Capítulo 4
4.1 - Higiene
4.2 - Socorros de Urgência
4.2.1 - Socorros de Urgência
4.2.2 - Segurança na Cena
4.2.3 - Precauções Universais (Bioproteção)
4.2.4 - Parada Cárdio Pulmonar
4.2.5 - Avaliação da Vítima
4.2.6 - Sinais de PCR
4.2.6 - Consequências da PCR
4.2.6 - Reanimação Cárdio Pulmonar (RCP)
4.2.7 - Técnica de Palpação do Pulso Carotídeo
4.2.8 - Localização do Ponto de Massagem Cardíaca
4.2.9 - Técnicas de Compressões Torácicas
4.2.10 - Complicações na RCP
4.2.11 - Interrupção da RCP
4.2.12 - Erros comuns na realização da RCP
4.2.13 - Resumo Geral
4.2.14 - Hemorragias
4.2.15 - Fraturas
4.2.16 - Queimaduras
4.2.17 - Extricação
4.2.18 - Obstrução de Vias Aéreas
4.1 - Higiene:
adaptações o organismo faz sem que seja necessário realizarmos algum ato
consciente, como a produção de anticorpos, que são defesas internas que circulam pelo
organismo e que matam os agentes agressores que venham penetrar na circulação.
Ao BM cabe saber como reforçar suas defesas contra os agentes
agressores e impedir sua proliferação - aumento da quantidade de germes devido sua
multiplicação. Além de sua própria proteção, também serve de proteção para seus
pares e familiares, já que ao evitar tal contaminação, o BM não "leva" os germes para
os contatos profissional e doméstico.
No meio urbano, a maioria das contaminações pode ser originada pelos
detritos da atividade humana (lixo, esgoto, dejetos em via pública). No meio rural, além
destes, animais e seus dejetos também são fontes de contaminação. Outra fonte de
contaminação para o BM é o contato com cadáveres durante o serviço de remoção.
Das técnicas de higiene, a mais poderosa, barata e simples na
prevenção de doenças é a lavagem das mãos, mesmo nos ambientes mais
contaminados e independente do ambiente, desde que seja realizada de forma correta.
Considerando os princípios de higiene no trabalho, é fundamental
desenvolver as normas básicas de limpeza e higiene no ambiente de trabalho para a
prevenção e proteção do indivíduo e da coletividade.
Pelas questões sócio-culturais do trabalho, o homem passa muitas horas do
seu dia no ambiente profissional, que se não for favorável à sua saúde, pode gerar
muitas doenças agudas ou crônicas como: osteo-musculares, cardiovasculares,
respiratórias, alérgicas, stress, depressão, entre outras.
No caso do trabalho desenvolvido pelo BM, as implicações são maiores, visto
que o mesmo desempenha suas funções em atividades variadas, em ambientes
inapropriados, de alta periculosidade. Assim, é importante que se observe as normas de
prevenção a doenças e acidentes para minimizar o efeito negativo do trabalho sobre o
homem e sua saúde, causado pela exposição contínua a estes "perigos".
Cabe ressaltar algumas definições:
interdigitais, com movimentos para retirada da sujidade e com cuidado especial para as
unhas, se necessário, é recomendado o uso de escovinha. Deve-se ensaboar os
punhos e os braços até os cotovelos. Ao final, enxagua-se as mãos com bastante água
limpa e corrente, de preferência. As mãos devem ser secas em pano ou toalha limpa ou
ao ar. A lavagem das mãos não deve ser feita de forma descuidada ou apressada pois
perde completamente seu poder de prevenção de doenças.
Todas essas medidas diminuem as possibilidades de encontramos germes nos
alimentos e nos ambientes.
As medidas de proteção individual não devem ser desprezadas elo BM e devem
estar disponíveis através do melhor aparelhamento da corporação. Ao pensar que um
equipamento é desnecessário ou de uso complicado demais, o BM contribui para a não
modernização da corporação, uma vez que não é possível defender a aquisição de
equipamento moderno e adequado. É o exemplo do motociclista que não usa o
capacete adequadamente, conduzindo-o pendurado ao cotovelo. Neste caso o
equipamento de proteção é completamente anulado pelo mau uso.
O equipamento atualmente disponível:
Botas de borracha: fundamentais para operação e, locais alagados e onde
haja material contaminado por esgoto ou dejetos.
Luvas: devem ser utilizadas na manipulação de animais, terra e escombros
e principalmente de cadáveres. As luvas impermeáveis de látex não são adequadas
para este tipo de atividades por sua fragilidade.
Máscara filtrante de material sólido para proteção respiratória: importante
quando existe risco de contaminação por inalação de vapores ou secreções
contaminantes.
Qualquer doença que possa ser transmitida de uma pessoa para outra é
chamada de transmissível ou infecciosa. Preocupe-se com a possibilidade de entrar em
contato com sangue e saliva de um paciente ao atuar como socorrista. Até mesmo a
pele do paciente pode transmitir doenças como a sarna e o herpes. A infecção pode
ocorrer pelo contato direto (tocar sangue ou secreções) ou pela via respiratória (saliva
ou secreções).
Tome as precauções universais não importando a aparência ou problemas do
paciente.
Para proteger-se contra os riscos de infecção alguns procedimentos e
equipamentos de proteção são suficientes. A lavagem das mãos é talvez a proteção
mais simples. Luvas de borracha impermeáveis devem ser utilizadas com cada vítima.
Utilize precauções universais em cada situação de primeiros socorros.
Definições:
Causas de PCR
Causas Primárias
Causas Secundárias
Antes de iniciar o exame clínico devemos tomar algumas medidas, tais como:
A – Acordado
V – Estímulo de Voz
I – Inconsciente ou Irresponsivo
“Até quatro minutos a PCR pode ser tolerada geralmente sem Morte Cerebral”
OBJETIVOS DA RCP
RCP
* Nível de Consciência – A V I
A – Abertura de vias aéreas
B – Respiração artificial
C – Circulação artificial
D - Desfibrilação
A vítima deve ser posicionada em uma superfície rígida e plana para que as
manobras de reanimação surtam efeito, a cabeça da vítima não deve ficar mais alta que
os pés para não prejudicar o fluxo sanguíneo cerebral. Caso a vítima esteja sobre a
cama a mesma deve ser colocada no chão.
RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL
VERIFICAÇÃO DA CIRCULAÇÃO
- Fratura de costelas
- Disjunção condo esternal
- Fratura do esterno
- Distensão gástrica
- Broncoaspiração
- Contusão do Miocárdio
- Pneumotórax
4.2.14 - Hemorragias
Localização do sangramento:
- Elevação do Membro
- Compressão indireta
- Torniquete
Lembre – se:
1. Tomar precauções universais
2. Efetuar o A, B, C, H, com precauções com coluna cervical (se
necessário)
Use material limpo sobre a ferida. Os materiais que podem ser utilizados são
toalhas ou uma camisa limpa.
3. Imediatamente aplicar compressão direta em ferimento de partes moles.
A compressão não funciona em hemorragias internas
4. Posição de choque se necessário
5. Acionar o GSE
6. Caso amputação siga o mesmo procedimento de qualquer outro tipo de
ferimento de partes moles.
7. Aplique pressão ao coto e localize a parte amputada
8. Guarde o membro amputado em um saco plástico não coloque gelo, em
seguida coloque em outro saco plástico e acondicione em gelo para preservar o
segmento amputado.
Trate primeiro o paciente e depois a parte amputada.
4.2.15 - Fraturas
Fratura: é definida como uma interrupção da continuidade do osso, as fraturas
podem ser classificadas como abertas (expostas) ou fechadas.
Fraturas abertas: Quando ocorre lesão da pele sobre a fratura, que pode ser
produzida por fragmentos ósseos ou outros objetos penetrantes.
Exemplo:
SINAIS E SINTOMAS
- Dor
- Deformidade
- Perda de função
- Equimose
- Crepitação
É impossível saber se uma pessoa tem fratura ou não. Na dúvida trate como
fratura. Trate estas lesões com imobilização completa da área ferida. A imobilização
não é uma técnica complicada e difícil de aprender.
TÉCNICAS DE IMOBILIZAÇÃO
OBS: IMPORTANTE!
Cuidado com a manipulação de membro inferior apresentando sinais
clássicos de fratura, pois é comum as espículas ósseas do osso fraturado
lesionarem estruturas vasculares (grandes artérias como a artéria femural)
contribuindo para que a vítima evolua para uma hipovolemia.
Uma das lesões com maior potencial de complicações que o socorrista terá que
tratar é a lesão da coluna vertebral. A manipulação errada pode ter conseqüências
fatais para o paciente. Esteja alerta para acidentes com mecanismo potencial de lesão
de coluna vertebral. Caso a vítima tenha sofrido um trauma de cabeça, pescoço ou
estiver se queixando de dor na região vertebral ou se o acidente simplesmente possuir
potencial de causar lesão, você deve imediatamente tratar o paciente como se uma
lesão de coluna tivesse ocorrido.
4.2.16 - Queimaduras
A maior parte das queimaduras que ocorre nas residências é de pequena
gravidade. Somente 3% a 5% dos casos são graves. As queimaduras têm o potencial
de desfigurar, incapacitar temporariamente ou permanentemente podendo levar a
morte.
A pele é o maior órgão do corpo humano e é a barreira contra a perda de água
e calos pelo corpo, tendo também um papel importante na proteção contra infecções.
Pacientes com lesões extensas de pele tendem a perder líquido corporal e temperatura
e se tornam mais propensos a infecções.
-Térmicas
Causadas pela condução de calos através de líquidos, sólidos, gases
quentes ou do calor de chamas.
-Elétricas
Produzidas pelo contato com eletricidade de alta ou baixa voltagem. Na
realidade o dano é provocado pela produção de calor que ocorre a medida que a
corrente elétrica atravessa o tecido.São difíceis de avaliar, e mesmo as lesões que
parecem superficiais podem ter danos profundos a nervos, músculos e vasos. A
eletricidade, principalmente a corrente alternada, pode causar PCR e lesão do sistema
nervoso.
-Químicas
Provocadas pelo contato com substâncias corrosivas, líquidas ou sólidas, com a
pele.
-Radiação
Resulta da exposição à luz solar ou a fontes nucleares.
A gravidade da queimadura depende da causa, profundidade e extensão da
superfície corporal queimada (SCQ), localização, associação com outras lesões,
comprometimento das vias aéreas e estado prévio da vítima.
- Profundidade
-Extensão
-Localização
- Queimadura de face
- Sobrancelhas queimadas
- Pelos nasais queimados
- Queimaduras na boca
- Escarro enegrecido
- Lábios inchados
- Rouquidão (sinal precoce)
- Estridor (ruído agudo semelhante ao da foca), sinal tardio e
indica 85% de obstrução
- Queimaduras em local confinado
Traumatismos Associados
TRATAMENTO
4.2.17 - Extricação
Extricação é ato de retirarmos uma vítima de um local do qual ela não consiga
ou não deva sair pelos seus próprios meios. Hoje na corporação dispomos de muitos
equipamentos e técnicas para extricação.
Técnicas de extricação:
- Rolamento a 90º
- Rolamento a 180º
nova manobra de rolamento de 90º. O colar cervical é colocado logo após a manobra,
ou seja, com a vítima já na prancha.
- Extricação em pé
- Extricação rápida
- Extricação padrão
- Elevação a cavaleiro
Utilizado para vítimas com suspeita de fratura de pelve, nas quais o rolamento é
contra-indicado.
- Outras Técnicas
- Manobra de Heimlich