Confira a programação
científica da SBOT-CE
para 2009 e agende-se!
Leda Borges
Editorial
No primeiro “SBOT-CE em foco” de 2009, você, leitor, vai poder conferir as últimas novidades da Sociedade Brasileira de Ortopedia e
Traumatologia – Regional Ceará (SBOT-CE), como, por exemplo, a Programação Científica da SBOT-CE para este ano e a Campanha realizada
pela sociedade para a redução dos acidentes de trânsito no carnaval.
Em uma matéria registramos o resultado do 38º TEOT, realizado em janeiro deste ano, e trazemos uma entrevista com o Dr. Francisco Daniel
Neto, aprovado na prova e que mostra que o adiamento de planos não é desculpa para não realizá-los nunca.
Na seção “Ortonews”, trazemos o registro da primeira radiosinoviortese em hemofílico das regiões Norte e Nordeste, realizada em janeiro
deste ano, a vitória da chapa do ortopedista Dr. Nami Jereissati na eleição do Conselho Fiscal da Unimed Fortaleza, a aprovação da Drª Maria
Luzete Costa Cavalcante no concurso para professora efetiva da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) e a
participação mais uma vez marcante dos ortopedistas na II Corrida Unimed Fortaleza, realizada em outubro.
Este informativo vem também com notícias do final de 2008, com o registro da festa de confraternização de final de ano dos ortopedistas
cearenses, do Simpósio de Trauma e do Curso de Osteoporose, realizados em novembro. Os Drs. Tiago Morais e Robson de Vasconcelos
colaboraram com esta edição com textos sobre a Residência Integrada em Ortopedia e Traumatologia e sobre a cooperação que deve existir
entre os médicos na busca de honorários mais justos para os cirurgiões auxiliares. Quem também colaborou foi o ex-presidente da SBOT-CE,
Prof. Dr. Manuel Bomfim Braga Júnior, que fala sobre a batalha da sociedade contra a superlotação no Instituto Doutor José Frota (IJF).
E como em toda edição, contamos com a coluna Ponto de Vista, que fala sobre um exemplo de pessoa que, mesmo adiando seus planos, não
desiste dos seus objetivos.
Aproveito a oportunidade para convidá-lo a visitar o site da SBOT-CE (www.sbot-ce.com.br). Ele também é um espaço de divulgação das
atividades dos ortopedistas no Ceará e está aberto à sua contribuição. Envie e-mail para imprensa@sbot-ce.com.br e colabore com o
conteúdo!
Leda Borges
Jornalista SBOT-CE
Palavra do Presidente
Estamos iniciando o nosso período à frente da presidência da SBOT Regional Ceará, confesso, com
grande entusiasmo e com a consciência da importância de representar cada colega ortopedista.
Nossos planos são muitos e todos visam fortalecer a nossa especialidade no campo científico e na
busca por melhores condições de exercer de maneira digna a nossa profissão no setor público e privado.
A nossa Programação Científica está estabelecida: vamos procurar dar a cada simpósio uma dinâmica
diferente, com apresentação e discussão de casos clínicos, workshops e com a participação ativa da
platéia. O primeiro simpósios vai ser o de Atualização em Cirurgia do Trauma, coordenado pelos doutores
Marco Antônio e Roberto Bruno, tendo como convidados o Dr.s João Antônio Matheus Guimarães e Richard
Luzzi, a ser realizado nos dias 03 e 04 de abril. O Simpósio de Reconstrução Articular, coordenado pelo Dr.
Robson Alves e Tiago Morais, deve ser realizado nos dias 05 e 06 de junho.
Em setembro, faremos o nosso já vitorioso COTECE com uma vasta programação cientifica e social, em
que teremos como presidente o Dr. Sá Júnior. E encerrando a programação, em novembro faremos o
simpósio de Ortopedia e Trauma Pediátrico, em que teremos como um dos coordenadores o Dr. Paulo
Colares.
Ainda dentro da nossa programação anual, teremos o Dia do Ortopedista, os cursos da residência
integrada e outros eventos paralelos que serão oportunamente divulgados.
Parabenizo a todos os preceptores da residência integrada e aos residentes pelo êxito alcançado de
maneira brilhante na prova de Título de Especialista. Uma menção especial ao Dr. Daniel pelo belo exemplo
que deu a todos mostrando que nunca é tarde para corrermos atrás dos nossos sonhos.
Serão realizados ainda cursos de preparação para o Título de Especialista para os ortopedistas da
região sul do estado. Essa programação está sob a responsabilidade do Dr. Paulo Colares.
Gostaria de agradecer a todos que participaram da Campanha do Carnaval, campanha essa que foi um
sucesso com uma ampla divulgação pela imprensa. Fazer também um agradecimento especial a todos os
membros da diretoria pela maneira participativa e pela grande colaboração que estão dando à nossa
sociedade.
Quero aqui lembrar a todos os ortopedistas que toda essa programação só está sendo possível de ser
realizada porque existem parceiros que acreditam na força da nossa sociedade e na reciclagem dos
ortopedistas através do conhecimento científico. São eles os laboratórios Aventis Sanofi, Merck Sharp
Dohme e Novartis e as empresas de material de síntese Cearamed, Ortocardio, Ortogênese, Ortoplan e
Richards. Sem esses parceiros seria impossível por em prática a nossa programação.
Por fim, quero convidar todos os ortopedistas a participarem de maneira ativa da nossa sociedade nos
tornando cada vez mais fortes e coesos!
Dr. Marcelo José Cortez Bezerra
18º Presidente da SBOT-CE
expediente
SOCIEDADE BRASILEIRA DE
DIRETORIA COMISSÃO CIENTÍFICA CONSELHO FISCAL ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
Biênio 2009/2010 Dr. Paulo Giordano Baima Colares Dr. José Tomaz de Lima Av. Desembargador Moreira, 2020
Presidente: Dr. Marcelo José Cortez Bezerra Dr. Lauro Cosme dos Reis Filho Dr. Francisco de Assis Caminha Ximenes sala 911 - Aldeota Fortaleza-CE
Vice-Presidente: Dr. Ronaldo Silva de Oliveira Dr. Francisco Robson de Vasconcelos Alves Dr. Miguel Ricardo Barbosa Moraes Cep: 60170-002
1º Secretário: Dr. Fernando Façanha Filho Dr. Maximiano Leite Barbosa Chaves Tel: (85)3224-8712 Fax:3224-0328
2º Secretário: Dr. Hildemar Domingos de Queiroz COMISSÃO DE ÉTICA Dr. Tadeu Leandro Vieira
Dr. Michael Yuri Farias de Sá Dr. Henrique Mota Neto DIRETOR RESPONSÁVEL
1º Tesoureiro: Dr. Cláudio Costa Martins de Sousa Ronaldo Silva de Oliveira
2º Tesoureiro: Dr. Tiago de Morais Gomes Dr. Francisco Machado
Dr. Marco Antônio Rocha Afonso JORNALISTA RESPONSÁVEL E-MAIL: imprensa@sbot-ce.com.br
Leda Borges (CE 1991 JP ) DESIGN GRÁFICO: Robney Meneses
TIRAGEM: 1.000 exemplares
SBOT-CE ORIENTA MOTORISTAS PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO CARNAVAL
Carnaval
O primeiro Simpósio, a ser realizado nos dias 03 e 04 de abril será o de Atualização em Cirurgia do
Trauma, que vai contar com palestras dos médicos ortopedistas, Dr. João Matheus Guimarães (RJ), Dr. Flávio
Cerqueira (RJ) e Dr. Fernando Adolphsson (RJ). Sob a coordenação dos Dr.s Roberto Bruno Filho e Marco
Antônio Rocha Afonso, o Simpósio traz na sua programação temas como osteossíntese com haste
intramedular bloqueada, tratamentos de lesões complexas com fixador externo, utilização de placas
bloqueadas, complicações pós-osteossíntese e fraturas em idoso.
Além deste primeiro encontro, a SBOT-CE vai realizar ainda o Simpósio de Reconstrução Articular, nos
dias 05 e 06 de junho, o Simpósio de Medicina do Esporte, que deve ser realizado no mês de agosto
juntamente com a jornada Lyonesa, o XIV Congresso de Ortopedia e Traumatologia do Estado do Ceará
(COTECE), a ser realizado entre os dias 17 e 19 de setembro, e o Simpósio de Trauma Pediátrico, que deverá
ser realizado no mês de novembro. Todos os encontros vão ser realizados no Seara Praia Hotel, localizado na
Avenida Beira Mar, 3080.
Este ano devem ser realizados ainda a preparação de ortopedistas associados para o 39º TEOT,
com a extensão de alcance do curso para os especialistas da Região do Cariri que querem se tornar
membros titulares da SBOT Nacional e as aulas e simulados preparatórios da residência integrada. Os
interessados podem entrar em contato com a SBOT-CE pelo e-mail sbot-ce@mcanet.com.br ou pelo
telefone (85) 3224.8712.
A INTERMINÁVEL SUPER LOTAÇÃO
DO IJF-CENTRO E A ATUAÇÃO DA SBOT-CE
Na minha gestão (2007/2008), em uma atitude corajosa, denunciamos o problema da superlotação do IJF Centro à
Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde Pública do Estado do Ceará, no dia 13 de julho de 2007. Até o momento nada foi feito pela
justiça para viabilizar uma solução eficaz. Além disso, politicamente nada conseguimos, pois, apesar do ato público, tanto na Câmara
Municipal como na Assembleia Legislativa a presença, respectivamente, dos vereadores e deputados estaduais, foi insignificante. Desta
forma, ao entregar a minha gestão em 31 de dezembro de 2008, o problema da superlotação do IJF Centro continuava na mesma, ou
seja, na estaca zero.
Como politicamente e judicialmente nada foi conseguido na minha gestão, cabe à nova gestão (2009/2010), tendo como
presidente da SBOT-CE, Dr. Marcelo Cortez, denunciar tal fato à Comissão de Ética e Direitos Humanos da OAB-CE. Talvez, desta forma,
possamos ter uma solução mais rápida e eficaz.
Não podemos acusar a prefeita de Fortaleza por tal caos na área de saúde, pois ela tem realizado concursos em todos os
níveis do funcionalismo para atender às carências do IJF. Apesar disto, o problema não foi ainda solucionado. Como venho defendendo
desde os atos públicos na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa há muito tempo Fortaleza necessita de pelo menos mais um
hospital terciário, pois é humanamente impossível termos apenas um hospital terciário para atender todos os pacientes do estado que
hoje está beirando os dez milhões de habitantes.
Já conversei várias vezes com o nosso secretário de saúde do estado, Dr. João Ananias, tentando fazê-lo entender que, ao
invés da construção dos hospitais terciários em Juazeiro do Norte e Sobral, construíssem em Fortaleza tais hospitais, já que esses dois
pólos (Zona Norte e Zona Sul), dificilmente drenam pacientes para a capital.
A meu ver, a construção destes hospitais terciários no interior tem mais fins eleitoreiros que de resolução da superlotação do
IJF. Como se isto não bastasse, vemos agora a licitação para construção de policlínicas nos pólos regionais, que também não irão
solucionar todos os problemas de saúde porque não irão contar com todas as especialidades de plantão em um hospital terciário.
Por outro lado, já foram abertas as inscrições de diretor médico de tais policlínicas com um salário mensal de R$ 7.000,00
(sete mil reais), ou seja, qualquer profissional da área de saúde que tenha de deslocar-se da capital para o interior, irá, no mínimo,
ganhar um pouco mais do que recebe na capital. Pelos motivos citados anteriormente, acredito que os assessores do senhor
Governador o estão fazendo embarcar em um projeto que não irá resolver o problema da saúde para os pacientes que venham a
necessitar dos cuidados de um hospital terciário, além de vir a onerar bastante os cofres estaduais. Repetindo mais uma vez: a
prefeitura tem trabalhado heroicamente para solucionar o problema da superlotação do IJF. Cabe ao governo do estado dar sua parcela
de colaboração construindo mais outro hospital terciário na capital. A população carente é a mais penalizada e não é possível que o
governo do estado cruze os braços para esta parcela da sociedade que votou em peso para sua eleição.
No dia 13 de fevereiro deste ano, fui chamado à Comissão de Ética para responder a um inquérito administrativo em virtude de
uma paciente ter desenvolvido septicemia (infecção generalizada) em virtude de uma fratura de imediato. Este fato deixa bem claro os
riscos a que nós profissionais corremos de eventuais processos movidos por familiares dos pacientes, em virtude dos atrasos no
tratamento de seus entes queridos.
Mãos a obra Dr. Marcelo Cortez e diretoria da SBOT-CE, pois não há tempo a perder! A população carente clama por melhores
condições de atendimento em especial em nossa especialidade.
SBOT-CE É DESTAQUE NA PROVA DO 38º TEOT
Quando aceitei o convite do Dr. Diógenes para coordenar a RIOT no ano de 2008 pensei no que poderia ser
feito para valorizar essa “instituição” que existe de fato, mas não de direito perante nossa sociedade médica.
Justamente por este motivo, encontrei dificuldades para regular o aspecto disciplinar das Residências Médicas em
Ortopedia do Estado do Ceará que é vital para colocar ordem na casa e transformar o esforço empreendido de
organizar aulas, escalas, rodízios e simulados em algo estimulante e prazeroso, per si.
A atuação dos serviços nesse ponto é fundamental porque a RIOT não é do e para o coordenador, mas é de
todos e todos os residentes sentem na pele quando a Residência Integrada não está cumprindo o seu papel. É verdade que não cabe
oficialmente à RIOT anular as deficiências dos hospitais e suas peculiaridades, mas manter viva a comunhão dos serviços é
fundamental para o status quo da formação dos nossos especialistas.
Dr. Francisco Daniel Neto, ortopedista há 36 anos é um exemplo a ser seguido por muitos. Formado na
Universidade Federal do Ceará (UFC) em 1971, Dr. Daniel pensava em fazer residência em neurocirurgia (e até
conseguiu passar em uma), mas, por influência dos colegas de faculdade que foram fazer residência em ortopedia, ele
decidiu pela especialidade, sendo residente no Hospital Anchieta, em São Paulo, e na Universidade Fluminense, no Rio
de Janeiro.
Depois de começar a trabalhar, ele disse que foi deixando os planos de ser titular da Sociedade Brasileira de
Ortopedia e Traumatologia para depois, mas afirmou que nunca pensou em desistir de fazer a prova para o Título de "O profissional se
Especialista em Ortopedia e Traumatologia (TEOT). sente mais
Em 2008, Dr. Daniel se preparou devidamente, participando do treinamento que a Sociedade Brasileira de valorizado, melhora
Ortopedia e Traumatologia oferece aos ortopedistas associados, além de ter se dedicado aos estudos, e, aos 65 anos, a auto-estima e
foi aprovado com louvor na prova. Segundo ele, o ideal é fazer a prova depois dos três anos de residência, mas a melhora o
experiência de ter feito a prova depois de tanto tempo de ortopedia foi gratificante: “Ter revivido a residência médica, relacionamento
com a reciclagem dos meus conhecimentos, me deu a nítida sensação de juventude, de reinício da minha vida entre os próprios
profissional. E a aprovação elevou a minha auto-estima”, afirma. colegas. Esse título
Confira agora uma entrevista que o “SBOT-CE em foco” realizou com o Dr. Daniel. é fundamental para
todos os
Por que o senhor decidiu fazer a prova do TEOT depois de tantos anos exercendo a profissão? ortopedistas."
Comecei a trabalhar e a me envolver com o trabalho e, por isso, acabei não me preparando para fazer a prova
na época que seria a correta – após a residência médica – e fui adiando ao longo do tempo esse plano. Mas chegou a
época em que os colegas e a minha família, principalmente os ortopedistas mais amigos, me incentivaram para que
fizessem a prova. E esse incentivo foi muito importante!
Também resolvi fazer a prova por causa do treinamento que a SBOT está dando aqui em Fortaleza: uma vez
por semana ela proporcionava esse treinamento com slide-test, incentivava o profissional a voltar a estudar e se
preparar para prestar esse exame.
Sempre pensei em fazer o teste, mas nunca havia decidido parar para estudar e me preparar.
A experiência da prova é excelente para quem está preparado, para quem estudou. Quem vai fazer essa prova
deve estudar porque essa prova não é tão simples. Não é impossível o profissional que já está no mercado de trabalho
passar na prova, mas tem que se preparar, tem que se programar, porque se ele não estudar ele não vai ser aprovado.
A SBOT leva muito a sério essa questão da prova do título de especialista, por isso você tem que se programar e estudar.
Eu, pelo menos, estudava uma média de três a quatro horas por dia, acordava mais cedo e estudava antes de ir
trabalhar. Fui ajudado pela Sociedade, principalmente pelo Dr. Ronaldo Silva, que foi um incentivador de todos os
colegas que foram fazer a prova: perdia o tempo dele, deixava seus afazeres para ir à sociedade e dava sua
colaboração em incentivar os colegas a estudar.
Resumindo, a experiência da prova é excelente. Os colegas mais antigos devem fazer. Nós temos muitos
colegas mais antigos que não têm o título e que devem estudar e fazer a prova porque o profissional se sente mais
valorizado, melhora a auto-estima e melhora o relacionamento entre os próprios colegas. Esse título é fundamental
para todos os ortopedistas.
"O treinamento foi
fundamental para a
Entrevista Dr. Daniel
minha aprovação."
Qual foi a importância do treinamento que a SBOT-CE ofereceu para a sua aprovação na prova?
Ele foi muito importante porque a prova, principalmente a do slide, que é a prova oral, é a prova mais importante para aprovação
do candidato. Se você conseguir passar a prova escrita, certamente quem vai classificá-lo é a prova oral. Esse treinamento foi muito bem
feito aqui em Fortaleza pela SBOT-CE na pessoa do Dr. Ronaldo Silva que toda semana ia lá e levava casos clínicos, projetava os slides e
promovia discussões que eram importantes para o concurso. A partir daquelas aulas o candidato se via na obrigação de estudar em casa,
ou seja, além de tudo isso o treinamento estimulava o estudo individual. Dessa forma, o treinamento foi fundamental para a minha
aprovação.
Acho que todos os colegas ortopedistas, os associados que não fizeram a prova ainda, devem fazer esse treinamento da SBOT-
CE, que deve ser ofertado a partir de maio, procurar estudar, seguir o programa da residência médica oferecida Sociedade Brasileira de
Ortopedia e Traumatologia, seguir a orientação da educação continuada (as aulas que a SBOT oferece on-line), e fazer estudo individual
que, certamente, eles deverão obter êxito nessa prova em janeiro de 2010.
O título é muito importante porque em todo o trabalho que o ortopedista for fazer, em toda participação científica, em todo
congresso que o ortopedista for participar ele vai ser beneficiar do título em si para a profissão devido às condições inerentes a ele. Além
disso, vai poder votar e ser votado, quer dizer, vai ter uma participação mais ativa na Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.
Ponto de vista
Dr. Ronaldo Silva de Oliveira
rosolto@uol.com.br
TARDE DEMAIS É UM TEMPO QUE NÃO EXISTE!
Temos cada vez mais a sensação de que o tempo está passando muito rápido. Os anos
correm numa velocidade que impressiona. Na percepção do tempo que passou e na
consciência de nossas ações e necessidades às vezes nos deparamos com a experiência da
frustração. Não dá mais tempo! Passou! É tarde demais! Essas são expressões típicas de quem
percebe que os sonhos se foram.
Na verdade, os nossos desejos revelam muitas vezes nossas reais necessidades e a
realização deles é fator crucial para o nosso equilíbrio emocional. Por isso, lutar pelo que se
quer é fundamental. Desistir, jamais! Tarde demais é um tempo que não existe. Nunca é tarde
para se lutar, buscar algo que desejamos, acreditar na possibilidade de mudanças e de
restauração. Tarde é um conceito de tempo presente na mente cansada dos que se entregam
facilmente à derrota.
Sempre ouvi dizer que a vida começava aos 40 e lendo alguns sábios muitos deles situam o apogeu do indivíduo no meio de
sua vida. Hipócrates situava o apogeu do homem aos 56 anos. Aristóteles acreditava que a perfeição do corpo se completa aos 35
anos, mas a da alma, somente após os 50. Felizes são aqueles que têm essa percepção, pois tiram os sonhos da gaveta e começam a
realizá-los buscando encontrar novos sentidos para a vida. Eles corretamente compreendem que a longevidade é diretamente
proporcional à sociabilidade e ao senso de utilidade.
Quero compartilhar com todos um grande exemplo sobre o que discorro, dado a todos nós pelo nosso colega Daniel Neto.
Médico já calejado com longos 38 anos de atuação profissional, ao invés de pensar como muitos (“Estou ficando velho!”), foi atrás de
um desejo que sei que nutria há mais de 25 anos quando pela primeira vez, sem êxito, se candidatou a membro Titular da SBOT. E o fez
brilhantemente! Segundo o professor Moisés Cohen, que o chamou em um texto na Revista da SBOT de “Vossa Excelência”, mostrou
um conhecimento invejável de quem se preparou não somente para ser aprovado, mas sim para se destacar.
Aprovado, não somente realizou o seu sonho, mas transformou-se em um grande exemplo para todos nós. Exemplo para os
mais jovens de como se manterem atualizados e aos membros associados que ainda titubeiam em fazer o TEOT, que não é impossível
passar. Mas ele ressalta: não foi de graça a sua conquista, mas conseqüência de um estudo individual de três a quatro horas por dia
durante oito meses e de uma presença em 100% das aulas promovidas pela SBOT-CE.
Na festa, realizada pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - Regional Ceará (SBOT-CE) e pela Cooperativa dos Médicos
em Traumatologia e Ortopedia do Ceará (COOMTOCE), foram homenageados com a Medalha “Ordem Cearense do Mérito em Ortopedia e
Traumatologia” os ortopedistas Dr. Alcides Barreira Costa, Dr. Antônio Eusébio Teixeira Rocha, Dr. José Sales Sobrinho e Dr. Mauro Katsumi
Fuziki. As empresas CearaMed e Merck Sharp & Dohme também foram homenageadas com a placa “Amigo da SBOT-CE”.
Na ocasião, também foi prestada uma homenagem ao presidente da SBOT Nacional, Dr. Romeu Krause e houve a solenidade de posse
da nova diretoria da SBOT-CE eleita na Assembléia Geral Ordinária.
Na confraternização, foram sorteados entre os ortopedistas presentes oferecidos por: Richard´s, Ortocardio, Ortofor, CearaMed,
Unicred Fortaleza, Merck Sharp & Dohme, Unimed Fortaleza, Novartis, Aché, Mantecorp, Merck do Brasil, Seara Praia Hotel, Stand Show e
Aventis Sanofi. Com o fim da solenidade, a festa rolou ao som da banda Big Balada.
CONFRATERNIZAÇÃO DE FINAL DE ANO
Simpósio de Trauma
e Curso de Osteoporose
Quem de nós, ortopedistas, ainda não se deparou realizando várias ligações telefônicas para os
colegas sabidamente dispostos a auxiliá-los em uma cirurgia “eletiva” por fratura fechada em que o
paciente está apto ao procedimento e o anestesista, a sala de cirurgia, o material, a reserva de sangue,
a UTI pós-operatória e o intensificador de imagem já foram solicitados, mas falta o colega para fazer o
favor de auxiliá-lo numa osteossíntese de fratura transtrocantérica, por exemplo?
Não há dúvidas de que é realmente uma grande gentileza ou, seria melhor dizer, amizade: sair de
casa às 21 horas (porque não havia sala disponível mais cedo), receber radiação durante o ato
cirúrgico e voltar para casa tarde da noite com todos os riscos inerentes e receber ao final de, no
mínimo, 30 dias, cerca de R$ 70,00 (R$ 115,20 menos os impostos que chegam a, aproximadamente,
40 % do montante) só sendo muito amigo mesmo.
Dr. Robson Alves
Por causa disso, alguns caminhos estão sendo trilhados como a formação de um grupo em que uns
auxiliam os outros, conformando-se em receber honorários extorsivos; a transformação indevida da
instrumentadora em cirurgiã auxiliar; e a convocação de médicos residentes que, por busca de
conhecimento, afinidade ou pressão da subordinação, aceitam ir.
Na verdade, todos esses caminhos mantêm os honorários cada vez menos justos e a acomodação
das entidades médicas sindicais e das sociedades médicas em lutar por mudanças mais profundas.
Uma sugestão que poderíamos dar para solucionar o problema seria a seguinte: todos
receberíamos apenas o valor de duas vezes a CBHPM cheia (referente à acomodação no apartamento)
e o cirurgião auxiliar receberia 60 % do valor calculado para o cirurgião principal e o segundo auxiliar
receberia 40 %. Se você achou que seria pedir muito, seria cerca de R$ 270,00, ao diminuir os impostos
na fonte, para o primeiro cirurgião auxiliar.
A SBOT-CE vai lutar esse ano por mudanças nesse quadro, levando essa reflexão para cada
ortopedista.
Para conferir o que o Código de Ética Médica (CEM) e as resoluções do Conselho Federal de Medicina
falam sobre o assunto acesse o site da SBOT-CE: www.sbot-ce.com.br
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