Anda di halaman 1dari 8

1

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO


INSTITUTO DE FÍSICA
GRUPO DE ENSINO DE FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL I

TEORIA DE ERROS E TEORIA DOS DESVIOS

Apresentaremos neste capítulo alguns conceitos básicos sobre teoria de erros. Um dos
objetivos é que após a leitura do texto o aluno tenha condições de apresentar uma medida,
feita a partir de um instrumento de medição ou obtido através de um experimento onde se
calcula o valor a ser medida, com a imprecisão derivada de erros de medidas ou da própria
imprecisão do instrumento de medida.

OS ERROS E/OU DESVIOS PODEM SER CLASSIFICADOS EM:

• ERROS GROSSEIROS: São erros típicos de quem não sabe medir; derivam da falta de
prática e/ou cuidado. Exemplo: uso correto do instrumento (medir a distância entre dois
pontos fazendo com que a extremidade da régua coincida com um dos pontos quando o
zero da escala não coincida com a extremidade inicial da régua); erro de paralaxe (a leitura
da posição do ponteiro em uma escala sem ter cuidado de fazer a visada
perpendicularmente ao plano da escala).
Podem ser eliminados pela prática ou treino.

• ERROS SISTEMÁTICOS: Caracterizam-se por ocorrerem sempre num mesmo sentido e


conservarem em medições sucessivas o mesmo valor. Estão relacionados a equipamentos
incorretamente ajustados e/ou calibrados, ao uso de um procedimento incorreto pelo
examinador ou uma falha conceitual.
Está ligado ao conceito de exatidão. Ex.: atraso ou adiantamento ao acionar o cronômetro
por deficiência de visão.
Podem ser controlados e/ou corrigidos (escolher o método para compensar o erro
sistemático instrumento, etc.)

• ERROS ESTATÍSTICOS, ACIDENTAIS OU ALEATÓRIOS: São aqueles causados


por variações incontroláveis e aleatórios dos instrumentos de media e/ou condições
externas. “Decorrem de várias causas, conhecidas ou não, que se superpõem de maneira
imprevisível e não guardam uma relação determinada com uma ou mais condições de
observação, são devidos a causas temporárias, que variam ao longo de sucessivas
observações e que fogem a uma análise devido a sua imprevisibilidade”. Exemplo: o zero
da balança pode variar durante uma ou mais operações em virtude de uma incontrolável
variação da temperatura no recinto; variações das condições ambientais (pressão,
temperatura, etc...).
Não podem ser controlados porque são imprevisíveis. A estes dados daremos um
tratamento especial (estatístico) com a finalidade de minimizá-los: Teoria dos Erros.
2

I. TEORIA DE ERROS PARA UMA ÚNICA MEDIDA

Quando fizemos uma medida, qualquer que seja, como por exemplo medir o
comprimento de um dado objeto, levamos em consideração todos os algarismos significativos
que sejam possíveis obter através do nosso instrumento de medida.

1. ERRO ABSOLUTO (eabs):

Se o fabricante fornecer uma medida do objeto o qual estamos medindo, o erro


absoluto é a diferença entre o nosso valor medido e o valor fornecido pelo fabricante.

EXEMPLO 1:

Considerando que o objeto é fornecido com um diâmetro de φ = 34,45 mm e ao


medirmos com um paquímetro obtemos φ = 34,48 mm. O erro absoluto neste caso é. eabs =
0,03 mm.

Em muitos casos calcula-se o erro absoluto, quando através de um experimento


procura-se determinar alguma constante de interesse, como por exemplo, o calor específico de
sólidos, calor latente de uma substância, coeficiente de dilatação, constante de Boltzmann, etc.

2. ERRO RELATIVO E ERRO RELATIVO PERCENTUAL (er e er%).

O erro relativo é quando se quer saber se o erro (absoluto) é grande e ou pequeno em


relação a medida a qual fizemos. Como o nome já diz o erro é determinado em relação
(relativo) a medida que fizemos.

Se denominarmos de x a medida, a qual fizemos, xR a medida suposta real, ou exata


(aquela fornecida pelo fabricante). Temos:

eabs = x − xr (1)
Para o erro relativo:

eabs
er = (2)
xR

E o erro relativo percentual:

eabs
er % = 100 (3)
xR

Portanto com esta pequena abordagem sobre erro, já é possível exprimirmos as


medidas feitas com o seu erro aproximado.
3

EXEMPLO 2:

Para exprimirmos a medida feita no exemplo 1, temos:

x = 34,48 mm

xR = 34,45 mm

eabs. = 0,03 mm

er = 0,00087

er% = 0,087% ou 0,09%

E a medida com o erro, escreve-se:

x = (34,48± 0,03)mm ou

x = 34,48 mm ± 0,0009 ou

x = 34,48 mm ± 0,09%.

Podemos observar que há três maneiras diferentes de apresentar as medidas feitas.


Salientamos que as três maneiras estão corretas, sendo que a mais usualmente apresentada é a
última apresentada acima, ou seja, onde aparece o erro relativo percentual.

II. TEORIA DE ERROS PARA UM CONJUNTO DE MEDIDAS

Em geral, quando em um experimento resulta uma medida de alguma grandeza, o


procedimento correto é repetir o experimento de modo a obter diversas vezes a mesma
medida, não que a medida vá dar sempre o mesmo valor (este é um fato experimental notório).
Portanto teremos no final um conjunto de medidas da mesma grandeza, que, quase sempre
terão valores com pequenas diferenças.

Este conjunto de medidas denominaremos por (x1, x2, x3, x4, ........, xn), neste conjunto
foram feitas n medidas de uma grandeza.

1. MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL

Como o próprio título sugere, a pretensão aqui é a determinação e a cálculo de medidas


que ofereçam o posicionamento da distribuição dos valores de uma variável que desejamos
analisar.
4

1.1. VALOR MÉDIO DE UMA MEDIDA x ()


O melhor valor das medidas feitas será dado pelo valor médio desta medidas.

O valor médio de uma medida é dado pela média aritmética dos valores medidos, ou
seja:
x1 + x 2 + x n + ......x n
x= (4)
n
ou
1 i =n
x= ∑ xi
n i =1
(5)

Portanto o valor mais exato das medidas feitas é dado pelo x que é calculado a partir
da equação (4).

Quanto os valores de xi estão agrupados com suas respectivas freqüências absolutas


Fi a média aritmética ou média amostral é expressa por:
1 i =n
x = ∑ xi .Fi (6)
n i =1

1.2. MEDIANA

Colocados em ordem crescente, mediana é o valor que divide a amostra, ou população,


em duas partes iguais.

1.3. MODA

Dentre as principais medidas de posição, destaca-se a Moda. É o valor mais freqüente


da distribuição. Para distribuições simples (sem agrupamentos em classes), a identificação da
Moda é facilitada pela simples observação do elemento que apresenta maior freqüência.

2. MEDIDAS DE DISPERSSÃO

São medidas estatísticas utilizadas para avaliar o grau de variabilidade da dispersão,


dos valores em torno da média. Servem para medir a representatividade da média.

Sejam as séries: (a) 20, 20, 20 (b) 15, 10, 20, 25, 30

Tem-se: X a  20 e X b  20

Observe: apesar de as séries terem médias iguais, a série a não apresenta dispersão em
torno da média: X a  20 , enquanto os valores da série b apresentam dispersão em torno da
5

média: X b  20 .

2.1. DESVIO DE UMA MEDIDA (d):

O desvio a partir do valor médio é o erro de cada medida feita em relação ao valor médio.
Portanto para cada
medida feita existe um desvio, ou seja, teremos um conjunto de desvios dado por: (d1, d2, d3,
d4, ..........., dn).
Ou seja:
d1  x1  x

d 2  x2  x

d 3  x3  x

d n  xn  x (7)

2.2. VARIÂNCIA AMOSTRAL

Como se deseja medir a dispersão dos dados em relação à média, é interessante


analisar os desvios de cada valor (xi) em relação á média X , isto é: di   xi  X  . Se os di
forem baixos, teremos pouca dispersão, ao contrário, se os desvios forem altos, teremos
elevada dispersão. É fácil constatar que a soma dos desvios em torno da média é zero. Isto é
 di  0 . Para o cálculo da variância consideram-se os quadrados dos desvios: di 2 .
A variância, S 2 , de uma amostra de n medidas é igual à soma dos quadrados dos
desvios:  di , dividida por (n - 1), assim:
2

d  x  X 
2 2

S 2
 i
ou S 2

i
(8)
n 1 n 1

Para dados agrupados, tem-se:

 x  X 
2
.Fi
S 2

i
(9)
n 1

O cálculo da variância é obtido pela soma dos quadrados dos desvios em relação à
média. Assim é que, se a variável sob análise for medida em metros, a variância deverá ser
expressa em m2 (metros ao quadrado). Ou seja, a variância é expressa pelo quadrado da
unidade de medida da variável que está sendo estudada. Para melhor interpretar a dispersão de
uma variável, calcula-se a raiz quadrada da variância, obtendo-se o desvio padrão que será
expresso na unidade de medida original.
6

2.3. DESVIO PADRÃO PARA UM NÚMERO FINITO DE MEDIDAS ( σ m )

O desvio padrão, como será apresentado aqui, nos da o desvio médio quadrático dos
valores medidos. Na verdade, o valor do desvio padrão é obtido a partir de uma curva de
distribuição, no nosso caso a curva de distribuição é uma Gaussiana (denominada também de
distribuição normal). Mas para cálculos, com um número pequeno de medidas, usaremos a
seguinte expressão:
d12 + d 22 + d 32 + ........ + d n2
σm = (7)
n −1
ou

∑d
n =1
i
2
(8)
σm =
n −1

O fato de no numerador aparecer o número de medidas menos um, e devido que ao


fazermos a média quadrática, em geral perdesse um grau de liberdade, ou seja, um dos desvios
da medida será igual a zero. Portanto para melhorar esta perda dividimos o valor médio
quadrático pelo número de medidas menos uma.

2.4. INTERPRETAÇÃO DO DESVIO PADRÃO

2.43.1. REGRA EMPÍRICA:

Para qualquer distribuição amostral com média X e desvio padrão S , tem-se:


• O intervalo X  S contém 66% de todas as observações amostrais.
• O intervalo X  2 S contém aproximadamente 95% das observações amostrais para
distribuições simétricas.
• O intervalo X  3S contém aproximadamente 100% das observações amostrais.

2.4.2. TEOREMA DE TCHEBYCHEFF

Para qualquer distribuição amostral com média X e desvio padrão S , tem-se:


• O intervalo X  2 S contém, no mínimo, 75% das observações amostrais.
• O intervalo X  3S contém, no mínimo, 89% das observações amostrais.

3. ERRO ABSOLUTO (eabs )

O erro absoluto, como exposto anteriormente, nos dará a noção de quanto as nossas
medidas variam em relação a um valor que iremos considerar como a melhor medida, que no
caso é o valor médio.
7

Como temos um conjunto de medidas, o erro absoluto será dado por um fator do desvio
padrão, ou seja:

eabs = a.σ m (9)

onde a é uma constate, a qual será atribuída um valor que irá depender da porcentagem, de
todas as medidas feitas, que deverão ter sentido, para alguma aplicação, ou que sejam
consideradas relevantes.
Portanto:
a < 1 O valor do erro será menor que o desvio padrão.
Se a = 1 O valor do erro será igual que o desvio padrão.
a > 1 O valor do erro será maior que o desvio padrão.

A questão da escolha do a que será usado para calcular o erro absoluto, depende da
precisão desejada. Para entendermos está abordagem, é necessário ter conhecimento sobre
Distribuição de medidas.

III. DISTRIBUIÇÃO

Um dos primeiros cientistas a estudar como a medida de uma mesma variável se


comportava, foi o matemático e físico alemão Carl Friedrich Gauss (1777-1855). A partir de
um conjunto de medida ele construi um gráfico, denominado de histograma, onde aparecem na
ordenada, o número de vezes que uma medida ocorre, isto em geral sempre acontece quando
se tem um conjunto com um grande número de medidas, ou seja, muitas das medidas se
repetem. Na abscissa são colocados os valores das medidas em ordem crescente, no exemplo 3
apresentamos um conjunto de medidas e na figura 1 mostramos este gráfico.

Neste tópico mostraremos uma relação entre o erro e o desvio padrão. Esta apresentação será
feito através de um exemplo, exemplo 3, onde fizemos uma breve e simples apresentação das
definições de distribuição e função distribuição Gaussiana.

EXEMPLO 3:

Neste exemplo apresentamos um conjunto de medidas da resistência elétrica feitas em


uma barra de grafite. Foram feitas trinta e oito (38) medidas, que posteriormente, ao
analisarmos as medidas, contatou-se que várias delas repetiam-se diversas vezes. Na tabela 1,
apresentamos estas medidas e o número de vezes que a medida repetiu.

TABELA 1. Medida da resistência de uma barra de grafite.


MEDIDA N0 DE VEZES QUE A RESISTÊNCIA
MEDIDA OCORRE MΩ
1 1 2,34
2 2 2,37
3 3 2,35
4 4 2,45
8

5 5 2,39
6 7 2,50
7 6 2,61
8 4 2,80
9 3 2,85
10 2 2,87
11 1 2,90
Total de medidas feitas: 38 medidas.

TABELA 2. Tabela onde aparecem os valores calculados dos desvios de cada medida feita, o
desvio ao quadrado e os valores calculados da resistência média, da soma dos desvios ao
quadrado, o desvio padrão e o erro relativo com toda a precisão da calculadora.

MEDIDA RESISTÊNCIA DESVIOS DESVIOS AO


(MΩ) QUADRADO
1 2,34 -0,22394737 0,05015242
2 2,37 -0,19394737 0,03761558
3 2,35 -0,21394737 0,04577348
4 2,45 -0,11394737 0,01298400
5 2,39 -0,17394737 0,03025769
6 2,50 -0,06394737 0,00408927
7 2,61 0,04605263 0,00212084
8 2,80 0,23605263 0,05572084
9 2,85 0,28605263 0,08182611
10 2,87 0,30605263 0,09366821
11 2,90 0,33605263 0,11293137
R = 2,56394737 ∑ d 2 = 1,27590789
er = 0,13931586 σ m = 0,35719853

Valor médio obtido: R = 2,56 MΩ

Desvio Padrão: σ m = 0,36MΩ

Variância: S 2  0, 6M  2

Erro absoluto, considerando a=1 na equação (8): eabs  0,36 M

Erro relativo: er  0,1393

Erro relativo percentual: er %  13,93%

Anda mungkin juga menyukai