ACTIVIDADE 4
Actividade Alternativa:
Observando (numa atitude passiva, mas cuidadosa) o nosso “F FÓRUM DE DISCUSSÃO DOS
CASOS” deparámo-nos, imediatamente, com uma realidade: estavávamos a anos-luz de
ganhar passo e compasso em relação a tanta actividade! Em termos muito pragmáticos,
este fórum teve 123 mensagens, agrupadas por 16 temas distintos, tendo alguns destes
temas sido muito participados. Para além de uma leitura cuidada de todas as respostas, e
mais preocupada com o conteúdo das discussões do que com a quantidade das mesmas
(ainda que, inicialmente, isso tenha representado um “choque” em relação ao nosso
atraso) foi, desde logo, perceptível uma conclusão: o tema “Melhorar a Qualidade da
Aprendizagem e Reduzir Custos?” foi o mais participado, com 23 respostas ao repto
inicialmente lançado pela Ana Lucas. Se houvesse interesse reflexivo em estabelecer um
ranking das questões mais debatidas, em função do número de respostas, teríamos os
temas alinhados da seguinte forma:
N.º de
Ranking Temas
Respostas
1.º Lugar Melhorar a Qualidade da Aprendizagem e Reduzir Custos? 23
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Formanda: Ana Maria Santos (ISCSP)
Este exercício descritivo tem, porém, um propósito para nós: o de procurarmos entender
quais foram as temáticas que mereceram mais reflexão por parte dos colegas, numa
tentativa de (pós-) integração no debate havido. Assim sendo, a reflexão de seguida
apresentada procurará, como antes dissemos, respeitar as orientações dadas mas,
também, integrar o que foram os contributos dos colegas (verdadeiras ajudas preciosas
para nós).
Ainda que se tenha verificado, em quase todos os casos do PCR, uma melhoria da
qualidade do ensino, expressa, nomeadamente, em taxas de sucesso dos alunos mais
elevadas quando integrados nos cursos reestruturados, não quer isto dizer que haja, ou se
possa estabelecer, uma relação de causa-efeito entre introdução de formas de
virtualização e retenção de conhecimentos, apesar das taxas de sucesso escolar terem
aumentado, como no caso que estudámos, em que se verificou um aumento da taxa média
de sucesso de 78% para 85%. Mas como referiu a nossa querida colega Sandra Balão será
que «se pode inferir, em absoluto, uma melhoria da qualidade do ensino…»? Na nossa
modesta opinião, não, ainda que possamos considerar que, se houver uma tentativa de
introduzir soluções de blended learning atinentes à identificação prévia de variáveis de
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Formanda: Ana Maria Santos (ISCSP)
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Formanda: Ana Maria Santos (ISCSP)
forma de publicação muito individual e pessoal (…), que possibilita um diálogo global, num
ritmo mais lento e reflectido do que as discussões, é muito adequado para os processos de
reflexão sobre a aprendizagem em curso ou para a publicação de “trabalhos” (…), com a
vantagem de permitir, através dos comentários, a partilha e/ou o diálogo entre todos (…)».
Muitas foram as “discussões” no nosso Fórum desta Actividade 4, mas porque o texto já vai
longo, apelamos à nossa capacidade de síntese e reflictamos em torno das orientações
inicialmente solicitadas...
Podemos estar a incorrer no risco de sermos não politicamente correcta, mas julgamos
relevante reflectir sobre um facto: os docentes são uma classe profissional “difícil” de lidar.
Estamos sempre dispostos a transmitir aos nossos alunos uma ideia que, sabiamente, o Prof.
Doutor Adriano Moreira sempre veiculou: “a licenciatura é uma licença para aprender!”. Mas
quantos são aqueles que se colocam numa atitude de “tudo sei” gerando, não raras vezes,
entropia no sistema de ensino, com a adopção de posturas de resistência à mudança dos
moldes em que durante anos leccionámos e ensinámos… Claro que o facto de sermos a
primeira “geração” de docentes a adoptar uma atitude de “quero aprender mais” é um bom
presságio para a alteração desta cultura, por vezes, de “imobilismo”. Neste sentido, destaco o
contributo do João Ventura quando referiu que o principal objectivo deverá ser o de “fazer
passar os estudantes de uma postura passiva, para uma postura activa, através da alteração
dos métodos de ensino / aprendizagem», mas deixamos a questão: será que não deverão,
também, alterar essa postura as instituições de ensino superior, nos moldes de ensino que
oferecem aos seus “clientes” (alunos), e os próprios docentes?... Deixamos, de propósito, a
questão por responder, até por que do novo ECDU decorrerão consequências a este nível.
Todavia, fica a confiança que outros, como nós no curso FIEL01, adoptem uma atitude de
verdadeira comunidade de aprendizagem e de cultura de Saber… sempre, cada vez mais!
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Formanda: Ana Maria Santos (ISCSP)
Ainda ligada à questão dos custos, realçamos a importância da criação de parcerias, não
apenas entre instituições de ensino superior, mas, sobretudo, com a sociedade e as empresas,
para que o fruto do nosso trabalho não seja, apenas, para “consumo interno”; para que haja
efectiva utilidade e aplicabilidade naquilo que fazemos – ensino activo, participado, gerador de
capacidade crítica e analítica, potenciador de inovações e mudança. Como referiu a Isabel
Neto, num post de 23 de Abril, tanto investimento de tempo e recursos (no planeamento e
desenvolvimento de cada uma das actividades, citando os casos de Ohio – modelo “buffet” – e
o de Carnegie Mellon – modelo de “suplemento”) sem parcerias institucionais sólidas,
comprometem a continuidade e a sustentabilidade destes processos de remodelação. Fica-nos
a esperança, como referiu a Isabel Neto, que esta experiência pioneira do FIEL01 possa vir a
significar um primeiro passo para aquilo que apelidou de «culminar delicioso»; ficamos,
também, com esse desígnio, até por que a importância e utilidade destas parcerias não se
pode limitar a uma “estatística” de protocolos firmados com os mais diversos tipos de
instituições, sejam académicas, públicas ou privadas, da sociedade civil ou até com empresas
privadas.
Em relação a ideias para o futuro, subscrevemos inteiramento o que disse Isabel Neto no post
de 26 de Abril, sobre o tema “Síntese de Reflexões e Ideias para o futuro”: temos que ser
capazes de assumir um compromisso de «continuar a refinar para evoluir para melhor»! E é
absolutamente verdade, quantas vezes minimizamos os pequenos passos que vamos dando…
para nós, fica-nos a vontade de continuar a aprender muito do que não sabemos,
desconhecemos, mas sempre guiadas por um objectivo maior: melhorar e aperfeiçoar o que
fazemos, numa postura de “temos ainda muito para aprender”! Também nós começámos a
reflexão sobre o que podemos alterar/melhorar quando estiver disponível no ISCSP uma
plataforma que permita, de forma eficaz e eficiente, a criação das tais comunidades online de
conhecimento:
A mudança é desejável e necessária; mas não há “bolas de cristal” (como referiu a Isabel Neto)
que antevejam resultados óptimos. A solução?... Continuar, persistir e insistir!