alimentos e suas principais apli-
Biopolymers apresentou na ser pigmentado com master- cações em vista são nas áreas
Interpack 2008 um biopolímero batches convencionais, já vem de filmes para sacolas (foto 2) e
para injeção de embalagens sendo testado na moldagem de envoltórios termoencolhíveis e
fabricado a partir de amido de diversas embalagens (foto 1). chapas para termoformagem. O
batata disponível como sub- Em outro estande, os visitantes material é resistente à água e
produto de indústrias que pro- da Interpack 2008 puderam a gorduras.
cessam o tubérculo. Batizado travar contato com o biolice, www.biopolymers.nl
de Solanyl BP, o material utiliza bioplástico produzido com www.biolice.com
65% menos energia na sua base num processo ventilado
produção quando comparado como singular no mercado 1
ao polietileno convencional, e de bioplásticos, a partir de
pode ser processado em inje- grãos de cereais como o trigo.
toras com ciclos similares aos De acordo com a agricultora
utilizados para a moldagem de francesa Limagrain Ceréales
outras resinas termoplásticas. Ingrédients, inventora do pro-
Dependendo da funcionalidade duto, o biolice se desintegra em
desejada para a peça acabada aterros para compostagem no
em termos de propriedades prazo de três meses, sem dei-
mecânicas, diversas blendas de xar resíduos tóxicos. O material
2
Solanyl BP podem ser disponi- é certificado para contato com

cases.com.br
www.embalagemmarca.com.br maio 2008 EmbalagemMarca 51
 ESPECIAL: INTERPACK 2008

Filmes celulósicos em alta


Fabricante dos filmes NatureFlex, bio- cionamento de alimentos”, diz David
degradáveis, compostáveis e obtidos Beeby, CEO da Innovia Films. Como
a partir de recurso natural renovável, outras versões de NatureFlex, o NVR é
a celulose, a Innovia Films lançou na transparente e brilhante, antiestático e,
Interpack 2008 um novo grade, chama- com tratamentos superficiais, pode ter
do NVR. A novidade foi especialmente a permeabilidade à umidade alterada.
formulada para oferecer receptividades Também foi destacada pela Innovia a
superiores em impressão e conversão embalagem de um cereal matinal da
e é dotada de barreira intermediária inglesa Jordans, que dá uma amostra
à umidade, com selabilidade a quen- das possibilidades de laminação com
te em ambos os lados. Os alvos do diferentes “filmes verdes” (foto 2). O
NVR incluem embalagens para pães, produto aposentou uma bolsa plás-
confeitos, massas, arroz e barras de tica de plástico tradicional e adotou
cereais (foto 1). “Os filmes NatureFlex
são mais rígidos e orientados que mui-
uma nova, confeccionada com uma
camada de NatureFlex e outra de um
Co-extrusão
tos dos biopolímeros disponíveis no filme Mater-Bi, da italiana Novamont. e revestimento
mercado, o que os torna ideais para A combinação assegura excelentes
Uma das principais expoentes do movimento
uso em equipamentos standard de propriedades mecânicas e de barreira
de ascensão dos bioplásticos, produzindo alter-
flow-wrap e form-fill-seal para acondi- para uma embalagem
nativas “verdes” aos plásticos convencionais
compostável e, segundo
desde 1989, a italiana Novamont apresentou
as parceiras de projeto,
na Interpack as mais recentes aplicações em
trata-se da primeira flexível
embalagens do Mater-Bi, bioplástico com-
100% biodegradável utili-
posto por blendas de amidos, completamente
zada para produtos secos
biodegradável e compostável.
de longa vida.
Em filmes coextrudados, que
www.innoviafilms.com
permitem combinações de diver-
No Brasil:
sos grades de Mater-Bi a fim
(11) 5053-9945
1 de atender diferentes requisitos
de propriedades mecânicas,
barreiras e processabilidade, a
empresa realçou as flow-packs
form-fill-seal recentemente ado-
tadas pela cadeia varejista ingle-
2 sa Sainsbury’s para acondicionar
hortifrutigranjeiros orgânicos (nas
fotos ao redor do quadro).
A Novamont também anunciou
ter desenvolvido uma variante
especial de Mater-Bi para reves-
timento por extrusão de emba-
lagens flexíveis, semi-rígidas (papel cartão) e
rígidas. De acordo com a empresa, a tecnologia
desenvolvida permite utilizar maquinário conven-
cional e alcançar a qualidade dos revestimentos
feitos com poliolefinas tradicionais. “O material
apresenta excelente selagem e boas proprie-
dades adesivas em aplicações multicamadas”,
assegura Catia Bastioli, CEO da Novamont.
www.materbi.com

52 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


Fast food mais verde
Dois anúncios feitos na Interpack são alenta- e a degradam em água e dióxido de car-
dores para a indústria de fast food. A alemã bono”, explica Florian Krueckl, da área de
Basf divulgou estar em vias de lançar uma marketing de Biopolímeros da Basf.
versão de Ecovio – material composto por Por sua vez, a divisão de flexíveis do
Ecoflex, plástico da empresa derivado do grupo austríaco de embalagens Mondi
petróleo, porém totalmente biodegradável, apresentou uma tecnologia de revestimen-
e PLA (ácido polilactídeo, polímero obtido a to e laminação por extrusão baseada no
partir do amido de milho) – para a produção seu biopolímero Sustainex, produzido a
de plásticos expandidos (espumas) biodegra- partir de óleos vegetais. Um dos principais
dáveis e obtidos a partir de fontes naturais alvos dessa tecnologia é o revestimento 1
renováveis. O produto se chamará Ecovio de envoltórios de papel para sanduíches
L Foam, terá mais de 75% de seu peso (foto 2). Na laminação, o material pode
composto por PLA e, segundo a empresa, ser usado como adesivo para unir diferentes
poderá ser processado sem modificações substratos. Em tempo: a Mondi também
2
substanciais em máquinas XPS (extrusoras introduziu na Interpack 2008 um filme “verde”
de espumas de poliestireno). A promessa do baseado no Sustainex. Fabricado por proces-
produto, com produção em escala industrial so tubular (blown), o filme oferece performan-
prevista já para os próximos meses, é a pro- ce similar à de filmes convencionalmente uti-
dução de bandejas e conchas capazes de lizados na produção de embalagens flexíveis
serem descartadas juntamente com restos de em máquinas form-fill-seal.
sanduíches e outros resíduos orgânicos (foto www.basf.com
1). “Microorganismos ‘atacam’ as embalagens www.mondigroup.com

www.embalagemmarca.com.br maio 2008 EmbalagemMarca 53


 ESPECIAL: INTERPACK 2008

Termoformado como meio-termo


Garrafa flexível, baseada em thermoform-fill-seal, surge como
opção a frascos e pouches no acondicionamento de líquidos e pastosos

A
dotar embalagens plásticas termo- trário das linhas de sopro de frascos”, argumenta
formadas para produtos pastosos Ninni. Segundo ele, paralelamente às garantias
QwikPak pode
e líquidos não é exatamente uma ser produzido com de relativa rigidez e shapes exclusivos, típicas
novidade. Mas, na Interpack diversos formatos dos frascos soprados, o QwikPak oferece alta
2008, a idéia ganhou um novo qualidade de impressão (até dez cores em
verniz por meio da Unifill, fabricante ita- rotogravura ou flexografia) e é capaz de
liana de máquinas thermoform-fill-seal. empregar diferentes filmes, para diferen-
Propondo solucionar o freqüente dilema tes necessidades de barreira.
entre frascos ou bolsas plásticas, que Algumas das possibilidades de estru-
indústrias enfrentam na hora de decidir turas do QwikPak foram mostradas na
a apresentação de pequenos volumes Interpack, graças ao apoio à solução
desses itens (de 50 a 500 mililitros), a dada pela Alcan Packaging, conhecida
empresa destacou na feira o QwikPak, fornecedora de filmes de alta perfor-
conceito de “garrafa flexível” brandido mance. Para as estruturas mais leves
como um vantajoso meio-termo entre e flexíveis, a Unifill sugere utilização
os dois sistemas de embalagem. básica na forma da estrutura nylon/
O QwikPak consiste num recipiente polietileno; nas mais rígidas, na forma
termoformado a partir de filmes com de APET (PET amorfo)/polietileno.
espessura entre 200 a 600 micra, poden- Nas duas vertentes é possível aplicar
do, portanto, ser altamente flexível ou EVOH (copolímero de etileno e álcool
semi-rígido. A matriz da novidade é a máquina Alcan Packaging vinílico) como elemento de barreira. A unida-
(11) 4512-7170
TF-400, capaz de processar 200 unidades por comunicacao.maua@alcan.com de de Embalagens Flexíveis da Alcan brasileira
minuto. Bobinado, o filme que a alimenta é pré- pode dar assistência aos interessados locais no
aquecido e pré-moldado, acoplando válvulas plás- Unifill QwikPak, conforme salienta Priscila Mazzarin,
+39 0 5354-9041
ticas. Os recipientes seguem para o enchimento, www.unifill.it gerente de marketing da divisão.
para a vedação com tampas e, por fim, para uma
estação de corte, onde são aparados de forma a
ganhar o formato final desejado – ficando, dada a
característica da moldagem, com uma “rebarba”
(veja a foto).
FOTOS: DIIVULGAÇÃO

De acordo com Alberto Ninni, diretor de ven-


das e marketing da Unifill, o QwikPak pode ser
utilizado para acondicionar refrescos “on-the-go”
sem gás, água mineral, molhos, detergentes, anti-
Conceito pode ser aplicado a diversos produtos.
sépticos bucais e xampus, entre outros produtos. Abaixo, a máquina FFS que processa a embalagem
Graças à construção modular da TF-400, é tam-
bém possível obter somente recipientes valvula-
dos vazios, para o enchimento off-line em linhas
convencionais. “O QwikPak sorri aos formatos
diferenciados, ao contrário dos pouches, e implica
em baixo desembolso com maquinário, ao con-

54 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


 ESPECIAL: INTERPACK 2008

Um iF só para embalagens
Famoso prêmio internacional de design lança
uma versão específica para apresentações de produto

A
lém de feiras de negócios, alemães e qualidade do design), Design e funcionalidade
são craques em organizar prêmios da embalagem, Categoria mista e Conceitos de
de design industrial. Na terra das embalagem –, o primeiro iF packaging award
salsichas e cervejas nasceram aque- recebeu 148 inscrições, originárias de 17 países.
les que são reconhecidos como os Composto por especialistas em design ale-
dois principais concursos mundiais do gênero, mães, húngaros e holandeses, o júri elegeu 53
o red dot design award e o iF product design embalagens merecedoras do famoso selo iF,
award. Este último, criado em 1954, decidiu cobiçado por empresas do mundo todo. Como
inaugurar neste ano uma edição paralela especí- acontece na versão de design de produto, as
fica para projetos de embalagem, aproveitando embalagens laureadas que apresentam maior
a Interpack 2008 como palco para o anúncio e a grau de inovação recebem a distinção iF gold
exposição dos vencedores. award. Os cinco projetos que ganharam o selo
Organizada em oito categorias – Embalagem dourado nesta primeira edição do prêmio são
de varejo, Embalagem para transporte e displays, mostrados a seguir por EMBALAGEMMARCA. Os
Grafismos de embalagem, Materiais de embala- demais 48 vencedores – nenhum brasileiro entre
gem, Máquinas e equipamentos de embalagem eles – podem ser conferidos no site do concurso
(foco do julgamento em ergonomia, segurança (www.ifdesign.de).

No Japão, idéia alemã


Categoria: Grafismo da embalagem
Produto: “Meister Juchheim“ | Design de embalagem
Fabricante: Juchheim Co., Ltd. (Japão)
Design: Peter Schmidt Group (Alemanha)

A opinião do júri: “Os gráficos das


embalagens dos bolos e itens de
confeitaria da Meister Juchhein são
pura diversão. A apresentação
tem design até o último detalhe,
com elementos especiais tanto
nas embalagens primárias quan-
to nas secundárias. As caixas, com
sua qualidade visual, até inspiram a
preservação e o uso para outros pro-
pósitos. Elas oferecem uma perfeita
expressão da cultura germânica de
confeitaria no contexto do mercado
japonês (onde os produtos são
vendidos) e são convincentemente
apelativas a um público-alvo mais
DIVULGAÇÃO

seleto.”

56 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


 ESPECIAL: INTERPACK 2008

Obra-prima gráfica
Categoria: Grafismo da embalagem
Produto: Noa Perle | Cartucho para frasco
Fabricante: Carl Edelmann GmbH & Co. KG (Alemanha) – www.edelmann.de
Design: Patrick Veillet (França) - www.patrickveillet.com

Também vencedor do prêmio Pro Carton Awards de 2007, o cartucho de papel cartão que acondiciona o frasco do perfume Noa Perle, da
Cacharel, confeccionado pela alemã Carl Edelmann, surpreendeu o júri do iF packaging award. “Esta embalagem é uma obra-prima gráfica. Ela
apela ao consumidor emocionalmente com qualidade superior. A pérola impressa parece rolar na mão do usuário, estimulando-o a comprar o pro-
duto. A conexão entre embalagem e conteúdo acontece de maneira extraordinária”, afirmam os jurados.

Pertinência à identidade
Categoria: Embalagens de transporte e displays
Produto: Fish Box | Deutsche See Fish Box
Fabricante: Deutsche See GmbH (Alemanha)
Design: feldmann+schultchen design studios (Alemanha) - www.fsdesign.de

Para melhorar a apresen-


tação de seus produtos
e reforçar a comunicação
da marca, a Deutsche See,
empresa alemã de pesca-
Mais charme nas garagens
dos frescos e congelados, Categoria: Embalagens de varejo
Produto: X-Line Range | Estojos para ferramentas
adotou uma linha de caixas
Fabricante: Bosch Power Tools,
plásticas de transporte cujo
Divisão de Acessórios, Scintilla AG (Suíça)
design remete ao seu logoti-
Design: Teams Design (Alemanha) - www.teamsdesign.com
po. “As embalagens dão um
exemplo de como um produto Essas novas maletas plásticas da Bosch suíça (Scintilla AG),
perfeitamente desenhado pode fabricadas numa linha própria de injeção da empresa, aproveitam
também expressar a identida- mecanismos em formato de “x”, letra que batiza a linha de produ-
de corporativa. Seja em forma- tos, para acomodar brocas e outros acessórios para ferramentas.
to, em cor ou em impressão “A embalagem foi pensada do começo ao fim. Ela se encaixa na
geral, as inovações nas caixas linha de produtos perfeitamente, é rápida e fácil de abrir e prática
de peixes são tangíveis em cada para carregar. Além de tudo, a maleta fica clara e consistentemente
detalhe”, sentencia o júri. em conformidade com a marca”, entenderam os jurados.

Embaladora amigável
Categoria: Máquinas de embalagem / Produto: MCC/MCH | Sistemas modulares de embalagem / Fabricante: Theegarten-Pactec GmbH & Co. KG
(Alemanha) - www.theegarten-pactec.de / Design: H-Design Langebrück (Alemanha) - h-design.langebrueck.de

O design de máquinas de embalagem ganhou uma veis, agradaram em cheio aos jurados. “As
categoria própria no iF packaging award, e um máquinas exibem uma concepção de design
dos três produtos premiados mostrou-se digno de que deixa a interface com o usuário extrema-
receber o iF gold award. Os modelos MCC/MCH mente visível e, logo, compreensível para todos”,
de embaladoras contínuas de média velocidade comentam os jurados. “As partes funcionais, por
da alemã Theegarten-Pactec, capazes de acon- sua vez, são protegidas e acusticamente isoladas,
dicionar doces, chocolates e outros alimentos em mas ao mesmo tempo de fácil acesso caso haja
diferentes modelos de envoltórios plásticos flexí- necessidade.”

58 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


 ESPECIAL: INTERPACK 2008

Carteira expandida
Máquina assegura automação industrial de inovadora embalagem deslizante

I
novações em emba-
lagem só as são
com pés no chão,
ou seja, se forem
industrialmen-
te exeqüíveis. Na Interpack
2008, a Sigpack Systems,
divisão da Bosch Packaging
Technology, divulgou efusivamente em seu
estande e numa conferência de imprensa, como a
contribuição de seus engenheiros agora capacita
o Burgopak, um conceito de embalagem criado
por uma agência homônima de design, britâni-
ca, a ser utilizado numa linha automatizada de
embalagem.
O Burgopak consiste basicamente num car-
tucho de papel cartão com formato de carteira e
extremidades abertas, baseado num mecanismo

DIVULGAÇÃO
deslizante. Ao puxar uma aba descoberta numa
das extremidades, o consumidor “desentoca” o
Com mecanismo deslizante,
conteúdo, fazendo-o irromper no lado oposto. Burgopak permite fácil
acesso ao impresso e ao produto simultaneamen-
“Além de diferenciar produtos em mercados acesso ao produto te (como pode ser visto na foto, em exemplos
acondicionado. No canto
altamente competitivos”, diz Christian Bosshard, oposto da página, a desse tipo de aplicação em analgésicos). “Isso
especialista em comunicação e marketing da máquina desenvolvida permite ao usuário checar a posologia toda vez
para automatizar seu
Bosch Packaging Technology, “tal mecanismo processamento que for tomar o medicamento, e evita extravios
também pode evitar falsificações.” da bula”, comenta Bosshard.
O Burgopak é aplicável a uma série de pro- Na máquina projetada pela Sigpack Systems,
dutos. Por montagem manual, o conceito já foi uma unidade especial aplica um finíssimo filme
utilizado para acondicionar telefones celulares, plástico transparente numa parede cartonada que,
CDs, DVDs e outros produtos eletrônicos. Mas após a montagem, fica alocada no interior da
Burgopak
uma vocação clara é o acondicionamento de +44 (0)77 9543-1787 embalagem (os componentes básicos da embala-
medicamentos, especialmente comprimidos em www.burgopak.com gem já vêm pré-acabados). É essa parede revesti-
blisters. Para tais produtos, o conceito prevê a da que propicia o deslizamento dos componentes
Sigpack Systems
utilização de bulas presas à cartela deslizante (11) 2117-6800 do Burgopak. Em seguida, uma tecnologia espe-
– ao acionar a embalagem, o consumidor ganha www.sigpack.com.br cial de manipulação (pick and place), combinada
a um sistema cruzado de alimentação de produ-
tos, garante flexibilidade produtiva e facilita tro-
cas de formatos – o que torna a máquina atrativa
para prestadores de serviço em acondicionamen-
to (co-packers). A Sigpack Brasil dispõe-se a
dar mais informações sobre o equipamento e a
tecnologia Burgopak, informa Elaine Firmino, da
área de marketing da empresa.

60 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


 ESPECIAL: INTERPACK 2008

Realçadas com giz


Parceria aposta em garrafas produzidas com ajuda do carbonato de cálcio

C
omposto termoplástico baseado na

FOTOS: DIVULGAÇÃO
combinação de poliolefinas com o Garrafas produzidas
carbonato de cálcio, mineral utili- com o Scanfill. Leite é
um dos alvos
zado na fabricação do tradicional
giz escolar, o Scanfill surge para
brigar por um espaço na produção de garra-
fas de bebidas. A fabricante do material, a
sueca Polykemi, fechou um acordo com a alemã
Bekum, referência em máquinas para moldagem
de garrafas plásticas por extrusão-sopro, que
divulgou na Interpack 2008 supostas vantagens
do uso do Scanfill como substituto do polietileno
de alta densidade (PEAD) maciçamente empre-
gado em garrafas de produtos alimentícios.
De acordo com a Polykemi, o Scanfill é mais
amigável à natureza, por ser parcialmente origi-
nado de um mineral abundante e sua fabricação
demandar baixo consumo de energia, além de
gerar passivo ambiental ínfimo comparado aos
termoplásticos 100% oriundos de petroquímica. inclusive, ação de microondas) e propicia prote-
Ademais, proporcionaria ganhos de produtivida- Bekum ção avançada contra raios UV.
de de até 30%, na moldagem de peças, em cote- (11) 5686-9100 Uma mira da parceria, aliás, é a produção de
www.bekum.com.br
jos com polietileno, poliestireno e polipropileno. garrafas para um produto notoriamente fotos-
A fabricante diz que o material, certificado pelo Polykemi sensível, o leite. O composto tem sido aplicado
FDA americano para o contato com alimentos, (14) 3234-6680 na extrusão-sopro de garrafas obtidas a partir
www.polykemi.se
tem baixo custo, garante barreiras ao oxigênio de parisons (peças intermediárias da moldagem
e a aromas, tem alta tolerância térmica (suporta, por extrusão-sopro, como as pré-formas dos
processos de injeção-sopro) de três camadas
para leite na máquina Eblow 206 D da Bekum.
Segundo a Bekum, a máquina, configurada com
estação dupla, tem atingido cadência de 5 220
embalagens/hora nessa aplicação. A Eblow 206
D engrossa o apelo eco-responsável das garrafas
obtidas com Scanfill. “A máquina, nossa primei-
ra totalmente elétrica, garante altíssima eficiên-
cia energética”, diz Christian Richard, gerente de
marketing e comunicação da Bekum.
Em tempo: Lars Krook, responsável pelos
negócios da Polykemi no Brasil, informa que o
Scanfill está disponível a clientes brasileiros via
Eblow 206 D: importações. Fabricada na Alemanha, a Eblow
toda elétrica, sopradora 206 D também pode ser adquirida por meio da
otimiza consumo de energia
subsidiária brasileira da Bekum.

62 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


 ESPECIAL: INTERPACK 2008

Outra no páreo
Proposta italiana luta por espaços em
embalagens cartonadas para bebidas

A
missão do Jordy Pack não é nada fácil: fus-
tigar a sueca Tetra Pak e a suíço-alemã SIG
Combibloc na área de caixinhas para o acon-
dicionamento de bebidas. Desenvolvido com
tecnologia da fabricante alemã de equipamen-
tos KHS, esse sistema de embalagem foi lançado sem muito
alarde em meados de 2005. Mas a fabricante italiana de
máquinas de embalagem Acma, nova timoneira do projeto,
promete turbinar sua divulgação, como já pôde ser conferido
na Interpack 2008.
O alicerce do Jordy Pack é uma máquina formadora
que confecciona corpos poliédricos a partir de bobinas lisas
(não-vincadas) de papel cartão/polietileno/alumínio. Gargalos
patenteados de polietileno, dotados de terminação por rosca,
são selados aos corpos por ultra-som, formando “garrafas”
híbridas (cabe registrar que a Tetra Pak oferece há alguns anos
um conceito parecido com a linha Tetra Top), prontas para
seguir para a linha de enchimento. As embalagens podem
acoplar tampas nos diâmetros de 28 ou 38 milímetros. Sustentabilidade.
“Depositamos boas expectativas no Jordy Pack, que, em
breve, possibilitará um output de 12 000 garrafas por hora e
terá versão asséptica”, ventilou, na feira, Sergio Beneventi,
Uma premissa para os
gerente de marketing da Acma. Por ora, o Jordy Pack atinge
cadência máxima de 6 000 garrafas/hora e possibilita envase negócios na cadeia
a quente. A Bari, forte produtora alemã de sucos, é a única
usuária do sistema, mas Beneventi diz que estréias na Ásia e de embalagens.
nos Estados Unidos “são iminentes”.
Aguarde o próximo
movimento do
Jordy Pack tem gargalo
FOTOS: DIVULGAÇÃO

plástico e ainda é apta,


no máximo, ao envase a
quente. Máquina (ao lado)
é capaz de produzir 6 000
garrafas por hora Ciclo de Conhecimento
EmbalagemMarca

Acma
(11) 5515-9296
www.acmagd.it

ciclo@embalagemmarca.com.br
 BEBIDAS

Retoques salutares
Em meio a bom momento no Brasil, Campari
renova apresentações de produtos de força

O
Brasil é um xodó da
Campari. Duas das doze
fábricas mundiais da
empresa italiana de bebi-
das situam-se no país, que,
em volume, é o seu segundo maior
mercado mundial – tendo se tornado
em 2007 o primeiro a atingir a marca
de 6 milhões de litros vendidos,
num ano, de Campari, o famoso
bitter vermelho que dá nome à
companhia. Prestes a completar
26 anos de atividades no Brasil
– o que ocorrerá em junho –, a
Campari anunciou em abril que
investirá 66 milhões de reais
numa nova planta industrial,
em Pernambuco, e apresentou

FOTOS: DIVULGAÇÃO
novos visuais para três de seus
principais produtos: o conhaque
Dreher e os uísques Old Eight e
Drury’s.
Líder do mercado nacional
de conhaques, com market share
de 40% (dados Nielsen), Dreher
ganhou uma versão premium, a
Dreher Gold, mais suave e com
notas de baunilha. “A elabo-
ração do produto levou cerca de Além de lançar versão
um ano e a opinião dos nossos consumidores mais nobre do conhaque
Dreher, Campari introduz
Uísques mudam
foi essencial para que pudéssemos entregar um embalagens mais modernas Já Old Eight e Drury’s, que juntos fazem da
para Old Eight e Drury’s,
produto que realmente atendesse às expectati- líderes em uísques
Campari líder no mercado de uísques nacionais,
vas”, diz Ricardo Ebel, gerente de produto da nacionais também tiveram suas embalagens reformuladas
Campari do Brasil. Segundo ele, a garrafa de após pesquisas com seus entusiastas. Drury’s
vidro verde, “que agrega mais valor à marca”, abandonou a garrafa cilíndrica e adotou uma
resulta de sugestões do público. Fabricada pela com formato de paralelepípedo, que, assim como
Owens-Illinois do Brasil, a embalagem é deco- a nova de Old Eight, possui nome gravado em
rada com rótulo e contra-rótulo auto-adesivos relevo nas laterais. As garrafas das duas marcas
de papel confeccionados pela Gráfica 43 S.A. A são produzidas em pool pelas vidrarias Owens-
Indeplast fornece a tampa plástica do produto. Illinois, Saint-Gobain e CIV, e levam rótulos

64 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


auto-adesivos de papel metalizado (Chromolux,
da alemã Zanders) convertidos pela Gráfica 43 e
pela Gesa. Indeplast, Plastamp e Guala fornecem
as tampas pilfer dessas embalagens.
As logotipias de Old Eight e de Drury’s foram
reformuladas pela Design Absoluto. A mesma
agência assina as artes presentes nos novos car-
tuchos das duas marcas de uísque, produzidos
com papel cartão duplex da Suzano impresso em
offset (cinco cores mais verniz UV) pela Gráfica
43 e pela Brasilgrafica. Segundo a Campari
do Brasil, a missão dos novos cartuchos será
aumentar o apelo das bebidas para presentear.
“As novas embalagens tornarão os produtos mais
atraentes a novos consumidores, assim como
tenderão a promover a fidelização dos atuais”,
acredita Ana Maura Martins, gerente de marke-
Cartuchos têm o objetivo de dar charme de regalo aos uísques
ting de Whiskies da empresa. (GK)
Brasilgrafica Design Absoluto Gráfica 43 Indeplast Plastamp Suzano Papel e Celulose
(11) 4133-7777 (11) 3071-0474 (47) 3221-1200 (11) 6806-5000 (11) 4584-2020 0800 055 5100
www.brasilgrafica.com.br www.designabsoluto.com.br www.43sagrafica.com.br www.indeplast.com.br www.plastamp.com.br www.suzanopapelecelulose.com.br

CIV Gesa Guala Owens-Illinois do Brasil Saint-Gobain Zanders


(81) 3272-4484 (54) 3332-1301 (11) 4166-2400 (11) 6542-8000 (11) 2246-7214 (11) 2274-6393
www.civ.com.br gesa@graficagesa.com.br guala@gualaclosures.com.br www.oidobrasil.com.br www.sgembalagens.com.br noel.garcia@casa-real.net

www.embalagemmarca.com.br maio 2008 EmbalagemMarca 65


PAINEL GRÁFICO  MERCADO DE CONVERSÃO E IMPRESSÃO DE RÓTULOS E EMBALAGENS
Edição:
Edição:Guilherme
Leandro Haberli
Kamio
Edição: FLÁVIO PALHARES  flavio@embalagemmarca.com.br

Uma aventura que deu certo


Nacionalizar a S-Combat foi uma aposta correta da italiana Gidue
Fabricar no Brasil ao invés de exportar dentes de importações. “Apenas alguns
para cá produtos prontos foi a solução componentes vêm de fora, pois não
encontrada por alguns fabricantes de encontramos substitutos com qualida-
equipamentos para ganhar o cobiçado de equivalente no mercado nacional”,
mercado brasileiro, driblando a elevada cita Vorländer, mencionando o exemplo
carga tributária que incide sobre tais dos secadores UV, fornecidos pela
máquinas. Uma dessas iniciativas foi americana GEW.
tomada pela Gidue, empresa italiana A gerente de marketing da Gidue, S-Combat,
produtora de impressoras de banda Raffaella Comunetti, revela que, quando impressora
flexográfica da
estreita. Para dar esse passo, a com- a Comprint sugeriu que a S-Combat Gidue, hoje é
panhia juntou-se à Comprint, empresa passasse a ser fabricada no Brasil, tudo fabricada no Brasil,
nas modernas
que já a representava comercialmente parecia uma grande aventura. “Mas instalações da
por aqui, e à Raeder, indústria mecânica fomos convencidos de que, por causa Raeder
que trazia em sua bagagem um longo dos elevados tributos sobre as impor-
histórico de atuação na fabricação de tações, seria muito difícil vendermos
componentes para rotativas offset. nossas máquinas no Brasil de outra
Estava formada a Gidue do Brasil. maneira.” A nacionalização da pro-
Dia 23 de abril último, convertedores dução trouxe não apenas redução na
de diversas regiões do Brasil juntaram- carga tributária, mas acesso ao Finame
se a alguns pares vindos da Argentina (linha de financiamento do BNDES para Alguns
componentes,
para visitar as instalações da Raeder máquinas e equipamentos novos de como os
em Petrópolis (RJ), a fim de ver in loco fabricação nacional). secadores
UV, ainda são
como as máquinas são produzidas. A “Os resultados têm sido excepcionais”, importados
“open house” continuou nos dois dias comemora Raffaella. “A qualidade
seguintes, quando alguns converte- das máquinas feitas aqui é a mesma
dores fizeram testes específicos de das máquinas fabricadas na Europa.”
impressão. Resultados, diga-se, que são traduzidos A visita à
“O objetivo dessa visita foi mostrar em vendas. Até a realização do evento, Raeder teve
convertedores
a qualidade das instalações e dos quatro máquinas brasileiras já haviam de todo o Bras
il
equipamentos usados na produção sido comercializadas (para Mack Color, e também da
Argentina
da Gidue brasileira”, conta Christian Kromos, Indemetal e Fitatex). Após a
Vorländer, da Comprint. Ele explica visita à fábrica, esse número subiu para
que isso serve para dar confiança aos cinco. Quem testou e aprovou a máqui-
clientes, que se vêem menos depen- na foi a Ipê Formulários.

O setor gráfico em análise Fernando Pini


Prêmio tem datas definidas
Afeigraf anuncia 1ª Conferência Trends of Print Latin America em São Paulo
A 18ª edição do Prêmio Brasileiro de
A Afeigraf – Associação dos Agentes global na indústria gráfica do Brasil e de
Excelência Gráfica Fernando Pini já tem
de Fornecedores de Equipamentos e outros países da América Latina. Trará
datas definidas. As inscrições podem
Insumos para a Indústria Gráfica, entidade também previsões sobre o mercado grá-
ser feitas entre 4 de agosto e 19 de
que reúne alguns dos principais players fico mundial e resumirá tendências apre-
setembro. A festa de entrega
do mercado gráfico, anunciou a realização sentadas durante a Drupa (realizada entre
dos troféus será no dia 25 de
da 1ª Conferência Trends of Print Latin 29 de maio e 11 de junho de 2008).
novembro. O regulamento da
America. O evento, que ocorrerá entre os Mais detalhes sobre o evento podem ser
premiação está disponível no
FOTOS: DIVULGAÇÃO

dias 17 e 19 de setembro deste ano no obtidos diretamente com a Afeigraf.


site da ABTG – Associação
Novotel Center Norte, em São Paulo, terá AFEIGRAF: Brasileira de Tecnologia
palestras sobre o impacto da economia (11) 3079-6724 (R. 3) • www.afeigraf.org.br
Gráfica (www.abtg.org.br).

66 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


Reestruturação de portfólio 1
Klafold entra no catálogo da MeadWestvaco
O KlaFold, cartão triplex da Klabin, agora é comerciali-
zado, fora do Brasil, pela MeadWestvaco. O produto é
apresentado pelo grupo americano como uma alterna-
tiva eficiente para redução de peso nas embalagens, já
que, segundo estudos conduzidos pela Applied Paper
Technology e apresentados pela MeadWestvaco, pos-
sui maior resistência do que outros cartões analisados,
mesmo com menos fibras em sua estrutura.

Reestruturação de portfólio 2
Suzano direciona linha a segmentos específicos
Localmente, a Suzano Papel e Celulose anunciou seu
novo portfólio para a linha de papel cartão, resultado da
aquisição da unidade industrial da Ripasa em Embu (SP),
ocorrida no ano passado. O objetivo, segundo o gerente
de marketing da empresa, Gustavo Couto, foi direcionar
cada produto da linha para que atendesse segmentos
específicos de mercado. O segmento de embalagens é
atendido pelos seguintes produtos:

TP Premium: cartão triplex com alta rigidez e boa


performance em conversão e linhas de embalagem
automatizadas. Indicado para projetos de redução de
peso em embalagens.
Supremo Alta Alvura: voltado ao mercado de cos-
méticos e higiene pessoal (sabonetes).
Supremo Duo Design: papelcartão que permite
impressão em ambos os lados, indicado para embala-
gens que necessitem de impressão no verso.
Royal Tech: Por sua brancura, é voltado ao mercado
de perfumes e cosméticos.
Art Premium Tech: visa atender os mercados de cos-
méticos, alimentos secos e higiene pessoal (sabonete).
TP Polar: apresenta maior colagem interna, permi-
tindo a retenção de umidade nas laterais do papel. É
direcionado ao mercado de alimentos congelados ou
a produtos que necessitem de barreira à umidade e à
gordura.
Royal Barr Tech e Art Premium Barr Tech: reco-
mendados para embalagens de alimentos que neces-
sitem de barreira à gordura (fast-food).
Super 6 Premium: papelcartão duplex para produzir
embalagens mais leves sem perda de resistência.
Posicionado para os mercados de alimentos secos,
detergentes em pó e cosméticos.
Super 6 Quartz: voltado para embalagens de alimen-
tos secos e para servir como liner em micro-onduladas.
Neo Pack: é o produto com maior percentual de reci-
clados da linha de papel cartão da Suzano, que visa
atender os mercados de calçados e de embalagens
para acoplamento.

www.embalagemmarca.com.br
Acabamento offline para
rótulos e etiquetas
Nova Stamp Foil, lançada pela Etirama,
faz corte e aplicação de hot stamping
Fabricante brasileira de impressoras flexográficas
voltadas ao mercado de rótulos e etiquetas, a Etirama
passou os últimos doze meses desenvolvendo uma
máquina de acabamento offline, que recebeu o nome
de Nova Stamp Foil. O equipamento foi apresenta-
do em evento realizado na fábrica da empresa, em
Sorocaba (SP), nos dias 14 e 15 de maio, juntamente
com a nova versão da impressora Flexowine IHM.
“A Nova Stamp Foil é uma máquina para corte e apli-
cação de hot stamping, com capacidade para entrada
de material acima de 330mm”, diz Ronnie Schrötter,
diretor comercial da Etirama.
A empresa, que tem nas exportações uma
fonte cada vez maior de receitas,
teria estande na Drupa
(29 de maio a 11 de junho).

ETIRAMA
(15) 3223-3332
www.etirama.com.br

Nova feira no sul


Pack & Print Brasil estréia este ano
Está marcada para o período de 23 a 26 de setem-
bro deste ano a primeira edição da Pack & Print
Brasil, feira de negócios voltada às indústrias grá-
fica e de embalagem. O evento ocorre no Pavilhão
Wittich Freitag do Complexo Expoville, em Joinville
(SC). Mais informações podem ser obtidas com a
Markt Events, organizadora do evento.
MARKT EVENTS: (47) 3028-0002 • www.marktevents.com.br

Papirus, fornecedora premiada


Fabricante de papel cartão foi agraciada pela SPP-Nemo
A Papirus Indústria de Papel S/A, fabricante de papel
cartão pioneira no uso de fibras recicladas, foi escolhi-
da pela SPP-Nemo como melhor fornecedora de 2007.
O prêmio oferecido pela distribuidora de produtos grá-
ficos, em sua oitava edição, foi entregue em cerimônia
realizada no dia 23 de abril, em São Paulo.

www.embalagemmarca.com.br
O Ciclo de Conhecimento, mais recente iniciativa da Bloco de Comunicação,

editora da revista EmbalagemMarca, teve seu primeiro movimento realizado no

dia 12 de maio de 2008, com a realização do Seminário Estratégico

“Embalagens Flexíveis: da Matéria-Prima ao Ponto-de-Venda”.

E nasceu forte, com debates ricos e um público altamente qualificado.

O Ciclo de Conhecimento consiste num programa abrangente e permanente de

análise, estudo e difusão de informações relacionadas à cadeia de embalagens,

desde o fornecimento de matérias-primas até a indústria usuária e o varejo.

Trata-se de uma ação contínua para promover eventos que podem ser classificados

como “de transformação”. Sua missão é contribuir para o

crescimento dos profissionais e das empresas da área de embalagens.

Vamos aprofundar a discussão de questões fundamentais da cadeia produtiva.

De forma dinâmica. Com dados que tenham ligação entre si. Com planejamento.

Com a mesma qualificação e a mesma credibilidade consagradas pelo mercado

em dois outros produtos que a Bloco de Comunicação oferece ao mercado:

a revista EmbalagemMarca e o Prêmio EmbalagemMarca – Grandes Cases de Embalagem.

O que oferecemos ao setor é mais informação com valor agregado.


Depois do sucesso do Seminário Estratégico
“Embalagens Flexíveis: da Matéria-Prima ao Ponto-de-Venda”,
vem aí

Sustentabilidade
próximo movimento do Ciclo de Conhecimento.

Mais informações: ciclo@embalagemmarca.com.br


 INTERNACIONAL

Carregar
não é dose
Vodca americana inova
ao adotar garrafão de PET
com alça plástica encravada

I
nstituição nos países ao leste da
antiga Cortina de Ferro, a vodca
desbancou o uísque e hoje, quem
diria, é a bebida destilada preferida
nos Estados Unidos, registrando
vendas no varejo que já triscam os 400 milhões
de litros anuais. Vice-líder desse mercado, só
perdendo em popularidade para a cosmopo-
lita Smirnoff, da Diageo, a vodca americana
McCormick acaba de descortinar aquela que é
brandida como a primeira garrafa de PET para
destilados no mundo a incorporar alça (a ameri- Alça da McCormick:

DIVULGAÇÃO
aplicação meticulosa,
cana Ocean Spray já utiliza embalagem similar com auxílio de robô
para acondicionar sucos). Fruto de dois anos de
pesquisa e desenvolvimento, a embalagem, para de uma alça de polipropileno, dotada de ranhuras
1,75 litro de bebida, é produzida pela Amcor PET para garantir pega firme, ao corpo de uma gar- Amcor PET Packaging
Packaging, multinacional australiana com forte rafa de PET. Dois pontos críticos tiveram de ser (11) 4589-3000
www.amcor.com
atuação no Brasil. solucionados: o posicionamento perfeito da peça
De acordo com Jim Zargo, presidente e dire- no interior do molde de sopro e o aquecimento
tor de operações da McCormick Distilling, a prévio da preforma, para a correta união dos com-
embalagem com cavidade para manuseio surgiu ponentes. “Sem estes cuidados a alça pode não
como um insight para garantir diferenciação na ser ‘capturada’ pela garrafa, ou esta corre o risco
cada vez mais concorrida faixa de vodcas eco- de sofrer perfurações”, explica Jonathan Jarman,
nômicas do mercado americano. “Precisávamos engenheiro técnico da Amcor americana. “É um
nos diferenciar nessa categoria”, comenta Zargo. trabalho de dificílima execução”.
Sabendo da impossibilidade de se soprar uma Com jogo de cintura, a transformadora mon-
alça diretamente a partir de uma preforma de tou um aparato exclusivo para a garrafa, com um
PET convencional, a destilaria chegou a cogitar o robô dedicado ao posicionamento milimétrico
uso de um puxador do tipo clip-on independente, das alças (pick and place) acoplado a um equi-
para ser acoplado à garrafa. No entanto, a peça pamento de moldagem do tipo reheat/blow espe-
de encaixe foi reprovada nos testes de suporte cialmente construído para o projeto.
ao peso do produto. A McCormick decidiu então A engenhosa solução agradou em cheio à
consultar a Amcor PET Packaging, que encam- McCormick. Zargo evita fornecer números, mas
pou o projeto como desafio. assegura que os consumidores americanos estão
reagindo favoravelmente à nova garrafa. “Como
Dois pontos críticos nós já observamos incremento nas vendas, iremos
Estudando a idéia do cliente, a transformadora ampliar a distribuição do produto”, diz o dirigente
realizou diversos testes que aprovaram a junção da destilaria. (GK)

72 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


 EVENTOS

Regionalização consolidada
Feiras locais de embalagem, como a Embala Minas, atraem cada vez mais público

N
uma vertente contrária à realização
de feiras internacionais, de dimen-
sões gigantescas – como Emballage
(Paris), Interpack (Düsseldorf) e
Tokyo Pack (Tóquio), para citar
exemplos relativos ao setor de embalagem –,
vem se firmando no Brasil a regionalização desse
tipo de evento. A própria dimensão continental
do país seria um dos motivos dessa tendência,
na opinião de Luiz Fernando Pereira, diretor
da Greenfield Business Promotion, responsável
pela realização de duas feiras regionais da área
do packaging, situadas no âmbito do Programa
Embala: a Embala Nordeste e a Embala Minas,

DIIVULGAÇÃO
que se realizam anualmente em Olinda (PE) e
em Belo Horizonte, respectivamente. A mais
recente edição da Embala Minas, em abril último,
Mais de 12 000 pessoas
reuniu 250 expositores e recebeu mais de 12 000 visitaram os 250 mais oito ou dez”, ele compara. “Só da Fiat recebe-
visitantes, no que Pereira considera “uma firme expositores da mos a visita de 28 pessoas da área de embalagem
Embala Minas
demonstração de consolidação de mais uma feira (de autopeças), e da Vilma Alimentos, 35”, conta
regional no Brasil”. Pereira. Para reforçar sua argumentação, o executi-
Não significa que as feiras de grande porte, vo reproduz depoimento de João Ferreira Cardoso,
tanto internacionais quanto nacionais, promovidas diretor do Café Letícia, de Montes Claros (MG),
nos grandes centros, deixarão de ser eventos de depois de fechar negócio no estande da Plaslíder:
tendências. Possivelmente se fortalecerão, sobre- “Na Embala Minas, em curto espaço de tempo
tudo se consolidarem a inclinação de dilatação de contatei inúmeros fornecedores e resolvi um pro-
sua periodicidade, uma crescente reivindicação de blema de meu processo de produção que queria
expositores e visitantes. Nesse caso, como já vem resolver há muito tempo”, teria dito Cardoso. “A
ocorrendo, as feiras regionais passam a ter papel feira amplia meu horizonte.”(WP)
complementar e de estímulo a relacionamentos
mais próximos e mais intensos entre as partes
interessadas em negócios que se enquadram nos
Próximas feiras regionais
focos específicos dos eventos. na área de embalagem
O diretor da Greenfield exibe dados de levan-
tamento feito pela empresa em eventos locais por Veja algumas mostras relacionadas à cadeia produtiva de
ela organizados e nos de outros promotores para embalagens que se realizarão nos próximos meses no Brasil
embasar suas afirmações. Segundo ele, em passa-
do recente, empresas situadas em regiões distantes Ffatia – Goiânia, GO – 28 a 31/10/2008
dos centros em que se realizam grandes feiras Embala Nordeste – Olinda, PE – 18 a 21/8/2008
tradicionais enviavam em média quatro ou cinco
visitantes para representá-las. “Hoje mandam no Feipack – Rio de Janeiro, RJ – 6 a 9/8/2008
máximo um, enquanto para os eventos que ocor- Fispal Nordeste – Olinda, PE – 4 a 7/11/2008
rem em suas regiões enviam os mesmos cinco e

74 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


11º ENCONTRO NACIONAL DE
CONVERTEDORES DE ETIQUETAS ADESIVAS
21 a 24 de Agosto de 2008
ECO RESORT ANGRA DOS REIS

 Obter uma visão global do mercado de rótulos e etiquetas auto-adesivas;


 Oportunidade de estar em contato direto com fornecedores do segmento de auto-adesivo;
 Trocar idéias e confraternizar com seus companheiros do setor;
 Assistir palestras com renomados profissionais;
 Participar da entrega do “1º Prêmio ABIEA – Excelência em Etiquetas e Rótulos Auto-Adesivos”

PALESTRAS:
 Jules H. M. Lejeune - Diretor Executivo da FINAT
Palestra: “Panorama internacional da indústria de rótulos e etiquetas adesivas”
 Steven Dubner - Fundador e coordenador geral da ADD - Associação Desportiva para Deficientes
Palestra: “Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez”
 Raúl Candeloro - Fundador da Editora Quantum é o coordenador das Revistas Motivação em Vendas e
Liderança em Vendas, da Newsletter Gestão em Vendas, e também do site www.vendamais.com.br.
Palestra: “Liderança em Vendas”
 Cesar Romão - Jornalista, conferencista, escritor, pesquisador de assuntos comportamentais e de mercado
Palestra: “Transformando Estratégias em Resultados”

VOCÊ IRÁ DEIXAR PASSAR ESTA OPORTUNIDADE?


PACOTE INCLUI:
 4 DIAS E 3 PERNOITES (Sistema all inclusive)  PALESTRAS  ATIVIDADES ESPORTIVAS E RECREATIVAS 

VALOR DO PACOTE POR PESSOA (EM APTO. DUPLO)


Até 15 de julho Após 15 de julho Até 15 de julho Após 15 de julho
Sócios Efetivos (Convertedores) R$ 1.200,00 R$ 1.350,00  Não Associados (Convertedores) R$ 1.500,00 R$ 1.700,00
Sócios Solidários (Fornecedores) R$ 1.800,00 R$ 2.000,00  Não Associados (Fornecedores) R$ 2.500,00 R$ 2.800,00

Para reserva de apto. single, triplo ou para menores de 12 anos, consulte a TRISTAR TURISMO.
Informações pelo telefone: (11) 3016-1411, com Sr. Pedro Angelini ou pelo e-mail: pedro@tristarturismo.com.br

PATROCINADORES (até 20/05/08):

Apoio:
DISPLAY  LANÇAMENTOS E NOVIDADES – E SEUS SISTEMAS DE EMBALAGEM

Além do emagrecimento
Herbalife diversifica linha para cuidados pessoais com amplo mix de embalagens

A Herbalife, conhecida por lizado em bisnagas de polie- pela C-Pack. O layout das Bompack
(11) 4044-5055
vender produtos para redu- tileno (PE), com tampas do embalagens é assinado pela www.bompack.com.br
ção de peso, aumenta sua mesmo material, produzidas Pande Design.
Bral Max
linha Soft Green de cuidados (24) 2243-2911
pessoais: sabonete líquido www.bral-max.com.br
para o corpo, óleo de banho
C-Pack
hidratante e creme hidratan- (11) 5547-1291
te para o corpo. O óleo de www.c-pack.com.br
banho e o sabonete líquido Cour’Screen Serigrafia
são acondicionados em fras- (11) 5611-2358
courscreen@yahoo.com.br
cos de PET supridos pela
Bompack, com tampas de Herplast
(47) 3203-7000
polipropileno (PP) fornecidas www.grossplast.com.br
pela Herplast e pela Bral Max.
A decoração em serigrafia Pande Design
(11) 3849-9099
é feita pela Cour’Screen. O www.pande.com.br
creme hidratante é comercia-

Manuseio facilitado
Frascos ergonômicos destacam o sabonete líquido Nuss, da Davene

A Davene coloca no mer-


cado o sabonete íntimo
líquido Nuss nas versões
Alphacolor Rose, Purple e Green. Os
(11) 4195-3131
www.alphacolor.com.br frascos de polietileno de
alta densidade (PEAD)
Indeplast
(11) 6806-5000
têm formato que facilita
www.indeplast.com.br a pega. As embalagens,
fechadas com tampas
MN Design
(11) 2345-6644 de polipropileno (PP),
www.mndesign.com.br são produzidas pela
Indeplast. Os rótulos
auto-adesivos de poli-
propileno biorientado
(BOPP) que decoram os
frascos são impressos
pela Alphacolor. O projeto
FOTOS: DIVULGAÇÃO

gráfico das embalagens é


assinado pela MN Design.

76 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


Edição: FLÁVIO PALHARES  flavio@embalagemmarca.com.br

A granel, mas embalado


Chá verde “solto”, sem saquinhos,
estréia no mercado em pacote com caixinha

KommDesign Depois de lançar chá


(41) 3029-2131
www.kommdesign.com.br
verde em saquinhos para
infusão e nas variedades
Magistral Impressora prontas para consu-
(11) 2141-6600
www.magistralimpressora.com.br mo Green Tea, a Matte
Leão promove a estréia
daquele que é anuncia-
do como o primeiro chá
verde vendido a granel
no mercado nacional. A
novidade é apresentada
em cartucho de papel
cartão com projeto grá-
fico da KommDesign e confeccionado
pela Magistral Impressora. Uma bolsa transparente
de polietileno de alta densidade (PEAD), produzida
na própria linha de empacotamento automático da
Matte Leão, serve de embalagem primária para os
150 gramas de chá contidos na caixinha.

Mais visibilidade nas gôndolas


Biscoitos são reposicionados com bolsas que ficam em pé

Os biscoitos Teens, da
Marilan, chegam ao varejo
com nova apresentação. A
empresa mudou as fórmu-
las e as embalagens dos
produtos. As guloseimas
agora são acondiciona-
das em bolsas de PET e
polipropileno (PP) capazes
de ficar em pé, fornecidas
pela Santa Rosa Embalagens
(versão 110 gramas) e pela Zaraplast (40
gramas). O layout das embalagens foi
desenvolvido pela Quest Comunicação

Quest Comunicação Total Santa Rosa Embalagens Zaraplast


(18) 3322-4740 (11) 3622-2300 (11) 3952-3000
www.quest.com.br www.santarosaembalagens.com.br www.zaraplast.com.br

www.embalagemmarca.com.br maio 2008 EmbalagemMarca 77


DISPLAY  LANÇAMENTOS E NOVIDADES – E SEUS SISTEMAS DE EMBALAGEM

“Biodiversidade” em bebidas
Bioleve lança água saborizada, isotônico e chá verde

A Bioleve aposta em novos segmentos e


lança a água saborizada Bioflavor, o isotônico
Biosport e o chá verde com limão Biogreentea,
acondicionados em garrafas de PET sopradas
pela própria empresa. As tampas de polipro-
pileno (PP) são fabricadas pela CSI Closures
(Sport Lok para o isotônico). Os rótulos wrap-
around de polipropileno biorientado (BOPP)
da água e do isotônico são impressos pela
Scodro. As garrafas do Biogreentea têm rótu-
los de papel fornecidos pela Gráfica Adonis.
O design foi criado pela Bioleve.

CSI Closures Gráfica Adonis Scodro


(11) 4134-2500 (19) 3471-5600 (16) 2101-4949
www.csiclosures.com www.graficaadonis.com.br www.scodroembalagens.com.br

Mais quatro integrantes PP para higiene


Yoki introduz no mercado Julie Burk amplia portfólio
novos salgadinhos em flow pack
A fabricante de cosméticos Julie Burk
Zauberas & Associados
(11) 3877-1132 Quatro produtos surgem para aumentar coloca no mercado loção hidratante e
zauberas@zauberas.com.br a família de salgadinhos Yokitos, da Yoki sabonete líquido em frascos de poli-
Alimentos. A linha Batatas na Brasa estréia propileno (PP), fornecidos pela
nas versões Calabresa, Costela e Frango. Bompack. Decoradas
Já o Yokitos Nacho, em embalagem predo- com rótulos auto-adesi-
minantemente negra, surge como opção de vos de polipropileno bio-
tortilha com sabor de queijo da empresa. rientado (BOPP) impres-
As flow packs que acondicionam os qua- sos pela Seriprint, as
tro lançamentos, estruturadas em filme de embalagens têm
polipropileno biorientado (BOPP) mais filme válvulas pump
de BOPP metalizado, são produzidas na de PP supridas
fábrica de embalagens da Yoki em Cambará pela Master
(PR). Os desenhos das embalagens são da Pumps. O
Zauberas & Associados. design foi
criado pela
própria Julie
Burk.

Bompack Master Pumps Seriprint


(11) 4044-5055 (11) 4072-5353 (41) 3014-4002
www.bompack.com.br www.masterpumps.com.br

78 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


Cremosidade no pote
Pote de PP destaca novo cream cheese

Poly-Vac A Polenghi lança uma versão de Cream Cheese


(11) 5693-9988
www.polyvac.com.br
no sabor Light Fibras e Cálcio. O produto é
acondicionado em potes de polipropileno (PP)
Sart Dreamaker moldados e impressos em dry-offset pela Poly-
(11) 2117-4600 Vac. As tampas de PP transparente, também
www.sdgroup.com.br
produzidas pela Poly-Vac, deixam visível o selo
Shellmar de alumínio do produto, impresso em rotogravu-
(11) 4128-5200 ra pela Shellmar. O design gráfico foi criado pela
www.shellmar.com.br
Sart Dreamaker, que também se responsabilizou
pela reformulação das apresentações dos sabo-
res Light e Soft dos cream cheeses da Polenghi,
uniformizando a identidade visual da linha.

Fácil de abrir. E de fechar


Mentos tem cartuchos com tampas flip top

Os confeitos Mentos, da Perfetti Van Melle, são agora acondicionados


em novos modelos de cartuchos de papel cartão com abertura flip
top. O Mentos Slim apresenta um cartucho mais estreito que o modelo
tradicional utilizado pela marca, e tem abertura na parte superior. Já o
Mentos Teens, voltado ao público adolescente, tem cartucho delgado
com abertura lateral na parte superior. Os dois novos modelos de car-
tuchos trazem inscrições em braile na parte traseira. Com design criado
pela italiana Selection seguindo o padrão global da marca,
as embalagens são produzidas pela Rigesa.
FOTOS: DIVULGAÇÃO

Rigesa Selection
(19) 3881-8800 www.selection.it
www.rigesa.com.br

www.embalagemmarca.com.br maio 2008 EmbalagemMarca 79


 ÍNDICE DE ANUNCIANTES

Anunciante Página Telefone Site


ABIEA 75 (11) 3288-0508 www.abiea.org.br
Amazon Coding 41 (11) 3133-7666 www.amazoncoding.com.br
Armor 25 (92) 4009-3555 www.armor-brasil.com
BauchCampos 63 (11) 4785-2500 www.bauchcampos.com.br
Bericap 11 (15) 3235-4500 www.bericap.com
Betim Química 49 (31) 3358-8500 www.betimquimica.com.br
BIC Label 53 0800 260 434 www.biclabel.com.br
Braga 67 (19) 3897-9720 www.braga.com.br
Brasilata 33 (11) 3871-8500 www.brasilata.com.br
Braskem 39 (11) 3576-9000 www.braskem.com.br
Cobrirel 79 (11) 6291-3155 www.cobrirel.com.br
Comprint 17 (11) 3371-3371 www.comprint.com.br
DuPont 15 0800 7739 105 www.cyrel-la.dupont.com
Easy Pack 79 (11) 4582-9188 www.easypack-brasil.com.br
EMCR 47 (11) 5934-3183 www.emcrinducao.com.br
Fispal 73 (11) 3234-7725 www.fispal.com
Frasquim 79 (11) 6412-8261 www.frasquim.com.br
Greenfield 68 e 69 (11) 3567-1890 www.embalaweb.com.br
Indemetal 55 (11) 4013-9600 www.indemetal.com.br
Indexflex 9 (11) 3618-7100 www.indexflex.com.br
Innovia Films 37 (11) 5053-9948 www.innoviafilms.com
Kromos 29 (19) 3879-9500 www.kromos.com.br
Lamipack 13 (49) 3563-0033 www.lamipack.com.br
Limer-Cart 21 (19) 3404-3900 www.limer-cart.com.br
Mack Color 3ª capa (11) 2095-4499 www.mackcolor.com.br
Markem-Imaje 19 (11) 5641-8949 www.markem-imaje.com
Metrolabel 35 (11) 3603-3888 www.metrolabel.com.br
Moltec 79 (11) 5523-4011 www.moltec.com.br
Novelprint 77 (11) 3760-1500 www.noveltech.com.br
Prakolar 42 e 43 (11) 2291-6033 www.prakolar.com.br
Propack 77 (11) 4785-3700 www.propack.com.br
Qualy Print 45 (11) 4071-1782 www.qualyprint.com.br
Rami 65 (11) 4587-1100 www.ramiprint.com.br
Rio Polímeros 23 0800 707 8898 www.riopol.com.br
Set Print 77 (11) 2133-0007 www.setprint.com.br
SIG Combibloc 2ª capa (11) 2107-6744 www.sig.biz/brasil
Sonoco For-Plas 5 (11) 5097-2750 www.sonocoforplas.com.br
Soproval 37 (19) 3881-8111 www.soproval.com.br
Suzano 7 e 31 0800 722 7008 www.suzano.com.br
Tetra Pak 4ª capa (11) 5501-3205 www.tetrapak.com.br
Tom-B 61 (11) 3255-7214 www.tom-b.eu
Tyrex 27 (11) 3612-4255 www.tyrex.com.br
Videojet 57 (11) 4689-8800 www.videojet.com

80 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br


Quando criamos a Metrolabel para produzir rótulos termoencolhíveis,
sabíamos que seria necessário fazer um trabalho forte para comunicar
os pontos a que a indústria usuária deve estar atenta para ter um produto
com alta qualidade. O mercado brasileiro de termoencolhíveis está
passando por um processo de amadurecimento e melhora contínua,
liderado pelos grandes fabricantes de bens de consumo. Como a
revista EmbalagemMarca circula entre os principais formadores de
opinião e tomadores de decisão sobre embalagens, a escolha da
revista para veicular nossos anúncios foi natural.

Jorge Luiz Salvador, Diretor Comercial e Jorge Antonio B. Salvador, Diretor Administrativo

(11) 3603-3888 É LIDA PORQUE É BOA. É BOA PORQUE É LIDA.


www.metrolabel.com.br www.embalagemmarca.com.br • (11) 5181-6533
Almanaque
“Chá” de carne abençoado
Na guerra franco-prussiana (1870- chamado vril. A marca, que hoje cionado em frascos com o formato de
1871), o imperador Napoleão III pertence à Unilever, é uma das únicas bulbo – inicialmente de vidro, depois
encomendou ao escocês John Lawson que teve um Papa como garoto-pro- de plástico. O Bovril “beef tea” é
Johnston 1 milhão de latas de carne paganda. No início do século XX, um vendido na Inglaterra, na Espanha, na
para alimentar as tropas francesas. cartaz britânico mostrava Leão XIII Malásia, em Cingapura e na China.
Como não havia vacas em número sentado em seu trono segurando uma
suficiente na Europa para atender ao xícara do “chá”. No anúncio, a frase:
pedido, Johnston criou um xarope “Os dois poderes infalíveis: o Papa e
concentrado, chamado de “carne Bovril”. O produto sempre foi acondi-
fluida”, que diluído em água quente
dá origem a uma bebida fortificante.
Anos depois, o produto foi rebatizado
de Bovril, palavra inspirada no latim
bovis, que significa boi, e em vril,
nome inventado pelo escritor Edward
Bulwer-Lytton no romance “A raça

FOTOS: ARQUIVO
futura”, sobre humanóides que con-
trolavam mentes graças a um líquido

Madeixas à mostra OK, você perdeu


Lançado pela Coca-Cola em 1994, o refri-
Lançado em 1925 nos Estados Loren, Elizabeth Taylor e Brigitte
gerante OK apostou suas fichas no público
Unidos pela Lever Brothers Bardot. A primeira sul-ameri-
consumidor de “culturas alternativas”. O
(Unilever), o sabonete Lux che- cana a estrelar a campanha foi
nome foi escolhido depois de pesquisa cons-
gou ao Brasil em 1932 como Carmen Miranda. Publicado em O
tatar que Coke era a segunda expressão mais
Lever, pois a marca Lux já existia Cruzeiro em 6 de agosto de 1955,
reconhecida no mundo, em todas as línguas.
no país. Somente em o reclame é o único em
A primeira era OK. A empresa decidiu então
1963 o sabonete assu- que Carmen mostra os
lançar a marca. A latas tinham desenhos de
miu sua identidade cabelos, sem o turban-
Daniel Clowes e Charles Burns, cartunistas
internacional. Na déca- te que fazia parte de
underground. No verso havia trechos do
da de 1930, a marca sua fantasia de baiana.
“Manifesto OK”, uma ode à contracultura.
lançou uma campanha Curiosamente, a cantora
A estratégia não foi bem aceita pelo público,
publicitária que durou não viu o anúncio, já que
que considerou hipocrisia a Coca-Cola se
até meados de 1980: a revista circulou um
voltar contra o “establishment”. Em 1995, a
“Nove entre dez estre- dia após sua morte. Na
produção do refrigerante foi descontinuada.
las de Hollywood usam época, sabonetes eram
Lux (no Brasil Lever)”. acondicionados em invó-
Os anúncios tiveram lucros de papel comum:
como garotas-propagan- em 1961, Lux foi o
da atrizes famosas do primeiro a utilizar papel
cinema, como Sophia laminado na embalagem.

82 EmbalagemMarca www.embalagemmarca.com.br/almanaque maio 2008

Anda mungkin juga menyukai