Membro efectivo do
Conselho Europeu dos Sindicatos de Polícia
(ONG no Conselho da Europa)
Em virtude do lacónico comunicado divulgado na noite de ontem, depois da acção de protesto dos
Profissionais da Polícia em frente à residência oficial do Primeiro-Ministro, entende a Associação
Sindical dos Profissionais da Polícia – ASPP/PSP – proceder aos seguintes esclarecimentos:
O Ministério da Administração Interna reuniu com a ASPP/PSP pela última vez a 6 Abril de 2009.
Nessa reunião não houve qualquer abertura por parte do MAI para aceitar as propostas apresentadas
por este Sindicato. Desde então, não voltou a haver qualquer contacto do MAI a sugerir o regresso às
negociações. Assim, é de lamentar que se o MAI afirma estar em permanente diálogo com os Sindicatos
e Associações Profissionais, tenha colocado de parte as negociações com a ASPP/PSP, o maior o mais
representativo Sindicato não só da PSP, mas de todas as Forças e Serviços de Segurança.
A ASPP/PSP desde sempre que manifestou desejo de negociar o Estatuto Profissional tendo,
inclusivamente, anulado a sua presença numa manifestação agendada pela Comissão Coordenadora
Permanente dos Sindicatos das Forças de Segurança. Foi uma prova clara da boa-fé da ASPP/PSP
neste processo.
O novo Estatuto Profissional foi uma promessa eleitoral do actual Governo. Desde a sua eleição,
passaram mais de quatro anos e dois Ministros pela área da Administração Interna. Só em Março de
2009 a proposta de Estatuto Profissional chegou completa às mãos dos Sindicatos.
A ASPP/PSP lamenta profundamente que a preocupação em relação à dignidade da Instituição
PSP, por parte do MAI, seja inversamente proporcional à que é demonstrada para com os Profissionais
da Polícia. Convém recordar o MAI que a dignidade da Instituição PSP é todos os dias colocada em
causa com as Esquadras a ruir, postos de atendimento instalados em contentores, automóveis sem
condições para circular e outros ainda parados por falta de inspecção ou com problemas mecânicos,
devido ao garrote orçamental imposto à PSP e a falta de efectivo para corresponder às necessidades da
população.
A ASPP/PSP estranha que o MAI não perceba – ou não queira perceber – que o número
assustadoramente decrescente de candidatos para a PSP é uma consequência directa da falta de
dignidade com que o Governo tem tratado os Profissionais da Polícia. O efectivo está envelhecido e com
uma média de idades perto dos 40 anos – será este um dos motivos que leva a que ainda não tenha sido
divulgado o Balanço Social da PSP de 2008? – e esquece-se o MAI que também fere a dignidade dos
Profissionais da PSP serem obrigados a estar ao serviço quando manifestamente já não têm condições
para tal.
O MAI deixou ontem claro que faz uma divisão entre o que é a dignidade da PSP e a dignidade
dos Profissionais da Polícia. Já a ASPP/PSP entende que são realidades indissociáveis e que só
poderão melhorar se tratadas em conjunto, com a mesma atenção e empenho, longe do mediatismo e da
propaganda.
Por tudo isto, a ASPP/PSP considera que saiu reforçado o apelo para a acção de luta a levar a
cabo no dia 30 de Junho.
A ASPP/PSP continuará ao lado dos Profissionais da Polícia e na frente da luta pelos seus
direitos.
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