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ESPAÇO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

“QUINTAL
ORGÂNICO”
UM LUGAR DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E MOBILIZAÇÃO SOCIAL
PELA QUALIDADE DE VIDA.

Ana Luiza Frari


Marcos Godinho
APRESENTAÇÃO

As últimas décadas vêm registrando uma crise mundial, que tem afetado a nossa vida
como um todo, a nossa saúde, a qualidade do meio ambiente, enfim todas as dimensões
da vida humana em sociedade. A vida humana está ameaçada assim como toda a vida
no planeta. A ameaça refere-se a uma catástrofe ambiental iminente, que já compromete
o ecossistema global e a futura evolução de toda a vida na Terra.
A crise ambiental, contudo, é a manifestação da crise de nossa sociedade. A questão
ambiental é reflexa da atual relação estabelecida entre sociedade e natureza e dos
homens entre si.
Ao implementar um projeto de educação para o ambiente, estaremos facilitando à
população uma oportunidade mais ampla de conhecer as determinantes do problema
ambiental; de informar-se sobre como os impactos da presença humana no ambiente, e
que também estão sob a sua responsabilidade; e, de dominar informações e teorias para
análise crítica de sua cidade, de seu país e de nosso planeta.

É necessário e urgente, alterar as atitudes e procedimentos adotados pela sociedade


moderna na relação com o ambiente. E para isso, plantaremos sementes ao
desenvolvermos outras competências e outros valores que levem a repensar e a reavaliar
também nossas atitudes diárias e suas conseqüências no meio em que vivemos.
Com vistas a adoção deste enfoque é fundamental que se estabeleça um novo perfil de
ação educativa e de práticas de mobilização social.
Para isto, se propõe o projeto “Quintal Orgânico”, que será constituído como um espaço
educativo, de sensibilização e de mobilização social, que se utilizando de uma área
formada por horta educativa, viveiro de produção de mudas de árvores, além de
estruturas educativas diversas, estará voltado a fornecer aos estudantes, educadores e a
todas as pessoas que o visitem e que estejam integradas em suas atividades, experiências
de sensibilização e educação ambiental, com vistas a uma mudança de atitudes e
valores, em favor da preservação da vida.

JUSTIFICATIVA

Podemos afirmar que o nosso modelo de “desenvolvimento” hoje, gera o desperdício, a


degradação ambiental, a exclusão social, a perda da qualidade de vida e
conseqüentemente, a perda da qualidade da experiência humana.
Está evidente que o modelo de desenvolvimento adotado na forma atual, baseado na
apropriação da natureza como propriedade privada, coloca natureza e sociedade em
forte conflito. Os problemas sócioambientais são graves, exigem respostas imediatas e
precisam ser encarados como responsabilidade de todos.
Considerando o modo de interação do ser humano com a natureza, por meio de suas
relações sociais, de trabalho, da ciência, da arte e da tecnologia, é preciso desenvolver
ações práticas que contribuam para o desenvolvimento de competências e habilidades
que permitam colocar cada indivíduo como sujeito do seu próprio processo de tomada
de consciência em relação a sua responsabilidade para com o mundo e todos os seres
vivos.
Nesse contexto, as diversas instituições educativas, escolas, ong´s e outros agentes
sociais, devem ampliar seus horizontes e adotar posturas comprometidas com um novo
modo de pensar e agir. É a busca de uma educação para o ambiente ou educação
ambiental.
Uma educação para o ambiente apenas aparece recentemente e suas finalidades foram
definidas pela UNESCO, logo após a Conferência de Belgrado (1975) nos seguintes
termos:
“Formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com os
problemas com ele relacionados, uma população que tenha conhecimento,
competências, estado de espírito, motivações e sentido de empenhamento que lhe
permitam trabalhar individualmente e coletivamente para resolver os problemas atuais,
e para impedir que eles se repitam”.

A Educação Ambiental, como componente essencial no processo de formação e


educação permanente, com uma abordagem direcionada para a resolução de problemas,
contribui enormemente na difusão de novas práticas sociais. As ações para o ambiente
são necessariamente coletivas, e, esse resgate do pensar e agir coletivamente é o
relevante na educação ambiental.

São o sistema educativo mais relevante e mais realista e estabelece uma maior
interdependência entre estes sistemas e o ambiente natural e social, com o objetivo de
um crescente bem estar das comunidades humanas.

OBJETIVO GERAL

Desenvolver atividades de educação ambiental e capacitação para novos educadores


ambientais, estimulando a mobilização social em torno de ações que promovam
melhorias da qualidade ambiental e de vida nas escolas, espaços públicos e
comunidades atingidas pelo projeto.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS/METAS
Constituir um espaço educativo, de sensibilização ambiental e de mobilização social,
formado por horta educativa/produtiva, viveiro de produção de mudas de árvores, trilha
sensorial, além de estruturas educativas diversas;

Oferecer atividades de sensibilização e educação ambiental para visitantes, beneficiários


de programas sociais diversos (culturais, educacionais, de atenção a 3ª idade e outros)
estudantes e educadores da rede pública e particular de ensino no Quintal;

Incentivar, capacitar e prestar acessória aos educadores na elaboração de projetos de


educação ambiental em suas escolas e comunidades;

Apoiar atividades de recuperação ambiental de áreas degradadas, conduzidos por


escolas e organizações sócio-ambientais atuantes no ABC;

Implantar viveiro para a produção e distribuição de mudas de árvores ás escolas e


organizações sócio-ambientais atuantes no ABC, com capacidade para produção de 20
mil mudas/ano

Apoiar a melhoria da qualidade nutricional da alimentação oferecida nas entidades


sociais, fornecendo gratuitamente hortaliças e outros produtos provenientes da horta
orgânica;

Resgatar o conhecimento sobre ervas medicinais e temperos junto á terceira idade


difundindo e (re)cultivando práticas caseiras de sustentabilidade.

METODOLOGIA

A fase inicial do projeto será dedicada a análise, recuperação e preparação do solo da


área, a composição dos canteiros e horta mandala e a construção das estruturas básicas,
tais como minhocário, terrário, composteira e quiosque. A construção de banheiros e
área de descanso também está prevista. Calcula-se que esta etapa esteja encerrada ao
fim do primeiro semestre de trabalho.
Com o espaço preparado, anualmente um grupo de cinco ou seis escolas e organizações
sociais será selecionado e durante dois anos participará do projeto, em duas fases
distintas, que chamamos de fase de implantação (primeiro ano) e fase de consolidação
(segundo ano). Durante esses dois anos, diversas ações serão desenvolvidas, tais como
atividades de sensibilização, visitas monitoradas, reuniões de acompanhamento do
projeto para os diretores, pedagogos e técnicos das escolas/instituições participantes,
cursos de capacitação, seminários de aprofundamento, troca de experiência e feiras
ecológicas.

Sensibilização

Inicialmente, serão realizadas atividades de sensibilização, que ocorrerão por meio da


realização de visitas monitoradas ao Quintal Orgânico. O programa deverá abordar o
conhecimento das cidades como ecossistemas; agricultura sustentável e consumo
consciente; produção de mudas e montagem de canteiros e hortas escolares, entre outros
enfoques.
Partindo das atividades de sensibilização e da manifestação dos participantes em
constituírem hortas em seus espaços, a equipe do “Quintal Orgânico”, orienta a
confecção dos canteiros, as práticas de adubação orgânica, o plantio, e dá o apoio
pedagógico necessário para a escola/ong implantar e manter uma horta educativa ou de
produção.

Cursos de capacitação

Serão oferecidos cursos de capacitação aos diretores, professores, funcionários e


técnicos, onde serão abordados temas enfocando as potencialidades da horta como
instrumento pedagógico e de educação ambiental, além de outros relacionados a
segurança alimentar e nutricional. A horta oportuniza aos jovens o contato com uma
atividade produtiva, real, natural, significativa, coisa rara em suas vidas cada vez mais
virtuais, simbólicas e em vão.
Serão ainda apresentadas noções básicas teóricas e práticas de técnicas agroecológicas
para se iniciar e manter uma horta na escola ou instituição.

Seminários para troca de experiência Serão realizados sempre no início do segundo


semestre das duas fases, com representantes das escolas e instituições participantes, para
apresentação dos resultados obtidos, dos desafios e do aprendizado realizado por cada
um. Será um momento de troca importante, pois cada um terá a oportunidade de
conhecer o que os outros estão fazendo, como lidaram com as dificuldades que
surgiram, e, quais os planos e intenções para o futuro.

Mobilização social

Partindo da premissa de que processos educacionais mudam as pessoas e seu lugar, o


“Quintal Orgânico” será também um espaço de estímulo à mobilização social, por meio
do engajamento pessoal, das escolas, organizações sociais e comunidades envolvidas.
Para tanto, será incentivada a elaboração e implementação, nas escolas e organizações
parceiras, de projetos orientados para o monitoramento das condições ambientais de
parques, áreas de proteção e outras modalidades de unidades de conservação na região
ou para a melhoria da qualidade ambiental do espaço das escolas/instituições ou de
áreas no seu entorno (praças públicas, terrenos abandonados, córregos, por exemplo),
por meio do plantio de árvores.

A estruturação de pequenos viveiros em cada escola envolvida será também estimulada,


integrando-se e complementando a produção de mudas realizada no “Quintal”, para o
plantio de árvores nas áreas monitoradas. Assim, considerando a educação ambiental
um processo contínuo e cíclico, o método utilizado pelas atividades do “Quintal” para
desenvolver os projetos e os cursos de capacitação, conjuga os princípios gerais básicos
da Educação Ambiental:

Sensibilização: processo de alerta, é o primeiro passo para alcançar o pensamento


sistêmico; escreveu-se sobre novas práticas, valores, competências??

Compreensão: conhecimento dos componentes e dos mecanismos que regem os


sistemas naturais;

Responsabilidade: reconhecimento do ser humano como principal protagonista;


Competência: capacidade de avaliar e agir efetivamente no sistema; Cidadania:
participar ativamente e resgatar direitos e promover uma nova ética capaz de conciliar o
ambiente e a sociedade.

Portanto, as atividades de sensibilização e os pequenos projetos daí decorrentes, além de


contribuir para a melhoria da qualidade ambiental de escolas/instituições ou de áreas
selecionadas no seu entorno, deverão gerar efeitos positivos sobre a qualidade do
processo educativo desenvolvido por elas.
Solidariedade e comprometimento social Certamente haverá uma significativa
produção excedente na horta do “Quintal, que não será absorvida pelas instituições
parceiras, sobretudo quando elas mesmas já tiverem desenvolvido suas próprias hortas.
Em função disto, prevê-se que toda a produção gerada na horta do Quintal será doada a
entidades sociais cadastradas, para complementação e melhoria da qualidade
nutricional. As mudas de árvores, por sua vez, serão doadas aos projetos de recuperação
e melhoria da qualidade ambiental desenvolvidos por Ong´s atuantes no ABC.

Monitoramento, avaliação e comunicação

Para o acompanhamento e avaliação das atividades será redigido relatório mensal, onde
serão descritas todas as tarefas desenvolvidas sendo apresentado aos patrocinadores
associados, ficando ainda disponível a todos para consulta.

O desenvolvimento de um site será instrumento fundamental de divulgação e apoio às


atividades do projeto, funcionando também como um espaço articulador da difusa
comunidade de usuários, visitantes e demais interessados, que poderão também aliar-se
aos objetivos e metas do projeto.

O “QUINTAL ORGÂNICO”
E SEUS DIFERENTES ESPAÇOS

Com vistas a adoção da proposta de atuação do “Quintal Orgânico” será necessária a


constituição de um espaço educativo, de sensibilização e de mobilização social.
Este espaço será estruturado na área atualmente cedida pela Eletropaulo abaixo do
linhão tal, localizada na altura do número xxx da Rua xxxx, no bairro de xxx em São
Caetano do Sul. A área total é de xxx m², distribuídos em um retângulo de zzz mt x yyy
mt.

Serão construídos os seguintes elementos:

Horta orgânica
Apresenta o modelo de produção orgânico e a utilização de pequenos animais como
“tratores vivos”, integrados a fertilização e manejo do solo. Contém ainda exemplos da
utilização de materiais recicláveis (pneus e garfas PET) em canteiros circulares e
verticais, demonstrando as possibilidades de criação de pequenas hortas e sua utilização
como espaços pedagógicos em escolas e/ou outros espaços educacionais comunitários.
Neste projeto será utilizado o modelo de horta mandala. Mandala em sânscrito significa
“círculo sagrado”.

A Horta Mandala tem diversas vantagens, pois permite o aproveitamento máximo da


água e da terra, gerando custos de produção menores que os custos dos arranjos com

horta mandala com irrigação central


preparação de horta mandala
desenho e irrigação tradicional.
Também deve ser projetada para ser ao mesmo tempo esteticamente agradável e
produtiva, seguindo o conceito de um jardim comestível, com vegetais coloridos, flores
para saladas e para atrair insetos.

Espiral de Ervas
A plantação é feita na forma de espiral para reaproveitar ainda mais a água da chuva. A
água que cai na parte de cima da espiral vai descendo, isto é sendo absorvida pelos solos
abaixo, e assim levando mais nutrientes. Por isso as ervas que necessitam de mais
nutrientes são plantadas em baixo e as que necessitam de menos, em cima.

ilustração de espiral de ervas


espiral feita por alunos da UNESP
Sorocaba
Horta alternativa
São idéias de aproveitamento de pequenos espaços e de materiais de baixo custo que
podem ajudar os visitantes a montarem sua horta em seus espaços de trabalho ou em
suas próprias casas. Pode ser feita, por exemplo, com garrafas plásticas tipo PET,
reaproveitadas na contenção da terra nos canteiros e também no cultivo de plantas
usadas como tempero e remédio, em potes presos em muros e paredes.

Composteira
É o local onde são guardados os restos orgânicos vegetais (sobras de legumes e frutas),
para que se transformem em húmus. Rico em sais minerais, esse material é um
excelente adubo para as plantas. A atividade de montagem de Composteiras auxilia a
vivenciar situações de reaproveitamento de resíduos e a trabalhar questões como a
escandalosa produção atual de lixo orgânico e de lixo em geral pela nossa sociedade.

Minhocário
Como o nome sugere, é o local onde se criam minhocas. Elas se alimentam de matéria
orgânica (restos de animais, plantas, lixo orgânico). Por isso, suas fezes são
consideradas um húmus rico em sais minerais, que o torna um ótimo adubo para as
plantas.

Trilha sensorial
No caminho entre alguns canteiros serão colocados diversos materiais formando uma
trilha com diferentes texturas. Os visitantes são convidados a tirar o calçado e caminhar
lentamente sobre essa trilha, o que proporciona uma interação com a terra e os
elementos naturais da horta. Também serão convidados a tocar as plantas e sentir mais
detalhadamente suas fragrâncias e diferentes sabores.

Terrário
Nesse espaço é feita uma simulação de um ambiente onde os diversos elementos
naturais se relacionam entre si. Alguns desses elementos não conseguem sair, como a
água, ar, solo, plantas e pequenos animais, mas, a luz e o calor entram e saem
diariamente, assim como no nosso planeta.
Viveiro de produção de mudas
O apoio a projetos de recuperação da qualidade ambiental exigirão a
disponibilidade de mudas de espécies florestais e frutíferas, entre outras. O
viveiro será projetado para o fornecimento contínuo destas mudas, visando à
formação de bosques e pomares nas áreas beneficiadas pelas atividades do
projeto. Será estruturado para a produção de 20 mil mudas/ano.

Os alunos e outros participantes das atividades de sensibilização e visitas


monitoradas de escolas e instituições que visitam o “Quintal” também terão
como atividade preparar mudas de plantas que serão cuidadas no viveiro.

Dessa forma, assim que estiverem bem adaptadas, essas mudas poderão ser
levadas por outros visitantes, que prepararão novas mudas, ou serão distribuídas
para as escolas/instituições participantes do projeto.

Quiosque sustentável
Mostrando elementos de bio-arquitetura, reunirá material natural (madeira e
bambu) com telhado vivo e placas solares para produção de energia e
aquecimento de água. Deverá ainda ter ainda sistema de biotratamento de águas
servidas.
Telhado vivo
A cobertura vegetal viva no telhado é um ótimo isolante térmico com função
estética ou produtiva. Pode conter ervas culinárias, flores ou mesmo hortaliças e
pequenos frutos. Com baixo custo de instalação, também ameniza visualmente a
paisagem urbana com mais área ajardinada e no meio rural mimetiza as
residências.
Uso de energia solar
No planeta terra, a principal fonte de energia é o sol: inesgotável, renovável, não
poluente, abundante e gratuita. A energia solar é transformada em energia
elétrica em painéis fotovoltaicos e armazenada em baterias. Placas solares feitas
de material alternativo de baixo custo também serão demonstradas para o
aquecimento de água.

Biodigestor e estação de biotratamento


Sistema associado ao quiosque para tratamento das águas servidas. Um
biodigestor é uma câmara hermeticamente fechada onde matéria orgânica diluída
em água sofre um processo de fermentação anaeróbia (sem presença de
oxigênio), o que resulta na produção de um efluente líquido de grande poder
fertilizador (biofertilizante) e gás metano (biogás).

O processo de reciclagem é em certos aspectos bem simples, criando-se uma


alternância de ambientes com oxigênio e sem oxigênio. O consórcio com plantas
aquáticas no sistema de biotratamento irá ajudar na filtragem e limpeza final da
água.

filtro de biotratamento
(foto)
filtro de biotratamento (desenho)
Placas de interação
Para facilitar os visitantes a conhecer e interagir com os elementos que
constituem as estruturas do “Quintal Orgânico”, será desenvolvido um sistema
de sinalização, por meio de placas com as seguintes categorias:
Placas indicativas - permitem ao visitante percorrer os diferentes espaços, como
minhocário, composteira, canteiros e outros.
Placas descritivas - apresentam as espécies cultivadas e suas principais
aplicações e usos cotidianos .
Placas interativas - estimulam a interação dos visitantes com o espaço e os seus
diferentes elementos, proporcionando um contato mais direto e afetivo.

QUINTAL ORGÂNICO
Rua Ulisses Tornicasa, s/n
(esquina com a rua Luís Claudio Capovilla Filho)
Bairro São José, São Caetano do Sul

contato:
Ana Luiza Frari
afrari9@gmail.com

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