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Encontro Promotores Vocacionais

- Texto de Lázaro (Jo. 11.1-44).

1. O Tempo e a Eternidade.
Assim como as pessoas também os Institutos e Congregações podem morrer. A nenhum deles foi dada
a garantia de uma existência eterna. È preciso estarmos dispostos a acolher esta possibilidade, apesar
de dolorosa e vivê-la como todas as mortes num ambiente de fé.
Nos desígnios de Deus, da morte nasce a vida. Se tudo se move, se tudo está em processo pascal, no
cosmos, na natureza, nas pessoas, porque deveria a vida consagrada ficar isenta deste dinamismo de
passagem? Com que critérios avaliamos a vida consagrada? O que é para nós credível? Não nos faltará
fé na Ressurreição? Não terá o futuro da vida consagrada e concretamente muitos dos seus institutos de
passar por este processo de morte? Porque não aplicamos á vida consagrada a teologia da paixão de
Cristo? Estará actualmente a vida consagrada nos serviços de reanimação? De que cuidados precisa a
vida consagrada: paliativos, intensivos? O que quer Deus de nós? Chegou a hora de lhe desligar a
máquina? Quem se atreve? Com que razões?
Promover novas vocações, novas possibilidades de vida consagrada, novas formas de anúncio com
novas linguagens é só uma operação de cosmética? Prolongar teimosamente a vida ao doente, não o
deixar morrer ou viver a esperança de um tempo novo, onde tal como o Cristo vivente se mostra como
o que foi completamente diferente do que foi? Não estará a vida consagrada a viver o seu sábado santo
depois de ter vivido esgotado os tempos de exaltação que se assemelham á entrada do Senhor em
Jerusalém?
A vida consagrada vai acabar? Deve morrer! Será mesmo necessário que a vida consagrada morra
como morreu na cruz o inocente? Quem pode, o que pode nascer desta morte? Um novo entendimento
da nova vida consagrada, una nova forma de a viver, uma maior fraternidade entre institutos
espiritualmente afins?
O Senhor ama os que a Ele se dão por inteiro. O Senhor deixou morrer Lázaro que era seu amigo.
Depois de ter morrido e ter o devolvido a mais tempo de vida não era ele um sinal muito mais forte do
que quando era só mais um amigo? Será este o processo pascal para vida consagrada? Esta morte
(diminuição comunidade, encerramento de obras, ausência de novas vocações) é o fim total, um pré-
anuncio? Quanto tempo teremos nós que passar no túmulo até ressurgir tal como Lázaro? Precisamos,
talvez de mostrar a Jesus violência serena de St. Teresa de Ávila: “Se é assim que Jesus trata os seus
amigos, não admira que tenha tão poucos”.

2. A crise e a inveja.

A falta de esperança diante de um futuro religiosamente incerto, a diminuição ou ausência de vocações,


o encerramento de muitos noviciados, o envelhecimento das comunidades, as discussões dolorosas a
respeito do encerramento ou não das nossas instituições, as preocupações financeiras são o diagnóstico
lúcido da nossa situação? Onde estão as razões da nossa esperança?
Quererá Jesus reformular as formas de estabelecer o seu reino na terra prescindindo da vida
consagrada? Somos imprescindíveis na economia da salvação? Haverá imprescindíveis?
Falando mais explictamente dos religiosos – Quem dentro da Igreja levou mais porrada do que nós?
Quantos dos mártires da Igreja não são religiosos? Quantos cabos das tormentas já não tiveram que
vencer? Não são os religiosos/consagrados, dentro da Igreja, os maiores especialistas em ultrapassar
crises? Só a titulo de alguns exemplos: pensemos nos Dominicanos a quem a peste negra da Europa
matou um grande número dos seus membros; pensemos nos Jesuítas que chegaram a ser suprimidos
pelo próprio Papa e que foram 3 vezes expulsos de Portugal, pensemos nos religiosos/as que ao longo
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dos tempos foram torturados, expulsos, espoliados: com a revolução francesa, com o “mata frades” ou
na implantação da 1ª Republica portuguesa.

Não estamos habituados ás crises? Não estão as crises na raiz da nossa própria origem? Homens e
mulheres que inspirados pelo Espírito foram mandados á Igreja e ao mundo para purificar as próprias
crises institucionais ou carismáticas dentro da própria Igreja. Porque é que quem nasceu para ser
especialista em resolver crises não sabe viver a que lhe diz hoje mais respectivamente direito? Que tem
esta crise que nos faz temer tanto? È o temor da nossa própria morte? 62% das ordens religiosas que
existiram antes de 1800 já não existem. Mas, entretanto, quantos institutos ou outras formas de vida
consagrada não surgiram ou não estão constantemente a surgir?

Deixará Deus morrer os nossos mosteiros? Sim. É possível. Não deixou ele morrer o próprio filho? Há
situações na vida consagrada que não dependem de Deus mas da nossa capacidade de saber viver
segundo o espírito. Certas congregações, com um enorme realismo e por fidelidade ao Espírito Santo,
prescindindo da teimosia da sua manutenção a qualquer preço tomaram a decisão de não aceitarem
mais vocações e enviam-nas para institutos afins á sua espiritualidade que se encontram mais
vitalizados. Tomaram a decisão corajosa de morrer com dignidade e na confiança em Deus. Há
Congregações religiosas que se vincularam a outras congregações da mesma espiritualidade e criaram
federações.

A tentação é querer sobreviver a todo o custo. Como distinguir a teimosia da fidelidade? Novas
tecnologias, novo marketing, para quê? Queremos ouvir o que o Espírito Santo suscita hoje no mundo
dos desejos da juventude e proporcionar-lhe os meios para poderem servir o Senhor ou recrutar
avidamente novos membros para perpetuar os nossos modos de servir o Senhor. Será que os institutos
de vida consagrada são uma espécie de “comércio tradicional” que só funciona com subsídios
governamentais? O que fazer para nos convertermos numa “grande superfície”? Será esse o nosso
caminho ou o caminho se sermos pequeno oásis no deserto deste mundo? Porque olhamos para os
movimentos de leigos que vivem momentos de grande fecundidade com inveja? Porque prescindimos
do nosso próprio carisma e nos diluímos na espiritualidade destes movimentos? Não tem eles o seu
próprio caminho para percorrer? Perdemos o exclusivo da santidade e da entrega? Não precisarão eles
inclusive da nossa experiência para atravessar os desertos que nós já conhecemos? Como viverão eles
os exílios das babilónias do nosso tempo?

A resposta á pergunta sobre a oportunidade e o sentido da nossa existência está, não na santidade
pessoal que vivemos mas, na missão que realizamos. A Igreja e o mundo precisam da missão para a
qual este instituto foi criado. Há outros que lhe dão resposta?
A história é a grande agenda de Deus. Os sinais dos tempos são a liturgia da palavra. Para além do
magistério da Igreja há o magistério da história. A história ensina á Igreja os caminhos da missão. A
missão ad gentes era uma missão quase exclusiva dos consagrados. As Reformas da Igreja fizeram-se
sempre em quase todos os casos a partir dos “conventos”: o movimento liturgico, bíblico, missionário,
ecuménico foram animados pelos consagrados e pelas suas revistas de teologia. Hoje, as igrejas locais
têm muito maior protagonismo. Para ser santo, missionário, solidário, já não é preciso ser frade (nova
vocação á santidade - surgiram movimentos: focolares, neocat., R. Carismático, Cl. Muitos religioso
começaram a alimentar a sua espiritualidade nestes mov.).

3. A raiva e a resignação.

Jesus comoveu-se profundamente e ficou perturbado. A palavra é: embrimastai, que significa ficou
cheio de raiva. A morte irrita. É sempre chocante. Muitas vezes espiritualizamos os sentimentos
humanos da morte. Chocante. Não é só a morte de uma criança que não completou o seu ciclo vital.
Toda a morte é uma interrupção de um processo histórico de inúmeras possibilidades. O mundo perde

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sempre com a morte de um ser humano. Nós, consagrados ainda não estamos suficientes zangados com
a fragilidade, a fraqueza, a morte dos nossos institutos nos quais muitos dos nossos antepassados deram
a vida, passaram fome, privações. Temos que ser mais humanos no nosso grito. Deus tem que conhecer
a manifestação da nossa dor. Temos que nos deixar sacudidos pelo escândalo desta morte. É melhor a
“raiva” do que a “resignação”. A resignação gera acomodação, pessimismo. Não podemos entrever o
dom da vida se não ficarmos perturbados pela desilusão da morte.

4. O poder e a fragilidade.

“Lázaro, vem para fora”. Esta palavra é literalmente um convite, uma vocação. Um chamamento. Jesus
chama este homem pelo seu nome. O que significa chamar para fora do sepulcro todo o ser humano?
Só assim entenderemos a vida religiosa e o seu futuro que depende de nós. Somos todos chamados para
fora dos lugares da “não existência”, dos lugares da morte. Lázaro não é só um homem a quem Jesus
deu o dom da vida, deu mais tempo de vida. Ele é um sinal para revelar a glória de Deus. Lázaro diz-
nos o que tem de específico, de original a vocação dos consagrados.
A vocação consagrada é um sinal da vocação de todo o ser humano: nós temos que dizer com a nossa
vida qual é a vocação do ser humano. O grande placar publicitário onde está escrito o anúncio
publicitário da nossa condição é o nosso próprio corpo, pessoa, a nossa forma de viver. Fazemo-lo,
deixando todos os sinais da identidade humana: riqueza, estatuto social, carreira, a família. Ficamos
despojados, vazios, para poder dizer o que? Como podemos enriquecer o mundo com a nossa pobreza?
Não somos o único sinal. Não há concorrência. Através do que não temos, não somos, mostramos o
destino do ser humano. (sermos só iguais a todos os seres humanos levou-nos a uma diluição,
dispersão, apagamento). Sermos apologéticamente diferentes pode-nos levar ao estrocismo e á soberba.
Quais são hoje os sinais certos da nossa identidade? Novos hábitos? Os consagrados estão prontos a
vestir o quê? Diferentemente iguais. Onde está o poder deste sinal? Onde está o poder da nossa
imagem? Será que a nossa imagem diz aquilo que nós pensamos que ela mesma diz? Os milagres de
Jesus não são obras mágicas. A força está no que dizem. Um pequeno grupo de irmãos, irmãs, pobres,
velhos ou doentes pode ser um extraordinário sinal de vida. Exemplo: Um homem diante de um carro
aramado em Tianamem. Onde estão as novas formas de seguir o Senhor? Onde estão os profetas do
nosso tempo? Charles de Foucaud, O Ir. Roger, Madre Teresa, Abbe Pierre, P. Arrupe, Edite Stein, etc.

5. O progresso e o retrocesso.

Onde está esse admirável mundo novo? Luzes: Queda do muro de Berlim, Independência de Timor, o
Papa em Cuba, a retirada da faixa de gaza, o desmantelamento do Ira. Sombras: Tisnarem, a guerra dos
Balcãs, 11 de setembro, Tsunami, guerra do Iraque, as chacinas de África. O mundo novo: cheio de
sinais, símbolos e ideias. O mundo sem sair de casa, viajar sem sair de casa. Conhecer o mundo sem
deixar o seu mundo. O mundo num portátil. Levar o mundo debaixo do braço. O mundo da rede global.

Lázaro foi chamado da obscuridade para a luz. Estava escondido no sepulcro. Tornou-se num sinal
visível. Se nós somos sinais temos que ser visíveis. Quando viajamos, quantas vezes não dizemos: Não
vi o sinal, faltam sinais novas estradas. Nós precisamos de ser visíveis nesta aldeia global. Que
marketing certo para dar visibilidade, presença á nossa existência? Ser visível é muito mais do que ser
conhecido, ser uma marca, um produto. È ser próximo. Onde está o caminho certo? Uma estética nova
para uma verdade eterna: somos entrega. Lázaro é restituído ás suas irmãs e aos seus amigos. Sinais
não escondidos, sinais para serem encontrados. Sinais públicos, visíveis, inseridos.

Os seguidores de Jesus deveriam mostrar que já foram redimidos. Não podem ser tristes. Os votos
roubaram-nos a alegria? Nós ainda não gostamos da pobreza, da castidade e da obediência. Fazemos o
voto e cumprimos. A felicidade do Esforço. Quando a felicidade do gozo? Aprender a gostar. A
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castidade é a entrada na incompreensível alegria do Pai no Filho e vice-versa e isto no Esp. Santo. O
Pai sorri ao Filho e o Filho ao Pai. È este sorriso que produz o prazer e o prazer produz a alegria e
alegria produz o amor. Encontrar o prazer da relação humana. Que visibilidade procuramos para nós?
Que não seja enganosa.

Quando somos capazes de distinguir o dia da noite. Quando ao longe se pode ver claramente se aquele
animal é um cão ou um gato. Não! É quando consegues olhar para cara de uma pessoa e ver que aquela
mulher/homem é teu irmão.
História: Telefonaram a D. Helder da Câmara a dizer que tinham prendido um pobre homem. D. Hélder
telefonou para a polícia e disse-lhes: “prendeste um meu irmão”. Desculpe, disseram os guardas. Mas
ele não tem o seu apelido? A nossa vocação é dizer: vem para fora. Ajudar a sair para fora. Somos
parteiros da existência. Dar á luz. Nós somos a melhor publicidade. Viva, encarnada. Não precisamos
de levar pendurados um cartaz. Somos publicidade enganosa? Pensamos que estamos a dizer o que não
dizemos? Os outros entendem-nos? Os outros procuram sinais e não os encontram em nós. Se não
dizemos o que queremos dizer, que dizemos nós, sobre nós e sobre Deus?

6. Tensões sociais e contenções pessoais.

Não tenho que me preocupar. A Segurança Social, as ONGS, a ONU, a Amnistia Internacional, a Santa
Casa, a Paróquia têm que resolver as situações. A Solidariedade está no âmbito de uma resposta
institucional. A fome, as doenças, a pobreza, a ileteracia, a solidão, a discriminação, violência
doméstica, tem respostas institucionais. Como alargar ao horizonte da Caridade, da responsabilidade
Pessoal?

Resolver primeiro os nossos problemas:


- Tensão entre contemplação e acção. Não é possível estar mergulhado na actividade pastoral sem estar
cheio de Deus. A oração é inegociável. Nós somos “íntimos” de Deus. Como falar d’Ele antes de falar
com Ele? Como fazê-lo amar antes de o amar-mos’
- Tensão entre o local e o global. Pastoral de conjunto. Sair para fora. Pensar em grande, pensar em
planetário. Os novos problemas são todos mundiais.
- Tensão entre gratuidade e uso dos bens. Como viver pobre tendo de usar meios carissímos.
Universidades, centros de investigação.
- Tensão entre instituição e carisma. A instituição é para verificar a autenticidade dos carismas e os
carismas para purificar a instituição.
- Tensão entre discernimento e obediência. Sentido da dignidade e da responsabilidade pessoal dos
jovens choca com modelos de obediência cega. Obediência mais madura. Quem não tem capacidade
para obedecer não deve ser superior.
- Tensão entre opção pelos pobres ou formação das elites. Tensão entre o que somos e o que fazemos.

7. Museu e Laboratório. Conservar e inovar.

Hoje, a palavra é a imagem. Antes, a imagem era casca, exterioridade, embrulho. Hoje, a imagem é tida
como conteúdo, interioridade. No império da imagem as palavras perderam força. A não ser quando
são credibilizadas pela coerência e verdade de quem as profere. A vida consagrada tem muitas palavras.
Palavras próprias, um dicionário ás vezes ilegível.
Paradoxalmente, a linguagem religiosa assim como muitas expressões eclesial são hoje usadas
desprovidas de um conteúdo espiritual. A que âmbito pertencem hoje as palavras Missão, Vocação,
Sentido, Seguimento, Partilha, Discernimento? Este esvaziamento atinge também a própria linguagem
religiosa. Umas vezes é só um slogan, outra é indecifrável. Bastante vezes, excessivamente hiperbólica,
como por exemplo: “Fogueiras de Amor”, “Tempestade do Espírito”, “Vendaval da conversão”. Será

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que sabemos o que estamos a dizer? A palavra vale não pela sua singeleza mas pela sua sonoridade.
Dominamos pouco o conteúdo das palavras.
Que palavras para uma nova linguagem? Imagens em vez de palavras? Que imagens? Será que a nossa
imagem diz o que nós queremos dizer? Por exemplo, o voto de pobreza pode “matar” o feminino.
Mulheres consagradas muito pouco femininas. O que queremos dizer? Não pode haver charme na
pobreza? Despojamento, simplicidade, pobreza? Como dizer o que queremos dizer? O Hábito ainda faz
o monge? As Batinas dizem o quê? A falta de símbolos religiosos que facilmente permitam sermos
identificados como consagrados, diz o quê? Não sendo a nossa vida uma passarele somos sob este
ponto de vista um grupos interessante para ser estudado. Precisamos de técnicos de imagem? Se o
papel de embrulho deve criar o interesse de desvelar o presente não dizem as nossas imagens o
contrário?

8. Linguagem de Sacristia ou de Igreja? Presença nas novas tecnologias.

As novas tecnologias são para nós, consagrados, lugar de salvação ou auto-estradas de recrutamento
fácil? Muitas vezes levamos para as novas tecnologias o ambiente de sacristia e não de igreja. Falta o
primado de Deus, ou então, quando os nossos sites são feitos por técnicos de Marketing correm o
perigo de criar uma “ilusão” de modo que quem nos procura nunca ali nos encontra. Publicidade
enganosa? Sites/ Folhetos católicos: Imagens da natureza: sol, mar, rios, plantas, as flores, barcos,
pegadas na areia; Imagens de pessoas: crianças, velhinhos, sorriso ou pobreza; Imagens de
modernidade: viola, uma capela não convencional, objectos religiosos.
Como usamos as auto-estradas da informação? Para servir o mundo e a Igreja ou para assegurar a nossa
continuidade? Esperamos para a vida consagrada, tal como a prima Santa Isabel uma gravidez fora de
época? Abandonou Deus a Igreja? Porque não faz ele o milagre? Não estará a faze-lo? “Fazer tudo
como se dependesse de mim sabendo que tudo depende de Deus (S. Inácio Loyola)”.
Onde estão os consagrados hoje? Em geral, longe dos areópagos, dos centros de decisão. Consagrados
a estudar artes, ciência, física, etc. porque não?.....
Os padres e as freiras estão para a Igreja como a função pública para a sociedade? Opções de
circunstância tornaram-se opções de fundo. Temos os vícios da função pública. O que lemos? Poesia?
Arte? O que ouvimos? Concertos? Com quem discutimos?
E a força, o desejo, o fascínio da imagem do grupo/ equipa /comunidade? A dificuldade em dizer quem
somos, como vivemos, o que fazemos. Traduzir o nosso património espiritual em projectos apostólicos
válidos que sirvam as necessidades reais de quem procura.
Anunciar, evangelizar não é partir para um continente é entrar num mundo: Mundos não geográficos
mas culturais independemente das fronteiras: Mega cidades / mundo dos jovens (com semelhanças em
qualquer parte do mundo); mundo das famílias, mundo dos idosos, mundo do desenvolvimento e
investigação, mundo das universidades, mundo dos trabalhadores,
Dificuldades na imagem: pessoas realizadas sem vida sexual. Quem entende? O 1º motor de busca é
gozo, prazer. Cultura do “eu mereço” em paralelo com a cultura solidária. Medo do sexo. Medo da
relação.

9. A instituição e Carisma.

A instituição abafou os valores, o carisma e a dimensão profética. Experiência. De comunhão e serviço


desligou-nos excessivamente da instituição. Outros substituíram-nos e por inexperiência incutiram
ambientes de maior defesa teológica, defesa moral. Obrigaram-nos a ser religiosamente de esquerda

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(éramos de direita) e deixamo-nos conotar. Onde está o nosso lugar sem pressões? O carisma é de
esquerda (defesa da liberdade). A instituição é de direita (defesa dos fundamentos). Onde mora a
verdade?

Jesus congrega quem? Mateus, publicano; Natanael, israelita; Simão, zelota fanático; Tiago e João,
amigos do Sumo-sacerdote, Judas tendências diferentes mas divergentes. Tensões: serviço/poder: quem
é o 1º? Fé /Política: É agora que vens libertar Israel?
Comunidade. Organização inglesa, tecnologia Alemanha, dos italianos, serenidade dos noruegos, do
charme dos franceses, da paixão dos espanhóis, do desenrasca dos portugueses? Festa dos africanos,
ideias claras e distintas dos latinos, do esp. Contemplativo dos asiáticos, comunicação dos latino
americanos? Demónios da vida comunitária. Globalização?

Uma igreja de minorias, sociedade mais individualizada?


a. Repensar uma província com estruturas próprias de um tempo que já não existe
(cristandade). Sociedade secularizada, progressivamente anti-religiosa?
b. Como passar de um género para outro sem ferir ou ficar ferido? Não basta remendar. Nascer
de novo. Mas ninguém quer morrer.
c. A questão não é só a de encontrar uma estratégia / táctica mais certa, é da de preparar uma
retirada da nossa faixa de gaza.
d. Não ver nos nossos nºs a nossa credibilidade, a nossa afirmação. Nem o n.º nem a idade
foram critérios para avaliar os caminhos de Deus. A bíblia: a Idade avançada e o pequeno
n.º foram as melhores condições para enfrentar os poderosos. Perda de poder é uma subida a
um estado de graça.
e. Jerónimos. Quem eram aqueles homens? Que viviam num mosteiro com tal grau de
beleza? Onde estão?

10. Audácia e lucidez. Fomentar uma cultura do chamamento.

A missa como lugar de promoção vocacional.


A vida consagrada não vale pelos serviços que presta. É testemunho da prioridade de Deus. É provocação e
profecia. Mantem a Igreja em estado de alerta. Farol. Somos 8 mil. Não há vertente do sofrimento
humano, não há fronteira de risco onde os consagrados não estejam. De uma força desorganizada.
Nós não somos os últimos religiosos do planeta mas somos os últimos testemunhos de um certo modo de
viver a vida consagrada

Reforçar o gozo da nossa identidade. A vida é viagem. O senhor dos anéis. Vida religiosa. Não é uma vida
cómoda. Pobreza: aprender a ser gratuito. Vida Austera e Simples. Pós guerra, um n.º excepcional de
vocações. Partir de Cristo. Uma forma de o amar e seguir.

Carlos Carneiro SJ

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