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Homeopatia: Efeito placebo ou

biológico?
Medicina Complementar
Dicas para sua saúde integral

por Alex Botsaris,

"Não tenho dúvidas quanto à capacidade da homeopatia de


gerar uma resposta biológica que pode ser aproveitada para o
tratamento de muitas doenças. Entretanto acredito que seja
necessário conhecer melhor a dinâmica de como age o
medicamento homeopático e o motivo da variedade de
respostas observado nos pacientes"

A homeopatia é uma medicina complementar criada no final do


século XVIII pelo médico e químico alemão Samuel Hahnemann.
Ele estava em busca de um método que oferecesse tratamento
efetivo sem as consequências negativas das técnicas usadas na
época, como a sangria, os purgantes e os sais de mercúrio.

Ele propôs um conceito, hoje conhecido como lei dos semelhantes,


que afirma que os medicamentos podem ser usados para tratar
doenças que tenham sintomas semelhantes aos causados pelo uso
de doses tóxicas desses mesmos medicamentos.
Ou seja, se uma substância causa dor de cabeça, náuseas e
vômitos, essa mesma substância é usada para tratar esses
sintomas.

Para minimizar os efeitos negativos das substâncias e ao mesmo


potencializar a sua capacidade curativa, ele criou um método de
diluições sucessivas seguidas de uma agitação forte do líquido,
chamada de dinamização. Assim os medicamentos diluídos não
desencadeavam efeitos adversos e tratavam os pacientes. A teoria
da homeopatia acredita que quanto mais dinamizado o
medicamento, mais de suas propriedades curativas são liberadas,
tornando-o mais potente.

Homeopatia: efeito placebo ou efeito biológico?


O fato, de o medicamento homeopático ter quantidades muito
pequenas (ou mesmo não ter nenhuma molécula da substância do
medicamento), no frasco tem criado uma forte resistência entre os
médicos convencionais ao reconhecimento da homeopatia como
método terapêutico eficaz. Muitos alegam que o efeito da
homeopatia é apenas efeito placebo, ou seja, uma melhora causada
pela influência psíquica de estar sendo tratado. Entretanto, existem
pesquisas básicas mostrando que a homeopatia tem um efeito
biológico, o que significa que, de alguma forma, consegue gerar
respostas em testes de laboratório, o que seria impossível se fosse
apenas placebo.

O NCCAM (National Center of Complementary and Alternative


Medicine), um centro criado no NIH (National Institute of Health –
órgão que cuida da saúde nos Estados Unidos) para estudar e
validar as medicinas complementares tem uma posição cautelosa
em relação à homeopatia, citando os críticos por um lado, mas
mostrando também a ausência de uma explicação para os efeitos
biológicos da homeopatia, e que é preciso entender melhor como
ela atua.

A questão é que, se a homeopatia não tivesse nenhum ativo e fosse


só uma mistura de álcool com água; como vários estudos
mostraram ação biológica diferente das preparações
homeopáticas?

Várias dessas pesquisas foram feitas, inclusive, aqui no Brasil.


Pesquisadores da Universidade do Pará testaram alguns
medicamentos homeopáticos em cobaias infectados com o
Tripanossoma cruzi, agente da doença de Chagas, e aqueles que
tomaram phosphorus tiveram uma evolução melhor e
estatisticamente significativa. Outras pesquisas foram feitas com um
medicamento chamado Canova, desenvolvido para estimular as
defesas imunes do indivíduo. Esse medicamento estimula a
proliferação de linfócitos, aumentando seu número, e também ativa
os macrófagos, que ficam mais eficientes em englobar e destruir
bactérias. Há ainda as pesquisas que estão sendo feitas com o
medicamento homeopático desenvolvido para a dengue, e que
demonstrou reduzir a gravidade da doença nos primeiros estudos.

Nos últimos 5 anos houve um crescimento muito grande da


pesquisa em homeopatia. Mais de mil trabalhos científicos foram
publicados. Vários trabalhos clínicos feitos não revelaram uma
diferença significativa entre o grupo tratado e o placebo. As
características da homeopatia, que individualiza a prescrição, não
se adapta bem a metodologia científica vigente, o que torna algum
desses resultados negativos, questionáveis.

Eficácia da homeopatia e estudos


Por outro lado existem outros estudos clínicos que revelaram
benefícios da homeopatia para várias doenças como fibromialgia,
hiperatividade e déficit de atenção em crianças, diarréia infantil,
rinite alérgica, asma, líquem plano, talassemia, entre outras.
Alguns estudos, em vez de serem feitos orientados para uma
determinada doença, foram focados em bem-estar e qualidade de
vida. Um estudo feito na Inglaterra com portadores de doenças
crônicas e incapacitantes como diabetes e câncer, mostrou uma
melhora do estado geral e da qualidade de vida dos pacientes que
foram tratados com homeopatia, versus placebo. Em outro estudo
feito no Japão, ¾ dos portadores de doenças crônicas da pele
notaram melhora significativa depois que o tratamento homeopático
foi introduzido. Uma pesquisa feita na Alemanha com 1001 usuários
do sistema de saúde revelou que homeopatia é a segunda medicina
complementar mais utilizada naquele país, atrás apenas da
acupuntura. Nessa pesquisa 34% dos usuários do sistema de
saúde se tratavam também com homeopatia.

Eu não tenho dúvidas quanto à capacidade da homeopatia de gerar


uma resposta biológica que pode ser aproveitada para o tratamento
de muitas doenças. Entretanto acredito que seja necessário
conhecer melhor a dinâmica de como age o medicamento
homeopático e o motivo da variedade de respostas observado nos
pacientes, que varia desde uma agravação dos sintomas, até a
ausência de efeito efetivo – para que o médico homeopata tenha
mais informações e orientação em resolver os casos que se
comportam de forma inesperada.

Alex Botsaris
é médico especializado em Medicina Complementar

Fonte:
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/medicinacomplementar.htm
vya estelar UOL – maio 2009

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