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LPG Licença Publica Geral


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CONTEÚDO
Introdução.................................................................... 03
1. Os vencedores e a salvação..................................... 06
As três partes do homem
As três etapas da salvação
As três classes de homens
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A primeira promessa
2. Os vencedores e a cruz............................................ 27
A carne e a cruz
Pedro e a Cruz
Um Jacó tratado por Deus
Para quê crucificar a carne?
Novidade de vida
As coroas dos vencedores
A segunda promessa
O vencedor não sofrerá o dano da segunda morte
A salvação em Hebreus
A graça e o governo de Deus
A segunda morte
3. Os vencedores e o mundo........................................ 58
As minorias de Deus
O mundo se opõe ao Pai
O amor à alma
Terceira promessa
O maná escondido
4. Os vencedores e as obras........................................ 67
Um evangelho de obras?
A salvação e as boas obras
Castigo temporário dos crentes: Trevas exteriores - Açoites - A Geena
de fogo - Cárcere
As quatro etapas da obra de Cristo
O vencedor e as recompensas
Jesus cristo, O fundamento
Materiais da construção
Quarta promessa
A estrela da manhã
5. Os vencedores e a justiça........................................ 96
O pecado e os pecados
A justiça de Deus
Nossa justiça objetiva
Nossa justiça subjetiva
Quinta promessa
Vestiduras brancas
Não serão apagados os nomes dos vencedores
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Seus nomes serão confessados diante do Pai


6. Os vencedores e a Igreja......................................... 109
Os vencedores ante o fracasso da Igreja
O vinho novo necessita de odres novos
A armadura de Deus: O cinto da verdade - A couraça da justiça O
calçado do evangelho - O escudo da fé - O capacete da salvação - A
espada do Espírito - A oração - O manto da humildade - O amor.
Sexta promessa
Colunas no templo
O nome de Deus
O novo nome de Cristo
7. Os vencedores e o Tribunal de Cristo....................... 131
O tribunal de Cristo: a) O tempo do juízo; b) O lugar do juízo; c)
Pessoas julgadas.
Três parábolas de juízo: a) do servo mal; b) das virgens; c) do servo
negligente.
As três etapas de nossa ressurreição: Ressurreição do espírito -
Ressurreição da alma - Ressurreição do corpo.
Os vencedores e o arrebatamento da Igreja: Quanto ao conhecimento
do tempo do arrebatamento - Quanto ao tempo do arrebatamento e a
participação no mesmo: 1. Pós-tribulacionismo, 2. Pré-tribulacionismo,
3. Os dois arrebatamentos.
Diferença entre a salvação e o reino
As bodas do Cordeiro
Sétima promessa
8. O reino messiânico na perspectiva profética............... 163
Bibliografia

INTRODU ÇÃ O
De onde veio a idéia de escrever este livro? Desde o ano de 1993, o
Senhor esteve me inquietando de maneira insistente a fim de que
escrevesse uma análise histórico-profética das sete cartas do
Apocalipse, assunto que o Senhor me permitiu realizar em meu livro
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"A Igreja de Jesus Cristo, Uma Perspectiva Histórico Profética",


terminado em 1998. No segundo capítulo deste livro, ao fazer a
análise da carta a Esmirna, e particularmente do versículo 11 de
Apocalipse 2, sobre o relacionado com a promessa do Senhor de que
os vencedores não sofrerão dano da segunda morte, por ser um tema
pouco conhecido nos meios cristãos convencionais, senti a necessidade
de realizar um estudo mais profundo e explicativo do assunto. E mais,
alguns dos poucos pregadores que conhecem este tema, tendem a se
esquivar do assunto. Pensei ser possível que muitos leitores
desejassem se aprofundar mais sobre isso, a fim de percebê-lo melhor,
e outros sensivelmente pela fome que desperta um tema tão
controvertido, mas tão importante e conveniente para nosso andar
com o Senhor.

Ao ler as sete cartas dos capítulos 2 e 3 de Apocalipse, uma das mais


profundas impressões que se costuma ter é que os vencedores que ali
menciona o Senhor pertencem a uma classe à parte e exaltada de
crentes, dotados de certos poderes extraordinários e dons que não
tem os irmãos comuns. Mas, queridos irmãos, o vencedor está longe
de pertencer a uma elite especial de crentes; ao contrário, é o cristão
normal e bíblico; é o apartado do mundo para o serviço e adoração ao
Senhor. O que acontece é que nos tempos que vivemos, a Igreja tem
se “laodiceiado”, e se tem por normal os irmãos que se mantêm
crianças na fé, imaturos e carnais. Se com a ajuda e a luz do Espírito
Santo analisarmos detidamente os textos bíblicos veremos que o
vencedor é o crente consciente de sua condição de soldado de Cristo.
Romanos 8 nos fala dos cristãos normais, espirituais, os guiados pelo
Espírito de Deus, predestinados para ser feitos conforme a imagem de
Cristo; de pronto diz no versículo 37: "Antes, em todas estas coisas
somos mais que vencedores por meio daquele que nos amou".
Em Efésios 6:10-18, encontramos a armadura do vencedor, do soldado
de Cristo; mas não é outra coisa senão a armadura do crente normal.
O Senhor não quer que sejamos outra coisa. Nossa luta é contra
poderosos principados das trevas, contra Satanás; e se não estamos
vestidos com essa armadura, nosso andar cristão é de derrota; e em
derrota não podemos apagar os dardos de fogo do maligno. O escudo
da fé normal de um verdadeiro crente é a de um vencedor. É bom que
os demais santos orem por nós, e nós pelos demais santos; mas o
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escudo da fé de outro, dificilmente poderá me servir. Se analisares


toda essa armadura, verás que ninguém pode vesti-la por ti.

A Palavra de Deus diz que sem fé é impossível agradar a Deus; de


maneira que o que trabalha por fé, é um filho de Deus normal, não
necessariamente um gigante. A lista que aparece em Hebreus 11 é de
pessoas normais iguais a nós, que sensivelmente creram em Deus, e
pela fé alcançaram bom testemunho. Vejo nas palavras do apóstolo
Paulo, a sinceridade e segurança de alguém que sabia perfeitamente
quem era o Senhor em quem havia crido; e com essa confiança diz:
"Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da
minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a
carreira, guardei a fé" (2 Tm. 4:6-7).

Não é nossa intenção esgotar o tema, e sim contribuir em algo que


muitos de nossos irmãos possam experimentar um despertar em
muitas verdades bíblicas a respeito, e introduzirem-se nas páginas das
Escrituras, que lhes estarão guiando a uma vida mais íntima com o
Senhor. Aqui neste curto trabalho abundam as citações bíblicas, muitas
vezes transcritas quase sem comentário algum; porque mais que
nossas palavras e comentários, é nosso interesse que nos fixemos no
que nos diz a Palavra de Deus, e lhe ponhamos toda a atenção. A
Bíblia contém algumas verdades importantes, fundamentais, e muito
pouco conhecidas, e uma delas é relacionada com o tribunal de Cristo
para julgar as obras da Igreja. Porque esta verdade não é conhecida?
Porque os crentes fogem a tudo o que cheira juízo de sua conduta; e
em razão de ser esquivada, esta verdade tem sido esquecida nestes
tempos, e tem sido desconhecida e terrível. Mas é nosso dever
restaurar os ensinamentos contidos neste livro e abrir as portas destas
verdades. Este é o caminho de um verdadeiro vencedor.

Recorde-se, além disso, que Deus tem falado por meio de Seu Filho, e
tudo o que analisamos através deste livro é do que tem falado o
Senhor Jesus Cristo e pregaram os apóstolos, do que quis o Espírito
Santo que ficasse registrado no Novo Testamento acerca de temas tão
fundamentais como os vencedores, o tribunal de Cristo, o juízo das
obras da Igreja, as recompensas e os castigos; e o reino milenar, tudo
no marco do que a Palavra de Deus chama a “doutrina dos apóstolos”.
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Isto não é algo novo, pois é algo que está registrado na Bíblia desde os
tempos primitivos da Igreja.

Arcadio Sierra Díaz

1. OS VE NCE DORES E A SA LVA ÇÃ O


(1a. pa rt e)

As T rês P artes do H ome m

Para compreender melhor o que significa ser um cristão vencedor, é


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necessário conhecer que o homem está composto, não de duas, mas


de três partes: espírito, alma e corpo.

Quando Deus fez o homem, varão e mulher, o fez pensando em Seu


Filho, e pensando na Igreja, porque não era bom que Seu Filho
estivesse só, mas que tivesse uma esposa idônea; Deus fez o homem
para chegar a ter uma família, um lugar, e edificar uma casa para
morar eternamente; e Deus fez o homem com um propósito definido e
dotado das partes convenientes para que pudesse cumprir esse
propósito. Deus queria que o homem fosse semelhante a Cristo. Diz
Gênesis 2:7:

"Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe


soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma
vivente".

Analisando um pouco, vemos que do pó da terra formou o corpo do


homem; em sua narina soprou fôlego (hebraico neshamaj, vento,
espírito) de vidas (no original está no plural, jayim), porque ao soprar
o espírito e reagir com o corpo, teve origem a alma, e o homem veio
a ser então um ser vivente (hebraico nephesh hayah, ser vivente ou
alma vivente). Portanto, na regeneração o homem veio a ter várias
classes de vidas: vida biológica (no corpo), vida psíquica (na alma) e
vida zoé ou pneumática (no espírito), que é a vida divina, a vida não
criada, a vida eterna que nos deu Deus no dia de nossa regeneração,
pois sem a vida do Senhor, o espírito humano existe mas não tem vida
divina. Lemos em 1 Tessalonicenses 5:23:

"O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito,


alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de
nosso Senhor Jesus Cristo"

"Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que


qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir
alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os
pensamentos e propósitos do coração" (Hb. 4:12).

Nestas citações e em outros lugares da Bíblia, vemos que Deus nos


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fez, seres humanos, dotados de três partes ou princípios bem


diferenciados, que são: espírito, alma e corpo; partes com as quais
estamos capacitados para ter relação com Deus e os seres espirituais,
consciência de nós mesmo e comunicação com o mundo que nos
rodeia, respectivamente. Mediante os sentidos do corpo biológico e
suas operações vitais nos comunicamos com as coisas físicas;
mediante a alma temos consciência de nós mesmos, pois na alma
estão assentadas o conjunto de funções psíquicas próprias de nosso
ego, e que determinam nossa personalidade, tais como a mente que
gera os pensamentos, a vontade para tomar as determinações, e as
emoções, que estão relacionadas com o amor, o ódio, a tristeza, a
alegria, a amargura, o gozo, a introspecção, etc...; ou seja, a mente
determina o que penso, a emoção o que sinto e a vontade o que
quero. Mediante o espírito temos comunicação com Deus; quando
somos regenerados pelo Espírito de Deus com base no haver crido na
obra redentora do Senhor Jesus na cruz. Uma vez que temos crido,
somos regenerados, nascidos de novo no Espírito, porque Deus nos faz
partícipes de Sua vida eterna, de Sua natureza divina (2 Pedro 1:4), e
vem morar em nosso espírito por Seu Espírito. Nosso espírito humano,
para ter esta relação íntima com Deus, está provido de certas
faculdades tais como a intuição, a consciência e a comunhão.

O Espírito Santo mora no espírito do crente. O espírito humano foi


projetado para que more nele o Espírito de Deus. Diz em Romanos
8:9-10: "Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de
fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o
Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Se, porém, Cristo está em vós,
o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é
vida, por causa da justiça". De conformidade com a Palavra de Deus,
temos sido feitos assim pelo Senhor, para que dentre todos os
homens, os que crêem no Senhor Jesus Cristo, os redimidos pela obra
do Senhor Jesus na cruz, e ressurreição e ascensão, e que compõem a
Igreja, seja um templo santo de Deus; e o Senhor Jesus está
edificando esse tabernáculo entre nós os redimidos. "Não sabeis que
sois templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?" (1 Co.
3:16). O Novo Testamento fala da construção do tabernáculo
verdadeiro. Por exemplo, Efésios 4:11-12 diz: "11 e Ele mesmo
(Cristo) constituiu a uns, apóstolos; a outros, profetas; a outros,
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evangelistas; a outros, pastores e mestres, a fim de aperfeiçoar aos


santos para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo".
No Antigo Testamento encontramos um tipo, ou uma maquete ou
figura deste verdadeiro templo do Senhor. Essa figura a encontramos
no tabernáculo, ou templo portátil que Yahveh ordenou Moisés que lhe
fizessem no deserto; e mais tarde no templo que Salomão lhe
construiu em Jerusalém. No livro de Êxodo encontramos em detalhe a
descrição do tabernáculo, o qual constava de três partes principais: o
átrio, o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo.

Nós, a Igreja, no Novo Testamento somos o verdadeiro tabernáculo


que Deus está construindo para Sua morada eterna. Somos o
verdadeiro templo de Deus. Se compararmos as três partes do homem
com as três partes principais do tabernáculo, encontramos suas
correspondentes similaridades. Até o átrio tinham acesso todas as
tribos dos israelitas e mesmo gentios prosélitos; era a parte mais
aberta do templo; corresponde a nosso corpo, que é a parte mais
externa de nosso ser, por meio do qual nos comunicamos com tudo o
que nos rodeia por meio dos sentidos.

No Lugar Santo do tabernáculo só podiam entrar os sacerdotes, e é


comparado com nossa alma, que é a parte que segue ao corpo, a qual
já não pode ser penetrada por outros seres; a alma tem sua
intimidade, a intimidade de nossa própria personalidade. No Lugar
Santo do tabernáculo estava o candeeiro de ouro, a mesa e os pães da
proposição e o altar de ouro de incenso. Até ali podiam entrar os
sacerdotes a ministrar ao Senhor, e oferecer-lhe azeite, incenso e pão;
mas não o resto dos israelitas. Em nossa alma residem, como temos
dito, nossa vontade humana, nossa mente e as emoções, que
caracterizam nossa personalidade e individualidade, e até onde, em
condições normais, não tem acesso as demais pessoas, como se
podem fazer com nosso corpo por meio dos sentidos: visão, olfato,
paladar, audição, tato.

Mas no tabernáculo havia uma terceira parte ainda mais íntima, o


Lugar Santíssimo, onde estava a arca do pacto de madeira de acácia,
coberta de ouro por todas as partes, e dentro da qual estava uma urna
de ouro que continha um pouco de maná, a vara de Arão que havia
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florescido; e as tabuas do pacto trazidas do Monte Sinai por Moisés.


Em cima da arca estavam dois querubins de glória, que cobriam com
sua sombra o propiciatório; ou seja, a tampa da arca, onde era
oferecido o sangue dos sacrifícios. Estes querubins eram guardiões da
glória e da justiça de Deus, e velavam, simbolicamente, que o sumo
sacerdote se aproximasse do propiciatório não sem sangue. Mas
analise o leitor as seguintes palavras de Hebreus 9:7-8:

"7 mas, no segundo (aqui se refere ao Lugar Santíssimo do


tabernáculo), o sumo sacerdote, ele sozinho, uma vez por ano, não
sem sangue, que oferece por si e pelos pecados de ignorância do
povo,8 querendo com isto dar a entender o Espírito Santo que ainda o
caminho do Santo Lugar não se manifestou, enquanto o primeiro
tabernáculo continua erguido".

No Lugar Santíssimo não podia entrar ninguém; era o lugar central e


mais íntimo do tabernáculo; ali só podia entrar o sumo sacerdote uma
vez ao ano, no Yon kippur, o dia da expiação, que era o dia décimo do
mês sétimo judeu. O Lugar Santíssimo estava separado do Lugar
Santo por meio de um véu, tipo do véu que separa aos homens de
Deus, e enquanto não haja revelação ou se rasgue o véu, o homem
não tem capacidade para conhecer a Deus nem a Seu Cristo. No Lugar
Santíssimo se manifestava a glória de Deus, a Shekiná, a habitação ou
presença de Deus. Nosso espírito é o Lugar Santíssimo de nosso ser
humano, feito por Deus para Sua habitação. Assim o Senhor faz Sua
habitação corporativa, Sua Igreja. Logo diz nos versículos 9 e 10:

"É isto uma parábola para a época presente; e, segundo esta, se


oferecem tanto dons como sacrifícios, embora estes, no tocante à
consciência, sejam ineficazes para aperfeiçoar aquele que presta culto,
10 os quais não passam de ordenanças da carne, baseadas somente
em comidas, e bebidas, e diversas abluções, impostas até ao tempo
oportuno de reforma".

Diz aqui a Palavra de Deus que chegaria um tempo de reformar as


coisas, e que o antigo tabernáculo é apenas símbolo para o tempo
presente. Símbolo de quê? Do verdadeiro templo de Deus, Sua Igreja,
a vida corporativa da Igreja. Para entender o delicado tema da
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doutrina bíblica da salvação é necessário, pois, fazer uma clara


diferença entre o corpo, a alma e o espírito no homem. Se não se faz
uma clara diferença sobre isto, a confusão é grande. Não confundas a
alma e o espírito. O homem é um ser tripartido. Qual é o objetivo de
Deus ao fazer o homem composto de três partes? A respeito, a Bíblia
diz em Zacarias 12:1:

" Sentença pronunciada pelo SENHOR contra Israel. Fala o SENHOR, o


que estendeu o céu, fundou a terra e formou o espírito do homem
dentro dele ".

Aparece o espírito do homem como se para Deus fosse o mais


importante de toda sua criação. Vai do maior ao menor: do céu e sua
imensidão concentra sua atenção na pequenez da terra, e logo no
espírito do homem. O Senhor tem um especial interesse no espírito do
homem.

O espírito é o lugar secreto do Senhor, onde a luz é Deus; ali o homem


se une e se comunica com Deus. As funções do espírito são: a
consciência, ou seja, a luz e guia de Deus para discernir o bom do
mal, independentemente de todo conhecimento da mente e opiniões
exteriores (Romanos 8:16); a intuição, que se relaciona com a voz e
o ensinamento de Deus no espírito humano para perceber os
movimentos do Espírito Santo e as revelações de Deus (Atos 18:25); e
a comunhão, por meio da qual adoramos e servimos a Deus no
espírito e temos intimidade com Ele (João 4:23; Romanos 1:9).
A alma é o eu da pessoa, pois ali está a sede de sua personalidade,
dado que é o assento da mente (pensamentos), vontade (faculdade de
decidir), de onde emana sua responsabilidade e seu poder de decisão,
e as emoções da alma, que são seus afetos, seus sentimentos e suas
paixões; ou seja, nossas simpatias e antipatias. Na alma estão todas
as faculdades que determinam nossa individualidade e nossa
personalidade. A alma, como sede da vontade e personalidade do
homem, enlaça e fusiona o corpo com o espírito, e por meio da alma o
espírito pode submeter o corpo a sua obediência, a fim de sublimá-lo.
Mas pode suceder o contrário, por meio da alma o corpo pode atrair ao
espírito para que ame ao mundo e as coisas que estão no mundo. Mas
o anterior depende da vontade do homem, assentada na alma.
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O cristão deve ter clareza, e saber diferenciar e separar as funções do


espírito e as da alma; não confundir, por exemplo, os meros
pensamentos da alma com a intuição do espírito (Hebreus 4:12).
Antes da queda do homem, o poder da alma estava totalmente sob o
domínio do espírito. O espírito era o amo, a alma era apenas o
administrador, e o corpo era o servo. Isto temos que ter presente para
compreender tudo o relacionado com nossa salvação, e a vitória ou
derrota no andar com o Senhor.

OS V EN CED OR ES E A SA LV AÇ ÃO

As t rês et apa s da sal vação


A Bíblia diz que o homem que Deus criou caiu em desobediência e veio
a ser escravo do pecado. A antiga serpente, o diabo, o tentou e ele
pecou. Primeiro o diabo enganou a mulher, e ela comeu da árvore do
conhecimento do bem e do mal; a estratégia era fazer-lhe crer que
seria como Deus, que seria independente de Deus; logo comeu o
homem deliberadamente, pelo afeto que tinha à sua mulher. Foi então
quando o espírito do homem ficou sem vida. Quando Satanás fez o
homem cair, começou a trabalhar de fora para dentro; começou pela
carne, usou os sentidos do corpo, a emoção da alma, com o qual se
apoderou da vontade; inchou a alma e deu um golpe tão forte ao
espírito, que o matou. Assim segue trabalhando o diabo na
humanidade. Em contrapartida o Senhor trabalha de dentro para fora.
Seu labor começa no espírito, e de acordo com o fortalecimento do
homem interior, vai iluminando a alma em sua mente, com influência
estimulante em suas emoções, a fim de que a vontade do homem
exerça domínio sobre seu corpo, até lograr que o corpo obedeça ao
espírito e se faça a vontade de Deus, que já veio morar no espírito. O
Senhor Jesus já fez a obra na cruz, mas devemos ter em conta que a
salvação completa, a que integra as três partes do homem, consta de
justificação, santificação e redenção, e que a justificação está
relacionada com a salvação do espírito, a santificação com a salvação
da nossa alma humana, e a redenção com a salvação de nosso corpo.
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Na medida em que a vida de Deus em Cristo se vai alargando e


fortalecendo em nós, se vai incrementando o raio de ação na salvação
do homem. Depois da queda, o homem foi evoluindo negativamente
até converter-se totalmente em carne (Gênesis 6:3), e a carne não
pode herdar o reino de Deus (1 Coríntios 15:50), nem pode salvar-se
por si mesma. Do anterior se deduz que a salvação completa é um
processo que requer três etapas.

A sa lva ção do e spí rito .


Assim como o homem tem três partes, cada uma dessas partes tem
seu tempo de salvação. O homem herda de Adão um espírito morto,
um corpo que envelhece até a morte, e uma alma inclinada à carne,
saturada de maldade, depravada, incapaz de fazer o bem e obedecer à
vontade de Deus. Nossa salvação tem, pois, três etapas. O dia que
cremos em Cristo como nosso Salvador, é salvo o espírito, e o Espírito
de Deus vem morar em nosso espírito eternamente. "16 E eu rogarei
ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para
sempre convosco,17 o Espírito da verdade, que o mundo não pode
receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque
ele habita convosco e estará em vós. " (João 14:16-17). A salvação do
espírito está relacionada com a justificação e regeneração. Em
Romanos 8:10,16 lemos: "10 Se, porém, Cristo está em vós, o corpo,
na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida,
por causa da justiça.... 16 O próprio Espírito (o Espírito Santo)
testifica com o nosso espírito (o humano), que somos filhos de
Deus."o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque
não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita
convosco e estará em vós." (João 14:17). Deus está construindo Seu
templo com o objetivo de habitar nele; mas para que o templo seja
construído, o primeiro que deve ser construído no tabernáculo é a arca
no Lugar Santíssimo (Êxodo 25:10); ou seja, a salvação de nosso
espírito para que possa morar Cristo em nós. A arca do pacto que
estava no Lugar Santíssimo do tabernáculo era símbolo de Cristo, pois
a arca do pacto no tabernáculo é uma analogia de Cristo formado na
Igreja, que é Seu templo.

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Lembremos sempre que quando se fala da salvação do espírito, há


dois elementos importantes a considerar: (1) a Palavra de Deus
sempre se refere a ela como um presente não merecido, e (2) sempre
fala em tempo passado. Medita nas seguintes citações bíblicas, ainda
que há mais.

"3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem
abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais
em Cristo,4 assim como nos escolheu nele antes da fundação do
mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor
5 nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de
Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade" (Efésios 1:3-5).

"1 Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e
pecados... 4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do
grande amor com que nos amou,5 e estando nós mortos em nossos
delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos,
6 e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos
lugares celestiais em Cristo Jesus...
8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de
vós; é dom de Deus;9 não de obras, para que ninguém se glorie. "
(Efésios 2:1,4-6,8-9).

"11 E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta
vida está no seu Filho.12 Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele
que não tem o Filho de Deus não tem a vida" (1 João 5:11-12).

"29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os


predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de
que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.30 E aos que
predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses
também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.31
Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem
será contra nós?
32 Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o
entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as
coisas?33 Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus
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quem os justifica.34 Quem os condenará? É Cristo Jesus quem


morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e
também intercede por nós.35 Quem nos separará do amor de Cristo?
Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou
perigo, ou espada?36 Como está escrito: Por amor de ti, somos
entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para
o matadouro.37 Em todas estas coisas, porém, somos mais que
vencedores, por meio daquele que nos amou.38 Porque eu estou bem
certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os
principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os
poderes,39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra
criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo
Jesus, nosso Senhor." (Romanos 8:29-39).

A Bíblia diz que a salvação é um presente de Deus, que ninguém tenha


merecido nem pode fazer algo para recebê-la; o recebe pela fé, e a
própria fé quem nos dá é Deus. Se o homem fora o autor e gerador da
fé, teria algo de quê gloriar-se na relação com sua salvação. Não há
ninguém que faça o bem 1. O Pai é quem nos revela a Seu Filho Jesus
Cristo, por Seu Espírito, o qual é quem nos dá a convicção e a
capacidade de arrepender-nos. O homem por si mesmo não tem luz
nem capacidade para escolher ao Senhor Jesus; ninguém o pode fazer.
O homem não pode dar do que não tem; ainda a iniciativa da salvação
provém de Deus. Diz Mateus 7:18: "Não pode a árvore boa produzir
frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons". Ninguém por si
só tem a capacidade para entender o que Deus diz. Em João 8:43,
lemos: "Qual a razão por que não compreendeis a minha linguagem? É
porque sois incapazes de ouvir a minha palavra". Deus põe no homem
a capacidade de crer em Jesus. Por favor, medite nos seguintes
versículos bíblicos:

"porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar,


segundo a sua boa vontade." (Fp. 2:13).

"E, ouvindo eles estas coisas, apaziguaram-se e glorificaram a Deus,


dizendo: Logo, também aos gentios foi por Deus concedido o
arrependimento para vida." (Atos 11:18).

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"Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu


o ressuscitarei no último dia" (João. 6:44).

"15 Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?16 Respondendo
Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.17 Então,
Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não
foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos
céus." (Mateus 16:15-17).

Essa salvação, a eterna, a do espírito, não está condicionada a obra


alguma de nossa parte, nem boa nem má, e dela não nos separará
nem o presente nem o porvir 2. Um morto não pode ter vida por si
mesmo; quem da vida é Deus, tanto a biológica, como a psíquica, e
quanto mais a eterna, a do Espírito (em grego, zoé). "E a vós outros,
que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão
da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os
nossos delitos" (Cl. 2:13). Esta salvação corresponde ao espírito; e
dessa salvação há de se ter absoluta segurança. Diz Romanos 8:1-2:

"1 Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado
para o evangelho de Deus, 2 o qual foi por Deus, outrora, prometido
por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras,".

Aqui a Palavra se refere a uma condenação subjetiva, pois se refere a


uma derrota da lei do pecado por parte do Espírito de vida que já mora
no espírito da pessoa salva objetivamente pela obra de Cristo na cruz.
Diz Romanos 10:8-10:
"8 Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu
coração; isto é, a palavra da fé que pregamos. 9 Se, com a tua boca,
confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o
ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.10 Porque com o coração se
crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação".

Cristo é a Palavra vivente e glorificada que vem morar em nosso


coração quando pela fé o recebemos, crendo em Sua vida de
ressurreição. Quando cremos que Deus levantou dos mortos a Jesus,
implicitamente manifestamos que o Verbo de Deus se encarnou, viveu
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como qualquer humano (exceto que não pecou), morreu por nós, e
ressuscitou e foi glorificado; só crendo que Ele foi glorificado, podemos
confessar que Jesus Cristo é o Senhor. Ao crer somos justificados
diante de Deus, mas ao confessá-lo somos salvos diante dos homens;
quando invocamos e proclamamos o nome e o senhorio do Senhor
Jesus, somos salvos mesmo de prisões e problemas temporários.

A sa lva ção da a lma .


A alma também deve ser salva. A salvação da alma se relaciona com
a santificação. Devemos ocupar-nos da salvação de nossa alma, de
nosso eu, com temor e tremor. "Assim, pois, amados meus, como
sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais
agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e
tremor" (Filipenses 2:12). ”como escaparemos nós, se
negligenciarmos tão grande salvação?" (Hb. 2:3a). A salvação eterna,
a do espírito, é um presente não merecido, por graça, aplicando uma
fé que também nos dá Deus, para o qual não é necessário que
intervenha nossa conduta e nossas obras; mas a salvação da alma tem
a ver com obras; devemos ocupar-nos na salvação de nossa alma,
porque a alma é a que peca. "a alma que pecar, essa morrerá."
(Ezequiel 18:4b).

Quando fala da salvação do espírito, a Palavra de Deus fala no


passado; mas quando se trata da salvação da alma, usa o verbo no
tempo presente. "Portanto, despojando-vos de toda impureza e
acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós
implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma." (Tiago
1:21). Se tivermos em conta que a salvação do espírito não é por
obras, note o que diz a seguinte citação relacionada com crentes: "19
Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o
converter,20 sabei que aquele que converte o pecador do seu
caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de
pecados." (Tiago 5:19-20). Aqui se trata de crentes extraviados,
salvos no espírito, mas não na alma.

Em 2 Coríntios 4:16, a Escritura diz que um crente consta de um


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homem exterior e um homem interior. Podemos explicá-lo


superficialmente assim: Assim como uma pessoa normal está
composta de um corpo, que é seu órgão, que é a parte física, e de
uma alma, que é a parte espiritual (como sua vida e pessoa), por
explicá-lo assim, de maneira similar o homem exterior do crente está
composto de corpo como seu órgão físico e de alma como sua vida e
pessoa; e o homem interior está formado pelo espírito humano
regenerado e habitado por Deus como sua vida e pessoa, e de alma
renovada como seu órgão. O apóstolo Paulo ora ao Pai a fim de que
esse homem interior dos efésios, onde já mora Deus por Seu Espírito,
seja fortalecido com poder "para que habite Cristo pela fé em vossos
corações". Nisto vemos que primeiro recebemos a salvação em nosso
espírito, e que logo Deus começa a trabalhar conosco na salvação da
nossa alma, que se relaciona com nosso coração. A conotação bíblica
de coração é nossa alma humana mais a consciência de nosso espírito.
Quando a salvação começa a fluir do espírito à alma pela ação
subjetiva do Espírito Santo em nós, começamos a experimentar um
processo de mudança, de carnais a espirituais, e o Senhor Jesus vem
habitar em nossos corações, a sentir-se realmente em sua casa; o
Senhor se apossa de nosso ser com toda confiança. A partir desse
momento, e com todos os irmãos unidos corporativamente começamos
a compreender todas as dimensões do Senhor, a conhecer melhor ao
Senhor, a entender Qual é Seu propósito. Coisas que nossa carnalidade
não nos permitia compreender. Na medida em que o Senhor Jesus
habite confiadamente em nosso coração, melhor poderemos conhecer
o coração Dele.

Por tanto, é necessário que nosso homem interior, já salvo, seja


fortalecido com o poder do Espírito Santo, para que em conseqüência
habite Cristo pela fé em nossos corações, que é outra forma bíblica de
chamar a alma junto com a consciência (cfr. Efésios 3:16,17), e
chegue a ser Ele vivendo em nós e não nós mesmos (cfr. Gálatas
2:20). Quando isto ocorrer, temos sido aperfeiçoados pelo Senhor,
temos salvado nossa alma. O espiritual depende de Deus; o anímico é
independentista, é do homem, e por tanto deve ser trabalhado pelo
Espírito Santo com a colaboração do homem, porque a queda é fruto
de uma rebelião em busca de independência.

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Para salvar o espírito só temos que crer, e mesmo esta fé nos é dada
por Deus; mas para salvar a alma há de se cumprir certos requisitos.
Quais? Por exemplo, negar-se a si mesmo, obedecer ao Pai, tomar a
cruz a cada dia e seguir ao Senhor Jesus. No capítulo 16 de Mateus
vemos que o apóstolo Pedro já era salvo, já havia recebido a revelação
do Pai de que o Senhor Jesus era o Cristo, o Filho do Deus vivente, já
era uma pedra viva para a edificação da Igreja, e, entretanto tinha que
trabalhar na salvação de sua alma. Pedro tinha muito amor próprio,
muita confiança em suas próprias forças e capacidades, não estava
disposto a passar por nenhum sofrimento; não podia compreender a
obra de Deus em Cristo. Para Pedro a obra da cruz era uma loucura, e
até mesmo Satanás fala por sua boca para dizer ao Senhor: "22 E
Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem
compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá.23 Mas
Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim
pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das
dos homens.24 Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer
vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.25
Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a
vida por minha causa achá-la-á.26 Pois que aproveitará o homem se
ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem
em troca da sua alma? (Mateus 16:22-26). A salvação eterna depende
da vontade de Deus, mas para seguir ao Senhor e andar com Ele,
devemos preencher certos requisitos como negar-nos a nós mesmos,
não centrar-nos em nós mesmos nem em nossa própria forma de
pensar, senão buscando estar de acordo com a mentalidade de Deus.
O que nós somos está em nossa alma; de maneira que devemos
ocupar-nos na salvação de nossa alma. Diz Lucas 21:19: "Com vossa
paciência ganhareis vossas almas".

Como veremos depois, a salvação do espírito é eterna, tem a ver com


o novo céu e a nova terra; mas a salvação da alma se relaciona com
nossa atual conduta, com nossas obras, e tem a ver com o reino dos
céus no milênio. Nossos atos hoje e nosso grau de sofrimento e
adversidade, decidem nossa participação no reino; e daí que, depois
de falar do juízo da Igreja, Pedro diz: "18 E, se é com dificuldade que
o justo é salvo, onde vai comparecer o ímpio, sim, o pecador?19 Por
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isso, também os que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem


a sua alma ao fiel Criador, na prática do bem." (1 Pedro 4:18,19). Diz
o irmão Watchman Nee:

"A salvação do espírito é ter vida eterna, enquanto que a


salvação da alma é possuir o reino. “O espírito é salvo
mediante o Fato que Cristo levou a cruz por mim; a alma é
salva pelo fato que eu leve a cruz”. “O espírito é salvo pelo fato
que Cristo dá sua vida por mim; a alma é salva, porque eu nego
a mim mesmo e sigo ao Senhor” (Watchman Nee. A Salvação da
Alma. CLIE- 1990. pág. 16).

A sa lva ção do c orpo .


A salvação do corpo é no futuro, quando ocorrer a ressurreição da
Igreja, e se relaciona com a redenção. Para vê-la na Bíblia, nos basta
uns poucos versículos. "20 Pois a nossa pátria está nos céus, de onde
também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,21 o qual
transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da
sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar
a si todas as coisas." (Fp. 3:20-21). "11 Se habita em vós o Espírito
daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que
ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso
corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita."

(Ro. 8:11). "23 E não somente ela, mas também nós, que temos as
primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo,
aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo." (Ro.
8:23).

Haverá um tempo no futuro em que gozaremos de uma completa


salvação. Diz 1 Pedro 1:5: "5 que sois guardados pelo poder de Deus,
mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último
tempo.".

Também em Romanos 5:9 nos fala de uma justificação em tempo


passado e de uma salvação futura, quando diz: "Logo, muito mais
agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da
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ira.". De acordo com isto, é fácil concluir que nossa salvação tem três
tempos, a saber: passado, presente e futuro. Como já temos visto, o
crente em Cristo, no passado já tem sido redimido da culpa e pena do
pecado, mas no tempo presente está se livrando do poder do pecado;
e no futuro, quando se efetuar a ressurreição, será livrado de sua
presença, e assim será perfeitamente conformado à imagem do Filho
de Deus, que é nosso Redentor.

OS V EN CED OR ES E A SA LV AÇ ÃO

As t rês classes de hom ens

Na Bíblia se diferenciam três classes de homens: os judeus, os gentios


e a Igreja. Mas, além disso, encontramos outras três classes, que em
princípio são duas, os crentes e os incrédulos, mas os crentes se
dividem por sua vez em carnais e espirituais; de maneira que temos o
homem natural, o crente carnal e o crente espiritual.

O ho mem natu ral .


A Palavra de Deus chama ao incrédulo de homem natural, incapaz de
perceber as coisas de Deus. Diz 1 Coríntios 2:14:

" 14 Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus,


porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se
discernem espiritualmente. ".

Este homem natural é o homem psychikós, dominado por sua psiquê,


ou alma natural que, como temos dito, é o princípio vital ou de
individualidade, assento de seu caráter. É o homem caído, adâmico,
nascido uma só vez, morto em delitos e pecados, ou que segue a
corrente deste mundo por caminhos de completa obscuridade, sem
Deus e sem esperança. O príncipe de este mundo tem cegado o
homem natural, não regenerado; este tem a mente entenebrecida. Na
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queda do homem, a alma deliberadamente se opôs à autoridade do


espírito, e o resultado é que não teve em realidade nenhuma
independência, senão que chegou a escravizar-se ao corpo com suas
paixões e desejos. Meditemos nos seguintes versículos:

" 3 Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se


perdem que está encoberto,4 nos quais o deus deste século cegou o
entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do
evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus " (2 Co.
4:3-4).

" para lhes (os gentios) abrires os olhos e os converteres das trevas
para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que
recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são
santificados pela fé em mim " (At. 26:18).

" obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da


ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração" (Ef. 4:18).

Há um véu como obstáculo que impede que o homem entenda a Deus.


O homem não regenerado nem entende o bem nem o deseja. Mesmo
os judeus, sendo eles o povo terreno escolhido para manifestar Deus,
o povo dos pactos, o povo por meio do qual o Senhor nos deu as
Escrituras, o povo por meio do qual nasceu nosso Salvador, ainda eles
não podem ver por esse véu. Lemos em 2 Coríntios 3:13-15:

" 13 E não somos como Moisés, que punha véu sobre a face, para que
os filhos de Israel não atentassem na terminação do que se
desvanecia.14 Mas os sentidos deles se embotaram. Pois até ao dia
de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu
permanece, não lhes sendo revelado que, em Cristo, é removido.15
Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração
deles. ".

Se o Senhor Jesus não tira esse véu, continuam na obscuridade, seja


judeu ou gentio; vendo não vêem, e ouvindo não ouvem, porque são
coisas do espírito, que não se podem ver nem ouvir com os sentidos

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naturais, nem entender com a mente natural da alma.


os não regenerados não podem agradar a Deus. Diz Romanos 8:7-8:

" 7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está
sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar.8 Portanto, os que
estão na carne não podem agradar a Deus. ".

É necessário que Deus abra o coração do homem, a fim de que possa


compreender a mensagem do evangelho. O vemos na cidade de
Filipos, com ocasião de um ensinamento que compartilhava Paulo à
margem de um rio.
" Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de
púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração
para atender às coisas que Paulo dizia. " (At. 16:14).

Quando o homem quer ser bom por si mesmo, não tem capacidade de
ser. O homem trata de ser bom, mas não pode; e em um esforço por
parecer melhor diante da humanidade e de sua própria consciência, o
homem com freqüência não comete o pior, ou pode ser que em
ocasiões não chegue a ser todo o mal possível, mas isso se deve a que
Deus, em Sua misericórdia, tem provisto de um testemunho de Si
mesmo. O homem leva o testemunho de Deus em sua própria
consciência; mas isso não significa que em ocasiões o homem é bom.
Diz a Escritura que "o que de Deus se conhece lhes é manifesto, pois
Deus o manifestou" (Ro. 1:19; ver também Atos 14:17). Então,
segundo isto, e de acordo com Romanos 2:14, o homem por si mesmo
faz um bem relativo.

O c re nt e ca rna l .
Diz em 1 Coríntios 1:18: "Porque a palavra da cruz é loucura aos que
se perdem; mas aos que se salvam, isto é, a nós, é poder de Deus".
Este versículo se refere aos incrédulos, mas em algo também se pode
aplicar aos crentes carnais. A palavra da cruz (o evangelho) é uma
loucura para a humanidade não regenerada, devido a que sua mente
está submergida nas trevas da ignorância, a superstição e o engano. A
sabedoria do mundo não pode nem sequer mais ou menos vislumbrar
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a obra de Deus a favor dos homens. A palavra da cruz e a sabedoria


de Deus estão inteiramente relacionadas com Jesus Cristo, o Filho de
Deus. Ainda no cristão carnal, o autêntico evangelho, o que enfatiza a
cruz de Cristo, não é bem compreendido; porque há duas maneiras de
andar do povo cristão: uma é carnal e a outra é espiritual. Falemos
agora do cristão carnal. Por exemplo, em Romanos 8:4, a Escritura faz
a diferença entre andar na carne e andar no Espírito, quando diz:
"Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos
conforme a carne, senão conforme o Espírito". Logo os versículos
seguintes enfatizam essa diferença. Leiamos:

"5 Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da


carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito.6
Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a
vida e paz.7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois
não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar.8 Portanto, os
que estão na carne não podem agradar a Deus." (vs.5-8).

A palavra "carne" no Antigo Testamento é “basar” em hebraico, e no


Novo Testamento é “sarx” em grego. O cristão carnal às vezes não se
diferencia muito do homem natural (psychikós) ou almático, pois o
crente carnal (sarxkikós) não tem alcançado maturidade nem
submissão plena a Cristo; é com freqüência dominado ainda por sua
natureza carnal, porque participa do caráter da carne. Disse Paulo aos
irmãos coríntios:

"1 Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim
como a carnais, como a crianças em Cristo.2 Leite vos dei a beber,
não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem
ainda agora podeis, porque ainda sois carnais.3 Porquanto, havendo
entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais
segundo o homem?4 Quando, pois, alguém diz: Eu sou de Paulo, e
outro: Eu, de Apolo, não é evidente que andais segundo os homens?
" (1 Co. 3:1-4).

Um crente carnal não tem a capacidade para desfrutar e experimentar


plenamente a vida do Senhor em nós. Hoje em dia muitos cristãos
atribuem ao espírito o que na realidade é apenas da alma; há muita
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confusão sobre isso. Uma coisa é receber os dons (1 Coríntios 12:4-


11) do Espírito sem que necessariamente haja crescimento espiritual,
e outra é viver e expressar o fruto do Espírito (Gálatas 5:22-23), o que
já supõe uma maturidade espiritual no crente. Os coríntios, como bons
gregos, se interessavam pela sabedoria humana, e não haviam
passado a desejar alimentarem-se da sabedoria de Deus. Os coríntios
haviam sido ensinados, mas não alimentados; pois o alimento se
relaciona com a vida e o ensinamento com o mero conhecimento.
Às vezes costumamos pedi ao Senhor mais conhecimento das coisas e
muita sabedoria, e até chegamos a pedir que possamos ter a mente
Dele; mas o que faríamos com esse conhecimento se Ele não habita
em Sua plenitude em nosso coração? Empregaríamos esse
conhecimento com nossas habilidades e mesquinhez naturais, sem que
hajam passado pelo processo da cruz? Empregaríamos esse
conhecimento com nossos sentidos extraviados pelas artimanhas do
diabo? Diz Paulo:

" 2 Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho
preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que
é Cristo.3 Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com
a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se
aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo. " (2 Co. 11:2-3).

O que é conhecer o Senhor? Conhecer ao Senhor é mais do


conhecimento do que fez em Sua encarnação, em Seu ministério
terreno, em Sua cruz. Conhecer ao Senhor envolve conhecê-lo
intimamente; conhecer o que Ele pensa; conhecer Seu coração,
conhecer Seus segredos, Suas intimidades. Para que isso ocorra
devemos atender a Seu chamado, andar com Ele, e ter íntima
comunhão com Ele, ser Seus amigos.

O c re nt e e sp iritual .
De acordo com a Palavra de Deus há crentes maduros, espirituais
(pneumátikós) (Efésios 5:18), cuja vida está rendida ao Senhor, na
qual se reflete e expressa o fruto do Espírito.

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" 22 Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade,


benignidade, bondade, fidelidade,23 mansidão, domínio próprio.
Contra estas coisas não há lei. " (Gl. 5:22.23).

A vontade do crente espiritual está sujeita à vontade de Deus, porque


seu espírito está intimamente unido ao Espírito de Deus. O cristão cujo
homem interior tenha sido fortalecido e está Cristo habitando pela fé
em seu coração, sabe por experiência o que é ser cheio de toda a
plenitude de Deus; chega a se aprofundar até compreender que só na
perfeita expressão da unidade do Corpo de Cristo é que se pode
entender como é grande o nosso Deus, Seus propósitos, Seu amor e
Sua misericórdia para conosco. Só o cristão espiritual chega a ser um
vencedor. Como determinar a maturidade espiritual de um crente?
Para que haja espiritualidade deve haver disposição no crente; a
espiritualidade não se adquire por inércia. A maturidade espiritual
sempre se determina pela disposição de sacrificar nossos próprios
desejos, interesses e comodidades, em prol do reino dos céus e dos
interesses do Senhor e dos demais irmãos, e essa disposição de
sacrifício se traduz em que se deve pagar um preço, como as virgens
prudentes. Toda vez que nossa prioridade for nós mesmos e nossos
próprios interesses, somos virgens insensatas e andamos caminhando
em derrota.

A p rimei ra prom ess a

Desde o primeiro século da Igreja, muitos irmãos abandonaram o


primeiro amor (Apocalipse 2:4), e o melhor e primeiro amor é o
Senhor em nós, não necessariamente é aquele amor que sentimos
pelo Senhor nos dias em que fomos salvos, nessa lua de mel. Quase
sempre quando se acaba a lua de mel e começam as provas, em
muitos há uma queda espiritual de grande envergadura. O Senhor nos
manda que vençamos o abandono do primeiro amor. Em que sentido
haviam deixado o primeiro amor os irmãos do primeiro século? Por
exemplo, muitos se deixaram fascinar, não pelo Amado habitando em
seus corações, senão pelas doutrinas dos judaizantes (Gálatas 3:1;
5:7; Colossenses 2:16, 20-21), pela filosofia mística em sua relação
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com o nascente gnosticismo e a adoração de anjos (cfr. Col. 2:8,18).


Passados os séculos, vemos muitos católicos com seu coração
inclinado, não a Cristo e a Sua Palavra, senão ao papa romano e ao
que diz "a Igreja" (referindo-se à Igreja Católica). Um pode ter a
Cristo só de nome, mas sem ter amor nem afeto pessoal por Ele. Se
Cristo é nosso primeiro amor, isso significa que seguimos nos
alimentando Dele como fruto da árvore da vida.
O homem caiu por haver crido em Satanás e haver participado de uma
rebelião, por haver desobedecido e comido da árvore do conhecimento
do bem e do mal; mas o Senhor nos tem redimido e nos chama a que
sejamos vencedores. O homem comeu e desobedeceu, mas há uma
recompensa ao vencedor, e é:

"dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no


paraíso de Deus. " (Ap. 2:7b).

A árvore da vida é Cristo, nosso verdadeiro alimento. A Nova


Jerusalém vindoura será o paraíso de Deus no milênio. A árvore da
vida se apresenta como uma enredadeira que está a um e outro lado
do rio da água da vida no meio da praça da Nova Jerusalém, a cidade
esposa do Cordeiro de Deus.

" Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor " (Jo. 15:1).

O comer da árvore da vida era o propósito original de Deus, e agora o


restaura com Sua redenção. É um banquete oferecido pelo Senhor,
porque o caminho à árvore da vida foi aberto de novo, um caminho
novo e vivo que nos abriu Cristo através do véu (Hebreus 10:19-20).
A história tem demonstrado que a Igreja tem falhado com o Senhor, e
tem deixado de ser a expressão de amor de Deus; é por isso que há
promessas para o indivíduo vencedor. O homem caiu porque participou
na comida de algo que não tinham que comer, e que lhe trouxe a
ruína. Mas ao comer da árvore da vida, é restaurado a um lugar mais
privilegiado do que perdeu Adão. É necessário consolidarmos em nossa
vocação, abandonar o legalismo e a aparência externa e alimentar-nos
de novo, de Cristo, desfrutar-lhe, voltando a Ele com o primeiro amor.
O Senhor é nosso pão da vida (João 6:35, 57). É bom o conhecimento,
mas segundo Deus. Não é o mesmo que alimentar-se só de
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ensinamentos doutrinais que de Cristo como nosso pão da vida. Com


esta promessa o Senhor incentiva e estimula aos crentes para que não
deixem o primeiro amor, lhe sirvam sempre no amor e desfrutem ao
Senhor desde agora, e se fará efetiva como galardão no reino milenar;
mas todo vencedor pode começar a desfrutá-lo desde agora, porque a
vida da Igreja hoje é um gozo antecipado da Nova Jerusalém. O
vencedor é o cristão que se alimenta de Cristo hoje, e como
conseqüência a promessa é que se alimentará do Senhor como árvore
da vida na Nova Jerusalém. Necessitamos vencer o abandono do
primeiro amor.

A grande maioria dos irmãos não tem suficiente clareza sobre o reino
vindouro de Cristo, e à raiz desse desconhecimento ignoram as
responsabilidades que se relacionam com eles e costumam confundir o
céu (vida eterna), com o reino. Desde agora, quero fazer afirmar que
os galardões são muitos diferentes da salvação. Os galardões, como
seu nome o indica, são prêmios para os que trabalham, para os que
lutam, para os que obedecem, para os que negam a si mesmos, para
os que levam a cruz, para os que velam, para os vencedores, para
recebê-los no reino milenar; em troca a salvação é um presente de
Deus para seus escolhidos desde antes da fundação do mundo, e um
presente nem se ganha, nem se merece, nem se perde.

2. O S V EN CED OR ES E A CR UZ

A ca rn e e a c ruz
Uma vez salvo, o cristão vencedor deve levar a cruz e negar-se a si
mesmo. É um mandamento do Senhor para os que voluntariamente o
querem seguir. O ensino da cruz não é popular. O crente carnal evita
este ensino bíblico; entretanto, as Escrituras dizem que todos nós os
que temos crido já fomos crucificados com Cristo; mas nosso velho
homem deve experimentar essa crucificação na realidade prática, levar
e encarar a cruz em nossa alma, ou seja, viver essa experiência de
morte e ressurreição enquanto estamos nesta terra; do contrário
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vivemos uma vida vencida. Quando isto ocorre, com freqüência somos
dominados pelo pecado e por nossa própria vida natural, e como
conseqüência não fazemos a vontade de Deus, e essa vida derrotada
nos enreda em pecados e em obras que voltarão a nós quando
regressar o Senhor, e teremos que dar conta dele. Se não aceitamos
levar a cruz agora, é necessário que sejamos tratados no futuro.
Um derrotado é vencido pela carne, pelo mundo e por Satanás. Tomar
a cruz é obedecer a Deus e estar disposto a passar por todas as
situações que Deus haja previsto que passemos. No mundo, a alma
tem seus deleites e seus próprios interesses, mas a cruz e o negar a si
mesmo rompe com esses vínculos, e a pessoa se submete à vontade
de Deus. Só o caminho da cruz nos leva a sermos verdadeiros
vencedores; mas muito poucos se animam a abrir a porta que conduz
a esse caminho. A vitória de Cristo é nossa vitória, e devemos mantê-
la e proclamá-la. Não significa que devemos ser crucificados de novo,
pois já fomos crucificados com Cristo. O sangue do Senhor se
derramou para expiar o que temos feito; para nosso perdão pelos
pecados cometidos e justificar-nos diante de Deus; mas não basta que
sejamos perdoados, pois há um problema em nós: herdamos de Adão
dentro de nós uma força que nos escraviza; a força do pecado; e por
isso é que necessitamos da cruz, para tratar com o que somos; então
a cruz, aplicada pelo Espírito, nos libera do poder do pecado, para que
não tenhamos que ser julgados pelo que fazemos.
O sangue de Cristo nos reconcilia com Deus, mas segue dentro de nós
um conflito do qual só nos pode livrar a cruz. A vitória do vencedor
não é uma mera transformação em sua carne, senão a vida
ressuscitada de Cristo dentro dele. Aceitar a cruz é uma vitória. Um
vencedor é o crente que tem ido mais além de aceitar a cruz só
objetivamente; o verdadeiro vencedor é aquele que aceita a cruz
subjetivamente; é aquele cuja cruz tem matado seu egocentrismo,
pois a tem aceitado subjetivamente; e é necessário que a cruz seja
aplicada à nossa carne pelo Espírito Santo.

Diz o apóstolo Paulo em Gálatas 2:19 b-20:

" Estou crucificado com Cristo;20 logo, já não sou eu quem vive, mas
Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo

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pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por


mim”

Este é um nível muito avançado e importante no desenvolver espiritual


de um crente que tem negado a si mesmo e leva sua cruz a cada dia.
Devido a que na alma está a vontade do homem, é a alma a que tem
que decidir se obedece ao espírito, e desse modo lograr sua união com
o Senhor por Seu Espírito que mora no espírito do homem; em nosso
homem interior.

Lemos em João 3:6:

"O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é


espírito".

Quando o homem é regenerado no momento de crer no Senhor Jesus,


ele vem de ser meramente carne, e já em sua qualidade de crente
regenerado segue sendo carnal enquanto não houver experimentado
uma renovação em sua alma. Como se efetua essa renovação? A
renovação não consiste em modificar a carne. Há muitas instituições,
métodos, recursos humanos, terapias e filosofias terrenas que
pretendem modificar o comportamento do homem. Deus o que quer
fazer de nós não é uma mera modificação de nosso comportamento,
senão uma nova criatura, uma criatura à imagem de Cristo; mas a
nova criatura não se consegue por modificação, pois a carne de um
regenerado segue sendo a mesma corrupta que antes. Na
regeneração, Deus nos dá Sua vida não criada, eterna, em nosso
espírito, mas nossa carne segue igual. O eu do homem segue intacto.
Mas a Bíblia nos diz uma grande verdade em Romanos 6:6:

" sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para
que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como
escravos".

Se apesar disso teu velho ego segue igual, o Senhor nos exorta a que
levemos a cruz e neguemos o ego. Diz Lucas 9:23:

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" Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue,
dia a dia tome a sua cruz e siga-me ".

O Que significa tomar a cruz? Diz Roland Q. Leavell: "Levar a cruz


quer dizer mais que sobre levar uma enfermidade com inteireza
ou sofrer uma desgraça com fortaleza. Uma cruz é algo que
alguém pode evitar se assim o deseja, e é algo que alguém
aceita voluntariamente por causa de Jesus e a glória de Deus.
Significa obediência a Cristo, mas inclui muito mais. Levar a
cruz não era um assunto superficial para os doze. Alguns deles
chegaram a experimentar a morte por meio da crucificação.
Todos eles sofreram violência por serem cristãos, violência que
poderiam haver evitado se houvessem entrado em
compromissos". (Roland Q. Leavell. "Mateus: o Rei e o Reino".
Casa Batista de Publicações. 1988. pág. 95).

Indubitavelmente a carne deve ser tratada pela cruz. A moda de hoje


é o contrário; que o crente evite o sofrimento e que se aprofunde nos
prazeres de uma vida fácil e mundana. Negar a si mesmo é renunciar
às demandas, gozos e privilégios de nosso antigo ego e a nossa vida
anímica; é negar-se mesmo como princípio de vida natural; não é
necessariamente negar coisas, ainda que envolva negar aos prazeres
mundanos. Gozar de muitas coisas é contrário à de levar a cruz.
Tenha-se em conta que os deleites terrenos acende a concupiscência
de nossa carne. O Senhor sabe bem que o que nos espera com Ele no
reino é incomparável com tudo aquilo que nos atrai nesta vida terrena.
O Senhor Jesus, o Verbo de Deus, tinha tudo em Sua glória com o Pai,
e se despojou de tudo isso para poder abrir-nos o caminho para que
nós também o desfrutemos, desfrutemos o verdadeiro gozo eterno; o
Senhor não se importou no ter aqui nem uma pedra onde recostar Sua
cabeça; nesse aspecto estava em pior condição que as aves do céu e
que as raposas do campo. Esta vida é tão curta como um suspiro, mas
suas atrações nos enervam de tal maneira que temos em pouco as
promessas de um Deus verdadeiro e confiável. Depois de fazer um
relato da luta entre os desejos da carne e a vida no Espírito, diz
Gálatas 5:24:

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"E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas


paixões e concupiscências".

A crucificação da carne se traduz no quebrantamento do homem


exterior, da morte do grão de trigo, e isso é necessário para a
liberação e manifestação de nossa vida espiritual. A vida do Espírito
deve ser liberada. Diz João 12:24:

"Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na


terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto".

Esse grão de trigo é o Senhor Jesus Cristo. Antes de sua morte tinha
Sua vida prisioneira em Seu corpo; não podia menos que estar em um
só lugar de cada vez; mas com Sua morte e ressurreição, a vida do
Filho unigênito foi liberada e produziu muitos grãos à imagem do
primeiro, e veio a ser o primogênito entre muitos filhos de Deus.
Assim como o grão de trigo, para dar fruto, deve cair na terra e
morrer, cada crente, para ser vencedor e produzir muito fruto, deve
morrer o seu “eu”; sua vida natural (a dura casca exterior) deve
apodrecer e desaparecer, a fim de que libere a vida do espírito e seja
manifestado Cristo através dele.

Cristo na cruz tratou uma só vez com o pecado para que o pecado não
reine mais em nós, mas o Espírito Santo trata dia após dia com o eu
por meio da cruz; entretanto, segue no crente uma luta entre a carne
e a vida espiritual. Os crentes que na prática não vivem para Deus
senão para si mesmos, são considerados cristãos anormais (1
Coríntios 3:1-3); em troca os cristãos espirituais, simplesmente são
cristãos normais; já tem experimentado uma renovação que vem de
dentro para fora. A renovação é experimentada na alma; é um
processo mais ou menos prolongado; depende da dureza da natureza
da alma do crente. Há plantas que não crescem devido a que lhes faz
falta a luz solar, ou umidade, ou nutrientes, ou tem parasitas; ou não
dão muito fruto porque não as podam e limpam; isto contando com
que hajam sido semeadas em boa terra.

A maturidade leva seu tempo. Por via de regra, um cristão recém


nascido não pode evitar ser carnal, como um bebê não pode evitar ser
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bebê, mas o pior é que a maioria dos crentes permanecem carnais,


imaturos, crianças por toda a vida; eles tem medo da cruz, recusam
negarem a si mesmos, não querem pagar o preço; carecem de uma
disposição para o sofrimento; muito pelo contrário, se encaminham
pela amizade com o mundo. Assim como uma pessoa natural tem
dado o passo para que por meio da cruz de Cristo se tenha regenerado
e tenha sido crucificada a sua carne, assim mesmo deve dar o passo
para que mediante o Espírito Santo tome sua própria cruz, e passe de
carnal a espiritual, de derrotado a vencedor. Um crente carnal
dificilmente pode guiar a outro a Cristo, ou fazer algo que realmente
agrade a Deus. O carnal pode estar trabalhando na igreja; mas esse
trabalho pode resultar sendo obras mortas. As obras mortas não tem
nenhum mérito diante de Deus, por muito boas que pareçam aos olhos
dos homens. Indubitavelmente se queimarão quando o Senhor vier, e
o pior é que nos impedirão de entrar no reino se não nos
arrependermos a tempo.

O cristão carnal pode assimilar os ensinamentos, mas na mente.

" Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne;
mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito.
6 Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para
a vida e paz.7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus,
pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar."
(Ro.8:5-7).

Os cristãos de Corinto tinham muito conhecimento e sabedoria, mas


na mente. A "insensatez da cruz" é usada por Deus em troca da busca
de conhecimento. A Deus não se pode conhecer por abundância de
conhecimento e sabedoria humana, senão por fé através da cruz. Os
conhecimentos sem a cruz só chegam à mente.

Ped ro e a c ruz
Consideremos o contexto de Mateus 16:13-28. Depois de haver
perguntado sobre a opinião dos homens acerca de Sua pessoa, o
Senhor se interessou em conhecer o que pensavam seus próprios
discípulos acerca de quem era Ele. Diz nos versículos 16-18:
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" Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus


vivo.17 Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão
Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu
Pai, que está nos céus.18 Também eu te digo que tu és Pedro, e
sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela ".

Simão, que significa uma palha dócil ao vento, dominado por seu
voluntarioso caráter, quando veio ao Cristo, O Senhor trocou seu
nome, porque começou a transformá-lo, e em vez de Simão lhe
chamou Pedro, uma pedra (Jo 1:42), neste caso uma pedra viva para
a construção da casa de Deus (1 Pedro 2:5). Se não somos
transformados em pedras, não podemos ser edificados
apropriadamente, e não podemos ser edificados só nem em grupos
independentes; nossa edificação é na comunhão de todos os santos. A
transformação tem suas etapas, e em cada etapa encontramos lições
para aprender.

Aqui vemos também que sem a revelação divina não se pode conhecer
ao Senhor Jesus; e como só o Pai conhece o Filho, só se pode
conhecer o Filho pela revelação do Pai. A Pedro foi revelada, pelo Pai, a
identidade do Filho; logo o Filho revela a da Igreja, e lhe diz que a
partir desse momento Pedro faz parte da Igreja, é uma pedra viva
para a edificação da casa de Deus, devido à confissão que havia feito a
respeito do Filho. De maneira que Pedro já era um crente e membro
da Igreja, na economia de Deus. Apesar do anterior, era Pedro já um
crente maduro e vencedor? Vejamos.

De acordo com o seguinte contexto, Pedro estava longe de ser um


cristão maduro, sem ter em conta que depois ofereceu ao Senhor
defendê-lo com sua espada, de não abandoná-lo, mas já vemos que o
Evangelho nos diz que o deixou só e o negou. Dizem os versos 21-23:

" 21 Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus


discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer
muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas,
ser morto e ressuscitado no terceiro dia.22 E Pedro, chamando-o à
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parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor;


isso de modo algum te acontecerá.23 Mas Jesus, voltando-se, disse a
Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não
cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens ".

Aqui vemos o crente Pedro sem entender para nada a cruz de Cristo e
menos sua própria cruz. A Igreja não pode ser edificada sem
crucificação e ressurreição, e um crente carnal dificilmente pode estar
disposto a tomar a cruz. Tenhamos por claro que o homem natural e
Satanás caminham e cavalgam juntos, e que o crente vencido não se
diferencia muito; e quando não temos a mente de Cristo, não
podemos cumprir o propósito de Deus, senão que somos pedra de
tropeço para o Senhor. A raiz destas considerações se pode entender
as palavras do Senhor nos versículos 24 e 25:

" 24 Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após
mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.25 Porquanto,
quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por
minha causa achá-la-á".

Esse negar a si mesmo, é negar a velha natureza herdada de Adão. De


maneira, pois, que há duas classes de crentes: os que negam a si
mesmos e tomam sua cruz, e os que não o fazem. Pedro tinha que
perder a vida de sua alma, e tomar a cruz; Pedro estimava mais sua
vida natural que os propósitos de Deus; Pedro não podia entender,
todavia o plano de Deus, e a mente de Deus; era necessário que Pedro
negasse a si mesmo e tomasse sua cruz. Só se submete a Cristo um
crente vencedor.

Se a Igreja não se submete a Cristo, os demais seres não se


submeterão, e só a cruz faz com que o nosso eu vá minguando e
Cristo vai crescendo em nós, no mais íntimo de nosso ser.
Contemplamos a mulher samaritana de João 4; ela cria em Deus,
sabia da promessa de um Messias, e o esperava, mas sua vida estava
fundida em espessas trevas do pecado; buscava a solidão e a
obscuridade, e não se atrevia a deixar-se ver a cara, pois a luz a
incomodava; sua consciência não a deixava tranqüila; sua conduta a
fazia caminhar por veredas torcidas; a carne a escravizava. Mas um
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dia o Senhor foi a buscá-la, e a esperou que viesse buscar água no


poço de Jacó. Ao ter o encontro com Cristo, Ele lhe deu de beber da
água viva; foi algo penetrante que deu uma grande virada na vida
desta mulher, e já não teve mais sede, e deixando o cântaro, correu a
dar testemunho. Também nós, quando chegarmos a ser vencedores, é
quando não nos importará mais o cântaro; o deixaremos de um lado
do poço, e correremos a proclamar que Jesus Cristo é o Senhor. Mas
para isso é necessário que de nosso interior corram rios de água viva.
Temos dito que nós, os crentes, já fomos crucificados com o Senhor,
mas agora o Senhor nos diz que devemos levar a cruz. Se nosso velho
homem já morreu na cruz, agora devemos negá-lo. Para que fazer
viver a um defunto que estorva a obra do Senhor? Já o Senhor
ressuscitado vive dentro de nós, e nós Nele.

De havermos negado a nós mesmos e de havermos levado a cruz ou


não, depende nossa situação quando o Senhor regressar e tivermos
que comparecer ante Seu tribunal. Os versículos 26-27 dizem:

" Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a


sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?27 Porque o
Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e,
então, retribuirá a cada um conforme as suas obras ".

A vida da alma é a vida natural, a vida do ego. A vida psíquica deve


ser tratada pela cruz, do contrário seguiremos como Pedro em sua
situação de Mateus 16 e outros textos. Na hora mais amarga do
Senhor, Pedro e todos os amigos íntimos do Senhor o abandonaram; e
não só eles; nós fazemos o mesmo hoje em dia. Não queremos
acompanhar o Senhor nesta hora crucial.

Um Jacó t ratado po r D eus


Em Jacó temos o exemplo de um crente astuto, não obstante haver
sido escolhido para a primogenitura desde antes de nascer; quando
todavia não havia feito nem bem nem mal. Especificamente e por
vontade de Deus foi escolhido, apesar de que ia ser uma pessoa de
caráter forte, enganadora, calculista e egoísta. O Senhor não nos
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escolhe por sermos bons ou maus, pois todos somos maus. O Senhor
deu um destino prévio a Jacó, mas para que Jacó pudesse chegar a ser
um servo do Senhor, um homem útil nas mãos de Deus, um
verdadeiro vencedor, um homem obediente à vontade de Deus, esse
“eu” perverso de Jacó devia morrer, devia passar pela cruz, até que
chegasse a negar-se a si mesmo. Diz Romanos 9:10-16:

" 10 E não ela somente, mas também Rebeca, ao conceber de um só,


Isaque, nosso pai.11 E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem
tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus,
quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que
chama),12 já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço.
13 Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú. 14
Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo
nenhum!15 Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me
aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver
ter compaixão.16 Assim, pois, não depende de quem quer ou de
quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia ".

A Escritura nos diz que antes que Jacó nascesse já havia sido eleito
por Deus para, em Sua misericórdia, dar-lhe a primogenitura. Jacó
jamais recebeu isto porque merecia; ao contrário, seu próprio nome
Jacó, significa Deus proteja, mas também o suplantador, o que toma
pelo calcanhar, ou seja, o que trama uma armadilha. A vida de Jacó
esteve saturada de engano e de armadilhas; que muitas vezes vieram
contra ele. Apesar de que Deus se revelava e o protegia, Jacó era o
tipo de crente voluntarioso e carnal, que devia ser tratado por Deus a
fim de que pudesse ser útil nas mãos do Senhor, para cumprir o
propósito de Deus. Deus tem um propósito eterno, e quer realizá-lo
com a igreja, mas com os obedientes, com crentes esforçados em
quem possa confiar, que não amem a si mesmos, com lutadores, com
vencedores.

Jacó quis tomar vantagem no plano de Deus, e depois de haver


enganado a seu pai e a seu irmão, se viu na necessidade de fugir. Em
Betel Deus se revelou, em sua fuga; e inclusive aí Jacó disse a Deus:
Se me prosperares, te darei o dízimo de tudo. Isso encerra algo de
negócio. Quis ter vantagem sobre Labão, de quem também foi
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enganado desde o começo, quando pediu a Raquel para casar-se. Mas


tarde houve uma luta entre Jacó e Deus, mas Jacó persistiu diante de
Deus até conseguir que Deus o abençoasse, e saiu vencedor, pois a
Palavra diz no verso 28:

"Então, disse: Já não te chamarás Jacó, e sim Israel, pois como


príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste".

(Leia Gênesis 32:22-32). Em Peniel, Jacó viu o rosto de Deus e foi


livrada sua alma. O andar de Jacó mudou depois dessa experiência. De
homem anímico passou a ser espiritual; foi desgarrado o tendão da
coxa, e ao ser desgarrado seu próprio andar, pode caminhar com
Deus, para cumprir propósitos eternos. Quando chegou a ser um
vencedor, Deus lhe mudou o nome. Já não se chamaria mais Jacó, o
suplantador, senão Israel, o que luta com Deus.

Morreu sua amada Raquel; logo foi enganado por seus próprios filhos;
desapareceu José, seu filho favorito; logo também teve uma amarga
experiência com Benjamim; tudo isso para quê? Era necessário que o
Jacó natural fosse tratado pelo Senhor; e esse trato do Senhor ia
transcorrendo em forma dolorosa. Uma coisa é confiar nas destrezas
do Jacó carnal, e outra é confiar exclusivamente no Senhor.
Indiscutivelmente é necessário que sejamos iluminados, que possamos
ver o caminho pelo que caminhamos, e que estejamos confessando
nossa dependência do Senhor e de Seu Santo Espírito.

Para qu e c ru cificar a ca rn e?
Muitos crentes são cheios do Espírito Santo quando crêem, e vão
experimentando um crescimento normal de sua vida espiritual; vão
caminhando com Deus e preocupando-se pelas coisas de Deus. Mas
desafortunadamente a maioria dos cristãos não se ocupam muito do
que interessa ao Senhor, senão de seus próprios interesses egoístas e
carnais (Gálatas 5:19); por isso o Senhor quer que a carne seja
crucificada subjetivamente. Na realidade histórica a carne já foi
crucificada no Gólgota; o velho homem tem passado por esse
processo; de maneira que a criança carnal em Cristo deve ser
totalmente liberada desse domínio, para que cresça e possa andar
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segundo o espírito. Há quem persista nas obras da carne (inimizade,


divisões, sectarismos, vícios, paixões e desejos), Deus diz que essa
carne foi crucificada; mas há crentes de almas cuja natureza é muito
forte, e tem um caráter muito difícil, nos quais o processo é lento e
doloroso. A respeito diz o irmão Watchman Nee:

" A obra da cruz consiste em suprimir (anular); não nos traz


coisas, mas as tira. Em nós há muitos resíduos; há muitas
coisas que não são de Deus e não lhe rendem nenhuma glória.
Deus quer eliminar todas estas coisas por meio da cruz para
que assim cheguemos a ser ouro puro. Há coisas que não
provém de Deus; nos temos convertido em uma liga. Por isso
Deus tem que utilizar tanto poder para mostrar-nos estas
coisas que há em nós que provem do ‘eu’, todas aquelas coisas
que não lhe proporcionam nenhuma glória. Cremos que se Deus
nos fala, descobriremos que tem que ser eliminadas muito mais
coisas que as que nos tem de ser acrescentadas. Especialmente
aqueles cristãos cuja alma é de natureza forte, deveriam
pensar nisto: que a obra de Deus neles por meio do Espírito
Santo, consiste em eliminar coisas deles para reduzi-los".
(Watchman Nee. "A Igreja Gloriosa". CLIE. 1987. pág. 163).

A carne não pode dar fruto que glorifique a Deus. O cristão deve
limpar-se de seus pecados apropriadamente. Diz João 15:2:
"Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o
que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda".
Devemos ter clareza de que não se exige que crucifiquemos de novo
nossa carne, pois já foi crucificada na cruz de Cristo. A crucificação da
carne tem que ser experimentada, e que essa morte na cruz tenha seu
efeito em nós. Essa prática se dá em colaboração com o Espírito
Santo. Diz a Palavra de Deus em Colossenses 3:5:

"Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza,


paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria".

Esse, pois, enlaça o versículo com os anteriores, em que diz que já


temos morrido e ressuscitado com Cristo. São duas realidades que vão
unidas: Já fomos crucificados com Cristo, e Fazer morrer o terreno em
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nós. Se crermos que temos sido mortos em Cristo, podemos fazer


morrer o terreno em nós. Isto se logra porque o Espírito Santo aplica a
morte da cruz a tudo o que tem que morrer. Diz Romanos 8:13:

"Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas,


se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente,
vivereis".
Entretanto, devemos estar sempre vigilantes, pois a carne, não fica
inutilizada pela crucificação conjunta em Cristo, ela contudo não fica
suprimida; ela segue existindo e, em quanto tiver oportunidade, se
põe em ação.

A mensagem da cruz não está sendo pregada, pois, com contadas


exceções, está se pregando uma caricatura do evangelho. Nós dizemos
ver, mas em nossas faculdades naturais não podemos ver; pelo
contrário, essas faculdades naturais nos impedem de ver a realidade.
Se Deus nos ilumina um pouco, então constatamos nossa cegueira.
Afirmar que vemos, como no caso da igreja do período de Laodicéia, é
um orgulho farisaico. Quanto mais nos gloriamos e envaidecemos
dizendo que vemos, mais cegos somos; e quando já vemos
manifestada em verdade nossa cegueira, então é quando vamos
começar a ver. Paulo só pode ver as coisas de Deus quando ficou cego
fisicamente. É necessário restaurar a mensagem da cruz, e vivê-la.
Quando não se vive a mensagem da cruz, vivemos para nós mesmos,
não para o Senhor. A cruz é para por nela todos os dias, o que somos
e o que temos, o velho, o inútil.

Dizem os apologistas da prosperidade no cristão, que o Senhor quer


ver-nos envoltos em uma vida regalada e aprazível, sem problemas,
sem fome, sem preocupações, sem perseguições, tudo bem; mas
Mateus 10:34-39 diz o contrário:

" 34 Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas
espada.35 Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre a
filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra.36 Assim, os inimigos do
homem serão os da sua própria casa.37 Quem ama seu pai ou sua
mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou
sua filha mais do que a mim não é digno de mim;38 e quem não
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toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim.39 Quem acha
a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa
achá-la-á".

O Senhor não traz paz a uma terra em que Satanás ainda é seu
príncipe; por isso os vencedores estão em guerra contra Satanás, e
este os ataca usando inclusive aos mesmos familiares de sua própria
casa.

O Senhor tem que ser amado acima de todas as coisas. Essa espada
que se menciona no versículo 34, é a vida cheia de tribulações e dores
do sofrido e verdadeiro vencedor, o que caminha todo ferido pelo
caminho estreito traçado por Cristo. O versículo 35 explica o 34. De
acordo ao verso 38, se trata de uma cruz; e tu estás em liberdade
para levá-la ou não. A cruz é opcional, mas absolutamente necessária
para o que quer caminhar com Cristo. O fato de seguir ao Senhor e
obedecer-lhe te cria dificuldades, e tu podes voluntariamente escolher
sofrê-las ou não. Como a de Cristo, toda cruz dos filhos de Deus é
determinada e decidida pelo Pai, e nós escolhemos levá-la ou não.
Disso depende nossa participação no reino. Diz 1 Pedro 4:1,2:

"Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo


pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado,2 para
que, no tempo que vos resta na carne, já não vivais de acordo com as
paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus".

Não é que Deus quer que vivamos sofrendo, mas se devemos armar-
nos com uma disposição ao padecimento, devido a que estamos
imersos em uma batalha espiritual que também tem suas
repercussões e manifestações em nossa vida natural. Crente que
recusa o sofrimento, não pode ser edificado. Deus pode salvar nossa
mente, de tal maneira que haja em nós a disposição a sofrer como
também Cristo padeceu. É natural que nossa tendência seja a de fugir
de todo sofrimento e a toda hora pedir ao Senhor que, por favor, nos
livre de todas as dificuldades e amarguras, pois não suportamos as
provas. Mas esta não foi a atitude do Senhor em Getsêmani. Desde
que nasceu, o Senhor Jesus teve a disposição para sofrer. Ele sabia
que havia nascido para isso enquanto permaneceria no corpo mortal.
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Por tanto, desde o dia em que nascemos no Espírito, e somos filhos de


Deus, deve ser nossa tarefa entregar-nos para o sofrimento. Essa é a
verdadeira posição de um vencedor. Se escapares como um covarde
do sofrimento, estás desarmado e te vem a derrota. Irmão, enfrenta o
sofrimento. Quando a Palavra de Deus nos diz que não sejamos
carnais, luxuriosos, covardes, infiéis, ou o que seja que dependa da
nossa velha vida natural, é porque Ele nos pode salvar de qualquer
dessas demandas e pensamentos dos desejos carnais.
A Palavra de Deus diz que são bem-aventurados os que padecem
perseguição por causa da justiça, os que estão dispostos a sofrer pela
verdade, pela justiça, pela causa do Senhor e de Seu evangelho da
salvação; suas feridas e cicatrizes são as chaves de entrada no reino
dos céus. O sofrimento do crente é mais meritório que o dos anjos
quando eles participam em lutas contra o inimigo. Por que é mais
meritório? Porque os anjos conhecem a glória do Senhor e o que o céu
representa; ao passo que o crente é estorvado por sua própria carne,
por Satanás e por um mundo atraente, e apenas vê as coisas como
por um espelho; apenas vislumbra algo do que lhe espera, movido
pela fé e a esperança, baseado nas promessas do Senhor, na revelação
das Escrituras e no pouco conhecimento que agora tem de Deus e das
coisas que Ele nos tem preparado. Sofrer pelo Senhor é uma honra
que não é dado a todos os crentes.

2A: OS V EN CED OR ES E A CR UZ

No vidade de vida
Diz Romanos 6:4:
"Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que,
como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim
também andemos nós em novidade de vida".
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O contexto do capítulo 6 de Romanos nos fala do batismo em sua


dupla conotação de ser introduzidos dentro do Corpo de Cristo pelo
Espírito e o de ser identificados com Cristo mediante o batismo nas
águas. Em quê nos identificamos com Cristo? Somos submersos em
Cristo para que sejamos parte Dele, depois de haver sido tomados de
nossa antiga posição no mundo de pecado e de trevas; agora somos
um com Ele em Sua morte e ressurreição. De Adão, de onde havíamos
nascido, somos trasladados pelo batismo a nossa nova posição em
Cristo; e ao ser batizados em Sua morte, essa morte nos separa do
mundo, nos liberta de toda a força de nossa velha natureza com sua
vida natural implícita, de nosso ego, de nossa carne, do poder satânico
das trevas; ou seja, tem cortado esse cordão umbilical que nos unia a
nossa velha história e seus enredos, pois agora participamos com o
Senhor de Sua ressurreição. É nossa primeira ressurreição, a do
espírito, que se traduz em novidade de vida.

Os versículos 4 e 6 nos falam de que nosso velho homem foi


crucificado com Cristo, de maneira que participamos também de Sua
sepultura pelo batismo, e logo experimentamos uma ressurreição, que
é uma novidade de vida; passamos a ser parte do novo homem, que é
Cristo; historicamente chegamos a ser novas pessoas, porque esta
primeira ressurreição do crente agora também é subjetiva, nosso
espírito passou da morte à vida. Mas logo vem um processo de
ressurreição em nossa alma, em nossa vida atual; até alcançar viver
uma vida de ressurreição, uma morte do velho homem herdado de
Adão, até que a sua vez nossa alma passe da morte à vida. Nesse
processo vamos experimentando como espécie de uma transformação
progressiva pelo Espírito, de tal maneira que cada dia nos vamos
conformando mais à imagem do Filho de Deus. É uma verdadeira
metamorfose.

Nossa primeira ressurreição é um ato histórico, e nossa segunda


ressurreição é um processo atual no qual não podemos ficar
estancados, pois se trata de desenvolver nossa novidade de vida;
buscar que essa novidade de vida reine em nós e se expresse. Não só
no batismo nos identificamos com Cristo, senão que o batismo é só o
começo dessa identificação. À medida que crescemos em nosso
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processo atual de novidade de vida, mais nos identificamos com o


Senhor Jesus e nossa ressurreição dará testemunho de quem somos, e
o Senhor se expressará através de nós. Diz o verso 5:

"Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte,


certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição".

O Senhor Jesus, como o grão de trigo, teve que morrer para poder dar
fruto; e nós, como o grão de trigo, estamos mortos com Ele, e como
estamos unidos com Ele organicamente, se produz um crescimento.
Vemos na agricultura que o broto que foi enxertado em uma árvore,
participa da vida, da seiva e das características da árvore. Nós agora
pelo batismo somos plantados juntamente com o Senhor; somos
enxertados Nele, de maneira que participamos de tudo o que Ele tem
experimentado: Sua morte, Sua sepultura, Sua ressurreição. Em
Romanos 11:24 diz que fomos cortados da oliveira brava (Adão) e
enxertados na boa oliveira, na oliveira cultivada (Cristo).
O batismo é uma semelhança na qual participamos de tudo o que
Cristo é e tem experimentado, mas tendo em conta que toda essa
experiência é um processo atual. Recorde-se que tudo o de Deus,
incluída Sua salvação, Sua vida em nós, Suas promessas, tudo se
recebe pela fé, e se lhe da autonomia.

Pois bem, na medida em que o Espírito Santo me revela o valor que


tem para Deus o sangue vertido por Cristo em meu benefício, Sua
morte substituta e Sua ressurreição, poderei eu ter consciência da
importância de levar minha cruz e viver a ressurreição em novidade de
vida. Ao nascer de Adão, recebemos tudo o que é de Adão; ao nascer
em Cristo, recebemos e participamos de tudo o que é de Cristo; não
obstante, devemos ter em conta que em Adão nascemos sendo
pecadores, o que se chama o "velho homem", e que o sangue de
Cristo me lava de todos os meus pecados, mas se faz necessária a
cruz para que esse velho homem seja crucificado.

As co roas dos v en cedo res


Apocalipse 2:10b diz:

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"Sê fiel até a morte, e darte-ei a coroa da vida".

O Senhor diz ao vencedor: Sê fiel ainda que tenhas de morrer. Ser


crente não é o mesmo que ser fiel. Há crentes nos quais Deus pode
confiar e outros em que não. A vontade de Deus é que todo crente
seja fiel; que Ele possa contar com todos nós.
Note que aqui o Senhor não fala de dar vida eterna, que é um
presente, mas sim a coroa da vida, a qual se logra, não como um
presente recebido pela fé, e sim adquirida por nossa fidelidade. O
Senhor havia dito aos vencedores da igreja em Esmirna:

"Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para
lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e
tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa
da vida".

Tiago 1:12 também menciona a coroa da vida para todos aqueles que
suportam as provas por meio da vida divina. Não podemos confundir a
vida eterna com a coroa da vida. A vida eterna a recebemos de
Deus de sua vontade, sem que seja mediadora as obras de nossa
parte, pois a vida de Deus em nosso espírito a temos recebido por
graça. Quem poderá comprar a vida de Deus? Ele corrige o que houver
de mal em seus filhos para purificar-nos, aperfeiçoar-nos e santificar-
nos, mas não tira o que tem dado.

"porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis."(Ro. 11:29).

Em troca, para receber a coroa da vida devemos ser fiéis até a morte;
ou seja, em caso de sofrer perseguições, estar dispostos a ser
sacrificados por causa do Senhor, se for necessário. Então a coroa
denota um prêmio. É como uma ressurreição sobressalente. Note que
em Hebreus 11:35 fala de uma melhor ressurreição para os mártires:

"Mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos. Alguns foram


torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior
ressurreição".

Lemos 1 Coríntios 9:25-27:


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"25 Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa
corruptível; nós, porém, a incorruptível.26 Assim corro também eu,
não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar.27 Mas
esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo
pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado".

Note que ainda temos lutas com nós mesmos. Aqui fala de uma
coroa incorruptível para aqueles que obtém domínio sobre o velho
homem e fazem morrer os hábitos do corpo; se pode pregar as
recompensas no reino, e alguém, ainda que seja salvo por graça
mediante a fé em Jesus Cristo, se não está em alerta, pode ter a
possibilidade de ser desqualificado, de ser indigno de receber o prêmio
no reino. Esta coroa tem a conotação de que o vencedor é honrado
publicamente por um serviço distinguido.

Em 1 Tessalonicenses 2:19 diz:

"Pois quem é a nossa esperança, ou alegria, ou coroa em que


exultamos, na presença de nosso Senhor Jesus em sua vinda? Não
sois vós?"

Paulo aqui fala de coroa com a conotação de que é para os


ganhadores de almas para o Senhor.

Diz 2 Timóteo 4:8:

"Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto


juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a
todos quantos amam a sua vinda".

Aqui a Palavra de Deus fala de uma coroa de justiça; ou seja, que


provém da justiça do Senhor, mas através das obras do crente, a todos
os que amam a vinda do Senhor; isto também à parte de sua
salvação.
Também em 1 Pedro 5:4 a Palavra de Deus diz:

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"Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a


imarcescível coroa da glória".

Deus promete uma coroa de glória para os anciãos (bispos) fiéis, os


que tem boa disposição para apascentar o rebanho de Deus.

Seg unda prom ess a


O Espírito Santo quer que a Igreja não se esqueça que o Senhor Jesus
foi crucificado por nós uma só vez, mas que ressuscitou glorioso; que
não tenhamos nenhum temor do que eventualmente tenhamos que
padecer por causa do Senhor e de Seu testemunho, pois Ele é o
poderoso Deus que tem o controle de tudo o que ocorre no universo. É
necessário vencer a perseguição.

"Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo


presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em
nós" (Ro. 8:18).

Nosso Deus santo e poderoso quer que nossa fidelidade a Ele seja
aperfeiçoada até a morte. O mais importante para um filho de Deus
deve ser a fidelidade ao Senhor em todas as circunstâncias; vencer
todas as dificuldades pelo poder de Seu Santo Espírito. Tudo o que nos
acontece é para nosso bem; Ele sabe tudo e ninguém pode arrebatar-
nos de Suas mãos. Nós mesmos somos os que nos afastamos Dele.
Temos que ser vencedores sobre a perseguição (Apocalipse 2:9-10), e
a perseguição inclui o sofrimento, a tribulação, os cárceres, a pobreza,
as provas e as calúnias dos religiosos. Para ser vencedores tem que se
amar ao Senhor e dar-lhe o primeiro lugar em todas as coisas,
inclusive pô-lo por cima de nossa comodidade, de nossos bens, de
nossa fama, de nossos amores, de nossa família, e até de nossa
própria vida. Quando damos ao Senhor a preeminência em tudo,
freqüentemente isso nos acarreta problemas e fricções em nossos
próprios lugares. Sobrevêm perseguições por parte de nossos parentes
e amigos, vêm calúnias e dedos acusadores por parte das sinagogas
de Satanás; às vezes o Senhor nos guia a que devamos trabalhar e ter
comunhão com irmãos muito dominantes e intolerantes. Tudo isso nos
vai aperfeiçoando e nos vai convertendo em vencedores. Alguns
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pensam que em nossa igreja local tudo é manifestação de amor,


compreensão e harmonia, mas na prática o Senhor utiliza todas essas
fricções e até enfrentamentos com os irmãos, para tratar conosco,
para descobrir nossos espíritos.

O v enc edor não sofr erá dano da segunda mo rt e


"Ao que vencer, não sofrerá o dano da segunda morte" (Ap. 2:11).
O Senhor aqui fala a todos os crentes, e particularmente aos de
Esmirna. O que eles têm que vencer neste caso? Satanás, o máximo
que pode nos causar, se o Senhor permitir, é fazer uso da morte contra
nós, e ele pode usar os poderes do Estado e das instituições religiosas
de toda índole, mesmo as eclesiásticas de tipo cristão. Vemos em toda
a história que há muitas instituições e organizações que pretendem ter
o hereditário direito de ser a legítima Igreja ou povo do Senhor, e
delas os vencedores recebem perseguição e tribulação, ou pelo menos
o menosprezo, difamação mediante libelos, programas de rádios e
outros meios. Isso é a realidade da história da Igreja em todos os
tempos, mas o Senhor já havia advertido. A vitória aqui se trata da
fidelidade ao Senhor até a morte. Satanás sabe que está derrotado, e
Jesus Cristo já conquistou a vitória, o Filho de Deus, mediante o
derramamento de seu precioso sangue na cruz; vertido até a morte,
mas com o resultado de uma poderosa ressurreição e gloriosa
ascensão ao Pai nos céus, enviando logo Seu Santo Espírito e dando
vida à Igreja, que é Seu Corpo, a qual faz efetiva a sentença contra
Satanás agora, e em especial aos vencedores. Irmão, se és infiel
terminas em derrota. Se fugires do sofrimento, foges de todo
compromisso que, inclusive, te pode levar até o martírio, estás em
derrota. Se amas mais a tua própria vida e não estás disposto a
oferecê-la pelo Senhor, sofrerás o dano da segunda morte. Mas
Façamos uma curta analise destes conceitos.
Para entender isto é fundamental que saibamos que há duas
categorias de crentes, os vencedores e os derrotados. Quando a
Escritura fala de vencedores, é porque há cristãos derrotados. Os
vencedores são os cristãos que, no marco da Palavra de Deus, são
crentes espirituais normais, e os derrotados são os crentes carnais.
Um cristão carnal é um crente anormal. Os crentes de ambas as
categorias são salvos pela eternidade, alguns serão salvos assim como
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pelo fogo, ou seja, sendo castigados. Assim como não é o mesmo a


vida eterna que a coroa da vida, tampouco se deve confundir a morte
eterna ou segunda morte, com o dano da segunda morte. Sofrer dano
da segunda morte se relaciona com o castigo temporário no reino
milenar. Lemos em 1 Coríntios 3:15:

" se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo
será salvo, todavia, como que através do fogo".

Quando a Palavra de Deus diz que os vencedores não sofrerão dano da


segunda morte, significa que os derrotados sim a sofrerão. Sofrer um
castigo temporal na Geena, ou algum lugar parecido, é sofrer dano da
segunda morte. Não sofrerão a segunda morte, mas se lhes causará
dano, dor. Que não sofrerá a segunda morte nos diz João 10:27-28,
assim:

"27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me


seguem.28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém
as arrebatará da minha mão.". "39 E a vontade de quem me enviou é
esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário,
eu o ressuscitarei no último dia." (João. 6:39). "Dos que me deste não
perdi nenhum" (João. 18:9b).

Note que diz que não perecerão jamais; não diz que o que se extraviar
pelo pecado, se perde eternamente. O crente que peca, será julgado
por seu pecado e castigado, mas não perde sua salvação. A salvação
eterna não guarda nenhuma relação com nossas obras ou
comportamento (Efésios 2:8-9).
Ressurreição significa passar da morte para a vida. Como veremos no
capítulo sete, o crente deve passar por um processo de ressurreição. O
normal é que todo crente experimente três ressurreições. Toda pessoa
humana nasce morta em pecado; quando crê, é regenerado,
experimenta o novo nascimento. Isto é a primeira ressurreição pessoal
de que já falamos. O espírito passa da morte à vida quando cremos;
mas vem logo uma segunda ressurreição: a alma vai experimentando
sua ressurreição na medida em que nos ocupamos menos da carne e
mais do espírito. Na prática esta é uma ressurreição progressiva na
vida do crente, na medida em que caminha com Cristo. A terceira é a
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ressurreição gloriosa, à última trombeta, quando vier o Senhor, que é


a primeira das duas grandes ressurreições coletivas. É quando será
ressuscitado o corpo. Também em Apocalipse 20:6 diz:

"Bem aventurado e santo o que tem parte na primeira ressurreição; a


segunda morte não tem autoridade sobre eles, senão que serão
sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele os mil anos".

A diferença baseia-se em que a segunda morte é condenação eterna, e


sofrer dano da segunda morte, é só uma disciplina temporária,
durante a dispensação do milênio. Se alguém não é purificado em sua
alma nesse tempo, o será na era vindoura, durante o tempo do reino
milenar, para que na eternidade possamos estar com o Senhor, e
sermos santos como Ele é Santo. Há coisas no crente carnal que estão
de baixo da maldição em Adão, que devem ser tiradas, agora ou
quando o Senhor vier e julgar à Igreja.

Note que Paulo havia sido salvo eternamente quando ainda era um
perseguidor da Igreja, após a visão que teve de Jesus cristo; e ele
sabia isso. Mas foi chamado a um trabalho, não para ser salvo, senão
para fazer a obra de Deus e poder entrar no reino. Ao analisar o
capítulo 9 de 1 Coríntios, vemos que Paulo se refere a seu trabalho em
relação com o reino, e no versículo 17 fala de que terá recompensa;
no 18 fala de galardão; no 24 fala de prêmio; no 25 fala de receber
uma coroa incorruptível. A manifestação do reino dos céus será para
os cristãos a manifestação de uma recompensa. Não obstante, nos
versículos 26 e 27 diz:
"26 Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como
desferindo golpes no ar.27 Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à
escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a
ser desqualificado".

Isto de ser eliminado ou reprovado, tem a conotação de ser


desqualificado, recusado ante o tribunal de Cristo, não digno de
receber o prêmio, ainda que houvesse sido salvo eternamente por
graça mediante a fé em Cristo. Já temos dito que uma coisa é a vida
eterna e outra é a coroa da vida. A vida eterna se recebe como um
presente de Deus e a coroa da vida depende de nossas obras. A coroa
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da vida somente a recebe quem for fiel até a morte, o vencedor. Assim
também encontramos o oposto à vida eterna, ou seja, A morte eterna,
a segunda morte, o que a sua vez é diferente ao dano da segunda
morte. Então, quando, em que tempo, se recebe a coroa da vida?
Quando o Senhor vier, quando nos reunirmos com Ele nas nuvens e
começar Seu tribunal para julgar à Igreja e se dê início à idade do
reino dos céus, o milênio, e isso se traduz em que o vencedor há de
reinar com Cristo no reino de Deus. Simultaneamente, o derrotado, o
crente que não é fiel até a morte, ainda que não perca a sua salvação,
entretanto, não recebe a coroa da vida, senão que durante o milênio a
tem perdida e é submetido a sofrer o dano da segunda morte, que
pode ser uma espécie de "corretivo" nas trevas exteriores.

" 25 Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem


perder a vida por minha causa achá-la-á. " (Mt. 16:25).

O homem natural, morto espiritualmente, pela graça de Deus, e


mediante a fé no Senhor Jesus, recebe a vida eterna. Posteriormente,
quando voltar o Senhor, recebe a coroa da vida, sempre e quando for
vitorioso, fiel até o ponto de estar disposto a dar sua vida pelo Senhor.

Cap. 2B: OS V EN CED OR ES E A CR UZ

A sa lva ção em Hebr eus


A carta aos Hebreus constitui uma das primeiras amostras de defesa
(apologética) da fé cristã e sua superioridade frente ao judaísmo; e é
por isso que ao largo de seu contexto contrapõe a aparência e a
sombra do provisório e terreno da lei mosaica, frente à verdade
celestial e eterna de Cristo e a Igreja. Esta carta tem que ser analisada
em seu verdadeiro contexto. Leiamos Hebreus 5:11-14:

"11 A esse respeito temos muitas coisas que dizer e difíceis de


explicar, porquanto vos tendes tornado tardios em ouvir.12 Pois, com
efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido,
tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo,
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quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos


tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido.13 Ora,
todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da
justiça, porque é criança.14 Mas o alimento sólido é para os adultos,
para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas
para discernir não somente o bem, mas também o mal".

Estes últimos quatro versículos do capítulo cinco de Hebreus falam de


crentes imaturos, crianças espirituais, aos quais não se pode alimentar
senão com leite, com os rudimentos da doutrina da salvação e não
com alimento sólido, porque são crianças. Há crentes que passam toda
a vida, digamos, no primário, quando deveriam ser já mestres de
outros, e não avançam, não saem dessas primeiras etapas dos seis
rudimentos da graça que estão enumerados nos dois primeiros
versículos do capítulo 6, que são o fundamento da vida cristã, a saber:
(1) o arrependimento de obras mortas, (2) a fé em Deus, (3) a
doutrina de batismos (ablução, lavagem), (4) a imposição de mãos,
(5) a ressurreição, e (6) o juízo eterno. Não podemos ficar nessa etapa
da graça; devemos crescer na palavra de justiça, no conhecimento e a
vida do Senhor; devemos colaborar com o Senhor na edificação da
casa de Deus; devemos trabalhar com o Senhor na preparação do
reino dos céus. O Senhor é o que trabalha em nós em nosso
crescimento espiritual, em nossa maturidade, mas não faz se nós não
cooperamos com Ele. Note que o capítulo 6 conecta com um "por
isso". Leiamos o contexto de Hebreus 6:1-8:

" Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de


Cristo, deixemo-nos levar para o que é perfeito, não lançando, de
novo, a base do arrependimento de obras mortas e da fé em Deus,
2 o ensino de batismos e da imposição de mãos, da ressurreição dos
mortos e do juízo eterno.3 Isso faremos, se Deus permitir.
4 É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e
provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito
Santo,5 e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo
vindouro,6 e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para
arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si
mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia.7 Porque a terra
que absorve a chuva que freqüentemente cai sobre ela e produz erva
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útil para aqueles por quem é também cultivada recebe bênção da


parte de Deus;8 mas, se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada e
perto está da maldição; e o seu fim é ser queimada ".

Aqui confirmamos que o autor fala a cristãos em processo de


maturidade, que devem estar deixando os rudimentos e que devem
avançar e adentrar-se nas coisas profundas da vida no Espírito; isto
encerra o participar com o Senhor em suas realizações, e alimentar-
nos Dele para um normal crescimento. Vemos, pois, que aí o tema não
é a salvação; do que trata aí é de progredir na maturidade espiritual e
não o retrocesso. Se alguém que uma vez tenha sido iluminado e
gozado do dom celestial (Cristo), participante do Espírito Santo e dos
poderes do mundo vindouro (poderes do reino milenar, que são os
dons e poderes do Espírito Santo), se recair e voltar atrás, não tem
necessidade de voltar a por o fundamento, crendo outra vez no Senhor
Jesus, nem de arrepender-se de novo de obras mortas, pois não pode
ser outra vez renovado para arrependimento; já tudo isso se fez uma
vez e para sempre. Quando cremos em Cristo, Deus nos perdoou, nos
justificou, nos deu vida eterna, nos deu sua paz, nos deu segurança de
nossa salvação. Então, o que acontece com essa pessoa? Pois
sensivelmente que, em vez de dar fruto ao ser alimentada e cultivada
por Deus, deu espinhos e abrolhos; então essa pessoa é reprovada,
eliminada do reino, pois os espinhos e abrolhos que produziu devem
ser queimados. Essa pessoa não perece para sempre, mas sofrerá o
dano da segunda morte. Alguém pode alegar contradição usando o
texto de Hebreus 10:26-29, que diz:

" 26 Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de


termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta
sacrifício pelos pecados;27 pelo contrário, certa expectação horrível
de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários.
28 Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três
testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés.29 De quanto mais
severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou
aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual
foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça? ".

Aqui mostra o caminho de um apóstata judeu. Levemos em conta todo


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o contexto da carta aos Hebreus que, como seu nome indica, é dirigida
aos cristãos que antigamente professavam a religião judaica, com seus
sacrifícios de animais, tudo isso figura e sombra da verdade em Cristo;
eles vinham assistindo a suas reuniões nas sinagogas. Onde se
reuniam depois que se convertiam? Nas reuniões da igreja, pelas
casas com os irmãos. A carta aos Hebreus foi escrita precisamente por
causa dos judeus que haviam se convertido ao cristianismo, os quais
muitas vezes não tinham estabilidade; estavam cheios de temores
pela continua intimidação, ameaças e acusação a que eram
submetidos pelos líderes das sinagogas, e inclusive pelos parentes e
achegados; de maneira que alguns temiam que os vissem nas
reuniões da igreja, e muitos estavam ao ponto de regressar ao
judaísmo.

Ao analisar cuidadosamente toda a carta aos Hebreus, e em particular


os capítulos 9 e 10, vemos que o Senhor Jesus com Seu sacrifício na
cruz aboliu os sacrifícios do antigo pacto, e nos abriu um caminho
novo e vivo para entrar no Lugar Santíssimo, que agora não se trata
do templo de Jerusalém, figura do verdadeiro, senão o Lugar
Santíssimo dos céus, onde está o Senhor sentado; porque Seu único
sacrifício é válido para sempre, em contraste com os sacerdotes, que
estão de pé dia após dia, oferecendo sacrifícios continuamente, que
nunca podem tirar os pecados. Quando o versículo 25 diz que "não
deixando de congregar-se, como alguns tem por costume", significa
que o irmão hebreu que chegasse a deixar de congregar-se nas
reuniões cristãs, equivalia voltar voluntariamente às reuniões do
judaísmo, ao antigo pacto, à sinagoga; e isso é o que significa "pecar
voluntariamente" do versículo 26, desprezando assim a verdade do
novo pacto e voltando aos sacrifícios de touros e cordeiros machos
que, na economia de Deus, já não podem tirar os pecados.
Vemos, pois, que o contexto fala da verdade, que é todo o revelado na
carta; fala do novo pacto, em comparação com o antigo, que era a
sombra; fala do sangue do Senhor, em comparação com o sangue dos
animais; de maneira que se um irmão hebreu voltasse ao judaísmo, já
não restaria mais sacrifício por seus pecados, pois os antigos
sacrifícios já ficaram sem valor; guardar certos dias e preceitos ficou
sem valor; preferir certos alimentos ficou sem valor; reunir-se na
sinagoga ficou sem valor; preferir certos edifícios chamados templos e
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certos lugares específicos, ficou sem valor. O válido está em Cristo,


dentro da Igreja redimida, o Corpo de Cristo. Levemos em conta que
todos os sacrifícios do antigo pacto foram substituídos pelo único
sacrifício de Cristo; de modo que o sacrifício pelos pecados cessou
para sempre; já não há mais sacrifício. Alguém que voltasse ao
judaísmo, já não teria mais sacrifício por seus pecados, e o que lhe
esperaria seria um terrível castigo dispensacional. No caso de que sua
conversão tenha sido autêntica, essa pessoa não perde a salvação,
porquanto segue fazendo parte da Igreja, conforme o versículo 30. O
que um judeu, depois de haver crido em Jesus, voltasse ao judaísmo e
voltasse a confiar nos sacrifícios dos animais, significava pisotear ao
Filho de Deus, e haveria tido como comum o sangue de Cristo.
Consideramos que se alguém, sendo crente, se volte a sua antiga
religião e a seus ídolos, terá algum forte castigo dispensacional.

A g raça e o go ve rno de De us
Para compreender melhor todo o relacionado com a salvação e o reino,
é necessário saber que Deus tem estabelecido no universo dois
sistemas que são, o sistema da graça e o sistema do governo de Deus.
Por exemplo, a criação do homem é um ato do governo de Deus, e a
vida do homem sobre esta terra, suas ações, suas responsabilidades,
suas inter-relações, suas próprias formas de governo e constituições,
requerem que se submeta ao governo de Deus, que obedeça esses
princípios e dê conta ante Deus de seus atos, agora ou diante do trono
judicial divino. Satanás caiu porque se rebelou contra o governo de
Deus; logo caiu o homem e pecou deliberadamente, rebelando-se
também contra o governo de Deus. Então, e por essa causa, foi
adicionado o sistema da graça, para redimir e restaurar aos homens
insubordinados e rebeldes, pois de outra maneira jamais poderiam
submeter-se ao sistema de governo de Deus. Ninguém que não tenha
sido redimido o tem logrado por seus méritos. Onde se encontram os
redimidos e restaurados? Na Igreja, de maneira que o sistema da
graça se relaciona com a Igreja, com a salvação, onde se espera que
os filhos de Deus em Cristo se submetam ao governo de Deus.
O governo de Deus atua desde a criação dos anjos; e quando Lúcifer
se rebelou contra esse governo, foi expulso do céu. O governo de Deus
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atuou no jardim do Éden ao por o homem a cargo do mesmo,


revestido de toda a autoridade para ele, mas expulsou dali quando
caiu; porém atuou Sua graça ao prometer-lhe um Salvador. O governo
de Deus atuou muitas vezes durante a peregrinação do povo hebreu
pelo deserto; e muitos caíram debaixo do justo juízo de Deus e
pereceram no deserto, e não entraram na terra prometida. O governo
de Deus se pôs de manifesto quando Davi pecou e representou mal o
governo de Deus, fazendo blasfemar os inimigos de Deus. Por Sua
graça, o Senhor perdoou a Davi de seu pecado. Mas a disciplina lhe
seguiu pelo resto de sua vida, primeiro com a morte do filho, fruto de
seu pecado com Bate-Seba, a mulher de Urias, e logo lhe sobreveio
que a espada (arma com a qual Davi havia feito o mal, a morte de
Urias) jamais se apartou da casa de Davi (2 Samuel 12:7-14). A Bíblia
está cheia de exemplos. Conforme o sistema da graça, o Senhor Jesus
esteve nesta terra para salvar aos homens, mas conforme a Palavra de
Deus, Ele também padeceu na cruz para estabelecer a autoridade de
Deus e o reino dos céus sobre a terra. É essa mesma autoridade que
recebeu Adão, mas que ele a entregou ao maligno quando pecou. Essa
autoridade é restaurada ao homem em Cristo, o último Adão. "pregai
que está próximo o reino dos céus" (Mateus 10:7). Os homens no
mundo não conhecem o governo de Deus; isso só se conhece na
Igreja, entre os vencedores. Há muitos irmãos que ignoram isto.
O que acontece quando um crente não se submete ao governo de
Deus? Todo crente tem sido perdoado de seus pecados passados pela
graça. Mas a graça não tem posto de lado o governo, e os filhos são os
primeiros a dar o exemplo. Se tu, sendo crente, tu que representas ao
Senhor, pecas ou vives levianamente, não se submetendo ao governo
de Deus, fazes que blasfemem os inimigos de Deus, estás buscando
que te aconteça como aconteceu a Davi. Se confessas teu pecado, Ele
é fiel e justo para perdoar-te, mas o perdão da graça que tens
recebido de Deus, não muda Seu perdão de governo, não o afeta, e de
acordo com a gravidade de teu pecado, pode ser que sejas tratado
disciplinarmente. Moisés pecou, representou mal ao Senhor em
Meribá, quando golpeou a rocha; Deus o perdoou, ele é salvo;
apareceu na transfiguração do Senhor, mas não entrou na terra
prometida, por causa do perdão do governo. Isto é sério, irmãos, de
maneira que se um filho de Deus não alcança o ser julgado e castigado
pelo Senhor enquanto está aqui na terra, seu pecado lhe alcançará
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diante do tribunal de Cristo em Sua vinda, na ressurreição da Igreja, e


ali terá a disciplina do caso. É necessário que nos examinemos a nós
mesmos à luz e convicção do Espírito.

"31 Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos


julgados.32 Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor,
para não sermos condenados com o mundo" (1 Co. 11:31-32).

Quanto mais se entender e se viver o sermão do monte, quanto mais


humilde e pobre no espírito for o crente, mais podemos compenetrar
com o governo de Deus e mais nos sujeitarmos a ele. O mundo não
conhece isto, nem pode conhecê-lo; queira o Senhor que o conheça e
o viva a Igreja. Nossa salvação é pela graça de Deus em Cristo, mas
nossa conduta como crentes deve estar sujeita ao governo de Deus.

A S egu nda M or te
Além da coroa da vida, aos vencedores se lhes promete não sofrer o
dano da segunda morte. Em Apocalipse 2:10b diz:

"Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida".

Note que aqui o Senhor não fala de dar vida, senão a coroa da vida, a
qual se conquista, não como um presente recebido pela fé, e sim
adquirido por nossa fidelidade. Além da coroa da vida, aos vencedores
é prometido o não sofrer o dano da segunda morte. Todos os homens,
tanto crentes como ímpios, temos de experimentar a primeira morte,
que é a morte física, a separação da alma do corpo. Diz em Hebreus
9:27:

" E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez,
vindo, depois disto, o juízo".

Também Cristo sofreu a primeira morte, para que todo o que Nele crer
não sofra a segunda morte nem o juízo dos ímpios no grande trono
branco, depois de finalizado o reino milenar. Então, o que é a segunda
morte? A segunda morte é a separação da pessoa de todo contato com

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Deus e o resto da criação, e lançado em um lago de fogo para perdição


eterna. A Palavra de Deus diz em Apocalipse 20:14,15:

" 14 Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de


fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.15 E, se alguém não foi
achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago
de fogo".

Quando ocorrerá isto? Depois do reino milenar, quando os mortos


ímpios forem ressuscitados, depois que forem julgados no juízo do
grande trono branco; uma vez terminada a sentença, serão laçados no
lago de fogo, a Geena, e ali sofrerão tormento eterno no corpo, alma e
espírito. Essa é a segunda morte, para todos aqueles cujos nomes não
se acharem escritos no livro da vida do Cordeiro. A Palavra de Deus
nos diz que nenhum cristão sofrerá a segunda morte, ainda que, como
temos dito; os cristãos derrotados, os que se unem ao mundo e amam
ao mundo e as coisas do mundo, entretanto, podem eventualmente
sofrer dano temporário da segunda morte durante o reino milenar,
nesse mesmo lugar onde estarão os incrédulos do mundo. Como
temos anotado, tem muitas partes na Bíblia que declaram que os
crentes não sofrerão a segunda morte. Então estimamos que houvesse
uma marcada diferença entre o que é a segunda morte, que implica a
condenação eterna, e sofrer dano da segunda morte, que só é
temporário. Por favor, leia o contexto sobre o servo infiel em Lucas
12:41-48. Ali fala de açoites aos servos, e de castigo temporário no
mesmo lugar onde estarão os infiéis. O Senhor jamais tem por servos
aos que não lhe pertencem. No capítulo quatro estaremos dando
detalhes das diferentes classes de disciplinas durante a idade do reino.
Não se trata de algum lugar chamado "purgatório", pois a Bíblia não
ensina essa doutrina nem esse lugar. Quando os religiosos inventaram
a doutrina do purgatório se referiam à salvação eterna e não ao reino.
O castigo temporário a que se refere a Escritura, se refere ao reino e
não à vida eterna. Mas voltando ao tema, temos que também os que
não resolvem a tempo seus problemas com os demais irmãos da
igreja, podem ter suas dificuldades diante do tribunal de Cristo. Trata-
se de problemas na Igreja, de problemas entre os irmãos,
sectarismos, dissensões, pleitos, ódios, zelos religiosos e demais obras
da carne. Com a atual situação da Igreja, é fácil arrumar esses
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problemas com o simples fato de se mudar alguém da comunhão com


os irmãos e ir reunir em outra congregação denominacional, e fazer-se
membro onde ainda não tenha tido esses problemas; mas, já estão
resolvidas essas coisas diante do Senhor? O Senhor diz aos crentes:

" 21 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar
estará sujeito a julgamento.22 Eu, porém, vos digo que todo aquele
que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento;
e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do
tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de
fogo.23 Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de
que teu irmão tem alguma coisa contra ti,24 deixa perante o altar a
tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então,
voltando, faze a tua oferta.25 Entra em acordo sem demora com o
teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o
adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas
recolhido à prisão.26 Em verdade te digo que não sairás dali,
enquanto não pagares o último centavo " (Mateus 5:21-26).

No contexto anterior, para o Senhor não há irmãos fora da Igreja. Qual


é o lugar desse castigo temporário? Ali diz que é o inferno de fogo, e
logo o repete no verso 30. Onde diz que é temporário? No contexto
dos versículos 25 e 26. Somos salvos pela graça, não por cumprimento
da velha dispensação, mas para entrar no reino devemos cumprir a lei
do reino, a que complementa a antiga. A justiça dos legítimos cristãos
deve ser superior à dos meros religiosos professos, que são os
modernos escribas e fariseus. Algumas pessoas estarão tentadas a
tomar estes ensinamentos confundindo-os como se tratasse da
apologia da doutrina romana do purgatório. Nós aqui não estamos
ensinando nada que se relacione com um lugar chamado purgatório,
porque levamos em conta que o ensinamento sobre a existência do
purgatório é trazida pelo catolicismo romano das profundezas
satânicas babilônicas, e não da Bíblia. O catolicismo romano
historicamente desvirtuou a salvação gratuita de Deus em Cristo e
difundiu a espécie de que as pessoas (inclusive os ímpios) deviam
pagar (comprar indulgências, missas, responsos e votos) para que
pudessem sair do purgatório e ter salvação eterna. Por esse enganoso
meio, os hierarcas desse sistema religioso seguem obtendo
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abundantes ganâncias. Isso todo mundo sabe. Mas as Escrituras falam


de que todo crente em Cristo foi predestinado desde antes da
fundação do mundo para ser salvo pela graça, sem obras,
gratuitamente, somente pela fé na obra redentora de Cristo na Cruz. É
um presente de Deus, imerecido. Mas quando Cristo vier, depois da
ressurreição, todo crente comparecerá ante o tribunal de Cristo para
que sejam julgadas suas obras, já em sua qualidade de crente e filho
de Deus, sejam boas ou sejam más. Todo pai de família faz que no lar
se respeitem certas normas de vida, moral e de disciplina; quanto
mais o Senhor. E quanto essas normas são infringidas, o pai de família
toma medidas. Se os filhos fazem o bem, costuma haver presentes e
motivações, mas quando fazem o mal, costuma haver dolorosas
disciplinas. Isso diz a Bíblia, por exemplo, em Hebreus 12:3-11:

"3 Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha


oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis,
desmaiando em vossa alma.4 Ora, na vossa luta contra o pecado,
ainda não tendes resistido até ao sangue 5 e estais esquecidos da
exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não
menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando
por ele és reprovado;6 porque o Senhor corrige a quem ama e açoita
a todo filho a quem recebe.7 É para disciplina que perseverais (Deus
vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige?8 Mas,
se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes,
logo, sois bastardos e não filhos.9 Além disso, tínhamos os nossos
pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não
havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e,
então, viveremos?10 Pois eles nos corrigiam por pouco tempo,
segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para
aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade.11
Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de
alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico
aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça ".

Cap. 3. OS VE NC EDORE S E O MU NDO

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As minorias d e D eus
Há organizações religiosas que se ufanam do grande número de
membros que enchem seus templos e livros de registros, e neles às
vezes baseiam o triunfo de determinada gestão ministerial.
Observamos na Palavra de Deus que o Senhor se deleita com poucas
pessoas, quando essas poucas pessoas lhe amam e lhe são fiéis e
obedientes. O Senhor Jesus sempre considerou seus seguidores como
uma minoria; se as multidões se contaminam com o mundo, então Ele
quer uma minoria santa, seleta pelo Pai, leal, apartada de um mundo
dominado pelo pecado, a avareza, a cobiça, o engano e as aparências.
A esse seu pequeno grupo de eleitos, diz o Senhor em Lucas 12:30-
32:

"30 Porque os gentios de todo o mundo é que procuram estas coisas;


mas vosso Pai sabe que necessitais delas.31 Buscai, antes de tudo, o
seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas.32 Não temais, ó
pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu
reino ".

Nas Escrituras Santas com freqüência se registram ocasiões em que o


Senhor se decide pelas minorias. Por exemplo, antes do dilúvio havia
muita gente. A cultura antediluviana havia desenvolvido o suficiente
como para que se fale de cidades habitadas por milhares de pessoas;
mas a maldade havia se multiplicado de tal maneira, que Deus decidiu
varrer de sobre a face da terra os homens que havia criado, porque a
terra toda estava corrompida. Dentre tanta gente só um homem, Noé,
achou graça ante os olhos de Yahveh*(1), e diz a Palavra de Deus em
1 Pedro 3:20:

"... os quais, noutro tempo, foram desobedientes quando a


longanimidade de Deus aguardava nos dias de Noé, enquanto se
preparava a arca, na qual poucos, a saber, oito pessoas, foram salvos,
através da água ".

Também vemos outro caso no livro de Números, com ocasião do envio


dos espias, durante a peregrinação do povo hebreu pelo deserto. Havia
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necessidade, e por mandato de Yahveh, que se enviasse desde o


deserto a uns espias a que explorassem a terra de Canaã; e da grande
multidão que compunham os filhos de Israel depois que saíram do
Egito e ia pelo deserto caminho à terra prometida, Deus não permitiu
que Moisés enviasse a muitos, senão a um grupinho de selecionados
por nomes. Diz em Números 13:2 que Deus disse a Moisés:
" Envia homens que espiem a terra de Canaã, que eu hei de dar aos
filhos de Israel; de cada tribo de seus pais enviareis um homem,
sendo cada qual príncipe entre eles ".

Outro exemplo clássico encontramos no caso de Gideão. Nos tempos


dos juízes; quando Deus entregou o povo de Israel nas mãos dos
medianitas, os israelitas clamaram a Deus, e o Senhor escolheu para
que os salvasse; um simples jovem da tribo de Manassés chamado
Gideão, do qual sabemos como pediu ao Senhor que lhe confirmasse
seu chamado mediante um novelo de lã posto à intempérie, a fim de
que o Senhor fizesse chover sobre o mesmo ou não; embora que a seu
derredor ocorria o contrário. Foi tanta a confirmação e o respaldo que
recebeu do Senhor, que a seu chamado acudiram mais de trinta mil
israelitas; Mas ao Senhor não interessa muito essas grandes
multidões, não seja que por serem muitos, por estarem bem armados,
por terem uma boa conta bancária e magníficas relações com o
governo e com a sociedade, por ostentarem graus universitários, se
louvem a si mesmos e não dêem glória a Deus, pois Ele diz:
" Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito " (Zacarias
4:6); e então determina fazer uma seleção de uns poucos, como
podemos ler em Juízes 7:2-7:
" Disse o SENHOR a Gideão: É demais o povo que está contigo, para
eu entregar os midianitas nas suas mãos; Israel poderia se gloriar
contra mim, dizendo: A minha própria mão me livrou.3 Apregoa, pois,
aos ouvidos do povo, dizendo: Quem for tímido e medroso, volte e
retire-se da região montanhosa de Gileade. Então, voltaram do povo
vinte e dois mil, e dez mil ficaram.4 Disse mais o SENHOR a Gideão:
Ainda há povo demais; faze-os descer às águas, e ali tos provarei;
aquele de quem eu te disser: este irá contigo, esse contigo irá; porém
todo aquele de quem eu te disser: este não irá contigo, esse não irá.

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5 Fez Gideão descer os homens às águas. Então, o SENHOR lhe disse:


Todo que lamber a água com a língua, como faz o cão, esse porás à
parte, como também a todo aquele que se abaixar de joelhos a beber.
6 Foi o número dos que lamberam, levando a mão à boca, trezentos
homens; e todo o restante do povo se abaixou de joelhos a beber a
água.7 Então, disse o SENHOR a Gideão: Com estes trezentos
homens que lamberam a água eu vos livrarei, e entregarei os
midianitas nas tuas mãos; pelo que a outra gente toda que se retire,
cada um para o seu lugar ".

Com os 300 homens que ficaram com Gideão bastava; a glória seria
do Senhor. A Gideão e a seus 300 o Senhor deu três coisas a cada
uno: Um cântaro de barro, esse é nosso eu, somos vasos de barro;
mas dentro de esse cântaro de barro nos deu uma tocha acesa; esse é
o fogo do Espírito Santo dentro de nós; e uma trombeta para dar som
de batalha, de juízo e de vitória. Ao romper o cântaro, ao negar-nos a
nós mesmos, o que se aproveita é a luz do Senhor, de Seu Espírito, e
ao som da trombeta, temos a vitória sobre os inimigos do Senhor, do
reino e de nossa salvação. Deus escolheu em Gideão a alguém que
confessou ser o mais insignificante da família mais humilde de toda a
tribo. Era um vencedor de arrancada. A Palavra do Senhor diz que o
espírito é o que dá vida e que a carne para nada aproveita. Além
disso, diz que as palavras que nos fala o Senhor são espírito e vida.
Em muitas ocasiões são palavras que nos parecem muito fortes, e não
queremos comprometer-nos. Como na ocasião em que o Senhor
declarava que Ele era o pão de vida, e que o que não comesse Sua
carne e bebesse Seu sangue, não poderia permanecer Nele; diz que
muitos o abandonaram; não entenderam. Logo diz em João 6:66-67:

"À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não


andavam com ele.67 Então, perguntou Jesus aos doze: Porventura,
quereis também vós outros retirar-vos? "

O m undo se opõe ao Pai


Se a Igreja tem se comprometido com o mundo e tem falhado na
história, Deus determina fazer o trabalho com um grupo de valentes
vencedores que lhes ama, lhe obedece, que negam a si mesmos e
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levam sua cruz a cada dia. Em todos os tempos tem havido


vencedores; pouquinhos, mas tem havido. Diz 1 João 2:15-17:

" Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém


amar o mundo, o amor do Pai não está nele;16 porque tudo que há
no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a
soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo.17 Ora,
o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que
faz a vontade de Deus permanece eternamente ".

Aqui a palavra mundo denota o sistema, contrário e oposto aos


princípios de Deus, estabelecido por Satanás; e esse sistema tem
envolvido aos homens em todos os aspectos da vida humana como são
a política, o poder, a economia, a religião, a cultura, a educação, o
entretenimento e suas relações sociais. Satanás tem valido para ele
tanto da natureza caída do homem como do poder latente de sua alma
humana, criando um mundo supremamente sedutor, atraente e falso,
que enlaça por meio das concupiscências e vaidades enganosas. Como
o diabo é o criador, dono e manipulador desse sistema, tudo o que se
enreda aí, está abaixo do sistema do maligno. A Igreja também se tem
visto enredada nesse emaranhado; mas sempre tem havido
vencedores que não amam o mundo e tem vencido o maligno. O
vencedor sabe perfeitamente que não é deste mundo. Diz em João
15:18-19:

" Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me
odiou a mim.19 Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era
seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos
escolhi, por isso, o mundo vos odeia ".

O que ama ao mundo, não ama ao Pai; mas o vencedor ama ao Pai e
luta com Cristo contra Satanás.

"Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do


diabo." (1 Jo. 3:8).

Cristo trabalha com os vencedores para desfazer as obras de Satanás.


O mundo gira através de três princípios que tem impulsionado a obra
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de Satanás: Os desejos da carne, que é o intenso desejo do corpo, a


concupiscência dos olhos, que tem a ver com os desejos da alma pelas
coisas que entram pelos olhos, e a soberba da vida, a qual se relaciona
com a jactância e a prepotência que envolve o amor às coisas
materiais e as posições e a glória dos homens. Tudo isso se
desvanece; mas Satanás, todavia tem esse sistema mundial sob seu
comando e o manipula; e os homens que não tem a vida de Deus, que
estão mortos em seus delitos e pecados, seguem essa corrente
satânica. Esses três princípios envolvem toda a atividade humana
deste século, chama-se economia, política, educação, o governo, a
cultura, o entretenimento em seus diferentes aspectos, a religião, em
fim, tudo. Diz em 1 Juan 5:19:

"Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno ".

E também em Efésios 2:1-3 diz:

"Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,2
nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o
príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da
desobediência;3 entre os quais também todos nós andamos outrora,
segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e
dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como
também os demais ".
A Igreja não está sob o maligno, mas sim sob o governo e a vida de
Deus; entretanto, a Igreja, ou melhor o cristianismo professo,
historicamente se uniu em matrimonio com o sistema mundial e tem
sido infiel ao Senhor. Por que tem sido infiel? Porque o Senhor é nosso
esposo, e uma esposa é infiel quando ama a alguém fora de seu
legítimo esposo.

Diz o Senhor em Tiago 4:4:

"Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de


Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se
inimigo de Deus ".

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Qual é, então, a posição de vencedor frente ao mundo? Já que a Igreja


tem falhado, os vencedores tomam a posição de toda a Igreja, e
vencem ao mundo; o vencem com a fé no Filho de Deus. Diz em 1
João 5:4-5:

"porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a


vitória que vence o mundo: a nossa fé.5 Quem é o que vence o
mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?"

Já todo filho de Deus tem a vida divina em seu espírito; essa vida de
Deus recebida na regeneração, deve desenvolver-se em nós
continuamente, o qual nos dá poder para vencer o mundo manipulado
pelo diabo.

O amo r à a lma
Depois de declarar que para dar fruto tem que morrer, como o grão de
trigo, diz em João 12:25: "Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele
que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna".
Nós devemos perder a vida da alma, a casca que oprime o espírito, a
fim de andar em comunhão espiritual com o Senhor e dar fruto, e
assim desfrutar, na ressurreição, do reino com o Senhor. Mais de cem
vezes encontramos no Novo Testamento, afirmações no sentido de crer
para ser salvo, para ser justificado, para ter vida eterna; tudo isso se
refere à salvação do espírito; entretanto, quando se refere à salvação
da alma, a Bíblia fala de sofrer com paciência, de trabalhar, de perder
a alma para ganhá-la. Pode ser que tu não estejas pecando no sentido
de estar praticando atos implicitamente maus; mas deixas de
obedecer ao Senhor por estar envolvido em comprazer-te nos desejos
e paixões de tua alma, ou comprazer-te com as relações de tuas
amizades e parentes; podes estar amando tudo isso mais que ao
Senhor. Tem que decidir entre obedecer a Deus ou obedecer e deleitar
nossa alma. Nós não queremos que nossa alma sofra, e às vezes isso
nos interessa mais que obedecer ao Senhor. Em que se deleita a alma?
No que se deleita o mundo: Ter muitos amigos e compartilhar com
eles, ter dinheiro e amá-lo mais que a Deus, desfrutar de luxos,
deleitar-se com a boa comida, luzir os bons vestidos à moda, tudo o
relacionado com os exageros na beleza física, as recreações, as coisas
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supérfluas, os elogios dos homens, a fama, a glória terrena, as


vaidades. Tudo isso agrada a alma. O cristão deve escolher entre o
mundo e o reino milenar. O cristão já tem vida eterna; seu espírito já
está salvo, e é certo que estará com o Senhor na Nova Jerusalém;
mas se não tem perdido sua alma nesta era, irá perder quando o
Senhor estabelecer Seu reino. Que lamentável seria que diante do
Senhor tivéssemos que reconhecer uma triste realidade e admitir: Se,
conhecíamos ao Senhor, tínhamos consciência que éramos do Senhor,
mas não vivíamos para Ele senão para nós mesmos, e todo o tempo
que vivemos na terra o desperdiçamos, estávamos obscurecidos, com
nossa visão posta em um mundo atraente. O mundo se relaciona
também com as riquezas, o amor que se tenha e o lugar que ocupem
em nosso coração. De acordo com a prioridade que ocupem as coisas
em tua vida, assim é teu andar com Deus, assim é o grau de
comunhão que tenhas com o Senhor, e assim é a motivação de tua
oração. Diz a Palavra que da abundancia do coração fala a boca, e isso
mesmo pode se aplicar para nossa oração diária. Qual é tua motivação
na oração? Priorizas teus próprios interesses ou concedes ao Senhor o
primeiro lugar? Qual é a ordem de prioridades em Mateus 6:33? Um
crente vencedor é um intercessor diante do Pai pelos interesses do
Senhor.

Lemos em Hebreus 11:24-26:


" Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho
da filha de Faraó,25 preferindo ser maltratado junto com o povo de
Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado;26 porquanto
considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os
tesouros do Egito, porque contemplava o galardão".

O crente vencedor também escolhe ser maltratado por causa do


Senhor e sofrer o vitupério de Cristo fora do acampamento. O que
significa fora do acampamento? Lemos em Hebreus 13:12-13:

" Por isso, foi que também Jesus, para santificar o povo, pelo seu
próprio sangue, sofreu fora da porta.13 Saiamos, pois, a ele, fora do
arraial, levando o seu vitupério ".

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De conformidade com o contexto, o Senhor Jesus foi sacrificado fora


da porta, fora do acampamento, e nos guiou ao caminho estreito da
cruz e do sacrifício, e assim poder ter comunhão com Ele mais além do
véu, mais além da mera aparência religiosa, no Lugar Santíssimo de
nosso espírito, onde está Ele morando por Seu Espírito. Nos guia fora
da cidade terrena e a organização humana, em especial nos afasta
dessa labiríntica organização religiosa; envolvidos no sistema religioso
dificilmente podemos levar a cruz; saímos do acampamento para
seguir a Jesus em Seus sofrimentos, em sincera humildade, levando o
vitupério de Jesus; é o caminho da cruz. Aí está o Gólgota. Fora do
acampamento desfrutamos a presença do Senhor e escutamos que
nos fala e nos guia, nos fortalece. Saímos do desfrute dos gozos do
mundo e de nossa própria alma, a desfrutar a Ele em nosso Espírito.

Ter cei ra pro messa


"Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor,
dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha
branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém
conhece, exceto aquele que o recebe." (Ap. 2:17).

Em Pérgamo a Igreja do Senhor se casa com o mundo, esse mundo


que segue a Satanás, onde ele mora e governa. Mas necessitamos
vencer esse mundanismo. Os habitantes do mundo seguem uma
corrente contrária a Deus; é a corrente de Satanás, o príncipe deste
mundo. O Senhor nos tem chamado a sair dessa corrente e que nos
apartemos do mundo de pecado. Mas houve um momento da história
em que a Igreja foi infiel ao Senhor unindo-se profundamente com o
mundo, em troca de aprovação oficial, de palácios e templos,
prebendas e jurisdições episcopais. Isso degenerou tanto que chegou o
momento em que era difícil diferenciar a igreja do Estado; a igreja
havia afiançado sua morada na terra. A partir de Constantino o
Grande, a Igreja foi descendo dos lugares celestiais em Cristo, e foi se
acomodando em uma nova morada, na terra, um lugar estranho para
ela, onde satanás tem seu trono. Dali havia sido tirada pelo Senhor. A
Igreja sofreu uma queda espiritual. Em meio dessa situação, o Senhor
opta por dirigir-se aos crentes vencedores. Em todas as épocas tem
havido vencedores na Igreja do Senhor. Chama-lhes a que se
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abstenham de comer as coisas sacrificadas aos ídolos. Depois de


tantos séculos, as massas continuam sendo enganadas pelos que
ainda seguem retendo a doutrina de Balaão. Balaão significa
destruidor ou corruptor do povo. A Palavra de Deus diz que retém essa
doutrina de idolatria e fornicação como um tumor maligno. E o pior é
que não tratam de extraí-lo, nem há disciplina corretiva. Balaão é um
indutor ao mal por antonomásia. De que serve ter a verdade e não
andar nela? Os cristãos caíram na armadilha de tropeço. De pronto
diriam: "Entremos no ambiente pagão para atrair aos homens, a
nossos amigos. Não vamos participar de sua idolatria. Conheçamos as
doutrinas e os métodos do inimigo para vencê-lo. Que triunfo que as
altas esferas do governo e da religião nos reconheçam e nos
respeitem!". Mas a amizade com o mundo, como sempre, deu maus
resultados. El mundo não deixa que se fale do evangelho para ele, e
em contrapartida foi arrastando à Igreja às práticas mundanas. Temos
que pregar o evangelho, mas não temos que nos contaminar com o
pecado. Há cristãos que se unem ao mundo, que amam o mundo e as
coisas do mundo, e tudo isso o convertem em sua modus vivendi.

O maná escondi do
O vencedor não se interessa pelo mundo, somente pelo Senhor; ele se
interessa em obedecer, levar a cruz e negar a si mesmo. Isso traz
sofrimento? "através de muitas tribulações, nos importa entrar no
reino de Deus." (At. 14:22b). O vencedor não é intimidado pela
perseguição, nem lhe atrai a adulação dos opulentos e poderosos
deste mundo, nem se inclina e se deixa seduzir ante o constante
convite a participar dos deleites deste mundo. Ao vencedor, ao que
não se contamina com as doutrinas contemporizadoras de Balaão e
com o sacrificado aos ídolos, o Senhor lhe dará comer do maná
escondido na arca do pacto; escondido em Cristo, quem está no Lugar
Santíssimo celestial. É um maná escondido do mundo e dos crentes
derrotados. Esse maná do céu é Cristo. Diz em João 6:49-51: " Vossos
pais comeram o maná no deserto e morreram.50 Este é o pão que
desce do céu, para que todo o que dele comer não pereça.51 Eu sou
o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá
eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha
carne".
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Há crentes derrotados que se deleitam com as coisas do mundo, e lhes


atrai de tal maneira que não podem viver sem elas. Estando nessa
condição, pensam que é a maneira normal da vida do crente. Em
troca, no vencedor há outro deleite; um deleite imperecível. Para eles
as ofertas mundanas não os convencem, porque há um motivo de
gozo inefável, muito superior a todos os deleites mundanos juntos. Os
vencedores com freqüência buscam acercar-se confiadamente ao trono
da graça. Ali há íntima comunhão com o Pai, pelo Filho e mediante o
Espírito Santo. O maná é um alimento do céu, escondido do mundo; o
mundo não pode conhecer esse alimento. Assim mesmo os crentes
derrotados o desconhecem. É um aspecto mais profundo de Cristo. Na
medida que o testemunho de Cristo progride em mim, conheço melhor
ao Senhor a cada dia; se me revela algo novo Dele. Cada dia tenho
novas surpresas para minha vida com o Senhor. No deserto, muitos
israelitas queriam comer carne em vez de maná, e muitos sentiam
saudades do Egito. Mas devemos prosseguir a marcha em vitória, e se
comemos do maná escondido, somos transformados em pedras
brancas (diamantes). É maravilhoso que sendo feitos inicialmente de
barro, ao conhecer ao Senhor Jesus pela revelação do Pai, e haver
crido em Seu nome, Deus nos converte em pedras vivas de Seu
templo santo; mas quando somos vencedores, essas mesmas pedras
são convertidas em diamantes.

Cap. 4. OS V EN CED OR ES E A S O BR AS
Um e van ge lho de ob ras?
No primeiro capítulo temos visto que a salvação não é pelas obras, e
sim um presente eterno de Deus para os que Ele antes conheceu. Diz
em Romanos 8:29-30.

"Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou


para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o
primogênito entre muitos irmãos 30 E aos que predestinou, a esses
também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos
que justificou, a esses também glorificou ".

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O verbo grego “preoegno”, conhecer de antemão, não é um simples


conhecimento prévio dos que seriam salvos, pois o Senhor enquanto
Deus, conhece previamente todas as coisas, e conhecia a todas as
pessoas que nasceriam na humanidade em todos os tempos, salvos ou
perdidos. Temos que levar em conta que todos estes verbos, para nós
os humanos, estão no tempo passado; que se trata de algo que Deus
já fez no passado, antes da fundação do mundo, quando os humanos
não haviam feito nem bem nem mal. Deus é o Deus da eternidade; Ele
vive em um eterno presente; o tempo existe para nós os humanos,
não em Deus. Então este conhecer previamente tem uma conotação
mais profunda que o simples conhecimento das coisas; é um conhecer
intimamente com amor; é amar a seus prediletos, a seus escolhidos.
Note que na mesma forma encontramos o verbo conhecer em Gênesis
4:1, quando diz:

" Coabitou( conheceu) o homem com Eva, sua mulher. Esta concebeu
e deu à luz a Caim ". O mesmo acontece em Mateus 1:24-25:
"Despertado José do sono, fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e
recebeu sua mulher.25 Contudo, não a conheceu, enquanto ela não
deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus. ".

Tanto no caso de Adão como no de José, fazia já algum tempo que


eles conheciam as suas respectivas esposas, mas ali não fala desse
conhecimento e sim de uma relação de amor, de uma intimidade mais
além do simples conhecimento pessoal; se trata de um conhecimento
profundo e pessoal. Assim nos conheceu Deus desde antes da
fundação do mundo. De maneira que aos que antes conheceu dessa
maneira predileta, os predestinou para chamá-los e justificá-los. Esse
chamamento de Deus encerra uma preparação de todos os chamados,
para que o Filho unigênito de Deus se converta em primogênito de
muitos irmãos, que conformam agora a família de Deus, porque agora
têm a vida e a natureza de Deus, e formam agora o Corpo de Cristo. O
Senhor era o Filho unigênito, mas ao encarnar, morrer e ressuscitar, se
converteu também no primogênito, dando-nos a vida eterna.
Sem que mencionemos o catolicismo romano, que é a religião da
salvação pelas obras por antonomásia; tem se estendido no
protestantismo uma espécie de evangelho de obras, consistente em
ter que fazer coisas para que se vá prorrogando em nós a salvação
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sem considerar que, pela excelente obra de Seu Filho, Deus já nos tem
dado. Temos sido salvos pela cruz de Cristo. Proliferam por ai as
organizações com listas de mandamentos e proibições, para que os
irmãos as cumpram, e com o qual, talvez sem que tenha sido proposto
a eles, tem substituído a autêntica transformação subjetiva e vida no
Espírito. O que diz a Palavra de Deus?

"sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e


sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo
Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por
obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado." (Gl.
2:16).

Há outras citações bíblicas que falam por si só: " e, por meio dele,
todo o que crê é justificado de todas as coisas das quais vós não
pudestes ser justificados pela lei de Moisés. " (Atos 13:39).

"que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as
nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que
nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos" (2 Timoteo
1:9).

O cristão, que tem recebido sua salvação gratuita de Deus, deve


desenvolver sua vida espiritual; não ficar como uma criança; não deve
inclinar-se sob o guiar de sua natureza carnal, Mas crescer e chegar a
ser um vencedor. A criança não se preocupa pelas coisas profundas de
Deus, nem tem capacidade para percebê-las, senão que se baseia nos
rudimentos. Lemos em Gálatas 4:3: "Assim, também nós, quando
éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do
mundo". De acordo com o contexto, uma criança e um escravo em
nada diferem; são escravos da lei, de obrigações, de estatutos, de
rudimentos. Logo diz no versículo 9: "mas agora que conheceis a Deus
ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como estais voltando, outra
vez, aos rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis
ainda escravizar-vos?" quais são esses rudimentos? Por exemplo, nos
versículos 10 e 11 diz: "Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. 11
Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para convosco". Sutilmente
se instituem mandamentos e cargas para os irmãos; proibições
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rudimentares na carne; instituições forçosas de certos dias, certas


comidas e certas aparências externas. O Senhor já despojou ao
inimigo, aos carcereiros, de todos os decretos que nos condenavam, e
triunfou sobre essas potestades (cfr. Colossenses 2:13-15); agora nos
tem feito servos Dele. Ainda que o crente deve vestir-se
decentemente, entretanto,as vestes de justiça do crente não tem
relação com os trajes que colocamos, e sim com a vida de Deus em
nós e nossa obediência a Ele. Leiamos em Colossenses 2:16-19:

"16 Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia
de festa, ou lua nova, ou sábados,17 porque tudo isso tem sido
sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo.18
Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e
culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo
algum, na sua mente carnal,19 e não retendo a cabeça, da qual todo
o corpo, suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce
o crescimento que procede de Deus".

Ninguém cresce espiritualmente obedecendo leis e estatutos de


outros, e menos dos que dizem ser muito espirituais e não são. Estas
pessoas dominam aos que seguem sendo crianças no espírito. Quem
se agarra não a pretendidas cabeças, senão à verdadeira Cabeça da
Igreja, o Senhor Jesus, experimentando a normal nutrição corporativa,
seu desenvolver espiritual é verdadeiro, não aparente; essa pessoa
chega a ser um vencedor, e ninguém o pode privar de seu prêmio
como vencedor. A oração não deve ser uma carga, senão um deleite,
uma constante comunicação com o Ser que amamos, que palpita com
amor dentro de nós; um Ser maravilhoso que está se formando em
nós. As vezes chega-se a crer que é pela quantidade, que quanto mais
oramos e lemos a Bíblia, somos mais vencedores. Logo segue dizendo
nos versos 20-23:

" 20 Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que,


como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças:21 não
manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro,22 segundo
os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com
o uso, se destroem.23 Tais coisas, com efeito, têm aparência de

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sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor


ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade".

Um crente pode perfeitamente praticar certo ascetismo em seus


costumes morais, religiosos e rituais, e continuar sendo um menino ,
carnal, submetido a preceitos; mas pela Palavra e a experiência
sabemos que o cumprimento de preceitos não livra a sua alma dos
apetites da carne. Que diremos, por exemplo, do jejum? O jejum se
tem convertido em um legalismo; há muita gente que não sabe por
que esta jejuando; pelo simples fato de que o jejum esteja instituído
em sua congregação? É possível que se tenha chegado ao farisaísmo a
respeito; como aquele homem que se jactava de que jejuava duas
vezes por semana (Lucas 18:12), quando a lei só lhe mandava uma só
vez ao ano, no dia da expiação (Atos 27:9; Levítico 16:29).

Lemos em 1 Timóteo 4:1-3: " Ora, o Espírito afirma expressamente


que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a
espíritos enganadores e a ensinos de demônios,2 pela hipocrisia dos
que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência,3 que
proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que Deus
criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos fiéis e por
quantos conhecem plenamente a verdade".

O Espírito Santo mora em nosso espírito, onde nos fala e nos adverte
que nos guardemos desses espíritos enganadores e da doutrina dos
demônios que trabalham com os mentirosos, aos quais a hipocrisia
lhes tem cauterizado a consciência. O Espírito nos avisa desses
ataques quando nosso espírito está exercitado para escutar a voz de
Deus.

O celibato e o ascetismo são doutrinas de demônios, posto que


atentam contra a continuidade e multiplicação da humanidade; o
mesmo que abster-se de certos alimentos necessários para continuar
vivendo. Ninguém é mais santo que outro pelo fato de ser celibatário
ou porque se abstenha de comer alguns alimentos. Pelo contrário,
podem cair em armadilhas de severas tentações. Há falsos
ensinamentos religiosos que tem aparência de piedade, que
aparentemente te impulsionam à santidade por meio de tuas próprias
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obras mortas, mas que no fundo são obstáculos para o verdadeiro


fortalecimento espiritual. Levemos em conta que no mercado religioso
com freqüência se tem por fundamental o que apenas se trata de
rudimentos. Por exemplo, diz em Romanos 14:3,5,17:

" quem come não despreze o que não come; e o que não come não
julgue o que come, porque Deus o acolheu... 5 Um faz diferença entre
dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem
definida em sua própria mente.. 17 Porque o reino de Deus não é
comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo ".

Estas questões das comidas e dos dias de observância religiosa são


assuntos menores e secundários para o Senhor, que nem salvam nem
impedem a salvação. Se Deus tem recebido alguém mediante a obra
de Seu Filho, nós também devemos receber. Todos os que têm sido
lavados pelo sangue do Senhor Jesus, são nossos irmãos. O reino de
Deus já se manifesta hoje na Igreja, que é a esfera onde o Senhor
exerce Sua autoridade nesta era; e o que eu comer e beber não vai a
detrimento da justiça, a paz e o gozo que me proporciona o Espírito
Santo, e a relação que eu devo manter, viver e expressar aos demais.

A sa lva ção e as boas ob ras


Por outro lado, levamos em conta que nossos pecados estão diante de
Deus, e também se fazem sentir em nossa consciência acusadora; e
devido a isto, o homem tem inventado a salvação das boas obras. Para
quê? Para subornar a consciência, a qual constantemente lhe acusa
que está condenado. Alguns têm inventado a teoria da balança, que
consiste na crença de que Deus vai pesar em uma balança as obras de
todos e cada um dos homens. Em um pratinho vai por as obras boas e
no outro as más. Se as boas pesam mais, vai para o céu, e se pesam
mais as más, ele vai para o inferno. Existem pessoas que enganam a
si mesmas pensando que suas obras tem algum mérito diante de Deus
como para que Ele as contabilize para salvar a pessoa. Estamos na era
da graça. O que significa isso? O que é graça? A Bíblia declara que
Deus é amor (1 João 4:8): não meramente que ama, senão que sua
natureza é amor. Ele ama o homem, e o vendo necessitado e perdido,
põe em ação Seu amor, e manifesta Sua misericórdia; mas não fica na
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simples misericórdia, porque Ele sabe que só isso não resolveria nossa
miserável situação; de maneira que o amor de Deus tem uma
expressão que vai mais além da sua misericórdia, e é a graça de Deus
para com o homem. A graça é a obra de Deus em favor do homem
necessitado, perdido, condenado. No Antigo Testamento se fala da lei,
que consiste nas demandas de Deus para com o homem, para que o
homem faça obras para Deus; mas a graça, manifestada no Novo
Testamento, é o contrário, é a obra que Deus faz em favor dos
homens, e essa obra a faz em Seu Filho, Jesus Cristo. Ele é o Cordeiro
de Deus que foi imolado desde antes da fundação do mundo. É
verdade que a partir do Concílio de Trento, o catolicismo romano
aprovou a aceitação da doutrina da graça e da fé, para a salvação,
mas na prática; o das obras havia se arraigado profundamente, tanto
que ainda hoje em dia se exalta a santidade de algumas pessoas, não
necessariamente com base na graça e obra de Deus a favor deles e
neles, senão nas obras e méritos deles mesmos, como se houvessem
conquistado a salvação e a exaltação com a ajuda de seus méritos
pessoais. Então talvez me dirão, acaso não chegaram a ser autênticos
vencedores? Isso só o Senhor sabe. Apesar do anotado acima do
Concílio de Trento, a teologia católica na prática segue sustentando
"que o sacrifício de nosso Senhor Jesus Cristo não foi suficiente
e então, tem que fazer o pagar missas, responsos, penitências,
comprar indulgências, medalhas, etc., e tratar a todo custo de
agregar méritos para a redenção e a ganhar a Salvação por
obras"*(2). Nós simplesmente vemos as aparências; só Deus conhece
a realidade das coisas, e não podemos julgar antes de que chegue o
dia do tribunal de Cristo, em Sua segunda vinda, onde e quando
nossas obras serão examinadas e julgadas. Deus não nos faz objetos
de Sua graça com base em nossos méritos pessoais; é o contrário,
estes obstaculizam a manifestação da graça de Deus; precisamente
nossa vida de pecado e perdição, é que nos tem feito necessitados de
que a graça de Deus se manifeste. A graça de Deus tem seu
fundamento no amor e a misericórdia de Deus, manifestada pela obra
de Cristo na cruz do Calvário.
*(2) Jaime Ortiz Silva. "Versões Alteradas da Palavra de Deus".
Ransom Press International. 1999. Pág. 55.

Como no Tabernáculo de Moisés, um véu separava o Lugar Santo do


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Lugar Santíssimo (Êxodo 26:33), assim o pecado é um véu que nos


separa de Deus; por isso quando Adão pecou se escondeu de Deus. Foi
quando Deus começou a buscar o homem, a chamá-lo, pois o homem
jamais tem tomado a iniciativa de buscar a Deus; e quando Deus o
encontrou, o homem estava tapando sua nudez com folhas,
escondendo seu pecado com obras humanas de aparência religiosa. E
assim tem sido todo o tempo. Mesmo os crentes, incluídos muitos dos
vencedores, vivem escondidos, nos falta transparência diante dos
irmãos e diante de Deus. Portanto, é necessário que nos despojemos
de toda falsa aparência de piedade, de todo véu; é necessário que não
escondamos nada a ninguém. Se aqui insistimos em esconder algo por
vergonha, lá o saberá todo o corpo dos crentes. O véu é uma
artimanha da alma que não tem experimentado a cruz, para esconder
seu verdadeiro estado. Enquanto nosso véu não for de todo tirado, não
pode ser completada nossa restauração. Como podemos ser
plenamente liberados de nós mesmos? Se nós não nos julgamos
agora, e levamos a cruz agora e nos negamos agora, o Senhor nos
julgará em Seu tribunal. Poucos crentes compreendem que nossa
salvação ainda não foi completada, e que ainda não andamos
plenamente na luz. Ninguém pode andar na luz se não anda em união
com o Senhor; em pleno acordo com Ele. Muitos de nós vivemos muito
ocupados fazendo muitas coisas boas para o Senhor, mas muito
poucos estão fazendo o que na realidade Ele lhes tem chamado a
fazer. Há um constante chamamento do Senhor a Seus servos, a que
se ponham de acordo com Ele. Levemos muito em conta que nenhum
grupo religioso tem a exclusividade do Senhor. Com freqüência
costumamos moldurar muito mal ao Senhor; desconhecendo Suas
legítimas dimensões e Seu coração. Cada crente deve viver como os
trilhos da linha férrea; um trilho de nada serve se falta o outro, e no
crente um trilho se chama crer, e o outro, obedecer.

Castigo te mpo rário dos c ren tes


Não somos salvos por obras, mas não podemos ter participação no
reino vindouro senão pelas obras. Todas as nossas obras de agora
como filhos de Deus serão examinadas. Quando o Senhor vier julgar
nossas obras, sejam boas ou sejam más; e de acordo com as

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Escrituras, tem várias categorias de crentes derrotados, logo também


há variação em relação ao castigo dispensacional milenar, a saber:

Trevas exteriores. Por exemplo, alguns não têm pecados não


resolvidos, esse não é o problema deles; mas ainda assim não
trabalharam adequadamente, foram descuidados, ou não obedeceram
aos princípios para a edificação da casa do Senhor, e se fizeram algo, o
fizeram conforme a sua própria vontade humana; estes irão para as
trevas exteriores; não terão parte nas festas de bodas do Cordeiro, e
estarão fora da resplandecente glória do reino, cheios de remorso e
sentimento de culpa. Consideremos alguns versículos. Diz Mateus
8:11-12:

"11 Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão


lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus.12 Ao
passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali
haverá choro e ranger de dentes".

Ainda que aqui se refere particularmente aos judeus, entretanto, nos


serve para sustentar que fora da resplandecente glória do reino dos
céus haverá trevas, onde muita gente salva será disciplinada, onde
haverá remorso e terrível dor por não haver feito as coisas bem, o
qual é diferente do ser lançado no lago de fogo. Ser lançado nas trevas
exteriores não significa que a pessoa pereça eternamente, mas que é
castigada dispensacionalmente; o crente é desqualificado e por não
haver vivido uma vida vencedora por meio de Cristo, não pode
desfrutar do reino durante o milênio. Diz em Mateus 22:13:
" Então, ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e mãos e
lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes".

Todo crente é chamado, mas poucos são escolhidos para receber una
recompensa; só o que vencer recebe recompensa. Também ao final da
parábola dos talentos, o servo inútil é lançado fora, nas trevas.

"E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e
ranger de dentes" (Mt. 25:30).

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Aqui se vê que não se julga a salvação do crente, a qual não é por


obras, mas que se trata do juízo da fidelidade do servo frente à obra
do Senhor. É um castigo temporário para um servo salvo do Senhor.

Açoites. Em Lucas 12:35-40 vinha a Palavra falando do servo


vigilante; de pronto, nos versículos 41-48, fala da outra cara da
moeda, os servos negligentes, assim:

" 41 Então, Pedro perguntou: Senhor, proferes esta parábola para nós
ou também para todos?42 Disse o Senhor: Quem é, pois, o mordomo
fiel e prudente, a quem o senhor confiará os seus conservos para dar-
lhes o sustento a seu tempo?43 Bem-aventurado aquele servo a
quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.44
Verdadeiramente, vos digo que lhe confiará todos os seus bens. 45
Mas, se aquele servo disser consigo mesmo: Meu senhor tarda em vir,
e passar a espancar os criados e as criadas, a comer, a beber e a
embriagar-se,46 virá o senhor daquele servo, em dia em que não o
espera e em hora que não sabe, e castigá-lo-á, lançando-lhe a sorte
com os infiéis 47 Aquele servo, porém, que conheceu a vontade de
seu senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade será
punido com muitos açoites.48 Aquele, porém, que não soube a
vontade do seu senhor e fez coisas dignas de reprovação levará
poucos açoites. Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será
exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão".

Ali fala de açoites aos servos infiéis, aos descuidados; e fala de castigo
a esses servos no mesmo lugar onde estarão os infiéis e incrédulos do
mundo. Diz Hebreus 12:6:
" porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem
recebe".

O Senhor jamais tem por servos aos que não lhe pertencem. O Senhor
mesmo se submeteu ao Pai em tudo e se fez servo, e em qualidade de
servo não se pôs a reclamar direitos e posições de privilégio. O Senhor
se submeteu a sofrer a cruz sem que primasse sua própria vontade e
sim a do Pai. O que corresponde a nós? Quais são os direitos que um
crente deve reclamar? A respeito diz John Nelson Darby: "Crer que
podemos manter nossos direitos neste mundo é esquecer a
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cruz de Cristo. Não podemos pensar em nossos direitos até que


os Seus sejam reconhecidos, pois não temos outros que os
Dele". (J.N. Darby. Estudo sobre o Livro de Apocalipse. La
Bonne Semence, 1988, pág. 42.).

A Geena de fogo. Outros têm pecados não resolvidos; estes irão


ao fogo temporariamente. O que é ter pecados não resolvidos? O
Senhor Jesus morreu na cruz e derramou Seu sangue para perdoar
todos nossos pecados passados, presentes e futuros, manifestos ou
não; e o pecador tem um Advogado diante do Pai, a Jesus Cristo o
Justo, e vence a Satanás por meio do sangue do Cordeiro. Estamos já
justificados em Seu sangue (cfr. Romanos 5:9). Mas se podemos pecar
intencional e continuamente, sem arrepender-nos; sem que recusemos
nossos pecados; sem nem sequer tentar eliminá-los. O pecador deve
reconhecer seu pecado e confessá-lo, apartar-se e restituir. O sermão
do monte ilustra a respeito.

" 21 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar
estará sujeito a julgamento.22 Eu, porém, vos digo que todo aquele
que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento;
e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do
tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de
fogo.23 Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de
que teu irmão tem alguma coisa contra ti,24 deixa perante o altar a
tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então,
voltando, faze a tua oferta.25 Entra em acordo sem demora com o
teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o
adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas
recolhido à prisão.26 Em verdade te digo que não sairás dali,
enquanto não pagares o último centavo" (Mt. 5:21-26).

No contexto vemos três classes de juízos escalonados de acordo à


gravidade do ato e mencionados conforme o transfundo judeu dos
irmãos que, nesse momento, escutavam ao Senhor. O primeiro juízo
se realiza na porta da cidade, onde se resolvem os assuntos menores
(Ge. 19:1,9; Rt 4:1-6; 2 Sm. 15:1-6); o segundo juízo era no Sinédrio
ou tribunal supremo dos judeus, e o terceiro é um juízo supremo, o de
Deus, uma de cujas penas pode ser na Geena de fogo. A Geena é o
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mesmo lago de fogo. Se não te reconcilias com teu irmão agora, é


possível que passes uma temporada larga no lago de fogo, até que
pagues o último quadrante, até que teu coração seja limpo de todo
ódio. Não vais sofrer a segunda morte, mas te tocará um tempo. Nós
somos o povo do reino e temos um Rei que há de vir, e
compareceremos diante de Seu tribunal. Um filho de Deus não
necessariamente peca quando comete o ato, e sim quando em seu
coração já tem a intenção, o desejo, a atitude. Se não vivemos a
qualidade de vida espiritual que exige nossa condição de novas
criaturas, já estamos em perda, estamos derrotados. O contexto nos
diz que se trata de irmãos da Igreja. Diz nos versículos 29-30:

"29 Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti;


pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo
o teu corpo lançado no inferno.30 E, se a tua mão direita te faz
tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos
teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno".

Se algo é muito atrativo para mim e me traz oportunidade de pecado,


com ele ofendo a Deus e a outras pessoas, devo cortar com isso.
Recomendamos também ler Mateus 10:28; 18:9; 23:15,33; Marcos
9:43,45,47; Lucas 12:5.

Prisão. De acordo com a gravidade de nossa condição espiritual,


assim seremos julgados quando vier o Senhor. Outros irão para o
cárcere. Lemos em Mateus 5:24b-26:

" vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a
tua oferta.25 Entra em acordo sem demora com o teu adversário,
enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te
entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à
prisão.26 Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não
pagares o último centavo".

Aqui o caminho representa a era atual nesta terra, o juiz é Cristo e o


oficial de justiça é o anjo, e é possível que a prisão ou o cárcere seja o
lago de fogo. Note que não se trata de condenação eterna; o servo vai

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sair do cárcere quando houver cumprido seu castigo, de acordo com a


magnitude da falta.

Diz Mateus 24:48-51:

" Mas, se aquele servo, sendo mau, disser consigo mesmo: Meu
senhor demora-se,49 e passar a espancar os seus companheiros e a
comer e beber com ébrios,50 virá o senhor daquele servo em dia em
que não o espera e em hora que não sabe 51 e castigá-lo-á,
lançando-lhe a sorte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger
de dentes ".

Observamos também que a Escritura nos revela aqui que o servo não
é castigado eternamente, porém terá sua parte no mesmo lugar onde
irão os hipócritas; é “somente” um castigo dispensacional. Observe
que o servo é crente, é um santo, pois chama ao Senhor: "meu
Senhor", mas se pôs a tratar mal aos irmãos na fé e a juntar-se com
gente mundana e a participar no que o mundo participa. O cristão é
julgado por sua obediência, por seu serviço, por sua fidelidade. O que
caracteriza a um vencedor hoje? O cristão vencedor, mais que
trabalhar, serve, porque o serviço genuíno envolve o amor, a
disponibilidade, a compreensão, mas sobre tudo a obediência. O que
trabalha sem amor, se vangloria, se envaidece. Quando Cristo tem a
preeminência em tudo em nossa vida, lhe servimos com amor. Quando
Cristo tem a preeminência em todas as tuas coisas, tanto nas
experiências doces como nas amargas, és vencedor, porque Cristo é
nossa vida. Um crente não chega a ser pobre no espírito, ou humilde
ou amável, porque meramente lhe são propostas estas coisas; sem
Cristo não podemos fazer nada bom. A carne não pode produzir algo
meritório. Toda bondade carnal é hediondez para o Senhor. Não se
trata de que Ele nos complete no que nos faz falta; se trata de Sua
vida em nós. Por que és um vencedor? Porque tens te negado, já te
consideras débil, tu já não vives; agora tua vida é Cristo, tua fortaleza
é Ele, e Cristo é o que vence em ti. No momento em que começares a
jactar-te (de poder espiritual, de tuas obras para o Senhor, por
exemplo), e confiar em ti mesmo, começastes a ser um derrotado. Se
fores consciente de que és débil e que não podes esperar de ti nada
bom, te consagras ao Senhor de maneira absoluta, pondo Nele toda a
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confiança e fé, e permitindo que seja o Senhor de toda tua vida e de


teu andar. O que é negar a si mesmo? Leiamos uma magnífica,
simples e eloqüente definição que nos proporciona o irmão Paul Cain:
"Mas o que significa morrer a ti mesmo? Um bloqueio ou
interrupção do curso normal de tua vida pela intervenção de
Deus, isso é morrer a ti mesmo. Quando todos te esquecem ou
te descuidam, ou a propósito te colocam de lado, e tu não
alimentas tua dor, nem permites ao insulto ou ao desprezo ferir
teu interior, senão que pelo contrário, consideras uma honra o
poder sofrer por Cristo, isso é morrer a ti mesmo. Quando ainda
daquele que fazes bem é criticado, e teus desejos são
contrariados, teu conselho desprezado e tua opinião
ridicularizada, e entretanto assim tu te recusas a deixar subir a
ira a teu coração e não tomas nenhuma iniciativa para
defender-te, senão que aceitas tudo com paciência e amor, isso
é morrer a ti mesmo. Quando nunca fazes questão de ser citado
ou reconhecido por outros, ou de divulgar tuas boas obras,
senão que verdadeiramente tens prazer em ser desconhecido,
isso é morrer a ti mesmo. Quando vês a teu irmão prosperar e
que suas necessidades sejam supridas, e tu podes
honestamente regozijar-te com ele no espírito, sem sentir
inveja, nem questionar a Deus, apesar de ter tuas necessidades
muito maiores que as dele e estar em circunstâncias muito
mais desesperantes, isso é morrer a ti mesmo. Quando puderes
receber correção e repreensão de pessoas que tem uma
estatura e maturidade menor que a tua, e puderes submeter-te
humildemente por dentro e não tão somente por fora, sem que
surja ressentimento nem amargura em teu coração, isso é
morrer a ti mesmo". (Paul Cain. Alerta para la Iglesia. Mensaje
en Kansas, USA, diciembre./98.).

Cap. 4A: OS V EN CED OR ES E A S O BR AS

As q uatro etapas da ob ra de Cristo


O Senhor está edificando sua casa; esse é seu grande propósito. E
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para isso Deus tem se revelado por etapas. Na Bíblia vemos um


processo ascendente dessa revelação divina ao homem. No começo,
quando o homem pecou, Deus disse (à serpente):

"Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu


descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar." (Gn.
3:15).

Aí aparece um começo de revelação de Deus para o curso da história e


da economia divina. Essa serpente antiga se tem feito sentir na
história da humanidade, e tem se desenvolvido tanto que chegou a ser
um grande dragão com sete cabeças e dez chifres. Mas Deus também
vem desenrolando seus propósitos; e formou para si a nação de Israel,
por meio da qual manifesta-se ao mundo e dá testemunho de sua
unidade, de seu poder, de sua palavra, de seus propósitos eternos, e
da encarnação de Seu Verbo. Enquanto à manifestação do Filho de
Deus, o Salvador, podemos ver quatro etapas definidas:

Primeira etapa. O Verbo divino estava com o Pai (Jo1:1,2); com


Ele estava eternamente.

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus.2 Ele estava no princípio com Deus ".

Segunda etapa. Historicamente encarna por obra do Espírito Santo


em uma mulher hebréia de uma família oriunda de Belém,
descendentes do rei Davi.
"14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de
verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai". ( Jo
1:14) " 20 Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu,
em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas
receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito
Santo.21 Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque
ele salvará o seu povo dos pecados deles " (Mt. 1: 20-21).

Cresceu como homem, é batizado, exerce seu ministério público.

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Terceira etapa. Submete-se à morte na cruz, é sepultado e


ressuscita ao terceiro dia; foi ascendido e glorificado.

" Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo
morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras,4 e que foi
sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. " (1 Co.
15:3-4). "Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único
sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus" (Hb. 10:12).

Quarta etapa. Seu Espírito desce a morar em nós os crentes.

" 16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de


que esteja para sempre convosco,17 o Espírito da verdade, que o
mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o
conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós" (Jo. 14:16-
17). " Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em
outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem" (At.
2:4). "Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus
habita em vós?" (1 Co. 3:16).

Isto se reflete tanto no judaísmo como no cristianismo.

1. Para os judeus ainda não veio o Messias; se pode dizer que eles
seguem na primeira etapa. Os judeus crêem que virá um Messias, mas
não Deus encarnado.

2. Com relação aos católicos romanos, eles não sentem que são
moradas de Deus. É algo completamente alheio a sua prática religiosa
e ritual. Seus sacerdotes e teólogos vivem e ensinam a segunda etapa.

3. As organizações cristãs denominacionais em geral vivem a terceira


etapa. Com freqüência pedem que desça o Espírito Santo sobre eles.

4. Mas há um grupo de irmãos que vivem na quarta etapa. Somos


morada de Deus no Espírito. Agora Cristo está se formando em nós;
Ele é nosso Senhor e Salvador, logo a Ele pertencemos, e tem vindo a
morar dentro de nós, em nosso espírito. Isso significa que temos crido
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em Cristo como o fundamento da edificação da casa de Deus; mas o


que havia em nós antes de que isso ocorresse? Se éramos religiosos,
em que etapa estávamos? Para poder edificar sobre o único
fundamento, primeiro tem que se destruir o que antes havia, derrubar
o velho, tanto a nível pessoal como no institucional. Por exemplo em
Marcos 13:1,2 diz:

" 1 Ao sair Jesus do templo, disse-lhe um de seus discípulos: Mestre!


Que pedras, que construções! 2 Mas Jesus lhe disse: Vês estas
grandes construções? Não ficará pedra sobre pedra, que não seja
derribada".

Talvez os discípulos esperassem que Jesus falasse algo elogioso do que


Herodes havia construído e embelezado; mas não; para poder edificar
a igreja tem que se derrubar o judaísmo; e não somente ao judaísmo,
senão também a todos os sistemas que tem se desviado do verdadeiro
modelo da igreja bíblica. Esse antigo templo de Jerusalém já não podia
dar morada a Deus, pois já se tratava somente da sombra ou a
maquete do que é o verdadeiro edifício (Hb 8:5: 10:1).

" Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de


Deus sois vós" (1 Co. 3:9).

Quando Paulo disse “nós” referia-se aos apóstolos, neste caso como os
mestres de obra.

"1 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas,
outros para evangelistas e outros para pastores e mestres,12 com
vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu
serviço, para a edificação do corpo de Cristo" (Ef. 4:11,12).

Nessa edificação da casa de Deus, cada santo tem alguma


responsabilidade. Por que somos colaboradores de Deus? Porque
fazemos parte da casa de Deus, somos moradas de Deus e templo de
Deus.

"16 Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus
habita em vós?17 Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o
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destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado " (1


Co. 3:16).

Destruir o templo de Deus é dividi-lo. Ao entender uma pessoa que


somos o corpo de Cristo e templo de Deus, pode ver a realidade dessa
unidade, mas se busca a divisão, a está destruindo. O Senhor está
edificando sua Igreja, O fundamento já está posto, é Cristo; uma
pessoa já tem o fundamento quando tem recebido a Cristo pela fé. E
estamos "edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas,
sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular" (Ef. 2:20). No Novo
Testamento nós somos edificados tanto individual como
corporativamente. Somos um corpo e formamos o templo do Senhor.

O v enc edor e as r ec ompensas


Uma vez mais deixamos claro que não temos que confundir a vida
eterna, ou salvação eterna, com o reino dos céus. Não temos que
confundir o dom com o galardão. A vida eterna se recebe do Senhor
pela fé, como um dom gratuito. Não temos que fazer nada para
merecer a salvação eterna. Em troca o reino dos céus é temporário,
mil anos, e se ganha por obras. Há de se trabalhar para merecer o
reino dos céus. Diz 2 João 8:
"Acautelai-vos, para não perderdes aquilo que temos realizado com
esforço, mas para receberdes completo galardão".

Isto significa que devemos estar vigilantes por nós mesmos, para que
não se arruíne o fruto de nosso trabalho. Também em Colossenses
3:24-25, nos diz a Escritura:
" 24 cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A
Cristo, o Senhor, é que estais servindo;25 pois aquele que faz
injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de
pessoas".

A Palavra do Senhor não registra nem uma única vez que o reino dos
céus se recebe por graça por meio da fé. Por exemplo, se leres as
bem-aventuranças em Mateus 5, encontrarás que para entrar no reino
dos céus se necessita, entre outras coisas, ser pobres de espírito, e
sofrer perseguição por causa da justiça; em troca a vida eterna se
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recebe por fé, imerecidamente, sem que alguém deva fazer nada para
recebê-la, nem bom nem mal; pelo contrário, diz que não é por obras
para que ninguém se glorie. Não nos apelide de Néscios se não
deixamos de repetir que a salvação é um presente de Deus; mas que
também devemos trabalhar para participar no reino. Se trabalharmos
conforme o plano de Deus, receberemos recompensa; mas se não
trabalhamos, ou se o fazemos na carne, receberemos castigo.

Jesus Cristo , o f undam ento


Lemos em 1 Coríntios 3:8-10:

"Ora, o que planta e o que rega são um; e cada um receberá o seu
galardão, segundo o seu próprio trabalho.9 Porque de Deus somos
cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós.10 Segundo
a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente
construtor; e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como
edifica".

Nestes versículos a Escritura fala que o que trabalha recebe sua


recompensa, que é como um incentivo para os servos do Senhor que
trabalham em Sua obra. Deus está trabalhando em Sua lavoura e nós
somos Seus colaboradores, porque a Igreja é a terra cultivada por
Deus onde Cristo foi plantado; e essa terra tem de ser regada,
adubada, limpa, para que produza o fruto previsto na Palavra. Além de
lavoura, a Igreja é o edifício de Deus, a casa de Deus, a qual está se
construindo; o Senhor está trabalhando nessa construção com a nossa
colaboração. Quem trabalha nessa edificação? Nós, uns mais que
outros, ainda que alguns não façam nada. Mas muitos trabalham
usando métodos, planos e materiais que não são de Deus. Paulo pôs o
fundamento, a base do ensinamento; as cartas de Paulo são a
revelação da Igreja. Cada um deve saber como edifica sobre este
único fundamento da Igreja. Alguém pode estar ocupado edificando
sobre o fundamento de Jesus Cristo, mas obedecendo, não a Palavra,
não ao evangelho, não às cartas de Paulo nem ao resto do Novo
Testamento, senão as outras diretrizes diferentes, outras correntes
doutrinais, outras tradições, idéias, estatutos, leis e normas de
organizações e lideranças de fatura humana. A casa de Deus é
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edificada pelo próprio Senhor; sem Ele toda edificação é inútil. Diz o
Salmo 127:1:

"Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a


edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a
sentinela".

Ma te ria is da co nstr ução


Seguimos lendo 1 Coríntios 3:

"Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi


posto, o qual é Jesus Cristo" (vv.11,12).

Na edificação da casa de Deus há um único fundamento, que é Seu


Filho Jesus Cristo, a pedra angular. Aqui figuram seis elementos com
os quais se está edificando. Os três primeiros, ouro, prata e pedras
preciosas, simbolizam a Trindade divina: Pai, Filho e Espírito Santo. Os
três últimos, madeira, feno e palha, simbolizam o humano nessa sobre
edificação; o último grupo se contrapõe ao primeiro, pois os
pensamentos do homem não são os de Deus. Deus quer edificar sua
casa com os três primeiros elementos. O ouro se refere à natureza
divina, à vontade de Deus, o eterno, o que jamais se envelhece, o
mais glorioso; ao passo que a madeira é a natureza humana, o que
perece. Por exemplo, no tabernáculo o principal é Cristo, a arca, a qual
estava feita de madeira de acácia (a humanidade de Cristo) recoberta
de ouro (a divindade de Cristo). De maneira que caso se edifique em
ouro significa que se está obedecendo à vontade de Deus consignada
no Novo Testamento; mas se é em madeira, é porque se está
obedecendo outras opiniões; é o que tem feito o cristianismo a partir
do século V desta era. Mas se seguimos ao Senhor Jesus, devemos
fazer sua vontade, e Ele veio fazer a vontade do Pai que o enviou.
"Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade
daquele que me enviou e realizar a sua obra." (Jo. 4:34).

Antes que o Senhor nascesse em carne, o Pai já tinha preparado tudo,


galáxias, sistemas solares, mares, continentes, tudo o necessário para
que homem pudesse viver na terra e se pudesse encarnar seu Filho e
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salvar à Igreja. Deus não vai deixar o cumprimento de seus propósitos


ao critério dos homens. O primeiro Adão falhou, mas o segundo Adão
veio para vencer, a obedecer a Deus. A partir Dele, Cristo veio
preparar para Deus uma nova raça humana, o verdadeiro
homem à imagem de Deus. O Pai disse ao Filho o que devia fazer.

"Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que ouço, julgo. O
meu juízo é justo, porque não procuro a minha própria vontade, e sim
a daquele que me enviou" ( Jo 5:30 ).

Por que insiste o Senhor Jesus nisto? Para nos dar exemplo de
obediência.

"Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e


sim a vontade daquele que me enviou.39 E a vontade de quem me
enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo
contrário, eu o ressuscitarei no último dia " (Jo. 6:38-39).

Voltemos a Efésios 2:19-22:

"19 Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos


dos santos, e sois da família de Deus,20 edificados sobre o
fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus,
a pedra angular;21 no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para
santuário dedicado ao Senhor,22 no qual também vós juntamente
estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito ".

A que se refere aqui com o fundamento dos apóstolos? Refere-se ao


Novo Testamento. Estamos em plena edificação do templo, e o Senhor
quer terminar esse edifício com pessoas obedientes. Recorde-se que
cada um de nós é uma pedra viva, com as quais o Senhor está
edificando sua casa. Ele não busca montões de pedras mortas, nem
sequer que haja montões de pedras por lá e outras por cá; Ele busca é
que estejamos todos juntos para que possamos ser edificados. Quando
Pedro confessou que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivente, o
Senhor lhe disse:

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"Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a


minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela ". (Mt
16:18)

O que edifica a Igreja é Cristo, e nós somos colaboradores; Ele


conosco e nós com Ele. Se não edificamos com Ele, só estaríamos
edificando com madeira. Já não seria Sua Igreja; de pronto estaríamos
edificando nossas pequenas igrejas. O que é a Igreja? A palavra igreja
vem do grego ekklesia (de ek, fora de, e klesis, chamamento).
Usava-se entre os gregos esta palavra para se referir a um corpo de
cidadãos reunidos para considerar assuntos de estado (At. 19:39). A
igreja de Jesus Cristo (Mt. 16:18), a qual é seu corpo (Ef. 1:22; 5:22)
é toda a companhia dos redimidos através da era presente. A Igreja
universal do Senhor é a mesma que nasceu no dia de Pentecostes, dez
dias depois de haver ascendido o Senhor à destra do Pai. Então vemos
que nessa construção da Igreja, nós somos Seus colaboradores, que
estamos sobre edificando, "edificados sobre o fundamento dos
apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular"
(Ef 2:20).

Essa sobre edificação, quando se faz sobre o fundamento dos


apóstolos e os profetas, ou seja, de acordo com o que eles pregaram e
escreveram, deve ser em ouro, prata e pedras preciosas, o qual é a
obra de Deus. Ali o ouro, o metal precioso por excelência, representa a
natureza de Deus Pai, Sua vida, Sua glória, Sua justiça, Sua obra,
Seus propósitos com a criação; a prata se relaciona com a redenção, a
obra do Filho, pelo preço designado pelo Senhor (Zacarias 11:12;
Mateus 16:15), e as pedras preciosas tem a ver com a manifestação e
obra do Espírito Santo na Igreja e na vida de cada um de nós em
particular. As pedras preciosas são carbonos purificados e trabalhados
através do tempo com alta pressão e temperaturas elevadas.
Infortunadamente, sobre esse mesmo fundamento, Jesus Cristo,
Freqüentemente também costuma trabalhar por iniciativa própria,
valendo-nos de nosso próprio ponto de vista, excluindo a vontade do
Senhor; se abandonam os princípios do fundamento apostólico, do que
eles deixaram registrado pela vontade de Deus, e é quando aparecem
outros três elementos que de alguma maneira se relacionam com os
três primeiros: madeira, feno e palha. Se alguém edifica em madeira,
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que representa a natureza do homem, essa obra se destrói, se


converte em lixo. Temos por exemplo, a arca do pacto. Foi feita de
madeira de acácia recoberta de ouro, pois era um tipo de Cristo,
verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Também disse João o Batista
em Mateus 3:10: "Já está posto o machado à raiz das árvores; toda
árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo".

Se alguém edifica em feno, que é uma planta de utilização periódica,


essa sobre edificação também perece e não é eterna em comparação
com a salvação eterna que nos assegurou o Senhor Jesus na cruz.
Por último, pode ser que se edifique em palha, que são folhas secas,
mortas, que caem das árvores quando seus tecidos se murcham e já
não lhes chega seiva; isso simboliza as coisas de vistosa aparência,
mas de uma fragilidade impressionante, são as coisas inúteis e de
pouca sustância, ainda que a nós pareça que estamos fazendo muito
bem, especialmente nas palavras e promessas; ou essa demasiada e
inútil frondosidade de algumas árvores e plantas; todo o inútil com o
qual cremos que estamos agradando ao Senhor, desprezando o
verdadeiro trabalho do Espírito Santo em nós, comparado com as
pedras preciosas. A maturidade de um crente se dá através de um
processo e um árduo trabalho do Espírito do Senhor em nós e conosco,
levando a cruz, negando-nos a nós mesmos, passando por provas.
Deus nos deu sua vida na regeneração, o ouro; também nos tem
redimido pela obra de Seu Filho, a prata, e também forja dentro de
nós as pedras preciosas, para que sejamos a imagem de Seu Filho.
Deus não troca as pedras preciosas por palha. A vida que Deus nos
tem dado não é afetada pelo fogo. Os três primeiros, o de Deus, são
materiais duradouros, e os três últimos são materiais combustíveis,
perecíveis, por quanto simbolizam a obra do homem. Continuando,
podemos tentar fazer uma comparação um pouco mais detalhada
entre os três elementos de Deus e os três elementos do homem:

Ouro. O ouro é o primeiro elemento indicado para a sobre edificação


da igreja. O ouro se relaciona com a obediência à vontade do Pai. Já
temos visto que o Senhor tem estabelecido e ordena que a edificação
de sua casa se efetue sobre o fundamento posto pelos apóstolos e
profetas. "A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e estavam
sobre estes os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro" (Ap.
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21:14). O testemunho dos doze apóstolos do Cordeiro é fundamental,


pois por meio deles o Senhor nos deixou no Novo Testamento os
detalhes sobre esta edificação do templo. O modelo, pois, da Igreja do
Senhor está no Novo Testamento. A edificação da igreja do Senhor
deve ser sobre a base da unidade do Espírito, não da carne; a unidade
só se pode realizar no amor na igreja de uma localidade. Obedecer à
vontade de Deus para edificar a igreja, é sobre edificar em ouro. O
ouro, portanto, se contrapõe à madeira. O ouro e a madeira se juntam
na construção da arca do tabernáculo, autêntico tipo de Cristo,
verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

"Também farão uma arca de madeira de acácia; de dois côvados e


meio será o seu comprimento, de um côvado e meio, a largura, e de
um côvado e meio, a altura. 11 De ouro puro a cobrirás; por dentro e
por fora a cobrirás e farás sobre ela uma bordadura de ouro ao redor "
(Ex. 25:10-11).

Esses dois versículos nos falam do centro do tabernáculo. Agora nós


somos o tabernáculo de Deus, e a arca (Cristo) a levamos dentro de
nós, em nosso lugar santíssimo (nosso espírito regenerado).

Madeira. A madeira é o que se contrapõe ao ouro; a madeira é a


natureza humana; o homem mortal. Mas nessa madeira vem Cristo a
morar e trazer o ouro da natureza divina. Cristo vai desenvolvendo em
nós.

"Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que
não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo" (Mt. 3:10).

Não se refere às árvores do campo, senão aos homens que não dão
fruto de arrependimento. Mateus 7:19 repete nas palavras do Senhor
Jesus. Ele quer que cada um de nós demos abundante fruto; mas fora
de sua vontade não podemos dar fruto. Deus quer que nos
capacitemos para um trabalho em sua obra. Nós em nossa vida natural
podemos ir adquirindo conhecimentos, escalando sucessos, inclusive
posições de onde nos enaltecemos; mas à medida que Cristo se forma
em nós, o Espírito Santo vai nos mostrando que há dentro de nós, e
podemos ver os preceitos supersticiosos, os fundamentos filosóficos e
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religiosos. A religião do mundo se fundiu com a cristandade; da


Babilônia passou esse espírito a formar o papado romano e do papado
passou ao anglicanismo e dali aos batistas, aos presbiterianos, etc. A
igreja do Senhor ficou cativa em um emaranhado de sistemas
construídos com madeira, e o Senhor decidiu tirá-la dali, e continuar
sua construção com ouro, prata e pedras preciosas. Tudo o que não
edifica a casa de Deus em unidade do corpo de Cristo, é construído
com madeira; e se queimará. Nós somos a assembléia dos santos;
somos santos porque temos sido apartados para Deus. Na cristandade
infiel tem se metido muito fundamento filosófico, muito judaísmo,
muita construção de templos materiais, muitas leis e preceitos
estatutários, muito nicolaísmo, muita religião babilônica, muita magia,
comercialização com a Palavra de Deus, visualização, muito pense e
faça-se rico. No começo se formaram as grandes denominações em
torno de doutrinas; hoje se organizam em torno de lideranças e
"ministérios".

Prata. Relaciona-se com o Filho de Deus, com a redenção na cruz.


Tipifica a vida do homem redimido; na prata estamos envolvidos os
redimidos; a sobre edificação com prata tem a ver com nosso andar
com Cristo. O Cordeiro de Deus está intimamente ligado com sua cruz.
Quando em Apocalipse João viu o trono de Deus, ali estava o Cordeiro
imolado. Os Atos mais relevantes da história da humanidade são: a
encarnação do Verbo de Deus, sua crucificação e ressurreição no corpo
glorioso. Cristo ressuscitou para jamais voltar a experimentar a morte.
Durante seu ministério Ele ressuscitou a Lázaro e a outros, mas eles
voltaram a morrer. Cristo está edificando através da cruz; se nós não
levamos nossa cruz e experimentamos a negação de nosso eu, não
podemos edificar com Cristo. Através desse processo há revelação em
nossas vidas, mas antes deve haver revelação do Pai acerca do Senhor
Jesus como Salvador; se não há revelação ninguém pode crer em
Cristo. Quem é Cristo para ti? Ninguém busca ao Senhor; é o Senhor o
que nos busca. Ele sempre toma a iniciativa, nós jamais.

Mateus 16:15: "Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?"
Surge uma pergunta, qual é a rocha que menciona o Senhor?
"Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus
vivo.17 Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão
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Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas


meu Pai, que está nos céus".

Conhecer quem é Jesus é uma revelação do Pai. Já que o Pai te


revelou quem sou eu e tu o confessas, então "Também eu te digo que
tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas
do inferno não prevalecerão contra ela".

Agora deixas de ser Simão; agora és uma pedra viva para a


construção de minha casa. A construção não é material; é uma casa
espiritual. Sobre esta rocha, sobre o que acaba de confessar Pedro
"edificarei minha igreja". Aí está o fundamento. A rocha é Cristo, e
Pedro é uma pedra vida.

"também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa
espiritual para serdes sacerdócio santo" (1 Pe. 2:5).

Cristo é a pedra viva, a pedra angular, e nós somos pedras vivas em


Cristo. Nós somos "edificados sobre o fundamento dos apóstolos e
profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular;21 no qual
todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao
Senhor,22 no qual também vós juntamente estais sendo edificados
para habitação de Deus no Espírito" (Ef. 2:20-22).

O fundamento dos apóstolos e profetas é o Novo Testamento; eles


foram testemunhas da encarnação do Verbo de Deus, de sua vida
como homem, de sua morte, de sua ressurreição, de sua ascensão aos
céus. Uns anjos de Deus se apresentaram e lhes disseram: " Varões
galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que
dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir" (At
1:11).

O apóstolo Paulo também o viu, e também foi levado ao terceiro céu, e


ali recebeu toda essa informação que nos transmite em suas cartas; e
Paulo foi apóstolo, profeta, evangelista, pastor e mestre. Então, quem
sobre edifica? Os crentes em Cristo; mas essa sobre edificação pode
ser errada; alguns podem estar edificando com madeira, feno e palha.
De modo, pois que a sobre edificação com prata tem a ver com o Filho,
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com a redenção; a prata tipifica a vida do homem redimido, o andar


com Cristo. Com a prata se paga um preço. José, o filho de Jacó, é um
tipo de Cristo; ele foi vendido como escravo por seus próprios irmãos
por vinte moedas de prata (Gn 37:28). O Senhor foi vendido por trinta
moedas de prata, como está profetizado em Zacarias 11:12-13 e seu
cumprimento em Mateus 26:14-15. A prata se relaciona com o fato de
que nossa vida está unida ao Senhor. Ele pagou o preço com seu
precioso sangue. A prata tem a ver com a vida de Cristo em nós. É
necessário que Cristo se forme e cresça em nós (Gl. 2:20); nós em
Cristo já fomos à cruz, por isso agora é necessário que Ele viva sua
vida em mim. Se não for assim, não estou sobre edificando com prata.
Se Cristo vive em mim, já eu não vivo; o viver na carne (comer,
dormir, trabalhar, falar), o vivo não em minhas próprias ilusões e
interesses. Quanto mais viver Cristo em mim, se vão de meus antigos
costumes, porque Ele traz outros costumes a nossas vidas. A
edificação em prata, como em Cristo, pode incluir em nós o
sofrimento. "Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também
vós do mesmo pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o
pecado,2 para que, no tempo que vos resta na carne, já não vivais de
acordo com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus.
" (1 Pe. 4:1-2).

Feno. Se não se edifica com prata, a contraparte negativa é o feno. O


feno é uma gramínea que simboliza o homem caído, o homem não
redimido, o homem carnal, não regenerado. Quando se trata de um
crente, é um bebê espiritual e nunca deixa de ser (1 Co. 3:2,3), de
maneira que sua edificação o faz em seus egoísmos, mal caráter,
ambições e avareza; pretensões de que pode tudo. Quando a vida de
alguém não tem passado do velho homem, está na erva, no feno (1
Pe. 1:24); o homem velho atrai a glória dos homens. Muitas vezes o
homem gosta de receber a glória terrena, as palavras de aprovação,
as felicitações. Mas o que assim trabalha tudo está fazendo em feno;
muitos vivem pendentes dos homens. A glória e o viver humano se
seca quando sai o sol (a vinda do Senhor), a flor cai (Tg. 1:9-11) e
perece. O verdadeiro tesouro deve ser o Senhor; os demais tesouros
causam cegueira e apartam de Deus. Há uma grande diferença entre o
viver de Cristo e o viver carnal. Entre a prata e o feno podemos ver a
relação entre a erva e o viver de Cristo.
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Pedras preciosas. Temos aqui a obra transformadora do Espírito


Santo em nós. Os crentes têm passado por um processo. O Pai nos fez
do barro da terra para viver neste mundo físico (Gn. 2:7; Ro.
9:20,21); o Filho, ao crescer Nele, nos converteu em pedras vivas a
fim de viver em Sua casa e fazer parte dela (Jo. 1:42; Mt. 16:17,18; 1
Pe. 2:5), e o Espírito Santo veio a converter-nos em pedras preciosas
para entrar no reino e na Nova Jerusalém, a cidade celestial (Ap.
21:18-20; 2 Co. 3:18; Ro. 12:2). Como barro somos vasos; como
pedras vivas construídas somos casa, e como pedras preciosas
faremos parte da cidade de Deus. Na natureza as pedras preciosas se
formam através de um prolongado processo de altas temperaturas e
pressões; algo parecido nos acontece. (Mt. 16:24) Ninguém quer
submeter-se à cruz, e à negação de seu ego. Mas só a ação da cruz
aplicada pelo Espírito realiza essa transformação. Na Nova Jerusalém
não pode entrar nada que não seja precioso. Para ser precioso tem
que se pagar o preço.

Palha. É o oposto à pedra preciosa. Palha é o que não tem vida, está
seca. A palha é o trabalho e viver proveniente de uma fonte terrena. É
o proceder de uma alma sem a devida transformação e vida por parte
do Espírito Santo. É quando em nosso ser natural não somos pedras
senão barro. Tudo o que se constrói com palha, quando não sai de
uma vida transformada pelo Espírito Santo, não está firme, se vai face
a qualquer corrente (Salmo 83:13); tudo se queima fácil (Isaías
33:11).
" Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata,
pedras preciosas, madeira, feno, palha,13 manifesta se tornará a
obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo
revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o
provará.14 Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento
edificou, esse receberá galardão;15 se a obra de alguém se queimar,
sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que
através do fogo " (1 Co. 3:12-15).

Mas chega o dia do juízo da Igreja. O Senhor virá provar todas nossas
obras; virá a ver como utilizamos nossos talentos. O que sucede, pois,
com os que sobre edificam em ouro, prata, pedras preciosas, madeira,
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feno e palha? Que o fogo provará tudo. Esse fogo é o juízo. O fogo do
juízo do Senhor à Igreja em Sua vinda; entra a provar se o que temos
sobre edificado tem sido em ouro, prata e pedras preciosas. Se for
assim, em tudo isso se sai vitorioso, e tem recompensa; uns mais,
outros menos, mas tem, e se entra a participar com o Senhor no
reino. Se for com ouro, prata e pedras preciosas; haverá recompensa,
a qual é o reino milenar. Mas ao chegar aos que tem edificado em
madeira, feno e palha, tudo muda. Mas se queimar a obra, sofrerá
perda do reino, e entrará em uma disciplina. Haverá, pois, um período
de pagar o preço assim como por fogo (Mt. 5:21-26). Ninguém perde
a salvação, mas tudo isso se queima, pois nada disso foi conforme a
Deus. Então o Senhor diz em sua Palavra:
"Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou,
esse receberá galardão;15 se a obra de alguém se queimar, sofrerá
ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do
fogo " (1 Co. 3:14-15).

Mateus 5:27-30. Se algo é para mim de muita atração e com ele peco,
devo cortar com ele. Está falando à Igreja. Em Apocalipse 20:11-14
fala da segunda morte, o Geena. O lago de fogo é o Geena. O juiz é o
Senhor, os meirinhos são os anjos. Se não te reconcilias com teu irmão
agora, vais a passar uma temporada no lago de fogo até que pagues o
último centavo. Apocalipse 2:9-11. O que vencer não sofrerá dano da
segunda morte. A primeira morte é a morte física, a separação da
alma do corpo. A segunda morte é a separação da pessoa de todo
contato com Deus e lançado no lago de fogo, a perdição eterna. Deve-
se buscar viver uma vida de obediência e submissão ao Senhor para
ser um vencedor e não sofrer dano da segunda morte. Com freqüência
há diferença entre servir a Deus e trabalhar para Deus. Diz o irmão
Watchman Nee: "Muitos vão apressadamente de um lugar a
outro para conseguir fama por suas obras. Não cabe dúvida de
que tem realizado essas obras, mas em realidade não tem
servido a Deus",*(1) pois efetivamente, não têm servido a Deus,
senão ao templo e a seus próprios interesses.
*(1) W. Nee. "O Plano de Deus e os Vencedores". Ed. Vida. 1977. pág.
56.

Quar ta p romessa
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" Ao vencedor, que guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei
autoridade sobre as nações,27 e com cetro de ferro as regerá e as
reduzirá a pedaços como se fossem objetos de barro;28 assim como
também eu recebi de meu Pai, dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã
" (Ap. 2:26-27).

Devemos vencer as três grandes religiões deturpadas que estão


reveladas no livro de Apocalipse: o judaísmo, o catolicismo e o
protestantismo. Estas religiões têm feito dano à Igreja. Por quê?
Devido a que as religiões tem se contaminado com mistérios e
princípios satânicos disfarçados com a aparência de verdades bíblicas.
As organizações religiosas de corte institucional, ao não guardar as
obras do Senhor, freqüentemente se pervertem e se revestem de um
domínio mundano e temporário, inclinadas a receber a glória dos
homens, e fazer as coisas abaixo outras diretrizes diferentes das do
Senhor. Mas o Senhor mostra outra alternativa ao crente: deixar esse
caminho autoritário e dominante, deixar de morar na terra, onde o
diabo tem seu trono, e ocupar seu lugar nos lugares celestiais com
Cristo.

Por outro lado, hoje em dia, para o cristão há um grande perigo na


amizade e companheirismo com os mundanos. Pode ser que a
intenção seja às vezes atrair aos incrédulos. Isto, por inocente que
pareça, sempre dá péssimos resultados. Por que é tão trágico? Porque
as pessoas do mundo, em sua cegueira e obscuridade não permitem
que se lhes fale do evangelho; não lhes interessa, lhes estorva. Como
conseqüência os resultados são inversos: o cristão é submerso em
uma luta frente a uma força que o trata de arrastar aos vícios e
costumes próprios do mundo e do pecado, de onde já o Senhor o tem
tirado. Por isso o vencedor de Tiatira enfrenta às tentações que a
ímpia Jezabel lhes apresenta; é o que faz com perseverança as obras
que agradam ao Senhor. A carta apocalíptica a Tiatira é uma profecia
que se cumpre com a formação da Igreja Católica Romana. Diz o
irmão Lee: "Em Mateus 13:33 o catolicismo é tipificado por uma
mulher que levedou ‘três medidas de farinha’, que representam
todo o ensinamento acerca do elemento de Cristo em Sua
pessoa e obra. A Igreja Católica aceitou o ensinamento neo-
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testamentário, mas a levedou. O pão sem levedura é difícil de


comer"*(2). O vencedor receberá autoridade sobre as nações, e as
regerá com cetro de ferro e as fará como cacos de barro, da mesma
maneira que o Senhor Jesus tem recebido potestade do Pai celestial no
Salmo 2:8-9. Isto ocorrerá no reino messiânico milenar, em que o
crente fiel participará plenamente no governo das nações, tanto na
parte régia como na judicial. É uma promessa de caráter escatológico.
Em Lucas 19:16-17 diz: "Compareceu o primeiro e disse: Senhor, a
tua mina rendeu dez. 17 Respondeu-lhe o senhor: Muito bem, servo
bom; porque foste fiel no pouco, terás autoridade sobre dez cidades.".
*(2) Witness Lee. "Os Vencedores". LSM. pág. 67.

Então, aos vencedores de Tiatira Deus lhes promete governar, reinar e


reger as nações com Cristo no Reino vindouro. De acordo com Mateus
3:2, há dois mil anos veio à Igreja o reino dos céus, mas pela
degradação da Igreja, o cristianismo convencional é a aparência do
reino dos céus descrita nas parábolas de Mateus 13. Os que vencem
ao sistema religioso, também se relacionam com o Filho varão “Com
vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro”
do Salmo 2:9. Quando estará os vencedores recebendo essa
autoridade de quebrantar as nações como vaso de barro? Durante o
futuro reino do milênio. Por que relaciona o Senhor as nações e o
sistema religioso dominante com vasilhas de barro? Voltemos ao livro
de Gênese. Satanás e seus seguidores querem imitar a edificação de
Deus, na construção da cidade terrena, Babilônia, e seu sistema
político religioso, não segundo Deus senão segundo o homem, não
com pedras, senão com tijolos (barro cozido modelado pelo homem).
"E disseram uns aos outros: Vinde, façamos tijolos e queimemo-los
bem. Os tijolos serviram-lhes de pedra, e o betume, de argamassa.4
Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo
tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que
não sejamos espalhados por toda a terra...." (Gn. 11:3-4).

Os sistemas religiosos do homem, tudo o que se encaminha face o


ecumenismo, tudo o que se aparta de Deus, é construído com tijolos
(barro cozido), é destrutível. Fazem-se um nome, com o agravante de
que é um nome efêmero, como todo o que não sai das mãos de Deus.
Deus está edificando com os vencedores uma cidade celestial, a Nova
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Jerusalém, a casa de Deus que é a Igreja, com pedras vivas e


preciosas. O Senhor convida a vencer guardando as obras de Deus,
segundo o plano traçado por Deus, de acordo com a maquete de Deus.
As obras dos homens às vezes são muito chamativas, Mas enganosas;
falta-lhes a autenticidade estampada na Palavra de Deus. O vencedor
é um crente espiritual, e sabe captar quando as coisas não são de
Deus e as discerne pelo Espírito, e não se aparta da vontade de Deus.
Por isso receberá a mesma autoridade para governar que recebeu o
Senhor Jesus do Pai. As obras da igreja apóstata se realizam sob a
influência de Satanás.

A e st re la da ma nhã
"E lhe darei a estrela da manhã" (Apo. 2:28).

Aos vencedores de Tiatira o Senhor promete dar-lhes a estrela da


manhã. Qual é essa estrela da manhã? É o Senhor Jesus mesmo.

"Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às
igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da
manhã" (Ap. 22:16).

Na astronomia, a estrela da manhã é Mercúrio, o astro que se


vislumbra na hora mais obscura da madrugada, próxima à saída do
Sol; é como um anúncio de que vem a luz do dia; e por essa razão o
relacionam com o deus romano do mesmo nome, e com o deus grego
Hermes, Arauto de Zeus, o pai dos deuses do Olimpo. Essa estrela da
manhã só pode ser vista pelas pessoas que madrugam e estejam
atentas a contemplá-la no firmamento. De maneira que podemos
entender que o Senhor Jesus Cristo, em sua segunda vinda e
manifestação gloriosa, será a estrela da manhã só para os irmãos
vencedores, os que não andam adormecidos espiritualmente, e sim
velando e esperando a vinda do Senhor. Para o resto da Igreja, o
Senhor não será a estrela da manhã, mas quando despertarem de seu
sono, Ele será como o sol quando já saiu para todos. Só aos
vencedores não os surpreenderá a vinda do Senhor como ladrão na
noite; ou seja, não os tomará por surpresa.

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Cap. 5. OS VE NC EDORE S E A JUS TI ÇA

O p ecado e os p ecados
Para ter clareza sobre o real significado do que poderíamos chamar
“nossa justiça própria frente à verdadeira justiça de Deus”, é
supremamente necessário poder distinguir entre o que é o pecado e os
pecados. O pecado é uma lei ou poder ou principio que está dentro de
nós, em nossa carne, que controla nossos membros e que nos
impulsiona a cometer toda sorte de atos pecaminosos (cfr. Romanos
7:23), ou seja, os pecados. O pecado se relaciona com nossa vida
natural herdada de Adão (cfr. Ro 5:19), tanto que os pecados estão
relacionados com nossa conduta, nossas obras, nossos atos. Os
pecados são uma conseqüência do pecado que mora em nós. O pecado
gera os pecados. É verdade que a lei do Espírito de vida em Cristo nos
livra da escravidão dessa lei do pecado; não obstante, um crente pode
seguir servindo a Deus em sua mente, em seu desejo, mas com a
carne seguir servindo à lei do pecado (cfr. Ro 7:25); de maneira que
um crente pode continuar com a tendência de continuar pecando, e de
fato todo crente peca. O que acontece com esses pecados dos crentes
depois de serem salvos? Se o crente os confessa e se aparta, lhe são
perdoados por Deus pela justiça do Senhor Jesus (1 Jo 1:9); do
contrário, esses pecados serão tratados por Deus nesta era da Igreja
ou durante o reino milenar, como estamos expondo no presente
trabalho. Há de se ter presente que ainda que sejamos santos em
Cristo, e temos recebido uma salvação completa pela graça mediante a
fé no Senhor Jesus, entretanto, seguimos sendo pecadores. Deus é
justo. Uma vez somos salvos pela graça, entramos a ser Seus filhos e
colaboradores, e todo o resultado de nosso trabalho será
recompensado, mas assim mesmo disciplinados se o resultado é
negativo.

Não só basta tratar com os pecados em si, como a lascívia, auto-


estima, desafeto, infidelidade e muitos outros, tem que se tratar com o
pecado maior, o verdadeiro produtor de pecados; de faltas em nossa
conduta diária, e que seu tratamento só pode levar a cabo com a cruz
e uma íntima comunhão com o Senhor Jesus, e relação de inteira
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confiança, até que sejamos liberados do pecado, esse principio natural


herdado que nos faze pecar. Entre os aspectos do perdão, o primeiro é
o perdão para salvação. Ao salvar-nos, Deus nos perdoa eternamente;
mas já como filhos de Deus, voltamos a pecar, e isso não significa que
perdemos nossa salvação, mas se perdemos nossa comunhão com
Deus, de maneira que necessitamos um novo perdão para restaurar a
comunhão com Deus. Nossos pecados passados já têm sido
perdoados; nossos pecados presentes também podem ser perdoados
se os confessarmos, se nos arrependermos, apartando-nos da situação
que nos tem envolvido no pecado, fazemos a devida restauração,
reparando o dano causado, em fim, arrumando devidamente nossos
assuntos, e assim restauramos nossa comunhão com Deus; mas
tenhamos em conta que somos filhos de Deus e que, como tais, temos
nossas responsabilidades. De maneira que há perdão para salvação e
perdão para restaurar a comunhão. Quando os hebreus foram
liberados da escravidão do Egito pelo sangue do cordeiro pascal, essa
liberação foi irreversível, jamais voltaram à escravidão egípcia, mas
depois, já como povo de Deus, deviam estar oferecendo sacrifícios
expiatórios por seus pecados. Não somos responsáveis pela salvação
que já temos recebido por graça, porque é um presente de Deus; nem
tampouco Deus nos pede que preservemos agora essa nossa salvação
eterna com base em nossos próprios méritos e nossas boas obras. A
salvação é um presente, não um crédito que tenha que pagá-lo
depois; a salvação não é como um eletrodoméstico comprado a
crédito, que se não pagas às parcelas, eles podem tirá-la de ti. Tudo é
gratuito. Em Apocalipse 22:17b, diz:

" Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água
da vida".

Nossas responsabilidades agora não se referem a nossa salvação


eterna, senão à salvação de nossa alma com relação ao reino milenar,
às coroas, aos prêmios e recompensas, ou a... A disciplina
dispensacional.

A j ustiça de De us
Levamos em conta que Deus não nos salva sem tratar com os pecados
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conforme a lei, já que está por meio da Sua justiça; ou seja, Deus nos
salva legalmente. Na cruz recaiu em Cristo todo o peso da lei de Deus,
e o Senhor Jesus veio ser nossa justiça. Se Deus passasse por alto a
obra de Cristo na cruz para salvar-nos, violaria sua Justiça. Deus quer
que nossa salvação seja totalmente ajustada à lei. Qualquer que creia
em Seu Filho é justificado por Deus; uma salvação sem sombra de
dúvida, legal, aprovada, vicária. Muitos se esforçam por buscar uma
salvação errada, fraudulenta, comprada com dinheiro ou com obras de
justiça própria. O faz assim Deus? Não. Deus nos salvou "não por
obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele
nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito
Santo " (Tt. 3:5). Deus nos salva legalmente, mas nos salva também
aparte da lei. A lei de Deus nos condena, mas Deus nos salva por Sua
graça em Sua Justiça. Desde antes da fundação do mundo, Deus se
comprometeu a nos salvar por meio de Seu próprio Filho. Diz
Watchman Nee:

"O que é a justiça de Deus? A justiça de Deus é a maneira em


que Ele faze as coisas. O amor é a natureza de Deus, a
santidade é a disposição de Deus e a glória é Deus mesmo.
Entretanto, a justiça é o procedimento de Deus, Sua maneira e
Seu método. Posto que Deus é justo, Ele não pode amar ao
homem só com seu amor. Ele não pode conceder graça ao
homem só porque quer. Ele não pode salvar ao homem por que
Seu coração lhe disse. É verdade que Deus salva ao homem
porque o ama. Mas Ele deve fazê-lo conforme a Sua justiça, Seu
procedimento, Seu nível moral, Sua maneira, Seu método, Sua
dignidade e Sua majestade". (Watchman Nee. O Evangelho de
Deus. Tomo I. LSM. 1994. pág.90).

Vemos, pois, que Deus, para nos salvar, pelo fato de que nos ama, não
toma uma atitude tolerante frente ao pecado. Para salvar-nos, o amor
de Deus não trabalha sem justiça. Os pecados dos homens devem ser
julgados. Enviando a Seu Filho, ao Senhor Jesus, a que encarnasse e
morresse por nós na cruz e carregasse os nossos pecados, Deus
satisfaz Seu amor e Sua justiça. Para nos salvar, deve haver um
equilíbrio entre o amor e a justiça de Deus. De maneira que enquanto
a nossa posição de salvos e filhos de Deus, já nós fomos julgados na
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cruz com Cristo. Nós recebemos a salvação como um presente, mas


Deus pagou um altíssimo preço por esse presente.
No Antigo Testamento, o sumo sacerdote entrava uma vez ao ano no
Lugar Santíssimo do tabernáculo; ali estava a arca do pacto, em cuja
coberta, o propiciatório, vertia o sangue dos animais sacrificados, para
achar graça de Deus por seus próprios pecados e os do povo. Agora
Jesus se tem convertido em propiciatório e Sumo Sacerdote à vez,
oferecendo Seu próprio sangue para que nós venhamos pela fé a
Deus. Isto o fez Deus à parte da lei; porque se Deus manifesta Sua
justiça com base na lei, todos teriam que pagar com a morte eterna.
Quão desgraçados seríamos! Não agradamos a Deus mediante nossa
própria justiça. O legalismo e o judaísmo levam às pessoas a
estabelecerem sua própria justiça, mas a Palavra de Deus não aprova
este procedimento. Por exemplo, lemos em Romanos 10:3-4:

"3 Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando


estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus.4
Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê".

Há pessoas que se esforçam por praticar o bem a fim de


apresentarem-se justos diante de Deus; mas Deus tem estabelecido
Sua própria justiça na obra que Deus cumpriu em Seu próprio Filho, o
Senhor Jesus, e a essa justiça devemos nos sujeitar a fim de sermos
salvos.

Nossa própria justiça não é suficiente; pelo contrário, nossa própria


justiça nega a eficácia da obra do Senhor na cruz. Com base na obra
de Cristo na cruz, Deus nos dá total confiança e segurança de que
somos salvos eternamente. Na obra de Cristo na cruz se manifesta a
justiça de Deus a favor de nós. Ele tem se comprometido nele
firmemente por meio de um pacto eterno. Deus jamais invalida Seus
pactos.

Nossa jus tiça o bj eti va


Nossa justiça objetiva é Cristo, e por Ele somos justificados diante de
Deus quando cremos. Ele morreu na cruz para que todo o que creia
Nele seja salvo, e todas as transgressões cometidas no passado são
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perdoadas, e renascemos em nosso espírito, recebendo a vida de Deus


em nós. Lemos em 1 Coríntios 1:30:

" Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de
Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção".

Também em Romanos 3:26 diz a Escritura:

" tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente,


para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em
Jesus".

No Calvário o Senhor nos justificou; agora vivendo em nós, Ele nos faz
justos. Cristo é nossa justiça diante de Deus por meio da fé. Lemos em
Romanos 3:20-26:

" 20 visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei,
em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.21
Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada
pela lei e pelos profetas;22 justiça de Deus mediante a fé em Jesus
Cristo, para todos e sobre todos os que crêem; porque não há
distinção,23 pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,24
sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção
que há em Cristo Jesus,25 a quem Deus propôs, no seu sangue, como
propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter
Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente
cometidos;26 tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo
presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé
em Jesus".

Alguns buscam ser justificados diante de Deus observando a lei e


cumprindo mandamentos, mas vemos no verso 20 que isto é
impossível. Então, como nos justificamos diante de Deus? Por meio da
fé em Jesus Cristo, e o objetivo da fé é o próprio Cristo. A fé é como
uma semente semeada no homem, que o Espírito Santo faz
desenvolver para que o homem creia no Senhor Jesus, e seja
justificado pela obra de Cristo na cruz. Cristo é a justiça de Deus. Não
há outra. Não crer em Cristo nos separa de Deus eternamente. A
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justificação que temos em Cristo se baseia na graça de Deus, e não


tem nada que ver com nossas próprias obras. O sangue de Jesus
Cristo nos tem justificado. Nunca temos tido nada a oferecer a Deus
que saia de nós, porque nada bom tem havido em nós diante de Deus;
de maneira que a Deus só podemos oferecer o sangue de Seu próprio
Filho, a qual é o único que nos pode justificar quando somos salvos. A
base para lutar e ser vencedor, é o sangue do Senhor Jesus, em seu
justo valor, não nossa própria justiça nem méritos, nem progressos
espirituais. A justiça objetiva se relaciona com a salvação do crente,
em tanto que a justiça subjetiva se relaciona com a vida vitoriosa do
crente. A primeira tem a ver com a obra de Cristo na cruz, e a
segunda com a vida de Cristo em nós. A primeira precede e determina
a segunda.

Nossa jus tiça su bj etiva


Somos chamados a ser a imagem de Cristo. Como se consegue isso?
Deus tem um nível de vida que quer que nós vivamos, mas acontece
que nós não podemos viver. Não temos essa capacidade; não podemos
viver o nível de vida exigido por Deus. Só Cristo pode viver. Cristo vive
esse nível de santidade, de obediência, de fidelidade, de sofrimento.
Cristo é tido às vezes como um modelo para nós, mas nós não temos
capacidade para imitá-lo; ninguém pode imitar a Cristo. Cristo é o
nível de vida para o cristão normal, o vencedor. Então, quem pode
satisfazer esse nível de vida de Deus? O único que pode satisfazer
essa demanda de Deus é Cristo; de maneira que se não é Cristo
vivendo Sua própria vida em ti, tu nunca o lograrás. Diz Paulo em
Gálatas 2:20: " logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em
mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de
Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim ".

Isso de que há crentes que não pecam, não tem respaldo bíblico nem
se cumpre na vida real. Todos somos pecadores, de modo que por nós
mesmos não podemos satisfazer a expectativa de Deus. O que fazer?
Nosso eu deve morrer; é necessário que seja Cristo vivendo em nós.
Não se trata que eu viva como Cristo, que o imite, e sim que Cristo
esteja vivendo Sua vida em mim. "Porquanto, para mim, o viver é
Cristo" (Fp.1:21), dizia Paulo; não minha própria vontade, nem a lei,
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nem os ritos, nem as obrigações religiosas, nem meu mérito depende


de que seja membro de determinada religião; meu viver é Cristo,
porque Ele e eu somos uma só pessoa; "não tendo justiça própria, que
procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que
procede de Deus, baseada na fé" (Fp 3:9); ou seja, se meu viver é
Cristo, não agrado a Deus por guardar alguma lei, nem por meus
esforços pessoais, senão por uma união orgânica com Cristo por meio
de nossa fé Nele. Em Apocalipse 19:8 fala dos atos de justiça dos
santos. Ali diz: "pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo,
resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça
dos santos ". Estes atos de justiça dos santos vencedores são
subjetivos; isto só se logra pela vida de Cristo no crente. Diz em
Mateus 6:33: "buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua
justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas". A vida eterna
se recebe pela fé, pela graça de Deus em Cristo, mas o reino se obtém
cumprindo uns requisitos exigidos pela justiça do Pai. O reino de Deus
tem seus próprios princípios, muito mais estritos que os da antiga lei
mosaica, a praticada pelos escribas e fariseus. Diz em Mateus 5:20:
"Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos
escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus". Esta é nossa
justiça subjetiva, relacionada com nossa íntima comunhão com Cristo
em nós. Quem quer participar no reino dos céus, isso depende de sua
própria vontade, que esteja disposto a permitir ao Espírito Santo que
trabalhe para que, uma vez perdida a nossa alma aqui, possamos
começar a viver a realidade do reino desde agora. Para participar no
reino futuro, é necessário estar participando desde agora em obedecer
seus princípios. A vida religiosa dos fariseus aparece nas Escrituras
revestida de aparência de piedade. Trata-se de meras vestiduras
religiosas. A hipocrisia se costuma revestir de aparência de piedade. A
Escritura fala da manifestação nos últimos tempos de homens
amadores de si mesmos; e por certo serão religiosos, porque 2
Timoteo 3:5 diz que "tendo forma de piedade, negando-lhe,
entretanto, o poder. Foge também destes.".

O que acontecerá com os crentes com aparência de piedade? Isso o


contesta Mateus 7:21-23: "21 Nem todo o que me diz: Senhor,
Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de
meu Pai, que está nos céus.22 Muitos, naquele dia, hão de dizer-me:
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Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome,


e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos
muitos milagres?23 Então, lhes direi explicitamente: nunca vos
conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade". Note que
para entrar no reino dos céus temos que fazer a vontade do Pai
celestial; não uma mera aparência. Se não obedecemos, ou
simplesmente nos deleitamos em fazer nossa própria vontade, não
seremos aprovados no dia do Senhor. Há um afã desmedido por
crescer em muitas coisas, mas o verdadeiro crescimento espiritual
experimentamos na medida em que minguamos. Por que Deus nos
tem escolhido? Diz a Escritura: "Entretanto, devemos sempre dar
graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos
escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do
Espírito e fé na verdade" (2 Ts. 2:13).

"4 assim como nos escolheu nele (Cristo) antes da fundação do


mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor5
nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus
Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade " (Ef 1:4-5). Deus Elege
as pessoas porque encontra nelas algo especial? Não; em nossa
eleição o que entra em jogo é a vontade e a graça soberanas de Deus.
Deus é amor, e esse amor se põe em ação por sua misericórdia, vendo
o homem perdido, e manifesta sua graça em Cristo produzindo nossa
salvação. Deus tem misericórdia de quem quer ter misericórdia; Ele é
soberano. Primeiro elege a Isaque ao invés de Ismael; logo a Jacó ao
invés de Esaú; e o Senhor escolhe a Jacó com conhecimento de que ia
ser uma pessoa supremamente egoísta; entretanto, lhe dá as
promessas, o aperfeiçoa (Fp 1:6) e faz dele um instrumento espiritual
(Jo 6:39). A nós nos conheceu em forma especial desde o princípio, e
nos predestinou; chegado o momento nos chamou, nos justificou por
Seu Filho e por último nos glorificou. Agora vive em nós e quer
engrandecer-se em cada um de nós. Quando Cristo se engrandece em
ti, é porque tua vida é iluminada por Deus, e começas a ver as coisas
como Deus as vê.

A q uinta pr omessa
"O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo
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nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário,


confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos"
(Ap. 3:5). O versículo anterior faz parte da carta à igreja local de
Sardes. Como profecia que é; Sardes representa o protestantismo, ou
seja, um cristianismo de sistemas mortos (Apocalipse 3:1b), onde tem
que vencer uma morte que não conclui, onde abunda a vida artificial, e
isso é devido a que no protestantismo os membros do Corpo de Cristo
têm suas funções anuladas porque não há vida. Os membros que são
olhos, não vêem; os que são pés, não caminham, estão atrofiados. Tu
podes observar uma congregação denominacional, e por grande e
numerosa que seja a membresia, a grande massa se contenta com
assistir à reunião dominical, como quem assiste a missa; só são ativos
o pastor e uns poucos achegados. Ao haver se oficializado o nicolaísmo
em Tiatira, posteriormente Sardes herdou que só o pastor e seus
convidados especiais podem falar nas reuniões; os demais estão
restringidos porque são laicos; e todo membro do corpo que não se
usa, se vai atrofiando e suas funções vão se aniquilando, e se
experimenta uma morte que jamais termina. É necessário vencer a
morte espiritual. Dentro dos sistemas religiosos do protestantismo
prevalece um estado latente de morte organizacional. As organizações
são sectárias, pois rompem a expressão da unidade do Corpo de
Cristo, então, de fato nascem mortas, sem a vida de Deus, mas
individualmente os cristãos que agora fazem parte das mesmas,
podem vencer essa situação e andar de acordo com a vontade de
Deus. Ao ser vencedor, ao ter a disposição permanente de obedecer e
ser fiel ao Senhor, o crente será objeto de um prêmio no reino
vindouro. De acordo com o andar nesta era da graça, com a
obediência ao Pai, com o sofrimento por causa de Cristo, com o
renunciar o mundo e seus deleites, com a fidelidade ao nome do
Senhor Jesus Cristo e não a outro nome, assim será a retribuição na
era do reino. Aqui aparecem três recompensas para os vencedores de
Sardes, os do período que representa o sistema denominacional: (1)
Vestiduras brancas, (2) não serão apagados seus nomes do livro da
vida e (3) serão confessados seus nomes diante do Pai celestial e Seus
anjos.

Vestiduras b rancas
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Algumas pessoas em Sardes não têm contaminado suas vestiduras;


isso significa que seu andar e seu viver o têm feito na apropriada
aprovação do Senhor; não há contaminação de morte em suas
vestiduras. Se tu vives agora na vida de Cristo, e não contaminado
com a morte das organizações protestantes, tens parte com Ele em
Seu reino. Pode que neste momento faças parte de una organização
religiosa com nome, mas teu espírito esta em uma disposição de
comunhão do Corpo de Cristo, em vigilância, de fidelidade e
obediência em teu andar com o Senhor. As do cristão são duas
vestiduras diferentes. A vestidura do verso 4, representa ao Cristo que
nos salvou, Cristo como nossa justiça, que nos reveste de Sua justiça,
que recebemos e que vem a nós dando-nos a vida de Deus, sendo
feito para nós justificação, redenção e salvação em forma objetiva; de
maneira que é uma vestidura objetiva " Mas vós sois dele, em Cristo
Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e
santificação, e redenção" (1 Co. 1:30). Ao sermos justificados
recebemos uma vestidura de justiça objetiva: "O pai, porém, disse aos
seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um
anel no dedo e sandálias nos pés" (Lucas 15:22), a qual é diferente de
nossas ações justas determinadas pela vida de Cristo em nós. A
vestidura de Apocalipse 3:5 representa o Cristo que mora em nós, que
vivemos em nosso andar, nossa justiça subjetiva, pela qual possamos
dizer como Paulo:

"21 Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro. e ser


achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a
que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus,
baseada na fé" (Fp. 1:21; 3:9).

Levemos em conta que em nós não há justiça própria, pois fora de


Cristo, nenhuma pessoa humana é justa por si mesma. Cristo "não por
obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele
nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito
Santo" (Ti. 3:5).

As vestiduras de linho fino de Apocalipse 19:8, são as atos de justiça


dos santos, subjetivos, o que reflete a vida de Cristo em nós; mas isso
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não se deve confundir com a justiça que recebemos quando fomos


salvos, que é Cristo (1 Co. 1:30), e que é uma justiça objetiva.

Diz Mateus 22:11-14: " 11 Entrando, porém, o rei para ver os que
estavam à mesa, notou ali um homem que não trazia veste nupcial12
e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? E ele
emudeceu.13 Então, ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e
mãos e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de
dentes.14 Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos".

Na parábola das bodas encontramos a alguém que assistiu às bodas,


em sua qualidade de salvo que era, mas não estava vestido com o
vestido de linho fino, bordado, limpo e resplandecente próprio dos
vencedores; de maneira que foi atado e lançado temporariamente às
trevas exteriores. Como salvo que era, já tinha o vestido da justiça
objetiva de Cristo; tanto é assim que logrou entrar às bodas, mas não
permaneceu nela gozando e desfrutando do reino dos céus, porque
não estava vestido com sua vestidura de justiça subjetiva, o bordado
mencionado no Salmo 45:14, o de seu andar em vida com Cristo.
Lemos em Romanos 8:30 que aos que Deus predestinou para ser
salvos, a estes chamou, ou seja que todo salvo é chamado; mas não
todos os chamados são escolhidos para receber a recompensa no
reino.

Não ser ão apag ados os nom es dos v enc edor es


Muitos mestres da Bíblia ensinam que ser apagado o nome de alguém
do livro da vida significa que essa pessoa era salva e perde a salvação.
Já temos lido nas Escrituras que o que crer no Senhor Jesus Cristo tem
vida eterna, sem que tenha que fazer nada para ganhá-la ou perdê-la,
pois é um presente (Jo 3:16; Ro 6:23; Ef 2:8,9), e seu nome foi
incluído no registro divino de todos os predestinados para serem
salvos desde antes da fundação do mundo (Ef 1:3,4). O nome do
vencedor não será apagado do livro da vida. E o dos demais salvos?
Para entender isto é necessário saber que existe um livro nos céus
onde tem sido escritos os nomes de todos os santos escolhidos por
Deus e predestinados para participar das bênçãos que Deus tem
preparado para eles; as quais são dadas na era da Igreja, logo durante
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o milênio depois que o Senhor regressar, e por último na eternidade,


no novo céu e a nova terra. Então, o que acontecerá?

Seus nomes serão confessados diante do Pai celestial e diante


de Seus anjos. No protestantismo há diversidade de nomes de
organizações, missões, ministérios e doutrinas; e muitos têm preferido
rotular seu cristianismo com tais nomes, ainda por cima do nome do
Senhor. Muitos preferem chamar-se católicos, anglicanos, adventistas,
batistas, presbiterianos, metodistas, wesleyanos, pentecostais,
carismáticos, quadrangulares. A esse respeito disse Watchman Nee:
" No começo do reino, frente ao tribunal, os anjos de Deus
levarão os cristãos diante de Deus. O livro da vida estará ali. No
livro da vida estão escritos todos os nomes dos cristãos.
Haverá muitos anjos e muitos cristãos. O Senhor Jesus também
estará ali. Um ou mais anjos lerão os nomes do livro da vida, e
o Senhor Jesus confessará alguns dos nomes. Aqueles nomes
que Ele confessar, entrará no reino. Quando os nomes de
outros forem lidos, o Senhor não dirá nada; em outras palavras,
Ele não confessará seus nomes. Então os anjos marcarão estes
nomes; portanto, os nomes dos vencedores estarão limpos no
livro da vida. Um grupo não tem seus nomes inscritos no livro;
outro grupo tem seus nomes escritos, mas seus nomes estão
marcados; e o terceiro grupo, na era do reino, tem seus nomes
preservados na mesma forma em que foram escritos a primeira
vez". (Watchman Ne. O Evangelho de Deus. LSM. 1994, pág.
476).
"alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e sim porque
o vosso nome está arrolado nos céus" (Lc. 10:20b).

Não é necessário que nossos nomes estejam registrados nos livros das
organizações eclesiásticas. Devemos estar seguros de nossa salvação
em Cristo Jesus. Estás tu seguro de tua salvação? No caso de que não
estejas seguro de tua salvação, a que se deve isso? O Senhor nos dá a
segurança de nossa salvação. " 27 As minhas ovelhas ouvem a minha
voz; eu as conheço, e elas me seguem.28 Eu lhes dou a vida eterna;
jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão " (Jo.
10:27,28). Se teu nome está escrito no livro da vida, agora és objeto
de muitas benção, tais como a redenção, o perdão dos pecados, a vida
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eterna, a regeneração, a natureza de Deus, a santificação, a


renovação, a justificação e outras. Se durante o tempo da graça,
enquanto vives nesta terra, tu cresces em tua vida espiritual,
amadureces, cada dia é fortalecido teu homem interior, e o Espírito te
dá testemunho de que és um vencedor, se teu andar é com Cristo e
teu eu experimenta cada dia a ação da cruz, e vai minguando, então o
Senhor não apagará teu nome durante o juízo da Igreja, senão que
como prêmio o Senhor te permitirá participar com Ele no reino milenar,
incluindo as bênçãos de Seu gozo e repouso, e serás vestido de
vestiduras brancas de acordo a como houveres andado nesta era.
"Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco,
sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor " (Mt. 25:21).
O Senhor tem vindo a viver dentro de nós, em nosso espírito, para Ele
poder viver Sua vida e realizar Sua obra. Nós somos seus
colaboradores; mas nesta era da Igreja, em meio deste chamativo
mundo, alguém, como humano, necessita de certos incentivos para
poder cooperar com a graça de Deus e fazer a correta e verdadeira
obra do Senhor na construção da Igreja; e o único que nos pode
incentivar é o Senhor. Por isso é necessário ver isto com toda a
seriedade.

Diz a Escritura: "desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor;


13 porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o
realizar, segundo a sua boa vontade" (Fp 2:12b-13).

Se refere à salvação diária, não à eterna; é Cristo vivendo em nós,


operando em nós por Seu Espírito, e isto inclui obediência; porque o
Senhor põe dentro de ti o querer, e fora de ti o fazer; é algo de dentro
para fora; de teu espírito para a tua alma, onde está tua mente, tua
vontade, tuas emoções, e logo de tua alma a teu corpo, para que todo
teu ser entre em ação; mas se tu não avanças com Ele, se te
contentas de pronto com ser um crente a mais na multidão, um
menino na vida espiritual; se não te interessa vencer sobre o que
ocorre em teu entorno religioso, se negas o nome do Senhor por
exaltar o nome de alguma organização religiosa ou de algum
proeminente líder religioso, ou a ênfase de uma doutrina em especial
tem te deixado sectário, então teu nome é apagado do livro da vida
durante a dispensação do reino e não terás participação com o Senhor
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nele mesmo, nem receberás as bênçãos para esse tempo. Significa


isso que perdem a salvação? De maneira nenhuma; senão que durante
esse tempo, os que não houverem vencido, serão disciplinados como o
servo mal que foi lançado às trevas exteriores, e desse castigo não
sairá até que tenha alcançado a maturidade necessária para participar
das bênção que Deus tem prometido para a eternidade na Nova
Jerusalém, quando seus nomes serão escritos novamente no livro da
vida. Quais são essas bênçãos eternas? O reinado eterno com Deus na
Nova Jerusalém, o sacerdócio eterno, a árvore da vida, a água da vida.

" 3 Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de


Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão,4 contemplarão a sua
face, e na sua fronte está o nome dele.5 Então, já não haverá noite,
nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o
Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos.
14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue
do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem
na cidade pelas portas. 17 O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele
que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser
receba de graça a água da vida" (Ap. 22:3-5,14,17).

Nem todos serão vencedores. Parece ser que os vencedores são uma
minoria. Há pessoas que dizem que andam na luz, mas a realidade
demonstra que andam em trevas (1 Jo 2:8,9). Surpresas se darão! Os
nomes dos vencedores também serão confessados pelo Senhor diante
do Pai e de Seus anjos na era do reino milenar na terra. A experiência
nos diz que é agradável para muitas pessoas que seus nomes sejam
confessados diante de altas personalidades e figuras de certo prestígio.
Isso tem algo a ver com o estado em que se encontra a cristandade?
Desde suas raízes a história do protestantismo se tem visto
relacionada com a vinculação de altos personagens, imperadores, reis,
príncipes, eleitores, prelados, dignitários políticos e religiosos, que vão
abrindo passo e escalando certas posições as vezes por meios não
bíblicos, como o da política e as contendas belicosas. Mas a casa
construída pelos homens, e usando métodos humanos, será deixada
deserta (cfr. Mateus 23:38). A chave é Deus em nós em Cristo e por
Seu Espírito. Um crente não tem nenhum motivo para gloriar-se; não
importa que seja muito sábio ou muito ignorante; não importa a
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posição que ocupe no mundo religioso; se tudo tem feito o Senhor, se


em algo devemos gloriar-nos é no Senhor.

Cap. 6: OS VE NC EDORE S E A IGR EJA

Os v en cedo res an te o fracasso da Ig re ja


Solidarizo-me com os que afirmam que «a Igreja forma o centro do
universo e a razão de ser da criação».*(1) O que pensava Deus
quando criou o universo? Diz Zacarias 12:1b: "o SENHOR, o que
estendeu o céu, fundou a terra e formou o espírito do homem dentro
dele". Eis aí o centro da atenção do Senhor, eis aí o mais importante
para o Criador, o espírito do homem regenerado, a Igreja, onde fará
Sua morada eterna. Isso é mais importante para Deus que todas as
grandes galáxias juntas.
*(1) Daniel Ruíz Bueno. Pais Apostólicos. BAC. 1985. Pág. 929.

De acordo com Gênesis 1:26-27 e Romanos 5:14, Adão foi criado à


imagem de Cristo; mas o homem caiu e perdeu essa imagem. É agora
na era da graça e pela redenção de Deus em Cristo, que o homem
redimido volta a ser a imagem de Cristo (Romanos 8:29); é a Igreja, o
conjunto de todos os predestinados por Deus para que participem
desta salvação tão grande. Ante a rebelião de Satanás primeiro e a
queda do homem depois, o plano eterno de Deus de reunir todas as
coisas em Cristo, e que todas as coisas manifestassem a glória de
Cristo, e que o homem fosse semelhante a Cristo, esse plano sofre
demora; e por ele é necessário que o Filho de Deus se encarne na
história, nasça e cresça como todos os homens e faça Sua obra na
cruz, morrendo por nós e ressuscitando gloriosamente, segundo o
antecipado conselho de Deus, e vença. O Senhor Jesus é o primeiro
vencedor. Ao derramar sua vida na cruz, e por meio de Sua poderosa
ressurreição e gloriosa ascensão, o Senhor da vida à Igreja, a qual é
chamada a se manter na vitória de Cristo na cruz. Cristo, o Cabeça, no
Calvário venceu e atou a Satanás; e o Senhor quer que Seu Corpo, a
Igreja, todo o tempo que permanecer na terra, mantenha e demonstre
a vitória da cruz, e para ele é necessário que a Igreja amarre a
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Satanás em todo lugar. Satanás tem se interessado muito em que a


Igreja, seus membros, ignore que Cristo já venceu na cruz do Gólgota,
e que essa vitória é nossa, onde nos devemos manter firmes. A Igreja
está chamada a proclamar e viver essa vitória do Senhor sobre as
forças das trevas. Sabemos que muitos irmãos vivem prostrados,
crendo que suas próprias forças lhe darão a vitória. Mas a Igreja
historicamente tem fracassado; isto vem ocorrendo desde o período
primitivo. Desde os tempos apostólicos começaram as falhas; com a
perda do primeiro amor começou o declínio. A Igreja gradualmente foi
experimentando suas falhas, primeiro manifestadas em algumas
pessoas, e depois caiu comprometida com o mundo em tempos de
Constantino o Grande, imperador romano; houve um matrimônio
desigual que se consolidou nos tempos do imperador Teodósio o
Grande (379-395), veio das alturas com Cristo a morar na terra, até
que definitivamente foi infiel ao Senhor. A Igreja é o Corpo místico de
Cristo; Ele como Cabeça, sofre as feridas do Corpo e, como o corpo
humano, através da história a Igreja tem sido atacado por inumeráveis
germes e pragas malignas com que Satanás tem desejado acabar com
a igreja. A Igreja tem sido atacada por legiões de demônios que a vão
contaminado com a falta de amor ao Senhor e aos irmãos, falta de fé e
esperança nas promessas de Deus conforme as Escrituras, com
heresias, gnosticismo, ataques por parte do judaísmo e o legalismo,
com o desconhecimento dos princípios bíblicos, com incontáveis
divisões, com perseguições, união com o mundo, com cesaropapismo,
com sincretismo, idolatria, por meio da inquisição, o nicolaísmo, a
mariolatria, o denominacionalismo e as doutrinas de demônios, com as
forças psíquicas latentes na alma e a teologia da prosperidade, com o
evangelho das ofertas, com o cepticismo e a incredulidade, com o
farisaísmo e a aparência de piedade, com sedução com princípios e
práticas esotéricas, e por último com o ecumenismo e a globalização
da religião. Mas a Igreja, apesar de que tem chegado a estar
gravemente enferma, tem saído triunfante, porque as portas do Hades
não prevalecerão contra ela, e depois do grande cativeiro e de passar
pelo vale da sombra da morte, chegou a hora de brotar loução como
as flores na primavera, mas desafortunadamente nem toda a Igreja
tem estado comprometida, e nem toda ela é a portadora dos
anticorpos, senão que só os vencedores estarão preparados para a
grande batalha final. É como a vanguarda da Igreja. Desde o começo,
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e ante o fracasso da Igreja, surge a necessidade de que a


responsabilidade recaia sobre uns poucos, os vencedores. Só com os
vencedores, os que já tem recobrado a imagem de Seu Filho, Deus
porá Seus inimigos por estrado dos pés de Cristo (Mateus 22:44),
quem tem a preeminência em tudo. O resto, a grande massa da Igreja
quer glorificar a si mesma e jactar-se de seu trabalho e de suas
conquistas. É mais saudável que trabalhes para o Senhor sem esperar
nada para ti; si estás esperando algo, não tens matado a ti mesmo. Se
isso está te ocorrendo, conta-te entre os eliminados do reino. É preciso
que Deus nos vença por meio da cruz. O Antigo Testamento está cheio
de tipos e figuras de Cristo e a igreja. Por exemplo, a Escritura,
falando da construção do tabernáculo no deserto sob a liderança de
Moisés, diz que a coberta exterior desse templo portátil era
confeccionada com peles de texugos (cfr. Êxodo 36:19). A esse
respeito citamos um comentário do irmão Witness Lee, tendo em
conta que o tabernáculo era só um tipo da legítima Igreja do Senhor.
"Depois da capa de peles de carneiro tingidas de vermelho, está
a quarta capa, a qual vem a ser a capa externa. Esta coberta
está formada de peles de texugo ou de marsopas, as quais são
muito fortes; podem resistir a qualquer classe de clima,
qualquer classe de ataque. A coberta exterior não é muito
atrativa em aparência e é algo tosco. Hoje em dia,
exteriormente Cristo não é tão agradável para as pessoas
mundanas; Ele simplesmente se assemelha à forte pele de
texugo, que não tem atrativo em sua aparência exterior. Mas
ainda que Ele não seja muito atrativo por fora, por dentro Ele é
formoso, maravilhoso e celestial. Ele não é como o cristianismo
de hoje, que tem edifícios imensos e formosos; exteriormente
são muito imponentes, mas interior e espiritualmente são
desagradáveis, vazios e algumas vezes corruptos. As
organizações cristãs mundanas são verdadeiramente feias. No
interior da igreja apropriada, do edifício de Deus, há algo
celestial e belo, ainda que exteriormente seja humilde e tosco,
sem atrativo nem beleza". (Witness Lee. A Economia de Deus.
LSM. 1990. pág. 204).

O cristianismo perfila-se através de duas correntes. Por um lado, há


um cristianismo religioso, nominal, professo e até com aparência de
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piedade; claro, com uma variante gama de autenticidade; que ao


mesmo tempo em que podem estar anelando estar bem com Deus,
também podem estar se inclinando a olhar com simpatia o mundo
circundante e seus enganosos prazeres. São os que não costumam
desejar comprometer-se com Deus. Mas detrás desse cristianismo
veleidoso, há outra realidade, a dos lutadores, os que sabem que com
Cristo são vitoriosos, os que esperam a vinda do Senhor e Seu reino
com Ele. São os que têm se comprometido com Cristo até a morte;
são os que são guiados pelo Espírito de Deus, porque conhecem e
estão familiarizados com Sua voz e a estimam. São os que já não
vivem para si mesmos, senão para Aquele que dentro deles habita e
ordena, porque têm consciência que ofertou Seu próprio sangue pela
vida da Igreja, e nos fez livres do que escraviza aos homens e quer
destruir o rebanho do Senhor. São os que tem consciência que nossa
verdadeira causa, vida e fortaleza é Cristo; são os que sabem que os
demais saem sobrando. São os que sabem que tudo o que está
relacionado com este mundo de pecado, com nossa própria carne e
com Satanás, nos impede de um autêntico crescimento espiritual. São
os que estão conscientes de que chegou a hora em que tem que deixar
de julgar à Igreja. São os que não põem em primeiro lugar às “demais
coisas” senão ao Senhor. Freqüentemente essas duas correntes cristãs
não se identificam uma com a outra, nem se entendem, e até tem sido
antagônicas na história. Dá-se o caso de que se um vencedor trata de
ajudar a um irmão caído, ou a um irmão cego à realidade do Senhor,
ou a um irmão egocêntrico, este o recusa e o apelida de fanático ou
extraviado. E até o persegue.

A partir da regeneração dos membros do Corpo de Cristo; a Igreja já


vive dentro da esfera do reino de Deus, e como em todo reino, no
reino de Deus há claras normas de governo e de disciplina, e é
necessário que todos os redimidos sejamos não só governados e
disciplinados, senão também treinados para governar com Cristo na
eventual manifestação do reino dos céus. Este é o tempo em que, de
acordo com o sermão do monte de Mateus 5-7, a Igreja, como a atual
realidade do reino dos céus, deve ser treinada, disciplinada, provada,
purificada, limpa, experimentada em uma vida austera, em tribulações
e restrições, corrigida em tudo. Nos pequenos reinos e feudos que se
tem formado no cristianismo, a Igreja está sendo guiada pelos
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caminhos largos e amplas portas que facilitam a entrada à


prosperidade econômica; os irmãos são treinados para ganhar méritos
próprios diante do Senhor para serem dignos de ricas "bênçãos"
terrenas, que satisfaçam seus deleites carnais aqui e agora. Estamos
na era das ovações e as distinções entre os homens. Para que esperar
o futuro? Não há preparação para merecer o reino, porque se
desconhece tudo do reino. Para quê mais reino, se já a grande massa
está reinando. Se dizem: "Somos os filhos do Grande Rei; já estamos
reinando". Muitos querem reinar desde agora, mas recusam pagar o
preço da coroa. É melhor reinar na manifestação do reino futuro, e
estar sobre todos os bens do Senhor (cfr. Mateus 24:47), que reinar
aqui. Ninguém, exceto os vencedores, querem ocupar-se na confecção
e bordado, com o Espírito Santo, do vestido de linho fino, limpo e
resplandecente, sem mancha, para poder participar nas bodas do
Cordeiro; porque esse vestido é individual, pois é feito em nosso viver
diário com o Senhor, o que fazemos, a Palavra diz que são os atos de
justiça de cada santo em particular. As ações justas de outro santo não
servem a ti para que possas participar nas bodas do Cordeiro,
enquanto tu não negares a ti mesmo, e teu andar não for no Espírito
de Deus. Por tudo isso, a Palavra de Deus fala de vencedores, porque
só os vencedores podem chegar a ser pobres no espírito, ter
capacidade para suportar o sofrimento, ser mansos, ter fome e sede
de justiça, ser misericordiosos; só os vencedores podem ser limpos de
coração, pacificadores; só os vencedores tem capacidade de padecer
perseguição por causa da justiça e ser vituperados por causa do
Senhor, e por cima de tudo isso, se regozijar e alegrar, sem devolver
mal por mal, sem queixar-se, e sim bendizendo a seus detratores; só
os vencedores são capazes de voltar a face esquerda ao que lhe fere
ou golpeia a direita. Só um vencedor tem a capacidade de se contentar
com qualquer que seja a situação pela que tenha que passar, seja de
necessidade ou de abundância, e poder manifestar como Paulo: " tudo
posso naquele que me fortalece " (Fp. 4:13). Os vencedores são a
vanguarda; os vencedores são os verdadeiros guerreiros de Deus na
Igreja, os que estão vestidos com toda a armadura de Deus. Na Igreja
há pessoas que só vestem parte dessa armadura, e outros,
embriagados por uma falsa teologia fácil, não vestem nada. Andam
nus, como os de Laodicéia. Só os vencedores expressam a realidade
do reino que deveria expressar toda a igreja redimida pelo Senhor;
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porque só na vida vitoriosa dos crentes vencedores se satisfaz o


requerimento de Deus de que nossa justiça deve ser maior que a dos
escribas e fariseus, ou seja, uma mais elevada e exigente moral
comparada a que demanda a lei veterotestamentária e os legalistas
religiosos professos. Temos a realidade do reino, mas é uma realidade
escondida na Igreja, inclusive para a maioria dos crentes.
Por exemplo, a lei exige que se ame ao próximo e se aborreça aos
inimigos, mas o Senhor nos diz que amemos a nossos inimigos. Mas,
quem que não seja vencedor pode conseguir isto? Com o estado atual
da igreja professa, com essa divisão crônica reinante, se vive um
egoísmo sem precedentes; não se ama nem sequer aos irmãos na fé;
às vezes nos devoramos uns aos outros; muitas vezes se prefere não
empregar os serviços de nossos irmãos, porque há muita
desconfiança, irresponsabilidade, falta de honradez, fachada de
religiosidade, mas nada de amor e respeito, muito menos de piedade,
porque o crente vive como o resto dos homens, como qualquer filho de
vizinho e não como filhos de nosso Pai que está nos céus. Existe uma
grande diferença entre ser filho de um pai meramente humano e ser
filho do Pai celestial; porque a vida humana não pode viver a realidade
do reino dos céus, senão a vida divina que Deus vive dentro de nós. A
oração autoritativa, a obediência, a dedicação, o sofrimento, a cruz, o
negar a si mesmo, o trabalho e a vitória dos vencedores, repercute em
toda a Igreja. Os vencedores obtêm a vitória para a Igreja, porque os
vencedores levam toda a carga que deveria levar a Igreja inteira.
Sobre os ombros dos vencedores recai a responsabilidade de carregar
a arca (símbolo de Cristo); elevá-la, e ao custo de sua própria
vergonha, livrá-la do vitupério dos homens. O vencedor não tem
repouso; sua responsabilidade não lhe admite o descanso; o vencedor
sabe que tem que se manter em vigília até que o Senhor lhe alivie da
carga. Então, irmãos, é justo que o Senhor julgue em Seu tribunal o
que a Igreja tem feito nesta era? Será justo que todos os santos
recebam um mesmo trato, sendo que uns tem caminhado pelo
caminho amargo e difícil, enquanto que outros o tem feito pelo amplo,
prazeroso e fácil? É curioso o que anota o irmão Sonmore: "O povo,
que tem ouvidos sarnento, se congrega ante os mestres de sua
própria eleição para ouvir mensagens de prosperidade, de paz,
de poder, de auto-realização e de sanidade física para
continuar em pecado". (Clayton E. Sonmore. "Ninguém se
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atreve a chamá-lo engano". Tomo 3 da série "Mostre a Casa aos


da Casa". M.S.M. 1995, p. 130).

Há duas coisas que teve a igreja em seu período primitivo e que se


perderam não muito tempo depois, e que urge que sejam restauradas
em nosso tempo, a saber, o ministério e a mensagem. Esses dois
aspectos já tem sido restaurados em certos lugares, mas a um alto
custo de perseguição e dificuldades. Por exemplo, o ministério que
existe agora não é o bíblico; e a mensagem em mãos de um ministério
estranho também se aparta da verdade do fundamento escriturário.
Alguém tem dito que uma igreja com um ministério e uma mensagem
que não se podem reconhecer, é um fantasma da verdadeira Igreja do
Novo Testamento. Hoje ministério é uma fonte de ganância e de
posição social; na Bíblia, exercer o ministério é um grande sacrifício
pois exige pagar um preço. Qual é a mensagem do verdadeiro
ministério e por que é recusado no cristianismo atual? Porque o
verdadeira mensagem é a cruz. Ninguém quer pregar a cruz, nem
menos vivê-la. Se tu pregas a cruz, te correm de tua denominação. Se
a Igreja não vive a cruz, qual será a diferença com os pagãos?
Os vencedores são os únicos que levam a cruz e negam a si mesmos.
A cruz é obediência e submissão ao Senhor até a morte; a cruz é dor e
sofrimento, a fim de que possa haver vida para outros. Sem morte não
pode haver vida. Mas a Igreja evita levar a cruz, e se refugiam na
prosperidade material, na vida fácil, como se o Rei nos houvesse
redimido para que nos acomodemos neste mundo. Diz W. Nee: "Cada
um de nós deveria perguntar: O que faço o faço com o afã de
adquirir fama, ou prosperidade ou para ganhar a simpatia dos
demais? O que busco é a vida na igreja de Deus? Espero que
todos possamos pronunciar a seguinte oração: Oh Senhor,
permita-me morrer para que outros possam viver". (W. Nee. O
Plano de Deus e os Vencedores. Ed. Vida, 1977, pág. 87.)

Satanás já foi julgado na cruz, de modo que a execução dessa


sentença está a cargo da Igreja, e em particular dos vencedores.
Quando os vencedores forem ressuscitados e levados ao céu, com eles
o Senhor estabelece Seu reino e Sua autoridade sobre a terra e é
consumada a salvação. A grande maioria na Igreja não consegue
cumprir o propósito de Deus simplesmente porque o ignora; por isso é
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que o Senhor consegue Seu propósito com um grupo de vencedores.


No cristianismo não há consciência de Igreja como Corpo de Cristo. Só
na condição de Filadélfia se tem restaurado a vida corporativa da
Igreja. No cristianismo tem se exagerado a ênfase na salvação
individual, e isso em detrimento da Igreja, o Corpo de Cristo; porque o
que tem que ver com um membro, tem sua repercussão em todo o
organismo. Se não somos agarrados e alicerçados em amor, todos
unidos como os membros do corpo humano, não podemos ser cheios
de toda a plenitude de Deus. Deus não trabalha só, nem quer que nós
trabalhemos sós. A Palavra de Deus diz que só corporativamente se
pode conhecer a Cristo em suas reais dimensões (cfr. Efésios 3:17-
19). Individualmente na Igreja há covardes, outros são preguiçosos,
outros descuidados, outros amadores das coisas do mundo; daí que o
Senhor dispensacionalmente sempre se tem valido de um pequeno
remanescente, tanto no povo de Israel como na Igreja. Ser vencedor
não necessariamente se relaciona com ser integrantes de um grupo de
pessoas especialmente espirituais, com meta a receber coroas e
recompensas quando vier o Senhor. Pode haver algo disso, mas no
fundo se trata da falha que historicamente tem afetado à Igreja, e o
Senhor quer cumprir Seus propósitos com uns poucos que tem vencido
as circunstancias que tem levado à derrota o resto da Igreja. O
vencedor faz o que realmente deveria fazer toda a Igreja. O vencedor
proclama com freqüência a vitória de Cristo; ou seja, dá testemunho
que Cristo já venceu Satanás, e que já se aproxima a manifestação do
reino dos céus. É necessário que expressemos o testemunho tanto aos
homens como a Satanás. É necessário dar testemunho que Jesus é o
Senhor. De conformidade com a Palavra de Deus, vemos a diferença
entre um crente vencedor e um vencido. Ao menosprezar sua vida até
a morte, o vencedor está disposto a ser sacrificado em sua vida física
e a negar-se até perder toda a força de sua alma. As capacidades
naturais da alma humana do crente, devem ser tratadas pela cruz.
Quando chegamos a Cristo, trazemos uma série de forças e
capacidades, que o diabo e a carne nos induzem a por ao serviço do
Senhor sem que sejam tratadas pela cruz; e quando isto ocorre, o
cristão tem falhado. As capacidades naturais do homem estorvam a
obra de Deus. Qualquer um pode se enganar e enganar usando suas
habilidades como se procedessem do Espírito Santo. Costuma-se usar
magníficas habilidades naturais pedagógicas, eloqüência, inteligência
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inata, privilegiada memória; mas tudo isso pode estar se fazendo na


carne: madeira, feno, palha. O que significa isso? Que se está
apresentando uma santidade e umas capacidades que não procedem
de Deus. A Deus não se pode servir com o que não procede Dele
mesmo. Deus não recebe o que não procede Dele. Qual é o caminho
correto a seguir? O eu deve ser anulado por meio da cruz. Se isso não
ocorre, Cristo não pode manifestar Seu poder em nós. O orgulho que
nos arrasta com base em nossos próprios recursos naturais, e o poder
de Cristo, não são compatíveis. Diz em 1 Coríntios 15:50: "Isto afirmo,
irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus,
nem a corrupção herdar a incorrupção". O corpo animal de que fala o
versículo 44 não pode herdar o reino; ele deve passar primeiro pela
ressurreição, e a alma haver experimentado a cruz.

O vi nho nov o ne cessita de od res no vos


O Senhor está edificando sua Igreja de acordo aos parâmetros
bíblicos, e necessitamos ter clareza de que o Senhor nos revela em
sua Palavra e pelo Espírito que não temos para quê nos esforçar
tratando de reformar as velhas estruturas eclesiásticas reinantes; isso
é uma tarefa impossível. Todo intento de renovação não funciona
simplesmente porque a edificação da Igreja é viva; a Igreja é um
organismo vivo. As organizações eclesiásticas, por muito
esplendorosas que se mostrem, não deixam de ser estruturas mortas
que não podem conter essa vida. São recipientes velhos e rotos aptos
para a dispensação da lei; e o Senhor está preparando odres novos
para depositar o vinho novo (cfr. Mateus 9:14-17; Marcos 2:18-22;
Lucas 5:33-39.). As dispensações da lei e da graça são incompatíveis.
O que procura estabelecer sua própria justiça tratando de cumprir
preceitos legais (Ro. 10:3), e não se sujeita à justiça de Deus em
Cristo (Ro. 3:22; 10:4), simplesmente cai da graça (Ga. 5:4). O
cristianismo voltou ao legalismo. Por exemplo, para os meros
professantes da religião, o jejum já não é um ato íntimo e secreto de
adorar ao Senhor (cfr. Mateus 6:16-18), senão uma prática religiosa
externa e oficial, muitas vezes usado para ostentar e jactar-se não só
diante dos homens senão também ante Deus. Isto tem cumprimento
tanto a nível pessoal como organizacional. As caducas estruturas da
igreja tradicional em suas diferentes facções, com sua bagagem de
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legalismo e imposições, constituem uma trincheira para a graça. A


Igreja do Senhor está voltando a sua normalidade bíblica, à verdadeira
vida e unidade do corpo de Cristo, às práticas do primeiro século,
quando os santos "E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na
comunhão, no partir do pão e nas orações" (At. 2:42). Mas a
normalidade da Igreja não se conquista renovando as estruturas das
igrejas tradicionais. Não se podem reformar velhas estruturas
eclesiásticas; isso é uma verdadeira utopia. Desde o ano 1123 ao
redor de 13 concílios "ecumênicos" não puderam renovar o catolicismo
romano, por exemplo. Diz o Senhor que isso seria como pretender que
um vestido velho fosse convertido em um novo simplesmente porque
se enche de remendos, pois remendar um pano velho com pedaços de
um novo traz como resultado a ruptura do pano velho. Por que se
rompe? No original grego não diz necessariamente pano novo; mas
fala de pano tosco, sem cardar (agnafos), não curtido. Um pano não
passado por curtimento, é que não tenha sido golpeado, desengraxado
e curtido; é um pano tosco, que ao ser molhado se encolhe, de
maneira que o remendo do dito pano o tira do velho e o desgarra;
então a ruptura se faz maior que antes. Assim é o evangelho do reino;
é puro; é um evangelho sem tirar as asperezas, a cruz, o negar a si
mesmo; é o evangelho do caminho estreito; é um evangelho que não
pode servir para remendar o evangelho fácil que está se pregando. O
evangelho do reino e da justiça de Deus choca-se com o evangelho
mundano da prosperidade e do enriquecimento econômico; choca-se
com o evangelho dos palácios e dos grandes empórios. O mesmo
acontece com os odres. Os odres são couros geralmente de cabra,
que, cozidos e costurados por todas as partes menos pelo
correspondente ao pescoço do animal, serve para conter líquidos,
como vinho e azeite. Os couros dos odres, com o envelhecimento
tendem a endurecer, e, claro, vão perdendo flexibilidade, e podem
romper facilmente. Esses couros velhos não resistem à força da
fermentação do vinho novo. A restauração da igreja bíblica está
fermentando agora em quase todos os países do mundo; e essa
fermentação está produzindo grandes rupturas nas diferentes
estruturas da igreja tradicional. Há milhares de irmãos que neste
momento estão recebendo essa revelação do Senhor; e há deserções
por em toda parte. Há muitos irmãos vencedores que estão buscando
a unidade do corpo de Cristo na comunhão do Espírito de Cristo. O
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vencedor vê o que não vêem os demais. O vencedor faz um escrutínio


cuidadoso conforme a Palavra de Deus, porque a visão espiritual deve
ser conforme a as Escrituras. O vencedor examina e reflete. O
vencedor não fica na superfície; em certo modo há de se penetrar no
mistério do corpo de Cristo; vê-lo, vivê-lo, discerni-lo. Nós cristãos não
devemos viver no temor que engendra o cumprimento de preceitos e
cargas; ao crer em Jesus Cristo, Dele não temos recebido o espírito de
escravidão (cfr. Romanos 8:15.). Hoje somos filhos de Deus, e
devemos gozar do espírito de liberdade do Evangelho, e esse espírito
de liberdade (não de libertinagem) não cabe nos velhos odres ou
antigos moldes nem do judaísmo nem da igreja tradicional envelhecida
com essa carga de institucionalismo, legalismo, normas, divisões,
nicolaísmo e caducas estruturas. Insistimos, o Senhor está
trabalhando na restauração de sua legítima Igreja; é uma porta aberta
que ninguém pode fechar. Há um avanço incontido. O Senhor está
derramando seu vinho novo. Mas para esse vinho novo, O Senhor
necessita odres novos. Os odres velhos não servem ao Senhor. Longe
está o Senhor de que se reformem as velhas estruturas religiosas. Aí
está o exemplo de Jesus. Quando iniciou seu ministério não cuidou de
ir ao Sinédrio revelar sua filiação trinitária divina e messiânica a Anás
e a Caifás e demais dirigentes religiosos de sua nação; nem tampouco
a avalizar as estruturas do judaísmo reinante; ao contrário, combateu
todo aquele comércio religioso. E em vez disso, foi às praias do Lago
de Genesaré e chamou a um grupo de odres novos para que neles
fermentasse o vinho novo do Evangelho do Reino. Jesus não veio a
renovar as estruturas do judaísmo, como agora tampouco está
interessado em renovar as velhas estruturas da igreja tradicional.
Jesus agora está edificando algo novo. O que na história se
envelheceu, morrerá em sua velhice. Quando Jesus inicia seu
ministério, nesse momento histórico, o judaísmo, com Anás e Caifás
como cabeças e com suas alas de fariseus e saduceus, representavam
o odre velho com seu vinho velho da lei, as obras, os tipos, as
sombras, os sacrifícios e as promessas do Antigo Pacto; agora vem
Cristo, marcando o fim de tudo isso, trazendo o vinho novo à graça
divina e a verdadeira realidade a depositá-la em um odre novo, pois
Cristo é o verdadeiro Cordeiro Pascal, o bode expiatório verdadeiro, o
verdadeiro maná, o verdadeiro tabernáculo de Deus. As organizações
eclesiásticas tem já seu leque de programas, métodos e práticas; uns
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tradicionais e outros recebidos de diferentes fontes; inclusive pode


tratar-se de uma congregação que se esteja inaugurando hoje; que
esteja estreando pastor, membros, edifício, púlpito, pessoas jurídicas,
tudo; mas se começa tendo por base as estruturas tradicionais do
sistema, essa congregação nasce sendo velha e caduca, pois essas
estruturas não resistem ao autêntico vinho. Às vezes a igreja
tradicional trata de remendar os furos de sua estrutura caduca com
remendo de pano novo. Dá-se o caso de que às vezes até usam certa
literatura dos apóstolos e mestres da restauração da igreja, mas ao
usá-las mal, vêm as brechas, pois para que sejam odres novos, as
organizações deveriam desaparecer. Há membros de antigas
estruturas que, abandonando esse sistema corrompido, se abrem ao
vinho novo do Senhor, da unidade do corpo de Cristo, do evangelho do
reino, do caminho da cruz, da porta estreita, da restauração da
verdadeira liderança (apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e
mestres), da comunhão do Espírito, da centralidade de Cristo, etc.
Todo esse precioso vinho temos no Novo Testamento, de onde
bebemos pelo Espírito Santo. Cristo nos deixou com palavras claras,
inequívocas. Não é o caso de tratar de unificar a igreja com o método
externo e superficial de unir as diferentes organizações. Isso se
contempla como a apostasia que envolve o ecumenismo. Pelo
contrário, se trata de uma revelação do Senhor a nosso espírito; é a
luz de Deus que se deve manifestar no amor que dá seu fruto. O
ecumenismo acrescenta a obscuridade, as rivalidades, os
enfrentamentos, o ódio, revive o zelo religioso. O ecumenismo pode
ser papacêntrico, mas não cristocêntrico.

Cap. 6: OS VE NC EDORE S E A IGR EJA

A a rmadu ra de De us
A Bíblia registra uma luta da Igreja contra o inimigo de Deus, as forças
malignas das trevas; e o Senhor nos ordena vestir-nos com toda a
armadura de Deus, para podermos sair vitoriosos nesse inevitável
enfrentamento; porque é necessário que lutemos no Senhor, em Seu
poder, e não no nosso. O vestir-nos com a armadura de Deus é uma
ordem, um mandato de Deus, e uma necessidade para nós, não é
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opcional; Mas o por a armadura é um ato voluntário nosso, um


exercício voluntário. Toda arma meramente humana não serve para
esta luta, e sim de estorvo. " 10 Quanto ao mais, sede fortalecidos no
Senhor e na força do seu poder.11 Revesti-vos de toda a armadura
de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo;12
porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os
principados e potestades, contra os dominadores deste mundo
tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.13
Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no
dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis"
(Ef. 6:10-13). Aqui a Igreja é apresentada como um guerreiro, mas o
lamentável é que nem todos estão vestidos com esta armadura. Muito
poucos, os vencedores, estão vestidos com toda a armadura de Deus;
outros só tem parte dessa armadura, e o resto, a maioria, não tem
nada. Levemos em conta que nós vemos as pessoas com nossos olhos
físicos, mas detrás das pessoas (carne e sangue) estão os
ventríloquos, os verdadeiros inimigos de Deus, os anjos rebeldes que
ostentam neste século os poderes malignos de Satanás, o qual conta
com uma organização sofisticada nos lugares celestes, os ares, e
exercem seu poder sobre as nações do mundo. Cada nação tem seu
próprio príncipe das trevas (Daniel 10:20) dentro dessa organização, a
qual a sua vez maneja uma verdadeira hierarquia de poderes e
especialidades a seu cargo, para infringir dano à Igreja e às nações,
que estão regidas e escravizadas por essas trevas. Mas devemos estar
firmes na vitória de Cristo, que é nossa própria vitória, por quanto
Satanás e suas hostes de maldade estão destinadas a serem vencidas
por nós; por isso devemos resistir, ou seja, estar firmes. Paulo toma a
armadura de Deus, em sua parte externa, de modelo do soldado
romano de seu tempo, o qual era muito famoso por sua disciplina e
vigilância. A armadura consta das seguintes partes:

O cinto da verdade. "Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a


verdade" (v. 14a). Cingir-se com cinto tem a conotação de estar
pronto para a ação, neste caso para a batalha espiritual; mas é
necessário que nos cinjamos com a verdade, a qual é Cristo, o qual
verteu seu sangue por nós. Como comeram o cordeiro os hebreus, no
dia de sua liberação? "Desta maneira o comereis: lombos cingidos,
sandálias nos pés e cajado na mão" (Ex. 12:11a). Quanto mais
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conhecemos a Deus e a Seu Cristo, mais temos consciência que Ele é


nossa única verdade e realidade cotidiana, em nosso andar como
cristãos. "Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a
vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14:6).

A couraça da justiça. A couraça era a parte da armadura que


revestia e protegia o peito do soldado romano, ou seja, nossa
consciência. " e vestindo-vos da couraça da justiça " (v. 14b). Cristo
tem sido feito por Deus nossa justificação, e dessa justiça temos sido
revestidos desde que cremos, a qual tem se convertido em nossa
couraça em nossa condição de soldados; a obra de Cristo na cruz nos
tem feito justos, mas em nossa luta contra Satanás, devemos ter
nossa consciência limpa e protegida com a justiça de um coração reto
diante de Deus e dos homens, o qual é a vida de Cristo em nós;
porque Satanás constantemente está nos acusando, e não devemos
permitir que essas acusações definhem nossa fé e nossa confiança no
Senhor. Se nossa consciência não nos acusa, não devemos permitir
que sejamos atemorizados e envergonhados pelo inimigo.

O calçado do evangelho. "Calçai os pés com a preparação do


evangelho da paz" (v. 15). O homem estava inimizado com Deus, mas
o Senhor Jesus em Sua obra na cruz serviu de mediador para
estabelecer a paz, tanto com Deus como com os homens; essa é a
disposição fundamental do evangelho, com o qual devemos estar
calçados e parados firmemente. Agora estamos parados sobre a rocha
firme, e nessa posição entramos com confiança a participar na batalha
espiritual. Devemos caminhar com o Senhor na paz que Ele nos tem
conquistado; não em nossa própria paz, nem na paz dos homens. Já
não caminhamos sobre a terra, porque não somos deste mundo. A
salvação separa aos crentes da terra suja, e nos faz livres. Além disso,
nosso testemunho exige que estejamos em paz com Deus e com os
homens.

O escudo da fé. "embraçando sempre o escudo da fé, com o qual


podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno " (v.16). O
escudo era uma arma defensiva para o soldado romano, para se
proteger tanto das flechas como dos ataques com espada, lança ou
outras armas da época. O escudo é fundamental para se proteger dos
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ataques do inimigo. O escudo do soldado romano era de couro, ou de


metal; mas o escudo do crente é a fé. Há crentes que carecem de fé,
logo não tem o escudo para apagar os dardos de fogo e ataques do
maligno, como as dúvidas, as tentações, os enredos mentirosos, as
incitações e propostas ao pecado. Outros crentes têm um escudo
muito pequeno, com o qual só poderão apagar certos dardos, mas não
todos, pois sua fé não é o suficientemente grande; e outros, os
menos, tem um escudo grande; são os vencedores.

O capacete da salvação. "Tomai também o capacete da


salvação" (v.17a). O capacete era a parte da armadura antiga que
resguardava a cabeça e o rosto, de modo que é fácil entender que, na
guerra espiritual, o capacete da salvação de Deus guarda a mente do
crente, seu intelecto, de ansiedades, preocupações, acusações,
temores, vergonha, ameaças de Satanás, que vão diretamente
dirigidas a nossa mente, para nos debilitar, nos desorientar e nos
prostrar em uma situação de derrota e culpabilidade. Mas temos sido
salvos por Deus em Cristo; agora somos filhos de Deus, e é Cristo
quem vive em nós permanentemente. Satanás continuamente está
lançando seus dardos em nossa mente. Satanás sabe que é na mente
do homem onde se maquinam e perfilam todas as coisas, e por isso é
na mente dos crentes onde se livram as grandes batalhas contra o
inimigo, pois os argumentos e pensamentos pertencem à mente.
Lemos em 2 Coríntios 10:3-6: "3 Porque, embora andando na carne,
não militamos segundo a carne.4 Porque as armas da nossa milícia
não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas,
anulando nós sofismas5 e toda altivez que se levante contra o
conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à
obediência de Cristo,6 e estando prontos para punir toda
desobediência, uma vez completa a vossa submissão". Para entrar a
participar na guerra espiritual é necessário andar conforme o espírito;
daí que as armas devem ser espirituais, poderosas em Deus, para
poder derrubar fortalezas do inimigo. Todos os que desobedecem a
Deus são portadores das fortalezas de Satanás; por isso todo
pensamento deve ser levado cativo à obediência a Cristo.

A espada do Espírito. "e a espada do Espírito, que é a palavra


de Deus" (v.17b). A espada É a única peça da armadura que é usada
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para atacar o inimigo. Cristo é o Verbo de Deus encarnado, e a Bíblia é


a Palavra de Deus (gr. logos) inspirada pelo Espírito Santo, ou soprada
pelo alento de Deus (gr. theopneustos), de maneira que quando é
usada a palavra específica (gr. rhema) para dar um golpe mortal e
contundente ao inimigo, é o próprio Cristo falando por Seu Espírito e
pela Palavra. As Escrituras têm sido deturpadas e manipuladas
abundantemente através da história, em tal forma que essas
deturpações têm facilitado o caminho para introduzir heresias na
Igreja do Senhor, contribuindo às múltiplas divisões sustentadas com
aparente respaldo bíblico. Eis ai o grande perigo, que apoiados com
uma falsa base bíblica, se protocolize a divisão do Corpo de Cristo. O
zelo religioso não é de Deus, nem o orgulho sectário, nem a vanglória
do progresso humano. Tudo isso tem causado muito dano à unidade
da Igreja; tem se quebrantado a verdadeira expressão da unidade do
Corpo do Senhor. Daí que deve se usar a espada do Espírito no Espírito
e pelo Espírito. É de suma importância saber qual é a versão bíblica
em nosso idioma que guarde mais fidelidade com os manuscritos
originais.

A oração. "com toda oração e súplica, orando em todo tempo no


Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por
todos os santos" (v.18). A oração não está relacionada dentro da
armadura de Deus, mas é o elemento indispensável para receber a
armadura e usá-la convenientemente no momento apropriado.

O manto da humildade. Mesmo os vencedores vestidos com


toda a armadura de Deus têm seus perigos, e caso se descuidem,
podem cair de qualquer altura de onde se encontrem; não importa o
grau de maturidade espiritual que se tenha. Diz 1 Co. 10:12: "Aquele,
pois, que pensa estar em pé veja que não caia". O brilho da armadura,
pode deslumbrar ao vencedor que se descuida, e em vez de fixar os
olhos no Senhor, fixa em si mesmo; não tem consciência de que sua
armadura não tem proteção para suas costas, onde pode ser ferido
pelos dardos do inimigo, dardos chamados orgulho; e já ferido, vai se
enchendo de certa auréola ao redor de si mesmo, e, sem se dar conta,
vai se debilitando espiritualmente de tal maneira que ao final não tem
forças suficientes para sustentar a espada e o escudo (a Palavra de
Deus e a fé), e como conseqüência vem o engano quanto à Palavra e
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quanto à fé, e começa a declarar que já não necessita usar a espada e


o escudo; e no final se despojará a si mesmo de toda a armadura.
Então, qual é o remédio preventivo? Os reis, os grandes deste mundo
e os cristãos orgulhosos, se cobrem com um manto de púrpura, mas o
manto do cristão vencedor é a outra cara da moeda; o manto que nos
cobre as costas dos dardos da altivez é a humildade, a pobreza no
espírito. 1 Pedro 5:5b-6 diz: "sede submissos aos que são mais
velhos; outrossim, no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de
humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes
concede a sua graça.6 Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão
de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte". O vestido de
humildade é a vestidura de um escravo em aptidão de serviço. O altivo
faz alarde por cima dos demais; é depreciativo. O orgulhoso se enche
tanto de confiança em si mesmo, que chega o momento em que crê
que já não necessita usar a Palavra de Deus, a fé e a confiança no
Senhor, e a armadura em geral, e é enredado facilmente no engano de
toda índole. Todo guerreiro necessita de toda a armadura de Deus,
mas vestido de humildade, " 4 Porque as armas da nossa milícia não
são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas,
anulando nós sofismas 5 e toda altivez que se levante contra o
conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à
obediência de Cristo" (2 Co. 10:4-5). A guerra contra os demônios não
se faz com as habilidades da carne; nem com força carnal e física,
nem com eloqüência natural, nem com sabedoria humana, nem
derrubando às pessoas ao chão nas reuniões; não estamos lutando
contra os homens. Por tanto, as armas devem ser espirituais,
poderosas em Deus. Os dardos do inimigo vão dirigidos a encher nossa
mente de argumentos e raciocínios que nos induzem à fofoca, à busca
de faltas em nossos irmãos, à acusação, à falta de perdão, ao
egocentrismo, ao juízo injusto, aos zelos e contendas, ao repúdio, à
amargura, à luxúria; mas um dos mais fortes e devastadores ataques
vem do orgulho. Em troca, a Palavra de Deus nos insta a sermos
"Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de
serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais
sábios aos vossos próprios olhos" (Ro. 12:6). Devemos estar
vigilantes, porque abundam as falsas roupas de humildade. Diz Mateus
5:3: "3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o
reino dos céus". Com este versículo, o Senhor no sermão do monte
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começa a descrição da verdadeira natureza dos que são aptos para


participar no reino dos céus; e todas as características descritas, são o
pólo oposto do cristão orgulhoso. Diante de Deus, o humilde tem a
posição mais alta, porque reflete a plenitude de Deus e de Sua graça;
porque Tiago 4:6 diz: "Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus
resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes". Então, amados
irmãos, para que não nos deslumbre o brilho da armadura e nos
impeça ver a verdadeira natureza do inimigo, devemos tapá-la com o
manto da humildade.

O amor. Por Seu Santo Espírito, o Senhor nos tem dado dons
espirituais, como ferramentas para nosso trabalho nesta era, e como
antecipação dos poderes do mundo vindouro; mas o mais excelente,
importante e poderoso de todas as ferramentas recebidas da parte do
Senhor é o amor do Pai. Muitos, como os coríntios, buscam os dons
exteriores, mas o amor é a maneira excelente de exercê-los, e é a
expressão de Deus dentro de nós como vida e alento. A natureza de
Deus é amor (1 Jo 4:16), e a expressão desse amor é o que nos leva a
ser espirituais. Podemos ter uma magnífica compreensão da Palavra de
Deus, podemos ter todos os dons espirituais, podemos compreender
todos os princípios do reino, podemos possuir uma fé gigantesca, mas
se carecemos do amor do Pai, nada somos. Não temos conseguido
compreender, todavia, o suficiente e em sua justa medida o capítulo
13 da primeira epístola aos Coríntios. Quanto mais nos alimentamos
de Cristo, mais cheios somos de Seu amor, porque Ele, que é amor, vai
se apoderando de todo nosso ser; não só do espírito, mas também da
alma e todas suas faculdades, e até do corpo. O Senhor tem vindo a
viver dentro de nós para sempre; nunca se afastará de nós; esta é
Sua casa; mas devemos buscar que Ele nos encha de Seu Espírito e de
Seu amor para que lhe sejamos fiéis; Seu amor nos livra do
egocentrismo, e nos faz ver mais além de nosso contorno físico.
Saturados de Seu amor, poderemos ter a visão do terceiro céu, e
pregá-lo. Com o amor, podemos manejar a armadura de Deus com
eficácia.

A s ext a pro mes sa

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A Igreja tem falhado, mas na história o Senhor começou a restaurar


tudo o que havia se perdido no cativeiro babilônico; portanto começou
o período de Filadélfia, do amor fraternal, os irmãos que, ainda que
com pouca força, guardam a Palavra de Deus, retém firmemente o que
têm e não negam o nome de Jesus Cristo. É em Filadélfia onde melhor
se expressa a realidade atual do reino dos céus entre os crentes
neotestamentários, e particularmente para os vencedores de Filadélfia
há formosas promessas. Diz Daniel 4:26: "26 Quanto ao que foi dito,
que se deixasse a cepa da árvore com as suas raízes, o teu reino
tornará a ser teu, depois que tiveres conhecido que o céu domina".Em
Filadélfia começamos a experimentar que o céu governa em nossas
vidas.

Na carta do Senhor a Filadélfia encontramos uma formosa promessa


para os vencedores, de serem guardados da hora da prova, ou seja, a
grande tribulação que tem de ser manifestada sobre toda a terra
habitada (Mateus 24:21). Diz em Apocalipse 3:10: "10 Porque
guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei
da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para
experimentar os que habitam sobre a terra". Neste versículo e no
contexto da carta vemos que os santos que guardam a palavra do
Senhor e não negam o nome do Senhor Jesus Cristo, ou seja, não o
troquem por nomes denominacionais ou de líderes religiosos, serão
guardados por Deus da grande tribulação nos tempos do governo do
anticristo. Não significa isto que alguns santos serão transformados e
arrebatados ao céu antes da grande tribulação, posto isto seria crer
em um arrebatamento da igreja em duas etapas, pois a Igreja de
Cristo estará na terra durante todo o governo do anticristo.

Co lunas no te mp lo
"12 Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí
jamais sairá" (Ap. 3:12a). Se os vencedores de Filadélfia conseguem
reter firmemente o que tem, o Senhor os fará colunas no templo de
Deus. Em Filadélfia vencer é reter. Todos os santos neotestamentários
são pedras do templo do Senhor, mas nem todos chegam a ser colunas
do templo de Deus. Tem que se diferenciar a condição de ser coluna do
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templo de Deus e o ser uma simples pedra do edifício. O vencedor de


Sardes será transformado em uma pedrinha para o edifício de Deus,
mas o de Filadélfia será uma coluna edificada no templo de Deus. A
coluna é fundamental, não pode ser tirada sem que ponha em risco a
estrutura da edificação; ou seja, que o vencedor de Filadélfia, que
guarde a palavra do Senhor e não neguem Seu nome vá, a receber no
reino milenar o prêmio de ser um fundamento do templo de Deus, e
nunca mais será tirado dali. O vencedor sabe perfeitamente que não
pertence a este mundo, que não habita aqui como se pertencesse a
esta esfera. Uma vez pertencíamos a este mundo, mas se somos
vencedores, agora não pertencemos a este mundo. Pelo contrário, esta
era é tão malvada, que os vencedores, já como um exército, virão com
Cristo a por um fim nesse sistema mundano (Apocalipse 17:14; 19:14,
19-21). Agora somos possessão de Deus, de Cristo e da Nova
Jerusalém. Fora de seu lugar celestial, a vida do vencedor é a cruz e o
vitupério. Hoje tem pouca força, e amanhã é una coluna no templo de
Deus, pelo poder do Senhor.

O no me d e D eus
"gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade
do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do
meu Deus, e o meu novo nome" (Ap. 3:12b). Ao vencedor de Pérgamo
se promete dar-lhe no milênio uma pedra com um nome escrito, mas
ao vencedor de Filadélfia se fará dele uma coluna sobre a qual serão
escritos três nomes: o de Deus, o da Nova Jerusalém e o novo de
Cristo, como sinal por pertencer a Deus, de herança eterna e de
testemunho de Cristo e de que se tenha feito um com Deus, com a
Nova Jerusalém e com o Senhor; todo o qual se cumprirá no reino
milenar. Levar o nome de Deus significa que Deus foi formado em ti;
levar o nome da Nova Jerusalém significa que fazes parte da Cidade
Santa, porque tem sido também formada em ti, e levar o nome novo
do Senhor significa que o Senhor tem formado a Si mesmo em ti, em
tua experiência, em teu andar. Em resumo, Filadélfia é a única igreja
que é completamente aprovada por Deus. Filadélfia não nega o nome
do Senhor; os irmãos de Filadélfia não se apelidam com outros nomes;
em Filadélfia não há batistas, nem presbiterianos, nem pentecostais,
nem puritanos, nem quadrangulares; simplesmente são de Cristo, são
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cristãos, e em conseqüência recebem uma preciosa promessa de que


será escrito sobre eles o nome de Deus, o nome da cidade de Deus e o
novo nome de Cristo.

O no vo no me d e C risto
"e o meu novo nome" (Ap. 3:12b). O vencedor de Filadélfia receberá
um prêmio especial, o novo nome do Senhor Jesus Cristo. O nome do
Senhor é o Senhor mesmo; o qual significa que Cristo é pertence do
crente vencedor. O nome do Senhor tem sido forjado no crente
vencedor. Qual é o nome novo de Cristo? Tu conheces o nome novo de
Cristo quando experimentas de uma maneira nova ao Senhor. Para
muitos santos Cristo já ficou velho, já ficou algo assim como uma vida
religiosa rotineira; mas se tomas a decisão de vencer, Cristo chegará a
ser novo para ti; sempre será teu alimento fresco. O vencedor de
Filadélfia retém o nome do Senhor e a unidade do Corpo de Cristo. O
vencedor de Filadélfia tem vencido a ruptura do Corpo de Cristo. É um
erro pensar que para que haja unidade na Igreja é necessário que se
leve a cabo sob a aparência do ecumenismo. Enquanto subsistirem as
divisões denominacionais e sectárias não pode haver unidade. É um
erro pensar que para que haja unidade na Igreja necessariamente
deve haver uniformidade. Uma coisa é a uniformidade externa e outra
a verdadeira comunhão do Espírito. Há ênfase doutrinárias que não
revestem caráter fundamental, e que por fim não afetam a salvação
nem rompem a unidade do Corpo; e há denominações que tem se
formado e tem se apartado do resto do Corpo devido a que dão
caráter fundamental a algo que a Escritura não tem como fundamental
nem afeta a salvação. A este respeito vale a pena trazer a colocação
às palavras do irmão Martín Stendal, em relação à Igreja: "Através
da era da Igreja, tem havido muitos indivíduos e grupos
envolvidos em "guerras" e com "sangue" em suas mãos, que
vão tentando edificar o Templo do Senhor à maneira de
determinada denominação, grupo ou movimento organizado.
Estes intentos tem terminado por edificar monumentos mortos,
ao invés de unir pedras vivas que seriam uma verdadeira luz
para as nações. O homem mede o êxito pelo número de "fiéis",
ou pelas instalações, ou pelos êxitos terrenos quando Deus o
mede pela justiça e a retidão no coração, e por obediência a
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Seu ordenamento e a Sua Palavra".*(1) Também disse o irmão


Grau: "Os mesmos reformadores não tentaram fundar uma nova
religião, nem sequer uma nova Igreja. Tanto eles como nós
temos um só Mestre. A mensagem da Reforma não nos diz que
nos façamos luteranos ou calvinistas, senão cristãos".*(2)
*(1) Martín Stendal. O Tabernáculo de Davi. Colômbia para
Cristo. 1998. *(2) José Grau. Catolicismo Romano - Origens e
Desenvolvimento. E.E.E.. 1987, pág. 543

Além disso, como temos vindo estudando na Palavra de Deus, o grau


de maturidade e santidade dos irmãos biblicamente não é uniforme,
nem tampouco se deve esperar uniformidade no procedimento e a
ordem. Nem ainda nos vencedores há uniformidade espiritual. No
reino, uns receberão melhores recompensas que outros. A posição no
reino e mesmo na eternidade, no novo céu e a nova terra depende e é
produto de nossa vida terrena depois de haver crido. Ser vencedor
requer sacrifício, obediência e entrega, e quanto mais se escale aqui,
se traduz em que teremos um nível maior no reino e na eternidade.
Cada vez temos mais clareza de que nossa vida e andar com Cristo
não se deve tomar levianamente. Quando se fala de vencedores é
porque há crentes derrotados. Os que vencem são os cristãos
espiritualmente normais; os demais irmãos continuam sendo nossos
irmãos, mas são espiritualmente anormais. "4 porque todo o que é
nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o
mundo: a nossa fé.5 Quem é o que vence o mundo, senão aquele que
crê ser Jesus o Filho de Deus?" (1 Jo 5:4,5).

Cap. 7: OS VE NC EDORE S E O TRI BUN AL DE


CR IS TO

O t ribu nal de C risto


De nenhuma maneira é nossa intenção alarmar aos irmãos que leiam
este trabalho. Longe está de nossa parte ser portadores de uma
mensagem que vá causar tristeza e inquietação, ou que vá
escandalizar; aí estão as páginas das Escrituras, que são as que dão
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testemunho de toda verdade exposta. Só queremos ser fiéis ao Senhor


e a Sua Palavra, declarando o que nos adverte a Palavra de Deus por
Seu Santo Espírito; ou seja, dando o sonido do atalaia quando vê que
se aproxima o perigo. O Senhor já está às portas, e Seu povo deve
conhecer tudo o relacionado com essa preciosa vinda, e uma dessas
coisas é que o Senhor estabelecerá seu tribunal nos ares e julgará à
Igreja. Disse o apóstolo Paulo pelo Espírito em 2 Coríntios 5:10:

" 10 Porque importa que todos nós compareçamos perante o


tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o
mal que tiver feito por meio do corpo".

Esse é o primeiro de todos os juízos, o da Igreja. Muitos rejeitam isto,


mas é uma declaração bíblica. Irmãos, o juízo da Igreja é necessário;
recordemos que as caras se vêm pelos corações, não. Mas o Senhor
sim que vê tudo. Diz Tiago 5:8,9:
"8 Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a
vinda do Senhor está próxima. 9 Irmãos, não vos queixeis uns dos
outros, para não serdes julgados. Eis que o juiz está às portas".

Antes de que o Senhor venha como Noivo, virá como juiz; não
esqueçamos disso (Mateus 25:1-13). Tudo isso, tanto Sua vinda como
o juízo da Igreja, deve encher-nos de alegria. O Senhor, tudo o que
faz, o faz para o bem e em justiça. Em sua qualidade de administrador
dos mistérios de Deus, cada obreiro deve ser achado fiel. Diz Paulo em
1 Coríntios 4:4-5: "4 Porque de nada me argúi a consciência; contudo,
nem por isso me dou por justificado, pois quem me julga é o Senhor.5
Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o
qual não somente trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas
também manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um
receberá o seu louvor da parte de Deus". No tribunal de Cristo será
manifesto publicamente nosso caráter e motivação subjetiva e pessoal,
pelo que seremos julgados um por um. O juízo começa pela casa de
Deus. Lemos em 1 Pedro 4:17: " 17 Porque a ocasião de começar o
juízo pela casa de Deus é chegada; ora, se primeiro vem por nós, qual
será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?"

Disse o irmão Rick Joyner: "O Senhor começa o juízo por Sua
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própria casa, porque não pode julgar ao mundo se seu povo


vive nos mesmos caminhos dos maus. Quando chegar o juízo,
haverá uma distinção entre Seu povo e o mundo, mas será
porque Seu povo é diferente".*(1) A Igreja não será julgada ante o
grande trono branco, senão mil anos antes ante o tribunal de Cristo,
quando vier o Senhor e iniciar o reino milenar, para castigo ou
recompensa, de acordo com a vida e obras dos crentes, os santos
salvos, filhos de Deus.

"10 Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o
teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus.11 Como
está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará
todo joelho, e toda língua dará louvores a Deus.12 Assim, pois, cada
um de nós dará contas de si mesmo a Deus " (Romanos 14:10-12).
Também Paulo em 2 Coríntios 5:10 diz: "10 Porque importa que todos
nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um
receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo".

Este juízo não se relaciona com a salvação eterna, e sim com nossa
conduta em nossa condição de filhos de Deus.
*(1) Rick Joyner. Liberação da marca da besta. The Morning
Star. 1995.

Diz Mateus 16:26-27: "26 Pois que aproveitará o homem se ganhar o


mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca
da sua alma?27 Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu
Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as
suas obras". Aqui fala de recompensas para os seguidores do Senhor
em Sua vinda; mas essas recompensas dependerão da perdição ou
salvação de si mesmos, ou seja, de sua vida natural. Depois de exortar
a que levem em prática certas coisas, o apóstolo Pedro disse aos
irmãos: " 11 Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a
entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (2
Pe. 1:11). Quando o Senhor vier, muitos crentes reinarão com Ele e
outros não; de modo que a principal recompensa é participar com o
Senhor em Seu reino; e de acordo com o contexto, isto dependerá de
que tenham perdido ou não sua alma. Neste juízo, o Senhor
determinará quem dentre os santos são dignos de galardões e
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recompensas, e quem merece e necessita mais de disciplina. Todo


vencedor tem prêmio no reino milenar, pois o reino será uma
recompensa para os crentes vencedores. Disse 2 Timóteo 2:12a " 12
se perseveramos, também com ele reinaremos; se o negamos, ele,
por sua vez, nos negará". Diz o Salmo 66:18: " 18 Se eu no coração
contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido". No coração é
onde residem nossas emoções, motivações, inclinações, afetos,
paixões, desejos, ódio e amor. O coração deve ser renovado. Ali
podemos guardar pecados não confessados e dos quais não tenhamo-
nos arrependido, não foram eliminados, nem resolvidos de uma vez
por todas sob o sangue do Senhor Jesus. Às vezes se costuma perdoar
em aparência, e em nosso coração não nos temos esquecido, segue ali
latente; então esse problema com alguém, em realidade não tem sido
resolvido convenientemente, e seguimos guardando iniqüidade. Todo
pecado que não tenha sido apagado, voltará a nós no tribunal de
Cristo. Uma coisa é que nossos pecados sejam apagados, e outra
diferente é que seja apagado em nós toda mancha de pecado.
No tribunal de Cristo não se estará julgando a salvação, senão que as
obras do crente são submetidas a juízo. Por exemplo, Romanos 8:1,
diz: "Agora, pois, nenhuma condenação há para os que estão em
Cristo Jesus, os que não andam conforme à carne, senão conforme ao
Espírito" ( Versão Reina Valera). O andar do crente vencedor é
conforme a vida do Espírito dentro de seu espírito; mas o derrotado é
carnal; não anda conforme o Espírito. No tribunal de Cristo, o santo
não vencedor não perde sua salvação; se anda conforme a carne; tem
motivo de juízo no tribunal de Cristo. Diz João 5:24: "24 Em verdade,
em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que
me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da
morte para a vida". Também 1 Jo 4:17 diz: "17 Nisto é em nós
aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos
confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo".
Note que esta declaração é muito séria e encerra um grande
compromisso. Se somos imagem de Cristo, não temos motivos para
sermos disciplinados.

O tempo do juízo. Quando terá lugar o tribunal de Cristo?


Conforme a Lucas 14:14 o tempo das recompensas está associado
com a ressurreição. " 14 e serás bem-aventurado, pelo fato de não
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terem eles com que recompensar-te; a tua recompensa, porém, tu a


receberás na ressurreição dos justos". O momento em que
compareceremos ante o tribunal de Cristo é quando ocorrer a
ressurreição da Igreja, na última trombeta. Diz Apocalipse 11:15-18: "
15 O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes,
dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu
Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.16 E os vinte e quatro
anciãos que se encontram sentados no seu trono, diante de Deus,
prostraram-se sobre o seu rosto e adoraram a Deus,17 dizendo:
Graças te damos, Senhor Deus, Todo-Poderoso, que és e que eras,
porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar.18 Na
verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o
tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o
galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o
teu nome, tanto aos pequenos como aos grandes, e para destruíres os
que destroem a terra". Como vemos, se trata da sétima trombeta, a
última, como diz 1 Coríntios 15:52: " 52 num momento, num abrir e
fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os
mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados ".
Chega o tempo de estabelecer o reino. Também confirma esse tempo o
Apocalipse 22:12: " 12 E eis que venho sem demora, e comigo está o
galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras".

O primeiro juízo será o da Igreja ao regresso do Senhor. Diz 1 Pedro


4:17a: " 17 Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus";
mas a Igreja não será mais julgada depois do tribunal de Cristo.
Depois do reino milenar terá lugar o juízo do grande trono branco,
onde serão julgados os ímpios, os que participam na segunda
ressurreição, pois os capítulos 21 e 22 de Apocalipse descrevem a
situação na eternidade, tanto para a Igreja como para os ímpios e as
nações.

Lugar do juízo. No ar. Lemos em 1 Tessalonicenses 4:16,17: " 16


Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a
voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e
os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro;17 depois, nós, os vivos,
os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre
nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para
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sempre com o Senhor". Pode ser que ao encontrar-nos com o Senhor


no ar, logo desçamos à terra com Ele, e logo o Senhor estabeleça seu
tribunal em algum lugar da terra.

Pessoas julgadas. Quem será convocado para o juízo da Igreja?


Este juízo será só para os crentes. De acordo com o contexto do
capítulo 5 da segunda carta aos Coríntios, se trata da Igreja, tanto
vencedores como vencidos. Começa o capítulo falando do anelo da
redenção do corpo e de ser revestidos da habitação celestial, a fim de
não ser achados nus. Agora vivemos nesta terra como peregrinos,
ausentes do Senhor; mas desde já devemos ser agradáveis; e então é
quando o versículo 10, com toda clareza nos diz que "Porque importa
que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo". De
conformidade com o contexto de 1 Coríntios 3:12-15, ali o juízo é para
todos os crentes com relação à obra de cada um; de como houver
sobre-edificado sobre o único fundamento, Jesus Cristo. Construíram-
se com materiais diferentes dos de Deus, o resultado será um edifício
estranho, que se queimará, e esses construtores sofrerão perdas;
serão castigados, ainda que não perderão sua salvação. Também o
confirma 1 Coríntios 9:24-27, como temos comentado. Pensemos,
ainda que seja por um momento, a vergonha que sentiríamos naquele
dia, ao contemplar a visão do Senhor sobre nós, sobre a indiferença e
com o pouco caso que fizemos Dele, o que morreu por nós na cruz e
derramou Sua própria vida por uns seres tão ruins e ingratos. Também
pensemos nos milhões de testemunhas que nos rodearão, onde
ninguém terá a oportunidade de ocultar nada.

Tr ês parábo las de ju ízo


Todo crente mundano, negligente e carnal, deverá enfrentar a
vergonhosa realidade que aparece na Escritura. Analisemos um pouco
três parábolas em Mateus, que se relacionam intimamente com a
vinda do Senhor e o tribunal de Cristo. A do servo mau (Mat.24:45-
51), a das virgens imprudentes (Mt. 25:1-13) e a do servo negligente
(Mat. 25:14-30). Estas três parábolas são dirigidas à Igreja; para que
a Igreja se “belisque”, sobre tudo em um tempo de tanta expectativa
como o que vivemos. A igreja está atravessando por uma época de
grandes e transcendentais acontecimentos.
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A parábola do servo mau. Esta parábola fala de servos fiéis e


infiéis. Aqui os servos representam os crentes no aspecto da fidelidade
ao Senhor. A parábola fala de servos que estão à frente da servidão,
onde deve ser fiel e prudente. Note que o Senhor aqui não usa a
palavra filhos para chamar aos salvos, senão servos; pois como filhos
já recebemos Sua vida; em troca, como servos, seremos julgados para
receber ou não as recompensas. No começo, nos versos 45-47, a
parábola fala de um servo vencedor, o qual receberá como recompensa
ser posto sobre todos os bens do Senhor no reino. Essa é a bem-
aventurança. Ali diz: " 45 Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a
quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a
seu tempo?46 Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor,
quando vier, achar fazendo assim.47 Em verdade vos digo que lhe
confiará todos os seus bens ". Dar alimento a tempo está relacionado
com ministrar a Palavra de Deus aos crentes, e tudo o que se refira a
Cristo como vida da Igreja. O bom servo tem de dar alimento, não
leis, a seus conservos. As leis quem dá é o Senhor. O labor do servo
bom é dar, não buscar o seu próprio. O ser achado fiel, o bom servo
será promovido a um cargo mais elevado no reino. "47 Em verdade
vos digo que lhe confiará todos os seus bens". Mas nos versos 48-51
fala do servo mau, que, ainda que seja salvo, não é vencedor, trata
mal aos demais crentes, se assenhoreia deles como se Deus o
houvesse posto na igreja como um príncipe (1 Pe. 5:3), tem amizade e
companheirismo com as pessoas mundana, não ama a vinda do
Senhor nem lhe interessa o reino. O servo mau é um escravo de suas
paixões e apetites. Ali diz: "48 Mas, se aquele servo, sendo mau,
disser consigo mesmo: Meu senhor demora-se,49 e passar a
espancar os seus companheiros e a comer e beber com ébrios,50 virá
o senhor daquele servo em dia em que não o espera e em hora que
não sabe51 e castigá-lo-á, lançando-lhe a sorte com os hipócritas; ali
haverá choro e ranger de dentes". O servo mau é levado por uma falsa
doutrina. O servo mau pensa que o Senhor tarda em vir ou que talvez
nunca virá, e isso lhe dá a oportunidade de viver uma vida descuidada
para andar segundo suas próprias concupiscências (2 Pe. 3:3-4). O
servo mau quer impor sua autoridade tratando mal a seus conservos.
É possível que lhe joguem na cara sua conduta e isso o enfurece mais,
ou busca duramente que os demais o reverenciem e se inclinem ante
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ele. Para uma pessoa, a vinda do Senhor (ou a morte da pessoa, é o


mesmo, pois acarreta as mesmas conseqüências) é algo
supremamente terrível. A morte, pois, o separará de muitas coisas que
hoje ama e lhe entretém, deste mundo que tanto lhe atrai. O que
espera a este servo mau quando se encontrar com o Senhor no juízo
da igreja? Espera-lhe um castigo temporário. Necessitamos ganhar
esta carreira aqui, não só para não sermos castigados
temporariamente com os hipócritas, senão para receber o galardão, o
prêmio, dos vencedores, como diz Paulo (1 Co. 9:24-27). Note que
este servo é salvo, é um filho de Deus; fala de "meu Senhor"; nenhum
ímpio chama "meu Senhor" ao Senhor Jesus; mas no dia em que a
Igreja comparecer ante o tribunal de Cristo, esse servo será separado
do Senhor e de Seu reino, e temporariamente posto no lugar onde irão
os hipócritas. Não eternamente, senão que ali porá só "sua parte",
conforme a sua falta.

A parábola das dez virgens. Em Mateus 25:1-13, encontramos


a parábola das dez virgens, a qual está intimamente relacionada com o
reino dos céus. Aqui as virgens representam aos crentes no aspecto da
vida com o Senhor. O andar do crente com Cristo em santidade e
obediência se relaciona intimamente com sua plenitude do Espírito
Santo. Da constante plenitude do Espírito Santo em um crente
depende sua perfeição na comunhão com Deus e com os demais
irmãos, o conhecer o amor de Cristo e o de ser cheio de toda a
plenitude de Deus (Efésios 3:19). O número dez é o número das
nações, e significa que a Igreja está constituída por crentes de toda
linhagem, de toda tribo, de todas as raças, línguas e nações do
globo.*(2) Claro que, além da última geração de crentes, inclusive aos
irmãos que já estão mortos na história ("cochilaram e dormiram", diz
no verso 5)*(3). Algumas pessoas se confundem pensando que todas
as virgens "dormem" espiritualmente; mas isso seria uma contradição.
A metade das virgens são prudentes e a metade insensatas. Suas
lâmpadas (o espírito de cada crente) representam que a Igreja, nesta
era de trevas, leva o testemunho do Senhor, é morada do Espírito
Santo de Deus; mas é necessário que cada lâmpada continuamente
esteja plena de azeite de Deus (Seu Espírito), para que possa irradiar
essa luz de Deus começando do interior; porque todo crente é
responsável ante Deus de ser cheio do Espírito Santo. "O espírito do
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homem é a lâmpada do SENHOR" (Pr. 20:27a). Lâmpada com azeite


insuficiente não pode alumiar senão com uma luz muito tênue. "15
Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim
como sábios,16 remindo o tempo, porque os dias são maus.17 Por
esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender
qual a vontade do Senhor " (Ef. 5:15-17). O néscio não aproveita bem
o tempo, e como vive para si mesmo, não se interessa de qual seja a
vontade do Senhor em determinados acontecimentos.
*(2) Cfr. Apocalipse 5:9. Não é uma casualidade que no
capítulo 10 de Gênesis se descreve as gerações dos filhos de
Noé, e que diga no versículo 32: " São estas as famílias dos
filhos de Noé, segundo as suas gerações, nas suas nações; e
destes foram disseminadas as nações na terra, depois do
dilúvio". Dos dez chifres (as nações globalizadas do último
sistema mundial) da quarta besta surge um chifre que os
dominará a todos (Dn. 7:7-8; Ap. 13:1; 17:3). No tabernáculo,
as dez cortinas de Êxodo 26 representam à igreja. Relacione
com a noiva de Cantares (1:5).
*(3) Quando se refere aos crentes, o sonho representa a morte,
como em 1 Tes. 4:13-16; João 11:11-13; 1 Coríntios 11:30.

Todas as virgens saem do mundo ao encontro do Senhor, porque as


virgens representam os santos, aos apartados do mundo para Deus;
mas " As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite
consigo;4 no entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram
azeite nas vasilhas ". A vasilha é a pessoa de cada um, é sua alma
(vasos de honra para Deus e habitação de Cristo). Todas as virgens
tinham azeite em suas lâmpadas; todas eram salvas; todas tinham o
Espírito Santo; mas há uma distinção entre as virgens prudentes e as
insensatas: as insensatas não tinham reservas em suas vasilhas; de
maneira que suas almas não conheciam a vida do Espírito; eram almas
sem renovação e santificação. Eram crentes que se conformavam a
este século, pois não haviam sido transformados por meio da
renovação de seus entendimentos, de maneira que nesse estado não
tinham capacidade para comprovar qual era a vontade de Deus em
cada caso, em cada circunstancia (Romanos 12:2). Isto é sério, que
Deus nos fale em nosso espírito e nós não possamos entender o que
nos diz. "E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução,
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mas enchei-vos do Espírito" (Ef. 5:18). O enchimento do Espírito no


crente deve ser continua e constante. Alguns pensam que isso se
refere a um ato, mas se trata de um estado interior permanente para
gozar da plenitude de Deus com os demais irmãos, pois somos um
corpo. Ou somos néscios e seguimos postergando conhecer essa
plenitude, ou somos sábios e buscamos essa provisão constante de
azeite para nossas lâmpadas e nossas vasilhas com mais diligencia que
ao ouro e a prata. Mas a meia noite, quando a humanidade estiver se
debatendo na grande obscuridade da grande tribulação, se escutará a
voz do arcanjo e a trombeta de Deus; já vem o Senhor, e ocorre a
ressurreição e o arrebatamento da Igreja. O que sucederá então com
os crentes que tendo o Espírito Santo não estejam suficientemente
saturados Dele? A parábola não responde a todas as nossas
interrogações, mas vemos tacitamente que os crentes néscios não
pagaram um preço para serem cheios do Espírito Santo. Qual é o
preço? Tampouco o declara, mas em outras partes da Escritura
Sagrada o vemos. Por exemplo, renunciar ao mundo, carregar nossa
própria cruz cada dia em obediência ao Pai, negar o eu; em nossa
escala de valores pôr a Cristo em primeiro lugar, por cima de todas as
coisas; estimar todas as coisas como perda por amor de Cristo. Todo
crente que não pagar o preço agora, nesta vida, para ser cheio do
azeite do Espírito, deverá pagar depois da ressurreição, pois todo
crente deve ser aperfeiçoado, se não agora, será depois nas trevas
exteriores. O Senhor agora está nos dando a oportunidade de que não
desperdicemos os passos que Ele está tomando para levar a todos os
Seus filhos à maturidade. Mas, por que se chamará preço? Porque se
trata de renunciar a toda essa herança que recebemos e que vivemos
em outro tempo em nosso velho homem. Isso é doloroso quando nos
aferramos a essas coisas, costumes, pertences, vícios, amores, valores
ancestrais, cujo centro não é Deus. Agora nosso tesouro é Cristo, e
Deus nos tem escondidos nos lugares celestiais em Seu Filho. O
demais sobra. Note que as cinco virgens insensatas chegam a tocar a
porta depois que se fecha para iniciar as bodas com as prudentes, os
crentes vencedores. Diz nos versos 10-13: "10 E, saindo elas para
comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram
com ele para as bodas; e fechou-se a porta.11 Mais tarde, chegaram
as virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta!12
Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço ".
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Vemos, pois, que se relaciona com a vinda do Senhor e Seu juízo das
obras da Igreja quando Ele estabelecer Seu tribunal. As cinco virgens
insensatas, ainda que não perdem sua salvação, não são aprovadas
para entrar nas bodas; não têm o vestido apropriado; não tem se
ocupado a seu devido tempo em ter suficiente azeite. Quando no
tribunal de Cristo, o Senhor dizer a alguém: Não os conheço; isso
significa que essa pessoa jamais se interessou por ter comunhão com
o Senhor, não se interessou por conhecer ao Senhor; e a salvação se
relaciona com o conhecimento do Senhor (João 17:3). Enquanto
estamos nesta terra, o Senhor nos dá a oportunidade de conhecer-lhe
e obedecer-lhe, mas quando Ele vier e estabelecer Seu tribunal para
julgar à Igreja, ali, nesse momento não é o Salvador senão o Juiz
(Mateus 5:25) que estará julgando nossa conduta como filhos de
Deus. Se as virgens insensatas não foram salvas, não poderiam estar
aí tocando as portas do reino dos céus. Irmãos, é um privilégio grande
o poder servir ao Senhor agora. É verdade que podemos estar muito
ocupados em nossos próprios programas "espirituais", e não estar
fazendo a vontade de Deus, e naquele dia receber a reprovação do
Senhor (Mateus 7:21-23). Por outro lado, o estar cheio do Espírito
Santo de outro irmão, não pode te servir. As virgens insensatas eram
salvas pela cruz do Senhor Jesus Cristo, e depois de haver conhecido a
grande salvação de Deus por Seu Filho unigênito, não viveram para Ele
senão para elas mesmas; todo o tempo de crentes nesta terra foi
lastimosamente desperdiçado. Para desfrutar do reino temos que
entrar pela porta estreita. Mas nossa tendência natural é entrar pela
porta larga, a que nos dá acesso a múltiplos gozos e vantagens
terrenas. Os gozos terrenos não fazem muito atrativa a porta estreita.
É como um paradoxo: a porta estreita nos leva a um caminho estreito
e difícil, mas o caminho que nos levará ao reino e ao gozo do Senhor.
Em Lucas 13:24-25 diz o Senhor: " 24 Respondeu-lhes: Esforçai-vos
por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão
entrar e não poderão.25 Quando o dono da casa se tiver levantado e
fechado a porta, e vós, do lado de fora, começardes a bater, dizendo:
Senhor, abre-nos a porta, ele vos responderá: Não sei donde sois".

A parábola do servo negligente. Em Mateus 25:14-30


encontramos a mui conhecida parábola dos talentos. Consideramos
que não há necessidade de transcrevê-la toda. Também começa
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falando do reino dos céus, porque tem a ver com o reino dos céus, e o
que aqui aparece não se relaciona com a salvação eterna. O homem
que entrega seus bens a seus servos é Cristo, e o ausentar-se do País
é Sua ida aos céus depois de Sua gloriosa ressurreição. Os talentos
são repartidos de acordo com a capacidade natural de cada crente, e
essa capacidade tem relação com o que somos em nossa vida natural,
nossa herança cultural e genética, nossos costumes, nossa vida social
e nossa aprendizagem. Da forma em que havemos sido criados por
Deus, uma vez temos crido, nessa mesma medida recebemos os dons
do Espírito para pô-los a serviço do Senhor. Deus conhece exatamente
do que podemos ser capazes de responder, e nessa mesma medida vai
nos pedir contas. Aqui os vencedores, trabalham com os talentos
(dons espirituais) recebidos do Senhor e para a glória do Senhor, em
Sua vinda lhe entregam bons resultados. Estão, pois, representando
aos crentes no aspecto do serviço. Estes servos, os vencedores, são
aprovados e recebem seus galardões e entram a desfrutar do Senhor
no reino milenar, mas sobre tudo o gozo é no aspecto interior. O
Senhor não avalia nossa obra e a premia fundamentando-se na
quantidade e o bom que possa ser, senão por nossa fidelidade no
serviço. O Senhor quer que nos disponhamos a que o talento que
temos recebido Dele seja usado ao máximo, com uma entrega
absoluta, e de acordo com Sua vontade perfeita. Mas a parábola faz
ênfase no servo que recebeu um só talento e o enterrou. O versículo
18 diz: "Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o
dinheiro do seu senhor". Com Freqüência é ressaltado os servos que
recebem muitos talentos e se lhes tem em muita estima e até se lhes
exalta; e os que recebem um, porque são menos dotados, eles
mesmos se descuidam, não o utilizam bem ou definitivamente não o
tem em conta, e o enterram; ou seja, que ao invés de trabalhar com
seu talento, se envolvem com o mundo. Toda associação com o mundo
tem em si o perigo de enterrar o dom que temos recebido do Senhor.
Note que enquanto o Senhor não houver regressado, não tira de
ninguém o dom (cfr. Ro. 11:29), senão que nós mesmos nos
encarregamos de enterrá-lo com nossa associação com o mundo, ou
em nosso próprio orgulho e ambições de tipo espiritual, ou ocupados
em guardar nossa própria reputação. Resulta fácil encontrar qualquer
pretexto mundano ou pessoal para não usar o dom que o Senhor tem
depositado em nós, e desperdiçá-lo, escondendo-o. Às vezes
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queremos viver aqui como reis, e quando isto ocorre, nós mesmos
somos os responsáveis de não sermos reis no reino com o Senhor. Diz
o versículo 19: "Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles
servos e ajustou contas com eles". Logo o Senhor Jesus Cristo
regressa e acerta contas com seus servos no tribunal de Cristo, depois
de transcorrida toda a idade da Igreja. Milhões de irmãos não têm nem
a menor idéia de que o Senhor virá e a primeira coisa que vai fazer é
instalar seu tribunal no ar para acertar as contas com seus servos que
Ele comprou com Seu próprio sangue*(4). Diz Apocalipse 22:12: "E
eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para
retribuir a cada um segundo as suas obras".
*(4) 1 Coríntios 7:22,23; 2 Co.5:10; Ro. 14:10; 1 Co. 4:5

Dizem os versículos 24-28 da parábola: "24 Chegando, por fim, o que


recebera um talento, disse: Senhor, sabendo que és homem severo,
que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste,25
receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.26
Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que
ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei?27 Cumpria,
portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao
voltar, receberia com juros o que é meu.28 Tirai-lhe, pois, o talento e
dai-o ao que tem dez". O fato de que este servo compareça ante o
tribunal de Cristo, demonstra que foi ressuscitado ou transformado e
trasladado com a Igreja, pois é salvo eternamente. Mas este servo
falha em sua vida interior, conduta e obras diante do Senhor; conhecia
ao Senhor mais objetiva que subjetivamente. Temos que trabalhar na
obra do Senhor com o que recebemos do Senhor, partindo do zero; de
conformidade com os resultados, estaremos participando do reino; e
do servo negligente será tirado os dons espirituais e será
desqualificado e lançado nas trevas exteriores, disciplinado, o tempo
que for necessário.

Cap. 7: OS VE NC EDORE S E O TRI BUN AL DE


CR IS TO

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As t rês et apa s de nos sa r essu rr eição


É importante ter sempre em conta que nós como seres humanos
estamos conformados de três partes: espírito, alma e corpo, e essas
três partes que integram nosso ser são salvas em três tempos
diferentes, como ensinamos no primeiro capítulo. O espírito é salvo no
ato da regeneração, quando cremos em Cristo; a alma é salva no
curso de nossa vida cristã, pois temos que nos ocupar da salvação de
nossa alma com temor e tremor, e isso devemos fazer juntamente com
a ação em nós do Espírito Santo; deve ser uma ação continua de
renovação e santificação da alma; e o corpo será salvo no futuro,
quando ocorrer a ressurreição da Igreja. Mas as três partes devem ser
achadas irrepreensíveis (1 Tessalonicenses 5:23). E assim como as
três partes de nosso ser são salvas em três etapas diferentes, também
nossa ressurreição ocorre em três etapas. De conformidade com a
Palavra de Deus, haverá no futuro duas grandes ressurreições, e só
duas: Uma, a primeira, a dos mortos em Cristo, quando o Senhor
regressar, no soar da última trombeta, antes do reino milenar (1
Tessalonicenses 4:16; 1 Coríntios 15:52; Apocalipse 20:4-6); e a outra
ressurreição terá ocasião depois de mil anos (Apocalipse 20:7, 11-15).
Mas dentro dos que participam da primeira ressurreição, haverá um
remanescente de vencedores que obterão uma melhor ressurreição,
conforme lemos em Hebreus 11:35: " Mulheres receberam, pela
ressurreição, os seus mortos. Alguns foram torturados, não aceitando
seu resgate, para obterem superior ressurreição".

A respeito, e para uma melhor compreensão do que significa essa


superior ressurreição, entremos a analisar um pouco em Filipenses
3:10-11. No contexto, desde que se inicia o capítulo 3 de Filipenses,
Paulo vem falando de gozar-nos e gloriar-nos no Senhor, e não na
nossa confiança, na força e recursos da carne e seus interesses, tendo
por esterco tudo aquilo que em nós chegou a ocupar um lugar
privilegiado, incluindo tudo o relacionado com nossa antiga religião, e
considerar tudo isso como perda; logo diz no versículo 9: " e ser
achado nele( em Cristo ), não tendo justiça própria, que procede de
lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de
Deus, baseada na fé". No curso de nossa vida cristã deve chegar o
momento em que devemos ser achados vivendo não em nossa própria
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justiça, essa que provem de nossos próprios esforços por guardar a


lei, e sim ser achados em Cristo. Ser achados por quem? Pelos
homens, pelos anjos e pelos demônios. Logo nos versículos 10 e 11,
diz:

" 10 para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão


dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte;11
para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos".

Nossa justiça deve ser a que procede de Deus; a vida de Deus em nós,
a fim de poder lhe conhecer. Conhecer ao Senhor é experimentá-lo;
não é meramente ler ou escutar sobre Ele. Conhecer ao Senhor é
experimentar o poder da ressurreição de Cristo. Note que para isto é
necessário que participemos dos sofrimentos de Cristo, configurando-
nos a Sua morte. Isso enriquece nossa vida de ressurreição. Essa
experiência de viver uma vida crucificada vai nos aperfeiçoando ao Seu
conhecimento. A revelação é aperfeiçoada pela experiência até o
conhecimento de Cristo; e então podemos experimentar o poder da
ressurreição de Cristo. A vivência dessa ressurreição nos faz aptos
para uma super-ressurreição, a qual não será alcançada por muitos.
Muitos não querem a cruz, mas preferem benção materiais e carnais.
No original grego, a palavra ressurreição que aparece no versículo 10,
não é a mesma traduzida no versículo 11. No versículo 10 a palavra
traduzida ressurreição, no grego é anastaseos, mas no versículo 11
encontramos uma palavra um pouco diferente; ali diz exanastasin, a
qual se poderia traduzir como uma super-ressurreição ou uma
ressurreição sobressalente, que será um prêmio para os santos
vencedores. Para chegar a esta ressurreição sobressalente, indica que
todo nosso ser, espírito, alma e corpo, já tenha passado por um
processo de ressurreição desde o momento em que conhecemos a
Cristo. É um processo paulatino, progressivo, continuo, no qual
podemos explicar assim:

1. Ressurreição do espírito. A nossa condição antes de


conhecer a Cristo era de morte. Isso explica vivamente a Palavra em
Efésios 2:1-4: "Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos
delitos e pecados,2 nos quais andastes outrora, segundo o curso
deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que
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agora atua nos filhos da desobediência;3 entre os quais também


todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne,
fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por
natureza, filhos da ira, como também os demais.4 Mas Deus, sendo
rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou..."

Antes de conhecer ao Senhor nosso espírito estava morto, mas o


Senhor o ressuscita para a vida eterna. Lemos em Efésios 2:5-6, onde
os verbos estão no tempo passado: "5 e estando nós mortos em
nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois
salvos,6 e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar
nos lugares celestiais em Cristo Jesus". O espírito não volta a
ressuscitar devido a que jamais volta a morrer. Na ressurreição do
corpo, o espírito só faz reunir-se com o corpo glorioso para reunir-se
com Jesus. De conformidade com Romanos 6:3-11, o batismo tem um
aspecto ressuscitador; ou seja, ao ser batizado no corpo de Cristo (1
Coríntios 12:12), participamos de todos os aspectos e experiências de
Cristo, incluída a ressurreição, de maneira que fomos ressuscitados
juntamente com Cristo "e a vossa vida está oculta juntamente com
Cristo, em Deus" (Col. 3:3). Essa é uma constante em todo o Novo
Testamento. Em nossa vida de ressurreição não devemos praticar as
coisas de nossa velha natureza, a terrena. " tendo sido sepultados,
juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes
ressuscitados (tempo passado) mediante a fé no poder de Deus que
o ressuscitou dentre os mortos" (Col.2:12). "Portanto, se fostes
ressuscitados( tempo passado) juntamente com Cristo, buscai as
coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus." (Col.
3:1).

2. Ressurreição da alma. Uma vez que temos experimentado a


ressurreição do espírito, o Senhor passa a trabalhar para ressuscitar
nossa alma; mas a alma, para que possa ressuscitar, deve morrer
antes. Um crente novo ainda é carnal, sua alma não tem sido
renovada, de maneira que temos que passar por um processo de
crescimento espiritual, provas e negação do eu, até que nossa alma
chegue a ser renovada, e tenhamos uma alma espiritual, com uma
mente renovada, que possamos pensar como Cristo; ao sermos
conformados, não à nossa maneira de pensar passada, mas sim à
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mente de Cristo. Uma alma totalmente renovada é uma alma


ressuscitada a uma nova vida. Diz Romanos 8:6: "Porque o pendor da
carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz". Nosso
velho homem foi crucificado juntamente com Cristo,*(1) mas devemos
tomar nossa cruz a cada dia,*(2) a fim de que essa morte (da alma
carnal) seja uma realidade presente em cada um de nós. Enquanto
nos ocupemos (nossa alma) da carne, não há morte em nosso eu; mas
ao participar na morte de Cristo, nossa alma tem vida e
verdadeiramente somos trasladados da velha criação, do velho
homem, à nova criatura, ao novo homem, que é Cristo em nós. O
processo desta ressurreição é um assunto presente. Essa ressurreição
especial é a meta de nossa vida cristã.
*(1) Cfr. Romanos 6:6
*(2) Cfr. Lucas 9:23

3. Ressurreição do corpo. Nosso corpo será ressuscitado no


futuro, ao som da última trombeta; e nessa ressurreição se lhe unirão
o espírito e a alma. Romanos 8:10,11 diz: "10 Se, porém, Cristo está
em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o
espírito é vida, por causa da justiça.11 Se habita em vós o Espírito
daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que
ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso
corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita".

Deus quer que todo nosso ser (1 Tes. 5:23) seja achado irrepreensível
quando vier o Senhor, e todo nosso ser completamente ressuscitado,
seja em forma integral liberado do velho homem que tinha Satanás
escravizado. Que trabalhe, pois, em nós o poder de ressurreição que
operou em Cristo Jesus. Disto tiramos a conclusão que haverá crentes
não vencedores, que suas almas não haverão experimentado a
respectiva ressurreição, de maneira que não experimentarão essa
ressurreição especial no último dia. Note que Paulo adverte em
Filipenses 3:11, quando diz: " para, de algum modo, alcançar a
ressurreição dentre os mortos". É bem claro que não está se referindo
à ressurreição geral da Igreja senão a essa ressurreição especial, pois
Paulo estava seguro que participaria da ressurreição geral.

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Os v en cedo res e o a rr eba tame nto da Igr ej a


As Escrituras dão fé de que a Igreja será levantada pelo Senhor em
Sua vinda, evento no qual ocorrerá a ressurreição dos justos e a
transformação dos que permanecerem vivos até o glorioso regresso de
Cristo. Vejamos acerca desse fato em quanto ao conhecimento de tal
evento por parte dos crentes e em quanto à participação no mesmo.

Quanto ao conhecimento do tempo do arrebatamento.

De conformidade com Atos 1:9-11 e outros muitos textos bíblicos, o


Senhor virá outra vez. "9 Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às
alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos.10 E,
estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que
dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles11 e lhes
disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas?
Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o
vistes subir". De acordo com certos sinais dados na Bíblia, sabemos
que Sua vinda não demora, porque ninguém sabe nem o dia nem a
hora, Mas podemos saber o tempo em que esse evento ha de ocorrer.
Quem saberá o tempo em que o Senhor ha de regressar? Haverá
irmãos que, ou por não amar a vinda do Senhor ou por andar
preocupados em seus desejos carnais e vida do mundo, vivem
despercebidos e esse fato os surpreenderá como ladrão na noite, e a
outros, que estarão velando, não. Por exemplo, aos irmãos de Sardes,
os que estão marcados dentro do protestantismo denominacional, os
que tem nome de que vivem, e estão mortos, o Senhor lhes diz (Ap.
3:3): "Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e
arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não
conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti". O curioso é
que isso mesmo diz o Senhor ao mundo com respeito de Sua vinda.
Registramos no texto de 1 Tessalonicenses: 5:2-3: "2 pois vós
mesmos (os santos) estais inteirados com precisão de que o Dia do
Senhor vem como ladrão de noite.3 Quando andarem dizendo: (no
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mundo) Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá (os ímpios) repentina
destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e
de nenhum modo escaparão". Uma coisa é o mundo e o crente
descuidado, e outra o que vela e ama a vinda do Senhor.
Transcrevemos na continuação os versículos seguintes (4-10): "4 Mas
vós, (os que velam) irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia
como ladrão vos apanhe de surpresa;5 porquanto vós todos sois
filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite, nem das trevas.6
Assim, pois, não durmamos (não nos descuidemos no mundo) como
os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios.7 Ora, os que
dormem dormem de noite (nas trevas do mundo), e os que se
embriagam é de noite que se embriagam.8 Nós, porém, que somos
do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e
tomando como capacete a esperança da salvação;9 porque Deus não
nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso
Senhor Jesus Cristo,10 que morreu por nós para que, quer vigiemos,
quer durmamos, vivamos em união com ele". Este texto fala por si só.

Quanto ao tempo do arrebatamento e à participação no


mesmo.
A ortodoxia doutrinal bíblica ensina que haverá duas ressurreições:
Uma, a primeira, a dos santos na vinda do Senhor, depois da grande
tribulação, e a segunda, a dos ímpios, ao finalizar o milênio. Sobre
este ponto crucial da Escatologia, através da história se foram
desenvolvendo os pontos de vista de várias escolas de interpretação,
dos quais destacamos os seguintes.

1. Pós-tribulacionismo. A sã doutrina bíblica é que toda a


Igreja do Senhor será arrebatada pelo Senhor e trasladada aos
ares, onde nos encontraremos com o Senhor. Quando ocorrerá
esse evento? Na última trombeta. "51 Eis que vos digo um
mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos
todos,52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ao
ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos
ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." (1
Coríntios 15:51-52). "16 Porquanto o Senhor mesmo, dada a
sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a
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trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo


ressuscitarão primeiro;17 depois, nós, os vivos, os que
ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre
nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim,
estaremos para sempre com o Senhor" (1 Tessalonicenses 4:16-
17).
Ao ser levantada a Igreja ao toque da sétima trombeta, significa
que a Igreja estará aqui na terra durante os sete anos do governo
do anticristo, porque ao toque da última trombeta é quando
ocorrerá a gloriosa vinda do Senhor e o começo de Seu reino
milenar; e isso não ocorrerá senão ao finalizar os sete anos do
governo da besta. Vejamos o que diz Apocalipse sobre isso.

"15 O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes,


dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu
Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.16 E os vinte e quatro
anciãos que se encontram sentados no seu trono, diante de Deus,
prostraram-se sobre o seu rosto e adoraram a Deus,17 dizendo:
Graças te damos, Senhor Deus, Todo-Poderoso, que és e que eras,
porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar.18 Na
verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o
tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o
galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o
teu nome, tanto aos pequenos como aos grandes, e para destruíres os
que destroem a terra" (Apocalipse 11:15,18). Este ponto de vista era
o sustentado pela igreja primitiva, pois é o que aparece nos
documentos do primeiro século, como a Didaqué; logo foi o ponto de
vista interpretativo dos chamados pais da igreja, e dos escolásticos;
também foi o ponto de vista dos reformadores; por último foi
sustentado por várias das grandes denominações da linha reformada e
outras; são pós-tribulacionistas inclusive algumas correntes
presbiterianas e batistas. Também foram pós-tribulacionistas os irmãos
Benjamím Newton e George Mueller, dentro da linha dos Irmãos ou
Brethren, os quais se opuseram a Darby.
Apocalipse fala dos santos saídos da grande tribulação.

"9 Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia
enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante
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do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com


palmas nas mãos;10 e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso
Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.11
Todos os anjos estavam de pé rodeando o trono, os anciãos e os
quatro seres viventes, e ante o trono se prostraram sobre o seu rosto,
e adoraram a Deus,12 dizendo: Amém! O louvor, e a glória, e a
sabedoria, e as ações de graças, e a honra, e o poder, e a força sejam
ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém!13 Um dos anciãos
tomou a palavra, dizendo: Estes, que se vestem de vestiduras
brancas, quem são e donde vieram?14 Respondi-lhe: meu Senhor, tu
o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande
tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do
Cordeiro,15 razão por que se acham diante do trono de Deus e o
servem de dia e de noite no seu santuário; e aquele que se assenta no
trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo.16 Jamais terão fome,
nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor
algum,17 pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os
apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes
enxugará dos olhos toda lágrima" (Apocalipse 7:9-17). O pós-
tribulacionismo é o que se chama como a teologia do pacto. Mas o que
sucedeu?

2. Pré-tribulacionismo. Não obstante que a igreja primitiva e a


patrística sustentavam a interpretação do Novo Testamento no sentido
de que a Igreja seria arrebatada depois da grande tribulação,
entretanto, no ano 374, Efraim o Sírio, sem demonstrar
profundamente, pela primeira vez na história lança a idéia de um
arrebatamento antes da grande tribulação; mas não fez muito eco,
pois até 1754 é quando retoma este ponto de vista um pastor batista
chamado John Gill; posteriormente retomaram suas bandeiras os
seguintes: em 1810 um jesuíta chileno de apelido Lacunsa; em 1812,
um irmão inglês chamado Edward Irving; também ensinou o pré-
tribulacionismo em 1816 uma mulher, ao parecer mística, chamada
Margaret McDonald. Mas o que deu o respaldo final foi o irmão John
Nelson Darby em 1820, que havia escutado de Eduard Irving. O irmão
Darby foi da linha dos Brethren, também conhecidos na história como
Os irmãos de Plymouth, intimamente relacionados com a restauração
da igreja bíblica e a unidade do Corpo de Cristo. Darby havia sido um
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arcebispo anglicano, de onde saiu para se unir aos Irmãos em


Plymouth. Darby aprofundou e sistematizou o pré-tribulacionismo e o
dispensacionalismo. Mas quem deu ampla difusão ao pré-
tribulacionismo e ao dispensacionalismo foi o Dr. Scofield com suas
famosas anotações da Bíblia, e por esse meio essa corrente de
ensinamento teve fácil entrada em muitas denominações. A morte de
Scofield, quem retomou as bandeiras do pré-tribulacionismo foi Lewis
Sperry Shaffer, fundador do Seminário Fundamentalista de Dallas,
Texas, onde se tem formado muitos pastores denominacionais, e autor
de una famosa teologia sistemática; de maneira que tem sido meios
poderosos para que se difunda o pré-tribulacionismo. Outros influentes
pré-tribulacionista tem sido Charles Ryrie, John F. Walvoord, das
Assembléias de Deus, e J. Dwight Pentecost, autor da conhecida obra
dispensacionalista "Eventos do Porvir", que tanta influencia tem
projetado no denominacionalismo. Os irmãos que tem ensinado e
difundido o pré-tibulacionalismo merecem todo o respeito, mas devo
declarar o que diz a Bíblia, que se aos crentes é ensinado que a Igreja
do Senhor será trasladada antes da aparição do anticristo na esfera
política mundial, estão lhes enganando. "1 Irmãos, no que diz
respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião
com ele, nós vos exortamos, 2 a que não vos demovais da vossa
mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por
palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha
chegado o Dia do Senhor.3 Ninguém, de nenhum modo, vos
engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a
apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da
perdição,4 o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama
Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de
Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.5 Não vos
recordais de que, ainda convosco, eu costumava dizer-vos estas
coisas? 6 E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado
somente em ocasião própria.7 Com efeito, o mistério da iniqüidade já
opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o
detém;8 então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor
Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação
de sua vinda " (2 Tessalonicenses 2:1-8).

Os pré-tribulacionista interpretam o versículo 7 no sentido de que é o


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Espírito Santo quem impede a manifestação do anticristo, e que o


Espírito Santo será tirado da terra ao ser arrebatada a Igreja. Mas
tenhamos em conta que o Espírito Santo está em todas as partes,
inclusive no Hades. "7 Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para
onde fugirei da tua face?8 Se subo aos céus, lá estás; se faço a
minha cama no mais profundo abismo, lá estás também " (Salmos
139:7-8). Isso significa que o Espírito continuará na terra depois que a
Igreja for arrebatada ao céu; inclusive estará nas duas testemunhas
de Deus cujo ministério se desenvolverá em Jerusalém durante a
grande tribulação.*(3) O Espírito não é quem tem detido a
manifestação dos grandes impérios mundiais. Deus tem traçado um
plano na história dos homens. Medite bem o leitor na estátua do sonho
de Nabucodonosor de Daniel 2; aí aparece a sucessão dos impérios
mundiais até a vinda do Senhor. As pernas da estátua correspondem
ao império romano; logo vem uma explicação mais detalhada disto
mesmo nas bestas de Daniel 7. Note que a estátua termina em dez
dedos, e a quarta besta (Roma) aparece com dez chifres, dos quais se
levantará outro, a besta, que se encarregará de quebrantar aos santos
do Senhor (Daniel 7:14-25; Apocalipse 13:5,7; Apocalipse 17:12-13).
A Escritura se interpreta por si própria; de maneira que o que impede
a manifestação do anticristo é o império romano; ao ser tirado o poder
de Roma, aparecerá o anticristo.
*(3) Apocalipse 11_1-12

Vemos que para que na história se manifestasse o Império Romano foi


necessário que fosse tirado o império grego, e que para que antes
houvesse manifestado a Grécia, havia sido necessário que se tirasse a
Medo-Pérsia, etc. Muitos ignoram que o Império Romano continuou
governando em forma latente. Os bárbaros podiam haver desferido um
golpe mortal à Roma imperial, mas esse mesmo espírito continua ao
surgir a Roma papal, a qual herdou os poderes imperiais sobre toda
Europa e suas colônias, poder que se encarregou de reviver o império
romano com o Sacro Império Romano Germânico com Carlos magno e
seus sucessores na Europa. De maneira, pois, que estamos vendo um
ressurgir do Império Romano no antigo território europeu do império,
suas antigas províncias, os países que hoje formam a Comunidade
Européia. Daí sairá o anticristo, mas será um império diferente, pois o

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anticristo "o qual será diferente dos primeiros... e cuidará em mudar


os tempos e a lei " (Dn. 7:24,25).

3. Os dois arrebatamentos. Ao analisar os dois anteriores


pontos de vista, e talvez vendo em ambos alguma razão, surgiu uma
terceira escola de interpretação com os irmãos Robert Govett, G. H.
Pember, D. M. Panton, pioneiros da restauração da igreja bíblica, e
ultimamente com o irmão Lang, com a convicção de que o
arrebatamento da Igreja tem duas etapas ou dois arrebatamentos, um
antes da tribulação para as primícias, os vencedores, e outro depois da
tribulação para a colheita, ou seja, o resto dos cristãos salvos. Para ele
tomam textos bíblicos tanto do Antigo como do Novo Testamento. Este
foi o ponto de vista que seguiram e ensinaram os irmãos Watchman
Nee e Witness Lee, apóstolos da restauração na China. Mas devemos
ter em conta que só há duas ressurreições: Uma no começo do milênio
para a igreja, e outra no final do reino milenar, para os ímpios.
Também a Escritura fala de primícias da ressurreição, mas diz que as
primícias é Cristo. "20 Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os
mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.21 Visto que a
morte veio por um homem, também por um homem veio a
ressurreição dos mortos.22 Porque, assim como, em Adão, todos
morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.23 Cada
um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os
que são de Cristo, na sua vinda" (1 Coríntios 15:20-23). De maneira
que Cristo é as primícias da primeira ressurreição; a igreja é a
colheita.

Cap. 7: OS VE NC EDORE S E O TRI BUN AL DE


CR IS TO

Dif er en ça en tr e a sal vação e o r eino


Satanás quebrou a ordem divina instaurada no universo, envolvendo
nele mais tarde o homem. Mas o Filho de Deus encarnou para iniciar a
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restauração de tudo, conforme o propósito inicial de Deus, incluindo a


Igreja que Ele mesmo resgatou, até instaurar sobre a terra o reino dos
céus, até que sejam postos todos seus inimigos por estrado de Seus
pés.

O Pai é quem nos revela a Seu Filho Jesus Cristo, por Seu Espírito, o
qual é quem nos dá a convicção e a capacidade de arrepender-nos, "8
Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é
dom de Deus;9 não de obras, para que ninguém se glorie" (Ef. 2:8,9).
Essa salvação não está condicionada a obra alguma de nossa parte,
nem boa nem má, e dela não nos separará nem o presente nem o
porvir*(1). Esta salvação corresponde ao espírito. Mas a alma também
deve ser salva; e devemos nos ocupar da salvação de nossa alma, de
nosso eu, com temor e tremor*(2). Se não se faz uma clara diferença
entre a salvação da alma e do espírito, a confusão é grande. Não
confundas a alma e o espírito. O homem é um ser tripartido. A alma é
o eu da pessoa, ali está a sede de sua personalidade, pois é o assento
do intelecto (pensamentos), vontade (faculdade de decidir) e
emoções, e dali emana sua responsabilidade e seu poder de decisão.
Portanto, é necessário que nosso espírito (homem interior, o chama
Paulo), já salvo, seja fortalecido com o poder do Espírito Santo, para
que em conseqüência habite Cristo pela fé em nossos corações, que é
outra forma bíblica de chamar a alma mais a consciência do
espírito*(3), e chegue a ser Ele vivendo em nós e não nós
mesmos*(4). Quando isto ocorrer, teremos sido aperfeiçoados pelo
Senhor, teremos salvo nossa alma e teremos chegado a ser
verdadeiros vencedores.
*(1) Cfr. Romanos 8:38*(2) Filipenses 2:12*(3) Efésios
3:16,17*(4) Gálatas 2:20

A salvação do espírito se relaciona com a vida eterna, e a salvação da


alma e as boas obras estão intimamente relacionadas com a
participação no reino, que são dois aspectos diferentes. Uma coisa é a
salvação eterna, que é um dom de Deus imerecido e que não se
perde, e outra coisa diferente é a recompensa de Deus ou o castigo
temporário durante a era do reino. O problema da eternidade já está
resolvido desde antes da fundação do mundo e faz dois mil anos que
teve seu cumprimento na cruz do Calvário, mas o da posição no reino
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e sua recompensa dependem de que nós nos mantenhamos firmes.


Não se deve confundir o reino com a salvação eterna. A salvação se
recebe pela fé; é um presente, é a vida eterna; por outro lado, no
reino se entra por nossa fidelidade até a morte, se recebe por obras,
por obedecer ao Pai; no caso de Esmirna é a coroa da vida. Quando a
palavra de Deus diz em Romanos 8 que não nos separará do amor de
Cristo nem o porvir, ali não está condicionando que classe de porvir
em nossas vidas. Aconteça o que acontecer no futuro, não perderemos
nossa salvação eterna. Romanos 8:35-39 declara que não há maneira
de separar-nos de Cristo. Nossa salvação eterna não se perde, pois
não depende de nossas obras nem de nossas justiças próprias; se
assim fosse, aparte de que anularia a obra do Senhor, se acaso hoje
fosse salvo e amanhã não; talvez depois de amanhã sim; e depois?
Nossa salvação nem sequer assim poderia sustentar-se firme, pois
nada do que façamos ou deixamos de fazer nos fará merecedores de
podermos chegar até Deus. A Bíblia não indica nenhum caminho nem
esforço humano para chegar a Deus. Pelo contrário, nos revela que a
melhor de nossas justiças é como trapo de imundícia frente à obra de
Deus; mas, graças ao Senhor que nossa salvação não depende de nós,
inúteis humanos, depende da obra que Cristo levou a cabo por nós em
Sua encarnação, em Sua morte na cruz, em Sua ressurreição e em
Sua glorificação. Tudo tem feito Cristo, "que nos salvou e nos
chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas
conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em
Cristo Jesus, antes dos tempos eternos" (2 Timóteo 1:9). "Quando,
porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu
amor para com todos,5 não por obras de justiça praticadas por
nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar
regenerador e renovador do Espírito Santo " (Tito 3:4.5).
A Bíblia diz que a salvação é um presente de Deus que não se perde,
pois fomos salvos uma só vez e para sempre; diz que ninguém tem
merecido a salvação, nem pode fazer algo de sua própria natureza
para recebê-la. É um presente que se recebe pela fé, e a própria fé
nos é dada por Deus. É Deus que tem eleito à quem vai salvar. Deus
"4 assim como nos escolheu nele ( Em Cristo) antes da fundação do
mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor "
(Efésios 1:4). Diz em João 15:16: " Não fostes vós que me
escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos
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designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim
de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda".
Desde antes da fundação do mundo temos sido predestinados a uma
salvação que não se perde jamais. "Os gentios, ouvindo isto,
regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os
que haviam sido destinados para a vida eterna" (At. 13:48). Levemos
em conta que o que Deus dá, não tira. "Ele vos deu vida, estando vós
mortos nos vossos delitos e pecados" (Ef. 2:1); aqui, como em outras
partes, aparece no passado, se trata da salvação do espírito; por outro
lado quando se trata da salvação da alma, sempre aparece no
presente ou futuro. Por exemplo, diz 1 Timóteo 4:16: "Tem cuidado de
ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo
assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes ". Também
Lucas 21:19 diz: "É na vossa perseverança que ganhareis a vossa
alma".

A maioria dos teólogos, mestres e estudiosos da Bíblia, em sua


concepção e exegese tradicional ignoram ou seguem tendo dificuldade
para interpretar e concordar corretamente o conteúdo das passagens
que se relacionam com o tribunal de Cristo e o juízo da Igreja. Ao
ignorar a exegese dos respectivos textos ou se confundirem, tem
chegado à concepção da falsa doutrina de que a salvação se perde,
porque não fazem diferença entre a alma e o espírito e seus
respectivos tempos de salvação. Se tu és um legítimo cristão, não
estás perdido eternamente, mas pode ser que leves uma vida vencida
e tenha motivos suficientes para merecer um tratamento adicional do
Senhor; esse tratamento disciplinar pode ser executado agora, nesta
era da Igreja ou quando vier o Senhor, o qual não significa que se vá
perder tua salvação eterna. É muito certo o que nos diz João 3:16,
mas também é certo o que nos diz Apocalipse 2:11. Podemos fazer,
por exemplo, uma relação entre Mateus 5:13 com Lucas 14:34-35.
Nos diz o Senhor em Mateus 5:13: "Vós sois o sal da terra; ora, se o
sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais
presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens". Os cristãos
são o sal da terra. O que significa ser lançado fora? Significa ser
excluídos do reino dos céus. Diz em Lucas 14:34-35, onde o Senhor
nos dá a chave: "34 O sal é certamente bom; caso, porém, se torne
insípido, como restaurar-lhe o sabor?35 Nem presta para a terra,
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nem mesmo para o monturo; lançam-no fora. Quem tem ouvidos para
ouvir, ouça ". O sabor e utilidade desse sal dependem da conduta do
crente nesta terra, de seu grau de renuncia ao mundo e aos deleites
terrenos. O que acontecerá com os que não renunciam a todas as
coisas da vida presente? Que não serão aptos para o reino dos céus
(na terra), nem para a estrumeira, ou inferno, porque são filhos de
Deus, então serão lançados da glória do reino às trevas exteriores. Se
tu és um cristão derrotado, jamais deixas de ser um filho e servo de
Deus, mas há em tua vida a opção de ser jogado fora da terra, às
trevas exteriores, longe da glória do reino de Cristo, durante o Milênio.
Como temos anotado no capítulo 4, em muitas partes da Palavra de
Deus vemos que haverá diferentes classes de castigos disciplinares
para os crentes derrotados. O sermão do monte foi dito pelo Senhor a
Seus discípulos, e são princípios e normas que se referem ao reino,
para que a Igreja saiba o que lhe corresponde quanto ao trato e inter-
relações dos irmãos, seus compromissos e atividades na obra do
Senhor, sua atitude frente às coisas terrenas. No Antigo Testamento,
temos o Salmo 89, um salmo messiânico que se relaciona com o pacto
de Deus com Davi, o qual tem seu pleno cumprimento com o Senhor
Jesus Cristo, de quem nos versos 27-29 diz: " 27 Fá-lo-ei, por isso,
meu primogênito, o mais elevado entre os reis da terra.28 Conservar-
lhe-ei para sempre a minha graça e, firme com ele, a minha aliança".
Logo nos versos 30-37 nos diz: "30 Se os seus filhos desprezarem a
minha lei e não andarem nos meus juízos,31 se violarem os meus
preceitos e não guardarem os meus mandamentos, 32 então, punirei
com vara as suas transgressões e com açoites, a sua
iniqüidade.33 Mas jamais retirarei dele a minha bondade, nem
desmentirei a minha fidelidade.34 Não violarei a minha aliança,
nem modificarei o que os meus lábios proferiram.35 Uma vez jurei
por minha santidade (e serei eu falso a Davi?):36 A sua posteridade
durará para sempre, e o seu trono, como o sol perante mim.37 Ele
será estabelecido para sempre como a lua e fiel como a testemunha
no espaço". Vemos que o não vitorioso terá seu castigo, ainda que não
perderá sua salvação. Se sabe pela Palavra de Deus que no
cristianismo professo há discórdia e gente não regenerada dentro de
suas fileiras, e já sabemos o que sucederá com essas pessoas, mas
também é um fato indiscutível que na Igreja, entre os regenerados e
lavados pelo sangue do Senhor há servos fiéis, menos fiéis e infiéis,
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vencedores e derrotados, valentes e covardes, maduros e imaturos,


espirituais e carnais, diligentes e negligentes, crianças flutuantes e
adultos na fé. Em Mateus 24:45-51, encontramos o que acontecerá
tanto com uma classe de servos como com a outra, na vinda do
Senhor e o estabelecimento de seu tribunal, quando diz: " 45 Quem é,
pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus
conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo?46 Bem-aventurado
aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.47
Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens.48 Mas, se
aquele servo, sendo mau, disser consigo mesmo: Meu senhor demora-
se,49 e passar a espancar os seus companheiros e a comer e beber
com ébrios,50 virá o senhor daquele servo em dia em que não o
espera e em hora que não sabe 51 e castigá-lo-á, lançando-lhe a
sorte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes ". Onde
estiverem os hipócritas sofrendo eternamente, ali mesmo estarão
sendo castigados por um tempo (diz, sua parte) os crentes
descuidados, desobedientes, glutões, bêbados, viciosos, preguiçosos,
mundanos, amadores dos prazeres mais que de Deus; os que buscam
impor sua autoridade e suas leis na igreja. É importante ter em conta
que a Escritura diz com toda clareza que somos salvos pela graça de
Deus mediante a fé, como um presente de Deus em Cristo; entretanto,
a continuação e as entrelinhas seguidas afirmam no mesmo contexto
que o Pai preparou um trabalho exclusivo para cada um de nós. "10
Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as
quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Ef.
2:10). Isso significa, não obstante, que como filhos de Deus, temos a
responsabilidade diante Dele de fazer algo específico que Deus
preparou para que fizéssemos, dentro dos propósitos Dele na
edificação de Sua casa, e do qual devemos dar conta. Deus não tem
deixado Sua criação nem muito menos a edificação de Sua Igreja ao
arbítrio dos homens. É necessário trabalhar de acordo a um plano
minuciosamente traçado pelo Senhor, de acordo com Sua vontade, e
seguindo os fundamentos bíblicos. Não se trata, pois, de fazer as
coisas de acordo com nosso próprio plano e propósito, assim nos
pareça que o que fazemos é perfeito e aceito por Deus. É necessário,
pois, e para benefício nosso, que desviemos nossa atenção dos meros
interesses terrenos, tanto de tipo pessoal como dos relacionados com
organizações religiosas não fundamentadas na Palavra de Deus, e não
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descuidar a salvação de nossa alma. "...desenvolvei a vossa salvação


com temor e tremor" (Fp. 2:12); e a razão disto encontramos também
na bendita Palavra de Deus, quando diz " Pois que aproveitará o
homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará
o homem em troca da sua alma?" (Mateus 16:26). De acordo com o
contexto, isto não disse o Senhor às multidões mundanas e sim a seus
discípulos. Disse o irmão W. Nee: "Não podemos mesclar a
perdição eterna com a disciplina. Muitos versículos, que
parecem dizer que os cristãos podem se perder de novo,
realmente falam da disciplina dos cristãos. Não só está o
assunto da disciplina e o assunto da falsidade, Mas também o
assunto do reino e da recompensa. Estas poucas coisas são
fundamentalmente diferentes. Muitas vezes, aplicamos as
palavras para o reino à era eterna, e as palavras com respeito à
recompensa ao tema da vida eterna. Naturalmente, isto
produzirá muitos problemas. Devemos dar-nos conta de que
existe uma diferença entre o reino e a salvação, e entre a vida
eterna e a recompensa. A maneira em que Deus tratará
conosco no milênio é diferente da maneira em que Ele tratará
conosco na eternidade. Há uma diferença na maneira em que
Deus trata com o homem no mundo restaurado e no mundo
novo. O milênio está relacionado com a justiça. Está
relacionado com nossas obras e com nosso andar depois de que
temos chegado a ser cristãos. O reino milenar tem como
propósito julgar nosso andar; entretanto, na eternidade, nos
novo céu e nova terra, tudo é graça gratuita. E o que tem sede
pode vir e beber gratuitamente (Apocalipse 22:17). Esta
palavra é falada depois de que os novos céus e a nova terra
tenham vindo".*(5)
*(5) Watchman Nee. O Evangelho de Deus. L. S. M. Tomo II.
Pág. 357.

As bodas do Co rdei ro
Não tem havido muita clareza no relacionado com as bodas do
Cordeiro e com a Igreja. Muitos irmãos pensam que toda a Igreja, ou
seja, cem porcento dos irmãos participarão como noiva nas bodas.
Mas a Escritura não diz isso. Na parábola da festa de bodas diz que "o
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reino dos céus é semelhante a um rei que fez festa de bodas a seu
filho" (Mt. 22:2). Pelo contexto vemos que para participar nesta festa
de bodas é necessário cumprir certos requisitos, como ser dignos (v.8)
e estar vestido de certo tipo de vestido de boda. Dizem os versos 11-
13: "11 Entrando, porém, o rei para ver os que estavam à mesa,
notou ali um homem que não trazia veste nupcial12 e perguntou-lhe:
Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? E ele emudeceu.13
Então, ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e mãos e lançai-
o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes". O que
significa este vestido de boda? O fato de que este homem entrou à
festa de bodas é porque é salvo, mas não estava vestido com as
vestes dos vencedores, o da justiça subjetiva em seu andar com o
Senhor.
O compreenderemos melhor com Apocalipse 19:7-9: " 7 Alegremo-
nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas
do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou,8 pois lhe foi
dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o
linho finíssimo são os atos de justiça dos santos.9 Então, me falou o
anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia
das bodas do Cordeiro. E acrescentou: São estas as verdadeiras
palavras de Deus". Então vemos que as bodas do Senhor não se farão
com toda a Igreja; nem todos são chamados para participar ali, senão
só com Seus vencedores, os quais vêm a ser a esposa. Por um lado
vemos que na parábola fala de alguém que, mesmo que seja salvo, é
lançado fora por não estar com o vestido adequado; e por outro vemos
em Apocalipse 19:7-9 que fala do vestido de linho fino, que são os
atos de justiça dos santos, e esses atos justos só se vêem nos
vencedores.
A noiva do Cordeiro deve estar preparada antes desse acontecimento.
Como é essa preparação? Deve levar o vestido adequado, que
simboliza a vida do Senhor em nós, nossa justiça, nossa conduta,
nossas obras em Deus, e além disso, estar cheios de azeite do Espírito
Santo, como diz Eclesiastes 9:8: "Em todo tempo sejam alvas as tuas
vestes, e jamais falte o óleo sobre a tua cabeça". Temos o caso das
cinco virgens insensatas. Lhes faltou pureza, limpeza de toda mancha,
lhes faltou azeite, não haviam pagado o preço, e sendo salvas, pois
foram até o tribunal de Cristo, não puderam participar nas bodas do
Cordeiro. Não haviam se preparado para as bodas. "E, saindo elas ( As
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insensatas) para comprar(pagar o preço), chegou o noivo, e as que


estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a
porta.11 Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor,
senhor, abre-nos a porta!12 Mas ele respondeu: Em verdade vos digo
que não vos conheço" (Mateus 25:10-12). Sem fé não podemos
alcançar a salvação eterna; mas sem obras justas não poderemos
desfrutar do reino dos céus, incluindo as bodas de Cordeiro. Na Palavra
de Deus se fala de una vestidura de bodas, e explica em que consiste;
ninguém pode confeccionar esse vestido a não ser com a ajuda de
Senhor. O Senhor faz em nós e nós fazemos Nele. Trabalhar sem Ele, é
trabalhar em madeira, feno e palha. A vestidura objetiva significa que
somos revestidos de Cristo, digamos, por fora, somos mudados de
posição; e a vestidura subjetiva significa que somos habitados por
Cristo por dentro; que somos conformados a Sua imagem. Ele é
forjado em nós, manifestando seus atributos através das virtudes de
nossa alma renovada. Irmão, medita na arca do pacto. Foi feita de
madeira de acácia (a humanidade), mas revestida de ouro (a
divindade) por dentro e por fora. Para que possamos participar nas
bodas, é necessário que nosso eu seja aniquilado, e Cristo forjado em
nós antes; temos tido que sofrer dores de parto. Mas Cristo se forma
em nós com nosso consentimento, usando também de nossa vontade.
Paulo disse aos santos, salvos de Galácia: "meus filhos, por quem, de
novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós" (Gálatas
4:19).
Quando se levarão a cabo as bodas? Imediatamente depois do juízo da
Igreja ante o tribunal de Cristo, seguidas pelas festas, naturalmente,
as quais se prolongarão por todo o milênio. "E o Espírito e a Noiva
dizem: Vem". Só o Espírito Santo e a Noiva estão preparados para o
encontro com o Senhor. Antes vejamos que o Espírito falava às
igrejas; agora o Espírito de Deus e os vencedores se tem feito um, e
expressam o desejo de que venha prontamente o Senhor.

A s étima pro messa


"Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como
também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono" (Ap. 3:21).
Este é o máximo galardão que o Senhor pode outorgar ao um
vencedor. O Senhor tem falado à Igreja; então o Senhor está à porta,
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chamando a quem queira abrir. A grande multidão dos crentes são


crianças carnais, entretidos em seus próprios deleites e diversões, nas
falsas doutrinas de prosperidade; têm se enchido de riquezas
materiais, e orgulho; se gabam dos muitos conhecimentos que vão
adquirindo, de suas posições ante o Estado e as esferas sociais; já não
necessitam de Deus. Mas o Senhor recorre aos vencedores, ao que lhe
escute e lhe obedeça, ao que abre sua intimidades com Ele; ao que
esteja disposto a se por de acordo com Ele. O tempo já está pronto
para se cumprir; já vai terminar a era da graça, e vem a do reino
milenar; se aproxima o juízo da Igreja ante o tribunal de Cristo; então
o Senhor, em troca dos "tronos" fabricados pelos homens, oferece a
máxima posição de glória, sentar-se com o Senhor em Seu trono. Por
que precisamente a esta igreja do morno período de Laodicéia?
Ainda que a Igreja esteja ocupada em seus próprios interesses e
glórias terrenas, entre os vencedores já existe a expectativa da vinda
do Senhor. Eles sabem que esse glorioso dia está às portas; o esperam
ansiosos e amam o regresso do Senhor. Os vencedores que receberem
este galardão de se sentarem com o Senhor em Seu trono, hão de
participar da autoridade do Senhor, em sua qualidade de reis,
governando com Ele sobre toda a terra durante o reino milenar de
Cristo. Mas antes os vencedores têm comprado de Deus ouro puro
refinado pelo fogo. Aqui o que vence o faz sobre a mornidão da igreja
degradada, gerada pelo orgulho do conhecimento de muita doutrina,
mas sem o Senhor. Aqui o vencedor é o que paga o preço para
comprar o ouro refinado nas provas de fogo, as vestiduras brancas de
seu andar em Cristo e o colírio da unção e a luz do Espírito Santo. Ao
vencedor compete vencer não só a hostilidade do mundo e de seu
próprio eu, senão também, e o que é pior, a infidelidade, cegueira,
prepotência e desvio da Igreja. A Igreja está cheia de outras glórias
alheias à verdadeira glória do Senhor; a Igreja se embriaga dos
potentes imãs do progresso material, e tem se esquecido da
verdadeira glória do reino, o qual se ganha com a cruz, negando-se a
si mesmo. Todo crente que se ocupe hoje em exaltar a si mesmo e a
seu ministério, atropelando às ovelhas do Senhor, chegará nesse dia
em que sofra a mais dolorosa humilhação. Na Igreja se tem
generalizado o conceito de que o Senhor só nos salvou do inferno; já
não temos que ir ao inferno, pois não há idéia de qual seja o plano de
Deus para a Igreja; e, além disso, nos salvou para que vivamos nesta
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terra cheios de bens materiais e felicidades temporárias. Mas vem o


juízo de Deus, e o juízo começa por Sua própria casa. Irmão, deixa
que o Senhor julgue agora teu andar; permite que o Senhor julgue
cada pensamento; submete ao juízo do Senhor cada ato teu, cada
passo que dê; acostuma-te a viver abaixo do juízo da Palavra de Deus,
do Espírito Santo por tua consciência, da voz do Senhor dentro de ti.
Julga-te a ti mesmo usando as ferramentas que o Senhor te ha dado.
Se isso chega a ser tua realidade cotidiana, o dia que o Senhor julgar
a Seu povo, para ti será um dia de glória. Todo vencedor estará
reinando no milênio a um mesmo nível que os demais? De acordo com
a parábola das minas de Lucas 19:11-26, cada crente exercerá no
reino um serviço de acordo com o uso que tenhamos feito aqui dos
dons que nos tem outorgado o Espírito Santo, postos ao serviço de
Deus. Nem todos teremos a mesma posição no reino dos céus, nem os
mesmos privilégios, nem desfrutar ao Senhor no mesmo grau de
proximidade. O Senhor é justo e trabalha com justiça. Na terra
medimos as classes e as posições de maneira diferente a como se
medem no céu.

8. O REI NO MES SI ÂNIC O NA PERSPE CTIV A


PR OFÉTICA
O ho mem r ecebe o senh ori o e o perde

Depois que o Senhor terminou toda a obra da criação, diz a Bíblia que
Deus criou o homem. Deus necessitava de alguém que representasse
Sua autoridade na Sua criação. Depois que Deus criou o homem à Sua
imagem, varão e varoa, dotados com suficiente poder e autoridade,
lhes disse (Gn. 1:28): “E Deus os abençoou e lhes disse: Sede
fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a(é a palavra
chave); dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e
sobre todo animal que rasteja pela terra". Essas eram as três áreas
sobre as quais o homem tinha domínio. Deus deu senhorio ao homem
sobre os ares, nas águas e na terra. Deus queria estabelecer seu reino
no universo começando por esta terra, mas com a representação do
homem, uma criatura inteligente de sua inteira confiança. Mas o
homem falha com Deus. Vem o drama do homem e a antiga serpente,
e o homem entrega este senhorio a Satanás, o mesmo senhorio que
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havia recebido de Deus. Satanás incita ao homem a ser independente


de Deus; assegura-lhe que se comer do fruto proibido seriam abertos
seus olhos e seria como Deus, sabendo o bem e o mal. O homem cai
voluntariamente na armadilha, e é despojado desse senhorio. Queda,
pois, sendo Satanás o príncipe deste mundo, como disse Paulo em
Efésios 2 e em 2 Coríntios 4:4, que diz que o diabo é o deus deste
mundo, deste século. Por quê? Porque recebe o senhorio de mãos de
quem havia recebido o senhorio de parte de Deus, ou seja, do homem.
De maneira que o homem fica sendo escravo de Satanás. O apóstolo
Paulo descreve assim: "1 Ele (Cristo) vos deu vida, estando vós
mortos nos vossos delitos e pecados, 2 nos quais andastes outrora,
segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar,
do espírito que agora atua nos filhos da desobediência;3 entre os
quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da
nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e
éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais" (Ef. 2:1-
3). De maneira que o homem se converteu realmente em escravo do
diabo.

Mas quando o pecado de Adão é descoberto, há um juízo da parte de


Deus, e vem a maldição da serpente, a maldição de Eva e a maldição
de Adão e a expulsão do homem do Jardim até o dia que pudesse
comer da árvore da vida. Mas em meio de tudo isso se destaca a
promessa de um poderoso Salvador e a luta e rivalidade históricas
entre as duas sementes até que o dragão fosse julgado e vencido na
cruz de Cristo. Deus disse à serpente: "Porei inimizade entre ti e a
mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a
cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar" (Gn. 3:15). Satanás, pois, recebe
um poder especial para governar este mundo, e ele conta com uma
sofisticada e poderosa organização hierarquizada que opera nas
trevas, integrada pelos anjos caídos que arrastou o querubim Lúcifer
depois de sua rebelião. Satanás desenvolve assim um reino chamado
de "potestade das trevas".

Israe l no Reino
Então esse propósito de Deus de estabelecer seu reino na criação, teve
aqui na realidade um obstáculo, mas com isto não se cancelou, pois o
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Senhor já tinha um plano, e começou a se mover de tal maneira a


restaurar as coisas para que seu reino se estabelecesse plenamente
em um homem em quem Ele pudesse confiar; não no homem caído. O
homem caído ficou desqualificado em sua escravidão. Primeiramente,
quando as coisas se deram, houve uma linha étnica, uma raça na
história, que se lembrava de Deus, que temia a Deus, pela
descendência de Sete, pois a descendência de Caim se esqueceu de
Deus; e nos tempos de Noé a humanidade já havia se saturado de
maldade, sobre tudo de ocultismo, um pecado que aborrece a Deus
sobremaneira, porque se lhe rejeita, e isso acarretou o juízo de Deus
por meio de um dilúvio. Mas o homem não quer fazer o bem e se
esquece de Deus. A torre de Babel é uma evidência de que o homem
não aprendeu a lição do dilúvio, voltando à prática do ocultismo, pois a
torre de Babel, o primeiro zigurate da história para a adoração
ocultista, também é o primeiro monumento à auto-exaltação. Também
da descendência de Noé, com o tempo Deus escolheu a um varão
chamado Abraão, filho de Tera da descendência de Sem, para ir
conformando as coisas, para ir estabelecendo os princípios a fim de
dar começo e desenvolvimento aos planos de Deus encaminhados a
estabelecer seu reino sobre a terra; e a partir do capítulo 12 de
Gênesis, Ele o chama das terras caldéias para fazer uma nação de sua
semente, uma nação diferente por meio da qual revelar sua verdade e
sua justiça; e Deus estabelece a Abraão na terra escolhida por Deus,
chamada nesse tempo Canaã, e lhe dá descendência. Nasce Isaque, e
Isaque gera a Jacó, quem mais tarde daria o nome à nação, Israel, e
quem por sua vez gera os doze pais das tribos de Israel, e sua
descendência se multiplica, e por circunstâncias que conhecemos se
vão à terra do Egito e com o tempo chegam a serem milhões os
hebreus, mas escravizados; e depois de quatrocentos e trinta anos,
desse povo elege a um varão, a Moisés, para libertá-los, tirá-los e
levá-los pelo deserto para prepará-los e se revelar a eles a fim de lhes
entregar uma terra onde Ele começaria a estabelecer um modelo, um
princípio, um avanço, um arquétipo realmente do reino de Deus sobre
a terra. No final o reino abraçará toda a terra, mas Deus começaria por
Israel, além de que dessa raça nasceria a semente da mulher, o Rei
messiânico. E foi assim como depois de 40 anos de perambular pelo
deserto, para suceder a Moisés, elege a um varão da tribo de Efraim
chamado Josué, e com ele na liderança do povo entrega-lhes a terra e
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estabelece uma teocracia. O Senhor já os havia dito em Êxodo 19:6:


"vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa". Deus queria que
todo o povo fosse um povo sacerdotal, e um reino à vez; ou seja, Ele
queria fazer de Israel una teocracia, onde o verdadeiro Rei fosse o
próprio Deus. Esta nação foi criada por Deus para Si mesmo, de
maneira que os israelitas, como nação, foram os primeiros em serem
livrados da potestade do reino das trevas, da jurisdição de Satanás, e
ao invés de um príncipe espiritual satânico, como as demais nações
(cfr. Daniel 10:13,20), seu príncipe espiritual que os guardava foi o
arcanjo Miguel (cfr. Daniel 10:21; 12:1). Mas a eles queriam pedir um
rei humano, como as demais nações do mundo, ao invés de seguir
sendo uma teocracia pura. Então Deus os concedeu no que se chama a
vontade permissiva de Deus. Esse rei, Saul, da tribo de Benjamin,
falhou, e então Deus escolheu a um rei conforme ao Seu coração e
estabeleceu, de certa maneira, a teocracia, pois mesmo que reinasse
Davi, da tribo de Judá, ele fazia a vontade de Deus, representava a
autoridade de Deus, representava a realeza do Senhor. De todas as
maneiras reinaram Davi, seus filhos e netos, mas faziam a vontade de
Deus. Esse era o desejo de Deus para um reino diferente sobre a
terra. Uma única nação onde realmente ali reinasse Deus e não
Satanás. Mas não foi assim sempre; e diz a Palavra que ao fim eles
falharam. E depois da morte de Salomão o reino se dividiu. Dez tribos
no norte tiveram seu próprio rei, a Jeroboão iniciando a lista; e as
duas tribos restantes, as de Judá e Benjamin continuaram com
Roboão, filho de Salomão, o rei da linha de Davi. Lastimosamente
ambos os reinos falharam com Deus. Os reis do reino do norte todos
falharam e recusaram a Deus; se envolveram desde o princípio na
idolatria para evitar que o povo fosse adorar em Jerusalém e ficasse
por lá; inclusive chegaram a trocar a Deus por Baal. E os reis de Judá,
a maioria se apartou dos princípios de Deus para governar sua nação.
Jeroboão se apartou do princípio do reino, para edificar um reino para
si mesmo. Um princípio do reino é a unidade, e outro é que tem que
adorar onde Deus escolher que se lhe adore, e Jeroboão não permitiu.
Claro que Roboão também teve sua cota de culpabilidade na divisão do
reino; não representou bem o governo de Deus. Então o Senhor teve
que tomar medidas corretivas e permitiu que nações ímpias e
poderosas os assediassem, os sitiassem e os levassem cativos às
terras estrangeiras. Como eles começaram a falhar com Deus,
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descuidando os princípios e leis do reino, então tiveram que ser


levados, cada reino por separado, cativos a outras nações estrangeiras
para que vivessem em sua própria carne a realidade da diferença que
é o reino de Deus e os reinos do mundo, governados por Satanás e
suas hostes.

Os do is cativ eiros
Se houve um tempo em que havia uma nação que representava o
reino de Deus, e quando essa nação falhou com Deus, já não se podia
dizer que aí reinava Deus, pois mui poucos obedeciam a Deus; só um
pequeno remanescente se recordava de Deus. E ficaram sabendo até
no estrangeiro sobre esta triste realidade, ante a qual Deus
determinou levantar outras nações poderosas, cruéis e apressadas
para castigar aos mal-feitores de Israel e de Judá. A primeira grande
falha foi dividir o reino e começar a ser regidos por egoístas princípios
humanos afastados da vontade de Deus. Claro, sobreveio a idolatria. A
idolatria minava os alicerces da teocracia, mesmo quando esta seja
representativa; e muito mais em um reino dividido. Em conseqüência
houve dois cativeiros: Primeiro, o cativeiro de Israel (as dez tribos do
norte) pela Assíria em 722 a. C., a causa do castigo recebido por sua
iniqüidade. Essas tribos jamais regressaram; é provável que alguns
indivíduos de Israel tenham regressado com o remanescente de judeus
(das tribos meridionais) depois do cativeiro babilônico. Em verdade,
descendentes das tribos nortenhas tem regressado à Palestina, mas no
presente retorno dos hebreus a sua antiga pátria a partir de finais do
século XIX, e sobre tudo com os eventos do Holocausto na Alemanha
por parte dos nazistas na segunda guerra mundial, e a criação do
moderno Estado de Israel em 1948. O segundo cativeiro recaiu sobre o
reino do sul, Judá, que foi sitiado, derrotado e levado em cativeiro
para a Babilônia em 605 a. C., a mando do rei Nabucodonosor, durante
setenta anos, conforme a profecia de Jeremias;*(1) foram sitiados,
vencidos e levados por causa de sua idolatria. Quando esse tempo se
cumpriu, Deus preparou um pequeno remanescente dos judeus para
que regressassem, pois em sua própria terra deviam conformar o
verdadeiro povo por meio do qual viria o Salvador dos homens, e
verdadeiro rei que ao final dos tempos restabeleceria o trono de Davi,
o reino de Deus sobre a terra. O propósito de Deus com o retorno
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desse remanescente era que eles se pusessem nas mãos de Deus e


começassem um processo para o restabelecimento do reino; tratando
Deus de restabelecer Seu reino em Israel; mas agora seria
completamente distinto. Seria um rei em quem Deus poderia confiar
plenamente, e para ele seria necessário que nascesse a semente da
mulher, o Filho de Deus encarnado, e morresse e ressuscitasse, e
ascendesse à glória, e enviasse a seu Espírito, e se formasse a Igreja,
e passasse o tempo necessário para seu glorioso retorno à terra a
estabelecer seu reino. De modo, pois, que com o retorno de um
remanescente não ia restaurar o reino imediatamente; eles seguiriam
sob o domínio dos impérios mundiais que se sucederiam na história.
*(1) Cfr. Jeremias 27:19-20; 29:10

Grand es r evelaçõ es no li vro d e Danie l


O caso, pois, é que a partir do cativeiro de Babilônia, Israel não voltou
a ser livre até sua destruição total pelos exércitos do Império Romano,
no ano 70 do primeiro século. Sucessivamente na história, Israel
esteve sob o jugo das grandes potencias que tem dominado o mundo.
Deus se revelou com luxo de detalhes a um profeta exilado na
Babilônia, um homem temeroso de Deus que havia sido levado com os
primeiros cativos. A revelação está contida nos capítulos 2 e 7 do livro
de Daniel. Mesmo quando eles regressassem à sua terra, não seriam
de todo livres, pois Deus não tinha a intenção de por no trono a
homem comum algum, senão a seu próprio Filho. Vejamos, pois, como
Deus revela a este profeta o curso total da história até estabelecer
Deus plenamente Seu reino nesta terra, conforme Seu propósito
original antes da criação de Adão. Deus lhe deu toda a autoridade,
autonomia e poder a Adão, mas como Adão falhou, Ele se propôs
estabelecer a alguém que não falhe jamais. O rei que virá já tem toda
a potestade da parte de Deus.*(2)
*(2) Cfr. Mateus 28:18

Nos capítulos 2 e 7 do livro de Daniel há uma revelação sob os


enfoques. Um (capítulo 2) é feito em parte a um rei pagão; digo em
parte, porque Nabucodonosor não teve conhecimento de fato até que
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o profeta de Deus o revelou. Tenhamos em conta que o rei havia


esquecido o sonho, e o profeta o desconhecia; só o soube depois que
Deus o revelou. De maneira que a verdadeira revelação daquele
sonho, Deus fez ao profeta. E há uma segunda parte, um segundo
ponto de vista revelado diretamente ao profeta, que se encontra no
capítulo 7. No capítulo 2 a revelação começa de acordo com o ponto
de vista do homem. O homem só vê a majestade que em torno de si
mesmo se cria, a glória que a si mesmo se dá ou lhe outorgam os
demais; glória efêmera envolta em vanglória. Mas Deus vê a realidade
intrínseca das coisas; Deus vê o bestial que é a glória e o governo do
homem. No capítulo 2 vemos uma imagem apoteótica; no capítulo 7
Deus revela esses mesmos impérios mundiais, mas representados em
uma sucessão de bestas, como o que realmente tem sido. O rei
Nabucodonosor recebe a revelação em um sonho, mas o sonho se
esquece. Isso Deus permite a fim de que nenhum mago especule e
faça crer o rei em uma interpretação mentirosa e acomodada. Este rei
era um indivíduo mui centrado em si mesmo e em sua glória terrena;
ele pensava na grandeza da Babilônia, nesses palácios e jardins
maravilhosos, em seu poderoso exército, em suas futuras conquistas e
domínios, etc. Ele estava preocupado pelo que seria de tudo isso,
quantos anos estaria governando, quem veria depois dele, e como
aconteceriam todas essas coisas. Ele ostentava a coroa de um império
mui brilhante. Imagino que vivia pensando naquilo dia e noite. É
possível que o profeta Daniel também se inquietasse com o futuro de
seu povo. Então Deus deu um sonho ao rei revelando-lhe o futuro,
mas também ao profeta. Depois de haver sido chamados e
consultados todos os caldeus, astrólogos, magos e videntes que
rodeiam um poderoso governante oriental, e ante a impossibilidade
destes de adivinhar e interpretar o sonho do rei; iam ser levados à
morte. Daniel solicitou que não matassem a estes senhores e que lhe
dessem um tempo a ele para mostrar a interpretação ao rei. Depois de
haver orado e recebido a revelação da parte de Deus, Daniel se
apresentou diante do rei, glorificando a Deus. Diz a Palavra de Deus no
livro do profeta Daniel, capítulo 2: " 27 Respondeu Daniel na presença
do rei e disse: O mistério que o rei exige, nem encantadores, nem
magos nem astrólogos o podem revelar ao rei;28 mas há um Deus no
céu, o qual revela os mistérios, pois fez saber ao rei Nabucodonosor o
que há de ser nos últimos dias. O teu sonho e as visões da tua cabeça,
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quando estavas no teu leito, são estas:29 Estando tu, ó rei, no teu
leito, surgiram-te pensamentos a respeito do que há de ser depois
disto. Aquele, pois, que revela mistérios te revelou o que há de ser.30
E a mim me foi revelado este mistério, não porque haja em mim mais
sabedoria do que em todos os viventes, mas para que a interpretação
se fizesse saber ao rei, e para que entendesses as cogitações da tua
mente". Os reinos terrenos e o curso da história A continuação o
profeta Daniel continua com a interpretação do sonho de
Nabucodonosor, dizendo-lhe: " 31 Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui
uma grande estátua (porque Nabucodonosor havia se esquecido do
sonho). esta, que era imensa e de extraordinário esplendor, estava
em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível.32 A cabeça era de
fino ouro, o peito e os braços, de prata, o ventre e os quadris, de
bronze;33 as pernas, de ferro, os pés, em parte, de ferro, em parte,
de barro.34 Quando estavas olhando, uma pedra foi cortada sem
auxílio de mãos, feriu a estátua nos pés de ferro e de barro e os
esmiuçou ". Deus mostra a Nabucodonosor quatro grandes impérios
que dominariam ao mundo civilizado até o fim da história, e se
estabeleceria definitivamente o reino de Deus sobre a terra, cujo
glorioso Rei está representando aqui por uma pedra que cairia do céu,
a qual destruiria todo o reinado de Satanás sobre a terra. A pedra foi
cortada não com mão. As coisas de Deus não se realizam por iniciativa
humana, por projetos idealizados pelos homens, e menos o
relacionado com o estabelecimento de Seu Reino, por muito
magníficos que nos pareçam. Deus tem um plano eterno, incomovível
e verdadeiro; plano que aparece na Palavra e que nos revela por Seu
Espírito. A Palavra de Deus não admite reformas humanas. Todo o
escrito terá seu cumprimento. Tudo está registrado no livro sagrado. "
35 Então, foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata
e o ouro, os quais se fizeram como a palha das eiras no estio, e o
vento os levou, e deles não se viram mais vestígios (aqui vemos que
Deus esmiúça toda a glória e os propósitos dos homens). Mas a pedra
que feriu a estátua se tornou em grande montanha, que encheu toda
a terra ". Essa é a pedra angular de que fala Pedro. Deus é quem põe
os reis e os tira, e dá aos homens autoridade para que reinem. O
presidente Álvaro Uribe Vélez acaba de ganhar as eleições para seu
segundo período devido a que Deus lhe deu essa autoridade. É Deus
quem lhe concede prolongar seu mandato. Segue dizendo Daniel ao
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rei: " 36 Este é o sonho; e também a sua interpretação diremos ao


rei.37 Tu, ó rei, rei de reis, a quem o Deus do céu conferiu o reino, o
poder, a força e a glória;38 a cujas mãos foram entregues os filhos
dos homens, onde quer que eles habitem, e os animais do campo e as
aves do céu, para que dominasses sobre todos eles, tu és a cabeça de
ouro".

Babilônia. Israel se aparta de Deus em face à idolatria; Deus já não


era levado em conta ali, e Deus decide transferir o domínio da terra às
mãos dos gentios, e por causa do cativeiro, essa transferência recaiu
na pessoa de Nabucodonosor. Babilônia então veio a ser essa cabeça
de ouro. A Palavra de Deus revela que Babilônia foi o império mais
brilhante e glorioso que tenha existido em toda a história da
civilização. Não o mais poderoso, pois à medida que foram sucedendo-
se esses impérios mundiais, se iam degradando e perdendo seu brilho
de glória, mas paradoxicamente nessa mesma proporção iam
ganhando em força e poder. Na grande estátua do sonho, depois da
cabeça de ouro (Babilônia) seguia o peito e os braços de prata, logo
seu ventre e suas coxas de bronze, suas pernas de ferro, e por último,
seus pés de ferro e de barro cozido. Os materiais dessa estátua iam se
degradando à medida que descia à terra. É algo que parece
contraditório, mas é a realidade. Os homens, na medida em que
adquirem mais força e poder, mais se degradam moralmente, e seu
coração se desliza mais em face à corrupção e a crueldade.
" 39 Depois de ti, se levantará outro reino, inferior ao teu; e um
terceiro reino, de bronze, o qual terá domínio sobre toda a terra ".

Media e Pérsia. Que poder mundial surgiu depois de Babilônia?


Uma colisão dos medos e os persas (os dois braços da estátua unidos
pelo peito) tomaram o poder mundial e derrotaram a Babilônia. Eram
menos brilhantes, contudo mais poderosos em força. A prata tem
menos valor e preciosidade que o ouro, mas é mais forte.

Grécia. Depois se levantou um terceiro grande império, Grécia, em


mãos de um jovem macedônio chamado Alexandre, mais conhecido na
história como Alexandre O Grande, filho de Filipos, rei da Macedônia,
quem no curto lapso de dez anos chegou a conquistar e dominar o
mundo; e depois de sua morte seu grande império foi dividido e
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prolongado por seus quatro grandes generais do estado maior,


estendendo e implantando pelo mundo a cultura helenística, usada por
Deus inclusive para a expansão do evangelho.

Império Romano " 40 O quarto reino será forte como ferro; pois o
ferro a tudo quebra e esmiúça; como o ferro quebra todas as coisas,
assim ele fará em pedaços e esmiuçará". A Babilônia chegou ao fim; o
mesmo sucedeu aos medo-pérsas; aos gregos também chegaram ao
fim de seu poderio por meio da incursão de um quarto reino muito
poderoso, porém extremadamente sanguinário, chamado Roma.
Recordem irmãos, que o império romano está representado pelas duas
pernas de ferro da estatua. Roma foi um império com duas capitais:
Roma propriamente dita, na parte ocidental, e Constantinopla na parte
oriental. E houve um prolongado tempo em que foram suas capitais
simultaneamente. Esta circunstancia serviu para sua posterior
degradação. Tem sido o império mais cruel e sanguinário da história.
" 41 Quanto ao que viste dos pés e dos artelhos, em parte, de barro
de oleiro e, em parte, de ferro, será esse um reino dividido; contudo,
haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois que viste o ferro
misturado com barro de lodo.42 Como os artelhos dos pés eram, em
parte, de ferro e, em parte, de barro, assim, por uma parte, o reino
será forte e, por outra, será frágil.43 Quanto ao que viste do ferro
misturado com barro de lodo, misturar-se-ão mediante casamento,
mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura
com o barro".

Impé rio Romano r essu rgido


O quarto império, o romano, não existe já na história. Roma, sua
capital ocidental, sucumbiu no ano 476, em mãos de Odoacro, um
chefe dos mercenários germânicos da Itália, que depôs ao imperador
Rômulo Augustus e enviou a Constantinopla as insígnias imperiais.
Constantinopla, sua capital da ala oriental, foi conquistada pelos turcos
em 1453, instaurando um regime islâmico. Entretanto o império
romano tem continuado latente nestes séculos em toda a civilização
ocidental; mas ao final dos tempos ocorrerá um ressurgimento deste
império, não com o poder e a força antiga, senão que termina em dez
dedos que não são totalmente de ferro, e sim que têm parte de barro,
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para que se entenda melhor; e o ferro jamais se mescla com o barro;


jamais se compactam; isso ocorre só em aparência; no momento em
que recebam um golpe contundente, cai o ferro por um lado e os
pedaços de ladrilho pelo outro. De maneira que são uniões aparentes,
muito débeis e frágeis.

São dez dedos. O número dez representa a totalidade das nações


surgidas das antigas províncias do Império Romano, incluindo as
nações que foram colônias de ultramar dessas metrópoles. São as
nações que no final dos tempos darão o trono ao Anticristo, e que em
determinado momento estarão aparentemente unidas. Por exemplo, os
países que conformam a União Européia aparentemente estão unidos
por múltiplas instituições políticas e econômicas, seu parlamento, sua
constituição, o euro, etc., mas seguem mantendo em si mesmos suas
barreiras, ali subjazem nacionalidades e interesses que defendem por
cima dos pactos multinacionais. Os ingleses, os franceses, os alemães,
os espanhóis sempre defenderão o que são, incluindo sua cultura
ancestral, ainda que agora vivam uma união e aliança continental.

A P ed ra l ançada por De us
" 44 Mas, nos dias destes reis (quando estiverem governando o mundo
estes reis; isto não aconteceu ainda na história) o Deus do céu
suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino não
passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas
ele mesmo subsistirá para sempre,45 como viste que do monte foi
cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o
bronze, o barro, a prata e o ouro. O Grande Deus fez saber ao rei o
que há de ser futuramente. Certo é o sonho, e fiel, a sua
interpretação".

Eu creio que os romanos jamais pensaram que o império romano


chegaria a ser destruído, que sucumbiria; isso jamais. Mas o Rei que
porá Deus, nunca será destronado. Ele virá a dar fim na história dos
grandes poderes mundiais humanos. Jesus Cristo esmiuçará e
consumará todos estes reinos e todas as nações da terra terão que
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submeter-se a sua autoridade e a seu reino. Ao passarmos para o


capítulo 7 de Daniel, vemos o aspecto sob o qual este profeta viu o
curso dos impérios na história da humanidade. Já temos visto que os
reinos do mundo são apoteóticos, tem uma aparente e efêmera glória,
e a humanidade sonha com viver essas grandezas. Mas a glória dos
grandes impérios e as realezas mundanas é sumamente aparente,
passageira e frágil. Deus é quem vê a realidade das coisas, e Ele é
quem tem em suas mãos a continuação e o desenvolvimento dos
assuntos segundo como Ele o traçou, por mais que se creia ao
contrário. Todo o plano da economia de Deus ha de realizar-se
fielmente. Nada tem sido deixado ao azar. O governo do Anticristo que
virá na terra poderá aparecer com muita glória e poder, mas será de
pouca duração. Diz em Apocalipse que as pessoas o adorarão, o
admirarão e irá atrás dele, e dirão: Quem é como a besta? Quem
poderá lutar contra ela? Vejam que glória! Quando se havia visto algo
semelhante em toda a história?*(3) Segundo a visão do apóstolo João,
se maravilhará toda a terra seguindo a besta.
*(3) Cfr. Apocalipse 13:3-4.

Os impérios bestiais Por isso Deus tem revelado como vê Ele os


reinos do mundo; ao profeta Daniel e ao apóstolo João, em primeiro
lugar. Daniel recebeu uma revelação desses quatro impérios mundiais,
Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma, nas figuras de quatro bestas, porque
não tem sido outra coisa. Cada besta revela exatamente as
características e qualidades do respectivo reino. A primeira besta, um
leão com asas de águia, simbolizava a grandeza do império babilônico;
a segunda besta, um urso com um lado mais alto que o outro, e em
sua boca três costelas entre seus dentes, simbolizava a aliança
devoradora e sangrenta dos medos e os persas; a terceira besta,
semelhante a um leopardo com quatro cabeças e quatro asas de aves
em suas costas, simbolizava o veloz domínio do mundo por parte dos
gregos; e a quarta besta, espantosa e terrível, que era como uma
mescla das três anteriores juntas, mas com dez chifres, simbolizava o
terrível império romano. Todos esses governos têm sido bestiais e
satânicos, pois Satanás, o príncipe do mundo e da potestade do ar, é o
supremo ventríloquo que os manipula dos ares com sua poderosa
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organização espiritual das trevas.*(4) Mas há uma explicação do


sonho. Leiamos ao profeta Daniel no capítulo 7: "15 Quanto a mim,
Daniel, o meu espírito foi alarmado dentro de mim, e as visões da
minha cabeça me perturbaram.16 Cheguei-me a um dos que estavam
perto e lhe pedi a verdade acerca de tudo isto. Assim, ele me disse e
me fez saber a interpretação das coisas:17 Estes grandes animais,
que são quatro, são quatro reis que se levantarão da terra".
*(4) Cfr. Daniel 10:12-13.

Temos que analisar por que a Palavra de Deus focaliza nestes quatro
grandes impérios. O Senhor revela o que não é conhecido; por isso a
revelação começa nos tempos do profeta que a recebe. Antes da
Babilônia havia dois grandes impérios que alguma relação tiveram com
o povo de Deus: Egito e Assíria. No Egito o povo havia se multiplicado,
mas haviam estado escravizados; Assíria havia invadido o reino do
norte e os havia levado em cativeiro. Agora os quatro grandes
impérios a partir da Babilônia, todos submeteram à terra santa.
Quando o Senhor nasceu em Belém, a terra santa estava submetida
pela quarta besta, por Roma; e foi Roma quem ditou a sentença e o
levou à cruz. Todos estes impérios têm sido bestiais e satânicos; mas,
qual será o fim deles quando Satanás for encerrado no abismo? Diz
Apocalipse 20:1-3: "1 Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão
a chave do abismo e uma grande corrente.2 Ele segurou o dragão, a
antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos;3
lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais
enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disto, é
necessário que ele seja solto pouco tempo". Quando o Senhor
regressar à terra e Satanás for lançado ao abismo, imediatamente
toda a estrutura de seu poder cairá ao chão, como viu Daniel que se
desmoronou toda a imagem vista por Nabucodonosor. Ainda que todos
esses impérios mundiais tenham caído na história, todavia persiste a
estrutura de toda a imagem. O poder mundial que levará ao poder ao
anticristo aparecerá com algo do brilho do ouro babilônico, terá muito
do poder destruidor dos medos-persas, algo da habilidade, destreza e
ligeireza dos gregos, e possuirá, sobre tudo, o espírito sanguinário e
frieza do império romano. Mas tudo isso será consumido com a
chegada gloriosa do Senhor Jesus Cristo. "18 Mas os santos do
Altíssimo receberão o reino e o possuirão para todo o sempre, de
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eternidade em eternidade". Quem são os santos do Altíssimo? A


Igreja; sobre todo os vencedores. E o caso é que a Igreja está pondo
pouca seriedade neste assunto do reino. E segundo a Palavra de Deus,
o reino é prioritário. "33 buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e
a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mt.
6:33). Nós temos uma grande responsabilidade frente ao reino de
Deus. É uma ordem do Senhor que nos preocupemos pelo reino muito
acima de todos os nossos interesses e necessidades particulares.

Cap. 8: O RE INO MES SI ÂNIC O NA


PERSP EC TIV A PR OFÉ TICA

Um c hifr e e nigmático
"19 Então, tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto
animal, que era diferente de todos os outros, muito terrível, cujos
dentes eram de ferro, cujas unhas eram de bronze, que devorava,
fazia em pedaços e pisava aos pés o que sobejava;20 e também a
respeito dos dez chifres que tinha na cabeça e do outro que subiu,
diante do qual caíram três, daquele chifre que tinha olhos e uma boca
que falava com insolência e parecia mais robusto do que os seus
companheiros".

Aí é revelado a aparição do Anticristo, que surge destas últimas nações


que corresponde com os dez chifres da quarta besta e com os dez
dedos da estatua do sonho de Nabucodonosor. "21 Eu olhava e eis
que este chifre fazia guerra contra os santos e prevalecia contra
eles,22 até que veio o Ancião de Dias e fez justiça aos santos do
Altíssimo; e veio o tempo em que os santos possuíram o reino". Vemos
na Palavra a revelação de que Deus nos tem feito reis e sacerdotes;
mas para reinar com Cristo temos que ser vencedor. "23 Então, ele
disse: O quarto animal será um quarto reino na terra, o qual será
diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos
pés, e a fará em pedaços.24 Os dez chifres correspondem a dez reis
que se levantarão daquele mesmo reino; e, depois deles, se levantará
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outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis.25


Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo
e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão
entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um
tempo". Isso concorda com os três anos e meio revelados em
Apocalipse (cfr. Apocalipse 13:5; 11:2).

Instauração do r eino d e De us
"26 Mas, depois, se assentará o tribunal para lhe tirar o domínio, para
o destruir e o consumir até ao fim.27 O reino, e o domínio, e a
majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos
santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os domínios
o servirão e lhe obedecerão". Se sabe que Cristo virá pronto, e vai
estabelecer Seu reino, e os vencedores da Igreja reinarão com Ele.
Mas enquanto isso, todas as nações estão sofrendo a tirania de
Satanás. Inclusive o moderno Israel está sofrendo essa escravidão.
Quando voltará Israel a estar sob o reino de Deus como antigamente?
Até que seja tirado todo poder dos gentios e até mesmo de Satanás
(cfr. Ro. 11:25). Diz a Palavra de Deus que a criação inteira está
aguardando ardentemente, gemendo com dores de parto, a
manifestação dos filhos de Deus e que a criação mesma será libertada
da escravidão a que tem sujeitado Satanás e suas hostes malignas que
a tem dominado (cfr. Romanos 8:19-22). Há um mandato decisivo do
Senhor de que nos encarreguemos de difundir e pregar o evangelho do
reino, mas devemos lutar fortemente contra uma poderosa oposição
comandada pelo diabo. As hostes do reino das trevas estão
organizadas hierarquicamente nos ares. Cada nação ou província da
terra tem seu príncipe satânico, ajudado por incontáveis potestades,
dominadores, governadores das trevas e exércitos de anjos caídos (cfr.
Ef. 6:12). Eles são os verdadeiros inimigos, e a Igreja é a única que
não está sob o governo de Satanás e seu reino tenebroso. A Palavra
diz que Deus "Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou
para o reino do Filho do seu amor " (Col. 1:13). Também diz a Palavra
que o Senhor disse ao apóstolo Paulo que lhe enviava aos gentios
"para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da
potestade de Satanás para Deus" (Atos 26:18). A Palavra de Deus
revela que Cristo já está reinando agora; está sentado no trono do Pai;
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e nós em cada localidade estamos representando o reino de Deus.


Para que o reino de Deus seja bem representado em cada localidade,
se deve estar guardando a unidade do corpo de Cristo. As divisões na
igreja dão a imagem de um reino dividido. Quando Josué chega à terra
prometida, ele avança com o exército a seu comando, um só exército,
para tomar para Deus a terra prometida localidade por localidade. Mas
que na verdade agia com eles, e lhes dava a vitória, era Deus; e
vejam como lhes entrega a primeira cidade, a Jericó. Recordam o
quadro? Somente tiveram que obedecer a ordem de Deus, como disse
o chefe do estado maior do exército. Daremos seis voltas na cidade
em seis dias, e no sétimo dia proclamaremos a vitória de Deus, dando
nesse dia sete voltas. Disse Josué: Gritai, porque o Senhor vos tem
dado a cidade.*(1) e aquelas fortes muralhas caíram derribadas como
se fosse de papelão. Era a vitória de Jesus Cristo. Mas em Jericó não
se detiveram; seguiram tomando as outras cidades, e Deus pelejava
por eles e com eles, e iam tomando localidade por localidade, para
instaurar um começo e modelo do reino de Deus sobre a terra. Nós
temos essa missão: ir tomando localidade por localidade, e ir
estabelecendo o reino em cada uma delas.
*(1) Cfr. Josué 6:15-21
Quem deseja realmente que venha e se manifeste o reino de Deus? As
pessoas recitam a oração do Pai Nosso, e dizem: " 9 Portanto, vós
orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu
nome;10 venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra
como no céu" (Mt. 6:9-10). Mas se eu digo ao Senhor: "Venha teu
reino"; necessariamente que deve vir em primeiro lugar a mim. Que o
Rei (Cristo) reine em mim. Tenha seu trono em meu coração, ponto
central de minha vida. E reinando em mim e reinando em ti, E
reinando em cada um dos irmãos, como conseqüência o Senhor reina
na Igreja, e assim então se está vivendo o reino. E o mundo poderá
ver que Deus reina em nós; isso é inocultável. Unos mais, outros
menos, mas o que não se submete, pois então há disciplinas, há
provas, se estabelecem instancias, o Senhor trata conosco. Que diz a
Palavra de Deus ao respeito? Quais são os princípios do reino? Estuda-
se com atenção, muitas vezes, o famoso sermão do monte. Aí estão
resumidos os princípios do reino, como devemos viver; como nos
comportar como filhos de Deus. Diz o Senhor ali que nossa vida deve
ainda ser mais rígida que a dos próprios religiosos. "Porque vos digo
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que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e


fariseus, jamais entrareis no reino dos céus" (Mt. 5:20). Isso declara
enfaticamente o Senhor. "Bem-aventurados os humildes de espírito,
porque deles é o reino dos céus" (Mt. 5:3). Então, quando ainda
estava em vigência o governo da quarta besta, já tem uma primeira
manifestação a pedra não cortada com mãos. Já se manifesta no
cenário da terra santa. Em Mateus 3 diz a Escritura por boca de João o
Batista; ele estava pregando pelo deserto, mas abre sua boca para
declarar algo de suma importância: "Arrependei-vos, porque está
próximo o reino dos céus.3 Porque este é o referido por intermédio do
profeta Isaías: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do
Senhor, endireitai as suas veredas". Nesse momento todavia não se
manifesta; apenas se está aproximando; de maneira que já é tempo
de que se arrependam. Já está por perto o que o há de manifestar, o
que o há de reger. Logo no seguinte capítulo, no 4, diz o Senhor em
pessoa: " Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-
vos, porque está próximo o reino dos céus". Todavia o reino nesse
momento não havia chegado; apenas estava próximo. Para sua
manifestação tem o Senhor que permanecer um tempo aqui
desenvolvendo Seu ministério terreno, e logo ser levado à cruz, onde
morre por nossa salvação, e logo ser sepultado, e logo ressuscitar, e
logo ascender aos céus e ser glorificado, e logo enviar Seu Santo
Espírito, a fim de que Seu Espírito nos traga a vida de Deus e penetre
e faça morada em nosso espírito e se faça um só com nosso espírito, e
comecemos realmente a fazer parte do novo homem, do verdadeiro
homem que há de reinar nesta terra, não para o reino das trevas
senão para Deus, Jesus e Sua Igreja, trazendo com Ele o reino dos
céus, e a representar o reino de Deus nesta terra.

O R eino é a q uinta-essên ci a do e vang elho


(Quinta Essência = O mais alto grau; o requinte, a plenitude, o auge:) dicionário Aurélio

Nós fazemos hoje parte desse Rei, pois Ele nos tem feito reis e
sacerdotes; o Senhor nos tem elevado a essa posição gloriosa; e a
Palavra de Deus nos diz que devemos pregar o evangelho do reino. Por
exemplo, em Mateus 10 encontramos uma habilitação e comissão dos
doze discípulos mais íntimos do Senhor. Ali vemos que eles foram
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comissionados e enviados, não sem antes serem dotados de


autoridade sobre os espíritos, para que os expelissem, para sanar toda
enfermidade e toda doença, como selos divinos que garantiam a
autenticidade da mensagem. O reino dos céus é a quinta-essência do
evangelho, mas eles não iam pregar, dizendo: Já chegou o reino de
Deus, pois Cristo não estava reinando todavia, mas o Senhor decide
enviá-los essa vez com essa bendita mensagem precursora, como os
primeiros raios da alva anunciando a aparição do sol. Bom, vós ireis
sair agora "e indo, pregai, dizendo: O reino dos céus está próximo".
Segundo o contexto vemos que aqueles homens levavam a mensagem
de salvação e liberação, mas a presença do bendito Salvador e seu
poder manifestado, também assegurava a presença física do Rei, de
maneira que era iminente a irrupção em meio deles das graças
espirituais próprias do reino dos céus. Nós temos construído pequenos
reinos em torno de nós. Há coisas que para nós revestem tanta
importância, que chegam a monopolizar toda a nossa atenção.
Subjetivamente podem estar localizadas em qualquer canto de nosso
coração, pois objetivamente pode compreender algum aspecto de
nosso trabalho, de nossa ocupação cotidiana, de nossa economia, de
nossos amores e sentimentos, de maneira que se agiganta tanto que
se converte em nosso pequeno reino; e chega o caso em que não
admitimos que nada nem ninguém nos confronte frente a aquilo. Não
poucas vezes estamos desejando que se realize o planejado por nós.
Mais há algo que ocorre, e é que não temos em conta que fazemos
parte do corpo de Cristo, de Sua Igreja; que o Reino é de Cristo, que
devo me interessar por trabalhar pelo Reino; e o caso é que em tudo
isto está em jogo minha própria participação na manifestação futura
do Reino. Para que, quando Cristo vier, eu possa participar nas bodas
do Cordeiro e na manifestação gloriosa do reino. É necessário que
estejamos participando agora na realidade desse reino na Igreja e
trabalhando por ele, obedecendo seus princípios e vivendo-o
ativamente nestes dias. Lembramos da parábola das dez virgens. Se
não fazemos assim, que diferença poderia ter com os gentios? "32
Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai
celeste sabe que necessitais de todas elas;33 buscai, pois, em
primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos
serão acrescentadas" (Mt. 6:32-33). Quais são as preocupações
centrais dos gentios? Em o que comer, o que beber, onde viver, o que
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manejar, como enriquecer-se, onde se alegrar; isso é o que busca o


mundo; e matam e roubam e enganam e se enchem de inimizades e
fazem guerra a fim de dar feliz cumprimento a todas essas coisas. O
mundo é uma só rebatinha. A vaidade satisfaz o coração das pessoas
sem Deus; esse é seu interesse principal. Mas não façais vós assim,
pois vosso Pai celestial sabe que tens necessidade de comer, de beber
e de vestir-vos. Nós já estamos no reino; o reino de Deus tem vindo a
nós. Nós não vivemos abaixo da autoridade do príncipe deste mundo,
para seguir essa corrente de trevas, senão que o nosso Reino tem um
Rei Santo, um Rei de amor, mas também de disciplina. Se nosso
interesse primordial é buscar o reino de Deus e sua justiça, então o
Senhor cumprirá Sua palavra de prover-nos o necessário, de abrir-nos
portas de trabalho ou os meios adequados para que tenhamos a
tempo nossa comida, nossa bebida, nossos vestidos, nossa moradia, e
às vezes até para nosso recreio, porque disso também temos
necessidade. Ele sabe que necessitamos de algum descanso
temporário, nossas pequenas férias; tudo isso sabe o Senhor. "E todas
estas coisas vos serão acrescentadas". Deus se compromete a isso em
Sua Palavra. Se tu trabalhas para o Senhor, Ele comprometidamente te
suprirá para suas necessidades.
Sace rdócio Real
Nós estamos localizados na Palavra nesse contexto. Nós estamos
sendo treinados para governar como reis e ministrar como sacerdotes.
Por exemplo, o apóstolo Pedro em sua primeira carta nos declara: "4
Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos
homens, mas para com Deus eleita e preciosa,5 também vós
mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para
serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais
agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.6 Pois isso está na
Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e
preciosa; e quem nela crer não será, de modo algum, envergonhado.7
Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para
os descrentes, A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser
a principal pedra, angular8 e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa.
São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o
que também foram postos.9 Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio
real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de
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proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a


sua maravilhosa luz" (1 Pe. 2:4-9). Ali eles, os desobedientes; mas
vós sois linhagem escolhida. Para Deus somos uma raça especial; já
não somos nem judeus nem gentios. Originalmente, Deus queria fazer
de Israel uma nação sacerdotal, mas eles caíram na idolatria e não se
qualificaram. Nós agora somos reis e sacerdotes, porque estamos em
Cristo, que é Rei de reis e Sumo Sacerdote. Note que Pedro não diz
“sereis” e sim “sois”, no presente. Somos linhagem escolhida, real
sacerdócio. Para que temos sido chamados? Para anunciar as virtudes
Daquele que nos chamou das trevas à Sua luz admirável; para
anunciar as virtudes do Rei. Para isso temos sido chamados por Deus,
para anunciar essas virtudes do Senhor e, claro, mostrá-las em nós
mediante um testemunho santo. Em Apocalipse também aparece esta
declaração. "E nos fez reis e sacerdotes para Deus, seu Pai; a ele seja
a glória e império pelos séculos dos séculos. Amém" (Ap. 1:6). Nos
fez. é um fato. "9 e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de
tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu
sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua,
povo e nação10 e para o nosso Deus os constituíste reino e
sacerdotes; e reinarão sobre a terra" (Ap. 5:9-10). Fomos tirados de
toda linhagem e língua e etnia; aí estão as dez virgens. Isso somos, e
o seremos para toda a eternidade com o Senhor. Em todo reino há um
rei, e há um território que compreende os limites do reino, e há
súditos, mas também há leis, há princípios morais e jurídicos, e há
disciplinas. Os princípios do reino de Deus são totalmente opostos e
diferentes aos princípios dos reinos do mundo. Eu creio que as leis e
constituições dos reinos do mundo que mais podem se assemelhar aos
princípios do reino de Deus são aquelas que se baseiam em alguma
medida na Palavra de Deus.

Restau rarás o R eino ago ra?


Então, irmãos, quem escreve isto que aparece em Apocalipse? João,
um dos doze apóstolos do Senhor Jesus Cristo. Quem escreveu o que
temos lido anteriormente? Pedro, outro dos doze. Mas o curioso é que
eles mesmos, João, Pedro, Mateus, Felipe, André, Tiago e demais
discípulos, já chegada a hora da ascensão do Senhor, se aproximavam
do Senhor para fazer uma pergunta. O Senhor os havia convocado a
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que se reunissem no monte das Oliveiras, mas eles, antes que o


Senhor ascendesse ao céu, lhe fizeram uma pergunta. É possível que
todos esses dias houvessem estado à expectativa de cada palavra, de
cada movimento do Senhor depois de haver ressuscitado. Que glória,
que dias aqueles! O que virá agora, João? O Que poderá suceder
nestes dias, Pedro? e perguntaram diretamente a Ele. Se não for
agora, poderemos ter outra oportunidade? "6 Então, os que estavam
reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que
restaures o reino a Israel?" (At. 1:6). Eles, seus íntimos amigos e
discípulos, tinham essa preocupação; eles sabiam acerca das
promessas de Deus sobre o reino. E também criam que Jesus era o
verdadeiro Rei messiânico; logo foram testemunhas de como o Senhor
se entregou para que o matassem; que voluntariamente se entregou
para que o julgassem e o levassem à cruz, pois também, Ele poderia
esquivar e fugir com seus discípulos; ir longe. Pedro mesmo havia
insinuado (cfr. Mateus 16:22). Tudo isso puderam estar eles pensando
dias antes. Mas se deixou matar. Bom, ressuscitou. Aleluia! Mas, o que
segue agora? Agora vemos que ele vai. Isto o que é? Há algumas
coisas agora que não entendemos. Por isso perguntam ao Senhor
ressuscitado e nas portas da ascensão, se ele ia restaurar o reino a
Israel nesse tempo. A pergunta dos discípulos do Senhor Jesus, quanto
à restauração do reino, é legítima e correta, tendo em conta que eles
conheciam muito bem as profecias do reino messiânico prometido a
Israel, reino para o qual seria restaurado o trono de Davi, e ocupado
por um descendente direto dessa linhagem real. Mas o que ignoravam
os discípulos do Senhor era que o Senhor Jesus haveria de chegar à
glória do reino através da cruz e mediante a prévia edificação da
Igreja, pois, como era (e segue sendo) a pauta em geral dos judeus,
eles não viam na profecia bíblica senão uma só parousia do Messias.
Os israelitas não tem vislumbrado ainda que na primeira vinda o
Messias teria que submeter-se ao sofrimento e à morte, logo de sua
ressurreição viria a glorificação, e mediante a vinda do Espírito Santo,
conformar um corpo elite que estaria reinando com Ele, e por fim
regressar em glória e poder a estabelecer o reino, conforme as
Escrituras.

Mas, irmãos, meditemos nisto. A eles, aos judeus, levaram cativos a


Babilônia, e mesmo que um remanescente regressou em tempos dos
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medos-persas, seguiram sob o domínio estrangeiro; logo vem um


terceiro império mundial governado pelos gregos, e seguem sob o
domínio estrangeiro. Inclusive o historiador Flavio Josefo narra em um
de seus livros, como receberam apoteoticamente a Alexandre O
Grande em Jerusalém, mas ele não disse aos judeus: Venho a dar-lhes
a liberdade, não; vocês seguirão sob meu jugo.*(2) Então nos tempos
da Babilônia os judeus estavam abaixo do domínio estrangeiro; nos
tempos dos medos-persas, também; abaixo do governo grego,
também; abaixo dos romanos, também, e nada que Deus restaura o
reino. Estava Deus fazendo algo para restaurar o reino? Claro que sim,
mas a seu devido tempo. Já havia se manifestado o Rei, mas faltava
algo. Seus discípulos não entendiam os movimentos de Deus, e por
isso lhe perguntam: Senhor, restaurarás o reino a Israel neste tempo?
Como quem diz: Vimos-te ressuscitar, vimos teu poder, como
ressuscitastes, como transpassas as paredes, como te fazes invisível,
como logo restauras tua visibilidade, como comes a vontade, como
caminhas ou voas se quiseres; logo tu tens poder para restaurar o
reino a Israel neste tempo. Cremos que tu és o Rei. O restaurarás? Já
te vais. O que é que está impedindo? Eles não entendiam nada,
irmãos, devido a que eles viam tudo isso através de uma lente muito
humana, como pensando: Bom, o Senhor pode agora chamar para
acertar contas a todos aqueles que o crucificaram; pode chamá-los ao
jugo e subjugar a Pilatos e a todo o império romano, incluindo o césar
romano. Aqui estamos nós para governar contigo. O que impede
agora?
*(2) Flavio Josefo. Antigüidades dos Judeus. Tomo II. Cap.
VIII, 5, p. 256.

Mas eles não sabiam que o reino de Deus é diferente. Ao reino de


Deus tem que se ver e compreender profundamente; e a carne não
pode ver nem muito menos entrar nesse reino. A mente carnal não
pode compreender o reino de Deus.*(3) Quando o espírito de Adão
morreu sem haver comido da árvore da vida, senão que em troca
havia comido da árvore do conhecimento do bem e do mal, o espírito
se apagou e, em contrapartida, começou a erguer-se e a crescer a
alma; e quando a alma se engrandece, seu centro neurálgico é o ego,
o eu. Esse constitui o centro da alma. Tu que opinas? Eu não quero
Isso; eu prefiro este outro. Eu sou o que mando. Eu sou Hitler, e vou
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dominar o mundo. Essa é a alma humana. Por isso diz o Senhor: "Se
alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e
siga-me" (Mt. 16:24). Decide-se não fazê-lo, não pode seguir a Cristo;
não o entende. O eu e Cristo não podem caminhar juntos a menos que
haja uma renovação da alma. Diz Paulo que as coisas de Deus a carne
não pode entender; ou seja, o homem natural ou o crente carnal;*(4)
e a alma é a parte da carne quando não tem sido renovada. Falando
do reino de Deus, disse o Senhor a Nicodemos que ninguém pode ver
o reino, nem muito menos entrar nele a menos que nasça de novo
para esse reino; deve experimentar um novo nascimento, de cima,
para que possa a vida de Deus entrar em seu espírito e dar a vida
incriada; e assim poderá ver coisas que nunca antes havia podido
ver.*(5)
*(3) Cfr. 1 Coríntios 2:14
*(4) Cfr. 1 Coríntios 3:1-4
*(5) Cfr. João 3:1-7

Nós, pela misericórdia do Senhor, temos chegado a ter a vida de Deus,


então podemos ver o reino de Deus; devemos, pois, ver o momento
crucial que estamos vivendo, e não seguir navegando no barco de
nossa alma. Embarquemo-nos com o Senhor; entremos no reino de
Deus. Eles quiseram ver estabelecido o reino de Deus nesse tempo.
Mas nesse momento quem poderia compreender? Quem conhecia a
Cristo? Quem? Nem sequer eles mesmos o conheciam bem. Para eles
conhecer a Cristo tiveram que receber o Espírito Santo no dia de
Pentecostes; e quando eles receberam o Espírito no dia de
Pentecostes, neles houve uma verdadeira revolução, e se lhes tirou
dos olhos um grosso véu, e puderam ver a realidade de quem
realmente eram eles, de quem era Deus e Seu Cristo, de quais são os
propósitos de Deus. As vezes nós nem sequer nos assomamos a
meditar nessa realidade e pensar no poder que temos. Diz Mateus
12:28: "Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus,
certamente é chegado o reino de Deus sobre vós". Isso só pode
realizar uma pessoa que tenha o Espírito de Deus, e esteja dentro dos
parâmetros do reino de Deus. Porque o outro reino, o das trevas, já
está julgado e vencido; seus dias estão contados. O decreto já foi
expedido contra Satanás e as hostes espirituais de impiedade.
"Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu
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príncipe será expulso" (Jo. 12:31). Diz o irmão Pember: "Esta


sentença ainda não tem sido aplicada; mas acontecerá,
aparentemente, quando Satanás for amarrado e lançado por
mil anos ao abismo (aquela profundidade ardente no centro da
terra), que, segundo a Escritura, é o cárcere dos que morrem
perdidos. Assim, ele sofre a primeira morte durante o Milênio e,
depois, a segunda, ao ser lançado no lago de fogo e enxofre
(veja Is. 24:21,22; Ap. 20:1,2; 20:14)".6 Vemos que a sentença foi
pronunciada, mas Satanás não tem sido destituído de seu cargo
governamental nem despojado de seu título de príncipe deste mundo,
até que seja acorrentado e lançado ao abismo; entretanto os
vencedores na Igreja estão no reino de Deus, e representam o poder e
a autoridade de Deus, sobre todas as trevas.
*(6) George Hawkins Pember. "As eras mais primitivas da
terra". Cap. 2, pág. 59

Voltamos a Atos 1:6. Aí há algo que o Senhor nos quer dizer. "Então,
os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo
em que restaures o reino a Israel?" Ali não se reuniram quaisquer
pessoas; se reuniram o Senhor e Seus discípulos mais íntimos.
Perguntaram-lhe: "será este o tempo em que restaures o reino a
Israel?" Como se dissessem, seguiremos nós sob o jugo romano? Isso
era o que eles pensavam. Não temos por que especular, mas às vezes
fico pensando coisas e me coloco na cena dos quadros bíblicos. Depois
de três anos e meio de estarem escutando do Senhor tantas parábolas
onde lhes dizia que era necessário que Ele se fosse e enviasse Seu
Espírito e mais tarde voltasse para estabelecer Seu Reino, etc., e agora
saem com essa pergunta. Bom, mas o Senhor, com paciência e muito
amor, responde aparentemente com uma evasiva, dizendo: "Não vos
compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua
exclusiva autoridade". Não compete a vós saber os cronos ou os
kairós, os tempos ou as épocas que o Pai pôs em sua exclusiva
autoridade. O Pai tem tudo bem planejado; mas para que ocorra tudo
o que vocês me estão perguntando, para que se estabeleça o reino, é
necessário que o dia que regresse Cristo, todos o vejam e saibam
todos quem é o que vem, e, por ele mesmo, muitos correrão a
esconder-se debaixo das pedras e nas covas dos montes. E saberão
perfeitamente quem vem. Naquele dia da pergunta, ninguém sabia
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quem era Jesus de Nazaré, só uns pouquinhos. Para isso era


necessário que primeiramente ocorresse a extensão desse
conhecimento entre os homens, e por isso lhes seguiu dizendo: " 8
mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis
minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e
Samaria e até aos confins da terra". A restauração do Reino e
exaltação do Rei messiânico só tem desenvolvimento e final
cumprimento segundo o plano eterno e a sabedoria de Deus. Ali o
Senhor fala de tempos e épocas (cronos e kairós). Deus sabe
exatamente quando deve ocorrer tudo; Ele e só Ele sabe o tempo.
Cada coisa deve estar pronta, disposta, tanto na história secular como
na Igreja, e ainda nos âmbitos espirituais da maldade. Deus vai se
revelando e dispensando-se ao homem no curso da história, a fim de
que o homem objeto de sua revelação e de sua luz, esteja atento às
manifestações celestiais, e Deus tem um tempo apropriado para o
cumprimento de Seus propósitos. A colheita não se pode recolher
senão até que esteja madura, e Ele sabe quando estará madura. O
reino não pode se manifestar antes que os acontecimentos, a Igreja, a
sociedade, o aspecto político e econômico do mundo, a globalização, a
apostasia, o estado moral humano estejam em seu ponto. Antes da
segunda vinda de Cristo, Ele tem que haver terminado de formar um
povo que há de reinar. Para isso é necessário que o Senhor qualificasse
os Seus discípulos, começando pelos doze, com a vinda do Espírito
Santo, e lhes foram abertos seus olhos, e receberam poder para
testificar, por todas as nações e através do tempo, que Jesus Cristo, o
Filho de Deus, é o Senhor que ressuscitou da tumba, e que há de vir a
reinar. Quando eles formularam a pergunta sobre a restauração do
reino, nesse momento o Senhor quis dizer com sua resposta: Agora,
todavia não é o tempo; há tantas coisas que vocês devem saber; nada
tem amadurecido, nem vocês mesmos; vocês mesmos devem abrir
seus olhos, pois devem seguir semeando, " 8 mas recebereis poder,
ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas
tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos
confins da terra". A Bíblia diz que chegou esse poder a eles com a
vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes, e houve um tempo
quando Pedro ia caminhando, e traziam os enfermos, mas havia tanto
o que fazer, e seguramente não havia tempo para atender um por um,
então somente com a sombra de Pedro, os enfermos eram curados
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pelo poder de Deus (cfr. Atos 5:12-16). Quando veio o Espírito Santo,
Seus discípulos começaram a dar testemunho verdadeiro do que
realmente é Jesus Cristo. Enquanto regresso, vós dareis testemunho
realmente do que é o reino; dareis testemunho realmente de qual é o
poder de Deus. Dareis testemunho primeiramente em Jerusalém (a
localidade onde estavam residindo), dareis testemunho na Judéia (a
província onde viviam), em Samaria (a província vizinha) e até os
confins da terra, chegando a mensagem a todos os continentes da
terra, e chegou até a Colômbia, a Bogotá, e a Sogamoso, a Cúcuta, a
Santa Marta e a Barranquilla. Chegou a nós este testemunho do
Senhor Jesus; e agora o Senhor tem estabelecido em nós Seu reino.
Agora em nós há uma realidade do reino; logicamente que quando Ele
vier vai haver uma manifestação, mas hoje nós já vivemos no reino.
Se nós queremos participar das bodas do Cordeiro e do reino milenar,
devemos reinar desde agora com Cristo; que Ele reine sobre nós, e
assim nós estamos reinando, sendo vencedores. E todos os entes das
trevas tremam ante o nome glorioso do Senhor Jesus Cristo. " 9 Ditas
estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma
nuvem o encobriu dos seus olhos.10 E, estando eles com os olhos
fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de
branco se puseram ao lado deles11 e lhes disseram: Varões galileus,
por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi
assunto ao céu virá do modo como o vistes subir ". Ao ser glorificado,
o Senhor Jesus começou a reinar, sentado à destra de Deus, até que
todos seus inimigos sejam postos por estrado de Seus pés (cfr. Mt.
19:28; He. 1:3; 10:12; Ap. 3:21). A seu devido tempo regressará a
esta terra cheio de glória, poder e majestade. Que o Senhor Jesus
abra nossos olhos para que possamos vê-lo e vivê-lo, e levá-lo
profundamente conosco a uma realidade.

BIBLIOGRAFIA
DE OS VENCEDORES E O REINO MILENAR
EM ESPANHOL
- Aproximación al Apocalipsis - Gino Iafrancesco V.

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- Catolicismo Romano - Orígenes y Desarrollo. José Grau. E.E.E. 1987.

- Comentario Bíblico. Matthew Henry. CLIE, 1999.

- Cómo Escapar del Laberinto Religioso sin dejar de ser fiel a Dios. Raúl Marrero. Editorial Vida. 1998.

- Curso de Formación Teológica Evangélica. Tomo IX. Escatología II. Francisco Lacueva. CLIE, 1983.

- Diccionario Expositivo Vine. W. E. Vine. Ed. Caribe. 1999.

- Doctrinas Claves. Edwin H. Palmer. El Estandarte de la Verdad. Carlise, Pensilvania, USA. 1976.

- El Evangelio de Dios. Watchman Nee. Living Stream Ministry, Anaheim, California. 1994.

- El Hombre Espiritual. Watchman Nee. Libros CLIE. Barcelona. 1989.

- El plan de Dios y los Vencedores. Watchman Nee. Editorial Vida, 1977.

- El Tabernáculo de David. Martín Stendal. Colombia para Cristo. 1998.

- El Tribunal de Cristo, ¿Será Juzgado el Creyente? Delcio Meireles. Ediciones Parousia Ltda. 1993.

- Estudio sobre el Libro de Apocalipsis. John Nelson Darby. La Bonne Semence. 1988.

- Eventos del Porvenir. J. Dwight Pentecost. Editorial Libertador. 1977.

- Frente a la Caída. Gino Iafrancesco V.

- La Búsqueda Final. Rick Joyner. Whitaker House. 1997.

- La Cruz en la Vida Cristiana Normal. Watchman Nee. Editorial Portavoz 1996.

- La Economía de Dios. Witness Lee. L.S.M. California. 1968.

- La Enseñanza de los Apóstoles. Witness Lee. Living Stream Ministry. 1990.

- La Iglesia de Jesucristo, Una Perspectiva Histórico Profética. Arcadio Sierra Díaz. Publicaciones
Cristianas, 1998.

- La Iglesia Gloriosa. Watchman Nee. CLIE. 1987.

- La Salvación del Alma. Watchman Nee. CLIE, 1990.

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- Los Vencedores. Witness Lee. LSM. L993.

- Mateo: El Rey y el Reino. Roland Q. Leavell. Casa Bautista de Publicaciones. 1988.

- Nadie se atreve a llamarlo engaño. Clayton E. Sonmore. M.S.M. 1995.

- Padres Apostólicos. Daniel Ruíz Bueno. BAC. 1985.

- Rumbo a la ocupación mundial. Gary H. Kah. Editorial Unilit. 1996.

- Sentaos, andad, estad firmes. Watchman Nee. Editorial Portavoz.

- Versiones Alteradas de la Palabra de Dios. Dr. Jaime Ortiz Silva. Ransom Press International. 1999.

PALAVRAS DO TRADUTOR

Amados irmãos, Desfrutem dessa maravilhosa obra que o Senhor dispensou para a Sua
Igreja, Que esses ensinamentos sejam práticos e abundantes em vossas vidas.

Recebi do Senhor o encargo para traduzir essa trilogia tendo em vista a edificação dos
irmãos que falam a língua Portuguesa. Considero-me pago pelo Senhor quando tenho o
prazer de constatar que meus amados irmãos estão sendo edificados, fortalecidos no
Senhor. Orem por nós, pois prosseguiremos na tradução do terceiro volume da trilogia
chamado “Concílios Ecumênicos, Notas de Rodapé” .

Somos um em Cristo Jesus!

Fraternalmente, Paulo Roberto Meneses

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