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A CEGUEIRA DO PRNCIPE

Antnio Torrado
escreveu e Cristina Malaquias ilustrou

Veio esta histria de longe, da ndia, que terra frtil em


histrias de encantar. A se conta de um prncipe filho do poderoso maraj (que era um rei da ndia, de antigamente), a se fala de um prncipe cego. Inexplicvel doena roubara-lhe a luz dos olhos e nenhum sbio ou mdico dos mais eminentes conseguia atinar com a cura do seu mal. O rei (o maraj) s vivia para o seu desgosto e toda a corte mergulhara tambm em grande tristeza. Mas, um dia, apresentou-se no palcio um peregrino que disse: Sei do remdio que cura o prncipe. O maraj chamou-o logo sua presena: Diz-me o que precisas para livrar o meu filho da cegueira, que tudo se far como tu ordenares. 1
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Preciso apenas de uma taa de cristal respondeu o peregrino e que Vossa Majestade me acompanhe numa viagem, atravs do reino. Rei e peregrino desceram s ruas e aos campos miserveis do reino. Por onde passavam, onde houvesse lgrimas vertidas pelo povo, lgrimas de sofrimentos, de misrias, de injustias sofridas e caladas, o peregrino colhia-as na sua taa de cristal. Quando tiveram a taa quase cheia de lgrimas o que no foi difcil, porque o povo daquele reino era pobre e vivia abandonado, no meio da sua pobreza -, quando deram por finda a viagem e regressaram ao palcio, o peregrino banhou os olhos do prncipe com o contedo da taa. Que ningum se admire com o que sucedeu Imaginem que logo, naquele instante, o prncipe voltou a ver. A histria no conta se o rei, depois desta viagem, passou a cuidar melhor dos assuntos do reino nem se o prncipe, uma vez rei, foi bom e justo para o seu povo. A histria no conta, mas ns acreditamos que sim, que foi tal e qual como ns desejamos que tudo passou a acontecer. FIM

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