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1829: No dia primeiro de Maio nasce José de Alencar em Mecejana, Ceará, Brasil.

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1830: A família Alencar muda-se para o Rio de Janeiro. - 1846: José de Alencar
matricula-se na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. - 1847: Esboça Os
Contrabandistas, seu primeiro romance. - 1854: No Correio Mercantil, assina o folhetim

Ao Correr da Pena; apaixona-se por Chiquinha Nogueira. -


1856: No Diário do Rio de Janeiro, com o folhetim Cinco Minutos, e logo a seguir com A
Viuvinha, estreia-se como romancista; polêmica a propósito do livro A Confederação dos
Tamoios, de Gonçalves de Magalhães. - 1857: Publica o romance O Guarani. Estreia-se
como autor teatral com a peça Verso e Reverso. - 1860: É encenado o seu drama Mãe. -
1861: É publicado o seu romance Lucíola. - 1864: Casa-se com Georgina Cochrane. -
1865: Publica o romance Iracema. - 1869: O Imperador D. Pedro II recusa-se a indicar
José de Alencar para o Senado. - 1870: Baseando-se no romance de José de Alencar, o
compositor Carlos Gomes apresenta a ópera O Guarani no Scala de Milão. - De 1870 a
1877 José de Alencar publica os livros Guerra dos Mascates, Til, O Tronco do Ipê,
Sonhos D'Ouro, O Gaúcho, A Pata da Gazela, Senhora.- 1873: Polêmica de Alencar com
Joaquim Nabuco. - 1876: Buscando tratamento para a sua tuberculose, Alencar vende
tudo o que tem e com Georgina e os seus filhos viaja para a Europa. - 1877: Tuberculoso,
a 12 de Dezembro, no Rio de Janeiro, morre José de Alencar.
O Guarani

O Guarani (1857) no meu ponto de vista é a obra prima de José de


Alencar pois nos dá uma idéia histórica e poética dos primeiros
passos do nosso imenso Brasil. O autor nos mostra o nascimento da
hoje internacional Metrópole do Rio de Janeiro, mas também nos
joga dentro do emaranhado de emoções envolvendo os indígenas, a
família de colonizadores portugueses e a vida inicial na colônia lusa.
Carlos Gomes (1836-1896), o maior compositor clássico do Brasil e
quiçá do mundo lusófono, baseando-se na obra de Alencar, em 1870
criou a ópera O Guarani, que por sinal se tornou famosa na Europa,
e foi apresentada em vários teatros europeus.
Recentemente o teatro de Sofia na Bulgária mostrou uma montagem
da ópera na qual Plácido Domingo fazia o papel do índio Peri. No
mesmo ano a ópera foi mostrada em Nova Iorque no Metropolitan
Opera House, também com Plácido no papel central.
Seria uma maravilha se uma rede de televisão brasileira juntamente
com a televisão portuguesa produzisse uma série baseada no livro O
Guarani usando atores brasileiros e portugueses.
Do Ceará para
o Brasil

José Martiniano de Alencar nasce no dia primeiro de maio de 1829, na


localidade de Mecejana no Ceará, filho do senhor José Martiniano de
Alencar (deputado pela província do Ceará). É o fruto de uma união ilícita e
particular do pai com a prima Ana Josefina de Alencar. Nos anos de criança
e adolescente, é tratado dentro da família pelo apelido de Cazuza. Mais
tarde, adulto, ficará conhecido nacionalmente como José de Alencar, um dos
maiores escritores românticos do Brasil e quiçá da língua portuguesa.

De
Fortaleza para
a capital
federal

O pai de José de Alencar assume o cargo de senador do Rio de


Janeiro em 1830, obrigando a família a se mudar para a capital
federal.
Na escola de Direito, onde mais tarde será matriculado, tudo é
discutido: Política, Arte, Filosofia, Direito e, sobretudo, Literatura. É a
fase alta do Romantismo, novo estilo artístico e literário importado da
França. O autor lê principalmente os grandes romancistas franceses
da época.
O jovem cearense não se adapta às rodas boêmias, moda absorvida
pelos romancistas da época, muitos deles seus amigos.
Terminado o período preparatório, Alencar matricula-se na Faculdade
de Direito em 1846. Com os seus dezessete anos incompletos, o
jovem já ostenta uma barba cerrada que jamais será raspada. Com
ela, a seriedade de seu rosto torna-se ainda mais evidente.
Quando resolve assumir o Diário do Rio de Janeiro, Alencar pensa também
num veículo de comunicação que lhe permita expressar livremente suas
idéias. É nesse jornal que trava sua primeira polêmica literária e política.
Nela, o escritor confronta-se indiretamente com o imperador D. Pedro II.
Seja qual for o motivo, essa polêmica tem interesse fundamental. De fato,
nessa época discute-se o que será o verdadeiro nacionalismo na Literatura
Brasileira, que até então tinha sofrido grande influência da Literatura
Portuguesa.
Alencar considera a cultura indígena como um assunto primordial que, na
mão de um escritor inteligente, poderá tornar-se a marca registrada da
autêntica Literatura Nacional. Note-se: na mão de um escritor hábil e
inteligente...
O veto do imperador impulsiona Alencar para a produção literária. Escreve
mais e mais romances, crônicas, teatro: Guerra dos Mascates, Til, O Tronco
do Ipê, Sonhos D'Ouro, O Gaúcho, A Pata da Gazela, Senhora, livros
publicados entre 1870 e 1877. Muitas polêmicas envolvem José de Alencar,
polêmicas em que ele critica e polêmicas em que é criticado por suas idéias
políticas e opiniões literárias. Com relação à literatura, duas delas ficam
famosas: a primeira, em 1856, em torno do livro A Confederação dos
Tamoios, de Gonçalves de Magalhães. Alencar se manifesta duramente
contra o indianismo do poeta. A segunda, em 1873, em debate com Joaquim
Nabuco no jornal O Globo, na qual defende o fato de o público revelar-se
desinteressado pelo escritor nacional. Falecido em 1877, José de Alencar
deixa como legado uma obra de extraordinária importância e,
principalmente, a realização de um projeto que sempre acalentou: o
abrasileiramento da literatura brasileira.

Abrasileirar a Literatura Brasileira é o intuito de José de Alencar. Iracema,


um de seus romances mais populares (1865), é um exemplo profundo dessa
ansiosa mudança desejada pelo autor. A odisséia da musa Tupiniquim
combina um perfeito encontro do colonizador português com os nativos da
terra. Iracema é uma bela virgem tabajara e esta tribo é amiga dos franceses
na luta contra os portugueses que tem como aliados os índios pitiguaras.
Porém Martim, o guerreiro português, nas suas investidas dentro da mata
descobre Iracema, e ambos são dominados pela paixão.
Abrasileirar a Literatura Brasileira é o intuito de José de Alencar. Iracema,
um de seus romances mais populares (1865), é um exemplo profundo dessa
ansiosa mudança desejada pelo autor. A odisséia da musa Tupiniquim
combina um perfeito encontro do colonizador português com os nativos da
terra. Iracema é uma bela virgem tabajara e esta tribo é amiga dos franceses
na luta contra os portugueses que tem como aliados os índios pitiguaras.
Porém Martim, o guerreiro português, nas suas investidas dentro da mata
descobre Iracema, e ambos são dominados pela paixão.

iracema

Abrasileirar a Literatura Brasileira é o intuito de José de Alencar. Iracema,


um de seus romances mais populares (1865), é um exemplo profundo dessa
ansiosa mudança desejada pelo autor. A odisséia da musa Tupiniquim
combina um perfeito encontro do colonizador português com os nativos da
terra. Iracema é uma bela virgem tabajara e esta tribo é amiga dos franceses
na luta contra os portugueses que tem como aliados os índios pitiguaras.
Porém Martim, o guerreiro português, nas suas investidas dentro da mata
descobre Iracema, e ambos são dominados pela paixão.
José de Alencar assim nos conta o primeiro encontro entre a musa
Tupiniquim e seu príncipe lusitano:
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu
Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a
asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no
bosque como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as
matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação
tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que
vestia a terra com as primeiras águas.
Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um claro da floresta. Banhava-lhe
o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. Os
ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos.
Escondidos na folhagem os pássaros ameigavam o canto.
Iracema saiu do banho; o aljôfar d'água ainda a roreja, como à doce
mangaba que corou em manhã de chuva. Enquanto repousa, empluma das
penas do gará as flechas de seu arco, e concerta com o sabiá da mata,
pousado no galho próximo, o canto agreste.
A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela. Às vezes sobe
aos ramos da árvore e de lá chama a virgem pelo nome; outras remexe o
uru de palha matizada, onde traz a selvagem seus perfumes, os alvos fios do
crautá, as agulhas da juçara com que tece a renda, e as tintas de que matiza
o algodão.
Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos,
que o sol não deslumbra; sua vista perturba-se.
Diante dela e todo a contemplá-la, está um guerreiro estranho, se é
guerreiro e não algum mau espírito da floresta. Tem nas faces o branco das
areias que bordam o mar; nos olhos o azul triste das águas profundas.
Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.”
De Iracema, dirá Machado de Assis no Diário do Rio de Janeiro:
"Tal é o livro do Sr. José de Alencar, fruto do estudo e da meditação, escrito
com sentimento e consciência… Há de viver este livro, tem em si as forças
que resistem ao tempo, e dão plena fiança do futuro… Espera-se dele outros
poemas em prosa. Poema lhe chamamos a este, sem curar de saber se é antes
uma lenda, se um romance: o futuro chamar-lhe-á obra-prima”.
Aos vinte e cinco anos, Alencar apaixona-se pela jovem Chiquinha Nogueira
da Gama, herdeira de uma das grandes riquezas da época. No entanto o
interesse da moça é outro: um rapaz carioca também vindo da burguesia.
Desprezado pela moça, custa muito ao altivo Alencar recuperar-se do
orgulho ferido. Somente aos trinta e cinco anos ele irá sentir o sabor, de fato,
da plenitude amorosa que tão bem soube criar para o final de muitos dos
seus romances. Desta vez sua paixão é correspondida, o namoro e
matrimônio são rápidos. A moça é Georgina Cochrane, filha de um rico
inglês. Conheceram-se no bairro da Tijuca, para onde o escritor se retirara
para se recuperar de uma das crises de tuberculose que teve na época.
Casam-se em 20 de junho de 1864.
Alencar não se limita aos aspectos documentais como autor. Na verdade o
que vale de fato em suas obras é, sobretudo, o poder criativo e a capacidade
de construir narrativas muito bem estruturadas. Os personagens são heróis
regionais puros, sensíveis, honestos, educados, muito parecidos com os
heróis de seus romances indianistas. Mudavam as feições, mudava a
roupagem, mudava o cenário. Porém, na invenção de todos esses
personagens, Alencar busca o mesmo objetivo: chegar a um retrato do
homem totalmente brasileiro.
Não cessa por aí a busca do escritor: servindo-se de fatos e lendas de nossa
história, Alencar inventará ainda os chamados romances históricos.
No romance Guerra dos Mascates, personagens fictícios escondem alguns
políticos da época e até o próprio imperador. As Minas de Prata é uma
espécie de modelo de romance histórico tal como esse tipo de romance é
imaginado pelos ficcionistas de então. A ação passa-se no século XVIII, uma
época marcada pelo espírito aventureiro. É considerado seu melhor romance
histórico.
Com as narrativas históricas, Alencar cria o mapa do Brasil que desejara
desenhar, fazendo aquilo que sabe fazer: a verdadeira Literatura.
Nos trabalhos de Alencar há quatro tipos de romances: indianista, urbano,
regionalista e histórico. Evidentemente, essa classificação é muito
esquemática, pois cada um de seus romances apresenta muitos aspectos que
merecem ser analisados separadamente: é fundamental, por exemplo, o perfil
psicológico de personagens como o herói de O Gaúcho, ou ainda do
personagem central de O Sertanejo. Por isso, a classificação acima se prende
ao aspecto mais importante (mas não único) de cada um dos romances.
Passagem
Pela Europa
No ano de 1876, Alencar vende tudo o que tem e vai com Georgina e os
seus filhos para a Europa, buscando tratamento para sua saúde precária.
Tinha programado uma estada de dois anos. Durante oito meses visita a
Inglaterra, a França e Portugal. Seu estado de saúde se agrava e, mais cedo
do que pensava, retorna ao Brasil.

O Retorno para o Brasil


Apesar dos pesares, ainda sobra tempo para atacar D. Pedro II. Alencar
publica alguns números do semanário O Protesto durante os meses de
janeiro, fevereiro e março de 1877. Nesse jornal, o escritor deixa vazar todo
o seu velho ressentimento contra o imperador, que não o havia indicado para
o Senado em 1869.

Morre nosso
Grande
Romantista
O escritor já com a saúde um tanto abalada, morre no Rio de Janeiro, no dia
12 de dezembro de 1877. Alencar além de ser o nosso maior romancista e
um dos maiores do mundo lusófono, foi também a base do que podemos
chamar hoje: Literatura Brasileira.

O escritor já com a saúde um tanto abalada, morre no Rio de Janeiro, no dia


12 de dezembro de 1877. Alencar além de ser o nosso maior romancista e
um dos maiores do mundo lusófono, foi também a base do que podemos
chamar hoje: Literatura Brasileira.

bibliografia : http://www.vidaslusofonas.pt/jose_alencar.htm

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