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Estudo do Protocolo IPv6.

Antônio Cláudio Costa Alfonso

Curso de Tecnologia em Redes de Computadores – Faculdade do Pará


66.050.350 – Belém – Pará – Brasil.
claualf4@hotmail.com

Resumo. Este artigo apresenta de forma sucinta, um estudo sobre o conceito,


funcionamento, características, vantagens e desvantagens do protocolo IPv6.

Abstract. This article presents in summary form, a study on the concept,


operation, features, advantages and disadvantages of the IPv6 protocol.

1. Introdução

Desde sua criação, a Internet sempre foi vista como um mundo de pontas. Entretanto,
ela teve a sua arquitetura alterada ao longo dos anos devido ao iminente esgotamento
dos endereços IP (Internet Protocol – Protocolo de Internet), porém, a importância e
criticidade adquirida pela Internet para a sociedade, motivou o desenvolvimento de uma
nova fase desse extraordinária infra-estrutura de serviços eletrônicos. Com as
experiências acumuladas ao longo de mais de vinte anos de sua existência, a própria
Internet mostrou de forma muito clara a nova direção a ser seguida no desenvolvimento
de sua Próxima Geração. O IP versão 6.

2. O que é IPv6?

A Internet, desde sua concepção até os dias atuais, tem sido uma ferramenta de extrema
importância para o mundo dos negócios, além de contribuir para diversos outros, como
científico, educacional e entretenimento. Porém, com a sua capacidade de
endereçamento comprometida com o esgotamento do IP versão 4, ela passou a ser vista
como um recurso já velho e ultrapassado.

Com o desenvolvimento do IPv6, a Internet ganhou uma nova visão e se tornou


a chave para a inovação tecnológica, com novos modelos e cenários possíveis devido ao
aumento de capacidade de endereçamento. Em linhas gerais o novo protocolo da
Internet permite: mais desempenho; maior segurança; conectividade P2P real; auto-
configuração; mobilidade com eficiência.

Este novo cenário permite a criação de diversas aplicações e novos produtos


com muito mais eficiência e custos menores que os atuais. Aplicações que variam desde
adicionar funcionalidades a dispositivos móveis, Vídeo On-demand baseada em
Multicast IPv6 (e-Television®), Voz sobre IPv6 (VoSix®) até novos mecanismos de
VPN baseados em IPSec (SINC®).

3. Características

3.1. Endereçamento composto por 128 Bits


Devido à principal proposta do IPng, que era fornecer mais endereços para a
Internet, o IPv6 foi elaborado inicialmente para usar 160 bits em sua composição, logo
sendo alterado para 128 bits, devido a uma convenção adotada entre IETF e o IEEE, o
EUI-64 (Extended Unique Interface).

O EUI-64 altera o endereço MAC dos novos dispositivos de rede fabricados, de


48 bits para 64 bits, permitindo ao IPv6 utilizar 64 bits na identificação das redes e 64
bits na identificação dos hosts. O número total de dispositivos conectados a
Internet utilizando o IPv6 pode chegar a
340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.456.

3.2. Auto-Configuração

Foi criado um mecanismo de auto-configuração, tornando a migração, administração e a


implementação de novos dispositivos de rede mais fácil e menos trabalhosa.

3.3. Novo formato de endereço no IPv6

O endereço IPv6 é composto por 128 bits, agrupados em 16 bits que formam
uma cadeia de caracteres e escrito no formato hexadecimal separado por dois pontos (:).
Representados na seguinte forma:

x:x:x:x:x:x:x:x
Onde x representa o conjunto de 16 bits.

Endereço completo
fe80:0000:0000:0000:260:97ff:fefe:9ced

Endereço compactado
fe80:0:0:0:260:97ff:fefe:9ced
fe80::260:97ff:fefe:9ced

Localhost
::1

Não especificado
::

3.4. Simplificação no cabeçalho IPv6

O IPngWG, grupo responsável pela implementação do IPv6, verificou que


alguns campos e funções do protocolo IPv4, executavam tarefas que não eram
necessárias, tornando o trabalho do protocolo lento. Alguns campos foram removidos,
outros renomeados e movidos de lugar e um outro adicionado.

O IPv6 já está em fase de utilização em muitos países da Europa e Ásia. Muitos


governos estão dando incentivos fiscais, que é o caso do Japão e logo depois a Suécia,
que deram isenção de impostos de 100% aos produtos que forem produzidos em seus
países e que já estejam prontos para o novo padrão do protocolo de internet versão 6
(IPv6). Na Europa o grupo de trabalho e administração das redes continentais, o RIPE
junto com outras instituições como o 6Bone Europa, IPv6 Fórum e Kame no Japão,
estimam que já foram gastos aproximadamente 200 bilhões de dólares, entre 1990 e
2000, em pesquisas e desenvolvimentos de formas de implementação e transição das
redes IPv4 para IPv6.

Nas Américas, o ARIN (América Registry Internet Number), LACNIC (Latin


American and Caribbean Internet Addresses Registry) e o LAC IPv6 TF(Latin América
and Caribbean TaTaskorce IPv6) são as instituições responsáveis pela administração
das redes continentais e já estão prontas para a venda dos blocos de endereços IPv6 para
links de Internet.

Nos Estados Unidos, o NAv6TF (North American IPv6 Task Force), já está
atuando diretamente com os diversos segmentos envolvidos na migração IPv6.

No Brasil, os blocos IPv6 são designados pelo NIC.br através do Registro.br. Os


blocos IPV6 são gratuitos para quem já possui IPv4 e, certamente, as organizações que
preenchem os requisitos para ter IPv4, também cumprem com aqueles necessários para
obter o IPv6.

4. Comparativo entre os protocolos IPv4 e IPv6

Verificou-se que alguns campos e funções do protocolo IPv4 executavam tarefas


que não eram necessárias. Algumas diferenças entre os dois protocolos são evidentes
quando são examinados os formatos dos cabeçalhos de ambos. Três diferenças bastante
visíveis são:

- O tamanho do cabeçalho do IPv4 é variável devido as suas opções e campos de


apoio. Já o tamanho do cabeçalho do IPv6 é fixo em 320 bits;
- O IPv4 apresenta 14 campos, enquanto o IPv6 apresenta apenas 8 campos.

Cabe aqui ressaltar que, embora o cabeçalho do IPv4 apresente 14 campos, o


mais comum é utilizarem apenas 12 (o campo options – opções - raramente é utilizado
e, em conseqüência, o campo preenchimento – padding - também não é utilizado).

5. Endereçamento

Como já é de se supor, as mudanças no sistema de endereçamento é uma das


inovações mais importantes do IPv6. Como já dito, este passa a ser de 128 bits (contra
os 32 bits do IPv4). Teoricamente, o número de endereços pode chegar a
340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.456, um valor absurdamente alto.
Graças a isso, determinados equipamentos poderão ter mais de um IP. Assim,
será possível fazer com que certos serviços sejam executados simultaneamente numa
mesma máquina e para cada uma haverá uma conexão exclusiva.

Para o uso de mais de um IP em um mesmo dispositivo, foram criados os


seguintes esquemas:
- Unicast: neste esquema, um determinado dispositivo pode ter mais de um
endereço. Para tanto, tais endereços são divididos em grupos;
- Multicast: neste esquema, uma único dispositivo consegue identificar várias
interfaces na rede, permitindo o envio individual de pacotes;
- Anycast: este tipo é uma variação do multicast, onde o endereço IP pode estar
atribuído a mais de uma interface, ao invés de uma individual.

O endereço IP da versão 6 é composto por grupos de 16 bits em formato


hexadecimal e separados por 2 pontos (:). Assim, o IP do InfoWester pode ser, por
exemplo, fe80:0000:0000:0000:2601:97ff:fefe:9ced. Mas é importante salientar que é
possível usar endereços compactados, ou seja, na prática, menores.

6. Migração do IPv4 para IPv6

O termo técnico utilizado para a nova situação da Internet e das redes em geral é
dual-stack. IPv6 e IPv4 funcionarão em conjunto certamente por alguns anos, talvez por
muitos anos, antes do IPv4 ser desativado

Desde o final da década de 90 começou o processo de migração do IPv4 para o


IPv6, colocando-se em prática as estratégias de transição. Tecnicamente, foram
definidas várias delas:
- Inicialmente, todos os servidores de nomes deverão ser migrados para suportar
a nova representação IP e todas as modificações inerentes ao novo protocolo. Por
exemplo, o registro DNS "A" do IPv4 passara' a ser "AAAA" no IPv6;
- A estratégia principal exigida pelo grupo de trabalho IPv6 é a implementação
do TCP/IP com pilha dupla (IPv6 e IPv4) nos hosts e roteadores da rede;
- O IPv6 já possui representação de endereço prevendo sua utilização como
mecanismo de transição. Foi incluído um recurso para que pacotes IPv6 trafeguem em
redes IPv4. Isso permite que dois hosts IPv6 se comuniquem através da infra-estrutura
existente de roteadores (IPv4);
- Também foi incluído mecanismo para que pacotes IPv4 trafeguem em redes
puramente IPv6. Isso permitirá às organizações que não queiram fazer a transição,
deixar suas redes IPv4 intactas, sem perder a conectividade com a Internet.

Há várias outras questões e observações sobre o processo de transição que


devem ser consideradas como: planejamento de alocação de endereços, requisitos de
software (sistemas operacionais e aplicativos), requisitos de hardware (memória e
CPU), velocidade dos links, recursos financeiros, etc. Todos estes fatores serão
imprescindíveis para o êxito de um plano de transição

7. QoS no IPv6

O serviço QoS (Quality of Service – Qualidade de Serviço) é tratado em IPv6 da


mesma maneira que é tratado em IPv4, possuindo suporte por classe de serviço através
do campo de tráfego e do modelo DiffServ - Differentiated Services. Entretanto, o
cabeçalho IPv6 tem um novo campo chamado flow label, que pode conter um rótulo
identificando um fluxo específico de dados. Desta forma, o nó fonte gera uma rota de
fluxo com rótulo, disponibilizando QoS nesse caminho, onde cada roteador do caminho
toma ações baseadas por esse rótulo.

8. Segurança

As especificações do IPv6 definiram dois mecanismos de segurança: a


autenticação de cabeçalho (authentication header, [RFC1826]) ou autenticação IP, e a
segurança do encapsulamento IP (encrypted security payload, [RFC1827]).

A autenticação de cabeçalho assegura ao destinatário que os dados IP são


realmente do remetente indicado no endereço de origem, e que o conteúdo foi entregue
sem modificações A autenticação utiliza um algoritmo chamado MD5 (Message Digest
5), especificado em [RFC1828].

A segurança do encapsulamento IP permite a autenticação dos dados


encapsulados no pacote IP, através do algoritmo de criptografia DES (Data Encryption
Standard) com chaves de 56 bits, definida em [RFC1829].

Os algoritmos de autenticação e criptografia citados acima utilizam o conceito


de associação de segurança entre o transmissor e o receptor. Assim, o transmissor e o
receptor devem concordar com uma chave secreta e com outros parâmetros relacionados
à segurança, conhecidos apenas pelos membros da associação. Para gerenciar as chaves
provavelmente será utilizado o IKMP (Internet Key Management Protocol),
desenvolvido pelo grupo de trabalho em Segurança IP.

9. Roteamento

O roteamento no IPv6 é quase idêntico ao roteamento no IPv4, exceto pelo fato


de que os endereços são de 128 bits, ao invés dos 32 bits do IPv4. Com extensões muito
claras, todos os algoritmos do IPv4 (OSPF, RIP, IDRP, ISIS, etc.) ainda pode ser
usados.

O IPv6 inclui extensões de roteamento simplificadas que suportam nova


funcionalidades poderosa, quais sejam:
- Provider Selection: seleção de provedor, baseada em políticas, desempenho,
custo, etc.
- Host Mobility: roteamento até a localização atual do host, quando este
pode se deslocar.
- Auto-Readdressing: roteamento para um novo endereço.

A nova funcionalidade de roteamento é obtida criando seqüências de endereços


IPv6 usando a opção Routing. Essa opção é usada por um equipamento de origem para
listar um ou mais nós intermediários (ou grupos de nós) a serem visitados no caminho
de destino de um pacote do protocolo.
Esta função é muito similar em funcionalidade às opções Loose Source e Record
Route do IPv4.

10. Considerações finais

Muitas das comparações entre os protocolos IPv4 e IPv6 se focam no tamanho dos
endereços permitidos pelos dois (32 versus 128 bits). No entanto, como tem mostrado a
experiência com o atual protocolo IPv4, não basta simplesmente aumentar a quantidade
de endereços disponíveis. É necessário organizar o espaço de endereçamento de forma
hierárquica, com o objetivo de prover a maior eficiência possível no roteamento. Sem
tal preocupação, o tamanho das tabelas de rotas da Internet se tornaria tão elevado, que
não seria possível a expansão da rede.

Com isso em mente, os projetistas do IPv6 tiveram como uma de suas principais
preocupações criar um espaço de endereçamento que permitisse, eficientemente, o
particionamento em uma hierarquia global de roteamento.

11. Referências

A próxima geração da Internet (2007). IPV6 DO BRASIL. Disponível em: <


http://www.ipv6dobrasil.com.br/index.php?id_pagina=3>, Acesso: em 03/03/2009,
ás 20:41h.

Protocolo IPv6 (2004). INFO WESTER. Disponível em: <


http://www.infowester.com/printversion/ipv6.php>. Acesso: em 03/03/2009 ás
20:55h.

IPv6: Endereço e Roteamento (2009). TELECO. Disponível em: <


(http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialipv6/pagina_3.asp>. Acesso: em
05/03/2009, ás 10:07h.

SILVA, Adailton J.S. (1997). O que vai mudar na sua vida com o IPv6. RNP – REDE
NACIONAL DE ENSINO E PESQUISAS. Disponível em: <
http://www.rnp.br/newsgen/9706/n2-1.html>. Acesso em: 02/03/2009, ÁS 08:04h.

SILVA, Adailton J.S. (2001). Hierarquia de endereços em IPv6. RNP – REDE


NACIONAL DE ENSINO E PESQUISAS. Disponível em: <
http://www.rnp.br/newsgen/0103/end_ipv6.html>. Acesso em: 04/03/2009, ás
21:08h.

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