Após o estabelecimento do controle esfincteriano, a criança fica na
posse de seus conteúdos, se capacitando para se adaptar com o meio circundante e controlar os seus conteúdos fisio-psicológicos. O SI MESMO PSICOLÓGICO SINCRÉTICO, dentro deste, o “EU”, começa a experienciar que um mesmo fato pode ter respostas diferentes e que estas diferenças assimilam características distintas dentro de suas posses. Pouco a pouco, o “EU” vai se diferenciado e discriminado a sua posse, se tornando o “MEU”, estabelecendo vínculos deferentes intensos. Nesta transição a necessidade da criação do papel que tem como objetivo de diferenciar o “EU” do “Meu”, a posse passa a se tornar o “papel”. A eliminação das posses, graças à estruturação dos papeis modifica as características do mesmo: perde o seu concretismo e se transforma no SI MESMO PSICOLÓGICO, o SMP a seguir será um espaço psicológico, verificável fisicamente como uma área pericorporal que nos rodeia, sentida como próprio. Assim, o “EU” começa a perceber a existência de outras relações que são alheias à sua pessoa e que ocorrem com seus objetos radiados. Neste momento a criança começa diferenciar os papeis gerando uma triangulação Pai Mãe e Filho, este processo de Triangulação, marca a passagem do Natural ao Social, das relações Naturais às relações sociais, marca importante da relação do “Eu” com o meio que o rodeia. A Triangulação conecta a criança com a Rede Social, que é um tecido de Papeis. A distancia entre o natural e o social é a distancia entre o Núcleo do EU e os Papeis Sociais. Entre um e outro está o EU. Do ponto de vista evolutivo, existem dois tipos de relações; a primeira, entre o Núcleo do Eu e as Posses do SMPS, é natural, a posse e confirmada na percepção através da visão, tudo e real, esta perda assume uma característica catastrófica para quem sente a sua perda, ao passo que se não perceber a perda, não há nenhum tipo de reação que indique que sinta falta ou que a recorde. A segunda relação acontece entre o “EU” e os Papeis Sociais, e relação do Eu com o Outro (socius), e se faz através de um papel, não necessitando de ser concreta pode ser elaborada sem a necessidade da presença real do objeto, já que seu registro esta presente no Eu. Ou seja, a primeira é Natural e concreta sendo a segunda é Social e abstrata. A observação do mundo interno e externo, passa pela: Sensação uma referência fisiológica desencadeada por um estimulo, gerando uma Emoção, ao contrario, se refere a um fenômeno psicológico, que tem como objetivo de envolver o individuo como um todo, fazendo relação com sua experiência orgânica. A elaboração das emoções, por parte do Eu, dá origem aos sentimentos. Estes são mais constantes em sua intensidade e duração. Já o afeto corresponde a Papeis e é parte de sua estrutura. Tendo os papeis, como prolongamentos do Eu, suas mesmas características todos vão possuir expressões afetivas similares, que constituem em conjunto o tono afetivo de cada individuo. O afeto corresponde a cada Papel é uma elaboração dos sentimentos a nível deste papel, de tal maneira que o Papel possuirá características gerais do Eu, adequadas às características particulares do Papel.
5) Memória Jogo e Dramatização
Memória é a etapa na qual se produz o registro linear, sucessivo, dos
estímulos estruturados, ate sua elaboração como Imagem, momento em que o relato passa a ser uma propriedade do Eu e a criança pode dispor dele a vontade.
O Jogo é uma etapa de concentração e reflexão na qual a criança
assume o papel de diretor definindo o enredo de acordo com seus conteúdos internos em relação a Imagem, nesta tarefa enfrentara dificuldades, mas encontrara soluções para interatuar com seus personagens até construir um todo coerente.
Na dramatização a criança passa a ser a protagonista da historia
vivenciado todos os papeis com seus conteúdos, seus personagens ganham vida nas diferentes formas sociais. Assim a criança descobre o vinculo e a importância da complementaridade dos papeis para gera-los, tomando posse total do conto, podendo dispor, à vontade de qualquer de suas partes, para repeti-la, Joga-la, Dramatiza-la ou mudar seu conteúdo e desfecho ao seu bel prazer.