Antnio Torrado
escreveu e Cristina Malaquias ilustrou
Preciso apenas de uma taa de cristal respondeu o peregrino e que Vossa Majestade me acompanhe numa viagem, atravs do reino. Rei e peregrino desceram s ruas e aos campos miserveis do reino. Por onde passavam, onde houvesse lgrimas vertidas pelo povo, lgrimas de sofrimentos, de misrias, de injustias sofridas e caladas, o peregrino colhia-as na sua taa de cristal. Quando tiveram a taa quase cheia de lgrimas o que no foi difcil, porque o povo daquele reino era pobre e vivia abandonado, no meio da sua pobreza -, quando deram por finda a viagem e regressaram ao palcio, o peregrino banhou os olhos do prncipe com o contedo da taa. Que ningum se admire com o que sucedeu Imaginem que logo, naquele instante, o prncipe voltou a ver. A histria no conta se o rei, depois desta viagem, passou a cuidar melhor dos assuntos do reino nem se o prncipe, uma vez rei, foi bom e justo para o seu povo. A histria no conta, mas ns acreditamos que sim, que foi tal e qual como ns desejamos que tudo passou a acontecer. FIM
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