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Há motivos para crer
ão vamos ser oti- mos que o país tem condi-

N mistas entusias-
mados, mas pa-
rece haver motivos para
ções – e forte necessidade
– de ser melhor, menos
pobre e menos injusto na
acreditar que este ano será distribuição do que pro-
melhor do que o recém- duz. Não vamos nos dei-
terminado. Durante a apu- xar empolgar pelo espírito
Wilson Palhares ração do trabalho Tendên- do ainda esperado “espe-
cias e Perspectivas, maté- táculo do crescimento”,
Depois de mais ria de capa desta edição, o mas temos razões para
de uma década de que se ouviu, de forma apostar no futuro. Para
quase unânime, foram nós as coisas não cami-
economia capenga,
prognósticos positivos nharam mal em 2004. Ao
o Brasil chegou
para 2005 sobre o anda- contrário. Mais uma vez,
ao final do ano
mento da economia em este ano a revista EMBA-
com números geral e da cadeia de emba- LAGEMMARCA registrou
positivos e sinais lagem em particular. crescimento no volume de
de que esse passo Embora se costume dizer anúncios e no conteúdo
vai se manter que toda unanimidade é editorial, a nosso ver re-
firme por burra e que o otimista é fletindo o bom desempe-
bom tempo um pessimista mal infor- nho do setor.
mado, é preferível não Para continuarmos a con-
acreditar que isso seja ver- tar com o apoio dos leito-
dade. Afinal, depois de res e anunciantes, ao qual
mais de uma década de nunca teremos agradeci-
economia capenga, o mentos suficientes, plane-
Brasil chegou ao final do jamos investir em 2005
ano com números positi- para oferecer-lhes cada
vos e sinais de que esse vez mais informação de
passo vai se manter firme boa qualidade, jornalismo
por bom tempo. com ética e novos
De nossa parte, como é do serviços. Em breve apre-
conhecimento de nossos sentaremos novidades.
leitores, sempre acredita- Até fevereiro.
nº 65 • janeiro 2005
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br

6 Entrevista:
Wagner Delarovera
24 Contrafação
Cada vez mais empresas de
embalagem fazem pedidos
Reportagem
redacao@embalagemmarca.com.br
Flávio Palhares
Diretor do Programa de registro de desenho flavio@embalagemmarca.com.br
Export Plastic fala industrial Guilherme Kamio
sobre os esforços guma@embalagemmarca.com.br

28
Leandro Haberli Silva
brasileiros para Rotulagem leandro@embalagemmarca.com.br
aumentar as vendas Shrink sleeves crescem no
lá fora de embalagens mercado de cerveja aprovei- Diretor de Arte
plásticas acabadas tando embalo proporcionado Carlos Gustavo Curado
arte@embalagemmarca.com.br
pelo lançamento de novos

14 Tendências e sabores e tipos da bebida Assistente de Arte


José Hiroshi Taniguti
Perspectivas 2005
Principais movimen- Administração
tações da indústria de Marcos Palhares (Diretor de Marketing)
Eunice Fruet (Diretora Financeira)
embalagens em 2004
deverão continuar – e Departamento Comercial
até recrudescer – no comercial@embalagemmarca.com.br
ano que se inicia. Karin Trojan
Wagner Ferreira
Listamos alguns
fatores aos quais os Circulação e Assinaturas

32
usuários de embala- Marcella de Freitas Monteiro
Codificação assinaturas@embalagemmarca.com.br
gens deverão estar Imposições do varejo fize- Assinatura anual: R$ 90,00
atentos em 2005 ram da identificação por Público-Alvo
radiofreqüência (RFID) a EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que
coqueluche da Pack Expo ocupam cargos técnicos, de direção, gerência
International 2004, feira e supervisão em empresas fornecedoras, con-
vertedoras e usuárias de embalagens para ali-
realizada em Chicago mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,
materiais de limpeza e home service, bem
como prestadores de serviços relacionados
com a cadeia de embalagem.

Filiada ao

A capa desta edição foi impressa em Papelcartão Art Premium Novo 250g/m2,
da Ripasa, termolaminada com filme Prolam® aplicado pela Lamimax. Esta revista foi impressa em Papelcartão
Art Premium Novo 250g/m2 (capa) e papel
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3 Editorial
Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466
A essência da edição do mês, nas palavras do editor Laminação: Lamimax Tel.: (11) 3644-4128
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Materiais, equipamentos e processos de decoração, identificação e rastreabilidade EMBALAGEMMARCA é uma publicação
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Movimentação na indústria de embalagens e seus lançamentos


Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463
38 Internacional Filiada à
Destaques e idéias de mercados estrangeiros

39 Display www.embalagemmarca.com.br
Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens
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Novidades do setor, da criação ao acabamento de embalagens cadas nesta revista sem autorização da Bloco
de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em
42 Almanaque matérias assinadas não refletem necessaria-
Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens mente a opinião da revista.
entrevista >>> Wagner Delarovera

“Temos padrões técnicos


melhores que os asiáticos”
á aproximadamente um ano entrou em ope- to começou a ganhar força quando a Petrobras, as três prin-

H ração uma iniciativa inédita envolvendo a


cadeia do plástico no Brasil. Fabricantes de
resinas, centrais petroquímicas e a própria
Petrobras, entre outras empresas envolvidas
nessa que é uma das principais indústrias de transformação
cipais centrais petroquímicas do país e quinze empresas
produtoras de resinas se reuniram com o objetivo de pro-
porcionar à cadeia brasileira de plásticos competitividade
no cenário internacional, a fim de ampliar a exportação de
produtos transformados para os mercados de maior consu-
do país, uniram-se para a tarefa de estimular a exportação mo. Nesse sentido, pode-se dizer que essa é uma iniciativa
brasileira de produtos plásticos acabados. Para isso forma- pioneira mundialmente. Ao que se saiba, em nenhum país
ram, com apoio da Apex (Agência de Promoção de Expor- do mundo ocorreu a união, com gestão compartilhada, de
tações do Brasil), o Programa Export Plastic, cuja meta ini- todos os elos da cadeia petroquímica em prol de um obje-
cial é elevar as exportações anuais do setor para 1,1 bilhão tivo comum, que no nosso caso é a exportação de valor
de dólares de plásticos transformados até 2007. agregado. Por isso o Programa Export Plastic pode ser con-
Pelos resultados obtidos até agora, essa meta deverá ser siderado um marco na indústria mundial de plásticos. Em
atingida em menos tempo. Entre os principais propulsores termos práticos, o Programa atualmente tem um orçamen-
dos bons resultados estão as vendas de embalagens plásti- to de 5,2 milhões de reais, dos quais 48% vêm da APEX,
cas. “Produtos como sacos, filmes, tigelas e bandejas são 40% da indústria petroquímica e 12% das mensalidades de
os mais significativos na pauta de exportações da cadeia 575 reais pagas pelos associados. Em 2005, o orçamento
plástica brasileira”, diz Wagner Delarovera, diretor do pro- será de 9,6 milhões de reais com a realização de várias
grama. Com ampla vivência na indústria de embalagens, o ações de promoção comercial nos mercados-alvo.
executivo, que já atuou em empresas como a Zaraplast,
fala a seguir sobre as vantagens de se afiliar ao programa, Quais os objetivos concretos do programa?
comenta as principais oportunidades no mercado interna- Queremos que o Brasil exporte 1,1 bilhão de dólares de
cional e diz o que o Brasil precisa fazer para vender lá fora plásticos transformados até 2007. Mas é possível que tal
produtos plásticos com valor agregado. meta seja atingida em menos tempo. Nossa intenção a cur-
to prazo é aumentar as vendas de produtos plásticos trans-
Como está estruturado operacionalmente o Programa Ex- formados nos países que compõem o Nafta (Acordo de Li-
port Plastic, e desde quando está ativo? vre Comércio da América do Norte) e a União Européia.
Depois de ter sido aprovado pela Apex (Agência de Pro- São os dois blocos econômicos de maior consumo mun-
moção de Exportações do Brasil), o programa foi assinado dial. Juntos, eles importaram mais de 100 bilhões de dóla-
em dezembro de 2003, por um período de dois anos, po- res de produtos plásticos transformados em 2003. Além
dendo ser prorrogado. Trata-se de um Programa Setorial disso, suas tarifas de importação para produtos plásticos
Integrado (PSI) envolvendo toda a cadeia do plástico, in- brasileiros são reduzidíssimas – 0% nos EUA e 3,5% na
cluindo indústrias transformadoras de todo o país. O proje- Europa. No caso da União Européia, a situação também

Wagner Delarovera, diretor do Programa Export Plastic,


fala sobre a importância da indústria de embalagem
nas iniciativas voltadas a ampliar as exportações
brasileiras de produtos plásticos acabados

6 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2005


entrevista >>> Wagner Delarovera

está favorável aos transformadores brasileiros em virtude melhor posicionamento concorrencial. As ações incluem
da valorização do euro. No futuro, outros mercados estarão treinamento e qualificação da mão-de-obra, além de acor-
sendo analisados, especialmente África do Sul, Índia e Co- dos com companhias de navegação para reduzir os tempos
munidade Andina. De modo geral, queremos alavancar a de entrega, atualmente já bem menores que os praticados
exportação de artigos plásticos de consumo massivo, como no eixo Ásia-costa leste americana. Em outras frentes, que-
sacolas-camiseta, filmes stretch e shrink, entre outras cate- remos estabelecer centros de distribuição nos Estados Uni-
gorias em que temos condições de competir diretamente dos e na União Européia para garantir entregas porta-a-
com o México e com os países porta. Também é importante reali-
asiáticos. Mas também estamos fo- “Apesar dos constantes zar pesquisas de mercado focadas
cados em artigos plásticos de maior em nichos com maior potencial de
valor agregado, como embalagens aumentos de matérias- compra de produtos brasileiros. É
para cosméticos, filmes laminados fundamental, enfim, a integração
coextrudados e filmes-barreira.
Trata-se de mercados em que nos-
primas, os transfor- de toda a cadeia do plástico na bus-
ca de objetivos comuns. Desta for-
sos principais concorrentes são os ma, acreditamos na sustentabilida-
transformadores canadenses, euro-
madores brasileiros de de nossa estratégia para fazer
peus e japoneses. frente aos concorrentes internacio-
precisam saber que é nais, e obter uma importante share
O Programa visa exportar emba- de mercado nos próximos dois a
lagem com valor agregado, vale viável exportar, pois a quatro anos.
dizer prontas. Isso contempla
embalagens já impressas? elevação dos preços das Como os transformadores brasilei-
Sem dúvida. Queremos transfor- ros conseguirão competir no mer-
mar as resinas brasileiras em pro- cado externo tendo de repassar os
dutos finais para consumo e, se
resinas termoplásticas constantes aumentos de matérias-
possível, devidamente impressos primas?
com logotipos e textos enviados também tem sido Visamos promover as exportações
pelos clientes internacionais. O do setor de manufaturas plásticas,
Brasil já está apto a produzir emba- constante no mercado mas procuramos deixar a negocia-
lagens utilizando tintas sem metais ção de preços reservada às empre-
pesados, exigência comum na Eu- internacional” sas transformadoras e seus respec-
ropa e nos Estados Unidos. Além tivos fornecedores de matérias-pri-
disso, devido às grandes quantidades envolvidas, os lotes mas. Por outro lado, entendemos a gravidade da elevação
mínimos de produção são facilmente ultrapassados, viabi- dos preços, já que muitas vezes uma única resina pode re-
lizando dessa forma várias impressões diferentes dentro de presentar mais de 60% do custo de um produto plástico
um mesmo contêiner, para um mesmo cliente. transformado. Apesar disso, os transformadores brasileiros
precisam saber que é viável exportar, pois os aumentos das
A China é hoje um grande fornecedor na área, além de resinas termoplásticas também têm sido constantes no
tudo agressivo comercialmente. Como enfrentar esse pla- mercado internacional. Isso mostra que a alta dos preços é
yer? O Brasil tem preços competitivos? E qualidade em uma questão mundial, resultante de um clima de incertezas
produtos acabados para fazer frente aos chineses? que ainda persiste. Mesmo assim, nenhum país do mundo
Não se trata unicamente da China, mas de vários países deixará de importar em função dos preços oscilantes, pois
asiáticos, como Malásia, Taiwan, Vietnã, Indonésia e Índia. o consumo e a necessidade existem, e os fornecedores
Mas sem dúvida a China, que exportou 8 bilhões de dóla- mundiais continuarão abastecendo tais compradores. A ex-
res em artigos plásticos para os Estados Unidos apenas em pectativa é que em 2005 deveremos ter um clima mais es-
2003, é um gigante no setor. Quanto aos custos de mão-de- tável no cenário mundial, que permitirá uma maior previ-
obra, os chineses ainda levam vantagem frente aos sibilidade de eventuais altas nos preços das resinas.
fornecedores brasileiros. Porém, no aspecto do gerencia-
mento da qualidade, os brasileiros têm condições de ofere- E quanto à questão tributária? A carga brasileira pode de
cer melhores padrões técnicos dentro das especificações alguma forma atrapalhar as exportações dos transfor-
solicitadas nos Estados Unidos e na União Européia. Nós, madores brasileiros?
do programa, estamos trabalhando em várias frentes para No que tange exclusivamente às exportações, inexistem
nos diferenciarmos dos asiáticos, e assim conseguir um barreiras tributárias para as empresas do mercado de plás-
8 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2005
entrevista >>> Wagner Delarovera

tico, pois as vendas externas são beneficiadas com os cré- Até o momento, quantas empresas aderiram ao
ditos totais de impostos como IPI, ICMS, PIS e Cofins. Programa Export Plastic? Quais os principais benefícios
Talvez um tema mais importante para viabilizar as expor- de ser um associado?
tações brasileiras de plásticos transformados seja a logísti- O Programa começou com quinze empresas, e hoje esse
ca. Preocupados com essa questão, fechamos, em conjunto número já subiu para 100 associados, oriundos de treze
com a Abief (Associação Brasileira da Indústria de Emba- Estados brasileiros. Nosso objetivo é reunir 150 sócios
lagens Plásticas Flexíveis), uma parceria com a Hamburg nos próximos três meses. Vale lembrar que a cadeia de
Sud, uma das maiores empresas de produção de plástico reúne cerca
navegação do mundo. A idéia des- “Fechamos uma parceria de 7 500 empresas no Brasil hoje.
se acordo é facilitar o tráfego rumo Entre os benefícios de ser associa-
aos Estados Unidos e ao México, com uma das maiores do está a possibilidade de partici-
oferecendo aos transformadores par de feiras internacionais pagan-
valores mais competitivos de trans- do unicamente passagem aérea,
porte, além da garantia de embar-
empresas de navegação do hospedagem e alimentação. Des-
que de seus contêineres. pesas com espaço de exposição,
mundo para facilitar o decoração do estande, tradutores,
Como têm evoluído as exportações material promocional e logística
de produtos plásticos brasileiros tráfego rumo aos Estados são inteiramente arcadas pelo Pro-
nos últimos anos? grama Export Plastic.
Segundo dados da Abiplast/Secex, Unidos e ao México,
em 2001 foram exportados 564 mi- Por sinal, recentemente a reporta-
lhões de dólares, ou 156 000 tone- gem de EMBALAGEMMARCA confe-
ladas. Houve queda em 2002,
oferecendo valores mais riu a presença do programa e de
quando foram exportados 495 mi- seus associados em dois impor-
lhões de dólares (142 000 tonela- competitivos de tantes eventos internacionais liga-
das), e retomada no ano passado, dos à cadeia de embalagem, a
com o Brasil vendendo lá fora 638 transporte, além da Pack Expo Chicago e o salão Em-
milhões de dólares em produtos ballage, de Paris, ambos realiza-
plásticos transformados (200 000 garantia de embarque dos em novembro último. Que tipo
toneladas). É difícil, contudo, esti- de balanço o senhor fez dessas
mar a participação somente das
embalagens plásticas nesses núme-
dos contêineres” duas iniciativas em particular?
Como mostram os números, essas
ros. Mas certamente podemos afirmar que produtos como viagens trouxeram saldos muito positivos para nossos as-
sacos, filmes, tigelas, bandejas e outros são os mais signi- sociados. No caso do salão Emballage, reunimos num es-
ficativos na pauta de exportações da cadeia plástica brasi- paço de exposição de 200 metros quadrados 24 transfor-
leira. Sobre 2004, os números que temos até agora indicam madores. Ao todo, contabilizamos 650 contatos comerci-
que no período de janeiro a outubro, foram exportados 646 ais, que renderam aproximadamente cinqüenta cotações e
milhões de dólares de plásticos transformados. Estimamos negociações que estão em andamento. Além disso, foram
que no ano passado a cadeia brasileira do plástico tenha vendidas na feira 70 toneladas de filmes, e geradas previ-
vendido lá fora 750 milhões de dólares. sões de negócios de 5 milhões de dólares nos próximos
seis a doze meses. Já a Pack Expo Chicago trouxe resul-
Quais são os principais mercados internacionais para o tados ainda mais animadores. Também reunimos 24 em-
setor brasileiro de plásticos hoje? presas transformadoras, porém num estande maior, de
O maior mercado consumidor de plásticos brasileiros hoje 246 metros quadrados. Fizemos 750 contatos comerciais,
é o Mercosul, que de janeiro a outubro do ano passado terceira maior marca da feira, e aproximadamente 450 ro-
comprou 210 milhões de dólares. No mesmo período, a dadas de negócio. Foram vendidas durante o evento 150
União Européia importou 100 milhões de dólares de plás- toneladas de filmes, e geradas previsões de negócios de 7
ticos do Brasil, valor semelhante ao dos Estados Unidos. milhões de dólares nos próximos seis a doze meses. Os
Porém, essas quantidades são insignificantes perante o produtos pelos quais os visitantes demonstraram maior
consumo de plásticos no mercado internacional. Somente interesse foram filmes stretch e shrink, sacos ráfia, sacos
os EUA importaram 38 bilhões de dólares em 2003, e a tipo bag-in-box e valvulados, filmes laminados e coextru-
União Européia, com importações extra e intrazona, totali- dados, filmes barreira, sacolas-camiseta e sacos de polie-
zou aproximadamente 40 bilhões de dólares em 2003. tileno com zíper, além de tigelas e bandejas plásticas.
12 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2005
tendências e perspectivas 2005

O fim do stop-and-go?
Com as bases da economia melhorando, o país deixa de
crescer aos soluços, com chances de aumento do consumo
interno e boas possibilidades para a cadeia de embalagem
Pela equipe de EmbalagemMarca

e George W. Bush e o entre 3,5% e 4% – seja menor que a de • Política monetária conduzida

S terrorismo internacional,
cada um de seu lado, não
cometerem excessos, se
a China não arrefecer à força seu
2004, as expectativas para os próximos
doze meses se dão a partir de um pata-
mar melhor. A ordem é torcer para que
dê certo e planejar formas de benefi-
de forma autônoma pelo BC, sem
ameaças à estabilidade de preços.
• Política cambial firme, em que a
flutuação do câmbio facilita o ajuste rá-
formidável crescimento, se nossas ciar-se desse movimento. pido e permite aguardar a cotação do
autoridades financeiras não caírem Ao longo de 2004, EMBALAGEM- dólar em R$ 3,00 no final do ano.
em tentações por demais inovadoras MARCA acumulou denso volume de in- Esse tripé sustenta resultados muito
(ou por demais conservadoras) e se formações que permitiram, agora, ela- positivos, dentre os quais se destacam a
o jogo político não melar, 2005 será borar com segurança a reportagem de inflação sob controle, o superávit em
um ano muito melhor que 2004, serviço aqui apresentada. Foram mui- conta-corrente, a recuperação da renda
confirmando os quase unânimes tas horas de leituras de publicações es- e do emprego e prêmio de risco em ní-
prognósticos sobre a economia em pecializadas e de navegação virtual, veis baixos. Some-se a tudo isso o au-
geral e o setor de embalagem em presença da equipe em variados even- mento das exportações e a tendência de
particular. Nos meses recentes, em tos relacionados à cadeia de embala- queda dos preços do petróleo, matéria-
que a equipe de EMBALAGEMMARCA gem, visitas a feiras diversas e, princi- prima e fonte de energia em que o país
se voltou para este levantamento de palmente, trocas de idéias com espe- caminha para a auto-suficiência. Com
Tendências e Perspectivas, como faz cialistas e profissionais de empresas esse panorama é possível prever, como
nesta época desde o lançamento da representantes dos principais segmen- já se pôde observar em meses recentes,
revista, praticamente não se ouvi- tos ligados ao negócio do packaging. que este ano, ainda que o crescimento
ram prenúncios negativos. Aqui os leitores não serão conduzi- do PIB venha a ser menor, o consumo
Prevalece a sensação de que o dos a uma leitura repetitiva de argu- das famílias aumentará 5,4%, ante 4%
país vem fincando para valer as ba- mentos, análises e tendências, muitas registrados em 2004.
ses do crescimento sustentável, em- delas apresentadas nas edições mensais O espectro dessa expansão abran-
bora o desempenho da economia da revista e agora reiteradas ou confir- gerá não só bens de consumo imediato,
não configure ainda um “espetácu- madas. Essa fundamentação ampla como alimentos, bebidas, medicamen-
lo” nas dimensões que o presidente pode ser sintetizada na afirmação de tos e outros, mas também os semidurá-
da República talvez sonhasse bran- que há uma convergência de previsões veis (roupas, calçados) e duráveis,
dir. Porém, mesmo considerando favoráveis sobre a economia brasileira como eletrodomésticos em geral, in-
que o ano anterior ao exercício fin- em 2005. A autorizar os prognósticos cluindo telefones celulares, embora em
do praticamente não existiu, 2004, de um ciclo de expansão que já estaria ritmo menos frenético do que no último
no final das contas, surpreendeu, em curso existem três “pilares da tran- ano. É previsível então que a cadeia de
com o PIB crescendo 5% ou mais, qüilidade”, como os designou o ex-pre- embalagem será amplamente benefi-
quando as previsões de um ano atrás sidente do Banco Central, Gustavo Lo- ciada, na medida em que o crescimen-
giravam ao redor de 3%, 4% no má- yola, hoje consultor, em evento organi- to do conjunto da economia não se dá
ximo. Não chega a ser um número zado pela Associação Brasileira das In- com exclusão do setor, presente em to-
extraordinário, pois se efetiva em dústrias de Embalagens Plásticas Fle- das as categorias de produtos.
cima de uma plataforma pífia, quase xíveis (Abief), em dezembro último: É com a retaguarda desse quadro
nula, em 2003. Assim, embora a ci- • Política fiscal responsável, sem que EMBALAGEMMARCA apresenta a
fra que se projeta para 2005 – algo sinais de populismo econômico. seguir alguns pontos que entende de-

14 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2005


vam merecer
atenção em 2005,
resguardados alguns as-
pectos lembrados por Lo-
yola em sua palestra e sobre os
quais não há como fazer previsões:
• Um crescimento sólido depende de
ambiente externo favorável e de outras
políticas.
• As relações Executivo-Congresso de-
vem ser mais harmônicas e menos in-
fluenciadas pela avidez por cargos.
• Uma solução inadequada à crise do
dólar poderá levar à recessão mundial
e à aversão ao risco, atingindo países
emergentes, entre os quais o Brasil.
• Um pouso forçado da economia chi-
nesa pode prejudicar o crescimento e a
disposição de investir.
Descontadas essas ponderações e a
hipótese de atos terroristas, fenômeno
que não cabe no âmbito do ponderável,
parece valer a pena apostar em 2005.
Depois de mais de uma década de solu-
ços e incertezas, o Brasil teria – final-
mente – chegado ao fim do stop-and-
go. As perspectivas que essa situação
abre para a cadeia de embalagem são
abordadas neste trabalho, que visa aju-
dar os profissionais da área em seus
planejamentos, sem ter a pretensão de
esgotar o assunto. >>>
tendências e perspectivas 2005
cadeia de embalagens de aço, que já
vem se desenrolando nos últimos anos:
o reposicionamento da imagem da lata.
“Estamos empenhados em recuperar
a nossa participação em mercados
tradicionais e em conquistar novos
segmentos”, afirmou Elio Cepollina,
vice-presidente da Abeaço – Associa-
ção Brasileira da Embalagem de Aço,
num boletim da entidade. “Todos os
meses temos lançado novidades em ta-
manhos, formatos e tipos de abertura e
fechamento, como os inúmeros produ-
tos em latas easy open que chegaram ço, o Pão de Açúcar, que as utilizou
NOVAS LATAS EM FOCO aos supermercados nos últimos meses.” para o lançamento de uma nova loja
No campo das embalagens metálicas, Ainda na seara das metálicas, mere- paulistana, mas já declarou estar incli-
uma tendência que tem tudo para se ce destaque o fato de que, após três nada a expandi-las por sua rede. O ce-
fortificar em 2005 é o lançamento de anos de desenvolvimento, a Alcan en- nário favorável aos plásticos mais ami-
latas de aço com perfis diferenciados fim lançou, em setembro de 2004, uma gos da natureza irá continuar em 2005.
para bens de consumo de alto giro, a chapa de alumínio especial para latas Um dos lastros dessa sensação é que a
exemplo do que aconteceu em 2004, de alimentos, a Alu.Can. Através de principal fornecedora dos aditivos ace-
quando a chamada lata expandida ga- uma parceria com a catarinense Feme- leradores da degradação dos plásticos, a
nhou amplitude nacional por meio da pe, terceira maior fabricante brasileira RES Brasil, promete inaugurar neste
nova embalagem cinturada do Leite de pescados enlatados, a lata nacional ano uma fábrica no interior de São Pau-
Moça. É sensato esperar que, após a de alumínio para alimentos estreou no lo. Ela permitirá a nacionalização des-
acolhida pela Nestlé, outras indústrias varejo numa versão de 170g com tam- ses produtos a partir de uma capacidade
se interessem em desenvolver latas pa de fácil abertura, acondicionando o instalada inicial de 100 toneladas men-
desse tipo. Aporte tecnológico não é Atum Sólido Light Pescador. E prome- sais. No exercício retrasado, a RES co-
problema – a CSN possui uma chapa te se difundir ainda mais em 2005: de mercializou 4 toneladas de aditivos. A
metálica especial para essas embala- um volume inicial de 300 000 latinhas expectativa era fechar 2004 com 24 to-
gens e garante suporte para desenvol- mensais, que ela própria produz em sua neladas. Para 2005, a empresa espera
vimentos. Entre as metalúrgicas, a metalgráfica, a Femepe declarou que vender 40 toneladas, sendo que o exce-
CBL conquistou clientes para suas la- irá difundir a lata de alumínio para suas dente será exportado. Além dessa subs-
tas expandidas em bebidas e alimen- outras marcas já no início do ano. Além tituição de importação, outro fator que
tos (snacks) e a gaúcha Bertol conti- disso, a Alcan reiterou que buscará no- tenderá a facilitar o acesso aos agentes
nua a apostar nessa novidade, anima- vos mercados para a embalagem em aceleradores de degradação de plásticos
da por resultados de mercado expres- 2005, sendo que o primeiro deles seria é a maior competição: em 2004, entrou
sivos de clientes que as adotaram – o de rações para animais domésticos no mercado um novo fornecedor. Com
como a Sara Lee, com produtos sob a (pet food). a demanda em alta, não surpreenderá se
marca guarda-chuva de cafés Pilão. outros players surgirem. Na mesma
Na verdade, a lata expandida é a pon- SUMIÇO RÁPIDO EM ALTA área, vale também reservar expectativas
ta-de-lança de um plano maior da Do fim de 2003 para cá, a cadeia nacio- quanto a novidades de mercado em
nal de embalagens plásticas tem cada frascos (de polietileno de alta densida-
vez mais se dedicado aos desenvolvi- de, de polipropileno e até de PET), pois
mentos com plásticos de rápida degra- testes entre convertedores e indústrias –
dação, capazes de se decompor no am- principalmente as de cosméticos – já
biente em meses, e não decênios, como estão em andamento. Sabe-se que em
as versões comuns desses materiais. 2004 certas produtoras de bebidas mos-
Em 2004, um destaque especial foi a traram interesse em adotar multipacks
estréia desses materiais em sacolas de de plástico encolhível (shrink) com rá-
supermercados – e logo por meio da pida degradação. É algo que pode se
maior bandeira nacional do auto-servi- concretizar logo.

16 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2005


ALTA DA ESPECIALIZAÇÃO
O ano de 2004 reforçou entre as petro-
químicas brasileiras a tendência, em es-
tado avançado no mundo inteiro, do
lançamento de resinas poliolefínicas
com maior valor, desenvolvidas para
atender necessidades específicas de
transformação – em muitos casos, de
embalagens. Essa estratégia de especia-
lização vem permeando boa parte dos
investimentos das principais produtoras
nacionais de resinas nos últimos anos, e
em 2004 resultou no anúncio de alguns
produtos de força. A Braskem lançou a
Flexus, nova família de polietilenos de
baixa densidade linear produzidos em
catalisador metaloceno (PEBDLm), e a
Symbios, família de polipropilenos
(PP) voltada para empacotamento auto-
mático. A mesma companhia também
afinou parcerias para a viabilização de
embalagens rígidas de PP de alta trans-
parência, característica resultante da
adição de um agente clarificante da quí-
mica Milliken. Tais embalagens prome-
tem movimentar o mercado em 2005,
pois se argumenta que elas possuem
vantagens frente aos frascos de PET em
aplicações para bebidas. Entre outros
pesos-pesado na área petroquímica, a
Politeno, a Ipiranga e a Polibrasil tam-
bém divulgaram novas especiarias para
a produção de garrafões, sacolas plásti-
cas, frascos para produtos lácteos e fle-
xíveis para a indústria alimentícia em
2004, e terão novas cartas na manga
para 2005. Também gera expectativa,
para 2005, o início das operações co-
merciais da Rio Polímeros, ambicioso
projeto que promete injetar competitivi-
dade no mercado de poliolefinas. É
aguardar para ver. >>>
tendências e perspectivas 2005
RECUPERAÇÃO DO VIDRO as vendas de Coca-Cola de sua variada
A indústria vidreira se movimenta linha vaivém. Isso explica a recente
para recuperar mercados que havia adoção de garrafas retornáveis de
perdido e tem metas ambiciosas 355ml para Sprite, Kuat e, em breve,
para 2005. É verdade que no cam- Fanta. A expectativa é de que outras
po do requeijão cremoso os copos franquias adotem essa alternativa.
reutilizáveis cederam espaço Em refrigerantes, o setor sublinha
(fala-se em até 60%), aparente- suposta preferência do consumi-
mente sem retorno, sobretudo dor por embalagens de vidro em fletindo a tendência dos fabricantes de
para similares feitos de polipro- pontos de dose, quando o canal é bens de consumo de agregar valor a
pileno (PP). É certo também one way, e o exclusivo apelo da seus produtos através da embalagem.
que a migração da maionese retornabilidade das garrafas de Espera-se a entrada de novos fornece-
líder Hellmann’s para potes de 200ml e 355ml, nesses mesmos dores de base, nacionais e internacio-
PET representou outro duro pontos, e das maiores, nas vendas nais, destacando-se entre estes a fin-
golpe nas indústrias fabricantes para consumo no lar. Os vidreiros landesa Raflatac, que quer aumentar
de recipientes feitos daquele destacam terem detectado cres- sua presença na América do Sul, tal-
material. Mas o setor tem argumentos cente interesse de engarrafadores por vez no Brasil.
com os quais pretende trabalhar recipientes one way de cerveja e de A crescente necessidade de seg-
para reverter a situação, e prevê cachaça, além de alguns fabricantes mentação de produtos e marcas deve-
crescimento de 10% no ano, sobre de alimentos em conserva que pre- rá abrir espaço também para o cresci-
2004, quando cresceu 5%. tenderiam estrear em vidro. mento de segmentos que há anos en-
No caso do requeijão, parece frentavam dificuldades para emplacar,
não comover os consumidores o MAIOR PLURALISMO como o de in-mold labels e o de heat
apelo do reuso ante o apelo do Na área de rotulagem, fatos mar- transfer – este último viu em outubro
preço, na medida em que am- cantes registrados em 2004 per- a inauguração, pela Technopack, da
bos se dirigem com mais força mitem prenunciar que recrudes- primeira fábrica de impressão de rótu-
a faixas de baixo poder aquisi- cerá o confronto entre dois siste- los com essa tecnologia, no Rio Gran-
tivo. Para estas, preço é um mas de decoração – auto-adesivos de do Sul. Com a conseqüente redu-
chamariz irresistível, sem falar e termoencolhíveis –, sem que um ção de preços obtida em relação ao
que copos plásticos também chegue a tomar fatias significati- produto até então importado, ampli-
podem ser reutilizados. O argu- vas do outro. Deverá acentuar-se a am-se as possibilidades do sistema de
mento da nobreza do material perma- a tendência de, mais do que serem for- competir com os demais.
nece forte para faixas de consumi- necedoras limitadas a um sistema, as Vale lembrar que o esperado cres-
dores mais sofisticados, e por isso o empresas se tornarem provedoras de cimento do consumo de águas, sucos e
copo de vidro terá garantido lugar nos soluções totais, atendendo todas as ne- refrigerantes descortina um cenário
requeijões, mas na condição de emba- cessidades de rotulagem dos clientes. róseo para os fornecedores de rótulos
lagem de nicho para produto premium Na banda dos termoencolhíveis, tra- dos tipos wrap-around e de mangas de
– requeijão mesmo, não “especialida- dicionais fabricantes de outros tipos de polietileno (aplicados à embalagem
de láctea à base de requeijão”. rótulos, como a Baumgarten, a Novel- unicamente por pressão) e, portanto,
Quanto à ida da maionese da Uni- print e a Canguru, passaram a fornecer para os provedores de máquinas de
lever para os potes de PET, os vidrei- também aquele tipo de decoração. A aplicação. Como destaque final, o
ros lembram que as principais marcas própria Avery Dennison, grande prove- campo da rotulagem continuará tendo
concorrentes da líder não seguiram dora de liners para auto-adesivos, pas- como um de seus principais pontos de
seu movimento. O setor afirma ter in- sou a fornecer também filmes para im- interesse e discussão o sistema RFID,
formações de que depois de migrar pressão de termoencolhíveis, e há infor- as chamadas etiquetas inteligentes
para o PET a Hellmann’s estaria per- mações de que novos nomes atuantes (objeto de reportagem na página 32).
dendo market share para marcas que segundo essa fórmula, tanto na ponta da
permaneceram no vidro. matéria-prima quanto na da conversão, FICHAS NO PAPEL CARTÃO
Mas é nas garrafas retornáveis de surgirão em 2005. O setor prevê crescer Difícil ensaiar qualquer previsão sobre
refrigerante que a indústria vidreira por volta de 30%. os próximos doze meses do mercado
põe seu maior lote de fichas. Afinal, Em auto-adesivos, projeta-se cresci- de embalagens celulósicas sem rela-
em 2004 a Femsa mais do que dobrou mento mínimo de 10% para o ano, re- cioná-la com a compra, em novembro

18 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2005


tendências e perspectivas 2005
último, da Ripasa pela Suzano Bahia POUCHES MAIS NOBRES
Sul Papel e Celulose e pela Votorantim A compra da Dixie Toga pela Bemis
Celulose e Papel (VCP). Mas o setor surge como um marco de mais revira-
apresentou outros movimentos-chave voltas na área das embalagens plásticas
em 2004, que também ajudam a iden- flexíveis e mesmo das rígidas, onde a
tificar possíveis tendências para este gigante americana é também uma
ano. Um dos mais notórios deles diz superpotência. Na esteira da milionária
respeito aos crescentes investimentos aquisição (US$ 250 milhões), passou-
na produção de papel cartão. se a falar abertamente que movimentos
Pelo que se viu no ano recém-fin- de compra de empresas nacionais serão
do, o interesse em modernizar as li- feitos pelas também americanas
nhas e ampliar a capacidade produtiva Sonoco Forplas e Rexam.
brasileira desse importante insumo de- O certo é que o setor plástico em
verá se intensificar em 2005, expondo geral e o de flexíveis em particular não
o empenho dos fabricantes de papel e será o mesmo em 2005. Nestas, merece
celulose em atuar com produtos de destaque o avanço dos stand-up pou- a novidade da GDC tenha sido lança-
maior valor agregado. Isso explicaria ches, que deverá continuar intenso em da para o canal do food service, e não
estratégias como a da Klabin, que pre- 2005. Para muitos fornecedores, os re- ao grande varejo. Algumas empresas,
tende investir 1 bilhão de dólares até cipientes feitos de filmes flexíveis com como a chilena Alusa, com escritório
2007 em sua linha de papel cartão, bases sanfonadas, de forma a serem dis- no Brasil, apostam alto na difusão
ampliando a capacidade produtiva postos verticalmente nas prateleiras dos desse tipo de flexível por aqui.
anual das atuais 320 000 toneladas supermercados, se tornarão padrão em
para 700 000 toneladas. Os investi- diferentes categorias de produtos, a LONGA VIDA MAIS VERDE
mentos em processos mais nobres in- exemplo do que já ocorre no mundo. Não há indícios claros de que em 2005
dicam que os fabricantes de papel car- Com custo unitário considerado haverá grandes novidades tecnológi-
tão se preparam para enfrentar de atraente em relação a determinadas al- cas envolvendo a produção de emba-
frente os plásticos flexíveis, conside- ternativas de embalagens rígidas e lagens cartonadas assépticas. Isso por-
rados o maior concorrente do material semi-rígidas, os stand-up-pouches se que os principais nomes da área, a Te-
no mercado brasileiro de embalagem. multiplicam fora das gôndolas de ali- tra Pak e a SIG Combibloc, revelaram
Quanto à compra da Ripasa pela mentos e bebidas, onde originalmente em 2004 um bom número de inova-
Suzano e pela VCP, negócio que sur- surgiram. Hoje eles começam a se tor- ções – desde processos mais aprimora-
preendeu pela rapidez com que foi nar referência em algumas categorias dos de pasteurização e envase até mé-
acertada a parceria entre os dois gru- do mercado de limpeza doméstica e hi- todos mais sofisticados de impressão.
pos brasileiros, a perspectiva é de que giene pessoal, subtraindo fatias cativas O que já é certo para 2005, no tocante
a indústria nacional saia fortalecida. do vidro, do papel cartão e do aço. a essas embalagens, será uma novida-
Apesar de analistas considerarem alta Um conceito que poderá dar o que de sorridente ao ambiente: a inaugura-
a quantia paga (US$ 720 milhões), o falar em 2005 é o retortable pouch, ção da primeira planta nacional de re-
negócio conseguiu domar o apetite de embalagem flexível que suporta pro- ciclagem de caixinhas com tecnologia
grandes grupos internacionais (Stora cessos de esterilização térmica em altas de separação dos seus materiais com-
Enso, de capital sueco-finlandês, e a temperaturas, permitindo o acondi- ponentes (papel, alumínio e polietile-
americana International Paper), que cionamento de alimentos com alta no) por plasma, prevista para o primei-
viam na Ripasa um atalho perfeito acidez e grande processamento indus- ro semestre do ano em Piracicaba
para o promissor mercado brasileiro. trial, casos dos pré-cozidos e semipron- (SP). A tecnologia foi totalmente de-
tos. Tal sistema permite, por exemplo, senvolvida no Brasil, numa parceria
preparar alimentos dentro da própria entre a Tetra Pak, a Universidade de
embalagem em forno de microondas. Campinas (Unicamp) e o Instituto de
Vale lembrar que um retortable pouch Pesquisas Tecnológicas (IPT), e já se
protagonizou em 2004 o lançamento do tornou objeto de interesse de outros
Atum em Pedaços da marca tradicional países. A fábrica, de 10,5 milhões de
Gomes da Costa (GDC), e promete ser reais, está sendo erguida por meio de
mais uma ameaça à hegemonia da lata esforços da Tetra Pak, da TSL Am-
de aço na praia dos pescados – embora biental, da Alcoa e da Klabin.

20 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2005


marcas >>> contrafação

Cresce a cultura das patentes


Títulos de propriedade industrial são mais requeridos no setor de embalagem
uando se pensa em embalagens e nos aspectos

Q jurídicos relacionados ao tema “proteção de mar-


cas”, contrafação é uma palavra que pode incor-
porar significados distintos dos relacionados à
atividade de fábricas clandestinas que prosperam vendendo
réplicas ilegais de marcas famosas. O termo também desig-
na outro tipo conhecido de concorrência desleal, que é pra-
ticado por rivais identificáveis, e não por criminosos respon-
sáveis por fábricas secretas. Trata-se da utilização, através
de rótulos e embalagens, de características visuais muito se-
melhantes em produtos que disputam uma mesma categoria.
Para aumentar as vendas, inspirar-se em símbolos, cores,
formatos, grafismos e layouts alheios virou algo comum.
Quem se sente prejudicado por essa prática pode acusar seus
seguidores de plágio, e quem é adepto dela costuma apenas
alegar “seguir as tendências da categoria”. Seja como for, só Cópias ou coincidências?
existe uma maneira de abreviar tais contendas, dizem espe- Se no Brasil a concessão de registros de prote-
cialistas em propriedade industrial. O caminho passa por as- ção de marcas é limitada por falta de estrutura,
segurar juridicamente, através de uma patente ou registro de prejudicando as empresas, em outros países o
desenho industrial, a propriedade e o uso exclusivo de uma universo da propriedade industrial é tão popular

FOTOS: DIVULGAÇÃO
embalagem ou produto. que até movimenta o mercado de cultura e entre-
tenimento. Não bastassem museus destinados a
reunir produtos falsificados, como o Musée de la
Concessões cada vez mais ágeis
Contrefaçon, de Paris, na Europa são comuns
A boa notícia é que ficou mais fácil obter proteções dessa
obras literárias exclusivas sobre o tema. Um
natureza no Brasil. Ao menos é o que mostram os números. exemplo é o espanhol Cocos (abaixo, à esquerda),
Só em 2003, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial livro cujo nome resulta da soma das sílabas ini-
(INPI), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, conce- ciais das palavras cópia e coincidência. A obra de-
deu mais de cinco mil registros de desenho industrial no fende a inovação gráfica, trazendo variado acervo
país. Trata-se da maior marca desde que a legislação brasi- fotográfico de produtos e objetos contrafeitos, re-
leira de propriedade industrial agilizou, em 1997, os pedidos tratados ao lado de suas “fontes de inspiração”.
de proteção do design e das formas de um produto, com uma No exemplo abaixo há uma coleção de logotipos
lei específica sobre desenho industrial. falsos da grife Lacoste. Já na foto acima são
Daquele ano em diante, o tempo médio para um pedido reproduzidas duas fragrâncias (Magnum e Ro-
de registro industrial ser aprovado caiu para noventa dias. É meo) que adotaram frascos
muito semelhantes aos do
um período curto, especialmente quando comparado com o
perfume Quorum, da Antonio
prazo estimado para que uma patente de marca ou modelo
Puig, que aparece entre os
de utilidade seja aprovada hoje no Brasil.“Algo em torno de dois concorrentes.
cinco anos”, diz o advogado Frank Ficher, do escritório
Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira, especia-
lista no ramo de propriedade industrial. “Antes de 1997, po-
rém, o procedimento para registrar um desenho industrial
também era demorado”, ele recorda.
A nova lei implantou no Brasil aquilo que os advogados
chamam de procedimento sumário para concessão de regis-
tros. “Foi de certa forma uma adaptação à legislação mun-
dial”, diz Aguinaldo Moreira, diretor do Darré Moreira e As-

24 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2005


sociados, outro escritório especializado em proteção de mar- Na visão da Federação das Indústrias do Estado de São
cas e patentes com forte atuação no mercado de embalagens. Paulo (Fiesp), a morosidade da concessão de pedidos de pro-
Mas o crescimento do número de registros concedidos teção industrial atrapalha a economia brasileira. Segundo a
decorre de outros fatores além da agilização dos processos. entidade, o INPI tem apenas 110 examinadores de patentes
No caso do mercado de embalagem, Moreira acredita que e 42 de marcas. “Em razão dessa estrutura insuficiente, exis-
um deles foi a entrada de grandes grupos internacionais, que tem hoje 300 000 pedidos de marcas e 60 000 de patentes
disseminaram no Brasil a cultura da patente, muito forte esperando numa longa fila a hora de serem estudados e aten-
entre americanos e europeus. “Processos produtivos e mate- didos”, sustenta Paulo Skaf, presidente da entidade. “Os
riais cada vez mais modernos e versáteis, além de crescentes atrasos na concessão de patentes têm causado graves prejuí-
investimentos em design, pesquisa e desenvolvimento, tam- zos ao país, especialmente à indústria farmacêutica”, ele diz.
bém contribuíram para elevar a demanda por pedidos de pro- Preocupada com isso, a Fiesp quer sensibilizar o governo
teção industrial no mercado de embalagem”, ele considera. para que aparelhe com rapidez o INPI, visando conferir mais
agilidade e aumentando o interesse dos empresários pelos
Prejuízos para o país processos de patente. É uma reivindicação compreensível, já
Infelizmente, contudo, a facilidade hoje existente para se ob- que a concessão de títulos que asseguram a propriedade in-
ter um registro de desenho não é estendida a outros tipos de dustrial das empresas se tornou estratégica do ponto de vista
proteção da propriedade industrial. Na verdade, explica macroeconômico. Tome-se como exemplo o momento atual,
Eduardo Carneiro Vasques, advogado também atuante no de elevação das exportações. É uma situação em que é neces-
ramo de patentes, esses pedidos costumam levar anos para sário preservar a imagem comercial e a tecnologia das mar-
ser concedidos, pois neles os técnicos do INPI levam em cas brasileiras lá fora. Tarefas muito mais simples se todos os
conta aspectos funcionais do objeto que se pretende prote- exportadores do país tivessem registros de desenho industrial
ger. “No caso do registro de modelo de utilidade, é preciso e patentes de exclusividade de uso de seus produtos.
que o produto apresente uma característica funcional inédi-
Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira Darré Moreira e Associados
ta, enquanto o registro de desenho industrial apenas conside- www.dannemann.com.br www.darremoreira.com.br
ra design e características ornamentais”, diz Vasques. (21) 2237-8700 0800-7727027
A Poly-Vac atua no mercado de embalagem há 32
anos. E agora está modernizando sua marca, bem
como sua atuação no mercado. Mudança é a pa-
lavra-chave: o país, as pessoas, as tecnologias,
os leitores e até nosso logotipo estão mudando.
Essa é a evolução natural das coisas.
E é muito bom quando percebemos que a mudan-
ça é para melhor. Posso dizer que, assim como a
Poly-Vac, a revista EmbalagemMarca também
está mudando para melhor. Está mudando a for-
ma das pessoas verem e entenderem o mercado
de embalagens.
Na Poly-Vac as pessoas lêem EmbalagemMarca
assiduamente e sempre estão muito bem informa-
das. Aliás, aí está o grande segredo de toda e
qualquer mudança.
Cada vez mais comuns
no mercado europeu,
shrink labels só haviam
sido usados até então
por cervejarias
brasileiras em
situações pontuais
FOTOS: STUDIO AG - ANDRÉ GODOY

Vestidas dos pés à cabeça


Rótulos termoencolhíveis começam a conquistar cervejas de linha
inda que essa constatação soe cada vez atenção nos lançamentos foram a Brahma 2000, come-

A mais recorrente, é difícil ignorar que, em


função da crescente segmentação do mer-
cado brasileiro, os fabricantes de cerveja
vêm apostando sem parar em elementos inovadores e
morativa à chegada do novo milênio, e uma versão da
Skol cujas garrafas long neck foram pontualmente ves-
tidas com esse tipo de rótulo cerca de três anos atrás.
Porém, com os recentes lançamentos da NS2 (sigla
atraentes. Tão fundamentada na apresentação dos pro- de Nova Schin 2), do grupo Schincariol, e da Donna’s
dutos – ou seja, em seus projetos de embalagem – Beer, da cervejaria Sul Brasileira, também dona da
quanto no desenvolvimento de novos sabores e tipos marca Colônia, os termoencolhíveis começam a de-
da bebida, a estratégia de divisão em segmentos nova- marcar sua fatia nas vendas da bebida alcoólica mais
mente ganhou notoriedade com o lançamento, em ou- consumida no Brasil. Fixo e moldado à embalagem
tubro último, de duas categorias de cerveja até então pela retração dos filmes plásticos de que é feito (dis-
inéditas no país. pensando o uso de adesivos), esse sistema de rotula-
Embora as fórmulas e o público-alvo de cada uma gem envolve praticamente todo o produto, garantindo
das bebidas sejam bastante distintos, os dois casos têm superfície de comunicação de 360º. Tal vantagem con-
em comum, além da intenção de atrair o crescente con- tribuiu para o crescimento dos shrink sleeves em dife-
tingente de consumidores interessados em versões di- rentes categorias do varejo, tornando-os em algumas
ferenciadas da bebida, um acessório de embalagem uma tecnologia concorrente dos auto-adesivos (ver re-
que nunca tinha sido usado em produtos de linha no portagem de capa de EMBALAGEMMARCA 64).
mercado cervejeiro nacional. São os rótulos-manga Mais curioso do que a presença de sleeves nas gar-
termoencolhíveis (shrink sleeves), sistema de decora- rafas long neck desses dois lançamentos só mesmo o
ção de embalagens que só havia dado o ar da graça no briefing de cada um dos projetos. Longe de ser uma
setor em edições especiais. Exemplos que chamaram cerveja comum, a NS2 tem sabor de tequila e limão.

28 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2005


Apesar disso, Luís Fernando Amaro, gerente de produ-
to da Schincariol, observa que a bebida não contém di-
retamente esses dois produtos em sua composição,
apenas “essências de tequila e limão”.
A idéia de lançar um produto com essas caracterís-
ticas ocorreu após a empresa detectar o crescimento
das versões aromatizadas no mercado internacional de
cerveja. Diante da constatação de que essa tendência
não diminuiu nos últimos três anos, a cervejaria de Itu
(SP) resolveu conceber uma marca que incorporasse
algum tipo de sabor. Antes de definir a fórmula da NS2
a Schincariol realizou testes com versões tão díspares
quanto frutas cítricas, guaraná e maracujá. Numa estra-
tégia semelhante à das bebidas ice, o segmento-alvo da
NS2 é composto por jovens, especialmente os que fre-
qüentam boates e casas noturnas. Trata-se de um canal
de distribuição em que marcas como Skol Beats, Kai-
ser Summer Draft e a mexicana Sol já têm presença ga-
rantida. “Queremos alcançar 15%
de participação no mercado pre-
mium até o final do verão”, diz
Amaro, adiantando que a Schin-
cariol poderá lançar novas ver-
sões de cervejas aromatizadas no
próximo inverno.
Já a cervejaria Sul Brasileira,
situada em Toledo, oeste do Para-
ná, optou pelo público feminino.
Segundo a empresa, é um filão
que responde por 40% das vendas de cerveja no país, COMPENSAÇÃO – A arte
“mas que ainda não possuía um produto diferenciado”. localizada na parte do rótulo
que fica no pescoço da gar-
Para preencher a lacuna nasceu a Donna’s Beer, vendi- rafa é adaptada de modo a
da apenas em garrafas long neck de 355ml da Saint- que o visual desejado seja
Gobain, com tampas twist-off da Aro. obtido depois do processo de
encolhimento, próximo a 60%

Alta resistência
Os rótulos dessas duas cervejas, feito de filmes PET
TG com 50 micra de espessura, são fornecidos pela
francesa Sleever International. Renato Ternes, diretor
comercial da subsidiária brasileira da empresa, destaca
que esse material é ideal para embalagens de cerveja,
por suportar as altas temperaturas da pasteurização e
por ser mais resistente que quaisquer outros aos cho-
ques mecânicos a que as garrafas são submetidas nas
linhas de enchimento. Segundo ele, “é importante lem-
brar que a Sleever International oferece uma solução Aro
(11) 6462-1700
integrada de embalagem: adapta a arte para que a ne- www.aro.com.br
cessária deformação do filme ocorra de modo a man-
Saint-Gobain
tê-la com o resultado visual desejado e fornece o rótu- (11) 3874-7626
lo e o equipamento de aplicação”. Nos casos da NS2 e www.sgembalagens.com.br
da Donna’s Beer, a aplicação é feita nas instalações da Sleever International
(11) 5641-3356
Sleever em São Paulo. Numa segunda etapa, as máqui- www.sleever.com
nas serão instaladas nas fábricas dos clientes.
CONGRAF

30
CONGRAF

31
codificação >>> RFID

Para cumprir as exigências


Na Pack Expo 2004, prazos do varejo direcionaram as novidades em RFID
Por Guilherme Kamio, de Chicago
enhum tema foi tão destacado na

N Pack Expo International 2004, fei-


ra de negócios ligada ao setor de
embalagem realizada de 7 a 11 de
novembro último em Chicago, nos Estados
Unidos, quanto RFID – sigla para radio fre-
quency identification, ou identificação por ra-
diofreqüência, numa tradução livre do inglês.
O organizador do evento, o PMMI – Packa-
ging Machinery Manufacturers Institute, de-
dicou a ele um espaço próprio, o RFID Pavi-
lion, e o elegeu como prioridade no temário

FOTOS: DIVULGAÇÃO
de suas conferências técnicas, arregimentan-
do diversos profissionais, entre consultores,
fornecedores e usuários, para discuti-lo. Era
fácil entender o porquê – na verdade os por-
ÁREA VIP – RFID teve
quês – de todo o rebuliço em torno do RFID. um pavilhão exclusivo do esse espírito, aliás, EMBALAGEMMARCA
Para os fornecedores de máquinas, soft- na Pack Expo 2004 preparou um pequeno glossário sobre RFID,
wares e insumos, o RFID abre a perspectiva e foi destaque nas disponível no site da revista). A abordagem
conferências técnicas
de um proveitoso manancial de negócios, e didática se explica: para os fornecedores de
por isso ele foi a estrela em grande parte dos software e hardware, só dessa maneira é pos-
estandes montados no evento. De outro lado, sível deixar claro ao público as vantagens da
o setor produtivo, especialmente o de bens implementação do RFID no chamado “nível
de consumo de altíssimo giro, enxergava a de fábrica”, ou seja, para gerenciamento de
Pack Expo como o último grande happening estoques e identificação e rastreamento da
sobre RFID antes de janeiro de 2005, prazo produção desde o interior da unidade indus-
estipulado pelo Wal-Mart para seus fornece- trial, passando pelos processos de distribui-
dores estarem com a tecnologia implantada ção e chegando aos pontos-de-venda.
em suas cargas. E não só por causa da reper-
cussão dessa exigência da gigante varejista Pelo prazo curto, paliativo
americana, mas também de outras, como as Ocorre que, confrontados por imposições do
das bandeiras Marks & Spencer e Tesco, no varejo, os fornecedores, em sua grande maio-
Reino Unido, e de certas redes de distribui- ria, vêm optando pelo chamado “slap and
ção de medicamentos, os mais diferentes ship”: a simples incorporação de uma linha
profissionais, das mais diversas indústrias, de etiquetagem RFID para as remessas desti-
viram na feira uma oportunidade para, per- nadas às lojas que exigem o RFID, e não uma
doe-se o trocadilho, ficarem antenados com deposição da tecnologia por toda a sua cadeia
o RFID, evitando serem pegos de calças cur- produtiva.
tas se exigências similares do trade baterem “O slap and ship é realmente a saída para
às suas portas. quem não possui tempo nem capacidade de
Em meio a todo esse quadro, o grosso das investimento para adotar o RFID de modo in-
abordagens sobre RFID na Pack Expo 2004 tegral”, disse John Greaves, especialista em
se dividiu em dois aspectos. Primeiro, ficou RFID da consultoria Deloitte, durante uma
nítida uma preocupação de especialistas e ex- conferência na Pack Expo. “Mas ele é só um
positores de mostrar aos visitantes menos in- primeiro passo, na medida em que daqui a
formados o bê-á-bá dessa tecnologia (seguin- dois ou três anos sua difusão por toda a cadeia

32 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2005


produtiva será um diferencial competitivo A MPI também anunciou uma rotu-
impossível de ser ignorado.” De acordo ladora com capacidade de inspeção de
com o profissional, já existem ca- leitura/gravação de transponders, a
sos documentados por sua con- CTM 360 RW Applicator. Contudo, a
sultoria e por diversas outras inspeção é feita no momento da aplica-
atestando a eficácia da implan- ção das etiquetas. Ela é capaz de traba-
tação do RFID em nível de fá- lhar com bobinas fornecidas por qual-
brica em diversos negócios. quer fornecedor e seu cabeçote é perso-
Da prática do slap and ship nalizável para qualquer aplicação,
vem o segundo aspecto-chave cap- tipo de transponder e freqüência de
tado na feira. Boa parte das soluções transmissão. Uma vez detectadas,
em RFID ali apresentadas e dos as etiquetas com transponders de-
anúncios dos expositores visava feituosos são descartadas. Com
driblar os desafios que vêm sendo a habilidade de validar, gravar
encontrados pelas indústrias que o ado- e afixar etiquetas RFID em
taram. Deles, um dos maiores é a alta taxa tempo real a velocidades de 40
de etiquetas RFID defeituosas. “Até agora, os a 50 etiquetas por minuto,
embaladores tinham de remover etiquetas BEDÉIS – Tendência
aplicadoras desse tipo elimi-
problemáticas de embalagens já etiquetadas é o lançamento de nam a necessidade de manutenção de grandes
manualmente, descartar as embalagens por aplicadoras de etiquetas estoques de etiquetas com transponders já
com sistemas
inteiro, aplicar uma segunda etiqueta sobre a aplicados.
de inspeção de
defeituosa ou simplesmente conviver com um transponders RFID,
grande número de etiquetas RFID não-fun- como a da MPI Labels Metais ainda são barreiras
cionais em seus produtos”, comenta Gadi Outro desafio para a difusão das tecnologias
Hoenig, diretor-geral da Tadbik Advanced de radiofreqüência é que algumas embala-
Technologies, produtora israelense de rotula- gens podem interagir com os dispositivos
doras. “Obviamente, isso é extremamente RFID, tornando-os inúteis.
custoso e, pior, abala a segurança e os benefí- “Películas metálicas, latas e até compo-
cios do gerenciamento de estoques com eti- nentes como fechamentos convenientes po-
quetas RFID.” dem desviar ondas de rádio, afetando as eti-
Para driblar esse problema, a Tadbik, em quetas RFID”, explica Jeff Schuetz, vice-pre-
conjunto com sua co-irmã, a americana Logo- sidente de Tecnologia em Embalagem da
tech, apresentou na feira uma linha de rotula- americana Sonoco. “Obviamente, quando
doras com sistemas de inspeção em linha de você usa as etiquetas para gerenciamento de
etiquetas, a TAD-RF. Um sinal de rádio é en- estoques ou como dispositivos anti-furto,
URGÊNCIA – Com prazos
viado para cada etiqueta na bobina antes de apertados, indústrias
você não quer que nada interfira em sua efi-
sua aplicação nas embalagens. Etiquetas que têm optado pelo slap cácia.” Devido a isso, a Sonoco anunciou na
não respondem ao chamado são descartadas. and ship, etiquetagem Pack Expo estar correndo contra o tempo
RFID simples em suas
A velocidade de aplicação da série TAD-RF para driblar esses problemas, pois muitas das
caixas de despacho
pode chegar a 60 etiquetas por minuto, mas
altas taxas de defeitos reduzem-na. As rotula-
doras podem ser equipadas com software e
hardware para verificar tanto etiquetas passi-
vas como ativas, em qualquer freqüência. Se-
guindo a mesma trilha, a MPI Label Systems
lançou uma tecnologia exclusiva que inspe-
ciona as capacidades de leitura e gravação de
cada transponder RFID antes de ele ser inse-
rido nas etiquetas. Assim, as etiquetas RFID
produzidas por ela apresentam 99% de eficá-
cia – aproveitamento comprovado por testes,
brande a empresa.

janeiro 2005 <<< EmbalagemMarca <<< 33


embalagens e componentes que ela produz da Domino.
possuem metais. A companhia formou no fim O diferencial do PTS é a separação da eti-
de 2003 um Conselho RFID interno e montou queta RFID do código de barras, com infor-
um laboratório de testes, em sua sede de mações visíveis e aplicação das etiquetas sem
Hartsville, na Carolina do Norte, para avaliar contato (por jato de ar). Como o transponder
a performance de etiquetas RFID em embala- RFID não é inserido na etiqueta com código
gens que fabrica – rígidas de papel, garrafas e de barras, ambas as etiquetas podem ser lidas
potes plásticos, flexíveis plásticas, fechamen- independentemente e colocadas na melhor
tos convenientes, cartuchos e displays para posição. “Os sistemas de aplicação com con-
ponto-de-venda. tato podem causar degradação da etiqueta
Mais que isso, a companhia divulgou RFID ou da impressão térmica usada para
estar desenvolvendo “materiais inteligentes aplicação do código de barras e informações
para RFID”, focando primariamente em plás- visíveis. O PTS evita esse tipo de problema e,
ticos de alta barreira, “invisíveis” às ondas de como o sistema possui design modular, os
rádio, para substituir estruturas metálicas em clientes podem começar rapidamente a traba-
FLEXIBILIDADE –
suas embalagens. “Distanciar-nos de metais Transponders da Omron
lhar com impressão digital em linha dos códi-
nem sempre será possível, mas o desafio de fazem parte do PTS, gos de barras e adicionar a tecnologia RFID
desenvolver novas opções será contínuo”, diz sistema apresentado em quando preciso.”
parceria com a Domino
Schuetz, lembrando do aspecto do manda Com o PTS, diz King, os clientes ficam li-
e que combina RFID
quem pode, obedece quem tem juízo. “Mui- com código de barras vres de lidar com grandes e custosos estoques
tos de nossos clientes estão entre as maiores de etiquetas com transponders já inseridos e
companhias mundiais de bens de consumo. encontram flexibilidade no posicionamento
Se eles têm de se adequar ao RFID, nós tam- Domino da etiqueta RFID nos produtos, pois sua sepa-
bém temos.” www.dominoamjet.com ração da etiqueta que recebe impressão lhe
No Brasil: (11) 3048-0197
Por fim, todo o alarde em torno do RFID assegura ser colocada na melhor posição para
tem feito algumas pessoas acreditarem, erro- Logotech leitura, sem interferir na localização do códi-
neamente, que a tecnologia é sucedânea do có- www.logotech-inc.com go de barras e das informações visíveis ao
digo de barras. Provar o contrário foi outro MPI Labels homem – um atributo positivo pelos proble-
empenho dos expositores da feira. A tendên- www.mpilabels.com mas associados à leitura das etiquetas RFID e
cia, de fato, é a convivência de ambos os sis- já citados anteriormente, como sua proximi-
Omron
temas, o que irá se prolongar por muito tempo. www.omron.com dade com metais e líquidos.

Tadbik
Barras e RFID: aliados www.tadbik.co.il
Uma mostra disso, na Pack Expo, foi o anún-
cio do resultado de uma parceria entre a fabri- Zebra
www.zebra.com
cante de codificadoras Domino e a Omron No Brasil: (11) 3857-1466
Electronics que visa prover aos consumidores
um método flexível e de custo acessível com-
binando codificação em barras com RFID,
atendendo assim necessidades industriais di-
ferentes – o que cai como uma luva para o
slap and ship.
O lançamento dessa aliança atende pelo
nome Product Traceability System (PTS).
“Além de possibilitar sistemas customizados
para cada cliente, criando flexibilidade e op-
ções na implementação de RFID, ele também
pode ser ligado a qualidade, produtividade,
automação e sistemas de rastreamento ao lon-
go da fábrica, proporcionando integração to- HIBRIDISMO – No PTS,
tal do RFID às fábricas”, explica Simon código de barras e tag
RFID são aplicados
King, diretor de codificação externa de caixas
independentemente

34 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2005


No rumo dos shrink labels
omo mostrado na reportagem verificação da solda. A impressão dos dos. A empresa acaba de anunciar

C de capa da edição anterior, os


sistemas de rotulagem auto-
adesiva e termoencolhível não compe-
rótulos poderá ser feita em rotogravu-
ra ou flexografia, dependendo da cria-
ção e do design da embalagem. Para
dois novos aparelhos para produção
de termoencolhíveis. Um deles é a
Seammachine, máquina destinada a
tem necessariamente entre si, pois são este último caso, a empresa investiu formar e soldar rótulos em filmes de
soluções distintas, indicadas para numa impressora rotográfica de até PVC, PET, PETG e OPS, e o outro, o
embalagens com características pró- doze cores. O material impresso pode Doctor Machine Inspector, equipa-
prias de aplicação. Apesar disso, dife- ser fornecido aos clientes em bobinas mento complementar de inspeção, do-
rentes produtos migraram recente- ou unidades separadas para tiragens tado de sistema de rebobinamento os-
mente de uma para outra tecnologia, menores. Deixando clara sua intenção cilatório com opções para inspeção
num movimento que desencadeou no- de atender clientes de diferentes por- manual ou automática da costura.
vas oportunidades na indústria de tes, a empresa também está pronta Karlville Development Group
embalagens. Isso explica a atual para fornecer a máquina aplicadora + 1 305 533-1051
www.karville.com
tendência de muitas gráficas especia- em sistema de comodato.
Novelprint
lizadas na conversão de rótulos auto- Numa demonstração de que uma (11) 3768-4111
adesivos de atuar também com ter- estratégia não rivalizará com a outra, www.novelprint.com.br
moencolhíveis. a área de rótulos auto-adesivos da No- Stanford Products LLC
Caso atual é o da Novelprint, que + 1 618 548-2600
velprint também foi brindada com in-
www.stanfordproductsllc.com
acaba de investir em novos equipa- vestimentos. A empresa adquiriu
FORMA E SOLDA – Doctor
mentos para começar a produzir os equipamentos da Stork para impres- Machine Inspector (à dir.)
chamados shrink labels. A em- são silk screen e acabamento em hot e Seammachine, da
presa comprou um sistema for- stamping. Segundo José Luiz Trevine, norte-americana Stanford
mador de rótulos termoencolhí- superintendente industrial, o investi-
veis da norte-americana Karlville mento total foi de 4 milhões de reais.
Development Group, uma das

FOTOS: DIVULGAÇÃO
líderes mundiais do segmento. Mais opções
A solução é composta por O crescimento do leque de fornece-
um equipamento de solda e dores de rótulos termoencolhíveis
outro que realiza testes de também ocorre no ramo de equipa-
mentos. Bom exemplo vem da Stan-
LEQUE MAIOR – Especializada em
ford Products LLC, conhecida fabri-
auto-adesivos, Novelprint acaba
de adquirir sistema formador de cante de cortadoras e rebobinadoras
rótulos termoencolhíveis sediada em Illinois, nos Estados Uni-

Dados variáveis, alta resolução


Imaje lançou uma nova capacidade de impressão de até 45

A solução para marcação e


codificação diretamente
metros por minuto, a máquina
pode trabalhar com até quatro ca-
sobre superfícies porosas, como beças de impressão. Esta caracte-
caixas de papelão ondulado. É a rística permite atender a várias li-
impressora jato de tinta Imaje nhas de embalagens. Outra van-
4040, que oferece resolução verti- tagem é a economia com etique-
cal de 180 dpi, permitindo rápida tas, já que a impressão é feita dire-
leitura dos códigos de barras, além tamente no corpo da caixa.
de desenhos e caracteres cujas al- (11) 3305-9455
turas variam de 1,5 a 17mm. Com www.imaje.com.br

36 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2005


Em máquinas, EUA mantêm-se na ponta
Os Estados Unidos permaneceram dos terem se mantido no topo é um
como o maior mercado mundial para claro e decisivo indicador de apoio do
máquinas de embalagem em 2003, re- mercado”, disse Charles D. Yuska,
gistrando faturamento de mais de 5,93 presidente do PMMI. Segundo a enti-
bilhões de dólares e vendas internas dade, a Alemanha registrou apenas
de 6,765 bilhões de dólares. É o que 1,6 bilhão de dólares em vendas para
informa um balanço recém-divulgado o mercado doméstico. Em contraparti-
pelo PMMI, entidade de classe ameri- da, a China e o Japão, outros nomes
cana do setor cujos associados con- de destaque no monitoramento (com
trolam 75% do mercado americano e vendas em 2003 de 3,984 bilhões de
25% do mercado global. “Apesar de dólares e 3,221 bilhões de dólares,
anúncios de diversos países de seu respectivamente), “continuaram a ten-
crescimento em exportações e lideran- dência de direcionar escoamentos
ça industrial, o fato de os Estados Uni- para seus mercados internos”.
Vendas de máquinas de embala- Consumo de máquinas de emba-
gem em 2003 (em dólares) lagens em 2003 (em dólares)
1. Estados Unidos 5,930 bilhões 1. Estados Unidos 6,765 bilhões
2. Alemanha 4,584 bilhões 2. China 3,984 bilhões
3. Japão 3,339 bilhões 3. Japão 3,221 bilhões
FONTE: PMMI

4. Itália 3,277 bilhões 4. Alemanha 1,697 bilhões


5. China 2,699 bilhões 5. Espanha 1,012 bilhões

É tetra – e pentadeca também


Pelo quarto ano consecutivo a Brasi- da Indústria de Tintas e Vernizes do
lata conquistou o prêmio de Melhor Estado de São Paulo, a Brasilata
Lata para Tintas, promovido pela Ar- também subiu ao pódio. Ela foi elei-
tesp – Associação dos Revendedo- ta pela 15ª vez em dezesseis edi-
res de Tintas do Estado de São Pau- ções do prêmio. “O setor de tintas e
lo. O prêmio é baseado numa pes- produtos químicos representa 70%
quisa do varejo, que neste ano ouviu das vendas da Brasilata, e nossa
340 lojas. Carlos Viterbo Junior, ge- equipe oferece serviços de pós-ven-
rente de marketing da Brasilata, foi da para a satisfação dos clientes”,
um dos executivos premiados na ca- diz José Maria Granço, diretor da Di-
tegoria Participação no Setor Tintei- visão Química da metalgráfica.
ro. Em outro prêmio, o de Fornece- (11) 3611-8122
dor do Ano do Sitivesp – Sindicato www.brasilata.com.br

Maddza tem nova dispensadora


Desenvolvida para atender empresas que tra-
balham com embalagens plásticas ou de papel,
movimentando-as para permitir codifica-
ção antes de seu uso na linha de produ-
ção, a Dispensadora de Sacos Plásticos ou
de Papel é a novidade da Maddza Soluções em
Automação Industrial. De acordo com Marco
Aurélio de Paula, do departamento comercial da
empresa, a máquina garante economia, pratici-
dade e eliminação de estoques aos usuários.
(35) 3722-4545 • www.maddza.com
37 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2005
Sopa alemã em caixinha
“A revolução no mercado de uma estratégia de expansão
sopas: nova tecnologia. de mercado, elas estão sendo
Nova dimensão de quali- acondicionadas em embala-
dade. Nova dimensão de sa- gens assépticas cartonadas
bor”. Esse é o slogan que a Combibloc Standard, de 1 li-
Erasco, marca da famosa fa- tro, da SIG Combibloc. Com
bricante de sopas americana as sopas em caixinha, a
Campbell’s, está usando Campbell’s quer se firmar
para promover suas novas ainda mais na Alemanha,
sopas de vegetais no merca- onde já é líder de mercado.
do alemão. Como parte de www.sigcombibloc.biz

Alertas dos rótulos param na web


A holandesa Heineken está incluindo uma páginas sobre o assunto e um teste para o
mensagem em todas as garrafas e latas de consumidor verificar se desenvolve ou não
suas cervejas convidando os bebedores a comportamentos de risco quando consome
visitar uma página que ela acaba de lançar bebidas alcoólicas. A campanha já está em
na Internet sobre consumo responsável de andamento nos Estados Unidos e será es-
álcool. O site procura alertar e educar o tendida a todos os países em que a Heine-
público sobre os efeitos do consumo abu- ken é vendida.
sivo do álcool, incluindo links para outras www.EnjoyHeinekenResponsibly.com

Cartão de prestígio Rolha de vidro no ar


A Island Kiss foi a fragrância lançada nes- A Alcoa deu partida à primeira Lufthansa. A Lufthansa planeja
te ano pela Escada na 12ª edição de sua produção comercial de seu fecha- oferecer aos seus passageiros
tradicional promoção “Fashion Fragrance”, mento para garrafas de vinho uma linha de vinhos premium
na qual ela anuncia uma edição limitada de Vino-Lok, uma alternativa às ro- com o Vino-Lok no início de
um perfume de verão. Para realçar o apelo lhas de cortiça e similares sintéti- 2005. O fechamento, ganhador
vendedor do produto, a compa- cas (a qual EMBALAGEMMARCA já de vários prêmios de embalagem,
nhia de cosméticos entregou a detalhara em sua edição 61, de foi recentemente alvo de um tes-
confecção do cartucho do produto setembro de 2004). Feito de vi- te independente, na Alemanha.
à gráfica francesa Société Pari- dro, o Vino-Lok será produzido Cientistas e enólogos confirma-
sienne d’Impression et de Carton- na fábrica da Alcoa em Worms, ram que ele mantém as proprie-
nage (La Spic). A convertedora es- na Alemanha, e distribuído para dades técnicas e o sabor dos vi-
colheu o Crescendo, da americana diversas vinícolas européias que nhos tão bem quanto as rolhas.
MeadWestvaco, um papel cartão abastecem a companhia aérea www.vino-lok.de
premium, de alto brilho, criado es-
pecialmente para embalagens de
cosméticos – entre outros fatores,
diz a fabricante, por garantir me-
lhor ancoragem e secagem das tin-
tas. A La Spic imprimiu os cartu-
chos numa Roland 706 seis cores,
laminou-os com acetato e adicio-
nou detalhes em hot stamping azul
e rosa numa máquina da Bobst.
www.meadwestvaco.com/prg

38 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2005


É prata da casa
A Ingleza está lançando o limpa pisos
Uau!, com uma embalagem de fácil
manuseio. O frasco ergométrico, com
curvas, foi idealizado por um grupo de
funcionários da empresa, de diferentes
setores, durante um workshop. A
embalagem é fabricada pela própria
Ingleza em polietileno de alta densida-
de. Os rótulos são da Gráfica Rami.

Novo perfil nos sabonetes líqüidos Lux


A Unilever acaba de renovar sua linha
de sabonetes líqüidos com os lança-
mentos Lux Hidratação Radiante, Lux
Toque de Verão, Lux Energia Marinha
e Lux Splash de Frescor. As embala-
gens são todas de polipropileno
(tampas e frascos). As tampas são
fabricadas pela Weener, na Alema-
nha, e os frascos, pela Alpla. Os rótu-
los são da Prodesmaq, com design da
Holmes&Marchant, do Reino Unido.

A Perfetti Van Melle na onda global


Em outro exemplo da globalização das marcas, a Per-
fetti Van Melle acaba de lançar no
Brasil o caramelo Alpenliebe sem
açúcar, versão light existente na
Itália, berço da fabricante. O produto
chega ao varejo na forma de balas de
2,8g e, no atacado, em embalagens
flexíveis de 280g, da Santa Rosa,
acondicionadas em displays de papel
cartão da Baumgarten e da Santa Inês.
O design é da Selection, agência italiana responsável
pelas embalagens da Perfetti Van Melle no mundo.

Para acelerar a reposição


Uma das pioneiras em molhos de compacta, para acelerar o tempo de
soja no Brasil, a Sakura está reposição na mesa, ou mesmo per-
investindo em molhos para salada mitir que o consumidor mantenha
com a marca Kenko. Quatro novas abertos vários sabores sem o risco
versões – Ervas Finas, de ultrapassar o prazo de
Limão, Caesar e Yo- consumo”, diz a empresa.
gurth – estão sendo Os rótulos auto-adesivos,
lançadas pela empresa de papel couché, são da
em frascos de PET de Prakolar, com visual da
180ml, da Amcor. Komatsu Design. As
“Optamos por uma tampas são fornecidas
embalagem menor e pela Tapon Corona.
Da mecânica ao design Máquinas alinhadas eletronicamente
Atuando no mercado de embala-
gens de papel cartão, a Ápice Artes
A Altec anunciou o lan- tagens do sistema é a óptico ou seguidor de li-
Gráficas reformou suas instalações, çamento de um novo facilidade operacional. nhas. O produto faz
ampliou o quadro de funcionários e, sistema eletrônico de Sem necessitar de ainda alinhamento por
recentemente, adquiriu uma im- alinhamento de folhas, ajustes no início ou tér- linha, borda e de mate-
pressora Roland 700 seis cores o UCE WebLine, que mino do trabalho, o rial transparente.
mais verniz à base de água on line.
pode ser usado para novo alinhador opera (11) 5611-7393
A idéia dos investimentos é aumen-
tar a capacidade instalada para ajuste de máquinas fle- com atuador eletrome- www.altec.com.br
1 000 toneladas/mês. Para atingir xográficas e rotográfi- cânico projetado para
esse objetivo, a empresa investiu cas, de banda larga ou atender exigências de
no seu departamento de criação. estreita, e também em velocidade de resposta.
“Com os novos equipamentos po-
rebobinadeiras e equi- Para isso, o UCE
demos produzir mock ups estrutu-
rados com o material a ser proces-
pamentos de inspeção. WebLine é dotado de
sado, integrando a mecânica ao de- Segundo a empresa, sensores que podem
sign do produto”, resume Sérgio uma das grandes van- ser do tipo ultra-sônico,
Rodrigues, gerente de controlado-
ria da empresa.
Fusão no ramo de gestão gráfica
Contatos asiáticos Duas das maiores empresas de soft- presa, e Marcello Gobbi, atual diretor
Especializada em impressoras ban-
ware de gestão para a indústria grá- da Loguin, fica com a direção de tec-
da estreita para o mercado de rótu-
fica e de embalagens anunciaram nologia. “Esse é um passo importan-
los e embalagens, a Nilpeter apre-
sentou durante a Labelexpo Singa- em dezembro último a fusão de suas te na ampliação do nosso mercado,
pore, realizada no final de novem- operações. Metrics e Loguin agora unindo duas empresas que atuam
bro, a FA-3300. Podendo agregar passam a compor um dos maiores em segmentos complementares,
até oito unidades de impressão UV- grupos latino-americanos do setor, com produtos reconhecidos no mer-
flexo, a máquina conta com uma
com operações em seis países: cado e com grande possibilidade de
estação cold foil para aplicação de
efeitos metalizados. Sobre sua par- Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, sinergia”, analisa Osmar Barbosa.
ticipação no evento singapuriano, a México e Peru. Com a fusão, Osmar (11) 3105-6848
Nilpeter afirma que a oportunidade Barbosa, atual diretor da Metrics, as- www.metrics.com.br
serviu para “reforçar sua presença sume a direção-geral da nova em- www.loguin.com.br
nos mercados da Ásia e do Pacífi-
co”, ampliando os contatos a partir
do head office de Bancoc, Tailândia. Grampeamento acessível e compacto
Promenade alemão A Müller Martini apresentou ao mer- departamento de marketing da em-
Em novembro último a Heidelberg cado gráfico sua alceadeira-gram- presa. A máquina opera com até seis
do Brasil reuniu um grupo de clien- peadeira Presto. Desenvolvida para alimentadores duplos ou cinco ali-
tes para visitar a Alemanha. Duran- catálogos, revistas e outros produtos mentadores duplos e um alimentador
te esse tech tour, os profissionais grampeados, a máquina oferece ve- para capas. Todos os tipos de cader-
conheceram as instalações de di-
locidade de até 9 000 exempla- nos, com orelha anterior e posterior,
versas gráficas, além de conferirem
de perto a Print Media Academy res/hora. “Por ser compacta e aces- e também com abertura por sucção,
(PMA) da cidade de Heidelberg. A sível, a Presto representa a opção podem ser trabalhados. Outra possi-
viagem foi acompanhada pelo dire- ideal para o gráfico que deseja in- bilidade é o fornecimento dos alimen-
tor comercial da Heidelberg do gressar no mercado de alceamento- tadores em forma basculante, permi-
Brasil, Roberto Reinheimer.
grampeamento automáticos”, diz o tindo introduzir manualmente cader-
FSC certifica Klabin nos com cortes especiais. A gram-
Mais de 104 000 hectares de flo- peadeira também pode ser equipada
restas da Klabin em Santa Catari- com até seis novos cabeçotes-gram-
na, sendo cerca de 88 000 em peadores flutuantes de alta velocida-
terrenos próprios e mais de
de, permitindo grampear com dife-
16 000 em áreas arrendadas, fo-
ram certificados pelo Forest Ste-
rentes distâncias e tipos de grampos.
wardship Council (FSC). (11) 3613-1002
www.mullermartini.com

40 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2005


Cerco aos papéis imunes
A Associação Brasileira da Indústria ções para as empresas que não en-
Gráfica (Abigraf) alertou novamente tregaram a Declaração Especial de
o setor gráfico sobre os riscos do Informações Relativas ao Controle
uso indevido de papel imune de im- do Papel Imune (DIF – Papel Imu-
postos. Em documento distribuído ne). As empresas (fabricantes,
recentemente às empresas da área, fornecedores ou gráficas) que utili-
a entidade lembra que esse tipo de zam papel imune e em atraso po-
isenção só é válido para papéis usa- dem ter que pagar multa de 5 mil
dos na impressão de jornais, revis- reais por período em que a declara-
tas, livros e periódicos. Ainda de ção não foi entregue.
acordo com a Abigraf, a Receita Fe- (11) 5087-7777
deral já começou a expedir intima- www.abigraf.com.br

Desenvolvimento social e florestal


A Klabin divulgou nota em 10 de de- Ainda segundo a empresa, grande
zembro último informando que o parte do aumento de produção de
BNDES (Banco Nacional de Desen- papel ocorrerá na fábrica localizada
volvimento Econômico e Social) lhe em Telêmaco Borba (PR). Das atuais
concedeu empréstimo de 195,6 mi- 540 000 toneladas por ano, a unida-
lhões de reais. O dinheiro será desti- de passaria a produzir 650 000 tone-
nado à ampliação e modernização ladas/ano. A maior parte do incre-
da capacidade produtiva da empre- mento será destinada à exportação,
sa, incluindo a implantação de novas e a linha que deverá receber mais in-
áreas florestais, construção de siste- vestimentos é a de papel kraftliner
mas de coleta e queima de gases, para fabricação de embalagens.
além de atualizações tecnológicas (11) 4588-7215
em diversas unidades industriais. www.klabin.com.br

Esmero flexográfico reconhecido


A Orsa Celulose, Papel e Embalagens pa – traço", a empresa ficou com o
levou o 1º lugar na categoria "Papelão segundo lugar com a embalagem HP
Ondulado – impressão direta na cha- Laser Jet feita para a HP do Brasil.
pa – reticulado" da 12ª edição do Prê- Outro motivo de comemoração foi a
mio Qualidade Flexo da Abflexo (As- escolha de Sergio Amoroso, presiden-
sociação Brasileira de Flexografia). A te do Grupo Orsa, como "Personalida-
embalagem laureada foi a da Bohe- de do Ano" pelo prêmio "Destaques
mia Royal Ale, confeccionada para a do Ano Flexo 2004". Trata-se de um
AmBev com a utilização do sistema reconhecimento aos profissionais que
R-back. Segundo a empresa, trata-se contribuíram para a divulgação ou o
de uma tecnologia usada para corrigir aprimoramento da flexografia no
irregularidades no processo de im- Brasil durante o ano de 2004.
pressão. Já na categoria "Papelão (11) 4689-8700
Ondulado – impressão direta na cha- www.grupoorsa.com.br
Almanaque
Individualização, tática velha de guerra
Embora seja uma estra- si, reproduzido ao lado.
tégia de venda recente e A “grande innovazione”
em alta no mercado na- em embalagem, nos di-
cional, deflagrada no zeres do reclame, evita-
finzinho dos anos 90 ria desperdícios, reforça-
com a chegada do Club ria a proteção contra a
Social, da Nabisco, o umidade e seria prática,
fracionamento de biscoi- ao permitir o consumo
tos em pacotes indivi- fora do lar. Ou seja:
duais não é lá uma novi- basicamente as mesmas
dade. É o que mostra vantagens brandidas
um anúncio do início dos hoje em dia pelas mar-
anos 60 dos Crackers cas brasileiras fra-
Soda, da italiana Pave- cionadas.

Das marcas nos pára- Antídoto contra gororobas


choques de caminhões No século 19, a confeita- Cork & Seal (na foto),
“Casei-me com Maria, mas viajo com Mercedes”
ria londrina Smith & mantêm um visual retrô.
“Champanhe de pobre é Sonrisal”
Company criou um table- Foi também nos anos 20
“A união faz o açúcar”
te de gosto extremamente que se começou a investir
“Fugi da SKOLa e caí na BOHEMIA. Vê se não
forte para aliviar descon- pesado em publicidade
me emBRAHMA e traz uma ANTARCTICA gelada. Se fortos intestinais. Batiza- da marca, sob o seguinte
MALT pergunto, por aKAISER você bebeu hoje?” ram-no de Altoids, união mote: “Altoids age como
do latim “alt” (mudar) um antídoto a venenos no
com o grego “oids” (to- estômago. Um ou dois to-
Raposa, cão, telégrafo e design mar a forma de). Foi um
sucesso instantâneo. Ven-
mados após as refeições
irão parar qualquer fer-
A sentença “the quick utilizada por designers didas no início em cartu- mentação venenosa”. Os
brown fox jumps over para a análise de fontes chos de papel cartão, as sarcásticos de plantão
the lazy dog” (“a rápida tipográficas e preenchi- pastilhas Altoids ganha- não perderam a oportu-
raposa marrom pula so- mento de textos falsos ram, por volta de 1920, nidade. Segundo eles, a
bre o cão preguiçoso”, em programas de com- suas distintivas latinhas, campanha fazia todo sen-
em português), que putador. Sua origem, que as acompanham até tido por causa da culiná-
apresenta em uma linha porém, remonta ao hoje – aliás, as atuais, ria britânica, cuja má-re-
todas as letras do alfa- tempo dos telégrafos. produzidas pela Crown putação é histórica.
beto, é hoje largamente A frase foi criada pela
americana Western
Union, grande “tele-
com” da época, para
testar a eficiência dos
aparelhos telegráficos.

42 >>> EmbalagemMarca >>> janeiro 2005

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