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PRÓPTIA

RETALHOS DO
EVANGELHO
MISTÉRIOS OCULTOS AOS SÁBIOS E PRUDENTES

António Martinho Fernandes


2007

Tema: Bem-aventurados os pobres de espírito;Mistérios ocultos aos sábios e prudentes.Fonte: E. S. E. ,VII: 7-10 - Mateus,
XI: 25.
MISTÉRIOS OCULTOS AOS SÁBIOS E PRUDENTES 1

SÍNTESES:

7)- Naquele tempo respondendo disse Jesus: Graças te dou a ti, Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque
escondeste estas coisas dos sábios e prudentes, e as revelaste aos simples e pequeninos. (Mateus, XI: 25).

8)- Pode parecer estranho que Jesus renda graças a Deus por haver revelado essas coisas aos simples e
pequeninos, que são os pobres de espírito, ocultando-as aos sábios e prudentes, mais aptos, aparentemente, a
compreendê-las. É que precisamos entender pelos primeiros os humildes, os que se humilham diante de Deus e
não se consideram superiores aos outros; e, pelos segundos, os orgulhosos, envaidecidos com o seu saber
mundano, que se julgam prudentes, pois que eles negam a Deus, tratando-o de igual para igual, quando não o
rejeitam. Isso porque, na antiguidade, sábio era sinônimo de sabichão. Assim, Deus lhes deixa a busca dos
segredos da Terra, e revela os do céu aos humildes, que se inclinam perante Ele.

9)- O mesmo acontece hoje com as grandes verdades reveladas pelo Espiritismo.

Certos incrédulos se admiram de que os Espíritos se esforçam pouco para convencê-los. É que eles se
ocupam dos que buscam a luz com boa fé e humildade...

O poder de Deus se revela nas pequenas como nas grandes coisas. Ele não põe a luz sob o alqueire,
mas a derrama por toda parte, cegos são os que não a vêem. Deus não quer abrir-lhes os olhos à força, pois que
eles gostam de tê-los fechados.

Chegará a sua vez, mas antes é necessário que sintam as angustias das trevas, e reconheçam Deus, e
não o acaso, na mão que lhes fere o orgulho...

Deus impõe condições, não se submete a elas. Ouve com bondade os que O procuram humildemente;
e não os que se julgam mais do que Ele.

10)- Deus, dir-se-á, não poderia tocá-los pessoalmente por meio de prodígios evidentes, perante os quais
o mais duro incrédulo teria de curvar-se? Sem dúvida que o poderia, mas nesse caso, onde estaria o seu mérito,
e ademais, de que serviria isso? Não os vemos diariamente recusar a evidencia, e até mesmo dizer: Ainda que o
visse, não acreditaria, pois sei que é impossível?...

Que adianta apresentar a luz a um cego? Seria preciso, pois, curar primeiro a causa do mal; eis porque,
como hábil médico, Ele castiga primeiramente o orgulho. Não abandona os filhos perdidos, pois sabe que, cedo
ou tarde, seus olhos se abrirão; mas quer o façam de vontade própria. “E então, vencidos pelos tormentos da
incredulidade, atirar-se-ão por si mesmos em seus braços, e como o filho pródigo lhe pedirão perdão.”

PONDERAÇÕES DO AUTOR:

Este estudo é bastante difícil, porque se trata de mistérios ocultos aos sábios e prudentes, e se
pergunta que mistérios seriam esses!

Pois bem, pela seqüência das explicações seguintes, concluímos que Jesus falava de si e sua
autoridade e de ser sua missão abençoada por Deus, pois revela que todas as coisas lhe foram entregues por
seu Pai, que ninguém conhece o Pai senão o filho e se oferece a nos ajudar com convite:

1
Estudo feito no Centro Espírita Joana d’Arc a 06/11/2007

2
“Vinde a mim, todos os que estão cansados e oprimidos e eu vos aliviarei”. E explicando que seu jugo
era suave e o seu fardo leve. 2
Os humildes e os simples de coração se juntavam a Ele, para aprenderem e com sua instrução
exercitarem sua fé, e receberem de Jesus confiança em Deus e nas coisas espirituais e na presença de Jesus
sentir sua paz e bem estar.

Os mistérios deviam de ser também as revelações que Jesus revelava em seus ensinos, pois, Jesus
diz: “Pois vos digo que muitos profetas e reis desejariam ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir o que ouvis,
e não o ouviram”.3

Naquele tempo a educação em geral, até estudos superiores eram feitos pelos Tabernáculos e
Sinagogas, os sacerdotes ou a hierarquia sacerdotal eram os professores, os retentores da sabedoria e
conhecimentos, e eram orgulhosos por isso; tanto assim que quando Jesus curou um cego, os sacerdotes o
indagaram e o ex-cego perguntou: ”acaso vós quereis seguir Jesus”? E eles responderam: “Nós, porém
seguiremos Moisés”. (João, IX: 25-41).

Jesus trouxe a revelação do amor, ou seja, a lei do amor, que liberta as pessoas das leis sofisticadas de
Moisés, cujas leis exigidas pelos sacerdotes, eram de fardo pesado, difíceis de cumprir e Jesus proponha e ainda
propõe o fardo leve que é o amor, pois o amor cumpre todas as leis, mas como toda a sociedade estava
envolvida no sistema sacerdotal, poucos se atreviam a seguir Jesus, com seus ideais renovadores e libertadores,
o medo da perseguição sacerdotal ou de ser expulso das Sinagogas era geral; o povo mais ignorante não tinha
acesso a conhecimento que os ajudasse a se libertar, os Romanos também tinham seus sistemas de opressão e
o povo vivia com muito cuidado, e alguém que tivesse sua fé ou ideal espiritual, tinha que exercer em segredo ou
no secreto essa fé, essas eram as regras da sobrevivência.
4
O próprio Jesus foi expulso de sinagogas, incompreendido, desrespeitado e odiado, e qual a
verdadeira Doutrina do Cristo?

Vejamos a opinião de Lenis Denis no livro ‘Cristianismo e Espiritismo’, IV capítulo - mA doutrina Espírita,
- edição da FEB. 7ª edição, 11/1978.

“Qual a verdadeira doutrina do Cristo?

- Os seus princípios essenciais acham-se claramente enunciados no Evangelho. “É a paternidade universal


de Deus e a fraternidade dos homens com as conseqüências morais que daí resulta; é a vida imortal a todos
franqueada e que a cada um permite em si próprio realizar o reino de Deus”, isto é, a perfeição, pelo
desprendimento dos bens materiais, pelo perdão das injúrias e o amor ao próximo.

Para Jesus, numa só palavra, toda a religião, toda a filosofia consiste no amor:

“Amai os vossos inimigos; fafei o bem a quem vos odeiam e orai pelos quwe vos perseguem e
caluniam; para serdes filhos de vosso Pai que está nos Céus, o qual faz erguer-se o seu sol sobre bons e maus,
e faz chover sobre justos e injustos. Porque se não amais senão os que vos amam, que recompensa deveis ter
por isso? (Mateus, V: 44...)”.

Desse amor o próprio Deus nos dá o exemplo, porque seus braços estão sempre abertos para o
pecador.

“Assim, vosso Pai que está nos Céus não quer que pereça um só desses pequeninos”.

O sermão da montanha resume em traços indeléveis, o ensino popular de Jesus. Nele é expressa a lei
moral sob uma forma que jamais foi igualada.

2
Mateus, XI: 27-30 - Lucas, X: 21-24.
3
Lucas, X: 24.
4
Lucas, IV: 14-32 - João, VIII: 59.

3
Os homens aí aprendem que não há mais seguros meios de elevação que as virtudes humildes e
escondidas.

“Bem-aventurados os pobres de espírito (isto é, os espíritos simples e retos), porque deles é o Reino
dos Céus.

Bem-aventurados os que choram, porque serão consulados... (Mateus, V: 1-12 - Lucas VI: 20-25).

O que Jesus quer não é um culto faustoso, não é uma religião sacerdotal, opulenta de cerimônias e
práticas que sufocam o pensamento, não; é um culto simples e puro, todo de sentimento, consistindo na relação
direta, sem intermediário, da consciência humana com Deus, que é o seu Pai:

“É chegado o tempo em que os verdadeiros adoradores hão-de adorar o Pai em espírito e verdade,
porque assim querem, também sejam os que o adoram, Deus é Espírito, e em espírito e verdade é que devem
adorar os que O adoram...”

(...). “A doutrina secreta ia mais longe. Sob o véu das parábolas e das ficções, ocultava concepções
profundas. No que se refere a essa imortalidade prometida a todos, definia-lhe as formas afirmando a sucessão
das existências terrestres, nas quais a alma, reencarnada em novos corpos, sofreria as conseqüências de suas
vidas anteriores e prepararia as condições do seu destino futuro. Ensinava a pluralidade dos mundos habitados,
as alternações de vida de cada ser: no mundo terrestre, em que ele reaparece pelo nascimento, no mundo
espiritual, a que regressa pela morte, colhendo em um e outro desses meios os frutos bons ou maus do seu
passado. Ensinava a íntima ligação e a solidariedade desses dois mundos e, por conseguinte, a comunicação
possível do homem com os Espíritos dos mortos que povoam o espaço limitado”.

Daí o amor ativo, não somente pelos que sofrem na esfera da existência terrestre, mas também pelas
almas que em torno de nós vagueiam atormentadas por dolorosas recordações...

A lei da recordação acha-se indicada em muitas passagens do Evangelho e deve ser considerada sob
dois aspectos diferentes: a volta à carne, para os Espíritos em via de aperfeiçoamento; a reencarnação dos
Espíritos enviados em missão à Terra...”

**********

Um dos mistérios ocultos, que os sábios não entendiam, era a questão dos milagres, e hoje em dia é
uma questão deixada à parte, até porque é uma questão polemica e não adianta muito se trazer essa questão a
não ser para estudo, e é isso que a Doutrina Espírita faz, para poder determinar, se há milagres, o que é milagre,
se Deus derroga Suas Leis para fazer milagres, e se o Espiritismo faz milagres.

Então vamos pesquisar um pouco no livro: “A Gênese, capítulo, XIII: 1-4 e 15”:
Item, 1)- ..., Um dos caracteres do milagre propriamente dito, é de ser inexplicável, justamente pelo fato
de se realizar fora das leis naturais. E prendemo-nos tanto a essa idéia que, se um fato miraculoso chega a
encontrar explicação, dizemos que não é mais milagre, por mais surpreendente que ele seja...

Item, 2)- A ciência todos os dias opera milagres, nos olhos dos ignorantes. Que um homem realmente
morto retorne à vida por intervenção divina, é um verdadeiro milagre, por ser um fato contrário às leis da
natureza. Mas, se esse homem não tem senão a aparência de morte se há ainda nele um resto de vitalidade
latente, e se a ciência, ou alguma ação magnética, consegue reabilitá-lo, para as pessoas esclarecidas é um
fenômeno natural, mas aos olhos do vulgo ignorante o fato passará por milagroso...

Item, 3)- O maravilhoso, expulso do domínio da materialidade pela ciência, restringiu-se ao da


espiritualidade, seu último refúgio. O Espiritismo, demonstrando que o elemento espiritual é uma das forças vivas
da natureza - força que incessantemente atua juntamente com a força material - faz entrar os fenômenos que
disso resultam, para a esfera dos efeitos naturais, porque como os outros, estão sujeitos a leis. Se o maravilhoso
for expulso da espiritualidade, não terá mais razão de ser, e só então poder-se-á dizer que o tempo dos milagres
já passou. (Cap., I: ‘8).

4
Item, 4)- O Espiritismo vem, pois, por sua vez, fazer o que toda a ciência faz de inicio: revelar novas leis
e, conseqüentemente, explicar os fenômenos que dependem dessas leis.

O Espírito não é mais que a alma que sobreviveu ao corpo. É o seu principal, visto não morrer, ao
passo que o corpo não é senão um acessório que se destrói. Sua existência é, portanto, tão natural depois da
encarnação como durante ela. Está sujeito às leis que regem o princípio espiritual, assim como o corpo está
sujeito às que regem o princípio material. Mas, como esses dois princípios possuem uma afinidade necessária
como reage incessantemente um sobre o outro, resultando de sua ação simultânea o movimento e a harmonia
do conjunto, segue-se que a espiritualidade e a materialidade são as duas partes de um mesmo todo, tão
naturais uma quanto a outra, sendo que a primeira não é uma exceção, uma anomalia na ordem das coisas.

Item, 15- ..., A questão dos milagres propriamente ditos não é, pois, da alçada do Espiritismo, porém,
apoiando-se no raciocínio que Deus nada faz que seja inútil, ele emite esta opinião: Não sendo os milagres
necessários à glorificação de Deus, nada no Universo se afasta das leis gerais. Deus não faz milagres, porque,
como Suas Leis são perfeitas, Ele não tem necessidade de anulá-las. “Se existem fatos que não
compreendemos, é que ainda nos faltam os conhecimentos necessários”.

**********

Bem sabemos que Jesus disse que nada ficará oculto para sempre, 5 e muito dos ensinamentos de
Jesus estão a ser explicados pelo Espiritismo, pois, com as chaves que o Espiritismo nos trouxe, sobre os
atributos de Deus, a alma imortal, a reencarnação, a graduação espiritual, a multiplicidade de vidas e a
multiplicidade de mundos de várias graduações, etc., nós compreendemos que só com nossa evolução aos
poucos os mistérios ocultos, se vão abrindo para nós; por exemplo, o que era mistério no passado de haver
tantas diferenças nas pessoas, umas boas, outras más, umas inteligentes, outras não, umas nascidas saudáveis
outras doentes; agora sabemos que é conforme o mérito da pessoa, ou seja, do Espírito e por isso, não é mais
mistério, e por aí vai.

Sabemos que Jesus também, por algum tempo ensinou no Templo e na Sinagoga, pois vejamos em S.
João, cap., XVIII:

“E o sumo sacerdote interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina.

Jesus lhe respondeu: Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na Sinagoga e no Templo,
onde todos os judeus se ajuntam, e nada disse em oculto.

Para que me perguntas a mim? “Pergunta aos que ouviram o que é que lhes ensinei; eis que eles
sabem o que lhes tenho dito.” 6

**********

Então concluímos que como Jesus disse em oração, que Deus teria revelado aos pequeninos e aos
simples e escondido dos sábios, se percebe que os simples depositavam fé e não questionavam, e que os
orgulhosos nem queriam ouvir ou mesmo aprender, e como Jesus explicou ao sumo sacerdote, que nada
ensinou em oculto, eu então penso: Será que Jesus ensinava sobre reencarnação e que o sumo Sacerdote
considerava essa doutrina como exclusiva parte secreta ou oculta dos ensinos da sinagoga, sendo assim Jesus
estava divulgando ao mundo uma doutrina, que seria exclusiva dos mais iniciados do Templo. Será por essas
razões, que Jesus foi expulso de Nazaré e conseqüentemente da Sinagoga 7

Será que Jesus recebeu perseguição 8 por ensinar ao povo o que Jesus considerava que o povo
deveria saber. Será que o sumo Sacerdote perseguia-o para proibi-lo.
5
Mateus, X: 26 - Lucas, XII: 2.
6
São João, XVIII: 19-21.
7
Lucas, IV: 14-32. - João, VIII: 59.
8
João, XV: 20.

5
Bem, Jesus mesmo dizia que falava para quem tem ouvidos para ouvir, Jesus falava muito em máximas
e parábolas e conceitos da vida real, em vez de um montão de regras, que não levam a lugar nenhum e não
tocavam na alma, e por isso suas palavras tinham vida e falava como quem tem autoridade e não como os
escribas. 9

Será que o oculto seria a vida futura da alma, pois os conceitos ensinados visavam muito ao futuro, tais
como: Dar a outra face, andar duas milhas a quem exigisse uma, fazer pazes com o adversário, vê não peques
mais; será que esses ensinos desse tipo ou contexto eram considerados ocultos por os Sacerdotes não ensinar
sobre a vida futura do Espírito exceto por méritos e castigos do tipo que hoje em dia se fala, em Céu e Inferno ou
até mesmo de Purgatório.

Esses ensinamentos da doutrina de Jesus, que eram mais que revelações reais, eram certamente
consideradas ocultas.

Porém, oculto pode se considerar como desconhecido ou não comprovado, mas hoje em dia, com as
revelações naturais e espíritas, já conhecemos muito do o que antigamente era considerado oculto, e segundo
Jesus disse: ”Dia virá em que não haverá nada oculto, mas tudo será divulgado”, é porque está na vontade de
Deus que nos seja revelado tudo, mas aos poucos, porque é essa a nossa capacidade de compreensão, pois
seja feita a Vontade de Deus, e agradeçamos a Ele, por o Espiritismo nos trazer conhecimentos sobre Deus,
sobre nós, sobre o futuro, e nos trazer fé e esperança no futuro, pois, que Deus nos amparará sempre.

Bem, que Deus seja conosco, assim como outrora, hoje e sempre.

“Vinde a mim,
“Todos os que estão cansados e oprimidos e eu vos aliviarei”.

9
Mateus, VII: 29.

6
10
“E explicando que seu jugo era suave e o seu fardo leve.”
Os humildes e os simples de coração se juntavam a Ele,
Para aprenderem e com sua instrução exercitarem sua fé,
E receberem de Jesus confiança em Deus e nas coisas espirituais,
E na presença de Jesus sentir sua paz e bem estar.
Os mistérios deveriam de ser também as revelações,
Que Jesus revelava em seus ensinos,
Pois, Jesus diz:
“Pois vos digo que muitos profetas e reis desejariam ver o que vós vedes,
11
“E não o viram; e ouvir o que ouvis, e não o ouviram”.

10
Mateus, XI: 27-30 - Lucas, X: 21-24.
11
Lucas, X: 24.
Extrato do estudo ‘Mistérios Ocultos’, dado por Martinho no Centro espírita Joana d’Arc,
Situado à Rua Capitão Salustiano, São João de Meriti, RJ. a 06/ 11/ 2007.

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