1) COMPETÊNCIA
2) PROCEDENTES PROCESSUAIS (art. 92 a 154, CPP)
3) PROVAS (art. 155 a 250, CPP)
4) SUJEITOS DO PROCESSO(art. 251 a 281, CPP)
5) ATOS PROCESSUAIS (art. 351 a 372, CPP)
1) COMPETÊNCIA
I. COMPETÊNCIA FIXADA PELA CONSTITUIÇÃO
II. COMPETÊNCIA FIXADA PELO CPP
III. COMPETÊNCIA E CESSAÇÃO DO EXERCÍCIO FUNCIONAL
IV. CONCURSO DE AGENTES E FORO POR PRERROGATIVA DE FUNCAO
V. COMPETÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA
VI. CONEXÃO E CONTINÊNCIA (ESPÉCIES)
VII. PRORROGAÇÃO DA COMPETÊNCIA
VIII. SEPARAÇÃO DOS PROCESSOS
terça-feira 17/02/2009
DA COMPETÊNCIA
Em síntese, pode-se dizer que competência é a limitação do poder jurisdicional. O art. 69, CPP
determina as regras para a fixação da competência jurisdicional.
terça-feira 03/03/2009
Art. 69, CPP – Determinará a competência jurisdicional:
I – o lugar da infração;
II – o domicílio ou residência do réu;
III – a natureza da infração;
IV – a distribuição;
V – a conexão ou continência;
VI – a prevenção;
VII – a prerrogativa de função.
REGRAS DE FIXAÇÃO DE COMPETÊNCIA
a) Territorial
I. Lugar da Infração
II. Lugar do domicílio
Art. 71, CPP – Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a
competência firmar-se-á pela prevenção.
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Art. 72, CPP – Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu.
§ 1º – Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela prevenção.
§ 2º – Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o juiz que primeiro tomar
conhecimento do fato.
Art. 73, CPP – Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do
réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.
Art. 83, CPP – Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo dois ou mais juízes igualmente
competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na prática de algum ato do processo ou
de medida a este relativa, ainda que anterior ao oferecimento da denúncia ou da queixa (arts. 70, § 3º, 71, 72, § 2º, e 78,
II, c).
Art. 91, CPP – Quando incerta e não se determinar de acordo com as normas estabelecidas nos arts. 89 e 90, a
competência se firmará pela prevenção.
2) PREVENÇÃO (Art. 83, CPP) – É o critério residual da determinação de competência que incidirá nos casos
em que há pluralidade de juízes igualmente competentes.
HIPÓTESE DE DISTRIBUIÇÃO
Parágrafo único. A distribuição realizada para o efeito da concessão de fiança ou da decretação de prisão preventiva ou
de qualquer diligência anterior à denúncia ou queixa prevenirá a da ação penal.
3) DISTRIBUIÇÃO (Art. 75, CPP) – Caso não haja juiz prevento e ainda, não havendo pluralidade de juizes
competentes, a fixação da competência se dará pela distribuição, ou seja, caso se verifique que em uma
comarca existam mais de um juiz igualmente competente para julgar o delito, fixará a competência a
distribuição do IP ou das peças informativas.
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Observações:
Nos crimes permanentes e continuados que se estendam por mais de uma comarca, a competência
será definida pela prevenção.
Nos crimes consumados na divisa entre duas ou mais comarcas, e não se sabendo precisar
exatamente a qual delas pertence o lugar onde o crime foi praticado, a competência será definida pela
prevenção.
Nas ações penais privadas, ressalvada a ação penal subsidiaria da publica, a vitima pode optar por
exercer a ação no domicílio do réu mesmo sendo conhecido o local da consumação.
INTERNA – Caracteriza-se quando a delegação é realizada dentro de um mesmo juízo, como por
exemplo, quando é dado seguimento por um juiz substituto.
EXTERNA – Caracteriza-se pela delegação realizada por juízos diferentes, como no caso do uso de
carta precatória no curso do processo (juiz deprecante juiz deprecado)
DO DESAFORAMENTO
Art. 427, CPP – Se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida sobre a imparcialidade do júri ou a
segurança pessoal do acusado, o Tribunal, a requerimento do Ministério Público, do assistente, do querelante ou do
acusado ou mediante representação do juiz competente, poderá determinar o desaforamento do julgamento para outra
comarca da mesma região, onde não existam aqueles motivos, preferindo-se as mais próximas.
§ 1º O pedido de desaforamento será distribuído imediatamente e terá preferência de julgamento na Câmara ou Turma
competente.
§ 2º Sendo relevantes os motivos alegados, o relator poderá determinar, fundamentadamente, a suspensão do julgamento
pelo júri.
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§ 3º Será ouvido o juiz presidente, quando a medida não tiver sido por ele solicitada.
§ 4º Na pendência de recurso contra a decisão de pronúncia ou quando efetivado o julgamento, não se admitirá o pedido
de desaforamento, salvo, nesta última hipótese, quanto a fato ocorrido durante ou após a realização de julgamento
anulado.
Art. 428, CPP – O desaforamento também poderá ser determinado, em razão do comprovado excesso de serviço, ouvidos
o juiz presidente e a parte contrária, se o julgamento não puder ser realizado no prazo de 6 (seis) meses, contado do
trânsito em julgado da decisão de pronúncia.
§ 1º Para a contagem do prazo referido neste artigo, não se computará o tempo de adiamentos, diligências ou incidentes
de interesse da defesa.
§ 2º Não havendo excesso de serviço ou existência de processos aguardando julgamento em quantidade que ultrapasse a
possibilidade de apreciação pelo Tribunal do Júri, nas reuniões periódicas previstas para o exercício, o acusado poderá
requerer ao Tribunal que determine a imediata realização do julgamento.
CONEXÃO e CONTINÊNCIA
São institutos que permitem reunir em um só processo infrações ou infratores que poderiam ser
julgados separadamente. Se ganha celeridade e evitam-se decisões contraditórias. Esses institutos são
critérios de modificação da competência, pois vão reunir, perante um só juiz, crime ou criminosos que poderiam
ser julgados perante juizes diferentes.
CONEXÃO (art. 76, CPP)
É o vínculo estabelecido entre dois ou mais fatos, que os tornam entrelaçados por algum motivo,
sugerindo a sua reunião (junção) no mesmo processo, a fim de que sejam julgados pelo mesmo juiz e assim se
evite decisões contraditórias.
TIPOS DE CONEXÃO
Conexão (art. 76, CPP)
Material
• Intersubjetiva
• Objetiva
Processual
CONEXÃO MATERIAL
A) Intersubjetiva (entre sujeitos) – Quando dois ou mais crimes são praticados por duas ou mais pessoas.
Simultaneidade – dois ou mais crimes, praticados por duas ou mais pessoas, praticados nas
mesmas circunstâncias de tempo e espaço. Ex. torcedores sem combinação destroem o estádio de
futebol.
Por Concurso de pessoas – dois ou mais crimes, praticados por duas ou mais pessoas
combinadas (concurso de pessoas – art. 76, CPP).
Por Reciprocidade – dois ou mais crimes, praticados por duas ou mais pessoas que atuam umas
contra as outras (concurso de pessoas – art. 76, I, 3ª parte, CPP).
B) Objetiva – Se houver sido cometido um crime para facilitar outro (roubo de veículo para furto de um banco)
ou ocultá-lo (ocultação de cadáver), ou para conseguir impunidade (roubo seguido de morte) ou vantagem
(roubo com morte do cúmplice).
Teleológica – Quando a infração é executada para facilitar a execução de outra. Ex: Traficante
mata policial para garantir a venda de entorpecentes.
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Significa que em um fato criminoso pode conter outros crimes, tornando todos eles em uma unidade
indivisível.
TIPOS DE CONTINÊNCIA
Continência (art. 77, CPP)
Cumulação objetiva c/c Concurso formal (art. 70, CP)
Cumulação subjetiva c/c Concurso de pessoas (art. 29, CP)
Art. 70, CPP – A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de
tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
§ 1º – Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada
pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.
§ 2º – Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em que o
crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.
§ 3º – Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a
infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.
Art. 71, CPP – Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a
competência firmar-se-á pela prevenção. – Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade.
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§ 1º Compete ao Tribunal do Júri o julgamento dos crimes previstos nos arts. 121, §§ 1o e 2o, 122, parágrafo único, 123,
124, 125, 126 e 127 do Código Penal, consumados ou tentados
§ 2º Se, iniciado o processo perante um juiz, houver desclassificação para infração da competência de outro, a este
será remetido o processo, salvo se mais graduada for a jurisdição do primeiro, que, em tal caso, terá sua competência
prorrogada.
§ 3º Se o juiz da pronúncia desclassificar a infração para outra atribuída à competência de juiz singular, observar-se-á
o disposto no art. 410; mas, se a desclassificação for feita pelo próprio Tribunal do Júri, a seu presidente caberá
proferir a sentença (art. 492, § 2o).
terça-feira 17/03/2009
DAS QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES (art. 92 ao 154, CPP)
INCIDENTES PROCESSUAIS
• QUESTÕES PREJUDICIAIS
HOMOGÊNEA
HETEROGÊNEA
OBRIGATÓRIA
FACULTATIVA
• QUESTÕES INCIDENTAIS
== = = = = = = == = = = = = = = = == = = = = = = = = =
INCIDENTES PROCESSUAIS
PREJUDICIAL OBRIGATÓRIA (art. 92, CPP ) – É a questão que, uma vez presente, por não ser
de competência do juiz criminal, obriga a suspensão do processo penal até o julgamento da
questão incidental. Sempre versa sobre questão de estado civil das pessoas.
PREJUDICIAL FACULTATIVA (art. 93, CPP ) – Surge quando o reconhecimento da infração penal
dependerá da solução diversa do estado das pessoas.
Se a prejudicial for obrigatória, o processo penal ficará suspenso por tempo indeterminado. Se
facultativa, o juiz deverá estabelecer prazo para suspensão que poderá ser prorrogado a seu critério. Fica,
desse modo, durante a suspensão do processo, suspenso o prazo prescricional.
• QUESTÕES INCIDENTAIS – São procedimentos, incidentes que surgem ao longo da ação penal e são
em regra, processados em autos apartados.
PROCESSOS INCIDENTAIS
MODALIDADES:
A) EXCEÇÕES
São consideradas defesas indiretas apresentadas por quaisquer das partes, com o objetivo de
prolongar ou extinguir o curso da ação penal, até que uma questão relevante seja resolvida.
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Atenção! A Jurisprudência entende que o recebimento da denúncia ou da queixa não tem carga decisória;
pode, portanto, ser ratificado. Princípio da conseqüencialidade: se o recebimento da denúncia ou da queixa
fosse nulo, todo o processo estaria perdido. A Jurisprudência, por isso, admite tranqüilamente a ratificação do
recebimento da denúncia ou queixa.
QUESTÃO:
O recebimento da denúncia ou queixa interrompe a prescrição. Se foi recebida pelo juiz incompetente e depois
ratificada pelo juiz competente, qual interrompe a prescrição?
R: A ratificação do juiz competente é que interrompe a prescrição. Essa regra aplica-se para qualquer incompetência,
inclusive ratione materiae.
A decisão que julga procedente a exceção é recorrível. Cabe recurso em sentido estrito. Salvo a
decisão que decide exceção de suspeição, a qual é irrecorrível.
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QUESTÕES:
1) É possível a suspensão do processo criminal até que seja apurada em outro juízo a filiação da vítima para
fins de aplicação de agravante previsto no art. 61, II, CP?
R: Não, preceitua o art. 92 do CPP que as questões prejudiciais incidem sobre a existência da infração penal e não
apenas em circunstancias de agravamento de pena.
3) A suspensão da ação penal só ocorrerá em casos de pendência da questão prejudicial no juízo civil?
R: Não, em determinados casos a ação civil poderá ainda nem estar em curso.
4) Na hipótese do art. 92 do CPP, se a ação penal não foi suspensa e sobrevier a sentença civil conflitante
com a ação penal, o que o réu deverá fazer?
R: Depende da sentença: se for ABSOLUTÓRIA, nada mais caberá fazer, aplicando-se o princípio da reformatio pro
societatis, que é a vedação da reforma em favor da sociedade. Se a sentença for CONDENATÓRIA, cabe ao réu a ação
de revisão de sentença.
terça-feira 24/03/2009
DAS QUESTOES E PROCESSOS INCIDENTES (CONTINUAÇÃO)
EXCEÇÕES
Como já visto, as exceções são consideradas defesas indiretas apresentadas por quaisquer das
partes, com o objetivo de prolongar ou extinguir o curso da ação penal, até que uma questão relevante seja
resolvida.
ESPÉCIES:
a) EXCEÇÃO DILATORIAL
Defesa processual que acarreta a prorrogação da decisão do mérito, como por exemplo a exceção de
suspeição.
b) EXCEÇÃO PEREMPTÓRIA
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Defesa indireta que visa a extinção do processo, como por exemplo a exceção de coisa julgada e
exceção de litispendência.
Nota:
Art. 581, CPP – Decisões que negam exceção não cabem recurso.
MODALIDADES:
a) SUSPEIÇÃO
Art. 97, CPP – afirmação da suspeição pelo juiz.
Art. 254, CPC – quando o juiz constatar circunstancia ilegal, deve declarar-se suspeito e remeterá o
processo ao seu substituto, conforme prescrito nas normas de administração judiciária.
Dessa decisão não cabe recurso.
Nota:
Art. 252 / 253, CPP – impedimentos do juiz.
Art. 254, CPP – suspeição.
Art. 98, CPP – procedimento para solicitar a suspeita do juiz.
NÃO SIM
Art. 111, Art. 102,
CPP CPP
A CONSEQUENCIA DO JULGAMENTO
A) DECISÃO DE PROCEDENCIA DA EXCEÇÃO (art. 564, I, CPP)
Acarreta na nulidade dos atos processuais, ou seja, qualquer decisão ou despacho proferido por juiz
suspeito, a partir do instante de nascimento da suspeição ou impedimento, deve ter seus atos renovados pelo
juiz substituto (art. 101, CPP).
EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA
É a defesa direta que a parte pode interpor em face do juízo, alegando sua in
competência para julgar o fato, fundamentando-se no princípio do juiz natural (art. 5º, XXXVIII, CF/88).
MOMENTO DA ARGUIÇÃO
A) INCOMPETÊNCIA RELATIVA (art. 396-A, CPP).
Sob pena de preclusão.
B) INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
A qualquer momento, não cabe preclusão.
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QUESTÃO – Analise a possibilidade de ser argüida por um meio de exceção, tanto a ilegitimidade ad causam
como a ilegitimidade ad processum.
terça-feira 31/03/2009
EXCEÇÃO DE LITISPENDÊNCIA
É a defesa indireta apresentada por qualquer das partes, demonstrando a determinado juízo, a
existência de causa idêntica em andamento em outro foro, ainda pendente de julgamento, razão pela qual o
processo deve ser extinto. Caracteriza-se pela identidade das partes e das imputações.
O ajuizamento da primeira ação determina a competência, ou seja, a ação mais antiga.
Art. 581, CPP – Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
I – (...)
II - que concluir pela incompetência do juízo;
III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;
(...);
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial;
(...)
XVIII - que decidir o incidente de falsidade;
(...)
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Art. 582, CPP – Os recursos serão sempre para o Tribunal de Apelação, salvo nos casos dos ns. V, X e XIV.
Parágrafo único. O recurso, no caso do no XIV, será para o presidente do Tribunal de Apelação.
Art. 386, CPP – O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça:
I - estar provada a inexistência do fato;
II - não haver prova da existência do fato;
III - não constituir o fato infração penal;
IV - não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal;
V - existir circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena (arts. 17, 18, 19, 22 e 24, § 1o, do Código Penal);
VI - não existir prova suficiente para a condenação.
QUESTÕES:
2) Mévio é réu em uma ação penal, pela pratica de três furtos. No curso da demanda o MP toma conhecimento
da prática de um quarto furto, praticado em continuidade delitiva com as infrações anteriores. Após a
condenação de Mévio pela prática dos três furtos é possível o ajuizamento de uma nova ação penal visando
condena-lo pela prática do quarto furto?
R:
3) Manuel seqüestra Maria e a arrasta por diversas cidades, já que muda de cativeiro de tempo em tempo.
Acabou sendo descoberto, vindo a ser processado na comarca onde localizou-se o primeiro cativeiro, Rio de
Janeiro. O membro do MP de São Paulo, tendo conhecimento da passagem da vítima pela cidade de Santo
Amaro, resolveu também denunciar Manuel pelo crime de seqüestro. Pergunta-se:
B) E se uma das ações tiver sido proferida sentença penal condenatória? Seria possível a continuação da
segunda ação?
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R:
APREENSÃO
Apreende-se tudo que é produto de crime ou que é válido para a prova da infração penal.
LEGITIMIDADE:
Réu
Vítima
Terceiro interessado
Art. 1.046, CPC – Quem, não sendo parte no processo, sofrer turbação ou esbulho na posse de seus bens por ato de
apreensão judicial, em casos como o de penhora, depósito, arresto, seqüestro, alienação judicial, arrecadação,
arrolamento, inventário, partilha, poderá requerer Ihe sejam manutenidos ou restituídos por meio de embargos.
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Art. 137, CPP – Se o responsável não possuir bens imóveis ou os possuir de valor insuficiente, poderão ser seqüestrados
bens móveis suscetíveis de penhora, nos termos em que é facultada a hipoteca legal dos móveis.
Nota:
SEQÜESTRO ≠ HIPOTECA LEGAL
================================
Julgamento da argüição:
1 – Acolhendo o juiz o incidente de falsidade, manda desentranhar o documento e remete-lo ao MP (art. 145,
IV, CPP).
Pois bem. Se, durante o processo ou inquérito, surge dúvida a respeito da sanidade mental do acusado, o juiz
deve instaurar uma perícia médico-legal para esclarecer a situação. A perícia pode mostrar uma das seguintes
possibilidades:
b) o acusado é insano – o juiz deve nomear um curador, que é um representante legal do réu. Podem ocorrer
as seguintes hipóteses:
I) o acusado se tornou insano após o cometimento do crime – o processo fica suspenso até o seu
restabelecimento, podendo ser internado em manicômio (CPP, art. 152);
II) o acusado já era insano ao tempo do crime. A insanidade pode ser verificada no inquérito, durante o
processo ou mesmo após a condenação. No último caso, a pena será substituída por medida de segurança
(LEP, 183).
QUESTÃO:
A interdição realizada em processo civil em face da presença de doença mental, afasta a necessidade da
instauração do incidente de insanidade em uma ação penal?
R: Não, para auferir a doença mental é necessário periciar o acusado no momento da infração penal, ou seja, se o
mesmo, no momento da prática do ato gozava de saúde mental (critério bio-psicológico).
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terça-feira 14/04/2009
A professora deu uma passada rápida na matéria e fez comentários sobre a prova, que será de toda a
matéria. Porem, ela sugeriu intensificar estudos nos seguintes tópicos:
Questões prejudiciais (principalmente Obrigatória e Facultativa).
Exceções (principalmente Litispendência, Suspeição, Coisa Julgada Material e Formal).
Seqüestro, Arresto, Hipoteca Legal (peculiaridades entre si).
Incidentes de Falsidade e Insanidade.
===================
FIM da Matéria da 1ª Avaliação.
===================
Próximas aulas:
Feriado de Tiradentes terça-feira 21/04/2009
PROVA terça-feira 28/04/2009
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