1
Resumo
2
INTRODUÇÃO
3
um lugar marginal, secundário, embrutecido, como durante muito
tempo, equivocadamente, se tentou pensar a fronteira.
Navegar é preciso
4
Na busca de novas terras, Portugal e Espanha desenvolveram
grande progresso no campo da pesquisa marítima.Os principais
centros náuticos dos séculos XV e XVI estavam localizados nos
portos da Península Ibérica.Ademais, o sistema mercantil que
surgiu na Europa no século XVI foi um importante motor que
impulsionou essas aventuras. A busca do lucro no oriente e na
América impulsionou esse movimento que aos poucos concentrou,
como diz Karl Marx, montante considerável de capital, viabilizando
a chamada acumulação primitiva de capital. (Marx,1994, p.285).
5
Entre as providências, a coroa Lusa decidiu dividir o Brasil em
capitânias hereditárias. Era uma alternativa para desenvolver e
guarnecer o país. Duas delas São Vicente e Pernambuco, tiveram
relativo sucesso econômico e político. São Vicente, localizada onde
hoje se encontra o Estado de São Paulo, foi responsável por um
conjunto de ações que contribuíram decisivamente com o processo
de ocupação do Sul de Mato Grosso.
6
Rio da Prata e seus afluentes. Coube ao navegador Juan Dias Solis
a missão de comandar essa expedição. Em outubro de 1515,
Juan Dias Solis partiu do porto de Lepe, Espanha, comandando
dois navios com setenta tripulantes. Em janeiro de 1916, Solis
adentrou no estuário do rio da Prata região que mais tarde ficou
conhecida como Província do Rio da Prata, formada pela área que
compreende os Estados de Mato Grosso, Goiás, Parte de São
Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, além das repúblicas do
Paraguai, Uruguai e parte da Argentina e do Chile.
7
Soberania espanhola em perigo
8
Pablo, Cruz de Bolanos, San José de Itatines e Angeles. Seguindo
essa orientação, também foram construídos os povoados de
Ontiveros, nas margens do rio Paraná, 1554, e o núcleo de
Santiago de Xeres, em 1579, nas margens do Rio Miranda, que
depois se transferiu para as margens do Rio Aquidauna.
9
como escravos. Eles davam preferência aos índios aldeados nas
reduções jesuíticas, pois os mesmos já conheciam parte da
cultura do colonizador. As reduções, foram por muito tempo, o alvo
preferido dos Bandeirantes. Existem autores que falam em até dois
milhões o número de índios escravizados pelos Bandeirantes
Paulistas nos 150 anos em que essa prática foi adotada.
10
Portugal, foi a causa desse novo momento. Em ambiente familiar,
foi discutido o problema dos limites da fronteira americana. Como
produto dessas discussões, nasceu o Tratado de Madri de 1750,
que, apesar da sua curta duração, significou um passo
importante da diplomacia ibérica. Em linhas gerais, o tratado de
Madri demarcou o Brasil de hoje.
O período que vai de 1763 a 1777 foi marcado pelo aumento das
lutas fronteiriças. Também em face da entrada dos portugueses em
terras consideradas espanholas, notadamente na Amazônia, bem
11
como do receio que os espanhóis tinham de que suas terras
também fossem ocupadas por outras nações que já estavam
explorando a América central, Holanda, Inglaterra e França, o
governo espanhol convidou os portugueses para nova rodada de
negociação sobre a linha de fronteira na América.Nessa nova
oportunidade, nasceu o Tratado de San Idelfonso, em 1777, com o
objetivo de corrigir eventuais distorções verificadas no tratado de
Madri e melhorar a relação entre os súditos das duas coroas na
região. Esse novo Tratado pouco alterou nos limites de Mato
Grosso do Sul. O impacto maior foi verificado nas fronteiras do
Paraná e do Rio Grande do Sul.
12
Em que pese a definição formal das linhas de fronteiras, ancorada
no Tratado de Santo Idelfonso, os problemas lindeiros não foram
totalmente resolvidos. A questão que antes era tratada diretamente
entre as duas coroas ganhou novos sócios, nas primeiras décadas
do século XIX. A guerra que Napoleão Bonaparte iniciou na Europa
contra a Inglaterra repercutiu fortemente no império espanhol e
português na América latina. Após a invasão da Espanha pelas
tropas de Napoleão, em 1808, surgiu uma nova perspectiva no
processo de luta pela independência no continente. Em poucos
anos, o império espanhol na América desapareceu. O paraguaio e
a Bolívia foram diretamente beneficiados.O Brasil também.
13
o representante espanhol na comissão de limites criou varias
dificuldades que acabaram inviabilizando o processo de
demarcação das linhas de fronteiras. Limites, na verdade,
preestabelecido tanto no Tratado de 1750 como no de 1777. A
missão dessa comissão era apenas localizar os acidentes
geográficos identificados no tratado.
14
cogitou desencadear uma guerra das províncias do Rio da Prata
contra o Brasil.
15
do país. No plano interno, Francia lutava em duas frentes: a
primeira objetivava acabar com o poder dos antigos comerciantes
ligados à burguesia comercial de Buenos Aires, que se sentiam
prejudicados com a independência do Paraguai e, por isso,
continuavam com ligações econômicas e políticas com os
portenhos, num claro desafio á orientação do novo presidente
que desenvolvia esforços para criar um comércio independente de
Buenos Aires, controlado por uma burguesia nativa que estava
nascendo ancorada na força do Estado. Francia também combatia
a Igreja Católica que apoiava abertamente o esforço espanhol para
restabelecer o controle sobre os territórios emancipados na
América.
16
Manoel Correia Câmara.O governo paraguaio solicitou alterações
na interpretação do Tratado de San Idelfonso, proposta que
culminaria com a perda de uma parte das terras ocupadas pelo
Brasil, de acordo com o referido tratado de 1777. Como o Brasil
não aceitou a reinvidicação de Francia, as conversas não tiveram
sucesso,embora as portas continuassem abertas para um novo
acordo.
17
Paraguai para resolver parte do problema, notadamente a livre
navegação no rio paraguaio, causa muito cara para o Brasil. Depois
de algumas protelações, em 1844, deu-se inicio a uma nova
rodada de conversações sobre comercio e navegação. Nesse ano,
através do embaixador brasileiro Pimenta Bueno, foi feito um
acordo que garantia o comércio e a navegação ao longo do rio
paraguaio. Também assegurava que caso o Paraguai sofresse
alguma agressão de Buenos Aires o império ficaria ao lado da
nação guarani (Doratioto,1991, p.28/29).
18
própria, o Império resolveu aumentar a segurança das terras que
considerava sua. Mandou erguer, em 1850, um forte na região
conhecida como fecho dos Morros.Essa iniciativa repercutiu muito
mal junto às autoridades paraguaia.
19
exigências para que os barcos brasileiros singrassem pelo Rio
Paraguai. Essa situação exigiu outra rodada de negociação em
1857, que culminou com o tratado de 12 de fevereiro que permitiu
a embarcação de qualquer bandeira explorar o Rio Paraguaio.(
TEIXEIRA.1973. p.248).
20
Uruguai, começou a reclamar para o Império que o governo Blanco
estava discriminado os brasileiros.Reclamavam de alguns
privilégios que eles perderam no comercio de gado e carne e seca.
Era uma reclamação que não justificava um ato de força por parte
do Brasil. Essa diferença poderia ser resolvida sem o uso do
exército. O Uruguai era um país soberano e podia adotar o modelo
econômico que fosse melhor para seus interesses.No entanto, não
foi esse o entendimento do gabinete imperial.
21
No dia 12 de novembro do mesmo ano, sem que as autoridades
brasileiras esperassem, o navio brasileiro Marques de Olinda de
propriedade de uma companhia privada, que fazia o transporte de
carga e pessoal nos rios Paraná e Paraguaio, foi aprisionado.O
embaixador brasileiro no Paraguai, Viana de Lima, protestou contra
a prisão do navio brasileiro e do novo governador da província de
Mato Grosso, Coronel Frederico Carneiro de Campos.Como
resposta, recebeu uma carta em que Solano rompia formalmente
com todas as relações com o governo brasileiro e proibia que os
barcos brasileiro, sob qualquer pretexto, mercante ou civil,
navegassem no Rio Paraguai na parte sob controle da nação
guarani.
22
menor condição dessas tropas deter à invasão paraguaia. Sem
muita dificuldade, o exército Paraguai ocupou Corumbá,
Miranda,Nioaque,Bela Vista chegando até ao município de Coxim.
No caminho nada foi poupado. Gado, armas, cavalo,
alimento,prédio tudo foi surrupiado ou destruído.
23
oriental do rio Paraguai;todas as vertentes que
correm para Norte e Leste pertencem ao Brasil e as
que correm para Sul e Oeste pertencem ao Paraguai.
A ilha do Rio do Fecho – dos - Morros é do domínio
do Brasil”.(TEIXEIRA.1973.p.256/257)
24
Carlo, Bela Vista Norte, Pedro Juan Cabalero, Ipê Hun e Capitan
Bado.
25
BIBLIOGRAFIA
26
DORATIOTO, Francisco. A guerra do Paraguai.São Paulo.Editora
Brasiliense.1991.
27