SALVADOR 2013
o segurana da loja s permitiu que ela entrasse depois de muita insistncia, pois o horrio comercial j estava encerrado. Ainda assim, ela no se deixou convencer. O consultor alega que o rompimento com a namorada, depois de um perodo turbulento em que eles haviam se separado e se reconciliado, fez sua presso subir e exigiu que ele fosse medicado. O desgaste emocional, segundo ele, foi provocado pela conduta da vendedora da TIM, que levou M. a pensar que o namorado a traa. Alm disso, a existncia de dois nmeros dos quais ele era o titular, embora as cobranas em seu nome fossem remetidas a outro endereo que no o seu, caracterizaria habilitao fraudulenta. Sendo assim, ele ajuizou ao contra a empresa em agosto de 2010. A TIM afirmou que a atendente agiu corretamente e que o consultor no demonstrou o dano moral supostamente sofrido. Em julho de 2012, o juiz Francisco Jos da Silva, da 6 Vara Cvel de Juiz de Fora, julgou a ao improcedente. A ocorrncia do engano no suficientemente capaz de alterar o estado psquico de um indivduo a ponto de interferir no livre desenvolvimento de sua personalidade ou de ferir direitos personalssimos, considerou. O consumidor apelou da sentena em agosto do mesmo ano. O relator, desembargador Alvimar de vila, entendeu que, apesar de os aborrecimentos terem repercutido na relao com a namorada, isso no justifica os danos morais se no houver comprovao dos abalos psquicos. A simples informao inicial equivocada, corrigida na mesma oportunidade pela funcionria, no gera danos suscetveis de reparao financeira. O Judicirio deve sempre buscar a paz social, mediante a composio dos conflitos, resumiu. Acompanharam o voto os desembargadores Saldanha da Fonseca e Domingos Coelho. Processo principal n: 0521767-07.2010.8.13.0145