CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DA APROPRIADA CLASSE DE TENSÃO PARA

APLICAÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS.

ArcelorMittal Tubarão
Cloves José Kelher
DI - IDU - IUE
Sinópse

O planejamento industrial é extremamente importante para efetuarmos um novo

empreendimento. A aplicação de inversores de freqüência e motores em uma planta
industrial, vão além da simples necessidade de potência requerida pela carga. A
determinação da apropriada tensão para as várias classes de potência dos motores e
inversores é fundamental para o sucesso do empreendimento.
INTRODUÇÃO
O objetivo deste artigo é a apresentação dos
principais tópicos necessários para a escolha
da apropriada tensão de alimentação dos
motores elétricos, dentro das várias classes
de potência requerida nas aplicações de
motores elétricos, a saber:
a) Os esforços mecânicos dos enrolamentos
do estator;
b) O efeito da velocidade nos enrolamentos do
estator;
c) Os motores síncronos versus os motores de
indução;
d) Os ensaios de tensão aplicada;
e) A eficiência e o fator de potência;
f) As considerações econômicas para as
aplicações.
Cada um desses fatores será analisado, para
que a mínima potência para cada nível de
tensão seja determinada.
Atualmente os projetos industriais utilizam
dois ou três níveis de tensão, sendo um
destes para suprimento das máquinas
elétricas rotativas (motores), onde a máxima
tensão primária de distribuição, dentro de um
projeto, geralmente está abaixo de 15KV,
(padrão 13,8KV). Assim, a escolha da
apropriada classe de tensão deve ser a mais
compatível com as várias classes de potência
disponível parar os motores, para isso, muitos
fatores devem ser considerados para uma
correta decisão.
O objetivo deste trabalho é discutirmos esses
fatores, para que no final, possamos
determinar a apropriada potência para cada
nível de tensão. Estamos interessados na
tensão mínima recomendada e não, na
mínima potência para as várias classes de
tensão, na qual é possível a sua fabricação.
Outra condição é a de não podermos
construir, mas que, do ponto de vista técnico,
é a melhor solução para a instalação elétrica.
Do mesmo modo, exatamente porque um
fabricante
cataloga um motor de 50CV, 2300 V, não
significa que este seja o mais adequado do
que um motor similar em 440V. Isto indica,
entretanto, que tais motores podem ser
construídos se, absolutamente necessário.
A) O ESFORÇO MECÂNICO NOS ENROLAMENTOS DO
ESTATOR, EM FUNÇÃO DAS VÁRIAS CLASSES DE
TENSÃO.
Para estimarmos o pleno efeito da tensão
sobre os esforços mecânicos nos
enrolamentos de um motor, é necessário o
entendimento sobre as técnicas de
enrolamento:
1- A forma dos enrolamentos, empregada em
todos os motores de alta tensão, é indiferente
do tamanho;
2- Uma bobina pode ser constituída de uma,
até aproximadamente, vinte espiras.
3- As bobinas de poucas espiras são
geralmente, para baixa tensão e altas
correntes, ao passo que as bobinas de muitas
espiras, são geralmente para alta tensão e
baixas correntes;
4- As bobinas de cada fase podem ser
conectadas num circuito único, no qual todas
as bobinas estão em série, ou podem estar
em múltiplos circuitos, em várias combinações
série paralela;
5- O número de ranhuras, possível no estator
de um motor é determinado pelo diâmetro do
mesmo. A proporcionalidade da ranhura é
função de uma boa distribuição do fluxo.
A seção magnética compromete a corrente de
partida, resultando em um alto esforço
mecânico nas bobinas.
A Figura 1, compara um corte transversal
entre uma ranhura para uma bobina de 440 V
e 2300 V, de um motor de 60 CV, 720 rpm. Pode
se observar a dimensão do condutor e sua
razão de seção de aproximadamente 3:1. A
bobina de alta tensão envolve muito mais
isolante entre espirais e maior isolação da
carcaça. A razão da isolação do cobre para a
bobina de 2300 V é aproximadamente 1,7:1,
contra 1:1 para a bobina de 440 V. Assim, a
seleção da classe de alta tensão resulta em
bobinas com alta razão de isolação do cobre.
Isto resulta em uma bobina relativamente
mais macia, menos rígida, o que dificulta a
sua introdução nas ranhuras do estator.
2300 v
440 v
14
CONDUTOR
14
0,15 X 0,045
CONDUTOR
0,115 X 0,120
1,432 ``
1,688``
ISOLAÇÃO
LATERAL
0,051´´
ISOLAÇÃO
LATERAL
0,29
01
01
menores reatâncias do que os motores de
baixa rotação, consequentemente
desenvolvem altas correntes de partida.
Assim, torna se evidente que a seleção da
tensão, seja influenciada pela classe de
velocidade.
C) MOTORES SÍNCRONOS VERSUS MOTORES DE
INDUÇÃO
Os motores síncronos apresentam um maior
entreferro quando comparados com os
motores de indução, portanto, podem ser
construídos com grandes ranhuras e poucas
ranhuras por polo, sem comprometer a sua
característica funcional, como pode ocorrer
nos motores de indução.
As perdas na superfície dos motores variam
inversamente com o entreferro e o número de
ranhuras. Assim, a possibilidade das grandes
ranhuras e poucas ranhuras por polo nas
máquinas síncronas, resulta em uma melhor
utilização do espaço dessas ranhuras, bem
como, uma menor perda por isolação no
espaço das ranhuras.
As correntes de partida dos motores síncronos
são menores do que a dos motores de
indução tipo gaiola de esquilo, Logo, a
solicitação dos enrolamentos durante a
partida é menor para os motores síncronos.
Assim, em muitos casos, uma particular
classe de tensão será mais conveniente para
os motores síncronos do que para os motores
0,073 ´´
de indução.
D) ENSAIOS DE TENSÃO APLICADA

0,30
Figura 1
B) EFEITO DA VELOCIDADE NOS ENROLAMENTOS DO
ESTATOR
Ao efetuarmos um comparativo entre os
enrolamentos do estator de um motor de alta
velocidade (2 polos); comparando-o com um
de baixa velocidade (12 polos), temos:
No caso da máquina de 2 polos, a bobina
forma um arco de aproximadamente 120º
mecânicos, comparando a aproximadamente
27º mecânicos para a máquina de 12 polos, ou
seja, as máquinas de 12 polos são mais
resistentes a vibração, nas seguintes
situações: Condição normal de operação,
altas correntes de partida e flutuação da
corrente de carga, além do que, os motores
de altas velocidades são inerentes de
O padrão de ensaio de tensão aplicada, pelas
regras da American Standart Association, é
duas vezes a tensão nominal mais mil volts.
Assim, um motor de tensão nominal de 440 V
deve ser ensaiado em 1880 V ou 4,27 vezes a
tensão nominal. Para o outro extremo, um
motor de tensão nominal igual a 13,8 kV é
ensaiado em 27,4 kV, isto é, 2,07 vezes a
tensão nominal. Do corrente, essas duas
extremas classes de tensão nunca serão
possíveis para uma particular classe de
potência. Há, entretanto, casos onde 440 V e
6600 V ou 2300 V e 13200 V, seja possível a
escolha de um particular ponto de classe de
tensão, em que há uma maior margem de
isolamento para os motores de baixa tensão
do que para o motores de alta tensão.
E) EFEITO DA TENSÃO NA EFICIÊNCIA E NO FATOR DE
POTÊNCIA ( DOS MOTORES DE INDUÇÃO )
Com a necessidade da elevação da tensão
para uma dada classe de potência e rotação,
torna-se necessário a intervenção no projeto enrolamento de um motor por vários motivos:
original desses motores. Pois, iremos Pela falta de resistência mecânica, como no
impossibilitar a obtenção da mesma eficiência caso dos motores que são sujeitos a um certo
na qual obtínhamos, quanto ao projetado, isto número de partidas por dia. O mesmo é
fica evidente na Figura 2, o qual mostra a verdadeiro para um alto grau de flutuação de
brusca redução na eficiência, quando da carga. As altas correntes de partida impõem
elevação de tensão para as várias classes de severos esforços aos enrolamentos, muitas
vezes superior ao esforço das condições
potência.
normais de operação, “o esforço em um
condutor varia aproximadamente com o
quadrado da corrente”. Assim, torna-se
98 necessário o uso de um enrolamento mais
E
F adequado.
97 As condições ambientais e o tipo do recinto
I
C 96 estão intimamente relacionados, visto que, o
I ambiente ao redor dos enrolamentos é
Ê 95 2000 HP
N dependente do recinto da aplicação. Em
C 1000 HP alguns casos, as condições do ambiente pode
I 94 ser o fator decisivo na seleção da tensão. Por
A 5000 HP
93 exemplo, um motor de 300CV, 4,16 kV está
P 500 HP inteiramente apto a operar em um ambiente
L 92 limpo e seco, mas é indesejável aplicar este
E 200 HP
motor em ambientes onde as condições não
N 91
A são ideais, por exemplo, em locais sujeitos a
100 HP respingos ou a aplicações como moinhos,
C 90 onde prevalece determinados ácidos. Os
A 100 HP motores para este tipo de aplicação, onde os
R 89
G enrolamentos são completamente protegidos
A 88 do meio externo, são motores refrigerados,
50 HP portanto, menos vulneráveis do que os
2,3 4,16
motores abertos. Porém, pode haver casos
0,44 6,6 kV
onde é possível a adequação do ambiente e
com isso a possibilidade do uso de um maior
Figura 2 nível de tensão.

A curva denominada “tendênca geral” em azul na G) CONSIDERAÇÕES ECONÔMICAS

Figura 2, é uma tentativa em traçar uma curva
uniforme, embora haja uma redução na
eficiência em seu entorno.
Essas curvas de eficiência x tensão são para
motores síncronos. Uma inspeção em
similares dados para os motores de indução, a
curva “TENDENCIA GERAL” é semelhante.
Também, constatamos uma apreciável queda
no fator de potência com o aumento da
tensão.
F- CONSIDERAÇÕES NAS APLICAÇÕES
O tipo de aplicação é condição para a seleção
da apropriada classe de tensão,
especialmente nos casos de:
• Limites do número de freqüência de
partida;
• Tipo de carga (estável ou flutuante) e
• Ambiente.
Uma determinada classe de tensão pode ser
limitada a atender as necessidades de um
Para a seleção do apropriado nível de tensão
para os motores de uma determinada
aplicação, é extremamente importante o
cumprimento do custo mínimo para esta
instalação.
Qualquer comparação de custo para
diferentes classes de tensão, as técnicas de
acionamento devem ser consideradas, pois,
os equipamentos necessários para os
diferentes níveis de tensão do acionamento
assumem diferentes custos. No passado foi
completamente comprovado que muitos
estudos econômicos eram fundamentados na
partida de motores, tipo de sistema de
distribuição, (uma grande subestação
alimentando uma planta inteira),
consequentemente errôneas conclusões eram
obtidas. Nas seguintes comparações de custo,
três típicos sistemas de distribuição serão
considerados, onde os três casos são típicos
da vasta maioria dos sistemas de distribuição
industrial.
CASO 1 Figura 4
A Figura 3 ilustra um sistema que é
conveniente, unicamente, para pequenas Este tipo de sistema é típico de grandes
plantas (potência igual ou inferior a 7,5 MVA). plantas (220 MVA ou mais).

A tensão primária de 2,3 kV raramente será CASO 3

recomendada para uma nova planta, A figura 5 mostra um típico sistema com
entretanto, este caso será incluído por haver tensão primária de 4,16 kV (ou 6,6 kV) e é
muitas plantas com nesta condição. comumente encontrado em plantas de 5 MVA
até, aproxi-madamente, 2 0MVA.

2,3 kV

4,16 kV (ou 6,6 kV)

0,44 kV

0,44 kV

GRANDES
GRANDES
MOTORES
MOTORES

PEQUENOS
MOTORES

Figura 3 PEQUENOS
MOTORES
CASO 2
A Figura 4 mostra um sistema na qual a Figura 5
tensão primaria é de 13,8kV (ou 6,6kV, poucas
plantas) e três níveis de utilização de tensão, Há muitos fatores que afetam o custo e
0,44, 2,3 ou 13,8 kV, que são utilizados na qualquer generalização, a forma de cálculo
alimentação de motores. deverá ser modificada.
O custo dos motores variam com a rotação;
O custo do sistema de controle varia com o
tipo de tecnologia, nível de tensão, tipo de
13,8 (ou 6,6 kV) carga, condição para reversão, frenagem,
regeneração, assim por diante;
O custo do sistema de distribuição de
potência depende do lay-out, tamanho da
subestação, nível de tensão e comprimento
de cabos. Essas variáveis afetam o custo,
tanto num, quanto em outro nível tensão e
0,44 kV 2,3 kV consequentemente, elas não alteram a classe
de potência para a qual a curva de custo
possa alcançar a mais econômica classe de
tensão para os motores. Em muitos casos,
uma apreciável variação de um item terá um
pequeno efeito nos demais.
GRANDES A Figura 6 mostra, aproximadamente, a
MOTORES variação do custo dos motores, em 440 V, com
o número de polos. Como esperado, temos
um acréscimo do custo com o incremento do
PEQUENOS número de polos.
MOTORES
 A figura 9 ilustra o comportamento do custo do
acionamento R$/cv ou seja: motor,
seccionamento, proteção, inversor, reator e
impostos.

R$ CUSTO DE MOTORES
POTÊNCIA X Nº DE POLOS 2 CARACTERÍSTICA TENSÃO VERSUS POTÊNCIA

120.000,00 8 Polos Segue abaixo os vários fatores que serão

100.000,00 6 Polos considerados na seleção da apropriada
80.000,00 tensão, para a aplicação de motores:
60.000,00
2 Polos 4 Polos 1 - Esforço mecânico nos enrolamentos do estator;
40.000,00
2 - Efeito da velocidade nos enrolamentos do
20.000,00 estator;
0,00 3 - Motores síncronos versus motores de indução;
50 100 150 200 250 300 350 4 - Ensaios de alta tensão (Hipot);
POTÊNCIA DOS MOTORES "CV" 5 - Eficiência e fator de potência;
6 - Considerações da aplicação;
Figura 6 7 - Considerações econômicas.

Uma atenção deve ser dada às curvas da Em geral, os motores acima de 400 cv quando
relação CV/R$, conforme mostra a Figura 8 instalados em 440 V, requerem considerações
abaixo. especiais do ponto de vista de um eficaz
método de partida.
CUSTO DE MOTORES Num esforço para combinar todos esses
R$/CV fatores, dentro de uma ou mais conveniente
R$/CV X Nº DE POLOS
400,00 forma, a tabela 1 abaixo foi elaborada. Os
350,00 8 Polos diagramas unifilar das Figuras 3, 4 e 5 ilustram
300,00 os vários níveis de tensão onde é possível a
250,00
6 Polos aplicação dos motores.
A mínima potência indicada em cada classe
200,00
de tensão, conforme Tabela 1, é com base na
150,00
4 Polos
mínima recomendada, consistente em um
100,00 bom projeto. Note que esses valores são o
2 Polos
50,00 mínimo recomendado, se as condições forem
0,00 favoráveis, com o tipo de motor, classe de
50 100 150 200 250 300 350 rotação e aplicação. Como discutido
POTÊNCIA DOS MOTORES "CV" anteriormente, a mínima potência
recomendada para uma dada tensão é função
Figura 7 do tipo de motor, síncrono ou de indução, da
rotação e das considerações sobre a
aplicação. Portanto, há muitos casos
CUSTO DO ACIONAMENTO específicos onde esses limites inferiores são
MOTORES, INVERSORES, PAINEL X Nº POLOS ajustados para cima, por exemplo, no caso
R$/CV
dos motores de indução de alta velocidade, 2
800,00 polos. Lembrarmos que essa mínima potência
8 Polos
recomendada não e peculiar de um fabricante
600,00 6 Polos de motores, o mesmo é verdadeiro para todos.
Como auxílio na determinação desses limites
400,00 inferiores de potência, consideramos: Tipo de
2 Polos
4 Polos motor, velocidade e aplicação. Esses limites
200,00 podem ser ocultados pela linha da condição
da aplicação para a condição de maior
0,00
favorabilidade. A condição mais favorável é a
50 100 150 200 250 300 350
dos motores síncronos operando em baixa
POTÊNCIA DOS MOTORES "CV" velocidade e em condições ideais; o outro
extremo são os motores de indução de alta
Figura 8 velocidade, 2 polos, operando com os novos
acionamentos.
 Outro exemplo é o caso do aumento de
velocidade para os novos acionamentos em
substituição dos controles DC, como no caso
dos Ship load, onde as velocidades de
içamento chegam a 120 m/min, situação em
que dever haver um compromisso entre
redutores e número de polos dos motores.
A Tabela 1 abaixo, nos fornece os limites de
tensão para as classes de potência e rotação.
A não indicação de um limite de potência ou
tensão, não significa que não possa ser
construído e sim por não ser o mais adequado
pelo projeto do motor.
Figura 9
A curva em branco ilustra o comportamento do
custo do acionamento (seccionamento,
proteção, reator/transformador, painel e
inversor) em 2,3 kV pelo número de polos, na
Faixa de 500 a 300 cv.
A Figura 10 é similar a Figura 9, porem para o
nível de tensão de 4,16 kV e na faixa de 500 a
5000 cv.

CUSTO DE MOTORES EM 4,16 kV X Nº POLOS

Motores de Alta Tensão 1.600.000,00
Potência CURVA EM BRANCO "CUSTO COM PLETO DO ACIONAM ENTO"
1.400.000,00
Tensão Volts
N° Polos CV 2300 4160 6600 13800 1.200.000,00
275 8

VALOR R$
1.000.000,00
500
800.000,00
1000
600.000,00 6
2000
3000 400.000,00 2
2 4
200.000,00
0,00

5000 275 500 1000 2000 3000 5000

POTÊNCIA CV
7500
350
500 Figura 10
1000
2000 As Figuras 11 e 12 ilustram respectivamente, o
3000 custo dos motores para 6,6 e 13,8 kV.
4 Podemos observar nestes gráficos que a faixa
de potência para os correspondentes níveis
de tensão, iniciam-se em 1000 e 2000 cv
5000 respectivamente.
10000
250 CUSTO DE MOTORES EM 6,6 kV X Nº POLOS
500 2.250.000,00
1000 2.000.000,00
2000 8
1.750.000,00
3000
VALOR R$

1.500.000,00
6 6
1.250.000,00
2
1.000.000,00
750.000,00
4
500.000,00
Tabela 1 250.000,00
0,00
O gráfico da Figura 9, ilustra o comportamento 275 500 1000 2000 3000 5000
do custo dos motores com o número de polos,
POTÊNCIA CV
para a tensão de 2,3 kV.
Figura 11
CUSTO DE MOTORES EM 2,3 kV X Nº POLOS
900.000,00 CUSTO DE MOTORES EM 13,8 kV X Nº POLOS
CURVA EM BRANCO "CUSTO COM PLETO DO ACIONAM ENTO" 2.500.000,00
800.000,00
2.250.000,00
700.000,00
6 2.000.000,00
8 6
VALOR R$

600.000,00 8
VALOR R$

1.750.000,00
500.000,00 1.500.000,00
1.250.000,00
400.000,00
1.000.000,00 4
300.000,00 2 750.000,00
200.000,00 500.000,00
4
250.000,00
100.000,00
0,00
0,00
275 500 1000 2000 3000 5000 10000
275 500 1000 2000 3000 5000
POTÊNCIA CV POTÊNCIA
 Figura 15

Figura 12
Os gráficos das Figuras 13, 14, 15 e 16 a
seguir, ilustram o comportamento do custo dos CUSTO DE MOTORES 8 POLOS X TENSÃO
2.500.000,00
motores, para a condição fixa do número de 2.250.000,00
polos com a variação da classe de tensão. 2.000.000,00
Podemos observar nestes gráficos, os limites 13,8 kV
1.750.000,00

VALOR R$
de potência inferior e superior, para as várias 1.500.000,00
classes de tensão. Podemos também 1.250.000,00
6,6 kV
observar que existe um valor fixo de custo 1.000.000,00
para duas classes de tensão em uma faixa de 750.000,00

potência. 500.000,00 2,3 kV

4,16 kV
250.000,00
0,00
CUSTO DE MOTORES 2 POLOS X TENSÃO 200 500 1000 2000 3000 5000 10000
POTENCIA CV
1.000.000,00 Figura 16
VALOR R$

750.000,00
6,6 kV Como podemos observar a determinação da
500.000,00
classe de tensão, necessária a uma aplicação
2,3 kV envolve: Um estudo de todo o acionamento,
250.000,00
4,16 kV tipo de carga, distancia da carga ao
acionamento, rendimento como na Figura 2,
0,00
arranjo mecânico e velocidades.
275 500 1000 2000 3000 5000
POTÊNCIA CV CONCLUSÃO
Figura 13
Concluindo, não há justificativa para a
seleção e aplicação de motores para tensões
CUSTO DE MOTORES 4 POLOS X TENSÃO
muito elevadas para uma dada classe de
2.500.000,00
2.250.000,00
potência, especialmente quando todo custo
2.000.000,00 está a favor da própria classe de tensão.
1.750.000,00 13,8 kV Temos observado uma maior atenção a este
VALOR R$

1.500.000,00 assunto nos últimos anos, seleção da

1.250.000,00
adequada tensão para os motores. O objetivo
1.000.000,00
deste trabalho não foi o de esgotar o assunto,
750.000,00 6,6 kV
500.000,00
e sim, somar com as demais literaturas
2,3 kV
250.000,00 4,16 kV disponíveis. Tendo em vista, a grande
0,00 preocupação com as novas técnicas de
350 500 1000 2000 3000 5000 10000 acionamento e o incremento do nível de
POTÊNCIA CV tensão nestas aplicações é que
incrementamos as considerações econômicas
Figura 14 oriundas de uma seleção de tensão.
CUSTO DE MOTORES 6 POLOS X TENSÃO
BIBLIOGRAFIA
2.500.000,00
2.250.000,00
2.000.000,00 [1] Eletrical Transmission And Distribution
1.750.000,00 Reference Book. Westinghouse Eletric
VALOR R$

13,8 kV
1.500.000,00 Corporation, East Pittsburgh. Pa. fourth
1.250.000,00 edition, 1950.
1.000.000,00
[2] Motors And Generators. NEMA Standard
750.000,00
500.000,00
6,6 kV MG 1-14.1, National Electrical Manufacturers
2,3 kV Association, New York, N.Y, 1950.
250.000,00 4,16 kV
0,00 [3] Industrial Power Systems Handbook.
250 500 1000 2000 3000 5000 10000 Donald Beeman, McGraw-Hill Book
POTÊNCIA CV Company, Inc. N.Y, 1955.
01