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Arquitetura Interna do Teatro Adamastor Pimentas –

Possíveis Diálogos1

A arquitetura, a forma de construir os espaços, apresenta simbologias e referências


que nos permitem perceber vários aspectos relacionados à sociedade e cultura dentro
do espaço urbano em que está inserido. Pensando nisso, escolhemos tentar perceber
que tipos de questões se apresentam ao analisar a arquitetura interna do Teatro
Adamastor Pimentas.

(Visão lateral da disposição


platéia e palco, se você
sentar na frente, nas
primeiras cadeiras a visão
fica comprometida, e se o
palco fosse mais baixo?)

Ele, assim como a maioria


dos espaços cênicos do
nosso país, tem a disposição
palco x platéia numa
conformação italiana (palco e platéia em espaços bem definidos). Pela modéstia do
teatro em todos os aspectos e sua linguagem contemporânea, não podemos classificá-
lo unicamente com função de teatro, ou auditório, etc. O espaço parece ter sido
projetado para as necessidades da universidade e de um teatro da Prefeitura
Municipal. Se fosse somente este último teríamos uma série de ressalvas quanto à
arquitetura. No entanto, podemos realizar debates, assistir filmes, ter aulas, ver

1Wesley Correa, Maximillian Silva Correia, Juliano Carlos de Jesus Shelmer Bilda, História Noturno I
peças teatrais ou apresentações musicais; em cada uma dessas situações
encontraremos uma peculiaridade ausente, característica de um espaço que parece
ter sido pensado genericamente.

(Visão lateral da disposição da


platéia e o palco, se você
sentar nas extremidades vai
perceber a dificuldade em
enxergar o evento, será que
isso foi pensado na
construção?).

O edifício teatral como signo


da cultura urbana vai além de
seus limites físicos, de sua tipologia arquitetônica ou de sua função como teatro. Ele
avança pelo seu entorno, dentro da cidade determinando importantes relações dos
cidadãos com sua história. O teatro pode ser entendido como depositário de
importante parte da cultura urbana das cidades nas quais foram construídos. Como
único teatro da região leste de Guarulhos, o Teatro Adamastor Pimentas deve exercer
essa função daqui para frente.

Podemos classificá-lo como um anfiteatro se analisarmos a disposição do palco e da


platéia em semicírculo que faz referência aos modelos de teatro gregos da idade
antiga; esse modelo de teatro tinha a função de simbolizar a democracia. Dizer então
que a arquitetura interna desse teatro incita a uma idéia de pertencimento,
valorização e voz política do povo do bairro é uma hipótese interessante.
(Espaço reservado para cadeirantes, no
fundo da platéia, poderia haver outras
possibilidades de construção que
possibilitassem o cadeirante escolher
seu lugar?).

Juntamente com o Hospital Pimentas-


Bonsucesso, o Shopping Bonsucesso e o
campus da Unifesp, o teatro vem
imprimir um caráter novo à região, ele
empresta ao caráter da cidade um status social e uma cultura natural de seu
desenvolvimento. Ligado ao desenvolvimento de um novo centro financeiro na cidade,
o teatro pode ser considerado também como um indutor do desenvolvimento urbano.

(Visão do teto da caixa


cênica, lugar de grande
importância nos teatros onde
ficam alguns recursos
técnicos e influencia a
acústica do espetáculo).

Um teatro não pode ser


projetado pensando-se
apenas na forma ou na
estrutura, como um espaço
que tem apenas um palco e uma platéia. E aí vem novamente a questão da
funcionalidade do Teatro Adamastor Pimentas. Tenha ele sido projeto para debates e
congressos da universidade ou para peças teatrais promovidas pela Prefeitura de
Guarulhos, fato é que é melhor tê-lo assim do que não tê-lo, uma vez que o número
de teatros por quilômetro quadrado no Brasil é bem pequeno.

Bibliografia consultada

Serroni, J. C. Teatros – uma memória do espaço cênico no Brasil. São Paulo: Editora
SENAC, 2002.

Alcantara, Denise de. O lugar do teatro- o espaço do teatro. Arquitetura teatral: na


composição do desenho urbano e na prática do espetáculo: São Paulo, 2002. Biblioteca
FAU- USP.

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