Anda di halaman 1dari 7

Campanha Coastwatch

Campanha Coastwatch

A 1ª Companhia de Apúlia da Associação Guias de Portugal, durante o mês de


Dezembro, participou no desenvolvimento da campanha Coastwatch. Este é um
“projecto de defesa e estudo ambiental dos sistemas litorais europeus”.
Todo o trabalho foi desenvolvido ao longo da faixa costeira de Apúlia, área
correspondente à parte sul do Parque Natural do Litoral Norte (PNLN), numa extensão
de cerca de 4,5 km, que subdividimos em nove unidades.
O trabalho de campo teve início no dia 8 de Dezembro de 2008 e foi concluído
no dia 03 de Janeiro de 2009.
Figura 1 – Área de intervenção durante a campanha

Legenda

Área de Intervenção
Fonte: Atlas do Ambiente.

Associação Guias de Portugal – 1ª Companhia de Apúlia 1


Campanha Coastwatch

Durante a recolha de todos os dados necessários para a consecução desta


campanha, deparámo-nos, principalmente, com condições meteorológicas de certa
forma adversas, além de termos que conjugar também com o factor maré baixa. Foram,
pois, poucos os dias em que encontramos condições meteorológicas mais favoráveis
para a realização do trabalho de campo, o que, no entanto, não prejudicou a qualidade
do mesmo.

Figuras nº 2 , 3 e 4 – Trabalho de campo

Fonte: Fotografias tiradas por guias da 1ª Companhia de Apúlia

A nossa área de estudo está inserida numa área especial – Parque Natural – o que
gerou uma maior preocupação na análise. Aliás, trata-se de uma área onde já
desenvolvemos um projecto de recuperação dunar – Projecto Litus – que envolvia várias
acções concretas de intervenção, como: recolha de resíduos sólidos, devastação de
exóticas, plantação de feno, etc.
Durante a investigação, verificámos que o tipo de acesso à nossa unidade
costeira é fácil e a pé, e que temos uma faixa onde predominam dunas e, em algumas

Associação Guias de Portugal – 1ª Companhia de Apúlia 2


Campanha Coastwatch

zonas de praia, a rocha, que está cada vez mais a descoberto. O caso mais flagrante
deste aparecimento verifica-se na unidade 5 do nosso bloco.
Relativamente às entradas de mar, no nosso bloco existem três, tendo sido
consideradas todas elas como rio ou ribeira. Nos rios das unidades 2 e 5, a dimensão da
entrada é pequena, enquanto que, no rio da unidade 4, foi considerada como média. Os
testes dos nitratos mostraram-se verdadeiramente surpreendentes, pela positiva pois os
níveis de nitratos revelam valores mais baixos que no ano anterior. Na entrada 2
obtivemos 50 mg/l de NO3, na entrada 4 50 mg/l e na entrada 5 25 mg/l. Esta situação é
concerteza preocupante, apesar de os valores terem baixado em duas entradas e
aumentado numa, e deverão ser tomadas medidas urgentes pelas autoridades
competentes para acabar com este tipo de poluição. Estes são rios que, além de estarem
em plena praia, passam perto de habitações e campos, o que é preocupante, pois
interfere em larga escala na saúde pública.

Figuras nº 5, 6 e 7 – Foto de um rio ou ribeira

Fonte: Fotografias tiradas por guias da 1ª Companhia de Apúlia.

Associação Guias de Portugal – 1ª Companhia de Apúlia 3


Campanha Coastwatch

No que concerne à composição quer da zona supratidal quer da zona intertidal,


constatámos que predominam duna, areias finas a médias, rocha e, em certas unidades,
existem formas de controlo de erosão local e também alguma construção artificial,
como é o caso dos esporões (existem dois no nosso bloco de análise).
No que concerne ao tipo de animais que frequentemente aparecem nas praias,
podemos dizer que se resumem a gaivotas vivas. Não é muito frequente vermos animais
mortos nestas praias, apesar de termos encontrado alguns.
Relativamente ao tipo de lixos, não é frequente encontrar lixos de grandes
dimensões quer na zona supratidal quer na zona intertidal. De uma maneira geral,
podemos dizer que os resíduos mais frequentes são garrafas de plástico. Fazendo uma
breve estimativa sobre as unidades com mais lixo na altura da recolha da informação
podemos considerar as unidades 2, 3, 4, 8 e 9 onde os plásticos aparecem em maior
número.

Figuras nº 8, 9 e 10 – Lixos

Fonte: Fotografias tiradas por guias da 1ª Companhia de Apúlia.

Associação Guias de Portugal – 1ª Companhia de Apúlia 4


Campanha Coastwatch

Uma outra referência em relação aos lixos prende-se com utensílios relacionados
com a pesca, como as redes, linhas, visto que Apúlia é uma vila piscatória. Esta
incidência é sobretudo visível nas unidades 5, 7 e 8, locais de embarque e desembarque.
Uma vez que o Parque Natural do Litoral Norte já abrange o mar são necessárias
medidas no sentido de sensibilizar os pescadores da importância de serem cuidadosos
no desenvolvimento da sua actividade.
Os lixos são encontrados com mais frequência na zona supratidal, pois na sua
maioria são trazidos pelas marés-altas.
Um outro aspecto a realçar depois de todo o trabalho de campo e também de
conhecimento próprio, é que, sendo Apúlia uma vila atractiva durante a época balnear
pela sua praia, deveria ser feita com mais frequência, limpeza (recolha de lixo) em todas
as unidades.
Relativamente aos riscos ou ameaças que a costa apresenta, verificámos que em
algumas unidades existe risco devido à erosão marítima ou à construção,
nomeadamente, nas unidades 1, 4, 5, 7 e 9. Como é visível, a erosão é um grande
problema da nossa costa, com a agravante que o Homem tem contribuído em larga
escala para que este fenómeno aumente.
Figuras 11, 12 e 13 – Desgaste das dunas

Fonte: Fotografias tiradas por guias da 1ª Companhia de Apúlia.

Associação Guias de Portugal – 1ª Companhia de Apúlia 5


Campanha Coastwatch

Além de todos estes aspectos enunciados, há pequenas referências a fazer, como


barreiras de protecção das dunas, para promover o seu crescimento e um dique a
acompanhar o percurso do rio na unidade 2.
No entanto, há alguns aspectos negativos a referir, como: habitações construídas
muito próximo da zona supratidal; barcos nas dunas que geram lixo e desgaste; um cada
vez maior número de rochas a descoberto, o que torna a praia mais pequena e perigosa;
e o facto de os pescadores andarem com os tractores na praia e no cordão dunar o que
promove o seu desgaste.

Figuras nº 14, 15, 16 e 17 - Praia

Mas nem tudo são aspectos negativos, pois na unidade 2 através das protecções
que foram colocadas para promover o crescimento da duna é possível verificar que
realmente esta cresceu.
O nosso litoral oferece-nos várias potencialidades que têm que ser geridas de
forma equilibrada, para assim, promover a sustentabilidade do país.
No caso específico de Apúlia, concordámos que há três prioridades:

Associação Guias de Portugal – 1ª Companhia de Apúlia 6


Campanha Coastwatch

- Controlar os lixos deixados pelos pescadores, como é o caso das redes, que é um
problema gravíssimo, já que estes objectos duram no mar cerca de 600 anos;
- Controlar a erosão não só provocada pelo mar, mas também, pelo Homem já que este é
o principal responsável pela alteração dos factores físicos;
- Sensibilizar a população, bem como as autoridades competentes, para a necessidade de
limpeza e manutenção das praias; porque não dinamizar estas limpezas com grupos
escolares e associações.
O trabalho de campo permitiu-nos constatar aspectos positivos e negativos.
Como aspectos positivos verificamos a menor quantidade de lixos, a menor poluição
das águas das ribeiras e a acumulação de areias na unidade 2. Os aspectos negativos
ressaltam principalmente no aumento de lixos derivados da actividade da pesca,
nomeadamente, nas unidades onde os pescadores desenvolvem a sua actividade e a
erosão costeira que se faz sentir na unidade 5 que começou a ser mais evidente aquando
o arranjo do esporão.

Associação Guias de Portugal – 1ª Companhia de Apúlia 7

Anda mungkin juga menyukai